Rede Ferroviária Nacional – REFER, EP

Documento N.º IT.VIA.010.01

Designação Estabilizadora Dinâmica de Via – HTT TS - 50

Versão 01

Data 07.07.2004

Ficheiro It_via_010.doc

Aprovado por despacho do Sr. Director Geral de Engenharia de 17/09/2004

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Estabilizadora Dinâmica de Via – Data: 07:07:2004
HTT TS - 50 Ficheiro: It_via_010.doc

Índice:

Pág.
Índice I
Índice de tabelas e figuras I
Participantes na elaboração do documento normativo II
Histórico do Documento III
1. Introdução 1
1.1. Âmbito 1
1.2. Documentos normativos revogados 1
1.3.Abreviaturas 1
2. Descrição da estabilizadora 1
2.1. Parâmetros de trabalho 2
2.2. Registo gráfico dos parâmetros de trabalho 2
2.2.1. Nivelamento transversal 2
2.2.2. Bitola da via 3
2.2.3. Assentamento do carril 3
2.2.4. Pressão vertical 3
2.2.5. Gráficos 3
3. Função 4

Índice de tabelas e figuras

Nº Designação Capítulo Pág.
Figura 1 Estabilizadora dinâmica de via 2 1
Figura 2 Gráficos do ecrã de trabalho 2.2. 2
Figura 3 Exemplo do gráfico imprimido 2.2.5. 4

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Participantes na elaboração do documento normativo:

Nome Empresa Cargo / Órgão

Eng.º Aureliano Lemos Refer Director Dep. Normalização e
Infraestruturas
Eng.ª Fernanda Rodrigues Refer Directora Departamento de Via
Esp. Artur Lino Refer Dep. Normalização e Infraestruturas

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Histórico do Documento:

Versão Descrição Data

01 Versão Inicial 07.07.2004

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1. Introdução
1.1. Âmbito
A presente Instrução Técnica visa descrever a Estabilizadora Dinâmica de Via HTT TS - 50 bem
como a sua utilização.

1.2. Documentos normativos revogados

Não revoga qualquer documento.

1.3.Abreviaturas
IT Instrução Técnica
kw Quilowatt
km/h Quilómetro por hora
kN QuiloNewton
Hz Hertz

2. Descrição da estabilizadora
A estabilizadora dinâmica de via apresentada de forma esquemática na figura 1, de que é objecto esta
IT, é da marca HTT – Harsco Track Technologies, modelo TS-50. É constituída por uma estrutura com
duas cabinas, uma em cada extremidade, equipada com um motor diesel de 195 kw, e assente em
dois bogies de dois eixos.
O funcionamento da máquina é controlado através de um computador, que permite ao operador
controlar e monitorizar graficamente o seu funcionamento, assim como os parâmetros de trabalho e
geométricos.
O trabalho de estabilização dinâmica pode ser efectuado em qualquer dos sentidos de marcha.

Figura 1

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2.1. Parâmetros de trabalho

− Velocidade de trabalho: 0 – 5 km/h (recomendada 1,5 km/h);
− Frequência de vibração: 0 – 50 Hz (sugerida 33 Hz);
− Força horizontal: 450 kN a 50 Hz;
− Força vertical: 240 kN.

2.2. Registo gráfico dos parâmetros de trabalho

A estabilizadora Dinâmica dispõe de um sistema de medição geométrica do nivelamento
transversal, bitola, assentamento dos carris esquerdo e direito e pressão vertical dos carris
esquerdo e direito. A escala de representação longitudinal dos gráficos destes parâmetros é de
1:1000.
Na figura 2 pode visualizar-se o registo gráfico dos parâmetros de trabalho.

Nivelamento Bitola da via Assentamento Pressão

transversal Vertical
Figura 2

2.2.1. Nivelamento transversal

O nivelamento transversal é medido em mm, antes e depois da estabilização, por meio
de dois inclinómetros montados, respectivamente no eixo dianteiro e traseiro. No gráfico
os dados são traçados de cima para baixo e desenvolvem-se à medida que a máquina se
move. O traço amarelo representa sempre o diagrama das leituras após a estabilização,

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independentemente do sentido em que se realizam os trabalhos. O traço verde

representa sempre o diagrama das leituras antes da estabilização.
As leituras são sincronizadas de forma a que um ponto no gráfico representa um ponto
na via. A escala de representação do nivelamento transversal é de 1:3.

2.2.2. Bitola da via

A bitola é medida em mm por um eixo próprio localizado na extremidade da máquina no
lado da cabina traseira.
A linha zero representa uma bitola de 1668 mm. Os valores à direita da linha zero
indicam excessos de bitola e à esquerda indicam apertos de bitola. Este parâmetro é
representado à escala 1:1.

2.2.3. Assentamento do carril

Os assentamentos dos carris são medidos através de dois braços de medição com
transdutores, localizados em cada lado do bogie de vibração. Este valor é obtido através
da medição do deslocamento de cada carril relativamente ao chassi da máquina.
No gráfico é feita a representação da medição do assentamento do carril direito e
esquerdo. O assentamento do carril esquerdo é traçado a vermelho e o direito traçado a
amarelo. Os dados traçados para a direita da linha zero representam assentamentos
positivos e os traçados para a esquerda abaixamentos negativos.
A escala de representação é de 1:1.

2.2.4. Pressão vertical

O gráfico de pressão vertical mostra as leituras para a pressão aplicada aos carris
esquerdo e direito em bar. A pressão aplicada ao carril esquerdo é traçada a verde e ao
carril direito traçada a roxo. A escala de representação é de 1:2.

2.2.5. Gráficos
No gráfico imprimido na impressora local estão representados os parâmetros relativos ao
nivelamento transversal antes e depois da estabilização, bitola da via, assentamento dos
carris esquerdo e direito e pressão vertical aplicada aos carris esquerdo e direito,
conforme se ilustra na figura 3.

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Nivelamento Transversal Assentamentos

Pressão Pressão
Antes Depois Bitola Carril esq. Carril dir. Carril esq. Carril dir.

Figura 3

3. Função
A experiência tem demonstrado que a via só estabiliza depois de ocorrerem as deformações iniciais,
devido às vibrações e cargas imprimidas pela passagem das circulações que provocam a rearrumação
e compactação do balastro, sendo um processo mais ou menos moroso função do número e carga das
circulações que atravessam o troço de via intervencionado.
Para obviar este inconveniente recorre-se à estabilização dinâmica de via, que através da vibração dos
carris, consolida e arruma o balastro acelerando a sua compactação, mantendo a qualidade da
geometria.
O método consiste na excitação lateral da via, enquanto é carregada verticalmente pelos cilindros que
exercem uma força máxima de 240 kN, podendo a frequência de vibração ser ajustada entre 0 e 50Hz
e a amplitude da força variar de 0 a 450 kN.
Com este sistema simula-se a passagem de um tráfego equivalente a 100.000 toneladas, isto é,
provoca-se a consolidação precoce da via, evitando reduções de velocidade após o trabalho de ataque
pesado.
A elevada energia gerada localmente pela estabilizadora dinâmica origina vibrações severas na
plataforma da via. A estabilizadora não deverá ser utilizada em situações de plataformas com má
drenagem ou de má execução. Não deverá ainda, ser utilizada em zonas de passagens inferiores cuja
estrutura não suporte as vibrações por ela impostas.

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