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NIVELAMENTO GEOMETRICO

NIVELAMENTO GEOMETRICO

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NIVELAMENTO
Operação que permite determinar cotas
altimétricas ou altitudes de pontos da superfície da
Terra.
Com estas informações, pode-se representar
o relevo topográfico da região levantada.

Nivelamento Geométrico
º

Topográfico:
Trigonométrico
º

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SUPERFÍCIE DE REFERÊNCIA
Superfície Arbitrária: um ponto qualquer é
escolhido como referência ou cota origem. Neste
caso as cotas são relativas.
Exemplo: no projeto de um edifício, o engenheiro ou
arquiteto definiu que o nível do térreo tinha cota 100,00. Com base
nesta referência define-se a cota dos subsolos, dos andares, da
caixa d´água, etc

6m
4m
2m
0m
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SUPERFÍCIE DE REFERÊNCIA
Superfície Geoidal: superfície
equipotencial coincidente com o nível médio
dos mares (não perturbado). Neste caso a cota
passa a ser denominada altitude ortométrica.
Exemplo: no projeto de uma represa, definiu-se que o
nível máximo do espelho d´água é na altitude ortométrica =
750,00m. Desta forma, define-se a altura da barragem e a área
inundada.
Superfícies equipotenciais do
campo de gravidade da Terra

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Nivelamento Geométrico

• Na operação de nivelamento, quando se estaciona o


nível e se faz leituras das miras, a diferença de leitura
traduz a separação entre as duas superfícies de nível que
passam pela base das duas miras. Considerando um
lance (distância entre duas miras) ou uma sessão
(distância entre duas RRNN) aquela separação é
constante.

• Porém, no geral, como as superfícies de nível não são


paralelas, a separação entre elas não será constante.
Portanto, o nivelamento geométrico dependerá do
trajeto percorrido.

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B W4

W3

Δh 4

W2
Δh AB
Δh 3

W1
Δh
2

Δh
1

WO
A C

Δhi (i=1,...,4) → desníveis obtidos pelo nivelamento


geométrico entre pontos que situam-se na
intersecção da superfície topográfica com as
superfícies equipotenciais Wi (i=0,...,4).

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Nivelamento Geométrico
Δh1 + Δh2 + Δh3 + Δh4 ≠ ΔhAB

ƒ Na verdade, o que duas superfícies de nível


têm de constante é a diferença de potencial
e não a separação entre elas. Para se
equacionar o problema do nivelamento
geométrico é necessário dar sentido físico à
altitude. Isto é feito definindo uma grandeza
física chamada número geopotencial (CAB)
(Info II)

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Efeitos da curvatura da Terra
e da refração atmosférica
Deve ser considerado para
o cálculo correto das cotas:

REF
ATM RAÇÃ
OSF O
ÉRI
CA

HORIZONTAL

RA
ATU A
RV RR
U T E
C A
D
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Efeitos da curvatura da Terra
e da refração atmosférica

Efeito da curvatura da Terra


A 3

s 2
1
R Efeito da refração da atmosfera

Efeito conjunto (c-r)

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Nivelamento Geométrico
•Visadas na horizontal
•Emprego de mira e níveis de luneta
•Efeito CR compensado pela equidistância das
miras de vante e ré (sr=sv < 50m)
(R) ré (V) vante
(visada de partida)

Δz = R-V

Δz

sr sv
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Nivelamento Geométrico
Caminhamento em um
levantamento Geométrico

Δh3R
Δh2V

Δh3V
Δh2R
Δh1V R V
Δh1R

R V

D
R V 3
C
2
B
1
A
ZD = ZA + Δh1R - Δh1V + Δh2R - Δh2V + Δh3R - Δh3V

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Nivelamento Geométrico
Deve-se fechar o percurso, voltando ao ponto de partida
do caminhamento, para ser feito controle do erro total.
Isto não é necessário caso se parta de uma RN para se
chegar a outra.
Erro tolerável de fechamento:
f = k. s

k=10mm/km (constante
instrumental) e
C
s = distância efetivamente
D nivelada (em km)

B Distribuição do erro:
•equitativa
E •proporcional à distância
A
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Nivelamento Geométrico
Controle local do erro: Leitura dos três retículos da luneta

AM = A - M
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A
MB = M - B
M
AM = MB

13 B

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Exemplo de nivelamento geométrico
Nivelamento Geométrico
estadia mira cotas
ponto visado distância (m) detalhe
A/B (mm) ré vante provisórias ajustes corretas
RN1
1149
730
1970
721,6846
O objetivo deste
nivelamento é
E1
1549
1740
E1
1384
E2
1400
1050
1758
encontrar o valor da
cota no ponto M.
E2
1343
1322
DETALHE
1079
1849
E3
1441
1484
E3

Para descobrirmos o
1140
1592
M
1272

erro devemos aplicar o


1583
M
1267
1419
E4

contra-nivelamento.
1101
1999
E4
1498
1685
E5
1179
1185
E5

1ª etapa: Leitura
771
1331
E6
911

da mira
1459
E6
1239
1098
RN1
868

Inserir valores das


estadias, colhidas com
somas
erro de fechamento =
distancia total =
auxilio do nível
erro tolerável = 10 x (s(km))1/2 =
Nome do operador: Grupo 3 data : 30/04/2003

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Exemplo de nivelamento geométrico
Nivelamento Geométrico
estadia mira cotas
ponto visado distância (m) detalhe
A/B (mm) ré vante provisórias ajustes corretas
1149
RN1 41,9 939,5 721,6846
730
1970
E1 42,1 1759,5
1549

2ª etapa:
1740
E1 35,6 1562
1384
1400
E2 35 1225

Cálculo da distância
1050
1758
E2 41,5 1551
1343
1322
DETALHE 24,3 1200,5

d = k ⋅ (AB) ⋅ sen290º
1079
1849
E3 40,8 1645
1441
1484
E3 34,4 1312
1140
1592 .
M
1272
32 1432 . .
1583
M 31,6 1425
1267
1419
E4
1101
1999
31,8 1260
d = k ⋅ (A-B)
E4 50,1 1749
1498
1685
E5 50,6 1432
1179

3ª etapa:
1185
E5 41,4 978
771
1331
E6 42 1121

Cálculo da mira
911
1459
E6 22 1349
1239
1098
RN1 23 983
868

M=R=V=A+B
somas 2
erro de fechamento =
distancia total =

erro tolerável = 10 x (s(km))1/2 =


Nome do operador: Grupo 3 data : 30/04/2003

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Exemplo de nivelamento geométrico
Nivelamento Geométrico
ponto visado
estadia
A/B (mm)
distância (m)

mira
vante
detalhe
provisórias
cotas
ajustes corretas 4ª etapa:
Somas
1149
RN1 41,9 939,5 721,6846
730
1970
E1 42,1 1759,5
1549
1740
E1 35,6 1562

Inserir no final da
1384
1400
E2 35 1225
1050
E2
1758
1343
41,5 1550,5 planilha as somas das
DETALHE
1322
1079
24,3 1200,5 distâncias, ré e vante
1849
E3 40,8 1645
1441
1484
E3 34,4 1312

5ª etapa:
1140
1592
M 32 1432
1272

Erro de fechamento
1583
M 31,6 1425
1267
1419
E4 31,8 1260
1101
1999
E4 50,1 1748,5
1498
E5

E5
1685
1179
1185
50,6

41,4 978
1432
e= Σvante - Σré
771
1331
E6 42 1121
911
1459
E6 22 1349

6ª etapa:
1239
1098
RN1 23 983
868

Erro tolerável
somas 595,8 10864,5 10857,5
erro de fechamento = 7
distancia total = 0,60 km f = 10 x (s(km))1/2
erro tolerável = 10 x (s(km))1/2 = 7,72 mm
Nome do operador: Grupo 3 data : 30/04/2003

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Exemplo de nivelamento geométrico
Nivelamento Geométrico
estadia mira cotas
ponto visado distância (m) detalhe
A/B (mm) ré vante provisórias ajustes corretas
1149
RN1 41,9 939,5

7ª etapa:
721,6846
730
1970
E1 42,1 1759,5 720,8646 -0,875 720,8637
1549

Cotas provisórias
1740
E1 35,6 1562
1384
1400
E2 35 1225 721,2016 -1,75 721,1999
1050
1758
E2 41,5 1550,5
1343
DETALHE
1322
1079
24,3 1200,5 721,5516 -2,625 721,5490 Z n+1 = Z n + Ré - Vante
1849
E3 40,8 1645 721,1071 -2,625 721,1045
1441
1484
E3 34,4 1312
1140
M
1592
1272
1583
32 1432 720,9871 -3,5 720,9836
8ª etapa:
Distribuição dos erros
M 31,6 1425
1267
1419
E4 31,8 1260 721,1521 -4,375 721,1477
1101
1999
E4 50,1 1748,5
1498

O erro de fechamento foi


1685
E5 50,6 1432 721,4686 -5,2 721,4634
1179
1185
E5
771
1331
41,4 978
dividido pelo número de
pontos de vante , distribuído
E6 42 1121 721,3256 -6,125 721,3195
911
1459
E6 22 1349

RN1
1239
1098
23 983 721,6916 -7 721,6846
cumulativamente e
aplicados aos mesmos
868

pontos e também aos de


somas
erro de fechamento = 7
595,8 10865 10858 detalhe.
distancia total = 0,60 km

erro tolerável = 10 x (s(km))1/2 = 7,72 mm


Nome do operador: Grupo 3 data : 30/04/2003

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Automação do Nivelamento
Equipamentos de automatização do processo:

•Compensadores
internos para
nivelamento automático
do aparelho;
•Níveis a laser ou
infravermelho;
•Níveis digitais e miras
com código de barras

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Nivelamento Trigonomético
Duas visadas recíprocas e simultâneas
(de A para B e de B para A)

A
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Nivelamento Trigonomético

Verti
o” ca
vá c u em B l
o
al ad a “n
Vertic v is
a
em A ão d
i reç A
D l em
n ta
hor izo
a n o
z Pl
α

Direção da visada com


refração atmosférica

ha

A Superfícies equipotenciais do
B
campo
campo de
de gravidade
gravidade da
da Terra
terra
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Nivelamento Trigonomético
ZA + ha + c + Δ - r - hb = ZB
c - r = CR Δ = s.tg α
Δ

r
s
α
c

ha
ha
hb
A B
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Nivelamento Trigonomético
(1)
ZA + ha1 + CR + Δa - hb1 = ZB
visadas recíprocas simultâneas
(2)
ZB + hb2 + CR + Δb - ha2 = ZA

Subtraindo 2 de 1 elimina-se CR
2 ZA + ha1 + Δa - hb1 - hb2 - Δb + ha2 = 2 ZB

Somando 2 e 1 determina-se CR

2 CR = ha1 - ha2 + Δa + Δb - hb1 + hb2

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