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NÚCLEO DE TECNOLOGIA
2 EXERCÍCIO ESCOLAR
CARUARU
AGOSTO DE 2021
DANIEL SILVA BARBOSA
2 EXERCÍCIO ESCOLAR
CARUARU
AGOSTO DE 2021
Sumário
QUESTÃO 1....................................................................................................................... 4
CÁLCULOS ....................................................................................................................... 6
Considera-se: concreto C30, aço CA-50, cobrimento c = 2,5 cm, carga permanente 3,0 kN/m²
(incluindo peso próprio), carga variável 2,0 kN/m². Pede-se:
4
Figura 1: Planta de formas
TOTAL
5
CÁLCULOS
O primeiro passo para o dimensionamento das lajes é a definição das vinculações entre
e que tem por objetivo possibilitar a análise individual de elementos estruturais que na
realidade trabalham em conjunto. Algumas considerações são feitas nessa etapa:
a) Inicialmente suporemos que lajes vizinhas não têm grandes diferenças de espessura. Isso
implica que cada laje tem rigidez suficiente para engastar as lajes vizinhas (salvo exceções).
c) Uma laje sem balanço não pode ser engastada em uma laje com balanço. Esse é o caso da
laje L2 em relação à laje L3.
d) Bordos sujeitos a diferentes tipos de vinculação devem ser considerados apenas com o tipo
que prevalece, caso do bordo esquerdo da laje L2.
6
Para determinar a vinculação que prevalece no bordo esquerdo da laje L2, comparamos
o comprimento da parte engastada 𝑙1 com os terços do vão teórico total da laje. Essa
determinação será feita mais adiante quando definirmos os vãos teóricos das lajes.
Segundo o Item 14.7.2.2 da NBR 6118/2014 que trata dos vãos efetivos de lajes ou
placas: quando os apoios puderem ser considerados suficientemente rígidos quanto à translação
vertical, o vão efetivo deve ser calculado pela seguinte expressão:
𝑙𝑒𝑓 = 𝑙0 + 𝑎1 + 𝑎2
𝑡1
𝑎1 = 𝑚í𝑛( , 0,3ℎ)
2
𝑡2
𝑎2 = 𝑚í𝑛( , 0,3ℎ)
2
Onde t1 e t2 são a largura dos apoios da laje (largura das vigas), h sua espessura e l0 o
vão livre entre apoios.
Para lajes em balanço, como só possuem um apoio, seus vãos teóricos são: a distância
da extremidade do balanço até o eixo do apoio limitado pelo vão livre acrescido de 30% da
espessura da laje, e para a outra direção, a própria largura da laje.
Dado que o pré-dimensionamento das vigas já foi realizado e que todas possuem a
mesma espessura 𝑡 = 14 𝑐𝑚, temos:
14
𝑎1 = 𝑎2 = = 7𝑐𝑚
2
7
𝑎1 + 𝑎2 = 14 𝑐𝑚
Portanto, para determinar o vão teórico, basta-nos apenas somar 14 cm ao vão livre das
lajes sem balanço, e 7 cm para a laje em balanço.
Usando a notação da Norma, indicaremos por 𝑙𝑥 o menor vão de uma laje e por 𝑙𝑦 o
maior vão (vãos efetivos). Temos então a organização de todos os vãos (em centímetros) na
Tabela 3.
𝜙
ℎ =𝑑+𝑐+
2
Onde:
𝑑 = (2,5 − 0,1 𝑥 𝑛) 𝑥 𝑙 ∗
Onde:
A Tabela 4 mostra o pré-dimensionamento das lajes. Para a laje L2 foram feitas duas
considerações: o bordo esquerdo totalmente apoiado (L2-1), e o lado esquerdo totalmente
engastado (L2-2).
8
Tabela 4: Pré-dimensionamento da espessura das lajes
Laje 𝒍𝒙 𝟎, 𝟕𝒍𝒚 𝒍∗ n d (cm) h (cm)
L1 135 185.5 135 2 3.11 6.11 8
L2-1 370 441 370 0 9.25 12.25 13
L2-2 370 441 370 1 8.88 11.88 12
L3 157 450,8 157 1 3.77 6.77 10
L4 215 185.5 185.5 2 4.27 7.27 8
De posse das espessuras das lajes, voltamos para a determinação dos vãos teóricos agora
podendo comparar as espessuras dos apoios com 30% da espessura da laje. A Tabela 5 mostra
os valores corrigidos dos vãos.
Com os valores corrigidos dos vãos, refazemos o cálculo da espessura das lajes como
antes. Esse é um processo iterativo que, a rigor, deve ser repetido algumas vezes até que haja
estabilização dos valores. No entanto, limitaremos, neste trabalho, a corrigir os vãos e as
espessuras uma única vez. A Tabela 6 mostra as espessuras corrigidas.
9
Para a laje L1, a espessura mínima definida por norma é 7 cm (cobertura não em
balanço) e para a laje L3 o mínimo é 10 cm (Item 13.2.4.1 da NBR 6118/2014). Adotaremos h
= 8 cm para as lajes L1 e L4 e para a laje L2, h = 13 cm (maior valor). A Tabela 7 resume os
valores que serão usados na continuação do dimensionamento das lajes.
𝑙𝑦
A partir dos vãos teóricos, calculamos o parâmetro 𝜆 = com o qual determinamos
𝑙𝑥
se a laje terá armadura principal em uma direção ou em ambas (1D ou 2D). Essa classificação
é prática comum entre projetistas e define que:
Lajes em balanço são uma das exceções e são sempre armadas em uma direção
(armaduras principais).
10
Figura 3: Configuração final das lajes
11
O valor do carregamento sobre as lajes foi dado na questão e foi desconsiderada a
necessidade de combinação de ações conforme a seção 11.8 da Norma. Temos então:
𝑝𝑘 = 𝑔𝑘 + 𝑞𝑘
𝑝𝑘 = 3 + 2 = 5 𝑘𝑁/𝑚2
𝑝𝑙𝑥2
𝑀=𝜇
100
A Tabela 8 mostra o resultado para as lajes L1, L2 e L4. A laje L3 tem seu momento
máximo calculado de forma específica para lajes em balanço como a seguir.
12
A partir das equações de equilíbrio obtemos M por somatório de momentos no engaste:
1,532
𝑀𝑘 = 5,0 ∗ + 2 ∗ 1,53 + 0,8 ∗ 1
2
13
0,8𝑋1
𝑋𝐴 = 𝑚á𝑥 {𝑋1 + 𝑋2 , 𝑋1 > 𝑋2
2
𝑋𝐴 = 1,53
𝑋1 − 𝑋𝐴
𝑀𝑥,𝐿4 = 𝑀𝑖 +
2
1,91 − 1,53
𝑀𝑥,𝐿4 = 0,82 + = 1,01
2
14
Figura 9: Momentos positivos isolados compatibilizados
A área de aço das lajes é determinada considerando uma viga com seção de altura h
igual à da laje e largura de 1 metro. Precisamos inicialmente determinar a posição 𝑥 da linha
neutra para em seguida calcular a área de aço necessária 𝐴𝑠 . As equações utilizadas são as
seguintes:
𝑑 2𝑀𝑑
𝑥= (1 − √1 − )
𝜆 𝛼𝑐 𝑓𝑐𝑑 𝑏 𝑑 2
𝛼𝑐 𝜆 𝑓𝑐𝑑 𝑏 𝑥
𝐴𝑠 =
𝑓𝑦𝑑
Onde:
𝜙
𝑑 = ℎ−𝑐−
2
𝑓𝑐𝑘 30𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑑 = = = 21,43 𝑀𝑃𝑎 = 2,143 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝛾𝑐 1,4
𝑓𝑦 50 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 = = = 43,48 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝛾𝑠 1,15
16
𝑀𝑑 = 1,4 ∗ (1,95 − 0,05ℎ) ∗ 𝑀𝑘 , para lajes em balanço (L3)
Para garantir uma boa ductilidade dos elementos estruturais e evitar sua ruptura frágil,
o Item 14.6.4.3 da norma limita a posição da linha neutra a 𝑥 ≤ 0,45𝑑 para concretos do Grupo
I, portanto essa verificação também deve ser feita.
Precisamos ainda verificar se a quantidade de aço calculado para as lajes está acima dos
valores mínimos exigidos pela norma. O valor mínimo a ser utilizado é definido a partir do
dimensionamento da viga para um momento mínimo dado por:
Sendo:
𝑏ℎ 2
𝑊0 =
6
2/3
𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3 ∗ 𝑓𝑐𝑘
Ou
Com esse valor calculamos a área de aço mínima 𝐴𝑠𝑚í𝑛 exigida por norma. É importante
pontuar que a norma ainda estabelece um valor mínimo absoluto para taxa de aço em 0,15%,
portanto, a área de aço adotada é o maior valor entre:
17
• A área necessária para suportar o momento mínimo 𝑀𝑑 , sendo utilizado os
valores:
0,15
𝐴𝑠 0.15% = ∗ 𝑏 ℎ = 0,15 ℎ
100
Para a laje em balanço (L3), a única diferença está na determinação do valor de cálculo
do momento. Segundo o Item 13.2.4.1 da Norma, precisamos multiplicar o valor característico
Mk por um coeficiente adicional 𝛾𝑛 dado por:
18
𝛾𝑛 = 1,95 − 0,05ℎ
𝑀𝑑 = 𝛾𝑛 ∗ 𝛾𝑔 ∗ 𝑀𝑘
Para as lajes L1 e L3 que têm armadura principal em apenas uma direção, devemos
calcular uma armadura de distribuição prevista por norma. A área mínima dessa armadura deve
respeitar 3 limites inferiores:
• Ser maior ou igual que 20% da área da armadura principal da laje segundo o
Item 20.1 da NBR 6118/2014;
19
5 Detalhamento das armaduras
• Segundo o Item 20.1 da NBR 6118/2014, nenhuma barra de flexão deve ter
diâmetro maios que h/8.
• Uma sugestão prática é adotar espaçamentos entre 10cm e 15cm para armaduras
positivas, e espaçamentos entre 15cm e 20cm para armaduras negativas.
Para determinação dos diâmetros e espaçamento das barras, usaremos a tabela da Figura
11 disponibilizada em aula. Para a laje L3, foi adotado um diâmetro de 12,5mm (maior que
10mm) para evitar um espaçamento muito pequeno, no entanto esse valor está de acordo com
a norma pois h/30 = 12,5mm para a laje L3. A Tabela 16 mostra os resultados
21
Para determinação do comprimento e da quantidade de barras, usamos as seguintes
equações:
• Barras na direção x:
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑙0𝑥 + 𝑡1 + 𝑡2 − 2𝑐
𝑡1 𝑡2
𝑙𝑦0 + +
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 2 2 +1
𝑠
• Barras na direção y:
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑙0𝑦 + 𝑡1 + 𝑡2 − 2𝑐
𝑡1 𝑡2
𝑙𝑥0 + +
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 2 2 +1
𝑠
• comprimento
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 2𝑎
𝑎 = 0,25 𝑙𝑚 + 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐
Sendo 𝑙𝑚 :
22
𝐴𝑠𝑐𝑎𝑙
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝛼1 𝑙𝑏
𝐴𝑠𝑒𝑓
Sendo:
𝜙 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑏 = ( )
4 𝑓𝑏𝑑
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 𝜂2 𝜂3 𝑓𝑐𝑡𝑑
𝜂3 = 1,0 (𝜙 ≤ 32𝑚𝑚)
0,21 2/3
𝑓𝑐𝑡𝑑 = 𝑓
𝛾𝑐 𝑐𝑘
Com 𝑓𝑐𝑘 = 30 𝑀𝑃𝑎 e 𝛾𝑐 = 1,4 temos: 𝑓𝑐𝑡𝑑 = 1,448 e 𝑓𝑏𝑑 = 3,259 𝑀𝑃𝑎
0,3 𝑙𝑏
𝑙𝑏,𝑚í𝑛 ≥ { 10𝜙 }
100 𝑚𝑚
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑎
23
𝑎 = 2,5 (𝑙 − 𝑐)
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑙 − 2 ∗ 𝑐
24
Tabela 18: Resumo do aço - CA-50
Comp. Total
φ Massa (kg) Massa total (kg)
(m)
5 0,154 727,62 112,15
6,3 0,245 52,3 12,80
12,5 0,963 154,57 148,90
TOTAL: 273,85
25