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LAJES DE CONCRETO
ARMADO
- MACIÇAS
- NERVURADAS
CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS
Critério geométrico: a conformação geométrica dos corpos pode ser delineada através de três
comprimentos principais (L1, L2 e L3).
“Dois comprimentos característicos estão dentro da mesma ordem de grandeza quando estão até na
relação 1:10.”
L1 L3
L3 L2
L3
L1
Barras: [L1] = [L2] < [L3]
L2 L2
(Vigas, pilares, tirantes, arcos) L1
Blocos: [L1] = [L2] = [L3]
(Blocos de fundação)
Placas: cargas normais ao
L3
plano médio (lajes)
L2
Chapas: cargas no plano médio (paredes
estruturais, vigas-parede, lajes em
L1 sistemas de contraventamento)
Nos edifícios as lajes têm dupla função estrutural:
lef = l0 + a1 + a2
com a1 igual ao menor valor
entre (t1/2 e 0,3h) e a2 igual ao menor valor
entre (t2/2 e 0,3h), conforme
figura 14.5
• Classificação quanto à direção de armação
➢ Para lajes retangulares com apoios nos quatro lados, é usual se admitir que a laje seja armada em duas direções, ou em cruz, se a relação
ly/lx for menor ou igual a 2. Caso a relação seja maior do que 2, a laje é considerada armada em uma só direção, segundo o menor
vão. Saliente-se que nas lajes consideradas armadas em uma só direção, chamada de principal, na direção secundária também se adota
uma armadura, com valores mínimos prescritos pela NBR 6118 (ABNT/2014).
lx
- ly/lx ≤ 2
Lajes armadas em cruz:
ly - Momentos calculados nas duas direções
- ly/lx > 2
Lajes armadas em uma - Momentos calculados na direção do menor vão
lx direção: (armadura principal)
- Armadura de distribuição na outra direção
ly
Condições de apoio
As condições ideais de apoio são três: apoio livre, apoio articulado e apoio engastado.
L1 L2 L1 L2
A A
L3
A-A
L3
Casos especiais:
L1 L2 L1
L1
OU
C
L2 L2
Casos especiais:
B. Lajes com vãos adjacentes muito diferentes (momentos negativos adjacentes muito diferentes):
L1 L2
L1 L1
l1 l2
L2 L2
C. Lajes com rebaixos:
B
L1 L2
L2
B-B
L1
A L3 A
L3
B
A-A
Material
Argamassa de cal, cimento e areia 19
Argamassa de cal 12 a 18 (15)
Argamassa de cimento e areia 19 a 23 (21)
Argamassa de gesso 12 a 18 (15)
3 Argamassas e concretos Argamassa autonivelante 24
Concreto simples 24
Concreto armado 25
NOTA Os pesos específicos de argamassas e concretos
são válidos para o estado endurecido.
Aço 77 a 78,5 (77,8)
Alumínio e ligas 28
Bronze 83 a 85 (84)
Chumbo 112 a 114 (113)
Cobre 87 a 89 (88)
4 Metais
Estanho 74
Ferro forjado 76
Ferro fundido 71 a 72,5 (71,8)
Latão 83 a 85 (84)
Zinco 71 a 72 (71,5)
Madeiras naturais (umidade U = 12 %)
Cedro 5
Pinho 5
Quarubarana 6
Louro, Imbuia, Pau-óleo 6,5
Angelim Araroba, Angelim Pedra, Cafearana, Louro 7
Preto
Branquilho, Casca Grossa, Castelo, Guaiçara, Oiticica 8
5 Madeiras Amarela
Guajuvirá, Guatambu, Grápia 8
Canafístula, Capiúba, Guarapa Roraima, Guarucaia, 9
Mandioqueira
Eucalipto, Tatajuba 10
Angico, Cabriúva 10
Champanhe, Ipê, Jatobá, Sucupira 11
Angelim Ferro, Angelim Pedra Verdadeiro, Catiúba, 12
Maçaranduba
Tabela 1 (conclusão)
Peso específico aparente γap kN/m3
Material
Umidade U = 12 %
5,5
maciça classe resistência C30 NOTA
6
4,5
Aglomerados de partículas ligados por resinas sintéticas
ligados por cimento
OSB e produtos similares 7 a 8 (7,5)
(flakeboard e waferboard) 12
7
Aglomerados de fibras
5 cm x 10 cm x 20 cm
- Paredes apoiadas em lajes
Parede de 15cm – tijolo de seis furos 9x14x19 Parede de 25cm – tijolo de seis furos 9x14x19
γt.f..= 14 kN/m3 - considerado o assentamento γt.f..= 14 kN/m3 - considerado o assentamento
g t.f= 0,09*14 + 0,06*19 = 2,40 kN/m2 (de parede) g t.f= 0,19*14 + 0,06*19 = 3,80 kN/m2 (de parede)
p =g + q galv (kN/m)
p =g + q
A
p =g + q + galv
B
galv = palv./(l2*l2/2)
- Lajes em balanço
NBR 6120:2019: Ao longo dos parapeitos e balcões devem ser consideradas aplicadas uma carga
horizontal de 1,0 kN/m na altura do corrimão e uma carga vertical mínima de 2 kN/m.
Nas lajes em balanço, que se destinam a sacadas, além das cargas permanentes e acidentais, devem ser
considerados os seguintes carregamentos:
- q = 2,5 ou 3 ou 4 kN/m2;
- H = 1,0 kN/m; V
- V = 2,0 kN/m H
1,1 m
q
Pré-dimensionamento da altura útil e da espessura:
A NBR 6118 :2014 não especifica critérios de pré-dimensionamento. Para lajes retangulares com
bordas apoiadas ou engastadas, a altura útil d (em cm) pode ser estimada por meio da expressão:
Para lajes em balanço, pode ser usado o critério da NBR 6118 :1978:
𝒍𝒙
𝒅=
φ𝟐 φ𝟑
φ2 = 0,5 e
Deve ser adotada, para lajes retangulares, razão mínima de 1,5:1 entre momentos de borda (com continuidade e
apoio indeslocável) e momentos no vão.
Cuidados especiais devem ser tomados em relação à fissuração e verificação das flechas no ELS, principalmente
quando se adota a relação entre momentos muito diferente da que resulta de uma análise elástica. As verificações
de serviço e de fadiga devem ser feitas baseadas em uma análise elástica.
A determinação dos esforços será feito pela teoria clássica de placas delgadas (Teoria de Kirchhoff), cálculo
elástico, supondo material homogêneo, isótropo e elástico linear.
Equação de Lagrange
𝑬𝒉𝟑
𝑫=
𝟏𝟐(𝟏 − 𝝂𝟐 )
p = px + py fx = f y
5
4 𝛼= 2
𝛼𝑥 𝑝𝑥 𝑙𝑥4 𝛼𝑦 𝑝𝑦 𝑙𝑦
fx = fy = 1
384 𝐸𝑥 𝐼𝑥 384 𝐸𝑦 𝐼𝑦
𝛼𝑥 𝑙𝑥4 𝛼𝑦 𝜖 4 𝑙𝑦
𝑝 = 𝑝𝑥 + 𝑝𝑥 𝑝𝑥 = 𝑝 sendo: 𝜖 = 𝑙
𝛼𝑥 𝑙𝑥4 𝛼𝑦 𝜖4 +𝛼𝑥 𝑥
𝑝𝑥 = 𝑘𝑥 𝑝
Esforços: 𝑝𝑥 𝑙𝑥2 − 𝑝𝑥 𝑙𝑥2 2
𝑝𝑦 𝑙𝑦 2
− 𝑝𝑦 𝑙𝑦
Mx = 𝑚′𝑥
Xx = 𝑛′𝑥
My= Xy=
𝑚′𝑦 𝑛′𝑦
𝑚′𝑥 = 8
𝑚′𝑥 ou 𝑚′𝑦 = 14.22 𝑚′𝑥 ou 𝑚′𝑦 = 24
𝑚′𝑦 = 8 𝑛′𝑥 ou 𝑛′𝑦 = 8 𝑛′𝑥 ou 𝑛′𝑦 = 12
Ex.
𝑙𝑦 𝛼𝑦 𝜖 4 5∗16
Laje apoiada nos quatro lados 𝜖=𝑙 =2 𝑝𝑥 = 𝑝 = 5∗16+5 𝑝 = 0,94𝑝
𝑥 𝛼𝑦 𝜖4 +𝛼 𝑥
Se 𝑙𝑦 = 2𝑙𝑥
𝑙𝑥
Determinação dos esforços em lajes armadas em uma direção: 𝑙𝑦 ≥ 2𝑙𝑥
1m 𝑙𝑦 1m 𝑙𝑦 1m 𝑙𝑦 1m 𝑙𝑦
𝑙𝑥 𝑙𝑥 𝑙𝑥 𝑙𝑥
𝑝
𝑝 𝑝 𝑝
Mx
Xx Xx
Mx Xx Mx Xx
𝑝𝑙𝑥2 𝑝𝑙𝑥2
Xx = - Xx = -
8 12
Lajes Contínuas:
As lajes contínuas armadas em 1 direção e com cargas uniformemente distribuídas, poderão ser
calculadas como vigas contínuas, desde que observada a seguinte condição:
Método de Czerny Determinação dos esforços com base na teoria da elasticidade com coeficiente de Poisson igual a 0,2.
Momentos positivos
Momentos negativos
Método de Czerny
Método de Czerny
Método de Czerny
Compatibilização de momentos fletores:
➢ Os momentos fletores nos vãos e nos apoios => momentos positivos e negativos, respectivamente.
➢ No cálculo desses momentos fletores => apoios internos de lajes contínuas como perfeitamente
engastados.
➢ As lajes adjacentes diferem nas condições de apoio, nos vãos teóricos ou nos carregamentos => dois valores
diferentes para o momento negativo.
➢ Necessário fazer a compatibilização desses momentos.
➢ Em decorrência da compatibilização dos momentos negativos => os momentos positivos na mesma direção
devem ser analisados:
- Se essa correção tende a diminuir o valor do momento positivo, ignora-se a redução (a favor da segurança).
- Se houver acréscimo no valor do momento positivo, a correção deverá ser feita, somando-se ao valor deste
momento fletor a média das variações ocorridas nos momentos fletores negativos.
- Se acontecer da compatibilização acarretar diminuição do momento positivo, de um lado, e acréscimo, do
outro, ignora-se a diminuição e considera-se somente o acréscimo.
Na compatibilização dos momentos negativos => adotar o maior valor entre a média dos dois
momentos e 80% do maior.
mL2,calc = mL2,calc + m*2
.
Não utilizar para o dimensionamento momento positivo compatibilizado menor que o momento
determinado para a laje isolada.
USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Lajes maciças
Avaliação de deformações (flechas) e valores limites NBR 6118:2014 13.3/17.3.2/19.3
O estado-limite de deformação das lajes deve ser verificado de acordo com os critérios de vigas, submetidas à combinações
de ações, através de modelos que considerem a rigidez efetiva das seções do elemento estrutural, ou seja, considerando a
possibilidade de fissuração (estádio II), a presença da armadura e as deformações diferidas no tempo.
- Pode-se admitir o concreto e o aço como materiais de comportamento elástico e linear;
- Pode-se determinar as deformações específicas no estádio I para esforços menores que os do início da fissuração;
- Avaliar no estádio II em caso contrário;
- Utilizar o valor do módulo de elasticidade secante Ecs ;
- Considerar o efeito da fluência.
c) raras: ocorrem algumas vezes durante o período de vida da estrutura, e sua consideração pode ser necessária na
verificação do estado-limite de formação de fissuras.
Combinações raras de serviço (CR): a ação variável principal Fq1 é tomada com seu valor característico Fq1k e todas as demais
ações são tomadas com seus valores frequentes y1 Fqk
Em lajes de edifícios em que a única ação variável é a carga de uso, o valor da combinação rara coincide com o valor
total da carga característica.
𝑴𝒓 = 0,25𝒇𝒄𝒕𝒎 𝒃𝒉𝟐
yt=h/2
Ic=bh3/12
20 270,8 353,7 447,6 552,6 668,7 795,8 933,9 1.083,1 1.243,4 1.414,7 1.597,0 1.790,4 1.994,9 2.210,4
25 314,2 410,4 519,4 641,2 775,9 923,4 1.083,7 1.256,8 1.442,8 1.641,6 1.853,2 2.077,6 2.314,9 2.565,0
30 354,8 463,4 586,5 724,1 876,2 1.042,7 1.223,8 1.419,3 1.629,3 1.853,7 2.092,7 2.346,1 2.614,1 2.896,5
35 393,2 513,6 650,0 802,5 971,0 1.155,6 1.356,2 1.572,9 1.805,6 2.054,4 2.319,2 2.600,1 2.897,0 3.210,0
40 429,8 561,4 710,5 877,2 1.061,4 1.263,2 1.482,5 1.719,3 1.973,7 2.245,6 2.535,1 2.842,1 3.166,7 3.508,8
45 464,9 607,3 768,6 948,9 1.148,1 1.366,4 1.603,6 1.859,8 2.134,9 2.429,1 2.742,2 3.074,3 3.425,4 3.795,4
50 498,8 651,5 824,5 1.017,9 1.231,7 1.465,8 1.720,3 1.995,1 2.290,3 2.605,8 2.941,8 3.298,0 3.674,6 4.071,6
55 753,0 983,6 1.244,8 1.536,8 1.859,6 2.213,0 2.597,2 3.012,2 3.457,9 3.934,3 4.441,4 4.979,3 5.548,0 6.147,3
60 763,5 997,2 1.262,1 1.558,2 1.885,4 2.243,8 2.633,3 3.054,0 3.505,9 3.988,9 4.503,1 5.048,5 5.625,0 6.232,7
65 773,1 1.009,8 1.278,0 1.577,8 1.909,2 2.272,1 2.666,5 3.092,5 3.550,1 4.039,2 4.559,9 5.112,2 5.696,0 6.311,3
70 782,1 1.021,5 1.292,8 1.596,1 1.931,2 2.298,3 2.697,3 3.128,3 3.591,1 4.085,9 4.612,6 5.171,2 5.761,8 6.384,2
75 790,4 1.032,3 1.306,6 1.613,0 1.951,8 2.322,8 2.726,0 3.161,6 3.629,4 4.129,4 4.661,7 5.226,3 5.823,1 6.452,2
80 798,2 1.042,5 1.319,5 1.629,0 1.971,0 2.345,7 2.752,9 3.192,7 3.665,1 4.170,1 4.707,7 5.277,8 5.880,5 6.515,8
85 805,5 1.052,1 1.331,6 1.643,9 1.989,1 2.367,2 2.778,2 3.222,1 3.698,8 4.208,4 4.750,9 5.326,3 5.934,5 6.575,6
90 812,4 1.061,1 1.343,0 1.658,0 2.006,2 2.387,5 2.802,0 3.249,7 3.730,5 4.244,5 4.791,7 5.372,0 5.985,4 6.632,1
Cálculo da avaliação da flecha
Flecha imediata Tabela de Czerny - 𝜶𝒂 𝑴𝒓 = 0,25𝒇𝒄𝒕𝒎 𝒃𝒉𝟐
𝐹𝑑,𝑠𝑒𝑟 𝑙𝑥4
𝑎𝑗 = Sem fissuração (estádio I) - Ma ≤ Mr
𝐸𝑐𝑠 ℎ3 𝛼𝑎
8,33 𝐹𝑑,𝑠𝑒𝑟 𝑙𝑥4
𝑎𝑗 = . Com fissuração (estádio II) - Ma > Mr
𝛼𝑎 𝐸𝑐𝑠 𝐼𝑒𝑞
Para se determinar III, é necessário conhecer a posição da linha neutra, no estádio II, para a seção retangular com largura
b=100 cm, altura total h, altura útil d e armadura As (em cm2/m).
Considerando que a linha neutra passa pelo centro de gravidade da seção homogeneizada, x2 é obtido por meio da
equação:
Módulo de elasticidade
Flecha total
O valor da flecha total deve ser obtido multiplicando a flecha imediata por (1 + af).
A flecha adicional diferida, decorrente das cargas de longa duração em função da fluência, pode ser calculada
de maneira aproximada pela multiplicação da flecha imediata pelo fator af dado pela expressão:
Sendo As’ a armadura de compressão para momento
fletor positivo, em caso de armadura dupla.
13.3 Deslocamentos-limites (tabela 13.3 – Limites para deslocamentos – NBR 6118:2014)
Deslocamentos-limites são valores práticos utilizados para verificação em serviço do estado-limite de deformações excessivas
da estrutura. Para os efeitos desta Norma, são classificados nos quatro grupos básicos a seguir relacionados:
a) aceitabilidade sensorial: o limite é caracterizado por vibrações indesejáveis ou efeito visual desagradável. A limitação da
flecha para prevenir essas vibrações, em situações especiais de utilização, deve ser realizada como estabelecido na Seção 23;
b) efeitos específicos: os deslocamentos podem impedir a utilização adequada da construção;
c) efeitos em elementos não estruturais: deslocamentos estruturais podem ocasionar o mau funcionamento de elementos
que, apesar de não fazerem parte da estrutura, estão a ela ligados;
d) efeitos em elementos estruturais: os deslocamentos podem afetar o comportamento do elemento estrutural, provocando
afastamento em relação às hipóteses de cálculo adotadas. Se os deslocamentos forem relevantes para o elemento
considerado, seus efeitos sobre as tensões ou sobre a estabilidade da estrutura devem ser considerados, incorporando-as ao
modelo estrutural adotado.
𝑙𝑥
➢ aceitabilidade sensorial visual (total) : 𝑎𝑙𝑖𝑚 =
250
𝑙𝑥
➢ aceitabilidade sensorial vibrações (só cargas acidentais) : 𝑎𝑙𝑖𝑚 =
350
Reações de apoio para o caso de lajes retangulares com carga uniforme (NBR 6118:2014 – 14.7.6.1)
a) as reações em cada apoio são as correspondentes às cargas atuantes nos triângulos ou trapézios
determinados através das charneiras plásticas correspondentes à análise efetivada com os critérios de 14.7.4,
sendo que essas reações podem ser, de maneira aproximada, consideradas uniformemente distribuídas sobre
os elementos estruturais que lhes servem de apoio;
b) quando a análise plástica não for efetuada, as charneiras podem ser aproximadas por retas inclinadas, a partir
dos vértices, com os seguintes ângulos:
▪ 45° entre dois apoios do mesmo tipo;
▪ 60° a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado simplesmente apoiado;
▪ 90° a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre.
𝐴𝑖 ∗ 𝑝
𝑟𝑖 =
𝑙𝑖
Legenda:
Reação: R e r
𝑥
𝜔𝑑 = λ 𝜂 𝑑
As armaduras serão calculadas considerando as lajes como vigas com largura igual a 1m.
d hlaje Md
d’
bw = 100 cm
𝑀
𝜇𝑑 = 0,85𝑓 𝑑 𝑏𝑑2
𝑐𝑑
0,5𝜔𝑑
𝜇𝑑 = 𝜔𝑑 1 −
𝜂
2𝜇 𝑦 𝑥 𝐴𝑠 𝑓𝑦𝑑 𝑐𝑚2
𝜔𝑑 = 𝜂 1 − 1 − 𝑑 =𝜂 =λ𝜂 𝜔𝑑 = bw = 100 cm 𝐴𝑠 ( )
𝜂 𝑑 𝑑 𝑏𝑑 0,85𝑓𝑐𝑑 𝑚
NBR 6118:2014 - 19.3.3.2 Armaduras mínimas
Para melhorar o desempenho e a dutilidade à flexão, assim como controlar a fissuração, são necessários valores mínimos de
armadura passiva definidos na Tabela 19.1. Alternativamente, estes valores mínimos podem ser calculados com base no
momento mínimo, conforme 17.3.5.2.1. Essa armadura deve ser constituída preferencialmente por barras com alta
aderência ou por telas soldadas.
17.3.5.2.1 Armadura de tração
“taxa mínima absoluta de 0,15 %”
Md,mín = 0,8W0 fctk,sup
onde
W0 é o módulo de resistência da seção
transversal bruta de concreto, relativo à
fibra mais tracionada;
fctk,sup é a resistência característica
superior do concreto à tração (ver 8.2.5).
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 𝜌𝑠 100ℎ
Armadura máxima: A soma das armaduras de tração e de compressão (As + As’) não pode ter valor maior que 4 % Ac
20 Detalhamento de lajes
20.1 Prescrições gerais
𝒉
➢ Qualquer barra da armadura de flexão deve ter diâmetro no máximo igual a h/8. 𝝓 ≤
𝟖
➢ As barras da armadura principal de flexão devem apresentar espaçamento no máximo igual a 2h ou 20 cm,
prevalecendo o menor desses dois valores na região dos maiores momentos fletores. Smax ≤ 2h ≤ 20 cm
➢ Nas lajes maciças armadas em uma ou em duas direções, em que seja dispensada armadura transversal de acordo com
19.4.1, e quando não houver avaliação explícita dos acréscimos das armaduras decorrentes da presença dos
momentos volventes nas lajes, toda a armadura positiva deve ser levada até os apoios, não se permitindo
escalonamento desta armadura. A armadura deve ser prolongada no mínimo 4 cm além do eixo teórico do apoio.
➢ A armadura secundária de flexão deve ser igual ou superior a 20 % da armadura principal, mantendo-se, ainda, um
espaçamento entre barras de no máximo 33 cm. A emenda dessas barras deve respeitar os mesmos critérios de
emenda das barras da armadura principal.
Smax ≤ 33 cm As/s 20 % da armadura principal
As/s 0,9 cm2/m
rs 0,5 rmín
➢ Os estribos em lajes nervuradas, quando necessários, não podem ter espaçamento superior a 20 cm.
Distribuição e comprimento das barras Armadura negativa (superior) e de borda
𝑙𝑥 + (mínimo)8cm
𝐴𝑠𝑥
𝑙𝑥 𝐴𝑠𝑦
𝑙𝑦
𝑙𝑦 + (mínimo)8cm
𝐴𝑠𝑥
𝑙𝑥 𝐴𝑠𝑦
𝑙𝑦
𝐴𝑠,𝑏𝑜𝑟𝑑𝑎 = 0,25𝐴𝑠 (direção x ou y)
Momentos volventes - lajes armadas em duas direções
Sob a ação do carregamento a laje apoia-se no trecho central dos apoios e os cantos se levantam dos apoios.
Se a laje estiver ligada a vigas de concreto ou se existirem pilares nos cantos, o
levantamento da laje fica impedido, o que faz surgir momentos fletores nos
cantos, negativos, que causam tração no lado superior da laje na direção da
diagonal, e positivos na direção perpendicular à diagonal, que causam tração no
lado inferior da laje. Os momentos nos cantos são chamados momentos
volventes ou momentos de torção
A armadura de canto deve ser composta por barras superiores paralelas à bissetriz do ângulo do canto e barras inferiores a ela
perpendiculares. Tanto a armadura superior quanto a inferior deve ter área de seção transversal, pelo menos, igual à metade da área da
armadura no centro da laje, na direção mais armada.
Laje nervurada unidirecional com Laje nervurada unidirecional Laje nervurada bidirecional com
com enchimento de EPS. enchimento de EPS.
enchimento de material cerâmico.
➢Lajes Nervuradas
Segundo a NBR 6118:2014 - 14.7.7: “Lajes nervuradas são lajes moldadas no local
ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está
localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte."
TIPOS DE LAJES NERVURADAS
➢ Lajes nervuradas moldadas no local:
A obtenção da forma final das lajes nervuradas será pelo uso de fôrmas
de madeira, metálica, fibra de vidro ou plásticas, recuperáveis e
reutilizáveis, montadas em uma plataforma inferior de madeira apoiada
no cimbramento.
Montagem, escoramento,
preparação e resultado
final.
➢ Lajes nervuradas pré-moldadas:
Lajes treliçadas
Franca e Fusco
Lajes treliçadas
Unidirecionais:
Franca e Fusco
Lajes treliçadas
Bidirecionais:
Franca e Fusco
Lajes de vigotas premoldadas
Valter Lúcio-IST
lef = l0 + a1 + a2
com a1 igual ao menor valor
entre (t1/2 e 0,3h) e a2 igual ao menor valor
entre (t2/2 e 0,3h), conforme
figura 14.5
4 cm
Disposições da NBR 6118/2014 5 cm c/ ≤ 10 mm
4 cm + (tubulações
13 Limites para dimensões, com > 10 mm)
deslocamentos e aberturas de
fissuras
AÇÕES ATUANTES NAS LAJES NERVURADAS:
As ações atuantes nas lajes nervuradas respeitam as definições de
ações permanentes diretas e variáveis normais, e suas combinações,
conforme estabelecido nas normas - NBR 6118/2014, NBR 8681/2003 e
NBR 6120/2019.
NBR 6118-
11.3 Ações permanentes
11.3.2 Ações permanentes diretas
As ações permanentes diretas são constituídas pelo peso próprio da estrutura e pelos pesos dos
elementos construtivos fixos e das instalações permanentes.
11.4 Ações variáveis
11.4.1 Ações variáveis diretas
As ações variáveis diretas são constituídas pelas cargas acidentais previstas para o uso da construção
pela ação do vento e da água, devendo-se respeitar as prescrições feitas por Normas Brasileiras
específicas.
NBR 6120 –
Tabela 1 – peso específico dos materiais de construção
Tabela 2 – Valores mínimos de cargas verticais
Tabela 3 - Características dos materiais de armazenagem
Tabela 4 - Redução das cargas acidentais
AÇÕES ATUANTES NAS LAJES NERVURADAS
“combinações das ações”
NBR 6118/2014
AÇÕES ATUANTES NAS LAJES NERVURADAS
“combinações das ações”
NBR 6118/2014
AÇÕES ATUANTES NAS LAJES NERVURADAS
“combinações das ações”
NBR 6118/2014
AÇÕES ATUANTES NAS LAJES NERVURADAS
“combinações das ações”
NBR 6118/2014
NBR 8681/2003
NBR 8681/2003
ANALISE ESTRUTURAL – lajes nervuradas
NBR 6118/2014
Normas específicas:
4 cm
5 cm c/ ≤ 10 mm
4 cm + (tubulações
com > 10 mm)
A espessura da mesa, quando não houver tubulações horizontais embutidas, deve ser maior ou igual a 1/15 da
distância entre faces das nervuras e não menor que 4 cm.
O valor mínimo absoluto deve ser 5 cm, quando existirem tubulações embutidas de diâmetro máximo 10 mm.
Ou 4cm + diâmetro da tubulação.
A espessura das nervuras não deve ser inferior a 5 cm.
Nervuras com espessura menor que 8 cm não devem conter armadura de compressão.
Para o projeto das lajes nervuradas devem ser obedecidas as seguintes condições:
“Os critérios de projeto dependem do espaçamento e entre os eixos das nervuras (e).”
Para e ≤ 65cm, pode ser dispensada a verificação da flexão da mesa e, para a verificação do cisalhamento da
região das nervuras, permite-se a consideração dos critérios de laje;
Para e entre 65 e 110cm, exige-se a verificação da flexão da mesa e as nervuras devem ser verificadas ao
cisalhamento como vigas; permite-se essa verificação como laje se o espaçamento entre eixos de nervuras for
até 90cm e a largura média das nervuras for maior que 12cm;
Para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos maior que 110cm, a mesa deve
ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas, respeitando-se os seus
limites mínimos de espessura.
DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
Podem ser necessárias as seguintes verificações: flexão nas nervuras, cisalhamento nas
nervuras, flexão na mesa, cisalhamento na mesa e flecha da laje.
NBR 6118/2014
grelha equivalente
Fusco
pórtico equivalente
Figura 14.9 - Faixas de laje para distribuição dos esforços nos pórticos múltiplos
P R O J E TO D A L AJ E
P R O J E TO D A L AJ E
-Revestimentos previstos
•Piso;
•Forro.
2. Considerações de projeto
-Ações atuantes –com os dados de projeto, pode-se avaliar as ações permanentes diretas e as
ações variáveis normais (NBR 6118/2014 e NBR 6120/2019).
P R O J E TO D A L AJ E
-A norma NBR 6118/2014 permite a determinação dos esforços solicitantes considerando a laje
nervurada como uma placa no regime elástico, respeitadas as recomendações descritas em
14.7.7 e 13.2.4.2, da referida norma. Caso contrário deve-se considerar a capa como laje
maciça apoiada em grelhas de vigas (nervuras).
-O cálculo dos esforços solicitantes em lajes nervuradas pode ser feito segundo a teoria das
grelhas (cálculo computacional) ou por programas de elementos finitos.
P R O J E TO D A L AJ E
4. Dimensionamento no ELU.
➢Se os espaçamentos estiverem entre 65 e 110 cm, como vigas (NBR 6118/2014 –
17.4.2 e 19.4.2 com Vsd ≤ Vrd2 e Vsd ≤ Vrd3 = Vc + Vsw ) .
-Verificação da mesa:
•As mesas da laje nervurada devem ser verificadas em relação ao momento fletor
atuante, determinado pela consideração da mesa apoiada nas nervuras (como laje
maciça) podendo-se desconsiderar a continuidade.
-Verificação do limite de fissuração na situação de serviço (Estádio II) considerando a combinação rara ou freqüente de
ações (11.8.3.1);
•Contra-flecha calculada de forma a compensar deslocamentos excessivos (se, atot>alim) com => ac ≈ ai + af /2 (flecha
imediata mais metade da flecha diferida):
PROJETO DA LAJE