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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2

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DESASSOREAMENTO E CONTENÇÃO
DE MARGENS EM CANAIS
Município de Içara - SC

REVISÃO: 27/JULHO/ 2018


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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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INDICE
1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................4
2 ETAPAS 4
2.1 ETAPA 1 - NUNES .......................................................................................................4
2.2 ETAPA 2 – A LICITAR (LOTE 1 CAIXA E LOTE 2 PMI) .............................................4
2.2.1 ETAPA 2 - LOTE 1 CAIXA .......................................................................................4
2.2.2 ETAPA 2 - LOTE 2 PREFEITURA DE IÇARA .........................................................4
2.3 ETAPA 3 – EXCLUSO DESTE CT ...............................................................................5
3 RESPONSÁVEIS TÉCNICOS ..............................................................................................5
3.1 Projeto Básico e Orçamento: .......................................................................................5
3.2 Estudo Hidrológico: ......................................................................................................5
4 RESTRIÇÕES DE ESCOPO – RESPONSABILIDADES CONTRATADA X PREFEITURA
5
4.1 Fornecimento de Aduelas por conta da PMI ................................................................5
4.2 Aquisição de gabiões e materiais de fundação por conta da Contratada ....................5
4.3 Movimentação de solo - Escavação .............................................................................5
4.4 Movimentação de solo – Aterros e recomposição da pavimentação ...........................5
4.5 Conexão da tubulação de micro-drenagem com a aduelas.........................................6
5 RECURSOS PARA PAGAMENTO DAS OBRAS ................................................................6
6 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE SERVIÇOS .................................................................6
6.1 DISPOSIÇÕES GERAIS ..............................................................................................6
6.2 CANTEIRO DE OBRAS ...............................................................................................7
6.2.1 Abrigo provisório ......................................................................................................7
6.2.2 Placa de obra ...........................................................................................................7
6.2.3 Sinalização de Segurança .......................................................................................8
6.3 SERVIÇOS PRELIMINARES .......................................................................................8
6.3.1 Remoções e demolições ..........................................................................................8
6.3.2 Caminho de serviço..................................................................................................9
6.4 DESASSOREAMENTO E LIMPEZA DE CANAIS – PARA INSTALAÇÃO DOS
GABIÕES E TRAVESSIAS ................................................................................................................ 10
6.4.1 Serviços topográficos – locação e controle geométrico da obra ......................... 10
6.4.2 Esgotamento de valas ........................................................................................... 11
6.4.3 Escavação mecânica de vala com escavadeira hidráulica ................................... 12
6.4.4 Carga, transporte e descarga ............................................................................... 13
6.4.5 Proteção de margem e fundo de canal em gabião ............................................... 13
6.4.6 Travessias ............................................................................................................. 18
6.4.7 Camada drenante.................................................................................................. 20
6.4.8 Reaterro compactado com material escavado ..................................................... 20
6.5 OBRAS COMPLEMENTARES .................................................................................. 21
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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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6.5.1 Microdrenagem ..................................................................................................... 21


6.5.2 Serviços Complementares .................................................................................... 24
7 ANEXO: DETALHAMENTO PARA CANALIZAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DE GABIÃO
TIPO COLCHÃO 27
7.1 DESCRIÇÃO ............................................................................................................. 27
7.2 MÉTODO EXECUTIVO ............................................................................................. 28
7.2.1 Operações Preliminares ........................................................................................ 28
7.2.2 Montagem ............................................................................................................. 29
7.2.3 Colocação ............................................................................................................. 29
7.2.4 Enchimento ........................................................................................................... 29
7.2.5 Fechamento .......................................................................................................... 30
8 ANEXO: DETALHAMENTO PARA EXECUÇÃO DOS GABIÕES CAIXA ........................ 30
8.1 MONTAGEM ............................................................................................................. 30
8.2 COLOCAÇÃO ............................................................................................................ 30
8.3 ENCHIMENTO .......................................................................................................... 31
8.4 FECHAMENTO ......................................................................................................... 31
8.5 REATERRO ............................................................................................................... 32
8.6 MANTA GEOTÊXTIL ................................................................................................. 32
8.7 ILUSTRAÇÃO DA MONTAGEM DOS GABIÕES TIPO CAIXA ................................ 32
9 DISPOSIÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 35

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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1 APRESENTAÇÃO

O objetivo deste documento é demonstrar os serviços e procedimentos para continuidade das


obras de macrodrenagem no Município de Içara, especificamente no Rio Três Ribeirões e seu
afluente, nos Bairros Liri, Nossa Senhora de Fátima, Jardim Silvana e Teresa Cristina. Essas obras se
desenvolvem numa extensão de 5.973,55m, e são compostas basicamente pela execução de
gabiões caixa, gabiões colchão e assentamento de aduelas, de forma a constituir travessias da calha
nas ruas existentes no local.

2 ETAPAS

2.1 ETAPA 1 - NUNES


Parte dessas obras já foram executadas em licitação anterior, pela Empresa Construtora
Nunes. As ações já executadas desta forma são indicadas no projeto como “ETAPA 1 – NUNES”.
Tais ações foram basicamente a execução de travessias através de assentamentos de pré-moldados,
e retificação, escavação e limpeza da calha do canal.

2.2 ETAPA 2 – A LICITAR (LOTE 1 CAIXA E LOTE 2 PMI)


Parte das demais obras serão executadas nesta licitação. Compreenderão instalar gabiões
(Caixa e Colchão) nas alas de entrada e/ou saída nas travessias já executadas na Etapa 1, e ainda,
executar as travessias completas (Assentar as aduelas, gabiões Caixa e colchão), e ainda, executar
proteções laterais com guarda corpo. Compreenderão ainda executar alguns segmentos na calha do
canal em gabiões.
Houve ainda a aquisição de todas as aduelas pré-moldadas pela Prefeitura, em licitação
específica. Parte dessas aduelas já foram instaladas na ETAPA 1 – NUNES. As demais aduelas
serão instaladas nesta nova etapa, chamada ETAPA 2 – A LICITAR.
O orçamento da ETAPA 2 A LICITAR foi subdivido em dois lotes: LOTE 1 CAIXA E LOTE 2
PMI, conforme segue.

2.2.1 ETAPA 2 - LOTE 1 CAIXA


A maioria dos serviços da ETAPA 2 – A LICITAR estão compreendidas no LOTE 1 CAIXA,
como assentamento das aduelas, fornecimento e instalação dos gabiões caixa e colchão, base de
rachão e guarda corpo, e escavação inicial. Estes serviços serão pagos com recursos do convênio
mais contrapartida, se houver necessidade, COM ACOMPANHAMENTO da CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL.

2.2.2 ETAPA 2 - LOTE 2 PREFEITURA DE IÇARA


Apenas uma pequena parte dos serviços, como reaterro e finalização da obra, está
compreendida no Lote 2. Estes serviços serão medidos e pagos exclusivamente pela PREFEITURA,
com seus próprios recursos, sem passar pela conta convênio, e SEM ACOMPANHAMENTO da

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CAIXA. Isso foi feito pois são valores pouco expressivos, e pelo fato da contrapartida já ter superado
a mínima obrigatória, e para dar mais agilidade à obra.

2.3 ETAPA 3 – EXCLUSO DESTE CT


Parte das ações previstas não serão executadas nesta licitação. Sua execução ocorrerá pela
Prefeitura Municipal de Içara, a qual ainda estuda a melhor forma de sua realização. Esta etapa é
chamada no projeto de ETAPA 3 – EXCLUSO DESTE CT.

3 RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

3.1 Projeto Básico e Orçamento:


Eng. Civil: Márcio Adelar Peruchi.

3.2 Estudo Hidrológico:


Os estudos hidrológicos que originaram a concepção global do projeto, e em especial as
vazões de projeto das bacias e sub-bacias, necessárias para definição das seções de aduelas, já
foram realizados no projeto licitado na ETAPA 1 – NUNES.
Para realização do projeto da ETAPA 2, adotou-se aquelas premissas e demais dados
hidrológicos. Os responsáveis técnicos pelo estudo hidrológico, e respectivas ARTs, constam naquele
projeto licitado, o qual está à disposição para conferência, se houver interesse.

4 RESTRIÇÕES DE ESCOPO – RESPONSABILIDADES CONTRATADA X PREFEITURA

4.1 Fornecimento de Aduelas por conta da PMI


Responsabilidade é da Prefeitura Municipal de Içara.
Como já dito, todas as aduelas já foram adquiridas pela Prefeitura Municipal de Içara. Essas
aduelas estão armazenas em terrenos ao longo dos locais das travessias. Caberá à Contratada
transportar e assentar essas aduelas, conforme projeto específico.

4.2 Aquisição de gabiões e materiais de fundação por conta da Contratada


Responsabilidade é da Executora, remunerada conforme orçamento licitado.
Diferente das aduelas, o fornecimento e instalação dos gabiões e materiais pétreos de
fundação, ocorrerão por conta da Contratada, conforme projeto, devidamente remunerados conforme
orçamento licitado.

4.3 Movimentação de solo - Escavação


Responsabilidade é da Executora, remunerada conforme orçamento licitado.

4.4 Movimentação de solo – Aterros e recomposição da pavimentação


Responsabilidade é da Prefeitura Municipal de Içara.

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A responsabilidade pela recomposição dos aterros junto aos gabiões, e aterro de camada de
base de pavimentação, e da própria pavimentação, sobre as aduelas, e respectiva concordância e
junção com a rua é da Prefeitura Municipal de Içara.

4.5 Conexão da tubulação de micro-drenagem com a aduelas


Responsabilidade é da Executora. Não há item específico para remuneração.
O assentamento das aduelas compreende realizar aberturas nas mesmas, e realizar a conexão
das tubulações de micro-drenagem, quando necessário. Ou ainda, deslocar a tubulação de micro-
drenagem, com saída diretamente na calha do canal, quando possível.

5 RECURSOS PARA PAGAMENTO DAS OBRAS

Os recursos para realização das obras são provenientes do Termo de Compromisso 0351062-
62/2011 PAC1 Drenagem, cuja operação possui fiscalização pela Prefeitura Municipal de Içara e
acompanhamento técnico pela CAIXA, na qualidade de mandatária da União.

6 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE SERVIÇOS

Este item tem por objetivo especificar a metodologia de execução dos serviços da Obra de
Desassoreamento e Contenção de Margens em Canais, município de Içara, mantendo-o
desassoreado e em perfeitas condições de funcionamento, dando fluxo e escoamento às redes e
afluentes que neles fazem seus descartes, para que não ocorram situações de inundação e nem de
alagamentos na área de intervenção, assim como suas decorrências à Saúde e Segurança Pública.

6.1 DISPOSIÇÕES GERAIS


É de responsabilidade da empresa contratada manter no canteiro de obras os insumos
necessários a administração local, contemplando no mínimo , mestre, encarregado, vigia, almoxarife,
veículos de uso na obra, equipamentos para locação e acompanhamento topográfico da obra,
materiais de escritório e limpeza, computadores da obra, energia, telefone e demais itens necessários
ao bom funcionamento do canteiro/obra, devendo as despesas estar contidas nos custos de
execução de cada serviço/etapa do empreendimento.
É de responsabilidade da empresa contratada a manutenção e a limpeza das margens, dos
taludes e do passeio do rio/ribeirão por onde os equipamentos (escavadeira hidráulica ou
retroescavadeira) e os caminhões trafegarem, bem como a recomposição, as suas expensas, das
benfeitorias eventualmente avariadas pela passagem/movimentação dos equipamentos/caminhões,
depois que o trecho tiver sido recebido pela fiscalização.
Quando houver chuvas contínuas ou casos específicos definidos pela fiscalização que
impeçam a utilização dos equipamentos, os serviços deverão ser paralisados, sob pena de a empresa
ser responsabilizada pelos acidentes que advirem do não atendimento dessa paralisação.

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A Empresa é responsável pela sinalização diurna e noturna do local onde estiver trabalhando,
bem como a sinalização necessária ao desvio do trânsito (se necessário). Todo e qualquer acidente
que venha a ocorrer por falha dessa sinalização será de responsabilidade da Empresa.
Para este projeto foi considerado o fornecimento de materiais comerciais, considerando para
efeito de cálculos de DMT a localização de jazida comercial mais próxima da área de intervenção.
A empresa deverá apresentar a fiscalização, antes do início dos serviços, plano de trabalho
onde constem a área de empréstimo dos materiais necessários a obra (jazida, pedreira exploradas
comercialmente por terceiros) com as devidas licenças DNPM, licenciamento ambiental,
caracterização do material, sondagens e resultados de ensaios, volume disponível e DMT efetivo.
A contratada se empenhará em tornar mínima a interferência dos seus trabalhos com o trânsito
de pedestres e de veículos, criando facilidades e meios que demonstrem esta preocupação. A
FISCALIZAÇÃO participará da análise dos problemas previsíveis e das soluções a serem adotadas.
“Durante a execução das obras, sendo constatadas interferências não previstas no projeto ou
impossibilidade de execução conforme projeto, a contratada deverá imediatamente informar a
fiscalização e/ou o projetista, para analisar a situação e proceder às adequações necessárias.”
O cadastro “as built” deverá ser executado no decorrer da obra, com base nos levantamentos
elaborados pela equipe de locação e controle geométrica da obra. A FISCALIZAÇÃO deverá receber
estes levantamentos, acompanhar e revisar os desenhos de projeto, incorporando todas as
adaptações feitas durante as obras, para espelharem fielmente o que foi efetivamente construído.

6.2 CANTEIRO DE OBRAS

6.2.1 Abrigo provisório


O abrigo provisório deverá abrigar o escritório da obra em formato de container de 2,20x6,20m
em chapa de aço nervurado trapezoidal, com isolamento termo acústico e chassis reforçado com piso
de compensado naval,inclusive instalações elétricas e hidrosanitárias, composto por:
- 1 contêiner Escritório, com banheiro contendo 1 vaso sanitário, 1 lavatório.
O canteiro de obras deverá apresentar boas condições de segurança e limpeza, e ordenada
circulação, nele se instalando depósitos e escritório, e onde serão mantidos placas de identificação
da obra, diário de obra, toda a documentação relativa aos serviços, na qual se incluem desenhos,
especificações, contratos, cronogramas, etc.
O canteiro de obras deverá ser mantido limpo, removendo-se periodicamente lixo e entulhos.
A medição será feita por unidade por mês (unidade x mês).
O pagamento será mensal, durante o período das obras.

6.2.2 Placa de obra


A placa será destinada à identificação da obra, de acordo com o Manual de Cores e
Proporções de Placas de Obra, que regulamenta os modelos de placas e adesivos indicativos de
obras contratadas por instituições públicas e órgãos do Governo Federal.

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A placa deverá se confeccionada em chapa plana metálica galvanizada pintada com tinta a
óleo ou tinta esmalte, estruturada sobre barrotes de madeira ou perfis metálicos. A placa possuirá
tamanho de 2,50 x 4,00m (1 unidade), sendo que o modelo, seu conteúdo, padrão de cores e
tamanhos das letras ou símbolos deverão seguir as especificações apresentadas no Manual, com
orientação da FISCALIZAÇÂO.
A placa deverá ser fixada pela CONTRATADA em local visível a ser indicado pela
FISCALIZAÇÂO, preferencialmente nos acessos principais ou voltadas para a via que forneça melhor
visualização das mesmas. Deverá ser mantida em bom estado de conservação, inclusive quanto à
integridade dos padrões de cores, durante todo o período de execução das obras, substituindo-a ou
recuperando-a quando verificado o seu desgaste ou precariedade, ou ainda por solicitação da
FISCALIZAÇÃO.
A medição será feita pela área, em metros quadrados, de placa instalada.
O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, que remunera a fabricação da placa,
entrega no local de instalação, escavação do solo, montagem, posicionamento e fixação da estrutura
da placa e fixação da placa metálica.

6.2.3 Sinalização de Segurança


É de responsabilidade da contratada providenciar toda a sinalização de segurança durante a
execução de toda obra. Todos os materiais e equipamentos a serem empregados deverão possuir
prévia autorização da fiscalização.
A sinalização será medida seguindo a extensão da obra, em metros lineares.
O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, que remunera a mão de obra, aquisição
de materiais, ferramentas, equipamentos, transporte até o local de aplicação e a manutenção até o
final da obra.

6.3 SERVIÇOS PRELIMINARES

6.3.1 Remoções e demolições


Em toda a área de intervenção, os materiais constantes na planilha de quantitativos deverão
ser removidos ou relocados, mecanicamente/manualmente para permitir as intervenções necessárias
para implantação das obras.
Poderão ser empregados os seguintes equipamentos:
a) marteletes e rompedores pneumáticos:
b) compressores de ar;
c) motoniveladora pesada com escarificador;
d) retroescavadeiras e pás carregadeiras;
e) ferramentas manuais: alavancas, picaretas, etc.
A execução compreenderá a completa demolição e remoção dos materiais, reduzindo-se as
placas a tamanhos compatíveis, depositando-as em montes para o posterior carregamento.

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Esta operação deverá ser executada de modo a evitar danos a infraestruturas existentes, etc.
O material retirado deverá ser empilhado lateralmente dentro do canteiro de serviço para
posterior destinação final ou reaproveitamento pela PMI.

6.3.2 Caminho de serviço


Este serviço consiste na execução dos acessos aos diversos locais utilizados por
equipamentos e veículos necessários para a construção da obra compreendendo as operações de
remoção de material vegetal e outros, tais como: árvores, arbustos, tocos, raízes, entulhos, matacões,
além de qualquer outro considerado como elemento de obstrução.
Deve ser exercido um controle operacional adequado dos veículos / equipamentos, em termos
de velocidade e ações de carga e descarga, objetivando a segurança operacional, bem como a
minimização dos efeitos poluidores suscetíveis de afetar as comunidades lindeiras ou terceiros em
geral.
Quando caracterizado ou definido o encerramento da utilização do caminho de serviço, deve
ser promovida a recuperação da respectiva área ocupada, restituindo-lhe as condições primitivas
(conforme indicado em projeto).
A abertura dos caminhos de serviço, ordinariamente compreende o aproveitamento da camada
do solo superficial ocorrente na respectiva faixa a ser trabalhada.
Os serviços devem ser executados utilizando-se equipamentos adequados, complementados
com o emprego de serviço manual. Para as tarefas de implantação dos caminhos do serviço é mais
indicada a utilização de tratores de esteira com lâmina angulável. Para efeito de manutenção dos
caminhos de serviço, é ordinariamente utilizada motoniveladora.
A fim de permitir o adequado acesso a todas as frentes de trabalho do trecho a ser implantado,
dando condições para que os equipamentos atinjam as áreas de apoio e as frentes de serviços,
devem ser implantados caminhos de serviços, conforme definido em projeto ou autorizado pela
Fiscalização e Órgão ambiental.
Quando da ocorrência de vegetação de porte reduzido ou médio (até 15 cm de diâmetro,
medido a uma altura de 1,00 m do solo) a limpeza, em termos práticos, deve compreender apenas o
desmatamento – que pode ser qualificado como leve ou pesado, conforme a altura e/ou a quantidade
de árvores.
A fiscalização/Órgão Ambiental deverá assinalar, mediante caiação, as árvores que devem ser
preservadas e as toras que pretende reservar – as quais devem ser, então, transportadas para local
determinado, visando posterior aproveitamento (a cargo da PMI).
A limpeza deve ser sempre iniciada pelo corte das árvores e arbustos de maior porte, tomando-
se os cuidados necessários para evitar danos às árvores a serem preservadas, linhas físicas aéreas
ou construções nas vizinhanças.
Para a maior garantia / segurança as árvores a serem cortadas devem ser amarradas e, se
necessário, o corte deve ser efetuado em pedaços, a partir do topo.
Na operação de limpeza, quando o terreno for inclinado, o trator deve trabalhar sempre de cima
para baixo.

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6.4 DESASSOREAMENTO E LIMPEZA DE CANAIS – PARA INSTALAÇÃO DOS GABIÕES E


TRAVESSIAS

6.4.1 Serviços topográficos – locação e controle geométrico da obra


Esta especificação tem por objetivo fixar as condições e o método de execução dos serviços
topográficos para locação e controle geométrico da obra.
A locação geral da obra deverá ser feita por profissionais experientes acompanhadas de
profissional legalmente habilitado, e será indicada no projeto compreendendo o eixo longitudinal e as
referências de nível.
Todos os materiais para a locação (marcas, balizas, piquetes) devem satisfazer às
especificações aprovadas pela fiscalização.
Para a execução deste serviço deverão ser utilizados equipamentos topográficos de precisão,
inclusive sistema de nivelamento a laser para controle horizontal, vertical e de alinhamento, bem
como seus acessórios.
Todo equipamento e pessoal para sua realização deverá ser fornecido pela contratada, antes
do início da execução de cada etapa de obra, bem como estar a disposição quando indicação da
fiscalização, devendo estar de acordo com esta especificação, sem o que não será dada a ordem
para o início do serviço.
Após os serviços preliminares, será procedida a locação da obra seguindo rigorosamente as
indicações de projeto ou aquelas apontadas pela fiscalização.
Caso seja verificada discrepância, entre as reais condições do terreno e os elementos do
projeto, deverá ser comunicado, por escrito, à fiscalização, que providenciará a solução do problema.
Os trabalhos topográficos objetivam a fixação das obras no terreno de acordo com os projetos
executivos, estes trabalhos dizem respeito a locação e conferência de cotas das tubulações/galerias a
serem assentadas; obras especiais e cadastramento de obras executadas ou remanejadas.
A Contratada deverá dispor de equipe topográfica, com profissionais experientes e
instrumentos adequados para os serviços de locação e acompanhamento da obra.
Quando não existir RNs na área a ser trabalhada, deverá ser feito transporte de cotas com
nivelamento e contranivelamento.
A Contratada fará a locação da poligonal correspondente ao eixo da galeria e marcarão os dois
bordos das valas a serem abertas.
As cotas de fundo das valas deverão ser verificadas de 10 em 10 metros, antes do
desassoreamento ou assentamento da tubulação/galeria, para que sejam obedecidas as cotas de
projeto, quer sejam nos trechos planos com em aclives ou declives.
Logo após o assentamento da tubulação/galeria, deverá ser feita verificação da cota da geratriz
superior da tubulação/galeria, particularmente, nas tubulações de grande diâmetro. A verificação
dessas cotas indicará possíveis recalques da tubulação, possibilitando assim, quando for o caso, as
correções necessárias.

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Todas as obras subterrâneas encontradas e que não constam dos cadastros ou desenhos
fornecidos a Contratada, serão locadas e cadastradas.
Os trabalhos topográficos efetuados pela Contratada serão verificados pela Fiscalização e
aqueles encontrados fora das tolerâncias estabelecidas serão obrigatoriamente refeitos.
Antes de iniciar a escavação, a Contratada fará a pesquisa de interferências no local
juntamente com o pessoal das concessionárias, a fim de confirmar o posicionamento correto das
utilidades mostradas nos desenhos de projeto.
Concluída a locação, a fiscalização procederá às verificações e aferições que julgar oportunas.
Somente após a aprovação da locação, pela fiscalização, a contratada poderá dar continuidade aos
serviços.
A contratada deverá encaminhar os arquivos de locação e controle geométrico da obra para a
fiscalização, de modo a permitir que a fiscalização elabore o Cadastro Técnico das obras.
A contratada será responsável por qualquer erro na locação, que importe em discordância com
o projeto.
A constatação de erro na locação da obra, em qualquer tempo, implicará na obrigação da
contratada, por sua conta e prazo estipulado, proceder a modificações, demolições e reposições que
forem necessárias, a juízo da fiscalização.
A medição será feita de acordo com o andamento dos serviços em horas proporcional ao
volume executado.
O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, que remunera o serviço do topógrafo e
auxiliar necessários para execução do serviço e acompanhamento da obra.

6.4.2 Esgotamento de valas

Quando as escavações atingem o nível das águas subterrâneas e há o afloramento das


mesmas, torna-se necessária a drenagem ou o rebaixamento do lençol freático com o uso de
bombas, para manter a cava ou vala seca, propiciando melhores condições de assentamento das
galerias e execução das contenções em gabião, e evitar a instabilidade do solo com umedecimento
saturado e o consequente desmoronamento dos taludes das valas, que inviabiliza a trabalhabilidade
no trecho.
Deverão ser utilizadas bombas submersíveis apropriadas para serviços de drenagem, com
potência e altura de recalque determinadas em função da vazão de esgotamento necessária à
preservação das condições mínimas de trabalho na vala ou cava.
O serviço consiste no posicionamento da bomba submersível nos locais onde o lençol freático
aflora com maior intensidade e no recalque das águas subterrâneas através de mangueiras
acopladas à mesma.
É feita uma escavação adicional para que o maior acúmulo de água propicie melhores
condições de trabalho ao crivo da bomba submersa, e são utilizados drenos laterais à escavação.
A medição será feita por hora de esgotamento.

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O pagamento será feito pelo preço unitário e remunera o fornecimento da bomba, consumo de
energia elétrica, materiais e mão de obra necessários para execução do serviço.

6.4.3 Escavação mecânica de vala com escavadeira hidráulica

As escavadeiras hidráulicas são normalmente utilizadas para canais de pequeno porte. Bota-
foras provisórios (durante a execução dos serviços), somente serão utilizados com a prévia
autorização da Fiscalização. A exigência de caçamba estanque deverá sempre ser cumprida.
A conformação final da calha em canais em terreno natural deverá seguir o projeto de
terraplanagem e ser acompanhada pela Fiscalização. As valas deverão ser escavadas segundo a
linha de eixo, respeitando o alinhamento e cotas indicados no projeto de terraplanagem e/ou
determinações da Fiscalização.
A limpeza das margens, quando for o caso, deverá ser exigida e acompanhada pela
Fiscalização.
A escavação compreenderá a remoção de qualquer material até as linhas e cotas
especificadas no projeto e ainda a carga, transporte e descarga do material excedente (não utilizado
no reaterro) nas áreas e depósitos previamente aprovados pela Fiscalização.
Para garantir a capacidade de vazão prevista nos projetos, além das características
dimensionais, duas outras são de suma importância: rugosidade das paredes e declividade.
Não será admitida a presença de ressaltos, protuberâncias, reentrâncias e outras
irregularidades não previstas. Ao final das obras, todas as construções auxiliares que foram
necessárias à construção deverão ser removidas e as superfícies reparadas.
Com respeito a declividade, deverão ser respeitadas as cotas de fundo das obras especificadas
em projeto. Em pontos intermediários entre estas, a variação deve ser contínua, não se admitindo
trechos com o fundo ascendente.
A escavação deverá ser mecânica, sendo possível a execução de escavação manual em
função das interferências existentes, a critério da Fiscalização.
A extensão máxima de abertura de vala deverá observar as limitações do local de trabalho,
condições de produção da Contratada nas operações de assentamento, reaterro, etc.
Nas escavações localizadas em áreas de passagem públicas, deverão ser observados os
aspectos de segurança dos transeuntes e veículos. Os locais de trabalho deverão ser sinalizados, de
modo a preservar a integridade tanto do público em geral, como dos operários e equipamentos
utilizados.
Deverão ser definidos e mantidos acessos alternativos, evitando-se a total obstrução da
passagem de pedestres e/ou veículos.
Quando a escavação em terreno de boa qualidade tiver atingido a cota indicada no projeto,
deverá ser feita a regularização e limpeza do fundo da vala/canal.
Em especial no primeiro metro de profundidade da escavação, esta deverá ser realizada
cuidadosamente para identificação e proteção de interferências não assinaladas no projeto.

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Todas as interferências localizadas deverão ser identificadas e cadastradas, atualizando-se os


desenhos de projeto. Deverão ser seguidas as orientações da Fiscalização para remanejamento das
interferências localizadas.
A medição da escavação será feita pelo volume escavado, em metros cúbicos.
O pagamento da escavação será feito pelo preço unitário contratual, que remunera o
equipamento e pessoal necessários para execução do serviço, considerando o coeficiente de
empolamento do material no preço unitário.

6.4.4 Carga, transporte e descarga

É responsabilidade da empresa contratada o transporte do material escavado até o bota fora.


Será transportado para o bota-fora apenas o material que não for utilizado para o reaterro das
valas ou construção do dique de proteção.
Para esta obra, o bota-fora previsto será uma área próxima a obra indicado em projeto, com
DMT de 1 km, ou a critério da fiscalização.
Os caminhões deverão apresentar boa vedação e capacidade mínima de carregamento de 6
m³, devendo atender às normas e horários estipulados pelos órgãos competentes do Município.

6.4.5 Proteção de margem e fundo de canal em gabião

6.4.5.1 Gabião tipo caixa

Antes do início da escavação deverão ser realizadas as operações de desmatamento,


destocamento e limpeza executados mediante a utilização de equipamentos adequados,
complementadas com o emprego de serviços manuais.
Os gabiões tipo caixa são estruturas em forma de prisma retangular fabricadas com malha
hexagonal de dupla torção produzida com arames de baixo teor de carbono e com possuem uma
camada de galvanização.
Os gabiões são subdivididos em células por diafragmas cuja função é reforçar a estrutura.
Toda a malha, com exceção dos diafragmas, é reforçada em suas extremidades por arames de
diâmetro maior que o da malha para fortalecer os gabiões e facilitar sua montagem e instalação.
Os arames que formam a malha dos gabiões, além do revestimento com liga zinco alumínio,
serão recobertos por uma camada contínua de PVC (cloreto de polivinil). Isto confere proteção contra
a corrosão e os tornam eficientes para uso em marinas, ambientes poluídos e/ou quimicamente
agressivos ao seu revestimento metálico.
Quando instalados e cheios de pedra os gabiões se convertem em elementos estruturais
flexíveis, armados, drenantes e aptos a serem utilizados na construção dos mais diversos tipos de
estruturas (muros de contenção, barragens, canalizações, etc.).
Os Gabiões são subdivididos em células por diafragmas.
A malha deve ter suas bordas reforçadas por arames de maior diâmetro.

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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Por se tratar de um ambiente agressivo, deve-se utilizar gabiões revestidos com material
plástico.
Todo o arame utilizado na fabricação do gabião caixa e nas operações de amarração e
atirantamento durante sua construção, deve ser de aço doce recozido de acordo com as
especificações da NBR 8964, ASTM A641M-98 e NB 709-00, isto é, o arame deverá ter uma tensão
de ruptura média de 38 a 48 kg/mm².
Todo arame utilizado na fabricação do gabião caixa, e nas operações de amarração e
atirantamento durante sua construção deve ser revestido com liga zinco-5% alumínio (Zn 5 Al MM) de
acordo com as especificações da ASTM A856M-98, classe 80.
A aderência do revestimento do zinco ao arame deve ser tal que, depois do arame ter sido
enrolado 15 vezes por minuto ao redor de um mandril, com um diâmetro igual a 3 vezes o do arame,
não se descasque ou quebre, de maneira que o zinco possa ser removido com o passar do dedo, de
acordo com as especificações da ASTM A641 M-98.
Os ensaios devem ser feitos antes da fabricação da tela.
O alongamento não deverá ser menor do que 12%, de acordo com as especificações da NBR
8964 e ASTM A641M-98.
Devem ser feitos ensaios sobre o arame, antes da fabricação da tela, sobre uma amostra de 30
cm de comprimento.
A tela deve ser em malha hexagonal de dupla torção, obtida entrelaçando os arames por três
vezes meia volta, de acordo com especificações da NBR 10514, NB 710-00 e NP 17 055 00.
As dimensões da malha serão do tipo 8x10 cm.
O diâmetro do arame utilizado na fabricação da malha deve ser de 2,4 mm e de 3,0 mm para
as bordas.
Todas as bordas livres do gabião caixa, inclusive o lado superior das laterais e dos diafragmas,
devem ser enroladas mecanicamente em volta de um arame de diâmetro maior, neste caso 3,0 mm,
para que as malhas não se desfaçam e adquiram maior resistência.
A conexão entre o arame da borda enrolada mecanicamente e a malha deve ter uma
resistência mínima de 11,7 kN/m.
Cada gabião caixa com comprimento maior que 1,50 m deve ser dividido em celas por
diafragmas colocados a cada metro.
O lado inferior das laterais deve ser fixado ao pano de base, durante a fabricação, através do
entrelaçamento das suas pontas livres ao redor do arame de borda. O lado inferior dos diafragmas
deve ser costurado ao pano de base, durante a fabricação, com uma espiral de arame de diâmetro de
2,2 mm.
Dimensões comerciais padrão:
Comprimento: 1,50 m 2,00 m 3,00 m 4,00 m;
Largura: 1,00 m;
Altura: 0,50 m 1,00 m
Com os gabiões caixa deve ser fornecida uma quantidade suficiente de arame para amarração
e atirantamento.

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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Este arame deve ter diâmetro 2,2 mm e sua quantidade, em relação ao peso dos gabiões caixa
fornecidos, é de 8% para os de 1,00 m de altura, e de 6% para os de 0,50 m.
As pedras utilizadas para o enchimento devem ser friáveis, devem ter bom peso específico e
tamanho na medida do possível regular, sendo que a dimensão mais adequada deve estar
compreendida entre a dimensão maior da malha e o dobro desta. Recomenda-se a utilização de seixo
rolado de rio ou pedra de pedreira.
Sobre uma superfície rígida e plana, desdobrar o gabião eliminado irregularidades.
Com o gabião desdobrado, deve-se levantar as laterais e diafragmas, formando uma caixa. Os
cantos superiores devem ser unidos com os arames grossos que saem do mesmo.
Fixar o arame de amarração na parte inferior da junção dos cantos e costurar alternando voltas
simples e duplas e cada malha.
A próxima etapa consiste na realização de união, de vários gabiões, através do mesmo tipo de
costura, formando um grupo. Estes grupos devem ser unidos com costura no local de utilização
Um bom acabamento dos gabiões é obtido com o uso de gabaritos de madeira ou puxando-os
com um tirfor. O acabamento deve ser executado após o posicionamento final.
A fase de enchimento dos gabiões consiste em alternar a colocação de pedras com os tirantes.
Os volumes a serem colocado em cada etapa devem ser iguais, sendo a última camada deve ficar de
3 a 5 cm acima da altura do gabião.
As caixas devem ser preenchidas simultaneamente, a fim de evitar deformações das paredes
dos gabiões.
Finalizado o enchimento, dobra-se as tampas e faz-se com o mesmo tipo de costura, a união
dos bordos.
A medição será feita pelo volume executado, em metros cúbicos.
O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, que remunera fornecimento dos
materiais, mão de obra e equipamentos, para execução dos serviços.

6.4.5.2 Gabião tipo colchão


Os colchões de gabião são estruturas retangulares caracterizadas por sua grande área e
pequena espessura, fabricados com malha hexagonal de dupla torção produzida com arames de
baixo teor de carbono com uma camada de galvanização e adicionalmente protegidos por uma
camada contínua de material plástico (aplicada por extrusão).
Os colchões de gabião são subdivididos em células por diafragmas de parede dupla,
espaçados a intervalos regulares. Sua base, laterais e as paredes de fechamento (extremidades) são
formadas a partir de um único painel contínuo de malha, obtendo-se um recipiente multicelular aberto.
Para fortalecer a estrutura, todas as extremidades dos painéis de malha são reforçadas por
arames de diâmetro maior que aquele usado para a fabricação da malha.
Quando instalados e cheios de pedra os colchões de gabião se convertem em elementos
estruturais drenantes, armados, e, devido a sua flexibilidade e pequena espessura, são
especialmente indicados na construção de revestimentos para canais, barragens em terra, escadas
dissipadoras e outras.

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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Principais características:
- Revestimento com proteção adicional de material plástico;
- Malhas com abertura tipo 6x8;
- Bordas enroladas mecanicamente;
- Arestas reforçadas pela superposição das malhas;
- Base formada por um único pano de malha contínuo;
- Diafragmas de parede dupla.
Todo o arame utilizado na fabricação do colchão de gabião e nas operações de amarração e
atirantamento durante sua construção devem ser de aço doce recozido de acordo com as
especificações NBR 8964, ASTM A641M-98 e NB 709-00, isto é, o arame deverá ter uma tensão de
ruptura média de 38 a 48 kg/mm².
Todo arame utilizado na fabricação do colchão de gabião, e nas operações de amarração e
atirantamento durante sua construção deve ser revestido com liga zinco-5% alumínio (Zn 5 Al MM) de
acordo com as especificações da ASTM A856M-98, classe 80.
A aderência do revestimento do zinco ao arame deve ser tal que, depois do arame ter sido
enrolado 15 vezes por minuto ao redor de um mandril, com um diâmetro igual a 3 vezes o do arame,
não se descasque ou quebre, de maneira que o zinco possa ser removido com o passar do dedo, de
acordo com as especificações da ASTM A641M-98.
Os ensaios devem ser feitos antes da fabricação da tela.
O alongamento não deverá ser menor do que 12%, de acordo com as especificações da NBR
8964 e ASTM A641M-98.
Devem ser feitos ensaios sobre o arame, antes da fabricação da tela, sobre uma amostra de 30
cm de comprimento.
A tela deve ser em malha hexagonal de dupla torção, obtida entrelaçando os arames por três
vezes meia volta, de acordo com especificações da NBR 10514, NB 710-00 e NP 17 055 00.
As dimensões da malha serão do tipo 6x8 cm.
O diâmetro do arame utilizado na fabricação da malha deve ser de 2,0 mm e de 2,4 mm para
as bordas.
Base, paredes laterais, diafragmas e paredes das extremidades do colchão de gabião são
formados a partir de um único pano de tela.
Cada diafragma de parede dupla, formado a partir de dobras no pano de base, deve
apresentar, em sua parte inferior, quatro espirais de união em arame de diâmetro 2,0 mm recoberto
com PVC.
Os diafragmas de parede dupla devem estar posicionados a cada metro do comprimento do
colchão de gabião.
Para facilitar a montagem do colchão de gabião, a base deve ser cortada, durante o processo
de fabricação, nos diafragmas e nas suas laterais.
A tampa também é fabricada em um único pano de tela.
Para que as malhas livres das extremidades da base e da tampa do colchão de gabião
adquiram maior resistência, deverá ser inserida uma vareta de arame de diâmetro 3,0 mm entre todas

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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as torções das terceiras malhas a partir das bordas livres. As malhas das extremidades que sobrarem
devem ser dobradas, durante a fabricação, em volta desta vareta.
Dimensões comerciais padrão:
Comprimento: 3,00 m 4,00 m 5,00 m 6,00 m;
Largura 2,00 m;
Altura 0,17 m
Com os colchões de gabião deve ser fornecida uma quantidade suficiente de arame para
amarração e atirantamento.
Este arame deve ter diâmetro 2,2 mm e sua quantidade, em relação ao peso dos colchões De
gabião é de 5%.
As pedras utilizadas para o enchimento devem ser friáveis, devem ter bom peso específico e
tamanho na medida do possível regular, sendo que a dimensão mais adequada deve estar
compreendida entre a dimensão maior da malha e o dobro desta. Recomenda-se a utilização de seixo
rolado de rio ou pedra de pedreira.
As várias operações de montagem e enchimento para a execução do colchão de gabião
podem ser resumidas nas etapas a seguir ilustradas, ficando a critério da empresa executando as
variações de procedimento que poderão ocorrer, devido às condições adversas do local.
A primeira etapa consiste na preparação do colchão fora do local de utilização. Deve-se
executar o desdobramento do colchão de gabião sobre uma superfície plana e rígida, esticando-o até
obter ser comprimento nominal.
Depois de esticar totalmente os colchões, deve-se arrumar os diafragmas com o auxílio dos
pés, de forma que eles fiquem abertos.
Levantando as paredes laterais do colchão, finalizam-se os trabalhos de desdobra.
A finalização da montagem dos colchões é realizada através de costuras que unem as paredes
frontais e os diafragmas às paredes laterais. Deve-se alternar as costuras entre uma volta simples e
uma volta dupla a cada 10 cm.
Depois desta etapa, deve-se levar os colchões de gabião até o local de instalação e fazer a
união entre os eles através das bordas de contato. Devem ser previstos tirantes verticais a cada 1,0
m², unindo a tampa ao fundo.
A última etapa é o enchimento com pedras e o fechamento com a tampa. Esta deve ser
costurada com a parte superior das paredes e dos diafragmas.
A medição será feita pela área executada, em metros quadrados.
O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, que remunera fornecimento dos
materiais, mão de obra e equipamentos, para execução dos serviços.

6.4.5.3 Geotêxtil
São processos utilizados para drenar o solo, evitar a colmatação de gabiãos, garantir a
separação de terrenos de diferentes granulometrias e a proteção de materiais vulneráveis.
Deverão ser aplicados em todas as áreas de contato de gabiões (caixa ou colchão) com o solo
(natural ou de reaterro).

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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A especificação técnica do filtro em manta geotêxtil a ser utilizado nesta obra é RT14.
A medição será feita pela área instalada, em metros quadrados.
O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, que remunera fornecimento dos
materiais, mão de obra e equipamentos, para execução dos serviços.

6.4.6 Travessias

6.4.6.1 Assentamento de Galeria


As galerias celulares pré-fabricadas serão fornecidas pela PMI.
As galerias celulares de concreto deverão ser locadas de acordo com os elementos
especificados no projeto.
Para melhor orientação das profundidades e declividade da canalização recomenda-se a
utilização de gabaritos para execução dos berços e assentamento com pranchões de madeira. Os
bueiros devem dispor de seção de vazão capaz de permitir o escoamento seguro dos deflúvios, o que
representa atender às descargas de projeto calculadas para períodos de recorrência
preestabelecidos.
Para escoamento seguro e satisfatório o dimensionamento hidráulico deverá considerar que o
bueiro desempenhe sua função com velocidade de escoamento adequada, cuidando-se ainda evitar
a ocorrência de velocidades erosivas, tanto no corpo estradal, como na própria tubulação e
dispositivos acessórios.
Para implantação dos bueiros torna-se necessária a uniformização das condições de
resistência das fundações, conseguida com a execução de camada preparatória de embasamento,
com espessuras definidas no projeto, utilizando pedra de mão ou rachão.
Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais de
instalação dos bueiros e compatíveis com os materiais utilizados nas obras de arte correntes,
atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares. Recomendam-se,
como mínimo, os seguintes equipamentos:
a) Caminhão basculante;
b) Caminhão de carroceria;
c) Betoneira ou caminhão betoneira;
d) Motoniveladora;
e) Pá carregadeira;
f) Rolo compactador metálico;
g) Retroescavadeira valetadeira;
h) Guincho ou caminhão com grua ou Munck.
Para execução dos bueiros celulares de concreto deverão ser cumpridas as seguintes etapas:
- Locação da obra;
- Escavação da vala, escoramento e esgotamento;
- Regularização do fundo da vala, antes da execução do berço.

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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-A declividade longitudinal do bueiro deverá ser contínua e somente em condições


excepcionais, desde que previsto no projeto serão permitidas descontinuidades no perfil dos bueiros,
adotando-se declividade adequada para que não ocorra erosão das paredes e do fundo da
canalização.
- Havendo necessidade de aterro para que se alcance a cota de assentamento, o lançamento
do material será feito em camadas com espessura máxima de 15cm, sendo exigida a compactação
mecânica por compactadores manuais, placa vibratória ou compactador de impacto, garantindo o
grau de com compactação satisfatório e a uniformidade de apoio para a execução do berço.
Caso o terreno não apresente resistência adequada à fundação da estrutura serão realizados
trabalhos de reforço que poderão envolver: cravação de estacas, substituição de material, melhoria
do solo com mistura, etc.
- Somente após a execução do berço serão permitidas a colocação das galerias, observando a
posição da laje superior que deverá estar indicada em todas as peças. O rejuntamento deverá ser
feito com argamassa de cimento e areia traço 1:3, interna e externamente, adotando-se a utilização
de manta geotêxtil RT14 sobre toda a área das aduelas, evitando-se o carreamento do solo por
eventuais fugas de líquido interno.
Quando as escavações atingem o nível das águas subterrâneas e há o afloramento das
mesmas, torna-se necessária a drenagem com o uso de bombas, para manter a cava ou vala seca,
propiciando melhores condições de assentamento dos tubos e conexões, e evitar a instabilidade do
solo com umedecimento saturado e o consequente desmoronamento dos taludes das valas, que
inviabiliza a trabalhabilidade no trecho.
Deverão ser utilizadas bombas submersíveis apropriadas para serviços de drenagem, com
potência e altura de recalque determinadas em função da vazão de esgotamento necessária à
preservação das condições mínimas de trabalho na vala ou cava. Os custos para esgotametno de
água deverão ser considerados na composição deste item, não cabendo remuneração a parte.
A medição será feita pela extensão de galeria assentada, em metros lineares.
O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, que remunera o assentamento da
galeria, bem como materiais e execução do rejuntamento com argamassa e geotêxtil.

6.4.6.2 Base para assentamento


Para implantação das galerias torna-se necessária a uniformização das condições de
resistência das fundações, conseguida com a execução de camada preparatória de embasamento,
com espessuras definidas no projeto, utilizando pedra de mão ou rachão.
Após a execução da base em pedra de mão, o assentamento da galeria será feito sobre
pranchão de madeira, com dimensões de 30x4cm.
A medição da base em pedra de mão será feita pelo volume executado compactado, em
metros cúbicos.
A medição do pranchão de madeira para assentamento da galeria será feita pela extensão
instalada, em metros lineares.

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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O pagamento da base em pedra de mão será feito pelo preço unitário contratual, que remunera
o fornecimento do material e execução do serviço.
O transporte do material da jazida até a área de intervenção será pago separadamente,
considerando o DMT de 28 km.
O pagamento do pranchão de madeira será feito pelo preço unitário contratual, que remunera o
fornecimento dos materiais e execução do serviço.

6.4.7 Camada drenante


Serão executadas em ambas laterais do Canal U. Serão compostas por uma camada de brita
envolvida em manta de geotêxtil, com tubulações em PVC, igualmente espaçadas, que perfuram a
galeria, permitindo o escoamento da água.
A Norma “Geotêxteis - Instalação em Trincheiras Drenantes" estabelece dois níveis de
solicitação típicos, para os quais são fixados critérios de alongamento, resistência à tração e
puncionamento dos geotêxteis.
Os níveis estabelecidos na Norma são os seguintes:
a) nível I de solicitação - relativa a trincheiras pouco profundas (< 1m), terreno bem
regularizado, agregado pouco contundente e compactação leve,
b) nível II - quando pelo menos uma das solicitações do nível I não se verificar.
Como a camada drenante será instalada no fundo da galeria, com profundidade maior que
1,00m, deverá ser instalado um geotêxtil que atenda aos seguintes requisitos:
Nível II: resistência à tração na direção de menor resistência de 12kN/m e resistência ao
puncionamento de 2,6kN).
A medição será feita pela extensão de camada drenante executada, em metros lineares.
O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, que remunera a mão de obra,
ferramentas e equipamentos para execução dos serviços.

6.4.8 Reaterro compactado com material escavado


O reaterro do tardoz dos muros de gabião ou das galerias celulares será executado com
material reaproveitado da escavação.
Esse procedimento melhora as características do terreno e minimiza o valor do empuxo ativo.
O aterro será iniciado com o espalhamento de camadas de espessura máxima de 20 cm,
compactadas com compactador manual “sapo mecânico” ou mecânico, tomando-se cuidado para não
danificar as peças concretadas ou o muro de gabião.
Para situações onde a espessura da camada de reaterro for menor ou igual a 60 cm, este
processo com compactação manual deverá ser contínuo. Para situações com espessura de reaterro
maior que 60 cm, o processo manual com sapo mecânico será contínuo até atingir 60 cm acima da
laje, e após esta espessura, poderá ser seguido de espalhamento e compactação mecânicos.
Os mesmos cuidados deverão ser tomados para a execução do dique de proteção lateral,
respeitando principalmente a inclinação do talude especificada e a largura mínima da plataforma.

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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A medição do reaterro (de vala e da construção do dique de proteção) será feita pelo volume
executado compactado, em metros cúbicos.
O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, que remunera a mão de obra,
ferramentas e equipamentos para execução dos serviços.

6.5 OBRAS COMPLEMENTARES

6.5.1 Microdrenagem

6.5.1.1 Caixa de ligação


Executar lastro de concreto simples Fck ≥ 15MPa.
Alvenaria será executada com tijolos maciços.
Argamassa de assentamento de cimento, cal hidratada e areia no traço 1: 0,5: 8 e de cimento e
areia no traço 1: 3, onde tiver armadura de ligação bloco / pilarete;
Argamassa de revestimento da alvenaria e regularização do fundo, com hidrófugo;
Aço CA50/60 para armadura complementar;
Tampa de concreto armado.
Obedecer às características dimensionais e demais recomendações existentes no projeto, para
cada caso.
Escavação manual em terra de qualquer natureza e apiloamento do fundo.
Quando executada em piso pavimentado, deve estar alinhada ao mesmo e receber o mesmo
tipo de acabamento na tampa. Um eventual desnível nunca poderá ser maior que 1,5cm. Os vãos
entre as paredes da caixa e a tampa não poderão ser superiores a 1,5cm (NBR 9050).
Argamassa de revestimento da alvenaria e regularização do fundo: argamassa traço 1:3:0,05
(cimento, areia peneirada - granulometria até 3mm - e hidrófugo).
As caixas devem ter tubulações de entrada e saída distante do fundo no mínimo 10 cm.
Antes de entrar em funcionamento, executar um ensaio de estanqueidade, saturando por no
mínimo 24hs após o preenchimento com água até a altura do tubo de entrada.
Decorridas 12hs, a variação não deve ser superior a 3% da altura útil (h).
As paredes devem ser paralelas às linhas de construção principais e aprumadas.
Tampa: concreto fck ≥ 20MPa, armado conforme projeto, aço CA- 50.
Vedação da tampa de inspeção com argamassa de rejunte e areia.
Verificar dimensões conforme projeto, alinhamento, esquadro e arestas da alvenaria e tampa
de inspeção (não é permitido o empenamento da tampa de inspeção).
Verificar a estanqueidade do conjunto (acompanhar ensaio).
Verificar os vãos da tampa (máx. 1,5cm) e o perfeito nivelamento com o piso, quando instalada
em piso pavimentado.
Verificar o rejunte das tampas às caixas para evitar entrada ou saída de detritos ou mau cheiro.

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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6.5.1.2 Boca de Bueiro


Face à sua natureza e por se tratarem de estruturas monolíticas rigidamente vinculadas ao
corpo dos bueiros celulares, os mesmos cuidados serão dispensados ao conjunto.
O concreto usado para a fabricação dos bueiros será confeccionado de acordo com as normas
NBR 6118/80, NBR 7187/87, NBR 12654/92 e NBR 12655/96 e ser dosado de acordo com o projeto
estrutural, fck=20MPa.
Para implantação dos bueiros torna-se necessária a uniformização das condições de
resistência das fundações, conseguida com a execução de camada preparatória de embasamento,
de 10 cm de espessura, utilizando concreto fck10Mpa.
Para o revestimento do fundo da canalização deverá ser utilizada argamassa de cimento e
areia no traço 1:3, em massa, alisada a desempenadeira, ou com tratamento adequado para as
formas e isolamento da superfície, no caso de recomendação do uso de concreto aparente.
As formas internas deverão ser previamente untadas com desmoldante, antes da concretagem,
de modo a resultar numa superfície com baixa rugosidade e facilitar a desmoldagem.
O aço estrutural a ser utilizado será da classe 50/60.
Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais de
instalação e compatíveis com os materiais utilizados nas obras de arte correntes, atendendo ao que
dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.
Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:
a) Caminhão basculante;
b) Caminhão de carroceria;
c) Betoneira ou caminhão betoneira;
d) Motoniveladora;
e) Pá carregadeira;
f) Rolo compactador metálico;
g) Retroescavadeira valetadeira ou
valetadeira;
h) Guincho ou caminhão com grua ou Munck;
i) Serra elétrica para formas;
j) Vibradores de placa ou de imersão.
Para execução deverão ser cumpridas as seguintes etapas:
- Locação da obra.
- Esvavação da vala, escoramento e esgotamento.
- Regularização do fundo da vala, antes da execução do berço.
Somente após execução do berço serão permitidas a colocação e amarração da armadura da
laje de fundo do bueiro e as formas laterais, que servirão de apoio aos ferros das paredes.
Segue-se, o lançamento, espalhamento e acabamento do concreto de fundo, na espessura e
resistência estabelecidas no projeto, até a cota superior da mísula inferior, aplicando-se vibração
adequada.

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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Concretado o fundo, serão complementadas e posicionadas as armaduras laterais e colocadas


às fôrmas interna e externa da parede, após o que, será feito o lançamento e espalhamento do
concreto, com a simultânea vibração, até a cota inferior das mísulas superiores.
Instalação das formas da laje superior e a colocação e posicionamento da armadura, e
espalhamento do concreto necessário à complementação do corpo do elemento.
Não havendo recomendações específicas, as juntas serão executadas com 1 cm de espessura
e realizadas com réguas de madeira compensada e isopor: após a concretagem serão retiradas e
rejuntadas com mistura de cimento asfáltico e cimento, aplicada a quente.
Concluída a concretagem, executar aterro sobre o bueiro com material reparoveitado da
escavação.
O aterro será iniciado com o espalhamento de camadas de espessura máxima de 20 cm sobre
a laje do bueiro e junto às paredes, compactadas com compactador manual “sapo mecânico”,
tomando-se cuidado para não danificar as peças concretadas.
Este processo será contínuo até atingir 60 cm acima da laje, e seguido de espalhamento e
compactação mecânicos.

6.5.1.3 Tubulação
Os tubos de concreto deverão ser do tipo e dimensões indicadas no projeto e serão de encaixe
tipo ponta e bolsa, devendo obedecer às exigências da norma NBR 8890/2003.
Atendendo a esta norma, os tubos de 80 e 100 cm foram dimensionados estruturalmente,
devendo ser armados do tipo PA-1.

As escavações deverão ser executadas de acordo com as cotas e alinhamentos indicados no


projeto. O fundo das cavas deverá ser compactado mecanicamente.
Para o reaterro deverá ser utilizado o material da própria escvação. É responsabilidade da
empresa contratada o transporte do material escavado excedente até o bota fora definido em projeto
(DMT 1km).
Os caminhões deverão apresentar boa vedação e capacidade mínima de carregamento de 6
m³, devendo atender às normas e horários estipulados pelos órgãos competentes do Município.
O assentamento dos tubos será feito sobre pranchão de madeira e=2,5cm e berço areia,
lançado sobre o terreno natural compactado.
As juntas dos tubos serão feitas com geotêxtil não tecido, com a seguinte especificação: Nível
II (resistência à tração na direção de menor resistência de 12kN/m e resistência ao puncionamento de
2,6kN).
Os tubos terão suas bolsas assentadas no lado de montante para captar os deflúvios no
sentido descendente das águas. O assentamento dos tubos deverá obedecer às cotas e ao
alinhamento indicados no projeto.
O reaterro, somente será autorizado depois de fixadas às tubulações e deverá ser feito, com o
material reaproveitado da escavação, em camadas com espessura máxima de 15 cm, adensado
hidraulicamente, sendo compactado com equipamento manual até uma altura de 60 cm acima da

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OBRAS DE MACRODRENAGEM – IÇARA – ETAPA 2
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geratriz superior da tubulação. Somente após esta altura será permitida a compactação mecânica,
que deverá ser cuidadosa de modo a não danificar a canalização.

6.5.2 Serviços Complementares

6.5.2.1 Pavimentação (Base de macadame seco)


A recomposição da estrutura das vias onde serão instaladas as travessias será executada com
uma base em macadame seco, camada granular composta por agregados graúdos, naturais ou
britados, preenchidos a seco por agregados miúdos, cuja estabilidade é obtida pela ação mecânica
enérgica de compactação.
Ser for necessário deverá ser executada camada de bloqueio ou isolamento, porção inferior da
camada de macadame seco, limitada à espessura de 0,03 m após compactação, aplicada nos casos
que o macadame seco é assentado diretamente sobre solos com mais de 35% passando na peneira
nº 200.
O agregado graúdo, constituído por pedra britada resultante de britagem primária (pedra
pulmão) de rocha sã ou, em casos especiais, oriundos de materiais pétreos naturais desmontados
pela ação de lâmina e escarificador de trator de esteiras ou por simples detonações (basaltos vítreos),
deve apresentar fragmentos duros, limpos e duráveis, livres de excesso de partículas lamelares ou
alongadas, macias ou de fácil desintegração e de outras substâncias ou contaminações prejudiciais.
O diâmetro máximo do agregado graúdo deve estar compreendido entre ½ e da espessura final
de cada camada executada, não devendo ser superior a 5” (127 mm) e nem inferior a 3” (88,9 mm).
O agregado para enchimento deve ser constituído por finos de britagem com as mesmas
características físicas especificadas para o agregado graúdo (forma, resistência ao desgaste e
isenção de impurezas), devendo atender a uma das seguintes faixas granulométricas.

O equivalente de areia (método DNER-ME 54/97) para o agregado miúdo deve ser igual ou
superior a 40%.
O equipamento básico para execução do macadame seco compreende:
trator de esteira;
instalação de britagem compatível com as bitolas e as produções desejadas;
pá-carregadeira;

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caminhões basculantes;
distribuidor de agregados e/ou motoniveladora pesada;
rolos compressores de rodas lisas, vibratórios ou estáticos;
equipamentos e ferramentas complementares, pás, carrinhos de mão, vassourões ou
vassouras mecânicas entre outras.
A superfície que for receber a camada de macadame seco deve apresentar-se limpa, isenta de
pó ou outras substâncias prejudiciais.
A superfície que for receber a camada de macadame seco deve apresentar-se sem leiras ou
quaisquer obstáculos que possam provocar o confinamento lateral da camada de macadame seco.
Quando necessário esta camada é executada na largura da plataforma de projeto, com
espessura máxima de 0,03 m, após compressão.
Após a operação de carregamento, o transporte do material britado da fonte produtora (central
de britagem) até o canteiro da obra é feito por caminhões basculantes, devidamente cobertos e
enlonados no caso do transporte por vias públicas em operação.
O espalhamento do material de bloqueio é executado com motoniveladora.
A acomodação da camada por compressão é feita com utilização de rolo estático liso, em uma
ou no máximo duas passadas.
A execução da camada de agregado graúdo inicia-se pelo carregamento do material nos
depósitos ou pátios de estocagem da instalação de britagem. A operação de carga do material deve
ser procedida de forma criteriosa, evitando-se a utilização de agregados graúdos lamelares ou com
excesso de finos.
Após a operação de carregamento e o transporte por caminhões basculantes, faz-se o
espalhamento em uma camada de espessura uniforma e homogênea, uniformemente solta. O
espalhamento é feito com motoniveladora pesada ou distribuidor de agregados, na dependência do
diâmetro máximo do agregado utilizado.
Após o espalhamento do agregado graúdo, podem ser necessárias as seguintes correções:
- remoção de fragmentos alongados, lamelares ou de tamanho excessivo, visíveis na superfície
e substituição por agregado graúdo representativo e de boa qualidade;
- correção de pontos com excesso ou deficiência de material, após verificação do greide e
seção transversal com cordéis, gabaritos e outros instrumentos. No caso de existir deficiência de
material, utilizar sempre agregado graúdo representativo e de boa qualidade, sendo vedado o uso de
agregado miúdo.
Efetuadas as correções necessárias e previamente ao lançamento do material de enchimento,
pode ser obtida uma melhor acomodação do agregado graúdo através de uma única passada do rolo
liso, sem vibração.
O material de enchimento, obedecendo a uma das faixas granulométricas especificadas, o
mais seco possível, é espalhado com motoniveladora ou distribuidor de agregados, em quantidade
suficiente para preencher os vazios do agregado graúdo.

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A aplicação do material de enchimento deve ser feita um uma ou mais vezes, até se obter um
bom preenchimento, evitando-se o excesso superficial. Normalmente essas aplicações se processam
em ocasiões diferentes.
A compactação enérgica da camada é realizada com rolo liso vibratório.
Nos trechos em tangente, a compactação deve sempre partir dos bordos para o eixo e, nas
curvas, do bordo interno para o bordo externo.
Em cada passada, o equipamento utilizado deve recobrir ao menos a metade da faixa
anteriormente comprimida.
Logo após se obter a cobertura completa da área a ser comprimida, deve ser feita uma nova
verificação do greide e seção transversal, efetivando-se as correções necessárias, normalmente de
dois tipos:
- deficiência de finos – processa-se o espalhamento da 2ª camada de material de enchimento,
podendo ser empregado apenas agregado miúdo (pedrisco + pó) para possibilitar melhor e mais
compatível travamento;
- excesso de finos – processa-se a sua necessária remoção através de meio manuais ou
mecânicos, utilizando-se ferramentas auxiliares (enxada, pá, rastelo, carrinho de mão e vassoura
mecânica).
A compactação deve prosseguir até se obter um bom entrosamento dos agregados
componentes da camada de macadame seco.
Após a compactação e as correções necessárias, a camada deve ser aberta ao tráfego da obra
e dos usuários, de forma controlada e direcionada, mantendo-se a superfície umedecida. Esta etapa
se estende por um período suficiente de forma a garantir a verificação de eventuais problemas
localizados de travamento deficiente. Se necessário, as operações corretivas descritas anteriormente
são novamente aplicadas.
A medição da base será feita pelo volume executado compactado, em metros cúbicos.
O pagamento da base de macadame será feito pelo preço unitário contratual, que remunera o
fornecimento do material e execução do serviço.
O transporte do material da jazida até a área de intervenção será pago separadamente,
considerando o DMT de 28 km.

6.5.2.2 Guarda-Corpo

Os guarda-corpos são constituídos de colunas e vigas de concreto armado com fechamento de


04 tubos em aço galvanizado diamento 1.1/2”. As vigas que sustentam os guarda corpos serão
fixadas nas aduelas com chumbadores, conforme projeto.
A medição do guarda-corpo e vigas será feita pela extensão, em metros lineares.
O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, que remunera o fornecimento do material
e execução do serviço.

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7 ANEXO: DETALHAMENTO PARA CANALIZAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DE GABIÃO TIPO


COLCHÃO

7.1 DESCRIÇÃO

O colchão tipo Reno ou similar, é uma estrutura metálica, em forma de paralelepípedo de


grande área e pequena espessura. É formado por dois elementos separados, base e a tampa, ambos
produzidos com malha hexagonal de dupla torção (figura 01).

Tampa
Vareta

Altura
Bordas
Bordas dobradas Largura
Comprimento

Lateral
Extremidade

Base

Diafragma de Espirais de união


Cortes
parede dupla
Figura 01
- Elementos constituintes dos colchões

O pano que forma a base é dobrado durante a produção para formar os diafragmas, um a cada
metro, os quais dividem o colchão em células de aproximadamente dois metros quadrados. Em obra
é desdobrado e montado para que assuma a forma de paralelepípedo. É posteriormente transportado
e posicionado conforme especificado em projeto, e então, costurado, ainda vazio, aos colchões Reno
adjacentes.
Deve ser preenchido com material pétreo, com diâmetro médio nunca inferior à menor
dimensão da malha hexagonal.
São estruturas flexíveis adequadas para a construção de obras complementares tais como
plataformas de deformação para proteger a base dos muros, canaletas de drenagem, revestimento de
taludes além de sua função principal, que é atuar como revestimento flexível de margens e fundo de
cursos d’água.
Gabiões tipo Colchões confeccionados em malha hexagonal de dupla torção, tipo 6x8 (NBR
10514-88), a partir de arames de aço BTC (Baixo Teor de Carbono) revestidos com (Zn/5%Alumínio –
MM, conforme a ASTM 856-98), no diâmetro de 2,00mm e recobertos com PVC cinza, de espessura
mínima 0,40mm (NBR 10514-88). Os Gabiões tipo Colchões apresentam diafragmas de parede
dupla, moldados de metro em metro durante o processo de fabricação e são acompanhados de
arames do mesmo tipo, para as operações de amarração e atirantamento, no diâmetro 2,20mm e na
proporção de 5% sobre seu peso.
Quando necessário, os colchões Reno podem ser montados, preenchidos e posteriormente
lançados, com o auxilio de equipamentos mecânicos. As dimensões dos colchões Reno são
padronizadas. Seu comprimento, sempre múltiplo de 1 m, varia entre 3 m e 6 m, enquanto sua largura
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é sempre de 2 m. Sua espessura pode variar entre 0,17 m, 0,23 m e 0,30 m. A pedido podem ser
fabricados colchões Reno de medidas diferentes daquelas padronizadas.

Colchões Reno
Dimensões Padrão
Área
Comprimento Largura Altura Diafragmas
(m²)
(m) (m) (m)
3,00 2,00 0,17 6,00 2
4,00 2,00 0,17 8,00 3
5,00 2,00 0,17 10,00 4
6,00 2,00 0,17 12,00 5
3,00 2,00 0,23 6,00 2
4,00 2,00 0,23 8,00 3
5,00 2,00 0,23 10,00 4
6,00 2,00 0,23 12,00 5
3,00 2,00 0,30 6,00 2
4,00 2,00 0,30 8,00 3
5,00 2,00 0,30 10,00 4
6,00 2,00 0,30 12,00 5
Tabela 01 – Dimensões padrão dos Colchões Reno

7.2 MÉTODO EXECUTIVO

7.2.1 Operações Preliminares


Os Gabiões tipo Colchão fornecidos dobrados e agrupados em fardos. O arame necessário
para as operações de montagem e união dos colchões pode ser enviado dentro do mesmo fardo ou
separado.
O fardo deve ser armazenado, sempre que possível, em um lugar próximo ao escolhido para a
montagem. O lugar onde serão montados os colchões, para facilitar o trabalho, deverá ser plano, duro
e de dimensões mínimas de 16m e inclinação máxima de 5%.
O colchão é constituído por um pano único que formará a base, as paredes laterais e os
diafragmas. Quatro cortes, em suas extremidades, indicam onde deverão ser dobradas as paredes.
Outros dois cortes delimitam a largura dos diafragmas. Quatro espirais mantêm unidas as paredes
duplas que formam os diafragmas. Outro painel de malha forma a tampa do colchão. As bases e as
tampas são colocadas em fardos separados. Todos os panos são confeccionados em malha
hexagonal de dupla torção produzida com arames metálicos revestidos com liga de zinco / alumínio e
terras raras e adicionalmente revestidos por uma camada de material plástico.

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7.2.2 Montagem
A montagem consiste, inicialmente, em retirar a base de cada peça do fardo e transporta-la,
ainda dobrada, ao lugar preparado para a montagem, onde então será desdobrada sobre uma
superfície rígida e plana, e, com os pés, serão tiradas todas as irregularidades dos seus painéis até
obter-se o comprimento nominal da peça.
Dando seqüência à montagem, se juntam, com os pés, as paredes dos diafragmas que ficarem
abertas, e levantam-se as paredes laterais e os diafragmas na posição vertical utilizando os cortes
como guias para a definição da altura do elemento. Aconselha-se a utilização de um sarrafo de
madeira para o perfeito alinhamento da dobra.
Uma vez posicionadas as paredes longitudinais, na vertical, formam-se abas a partir das
paredes transversais, que devem ser dobradas e amarradas às paredes longitudinais usando os
arames de maior diâmetro que sobressaem das mesmas.
As partes dobradas das paredes longitudinais devem ser amarradas aos diafragmas, usando o
arame enviado junto com os colchões, de tal maneira que estas dobras coincidam e se fixem aos
diafragmas. Desta forma, o colchão ficará separado por células a cada metro.
Ao final destas operações obtém-se um elemento em forma de um prisma retangular aberto na
parte superior caracterizado por sua grande área superficial e por sua pequena espessura (17, 23 ou
30 centímetros).

7.2.3 Colocação
Os colchões, já montados, são transportados até o lugar definido em projeto, posicionados
apropriadamente e costurados entre si, em todas as arestas em contato enquanto ainda vazios.
É importante lembrar que, caso o talude seja muito inclinado, a instalação dos colchões deve
ser feita com o auxílio de elementos que garantam a sua estabilidade (estacas de madeira, grampos
etc.).
O talude deve ser geotecnicamente estável, sendo previamente preparado e nivelado. Por isso,
devem ser extraídas as raízes, pedras e qualquer material que se sobressaiam, e preenchidas
eventuais depressões, até alcançar uma superfície regular.
Durante a montagem dos colchões, devem ser colocados tirantes verticais que unirão a tampa
à base dos mesmos, auxiliando no confinamento do material de enchimento e minimizando a
possibilidade de deformações durante a vida de serviço do revestimento. Tais tirantes são obtidos
passando-se a parte central de um pedaço de arame de amarração (cujo comprimento seja de
aproximadamente quatro vezes a espessura do colchão) por duas torções (quatro arames) da base e
deixando as extremidades na posição vertical.

7.2.4 Enchimento
Quando instalados em terrenos inclinados, inicia-se o enchimento dos colchões, a partir da
parte inferior do talude. As pedras devem ser colocadas apropriadamente para reduzir ao máximo o
índice de vazios, assim como previsto em projeto (entre 25% e 35%). O tamanho das pedras deve ser

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mais homogêneo e levemente superior às aberturas das malhas do colchão, a fim de garantir, no
mínimo, duas camadas de pedras, melhor acabamento e facilitar o enchimento.
Durante o preenchimento, deve-se tomar cuidado para que os tirantes verticais se sobressaiam
das pedras, para que possam ser posteriormente, amarrados às tampas. Pelo mesmo motivo, deve-
se também ter cuidado para que os diafragmas fiquem na vertical.
Completa-se o preenchimento de cada célula até exceder sua altura em aproximadamente três
centímetros. Superar este limite pode gerar dificuldades na hora do fechamento dos colchões.

7.2.5 Fechamento
Uma vez completado o preenchimento dos colchões, devem ser trazidas, do lugar de
armazenamento, as tampas ainda dobradas. Cada tampa é então desdobrada e estendida sobre o
respectivo colchão.
Depois de amarrada em uma das bordas do colchão, a tampa deve ser puxada e amarrada ao
longo das outras bordas. A amarração deve, sempre que possível, unir também a borda do colchão
vizinho. Finalizando, a tampa deve também ser amarrada aos diafragmas e aos tirantes verticais.

8 ANEXO: DETALHAMENTO PARA EXECUÇÃO DOS GABIÕES CAIXA

8.1 MONTAGEM
A montagem consiste inicialmente, em retirar cada peça do fardo e transportá-la, ainda
dobrada, ao lugar preparado para a montagem, onde então será desdobrada sobre uma superfície
rígida e plana, e, com os pés, serão tiradas todas as irregularidades dos painéis (passo 1 no desenho
explicativo em anexo).
A seguir, a face frontal e a tampa são dobradas e levantadas até a posição vertical, assim
como a face posterior. Obtém-se assim o formato de um paralelepípedo aberto (uma caixa). Uma vez
formada esta caixa, unem-se fios de borda que se sobressaem nos cantos dos panos de tela
torcendo-os entre si (passo 2 no desenho explicativo em anexo).
Usando o arame enviado junto com os gabiões amarram-se as arestas verticais que estão em
contato. Da mesma forma é(são) amarrado(s) o(s) diafragma(s) separador(es). Desta forma, o gabião
ficará separado em células iguais.
Para cada aresta de 1 metro de comprimento, são necessários aproximadamente 1,4m de
arame.
A tampa, nesta etapa, deve ser deixada dobrada sem ser amarrada.

8.2 COLOCAÇÃO
O elemento, já montado, é transportado (de forma individual ou em grupos) até o lugar definido
no projeto e posicionado apropriadamente. Os elementos, então, são amarrados, ainda vazios, uns
aos outros ao longo de todas as arestas de contato (menos as das tampas), formando a primeira
camada da estrutura (passo 4 no desenho explicativo do projeto). As tampas devem ser dobradas em
direção à face externa e dispostas de tal maneira que o enchimento seja facilitado.

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A amarração deve ser realizada passando-se o arame através de todas as malhas que formam
as bordas, alternando uma volta simples com uma dupla. Desta forma, estará assegurada a união
resistente entre os gabiões, tal que, poderá resistir aos esforços de tração aos quais serão
submetidos (passo 3 no desenho explicativo em anexo). As bordas deverão estar em contato de tal
maneira que, esforços de tração, não possam causar movimentos relativos.
O plano de apoio deve ser previamente preparado e nivelado. Deve ser assegurado que as
características de resistência do terreno sejam aquelas consideradas no projeto. Caso contrário, a
camada superior do terreno deve ser substituída por material granular de boas características (uma
resistência menor que a prevista pode colocar em risco a estabilidade da obra).
Para garantir que a estrutura apresente a estética esperada, um bom acabamento do
paramento frontal deve ser garantido. Para isso deve-se recorrer à utilização de um tirfor ou um
gabarito (passo 5 no desenho explicativo em anexo).
O gabarito pode ser formado por três tábuas de madeira de aproximadamente 2 a 3cm de
espessura, 4 a 5m de comprimento e 20cm de largura, mantidas paralelas a uma distância de 20cm
uma da outra por tábuas transversais menores, formando grelhas de aproximadamente 1 x 4m ou 1 x
5m. O gabarito deve ser fixado firmemente ao paramento externo, usando o mesmo arame de
amarração.

8.3 ENCHIMENTO
As pedras devem ser colocadas (acomodadas) apropriadamente para reduzir ao máximo o
índice de vazios, conforme previsto no projeto (entre 30% e 40%), até alcançar aproximadamente
0,30m de altura, no caso de gabiões com 1,0 metro de altura. Devem, então, ser colocados dois
tirantes (tensores) horizontalmente a cada metro cúbico (em cada célula). Tais tirantes devem ser
amarrados a duas torções (mínimo quatro arames distintos) da face frontal (aproveitando o espaço
existente entre as tábuas do gabarito) e a duas da face posterior de cada célula.
Após esta etapa inicial do enchimento, para gabiões com 1,0 metro de altura, deve ser
preenchido outro terço da célula e repetida a operação anteriormente mencionada para os tirantes.
Deve ser tomado o cuidado para que a diferença entre o nível das pedras de duas celas vizinhas não
ultrapasse 0,30m, para evitar a deformação do diafragma ou das faces laterais e, conseqüentemente,
facilitar o preenchimento e posterior fechamento da tampa (passo 6 no desenho explicativo em
anexo).
Por fim, completa-se o preenchimento de cada cela até exceder sua altura em
aproximadamente três a cinco centímetros. Superar este limite pode gerar dificuldades na hora do
fechamento dos gabiões.
O enchimento dos gabiões tipo caixa pode ser realizado manualmente ou com o auxílio de
equipamentos mecânicos, porém as pedras devem ser acomodadas manualmente.

8.4 FECHAMENTO
Uma vez completado o preenchimento das células, a tampa, que havia ficado dobrada, é então
desdobrada e posicionada sobre a caixa com a finalidade de fechar superiormente o gabião, sendo

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amarrada ao longo de seu perímetro livre a todas as bordas superiores dos painéis verticais. A
amarração deve, sempre que possível, unir também a borda em contato com o gabião vizinho.

8.5 REATERRO
Deve ser colocado ao tardos do muro a manta geotêxtil e em seguida feito o reaterro camada a
camada do muro, sendo lançado em camas de 20cm e compactado à 95% do Proctor Normal.

8.6 MANTA GEOTÊXTIL


No gabião caixa a manta geotêxtil é colocada na parte interna no muro, entre o reaterro e o
gabião e dependendo da coesão do solo de fundação é utilizado também na base do gabião.
Os transpasses de cada peça de manta geotêxtil devem ser de 30cm (Não computado o
transpasse para fins de medição) no sentido longitudinal e transversal das emendas.
É extremamente importante que todas as faces/superfícies do gabião em contato com o solo,
especificado no projeto, estejam apoiadas ou cobertas pela manta geotêxtil, pois o seu uso facilita a
drenagem, melhora a coesão do solo nas fundações e aumenta a característica monolítica da
estrutura.

8.7 ILUSTRAÇÃO DA MONTAGEM DOS GABIÕES TIPO CAIXA

a) Montagem
Abrir os fardos e desdobrar cada unidade sobre uma superfície rígida e plana tirando as eventuais
irregularidades.

Levantar as laterais e os diafragmas na posição vertical. Juntar os cantos superiores com os arames
grossos que saem dos mesmos.

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Costurar as arestas em contato e os diafragmas com as laterais. A costura deve ser executada com o
arame de forma contínua passando-se por todas as malhas, alternadamente, com voltas simples e
duplas.

b) Colocação
Nivelar a base onde os gabiões serão assentados.
Antes do enchimento, costurar os gabiões em contato ao longo de todas suas arestas, tanto

horizontais como verticais, com o mesmo tipo de costura.

c) Enchimento
O enchimento pode ser feito manual ou mecanicamente.
Para se obter um bom acabamento, depois de posicionados vários gabiões caixa, antes de enche-los,
use gabaritos de madeira.

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As pedras devem ter medidas regulares, maiores que o dobro da malha de aço do gabião
O preenchimento deve permitir a máxima deformabilidade da estrutura, obtendo-se a mínima
percentagem de vazios, assegurando assim o maior peso específico.
O enchimento do gabião caixa deve ser feito em três etapas, como segue:
Encha o gabião até 1/3 de sua capacidade total.
Coloque os tirantes e encha até 2/3 de sua capacidade total.
Coloque novamente os tirantes e acabe de encher com até 3 a 5 cm acima da altura do gabião.
Jamais encher uma caixa sem que a caixa ao lado esteja parcialmente preenchida.

d) Fechamento
A tampa deve ser dobrada e costurada (com o mesmo tipo de costura) ao longo de todas as arestas
incluindo a camada dos gabiões já preenchidos.

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9 DISPOSIÇÕES FINAIS

Este Memorial Descritivo objetiva fornecer as principais informações para realização de mais
uma etapa das obras de macrodrenagem no Município de Içara. Porém, não exime à Contratada de
observar fielmente às normas e legislação pertinente, e boas técnicas de engenharia na realização
dos serviços. Qualquer dúvida à Fiscalização deve ser consultada.

Içara, 2018

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Responsável Técnico
Márcio Adelar Peruchi
Engenheiro Civil

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