Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Neste texto serão estudas as lajes maciças, as lajes maciças de forma retangular
apoiadas sobre as quatro bordas são as lajes mais comuns nas construções correntes de
concreto armado. As lajes com uma borda livre, embora bem menos comuns na prática, serão
também estudas.
Os vãos são definidos pela seguinte forma (NBR 6118/03, item 14.6.2.4):
onde, a1 = t1 / 2 ; a2 = t2 / 2
Pode-se dizer que nosso vão teórico encontra-se no “centro” da viga, entre parte externa e
parte interna:
Em todas as vigas deste trabalho tem b=14 (t), logo t1 = t2 = 14/2 = 7cm;
Para o cálculo dos esforços solicitantes e das deformações nas lajes torna-se necessário
estabelecer os vínculos da laje com os apoios, sejam eles pontuais como os pilares, ou lineares
como as vigas de borda. Devido à complexidade do problema devem ser feitas algumas
simplificações, de modo a possibilitar o cálculo manual que será desenvolvido.
Nos cálculos é necessário a determinação de Lx e Ly, onde Lx é o menor lado da laje.
Lajes Lx Ly
L1 4,14 5,14
L2 3,04 5,14
L3 1,67 5,14
Tabela 1- Comprimento dos vãos (m).
1.1.Vinculação de bordo.
Para vinculações de bordo o primeiro passo é definir quais sãos as lajes que estão
engastadadas umas as outras, e será adotada a seguinte convenção:
Além das bordas, as lajes recebem nomenclatura para uso de tabelas de acordo com
sua vinculação.
.Vejamos as lajes estudas, com sua vinculação e seu tipo (para consultar tabelas):
José Eudes Rafael Campos Junior - 20510009
Salatiel Dandolini Kerne – 20902196
Fig. 4.1 – Vinculação de bordo e tipo de laje, L1. Fig. 4.2 – Vinculação de bordo e tipo de laje, L2.
A laje (l1 e l2) estão engastadas no lado de maior vão (ly) apenas em um dos lados.
A laje L3, está engastada em um dos lados de maior vão e livre no outro (ly).
Se a laje for armada em uma direção, armar no sentindo do menor vão (paralelo ao menor
vão).
L1 L2
Lx (cm) 414 304
Ly (cm) 514 514
0,7Ly (cm) 360 360
L* (cm) 360 304
N 1 1
dest (cm) 8,64 7,3
hest (cm) 11,14 9,8
h (cm) 10 10
Tabela 2 – Pré-dimensionamento.
2. Parâmetros.
Iremos determinar parâmetros para o cálculo das lajes, de acordo com as tabelas de L.M.
Pinheiro.
1,20 1,64
1,24 1,624
1,25 1,62
1,65 1,50
1,69 1,492
1,70 1,49
As ações ou carregamentos a se considerar nas lajes são os mais variados, desde pessoas
até móveis, equipamentos fixos ou móveis, divisórias, paredes, água, solo, etc. As lajes atuam
recebendo as cargas de utilização e transmitindo-as para os apoios, geralmente vigas nas
bordas.
Nas construções de edifícios correntes, geralmente as ações principais a serem
consideradas são as ações permanentes (g) e as ações variáveis (q), chamadas pela norma de
carga acidental, termo esse inadequado.
São ações diretas, que devem ser verificadas e determinadas. Ações que já são
premeditadas em cálculo, ações essas que o próprio nome já as define, são ações que não
variam.
O peso próprio da laje é o peso do concreto armado que forma a laje maciça. Para o peso
específico do concreto armado (γconc) a NBR 6118/03 indica o valor de 25 kN/m³. O peso
próprio para lajes com espessura constante é uniformemente distribuído na área da laje.
A camada de argamassa colocada logo acima do concreto da superfície superior das lajes
recebe o nome de contrapiso ou argamassa de regularização. A sua função é de nivelar e
diminuir a rugosidade da laje, preparando-a para receber o revestimento de piso final.
A espessura do contrapiso deve ser cuidadosamente avaliada. Recomenda-se adotar
espessura não inferior a 3 cm. A argamassa do contrapiso tem comumente o traço 1:3 (em
volume), sendo considerado o peso específico (γcontr) de 21 kN/m³.
A ação permanente do contrapiso é função da espessura (e) do contrapiso:
gcontr = γcontr . e = 21 . e
Na superfície inferior das lajes (teto do pavimento inferior) é padrão executar-se uma
camada de revestimento de argamassa, sobreposta à camada fina de chapisco. Para essa
argamassa, menos rica em cimento, pode-se considerar o peso específico (γrev) de 19 kN/m³.
De modo geral, este revestimento tem pequena espessura, mas recomenda-se adotar
espessura não inferior a 1,5 ou 2 cm. Para o revestimento de teto a ação permanente é:
3.1.4. Piso.
A ação variável nas lajes é tratada pela NBR 6120/80 (item 2.2) como “carga acidental”.
Na prática costumam chamar também de “sobrecarga”. A carga acidental é definida pela NBR
6120 como “toda aquela que pode atuar sobre a estrutura de edificações em função do seu
uso (pessoas, móveis, materiais diversos, veículos, etc.). As cargas verticais que se
consideram atuando nos pisos de edificações, além das que se aplicam em caráter especial,
referem-se a carregamentos devidos a pessoas, móveis, utensílios materiais diversos e
veículos, e são supostas uniformemente distribuídas, com os valores mínimos indicados na
Tabela 2”.
3.3.Ações finais.
‘ Peso Próprio (pp) Contra piso Rev. do teto Piso Ações variáveis Total
(kN/ m²) (kN/ m²) (kN/ m²) (kN/ m²) (kN/ m²) (kN/ m²)
L1 2,5 0,7 0,8 0,4 1,5 7*
L2 2,5 0,7 0,8 0,4 1,5 7*
L3 2,5 0,7 0,8 0,4 1,5 7*
* = Valor final 5,9, acrescidos 1,1que seriam cargas não previstas neste modelo, como: instalação elétrica,
inst. hidráulica, acumulo de sujeira, uso temporário(parcial) como depósito entre outras utilizações.
Tabela 3- Ações finais sobre as lajes.
4. Momentos Fletores.
Iremos apresentar agora, uma tabela com todos esses valores já prontos para um melhor
entendimento e visão sobre o assunto, na tabela os valores já estão calculados de acordo com
a fórmula anterior mostrada:
Como a laje 3 (L3) está em balanço o seu cálculo de momento fletor será diferenciado,
pois a NBR 6118/03, indica que deve ser acrescido na extremidade do balanço uma carga
concentrada de 2 kN, assim fica o seu esquema:
O “g + q” que está no esquema já foi calculado anteriormente, e seu valor é de: 7 kN/m². O
nosso g’ corresponde á uma mureta de ¹/² tijolo de bloco cerâmico de oito furos (1,9 kN/m²),
com 1,20 m de altura, e o valor de q’ é uma carga variável de 2,0 kN/m.