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PROGRAMA DE INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

COMPLEMENTARES – FUNDAÇÃO DAS ESTRUTURAS

ÁREA DE AMPLIAÇÃO – AEROPORTO VIRACOPOS

00 Aprovado R.L.A. T.M. 17/10

0D Inserção do código do Consórcio no rodapé. R.L.A. T.M. 05/10

0C Correção de máscara; inserção do título no cabeçalho. R.L.A. T.M. 03/10

0B Correção de máscara. R.L.A. T.M. 01/10

Rev. Descrição Exec Ver. Aprov. Data

REVISÕES

THEMAG: INTERTECHNE:
Elaborador R.L.A. Ulisses Pollastrini Vargas Jussara Garrelhas
Gerente de Projeto Gerente de Projeto
T.M.
Verificador Dieter Herweg Lourenço J. N. Babá
Responsável Técnico Responsável Técnico
Marilda CREA 0600593800 CREA RJ 36084/D
Tressoldi
Supervisor Ulisses Pollastrini Vargas 31/08/2012
Gerente de Projeto Data

AMPLIAÇÃO AEROPORTO VIRACOPOS


Código ABVSA (Unificado) Rev.
ABV.GRL-00.000.RT.0002 00.E
Código CCV (Cliente) Rev.
CCV-RT2-CIV-OUT1-002 00
Código Projetista Rev.
7097-01-GL-510-RT-00009 0
PROGRAMA DE INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS COMPLEMENTARES –
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 3
2. PLANO DE INVESTIGAÇÕES ....................................................................................................... 3
3. ESPECIFICAÇÕES PARA EXECUÇÃO ......................................................................................... 8
3.1. Equipamentos ...................................................................................................................... 8
3.2. Sondagens Mistas ................................................................................................................ 8
3.3. Sondagens a percussão ....................................................................................................... 9
3.4. Critérios de Classificação de Sondagens e apresentação de Perfis Individuais de
Sondagens “Logs” .............................................................................................................. 10
3.5. Poços de Inspeção ............................................................................................................. 12
4. EXECUÇÃO E ACOMPANHAMENTO DAS INVESTIGAÇÕES .................................................... 13
5. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA .............................................................................................. 13

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PROGRAMA DE INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS COMPLEMENTARES –
FUNDAÇÃO DAS ESTRUTURAS. ÁREA DE AMPLIAÇÃO – AEROPORTO VIRACOPOS.

1. INTRODUÇÃO
O objetivo do presente documento é apresentar o programa de investigações geológico-
geotécnicas complementares para a área de ampliação do aeroporto Viracopos,
visando a caracterização geológico-geotécnica dos locais previstos para as estruturas.
As investigações geológico-geotécnicas previstas referem-se à execução de sondagens
a percussão e mistas, contemplando a área da Pista de Taxiamento, Pátio de
Aeronaves, Piers, Terminal de Passageiros, Edifício Garagem e Viaduto de interligação,
conforme a localização indicada na Figura 1.

Figura 1 – Área de ampliação – Estruturas contempladas pelas investigações


geológico-geotécnicas complementares

2. PLANO DE INVESTIGAÇÕES
O plano de investigações geológico-geotécnicas complementares compreende 95
sondagens, sendo 7 sondagens mistas e 88 sondagens a percussão e 6 poços de
inspeção, programados para as áreas das estruturas.
As sondagens mistas previstas tem o objetivo de definir o substrato rochoso dos locais
das estruturas e deverão penetrar no máximo 5 m em arenitos / ritmitos(siltitos,argilitos)
da Formação Itararé.
O presente programa de investigações poderá sofrer complementações durante o
andamento dos trabalhos, com base nos dados obtidos e também considerando os
resultados que serão referentes ao programa do Projeto básico/NACO.

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Durante o andamento dos trabalhos poderá ser solicitado a execução de investigações


geofísicas para complementar as informações obtidas através das investigações diretas.
A locação das investigações geológico-geotécnicas deverá ser realizada conforme
indicado nas plantas de localização das investigações geológico-geotécnicas
(documentos CCV-DE2-CIV-EDG1-001 e CCV-DE2-CIV-OUT1-002) e conforme as
coordenadas indicadas nas Tabela 1 e 2, a qual poderá ser ajustada em campo
conforme as condições locais.
As sondagens a percussão deverão ser identificadas com a sigla SP, as sondagens
mistas pela sigla SM, e os poços de inspeção deverão ser nomeados com a sigla PI,
sendo as numerações crescentes conforme indicadas nas Tabelas 1 e 2. Se for
necessária a execução de mais de um furo de sondagem em um mesmo ponto de
investigação, os furos subsequentes deverão ter a mesma numeração do primeiro,
acrescida das letras A, B, C, etc.
Para as sondagens a percussão, deverão ser obedecidos os critérios de paralisação
baseados na obtenção do impenetrável no ensaio SPT e profundidades estimadas.
Deverão ser atingidas as profundidades indicadas na Tabela 1 e 2 para as sondagens
mais profundas (profundidades de 30, 40 e 45 m) e também será obrigatório a obtenção
das relações de impenetrável ao SPT, para os três últimos metros ensaiados, conforme
indicado abaixo:
Para os 1os 15 cm – Relação 5 golpes/1cm, com um mínimo de 20 golpes.
Para os 2os 15 cm – Relação 2 golpes/1cm, com um mínimo de 30 golpes.
Para os 30cm finais -  50 golpes/30cm.

As sondagens com profundidade de paralisação aos 15 metros não necessitarão atingir


o impenetrável no ensaio SPT, mas deverá ocorrer a paralisação apenas após se ter
atingido os 15 m e garantido que os coluviões existentes na área tenham sido
atravessados.

Tabela 1 – Locação e profundidade estimada de paralisação das sondagens –


Pista de taxiamento, Pátio de aeronaves, Piers, Terminal de passageiros
Coordenadas Profundidade
Sondagem a
estimada de Local
percussão UTM N UTM E paralisação (m)
SP-1001 7.454.855,17 279.660,66 15 Pista de taxiamento
SP-1002 7.454.801,34 279.739,79 15 Pista de taxiamento
SP-1003 7.454.712,20 279.771,58 15 Pátio das aeronaves
SP-1004 7.454.635,34 279.806,43 15 Pátio das aeronaves
SM-1005 7.454.759,82 279.589,14 45 Pista de taxiamento
SP-1006 7.454.702,45 279.665,61 15 Pista de taxiamento
SP-1007 7.454.646,11 279.741,47 15 Pista de taxiamento
SP-1008 7.454.469,57 279.976,80 15 Pista de taxiamento
SP-1009 7.454.642,85 279.620,90 15 Pista de taxiamento
SP-1010 7.454.578,83 279.709,25 15 Pátio das aeronaves

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SP-1011 7.454.521,20 279.786,07 15 Pátio das aeronaves


SP-1012 7.454.463,98 279.862,35 15 Pátio das aeronaves
SP-1013 7.454.409,86 279.934,50 15 Pátio das aeronaves
SP-1014 7.454.431,41 279.826,79 30 Gatehouse
SP-1015 7.454.381,53 279.893,29 30 Gatehouse
SP-1016 7.454.380,74 279.305,26 15 Pista de taxiamento
SP-1018 7.454.458,51 279.737,57 30 Pier C
SP-1019 7.454.404,38 279.809,72 30 Pier C
SP-1020 7.454.346,78 279.886,51 30 Pier C
SP-1021 7.454.306,70 279.939,94 45 Pier C
SP-1022 7.454.467,83 279.687,85 30 Pier C
SP-1023 7.454.412,53 279.761,57 30 Pier C
SP-1024 7.454.357,14 279.835,41 30 Pier C
SP-1025 7.454.328,87 279.873,09 30 Pier C
SP-1026 7.454.493,25 279.595,41 30 Pátio das aeronaves
SP-1027 7.454.456,04 279.567,50 15 Pátio das aeronaves
SP-1028 7.454.402,15 279.639,34 15 Pátio das aeronaves
SP-1029 7.454.343,96 279.716,91 15 Pátio das aeronaves
SP-1030 7.454.293,91 279.783,64 15 Pátio das aeronaves
SP-1031 7.454.244,77 279.888,65 30 Corredor Pier C
SP-1032 7.454.495,91 279.391,65 15 Pista de taxiamento
SP-1033 7.454.438,78 279.467,82 15 Pista de taxiamento
SP-1034 7.454.317,28 279.629,79 15 Pista de taxiamento
SP-1035 7.454.233,62 279.741,31 15 Pista de taxiamento
SP-1036 7.454.162,52 279.826,95 30 Corredor Pier C
SP-1037 7.454.310,71 279.508,59 15 Pátio das aeronaves
SP-1038 7.454.255,66 279.581,98 15 Pátio das aeronaves
SP-1039 7.454.202,62 279.652,69 15 Pátio das aeronaves
SP-1040 7.454.150,85 279.721,70 15 Pátio das aeronaves
SP-1041 7.454.084,12 279.774,52 30 Terminal passageiros
SP-1042 7.454.025,69 279.852,42 30 Terminal passageiros
SP-1043 7.453.992,30 279.896,92 30 Terminal passageiros
SP-1044 7.454.114,97 279.699,12 30 Pátio das aeronaves
SP-1046 7.454.173,36 279.561,64 30 Pier B
SP-1047 7.454.119,47 279.633,49 30 Pier B
SP-1048 7.454.064,86 279.714,32 45 Terminal passageiros
SP-1050 7.453.955,66 279.869,44 30 Terminal passageiros
SP-1051 7.454.239,01 279.442,28 30 Pier B

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SP-1052 7.454.185,09 279.514,16 30 Pier B


SP-1053 7.454.131,35 279.585,80 30 Pier B
SP-1054 7.454.019,01 279.725,19 30 Terminal passageiros
SP-1055 7.453.980,94 279.775,94 30 Terminal passageiros
SP-1056 7.453.928,75 279.849,25 45 Terminal passageiros
SP-1057 7.454.083,52 279.593,46 15 Pátio das aeronaves
SP-1058 7.454.302,62 279.246,65 45 Pista de taxiamento
SP-1059 7.453.984,49 279.690,98 30 Terminal passageiros
SP-1060 7.453.925,58 279.775,09 30 Terminal passageiros
SP-1061 7.453.891,12 279.821,02 30 Terminal passageiros
SP-1062 7.453.957,35 279.670,62 30 Pier A
SP-1063 7.454.020,35 279.546,08 15 Pátio das aeronaves
SP-1065 7.453.971,37 279.509,34 15 Pátio das aeronaves
SP-1066 7.454.091,29 279.306,76 15 Pista de taxiamento
SP-1067 7.453.850,13 279.590,19 30 Pier A
SP-1068 7.453.914,12 279.466,39 15 Pátio das aeronaves
SP-1069 7.454.579,71 279.829,98 15 Pista de taxiamento
SP-1070 7.454.521,00 279.908,25 15 Pista de taxiamento
SP-1071 7.454.280,41 279.349,03 15 Pista de taxiamento
SP-1072 7.454.051,53 279.817,97 30 Terminal passageiros
Coordenadas Profundidade
Sondagem Mista estimada de Local
UTM N UTM E paralisação (m)
50 m ou 5 m em
SM-1017 7.454.512,53 279.665,55 Pier C
arenito/siltito
50 m ou 5 m em
SM-1045 7.454.228,07 279.488,71 arenito / siltito Pier B
/argilito
50 m ou 5 m em
SM-1049 7.454.021,55 279.773,56 arenito / siltito Terminal passageiros
/argilito
45 m ou 5 m em
SM-1064 7.453.907,51 279.633,23 arenito / siltito Pier A
/argilito
Coordenadas Profundidade
Poço de
estimada de Local
Inspeção UTM N UTM E paralisação (m)
PI-1001 7.454.467,53 279.429,99 6 Pista de taxiamento
PI-1002 7.453.997,00 279.787,99 6 Terminal passageiros
PI-1003 7.454.394,29 279.802,15 6 Pier C
PI-1004 7.454.141,14 279.593,21 6 Pier B

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Tabela 2 – Locação e profundidade estimada de paralisação das sondagens -


Edifício Garagem e Viaduto de interligação
Coordenadas Profundidade
Sondagem a
estimada de Local
percussão UTM N UTM E paralisação (m)
SP-1101 7.453.983,74 279.921,51 45 Viaduto interligação
SP-1102 7.453.960,63 279.904,17 45 Viaduto interligação
SP-1103 7.453.940,83 279.930,55 45 Viaduto interligação
SP-1105 7.453.834,53 280.066,50 40 Edifício garagem
SP-1106 7.453.787,60 280.129,03 40 Edifício garagem
SP-1107 7.453.937,78 279.887,01 45 Viaduto interligação
SP-1108 7.453.917,98 279.913,40 45 Viaduto interligação
SP-1109 7.453.882,85 279.952,13 40 Edifício garagem
SP-1110 7.453.837,03 280.013,18 40 Edifício garagem
SP-1111 7.453.783,97 280.083,75 40 Edifício garagem
SP-1112 7.453.763,54 280.110,97 40 Edifício garagem
SP-1113 7.453.912,74 279.868,22 45 Viaduto interligação
SP-1115 7.453.858,91 279.934,16 40 Edifício garagem
SP-1116 7.453.786,59 280.030,53 40 Edifício garagem
SP-1117 7.453.760,07 280.065,81 40 Edifício garagem
SP-1119 7.453.892,21 279.852,82 45 Viaduto interligação
SP-1120 7.453.815,57 279.941,89 40 Edifício garagem
SP-1121 7.453.789,02 279.977,16 40 Edifício garagem
SP-1122 7.453.860,20 279.828,79 45 Viaduto interligação
SP-1123 7.453.840,40 279.855,17 45 Viaduto interligação
Coordenadas Profundidade
Sondagem Mista estimada de Local
UTM N UTM E paralisação (m)
50 m ou 5 m em
SM-1104 7.453.887,61 279.995,95 arenito / siltito Edifício garagem
/argilito
50 m ou 5 m em
SM-1114 7.453.892,94 279.894,61 arenito / siltito Viaduto interligação
/argilito
50 m ou 5 m em
SM-1118 7.453.739,64 280.093,04 arenito / siltito Edifício garagem
/argilito
Coordenadas Profundidade
Poço de
estimada de Local
inspeção UTM N UTM E paralisação (m)
7.453.927,83 279.900,32
PI-1101 6 Viaduto interligação

PI-1102 7.453.824,08 280.003,51 6 Edifício garagem

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A Tabela 3 mostra os quantitativos de sondagens a executar.


Tabela 3 – Quantitativos de Sondagens
Quantitativos
Item Unidade Quantidade
Metragem Total - Sondagem a percussão m 2445
Metragem total – Sondagem Mista m 345
Total – Investigação geológico-geotécnica m 2790

3. ESPECIFICAÇÕES PARA EXECUÇÃO


Os critérios gerais para execução das sondagens, deverão atender às diretrizes do
“Manual de Sondagens”, publicado pela ABGE (1999) e a norma técnica ABNT NBR
6484/2001 e ainda conforme os critérios estabelecidos na presente programação.

3.1. EQUIPAMENTOS
A firma executora deverá dispor de equipamentos e materiais para a execução de
sondagens a percussão e mistas com cerca de 30-50 m. Os equipamentos deverão
incluir sonda, tripé, guincho, bombas, barriletes amostradores, tubos de revestimento e
demais materiais necessários aos serviços. Além disso, a firma deverá fornecer os
equipamentos de sinalização e segurança, necessário à execução de sondagens.
A empresa deverá dispor de canteiro de obras, antes do início dos serviços, de todos os
equipamentos e materiais necessários à execução de sondagens. O início dos trabalhos
não será autorizado caso os equipamentos e materiais não sejam considerados
satisfatórios.

3.2. SONDAGENS MISTAS


As sondagens mistas deverão ser iniciadas com o diâmetro HW (100mm), com
perfuração a trado acima do nível d’água (NA) e método rotativo abaixo do NA. A
passagem para o diâmetro NW (75mm) será feita conforme instruções da Fiscalização.
Nos trechos em solo, acima do topo rochoso, a sondagem mista deverá ser executada
como sondagem a percussão, com avanço por trado de 100mm e/ou lavagem com
ensaio SPT a cada metro.
Em camadas de solo abaixo do topo de rocha, será permitido o avanço da sondagem
com o método rotativo, porém, deverão ser obtidas amostras do solo atravessado por
“embuchamento” utilizando-se o barrilete de sondagem rotativa. Não sendo possível a
amostragem por este método, deverá ser utilizado o barrilete SPT. Apenas em caso
especiais, será permitida a coleta de amostras de lavagem.
Toda e qualquer anomalia durante a perfuração tais como perda d’água de circulação
total ou parcial, dificuldade para amostragem e outras, deverão ser anotadas no boletim
do sondador. Cópia do boletim do sondador deverá ser fornecida à Fiscalização.

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Os testemunhos de solo e de rocha deverão ser acondicionados em caixas plásticas


obedecendo-se ao estabelecido no “Manual de Sondagens” da ABGE quanto ao
acondicionamento e identificação de todas as sondagens. Os frascos com as amostras
de solo deverão ser colocados em caixas. As caixas deverão ser entregues em locais
determinados pela Fiscalização.
Todos os furos, deverão ser obturados com calda de cimento 0,7:1 (água : cimento),
utilizando-se tubulação auxiliar, com preenchimento do furo de baixo para cima até o
topo de rocha dura.

3.3. SONDAGENS A PERCUSSÃO


A CONTRATADA deverá fornecer equipamento, em perfeito estado de uso, para
execução das sondagens a percussão com diâmetro de 2 ½.
O equipamento padrão deverá constar dos seguintes elementos:
 Tripé com roldana;
 Hastes e luvas de aço galvanizado;
 Tubos de revestimento;
 Barriletes amostradores;
 Martelo com 65 Kg e guia;
 Bomba d’água;
 Baldinho;
 Trépano;
 Motor com guincho e/ou macacos;
 Medidor de nível d’água;
 Trado concha e espiral;
 Demais materiais necessários à operação.
As sondagens deverão ser iniciadas utilizando-se o trado concha até onde possível,
podendo ser utilizado o trado espiral, a critério da Fiscalização. A área da sondagem
deverá estar limpa e protegida das águas de enxurrada.
Tornando-se impossível a perfuração com o trado concha, o furo deve ser revestido e o
avanço será feito utilizando-se trado espiral.
Quando necessário, o revestimento do furo deverá ser cravado simultaneamente com o
avanço, de tal modo que a sapata do revestimento nunca fique mais de 1 metro do
fundo do furo, nem a menos de 0,1 m, no momento de cravar o amostrador. Caso a
parede do furo se mostre instável, é obrigatório o uso do revestimento.
A cada metro perfurado, a contar de 1 metro de profundidade, deverá ser executado
um ensaio de penetração, de acordo com o método Standard Penetration Test - S.P.T.
Quando o método de avanço da sondagem for inoperante, ou quando a Fiscalização
determinar, passa-se para o método a percussão com circulação de água, utilizando-se
o processo denominado lavagem, sendo obrigatória a cravação de revestimento.

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Quando o avanço da sondagem se faz por lavagem, deve-se erguer o sistema de


circulação d’água, o que equivale a elevar o trépano à altura de 0,30 m, e sua queda
deve ser acompanhada de rotação que o operador de sondagem imprime manualmente
ao cachimbo.
Neste caso, deverão ser anotados os avanços para 10 minutos de operação contínua
ou os tempos gastos para atingir a cota do ensaio de penetração, quando solicitado
pela Fiscalização.
Na perfuração de materiais muito moles ou sem coesão, deverão ser utilizados
barriletes com válvulas de disco na parte inferior, denominados baldinhos, em
substituição à lavagem com trépano.
Durante a sondagem, se esta atingir o nível d’água, a sua profundidade será anotada.
Quando se tratar de lençol artesiano deve-se anotar a altura que a água ascendeu no
revestimento, 10 minutos depois de atingido, e quando surgente, proceder-se-á à
medida da vazão.
Diariamente, antes do início dos trabalhos, e 24 horas após concluído o furo, deverá ser
anotado o nível d´água através de um medidor adequado. No final de cada jornada o
furo deverá ser esgotado.
Caso a água de circulação esteja sendo reutilizada, a mesma deverá circular por dois
tambores de 200 litros, abertos longitudinalmente e ligados entre si pela parte superior.
Será determinado a execução de novas sondagens nas imediações de sondagens a
percussão que atingirem o impenetrável à profundidade incompatível, acima da
profundidade prevista para a paralisação da sondagem.
Toda e qualquer anomalia durante a perfuração tais como perda d’água de circulação
total ou parcial, desvio de perfuração, dificuldades para a amostragem e outras, deverão
ser anotadas no boletim do sondador. Cópia do boletim do sondador deverá ser
fornecida à Fiscalização.
No trecho em solo, a amostragem será feita a partir do material coletado na parte
inferior do barrilete SPT, acondicionado em frascos plásticos, dotados de tampa
hermética. Os cilindros de solo deverão ser preservados, evitando-se o amolgamento de
amostra. Não serão aceitas amostras embaladas em sacos plásticos. Os frascos com
as amostras de solo deverão ser colocados em caixas. As caixas de amostras serão
entregues em local determinado pela Fiscalização.
Depois de concluídos, os furos deverão ser preenchidos com solo ou solo-cimento.

3.4. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGENS E APRESENTAÇÃO DE


PERFIS INDIVIDUAIS DE SONDAGENS “LOGS”
A classificação de sondagens deve ser efetuada de forma a permitir a apresentação de
dados de forma uniforme, sintetizados em perfis individuais de sondagens, para
sondagens a percussão e mistas.
A classificação de uma sondagem a percussão deve apresentar a caracterização do
material perfurado, definindo-se as unidades geológico-geotécnicas e as respectivas
características, considerando os diferentes tipos de solos transportados e provenientes
da atuação dos processos de intemperismo “in situ”. Os critérios para a definição
dessas unidades são aqueles apresentados por Vaz, 1996. Devem ser apresentados os
resultados de ensaios SPT e a classificação de consistência e compacidade. Devem ser
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indicados os resultados dos ensaios de lavagem por tempo, posição do nível d´ água
em todas as datas de leitura e outros aspectos de interesse.
A classificação de uma sondagem mista deve apresentar a caracterização do material
atravessado, definindo-se as unidades geológico-geotécnicas e as suas respectivas
características, considerando os diferentes tipos litológicos e estruturais e os processos
de intemperismo. Critérios para a definição dessas unidades são aqueles apresentados
por Vaz (1996). Devem ser apresentados os graus de alteração, coerência,
fraturamento, número de fraturas/metro, tipos de superfície e preenchimento das
descontinuidades, porcentagem de recuperação, RQD/IQR e outros dados de interesse.
Na Tabela 4 estão apresentados os critérios para a classificação de sondagens
considerando os diversos parâmetros usualmente obtidos ou avaliados.

Tabela 4 - Parâmetros para Classificação de Sondagens Mistas e a Percussão


ALTERAÇÃO
Sã ou praticamente sã.
R1 Alteração mineralógica nula ou incipiente.
RS - Rocha Sã
(A1) Cor original intacta.
Somente escavável a fogo, perfuração somente com rotativa.
R2 Alteração mineralógica perceptível.
RAD - Rocha Dura
(A2) Cores esmaecidas e pequenas transformações físico-químicas.
Alterada
Somente escavável a fogo, perfuração somente com rotativa.
Alteração mineralógica acentuada.
R3 RAM - Rocha Mole Cores parcialmente modificadas e intensas transformações físico-químicas.
(A3) Alterada Escavável a picareta ou escarificador, perfuração com trépano e lavagem (ver restrição para
rochas brandas em Vaz, 1996).
Alteração mineralógica praticamente completa.
S2 Cores totalmente modificadas e transformações físico-químicas completas, exceto nos
SA - Solo de Alteração
(A4) minerais resistentes.
Escavável a enxadão (corta com lâmina), perfuração à percussão.
Alteração mineralógica completa.
S1 SE - Solo Eluvial Cores totalmente modificadas e transformações físico-químicas completas.
(A4) Escavável a enxadão (corta com lâmina), perfuração à percussão.
COERÊNCIA
Quebra com dificuldade ao golpe do martelo formando poucos fragmentos de bordas
C1 Coerente cortantes.
Superfície dificilmente ou apenas levemente riscada por lâmina de aço.
Características mecânicas elevadas.
Quebra com relativa facilidade ao golpe do martelo em vários fragmentos com bordas que
C2 Medianamente Coerente podem ser quebradas pela pressão dos dedos.
A lâmina de aço provoca um sulco pouco acentuado na superfície do fragmento.
Características mecânicas boas.
Quebra facilmente ao golpe do martelo, produzindo muitos fragmentos que podem ser
C3 Pouco Coerente partidos manualmente.
A lâmina de aço produz sulcos profundos na superfície do fragmento.
Características mecânicas baixas.
Esfarela ao golpe do martelo e desagrega sob a pressão dos dedos.
C4 Incoerente Pode ser cortado por lâminas de aço.
Friável.
Características mecânicas muito baixas.
FRATURAMENTO
DENOMINAÇÃO NÚMERO DE FRATURAS POR METRO
F1 Muito pouco fraturada 0 a 1
F2 Pouco fraturada 2 a 5
F3 Medianamente fraturada 6 a 10
F4 Muito fraturada 11 a 20
F5 Extremamente fraturada em fragmentos

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TIPOS DE SUPERFÍCIE E PREENCHIMENTO DAS DESCONTINUIDADES


COM CONTATO ROCHA x ROCHA SEM CONTATO ROCHA x ROCHA
D1 Rugosa Superfícies irregulares, os PO Descontinuidades com suspeita de
testemunhos se encaixam preenchimento (os testemunhos não
naturalmente (fratura travada) se encaixam)
D2 Estriada Superfície com estrias, o P1 Granular Descontinuidades preenchidas por
deslizamento é mais fácil em (5) material granular incoerente
uma direção (indicada espessura em mm)
D3 Plana Superfícies planas, o P2 Misto Descontinuidades preenchidas por
deslizamento é fácil em (5) material granular e argiloso
qualquer direção (indicada espessura em mm)
D4 Sedosa Superfícies sedosas ou P3 Argiloso Descontinuidades preenchidas por
“talcosas” ao tato (5) material argiloso (indicada
espessura em mm)
Pox – película oxidada
Pa – paredes alteradas
ROCK QUALITY DESIGNATION (RQD)
PORCENTAGEM QUALIDADE DA ROCHA
100 – 91 Excelente
90 – 76 Boa
75 – 51 Regular
50 – 26 Pobre
25 – 0 Muito Pobre
ENSAIOS SPT
SOLO CONSISTÊNCIA OU COMPACIDADE NÚMERO DE GOLPES/30cm FINAIS
Fofa 4
Areias Pouco compacta 5a8
e Medianamente compacta 9 a 18
Siltes Arenosos Compacta 19 a 40
Muito compacta > 40
Muito mole 2
Argilas e Siltes
Argilosos Mole 3a5
Média 6 a 10
Rija 11 a 19
Dura > 19

Deverá ser apresentado um perfil individual (“log) para cada sondagem. Os perfis serão
elaborados em meio digital conforme modelo aprovado pela Fiscalização, baseado
naquele existente no Manual de Sondagens da ABGE. O furo será considerado como
não concluído enquanto não for recebida a primeira versão do perfil individual de
sondagem (“log”). A empresa de sondagem será responsável pela classificação das
amostras. A Fiscalização aprovará as classificações antes da elaboração do “log”. O
“log” será emitido como revisão zero, pela empresa de sondagem e, uma vez aprovado,
emitido conforme instruções.
Os testemunhos das sondagens mistas deverão ser fotografados e apresentados
pranchas de fotos para cada sondagem executada.

3.5. POÇOS DE INSPEÇÃO


Para a execução dos poços de inspeção também deverão ser obedecidas as
especificações da ABGE conforme Manual de Sondagens, Boletim nº 3, 4ª edição, 1999
e a norma técnica ABNT NBR 9604/1986.

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Os poços de inspeção deverão ser executados com dimensão mínima de 1,20 m de


lado e profundidade de 6,00 m, sendo sua forma quadrada.
Os poços de inspeção deverão ser mapeados e classificados, definindo as unidades
geológico-geotécnicas. Deverão ser descritas as características texturais,
granulométricas, cor e estruturas presentes nos solos.
Em cada uma das unidades geológico-geotécnicas atravessadas nos poços, deverá ser
efetuado ensaio de determinação de densidade in situ.
Nesses poços, deverá ser coletada uma amostra deformada e uma indeformada por
unidade geológico-geotécnica atravessada para a execução de ensaios de laboratório a
serem definidos em um documento específico.

4. EXECUÇÃO E ACOMPANHAMENTO DAS INVESTIGAÇÕES


A execução das sondagens deverá estar a cargo de empresa especializada, contratada
para os trabalhos. Esses trabalhos terão acompanhamento técnico no campo e
supervisão através de recebimento e análise dos dados pela equipe de projeto.
Os resultados obtidos deverão ser fornecidos de forma preliminar, tão logo sejam
obtidos, para permitir o desenvolvimento do projeto e possibilitar eventuais alterações
do programa em andamento.

5. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
ABGE (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia). 1999. Manual de
Sondagens, Boletim n° 3, 4ª edição. São Paulo.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - Solo - Sondagens de simples
reconhecimento com SPT - Método de ensaio. NBR 6484/2001.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - Abertura de Poço e Trincheira de
Inspeção em Solo, com Retirada de Amostras Deformadas e Indeformadas
(procedimentos). NBR 9604. 1986.
Vaz, L.F. Classificação Genética dos Solos e dos Horizontes de Alteração de Rocha em
Regiões Tropicais. Solos e Rochas-Revista Brasileira de Geotecnia, v. 19 (2): 117-136,
1996.
Desenho CCV-DE2-CIV-EDG1-001 - Planta de localização das investigações geológico-
geotécnicas complementares – Edíficio Garagem e Viaduto de interligação
Desenho CCV-DE2-CIV-OUT1-002 – Planta de localização das investigações
geológico-geotécnicas complementares – Pista de Taxiamento, Pátio de Aeronaves,
Piers e Terminal de Passageiros.

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