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Professor: Msc.

Danielle Airão Barros

AULA:

Lajes

daniairao@gmail.com
Lajes – Pontos já abordados para dimensionamento

→ Vinculação das lajes;


• Tipos de vínculos;
• Uso das tabelas para calcular o momento fletor;
→ Cálculo do vão efetivo;
→ Cálculo da espessura da laje (estimativa);
→ Cálculo da carga atuante;
→ Verificação de flecha;
• Flecha instantânea;
• Flecha devido à fluência (ação do tempo);
→ Cálculo do Momento Fletor;
• Laje armada em uma direção;
• Compatibilização dos momentos;
Lajes – Programação da aula

→ Cálculo das reações de apoio;


→ Cálculo da flecha com as tabelas;
→ Verificação da estimativa da altura da laje;
Laje – Roteiro de dimensiosnamento

→ Para o cálculo de lajes isoladas, é recomendado seguir o seguinte roteiro:


1) Determinação das condições mais adequadas de vinculação das lajes (discretização do pavimento);
2) Pré-dimensionamento das alturas das lajes;
3) Cálculo das cargas atuantes;
4) Verificação das flechas;
5) Cálculo dos momentos;
6) Cálculo das reações das lajes nas vigas de apoio;
7) Determinação das armaduras longitudinais;
8) Verificação do efeito das forças cortantes (cisalhamento);
9) Detalhamento das armaduras.

Fonte: Carvalho, R. C.; Filho, J. R. F. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado, segundo a NBR 6118:2014, EDUFSCAR
Laje – Reações de apoio

As ações atuantes nas lajes são transferidas para as vigas de apoio. Embora essa transferência aconteça com as lajes em comportamento
elástico, o procedimento de cálculo proposto pela NBR 6118: 2014 baseia-se no comportamento em regime plástico, a partir da posição
aproximada das linhas de plastificação, também denominadas charneiras plásticas.

14.7.6.1 Reações de apoio


Para o cálculo das reações de apoio das lajes maciças retangulares com carga uniforme, podem ser feitas as seguintes aproximações:
a) as reações em cada apoio são as correspondentes às cargas atuantes nos triângulos ou trapézios determinados através das charneiras
plásticas correspondentes à análise efetivada com os critérios de 14.7.4, sendo que essas reações podem ser, de maneira aproximada,
consideradas uniformemente distribuídas sobre os elementos estruturais que lhes servem de apoio;
b) quando a análise plástica não for efetuada, as charneiras podem ser aproximadas por retas inclinadas, a partir dos vértices, com os
seguintes ângulos:
• 45° entre dois apoios do mesmo tipo;
• 60° a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado simplesmente apoiado;
• 90° a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre.

FONTE: NBR 6118:2014


Laje – Reações de apoio

→ Nas tabelas são apresentados os coeficientes que auxiliam o


cálculo das reações de apoio para lajes armadas em duas
direções, com carregamento uniformemente distribuído.
→ Convém destacar que as reações de apoio νx ou ν’x
distribuem-se em uma borda de comprimento ly, e vice-versa.
→ As reações assim obtidas são consideradas uniformemente
distribuídas nas vigas de apoio, o que representa uma
simplificação de cálculo.
→ Na verdade, as reações têm uma distribuição não uniforme,
em geral com valores máximos na parte central das bordas,
diminuindo nas extremidades. Porém, a deslocabilidade das vigas
de apoio pode modificar a distribuição dessas reações.

FONTE: PINHEIRO, l. M.; MUZARDO, C.D.; SANTOS, S.P.; Lajes maciças – Capítulo 11, EESC, 2003.
Laje – Reações de apoio
Assim como no cálculo dos momentos fletores solicitantes e das flechas, no cálculo das reações da laje nas bordas, as lajes serão
analisadas em função de serem armadas em uma ou em duas direções.
No caso das lajes armadas em UMA DIREÇÃO, as reações de apoio são provenientes do cálculo da viga suposta. Considera-se que as
cargas na laje caminhem para as vigas nas bordas perpendiculares à direção principal da laje. Nas outras duas vigas laterais, a favor da
segurança pode-se considerar uma carga uniforme referente à área do triângulo adjacente à viga, como mostrada na área hachurada da
figura abaixo.

Vviga = carga da laje sobre a viga lateral (kN/m);


p = carga total uniformemente distribuída na área da laje (kN/m²);
𝑉𝑣𝑖𝑔𝑎 = 0,15p𝑙𝑥
lx = menor vão da laje (m).

FONTE: Lajes de Concreto Armado. Notas de aula da disciplina 2127- Estruturas de Concreto I da UNESP/Bauru
Exemplo de aplicação

Laje L1 L2 L3 L4 L5

Peso próprio 2,00 2,50 2,00 2,00 2,00


Piso e
Revestimento
1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
LAJE COM
ESPESSURA Alvenaria 0 2,65 0 0 0
MAIOR QUE
AS OUTRAS Outras 0 3,55 0 0 0
TOTAL: Ações
permanentes (G)
3,00 9,70 3,00 3,00 3,00
TOTAL: Ações
variáveis (Q)
2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
CARGA TOTAL
(G +Q)
5,00 11,70 5,00 5,00 5,00

Unidade: kN/m²
Exemplo de aplicação

LAJE ARMADA
EM UMA
DIREÇÃO

Laje L1 L2 L3 L4 L5
Tipo de
2A 1 Borda livre 3 2B
Vínculo
Lx (cm) 302,5 372,5 108,5 302,5 372,5

Ly (cm) 337,5 337,5 710,0 372,5 372,5

λ 0,90 0,90 0,15 0,81 1,0


Exemplo de aplicação

Laje L1 L2 L3 L4 L5
Tipo de
2A 1 Borda livre 3 2B
Vínculo
Lx (cm) 302,5 337,5 108,5 302,5 372,5

Ly (cm) 337,5 372,5 710,0 372,5 372,5

λ 1,12 1,10 2,71 1,23 1,00

νx 2,73

νy 2,50

νx' -
Laje
νy' - armada
Rx 10,78 em uma
direção.
Ry 9,87

Rx’ -

Ry’ -

R=[kN]
Exemplo de aplicação

𝑝𝑙𝑥
𝑉=𝜐
10

p = carga total uniformemente distribuída na


área da laje (kN/m²);
lx = menor vão da laje (m).
Exemplo de aplicação

Laje L1 L2 L3 L4 L5
Tipo de
2A 1 Borda livre 3 2B
Vínculo
Lx (cm) 302,5 337,5 108,5 302,5 372,5

Ly (cm) 337,5 372,5 710,0 372,5 372,5

λ 1,12 1,10 2,71 1,23 1,00

νx 2,06 2,73

νy 2,87 2,50

νx' - -
Laje
νy' 4,20 - armada
Rx 3,12 10,78 em uma
direção.
Ry 4,34 9,87

Rx’ - -

Ry’ 6,35 -

R=[kN]
Exemplo de aplicação

𝑝𝑙𝑥
𝑉=𝜐
10

p = carga total uniformemente distribuída na


área da laje (kN/m²);
lx = menor vão da laje (m).

INTERPOLAÇÃO
Exemplo de aplicação - FINAL
Flecha

→ Verificação do “Estado-Limite de Deformações Excessivas” (ELS-DEF)

13.3 Deslocamentos-limites
Deslocamentos-limites são valores práticos utilizados para verificação em serviço do estado-limite de deformações excessivas da
estrutura. Para os efeitos desta Norma, são classificados nos quatro grupos básicos a seguir relacionados:
a) Aceitabilidade sensorial: o limite é caracterizado por vibrações indesejáveis ou efeito visual desagradável. A limitação da flecha para
prevenir essas vibrações, em situações especiais de utilização, deve ser realizada como estabelecido na Seção 23;
b) Efeitos específicos: os deslocamentos podem impedir a utilização adequada da construção;
c) Efeitos em elementos não estruturais: deslocamentos estruturais podem ocasionar o mau funcionamento de elementos que, apesar
de não fazerem parte da estrutura, estão a ela ligados;
d) Efeitos em elementos estruturais: os deslocamentos podem afetar o comportamento do elemento estrutural, provocando
afastamento em relação às hipóteses de cálculo adotadas. Se os deslocamentos forem relevantes para o elemento considerado, seus
efeitos sobre as tensões ou sobre a estabilidade da estrutura devem ser considerados, incorporando-as ao modelo estrutural adotado.
Flecha

17.3.2 Estado-limite de deformação


A verificação dos valores-limites estabelecidos na Tabela 13.3 para a deformação da estrutura, mais propriamente rotações e
deslocamentos em elementos estruturais lineares, analisados isoladamente e submetidos à combinação de ações conforme a Seção 11,
deve ser realizada através de modelos que considerem a rigidez efetiva das seções do elemento estrutural, ou seja, que levem em
consideração a presença da armadura, a existência de fissuras no concreto ao longo dessa armadura e as deformações diferidas no tempo.

A deformação real da estrutura depende também do processo construtivo, assim como das propriedades dos materiais (principalmente
do módulo de elasticidade e da resistência à tração) no momento de sua efetiva solicitação. Em face da grande variabilidade dos
parâmetros citados, existe uma grande variabilidade das deformações reais. Não se pode esperar, portanto, grande precisão nas previsões
de deslocamentos dadas pelos processos analíticos prescritos.

FONTE: NBR 6118:2014


Flecha

17.3.2.1 Avaliação aproximada da flecha


O modelo de comportamento da estrutura pode admitir o concreto e o aço como materiais de comportamento elástico e linear, de modo
que as seções ao longo do elemento estrutural possam ter as deformações específicas determinadas no estádio I, desde que os esforços
não superem aqueles que dão início à fissuração, e no estádio II, em caso contrário. Deve ser utilizado no cálculo o valor do módulo de
elasticidade secante Ecs definido na Seção 8, sendo obrigatória a consideração do efeito da fluência.

FONTE: NBR 6118:2014


Flecha

FONTE: NBR 6118:2014


Flecha – Flecha imediata

b: largura da seção; Ly: maior vão


𝛼 𝑏 𝑝𝑙𝑥4 p: carga uniforme; Ec: Módulo de Elasticidade
𝑎𝑖 =
100 12 𝐸𝑐 𝐼 Lx: menor vão; I: momento de inércia
Flecha

G Q ψ2Q P=G+ψ2Q h Mr Ma Ec I
Laje Tipo Lx (cm) α ai at
(kN/m²) (kN/m²) (kN/m²) (kN/cm²) (cm) (kN.cm) (kN.m) (MPa) (cm4)

L1 2A 302,5 3,0 2,0 0,6 3,6

L2 1 337,5 9,7 2,0 0,6 3,6

L3 B. L. 108,5 3,0 2,0 0,6 3,6

L4 3 302,5 3,0 2,0 0,6 3,6

L5 2B 372,5 3,0 2,0 0,6 3,6

Combinação de carga em Calculado


serviço com o auxílio
da tabela de
11.8.3.2 na NBR 6118:2014 Momento Solicitante flecha Flecha Flecha
(Considerar o maior valor) imediata total

Momento fletor de fissuração da laje


(Limite dos estádios I e II)

→ Processo interativo para o cálculo da altura. Ele vai acontecer em função do atendimento do ELS-DEF.
Dúvidas do trabalho
Dúvidas do trabalho

Ly

→ Cuidado com a posição do lado maior e


Ly

μy

μx menor. Comparar com a posição da figura e

Lx

μx
μy
se necessário rotacionar.

Lx
Dúvidas do trabalho

→ Considerar uma carga de paredes divisórias de 1,0kN/m²


atuando em todas as lajes, L1, L2 e L3;
→ A laje L4 terá além da carga distribuída uma carga concentrada
na extremidade em balanço. Essa carga será uma mureta de 1/2
tijolo cerâmico (19 kN/m²) com 1,10m de altura e uma carga
variável de 2,0kN/m;
→ Considerar carga de uso e ocupação 3,0 kN/m²;
→ Considerar cara de piso + revestimento igual à 1,0kN/m²;
Dúvidas do trabalho

→ Para o cálculo de lajes isoladas, é recomendado seguir o seguinte roteiro:


1) Determinação das condições mais adequadas de vinculação das lajes (discretização do pavimento);
2) Pré-dimensionamento das alturas das lajes;
3) Cálculo das cargas atuantes;
4) Verificação das flechas;
5) Cálculo dos momentos;
6) Cálculo das reações das lajes nas vigas de apoio;
7) Determinação das armaduras longitudinais;
8) Verificação do efeito das forças cortantes (cisalhamento);
9) Detalhamento das armaduras.

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