PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Código: PP-GG-012

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Indicador de nível d’água (INA)
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1. OBJETIVO

Definir o modo de obtenção da profundidade do nível de água no interior de um tubo de PVC, o

qual é instalado no interior de um furo de sondagem.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

Entende-se por INA o conjunto do tubo de PVC ranhurado colocado no fundo de um furo de
sondagem a até 1 metro antes da superfície do solo. O tubo pode ser feito de PVC, ou outros
materiais, e ter diâmetros variáveis.
Tendo por base a experiência prévia adquirida neste tipo de monitorização - na generalidade são
instalados em locais onde se verifica a conveniência em determinar o posicionamento em
profundidade do nível freático, bem como da sua evolução no tempo, particularmente no
seguimento de condições climatéricas condicionantes. Referem-se a seguir alguns exemplos de
ajuda a nível de atividades geotécnicas que o INA (Indicador de nível d’água) tem:

• Análises de estabilidade em taludes.

• Verificação das condições de percolação em maciços.

3. DEFINIÇÕES

INA (Indicador de Nível de Água)

4. RESPONSABILIDADES

As atividade de instalação de INA’s são de responsabilidade da Gerência de Geologia e

Geotecnia, devendo ser supervisionadas pelo Geólogo preposto.

5. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

• Prefeitura do Rio de Janeiro – GEO - 2020 : Manual Técnico de Encostas volume III
Pág;116.
• GEOLOGIA DE ENGENHARIA AMBIENTAL, VOLUME 2 – ABGE, 2018 – pág;67
• GUIA PARA PROJETOS DE TALUDES DE MINAS A CÉU ABERTO – ABGE, 2022 –
pág;69 e 71

• ABNT Norma ISO 9001:2015

• ABNT Norma ISO 14001:2015
• ABNT Norma ISO 45001:2018

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6. MODO DE EXECUÇÃO
Após a sondagem concluída, o cliente fornece o perfil da instalação do instrumento através da
especificação técnica do serviço, de posse destes documentos segue-se os seguintes passos:

6.1 Garantia de quantidade de tubos:

Garantir que se tenha quantidade de tubos suficiente para a instalação no furo de sondagem
para atender a metragem e diâmetro pedido no perfil que o cliente nos solicitou a instalação,
sejam eles tubos lisos ou ranhurados, bem como outros insumos necessários.

6.2 Limpeza do furo:

Garantir após sondagem concluída, que o furo a ser instalada o INA esteja totalmente limpo,
desobstruído removendo todo resíduo de perfuração para realização da instalação.

6.3 Materiais:
Recomenda-se que o pré-filtro utilizado seja algum dos descritos abaixo, ou, em caso de alguma
especificidade de determinado cliente, aquele por ele indicado.

• Pré-filtro composto por “areia limpa”, conforme “Prefeitura do Rio de Janeiro – GEO
- 2020 : Manual Técnico de Encostas volume III Pág;116.” – Onde, entende-se por
areia limpa como aquela cuja % passada na peneira 0,074mm > 5%, podendo ela ser
bem graduada ou mal graduada; ou cuja % passada na paneira 0,074mm > 12%,
podendo ela ser uma areia siltosa ou areia argilosa, conforme tabela de classificação
(SUCS) (USCS) (ASTM D2487, 2011), encontrada na página 67, do livro GEOLOGIA
DE ENGENHARIA AMBIENTAL, VOLUME 2 – ABGE, 2018
• Pré-filtro composto por “areia/cascalho”, conforme encontrado na página 69 e 71, do
livro GUIA PARA PROJETOS DE TALUDES DE MINAS A CÉU ABERTO – ABGE
2022 - Onde entende-se por areia, material que esteja na faixa granulométrica de
0,06mm a 2mm, e cascalho aquele que se encontra na faixa granulométrica de 2mm
a >256mm, conforme tabela encontrada na págia 104, do livro GEOLOGIA DE
ENGENHARIA AMBIENTAL, VOLUME 2 – ABGE, 2018,
• Usualmente, a Geocontrole recomenda adotar pré-filtro que esteja na faixa
granulométrica entre 1mm a 2mm, concordante com limites estabelecidos acima.

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Figura 1 - tabela de classificação (SUCS) (USCS) (ASTM D2487, 2011) - (Livro “GEOLOGIA DE ENGENHARIA
AMBIENTAL, VOLUME 2 – ABGE, 2018”, Pág; 67)

Figura 2 - tabela de classificação de rochas terrígenas - (Livro “GEOLOGIA DE ENGENHARIA AMBIENTAL,

VOLUME 2 – ABGE, 2018”, Pág; 104)

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6.4 Instalação do Instrumento:

Inicia-se a instalação do instrumento, colocando no último tubo ranhurado uma tampa; nesse
tubo serão rosqueados/colados conforme o tipo de PVC utilizado, outros tubos ranhurados, a até
a profundidade de 1metro abaixo da superfície. Desta cota, até aproximadamente 1 metro acima
da superfície do solo, serão rosqueados/colados tubos lisos (sem ranhuras).

É feito preenchimento do espaço anelar com pré-filtro ao longo de toda a instrumentação

utilizando a ajuda de um balde para ir completando com pré-filtro o espaço entre o tubo e a
parede do furo, conforme remove-se o revestimento utilizado na sondagem previamente
executada.

É feito um selo de bentonita no topo do pré-filtro, acima do limite entre os tubos lisos e os tubos
ranhurados.

Na finalização e consonante a indicação do cliente, é feita uma base de concreto onde se leva
uma proteção metálica (geralmente um tubo) com tampa que terá em torno de 1 metro de altura,
acima do solo. Também pode ser utilizada uma tampa baixa (como uma tampa de bueiro por
exemplo), nivelada com a superfície do solo, caso seja requerido pelo cliente.

Figura 3 - Perfil esquemático típico de um Indicador de Nível d'água. (Livro “Prefeitura do Rio de Janeiro – GEO -
2020 : Manual Técnico de Encostas volume III”, Pág;116)

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6.5 Teste de Vida:

Concluído a instalação do instrumento, e realizado é realizado o teste de vida para garantir a

funcionalidade do instrumento, este teste pode ser de recuperação ou rebaixamento.

Teste de vida de Rebaixamento:

Equipamentos necessários:

• PIU elétrico com fita métrica acoplada de no mínimo 100m.

• Caixa d’água de 1000 litros.
• Mangueira

Procedimento:

Utilizando-se do PIU elétrico, desce-se o sensor por dentro do tubo do instrumento, até que o
sinal sonoro do equipamento sinalize a altura do nível d’água inicial. Registra-se essa informação
no boletim construtivo.
Caso o instrumento esteja seco, o acréscimo de água injetada não deve ultrapassar 40% da
profundidade do tubo, para instrumentos com mais de 30m de profundidade.

Em seguida, a caixa de água deve ser preenchida com 1000 litros com água translucida, não
barrenta. Deve ser verificado se a parte interna da caixa d’água está limpa e sem qualquer
material que possa passar pelo interior da mangueira e adentrar ao tubo geotécnico, obstruindo
parcialmente ou completamente a vazão do instrumento.

Após isso, conecte a mangueira na saída da caixa d’água, e libere a saída de água da caixa.
Com a mangueira conectada, obstrua a outra extremidade da mesma. Isso irá eliminar o ar
existente no interior da mangueira. Após observado que a água chegou na outra extremidade
aguarde de 30 segundos à 1 minuto a saída de água, para garantir que a vazão permaneça
constante.

Logo após leve a mangueira até a boca do tubo geomecânico e deixe a água fluir, de forma a
saturar a parte interna do tubo por 10 minutos. Observe se o nível d’água na parte interna do
tubo alcança a boca do instrumento. Caso o nível d’água alcance a boca do instrumento durante
o procedimento de saturação, mantenha o nível constante à essa altura até a finalização dos
10min.

Finalizado o tempo de saturação, utilizando-se do PIU elétrico, monitore o rebaixamento do nível

d’água nos seguintes intervalos de tempo: 30 segundos; 1, 2, 4, 6, 8, 15, 30 e 45 minutos; 1, 2,
horas até que alcance o nível seco, ou que atinja a posição de equilíbrio (leituras constantes com
valor próximo à leitura executada antes do teste) em 2 horas.

Nos instrumentos que apresentarem dissipação excessivamente rápida, efetuar leituras em

intervalos menores dos que os indicados acima, até atingir o equilíbrio.

Evite a realização do teste de vida em um prazo inferior a 72 horas após dias com chuva
constante, ou em instrumentos próximos (5m) a outros em que foram realizados testes de vida
no dia.

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Teste de vida de Recuperação:

Equipamentos necessários:

• PIU elétrico com fita métrica acoplada de no mínimo 100m.

• Bailer (baldinho) com diâmetro suficiente para que possa ser inserido dentro de
tubulações com diâmetro interno de 1” ou 2”.

Procedimento:

Utilizando-se do PIU elétrico, desce-se o sensor por dentro do tubo do instrumento, até que o
sinal sonoro do equipamento sinalize a altura do nível d’água inicial. Registra-se essa informação
no boletim construtivo.

Após a aferição do nível d’água inicial, insira o bailer conectado a um cabo, e desça-o até que o
equipamento fique cheio de água. Retire o bailer de dentro do tubo geomecânico para esvaziar
a água de dentro dele. Repita essa ação até que o nível d’água no interior do tubo se esgote. Ao
final, confira com PIU elétrico.

Finalizado o esgotamento de água no interior do tubo, monitore a elevação do nível d’água (com
o PIU elétrico) nos seguintes intervalos de tempo: 30 segundos; 1, 2, 4, 6, 8, 15, 30 e 45 minutos;
1, 2, horas até que atinja a posição de equilíbrio (leituras constantes com valor próximo à leitura
executada antes do teste) em 2 horas.

Nos instrumentos que apresentarem recuperação excessivamente rápida, efetuar leituras em

intervalos menores dos que os indicados acima, até atingir o equilíbrio.

Evite a realização do teste de vida em um prazo inferior a 72 horas após dias com chuva
constante, ou em instrumentos próximos (5m) a outros em que foram realizados testes de vida
no dia.

7. FORMULÁRIOS

Mod.PP-GG-012-01 – Relatório INA.dwg

Mod.PP-GG-012-02 – Boletim de campo INA.pdf
GEOCONTROLE_INSTRUMENTAÇÃO_rev03.xls (arquivo de suporte do formulário autocad)

8. CONTROLE DE REVISÕES

CONTROLE DE REVISÕES
Descrição da Elaboração /
Revisão Data Aprovação
revisão Emissão
Nuno Fontes /
08/12/2022 Implementação do
00 Guilherme Braga / Carlos Ribeiro
procedimento
Vinícius Almeida
Revisão sobre
01 19/04/2023 Carlos Ribeiro Carlos Ribeiro
Granulometria

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