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Cod.

Interno:
EN–SP000/00–0000.00–OAE–A1–ES/ET.E–002

Data de emissão: Revisão:


20/07/2008 0

Rodovia: Verificado - ENGELOG: Aprovado - ENGELOG:


GERAL

Tipo de obra: Classe Projeto: Tipo de documento:


PROCEDIMENTO

Objeto: ESPECIFICAÇÃO PARA EXECUÇÃO DE INSPEÇÕES SUBAQUÁTICAS

Documentos de Referência:

ET -00.000.000-0-C21/002 – CONTROLE DAS OBRAS DE ARTE ESPECIAIS


PETROBRAS N-1815 - INSPEÇÃO SUBAQUÁTICA - VISUAL;
PETROBRAS N-2260 - GRAUS DE CORROSÃO E TIPOS DE SUPERFÍCIES AVARIADAS E PREPARADAS;
PETROBRAS N-2481 - FOTOGRAFIA SUBAQUÁTICA;
PETROBRAS N-2260 - INSPEÇÃO SUBAQUÁTICA - QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL;
IP-DE-C00/010 - INSPEÇÃO SUBAQUÁTICA DE OBRA DE ARTE ESPECIAL – DER/SP

Documentos Resultantes:

Observação :

0 20/07/2008 Emissão Inicial Projetos


Revisão Data Descrição Engelog
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ESPECIFICAÇÃO PARA EXECUÇÃO DE INSPEÇÕES SUBAQUÁTICAS

Índice

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ...................................................................... 3

2. DEFINIÇÕES BÁSICAS.............................................................................. 3

3. INSPEÇÃO.................................................................................................. 3

4. REGISTRO FOTOGRÁFICO ...................................................................... 6

5. TELEVISIONAMENTO................................................................................ 6

6. EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 7

7. SEGURANÇA ............................................................................................. 8

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1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Este procedimento fixa as condições mínimas para a realização e qualificação do


pessoal responsável pela execução de inspeções subaquáticas

As inspeções submersas devem ser efetuadas com a minúcia necessária


para conhecer as condições da infra-estrutura e fundações da ponte.

Todos os apoios de uma ponte, passarela, infra-estrutura ou fundação que


fiquem permanen-temente submersos, devem ser relacionados para
inspeções submersas que, em geral, fazem parte de uma inspeção global,
envolvendo procedimentos estruturais, hidráulicos, geológicos e geotécnicos.

Para inspeções em condições adversas, como por exemplo inspeções em


águas poluídas, águas com grande velocidade da correnteza, de até 4 m/s,
ou de longa duração, as inspeções devem ser feitas com escafandro,
dependentes do suprimento externo do ar.

2. DEFINIÇÕES BÁSICAS

2.1. Inspetor Subaquático


Profissional nível 1, 2 ou 3, habilitado conforme Norma Petrobrás N-
1793:2004 - Inspeção Subaquática - Qualificação de Pessoal, responsável
pela execução ou supervisão subaquática direta de ensaios não-destrutivos
nas modalidades para os quais está qualificado.

2.2 Livro de Registro do Mergulhador - LRM


Documento oficial, emitido pela DPC (Diretoria de Portos e Costas do
Ministério da Marinha do Brasil), que habilita o profissional a mergulhar e
onde são registrados dados relativos às operações de mergulho com sua
participação, conforme exigências da portaria no 24 do MTE.

2.3 Incrustações Marinhas


Duras
Incrustações animais, de consistência dura, formada por cracas, mexilhões,
ostras.
Moles
Incrustações de consistência mole, tanto vegetais com aspecto de folhas ou
flores (algas) como animais (esponjas).

3. INSPEÇÃO

3.1. Equipe de inspeção

A equipe de inspeção deverá conter, no mínimo, um inspetor com qualificação


nível 3 pela norma PETROBRAS N-2260 - Inspeção Subaquática -
Qualificação de Pessoal, ou Engenheiro Civil devidamente habilitado e com
experiência comprovada através do Livro de Registro do Mergulhador – LRM.

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3.2. Serviços Preliminares

Primeiramente deverá ser realizada uma inspeção preliminar visual geral dos
elementos estruturais visando a detecção das regiões mais críticas ou com
patologias mais relevantes.

Caso haja um plano de amostragem pré-definido, estes deverão ser


direcionados aos elementos críticos detectados nesta inspeção preliminar.

3.3. Limpeza da superfície

Após a definição do plano de trabalho, os elementos deverão ser limpos com


o auxílio de espátulas ou jatos de água visando a remoção de incrustações
marinhas moles e duras.

Como toda a limpeza submersa é difícil e demorada, deve-se limitá-la à área


do elemento estrutural a ser inspecionado. Na inspeção detalhada, a
amostragem, deve ser realizada em cerca de 10% dos elementos submersos.

Em grandes superfícies como paredes, pilares e encontros, a limpeza deve


abranger três níveis de áreas a cada 30 cm, em cada face do elemento. As
áreas com descontinuidades devem ser examinadas e medidas,
documentando a gravidade das anomalias.

No caso de fundações profundas, como estacas e tubulões, fustes, devem ser


limpas e examinadas, em alturas de pelo menos 25 cm, da seguinte forma:

- estacas retangulares: a limpeza deve incluir, pelo menos, três lados;


- estacas octogonais: pelo menos seis lados;
- estacas circulares ou fustes de tubulões: pelo menos ¾ do perímetro;
- estacas “H”: pelo menos as faces externas dos flanges e um dos lados da
alma.

3.3. Registro das Patologias

Toda ocorrência deve ser localizada em relação a um ponto de referência,


determinado por um sistema de identificação e rastreabilidade.

Todas as ocorrências deverão ser apresentadas em planilhas com as


seguintes informações:
Nome da Obra;
Elemento Estrutural;
Descrição das anomalias detectadas;
Face do elemento em que se encontra;
Localização vertical e horizontal da anomalia em relação a um ponto fixo
de referência;
Área das anomalias;
Profundidade das anomalias;
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Condições de visibilidade;
Fotos / Vídeos correlatos;
Data da inspeção; e
Nome do inspetor responsável.

Caso necessário, elaborar croquis dos elementos para uma melhor


visualização das patologias existentes.

3.4. Estruturas em concreto

As patologias deverão ser cadastradas, conforme padrões definidos pela ET -


00.000.000-0-C21/002, destacando-se:

Localização das extremidades e pontos intermediários das fissuras e


trincas;
Medição da máxima abertura das fissuras e da máxima profundidade;
Medição do comprimento, da largura e da profundidade das
desagregações e dos vazios;
Localização de empenamentos, saliências ou furos em elementos de aço;
Medição de todas as dimensões necessárias ao reforço de fundações
descalçadas;
Medição de eventuais deslocamentos e desaprumos de elementos
estruturais;
Verificação da integridade das ligações entre elementos estruturais.

3.5. Estruturas metálicas

- As descontinuidades encontradas em soldas, fundidos, forjados e laminados


devem ser caracterizados de acordo com a norma PETROBRAS N-1738.

- As descontinuidades encontradas na pintura, caso existente, devem ser


caracterizadas de acordo com a norma PETROBRAS N-1515.

- A corrosão e as incrustações marinhas devem ser classificadas de acordo


com o item 2.3, e conforme apresentado na norma PETROBRAS N-2260.

3.6. Ensaios

Quaisquer ensaios realizados nos elementos, sejam eles destrutivos ou não,


deverão ser registrados nas planilhas e, caso necessário, transcritos em
croquis.

3.5. Atividades Complementares

As atividades das inspeções submersas também devem incluir:

Medição de profundidades;
Coleta de amostras para investigação de recomposição do fundo, caso
necessário;

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Ensaios de amostras para comprovação de recomposição do fundo, caso


necessário;
Detecção de solapamentos e depressões provocadas por erosões;
Detecção de buracos profundos e de pequeno diâmetro em torno de
estacas;
Avaliação da integridade de sistemas de proteção: enrocamentos, rip-rap,
gabiões, dolfins e defensas.

4. REGISTRO FOTOGRÁFICO

4.1. Os registros fotográficos devem ser efetuados conforme a norma


PETROBRAS N-2481. Caso necessário, deverão ser utilizadas caixas
acrílicas para uma melhor visualização das patologias.

4.2. A Câmera Fotográfica deve ser DIGITAL e específica para uso submarino.
Deve ser do tipo 35 mm, com possibilidade de uso de lentes intercambiáveis,
com controle de velocidade e de abertura de diafragma, possuir tomada para
“flash” acompanhado de fotômetro (interno ou separado), e permitir colocação
de sobrelentes “close-up”.

5. TELEVISIONAMENTO

5.1. Os equipamentos de televisão e videocassete / DVD devem proporcionar


imagem de boa qualidade e isenta de interferência e ruídos quando ajustados
conforme manual do fabricante.

5.2. A câmara deve ser mantida a uma distância que permita um perfeito
enquadramento e focalização do objetivo no vídeo.

5.3. As fitas gravadas devem ser compatíveis para reprodução em equipamento


vídeo-cassete VHS / DVD.

5.4. Deve ser elaborado um roteiro de filmagem após a definição dos objetivos a
serem filmados.

5.5 Toda gravação deve conter, no início da fita de vídeo-cassete / DVD, a data
da inspeção, a identificação da instalação inspecionada e o nome do inspetor.

5.6 A cada ocorrência televisionada deve ser registrada em áudio a sua


localização, descrição e dimensões.

5.7 Sempre que for necessário definir as dimensões dos objetos, uma escala
graduada deve ser colocada próxima a esses objetos. Esta escala deve ser
de cor e material que não provoque reflexos quando sob a luz da câmara de
TV, além de ter tamanho adequado, possibilitando uma perfeita avaliação
pela imagem no vídeo.

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5.8. Ao final da inspeção visual deve ser editada, com gravação de áudio, um
DVD onde devem constar somente as ocorrências detectadas.

6. EQUIPAMENTOS

Para a realização dos serviços, serão necessários os seguintes


equipamentos:

6.1 Equipamentos de Mergulho

Nas inspeções em águas profundas com equipamento de mergulho


independente são necessários:
tanques cilíndricos pressurizados;
vestimenta especial, capacete, dispositivos de aspiração de ar;
nadadeiras.

Nas inspeções em águas profundas com escafandro:


um compressor, que colete e comprima o ar em um tanque e depois o
forneça ao mergulhador, através de um tubo de borracha, com dispositivos
de regulagem; eventualmente o mergulhador pode carregar um tanque de
ar de reserva, para emergências;
uma corda de segurança;
uma linha de comunicação com a base;
um medidor de profundidades;
vestimenta especial, capacete, dispositivos de aspiração do ar;
nadadeiras.

6.2 Equipamentos de Comunicação

Nas inspeções submersas em águas rasas não há necessidade de


comunicação vocal com a superfície. Entretanto, em águas profundas, é de
grande importância que exista comunicação vocal bidirecional e visual que
possibilite:
descrição do mergulhador em tempo real da anomalia que está sendo
observada, permitindo que o pessoal de apoio faça anotações e gravação;
ao mergulhador solicitar esclarecimentos ao pessoal de apoio;
ao pessoal de apoio, acompanhando desenhos e esquemas, verificar a
validade das observações e o acerto na localização da anomalia;
ao pessoal de apoio solicitar informações mais detalhadas.

6.3 Equipamentos de Acesso

Nas inspeções submersas de pontes de pequenos comprimentos o acesso


pelas margens é suficiente. Entretanto, em pontes de grandes comprimentos,
o acesso deve ser realizado através da própria ponte ou através de pequenas
embarcações.

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6.4 Ferramentas

As ferramentas devem ser selecionadas em função das características e


finalidade da inspeção, utilizando-se das mais adequadas.
Ferramentas manuais: réguas graduadas, paquímetros, raspadeiras,
lanternas, martelos, escovas de aço, chaves de fenda e pés-de-cabra;
Ferramentas mecanizadas: perfuratrizes, marteletes, desbastadores,
esmerilhadoras, ferramentas pneumáticas e hidráulicas;
Ferramentas de limpeza: escovas de aço e desbastadores, polidoras e
esmerilhadoras; um dos processos mais eficientes de limpeza utiliza jatos
d’água, lançados com grande pressão; no entanto, deve-se ter cuidado
com a aplicação para não enfraquecer a estrutura com a excessiva
retirada de material.

6.5 Equipamentos para ensaios Destrutivos / Não Destrutivos

Os equipamentos como, por exemplo, ultra-som e extratoras de corpo de


provas deverão ser adequados ao uso subaquático.

7. SEGURANÇA

Na execução da inspeção submersa devem ser observadas as


recomendações das normas regulamentadoras de segurança NR-18 e
obedecendo o Anexo 6, trabalho sob condições hiperbáricas, da NR-15.

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