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Rede Ferroviária Nacional – REFER, EPE

Identificação IT.VIA.021

Designação Tolerâncias de desgaste do perfil transversal do carril

Versão 01

Data 19.02.2009

Ficheiro It_via_021.doc

Classificação EXT
IT.VIA.021 Versão: 01
Data: 19.02.2009
Tolerâncias de desgaste do perfil transversal
Ficheiro: It_via_021.doc
do carril
Classificação: EXT

Índice:

Pág.
Índice II
Participantes na elaboração do documento normativo III
Histórico do Documento III
1. Introdução 1
1.1. Âmbito 1
1.2. Documentos normativos revogados 1
1.3. Abreviaturas, siglas e símbolos 1
1.4. Documentos de referência 1
1.5. Definições 2
1.5.1. Desgaste vertical 2
1.5.2. Desgaste lateral 2
1.5.3. Secção da cabeça do carril 2
1.5.4. Ângulo de desgaste 3
1.5.5. Rebarba 4
1.5.6. Tolerância de alerta 4
1.5.7. Tolerância de acção imediata 4
2. Medição, cálculo e avaliação do desgaste 5
3. Avaliação dos valores de desgaste da cabeça do carril 5
3.1. Tolerâncias de alerta 6
3.1.1. Desgaste vertical 6
3.1.2. Desgaste lateral 6
3.1.3. Percentagem de área perdida 6
3.1.4. Ângulo de desgaste 6
3.2. Tolerâncias de acção imediata 7
3.2.1. Desgaste vertical 7
3.2.2. Desgaste lateral 7
3.2.3. Percentagem de área perdida 7
3.2.4. Ângulo de desgaste 7
4. Avaliação dos valores da rebarba 7

- II/III -
IT.VIA.021 Versão: 01
Data: 19.02.2009
Tolerâncias de desgaste do perfil transversal
Ficheiro: It_via_021.doc
do carril
Classificação: EXT

Participantes na elaboração do documento normativo:

Nome Empresa Cargo / Órgão


Leonor Beja da Costa REFER Desenvolvimento e Normativo
Rui Burrinha REFER Via e Construção Civil
João Vieira REFER Monitorização e Performance da Infra-estrutura
Paulo Martins REFER Monitorização e Performance da Infra-estrutura

Histórico do Documento:

Versão Descrição Data


01 Versão Inicial 19.02.2009

- III/III -
IT.VIA.021 Versão: 01
Data: 19.02.2009
Tolerâncias de desgaste do perfil transversal
Ficheiro: It_via_021.doc
do carril
Classificação: EXT

1. Introdução
1.1. Âmbito
O presente documento define as tolerâncias admissíveis em termos de desgaste lateral e vertical
do carril, em função do tipo de carril, velocidade de circulação e cargas por eixo admissíveis.
Estas tolerâncias não se aplicam aos carris assentes em linhas de resguardo.
A avaliação dos desgastes do carril é efectuada através da consideração das seguintes
tolerâncias:
− Alerta;
− Acção imediata.
As tolerâncias de alerta são estabelecidas como valores de referência a partir dos quais é
desencadeado o planeamento de acções correctivas. Este planeamento depende da evolução
dos desgastes, dos prazos de preparação e execução dos trabalhos e da racionalização dos
meios e custos associados à intervenção correctiva.
As tolerâncias de acção imediata são de aplicação obrigatória.

1.2. Documentos normativos revogados


O presente não revoga qualquer documento normativo.

1.3. Abreviaturas, siglas e símbolos


H [mm] – desgaste vertical do perfil analisado medido no eixo de simetria do carril.
x [mm] – H + 15mm.
d [mm] – representa no carril em análise, a distância do eixo de simetria à face de guiamento,
medida 15 mm abaixo do ponto de intersecção entre a superfície de rolamento e o eixo de
simetria do carril.
D [mm] – representa metade da largura do perfil do carril padrão correspondente, medida numa
linha situada x milímetros abaixo da mesa de rolamento.
V [km/h] – velocidade máxima do troço

1.4. Documentos de referência


IET 50 – Rede Ferroviária Nacional
IT.VIA.018 – Tolerâncias dos parâmetros geométricos da via

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1.5. Definições
1.5.1. Desgaste vertical
Valor H obtido pela diferença entre a altura do perfil do carril padrão e a altura do carril
analisado, medida no eixo de simetria (ver fig. 1).

Figura 1 – Desgaste vertical e lateral de carril

1.5.2. Desgaste lateral


Valor obtido pela diferença entre D e d (ver fig. 1).

1.5.3. Secção da cabeça do carril


A figura 2 ilustra as secções da cabeça do carril padrão e do carril com desgaste.

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Figura 2 – Secções da cabeça do carril

1.5.4. Ângulo de desgaste


Ângulo definido entre a tangente à face de guiamento e o eixo de simetria do carril.

Figura 3 – Ângulo de desgaste do carril

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1.5.5. Rebarba
Sobrelargura da cabeça do carril por consequência de esmagamento.

Figura 4 – Rebarba do carril

1.5.6. Tolerância de alerta


Corresponde ao valor de desgaste que, quando atingido, originará que a intervenção
necessária no carril em questão seja incluída na programação de trabalhos de
manutenção.
O horizonte de programação de trabalhos será definido pelo órgão responsável pela
manutenção da infra-estrutura.

1.5.7. Tolerância de acção imediata


Corresponde ao valor de desgaste que nunca deverá ser atingido. Caso o seja obrigará a
que o troço abrangido seja alvo de intervenção correctiva imediata ou sujeito a redução
de velocidade ou a interdição das circulações.

1.5.8. Linhas de resguardo


Linhas de parqueamento e manobra de material circulante.

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2. Medição, cálculo e avaliação do desgaste


O desgaste do carril poderá ser avaliado por equipamento de medição contínua instalado em veículo
de inspecção ou por equipamento portátil de medição pontual.
Em ambos os casos será sempre avaliado nas duas filas de carril.

Nas medições feitas com recurso a veículo de inspecção contínua, o espaçamento mínimo entre
medições sucessivas deverá ser inferior a 6 m.
Quando são utilizados equipamentos portáteis, as medições deverão ser feitas de acordo com os
seguintes critérios:

Secção de Traçado Barra Longa Soldada * Via com Juntas


Curva circular 1 medição a cada 50 m
Curva de transição 1 medição a cada 50 m 1 medição em cada barra
Recta 1 medição a cada 100 m
* Em barra longa soldada tem de ser garantida uma medição em cada secção de traçado.

Complementarmente, o desgaste pode ser avaliado através do respectivo ângulo (ver 1.5.4).
A partir do perfil da cabeça do carril analisado, é traçada a tangente à face de guiamento e
determinado o valor do ângulo de desgaste.
Dado que esta medição não é feita de forma directa e expedita, este parâmetro apenas será utilizado
em casos de avaliação particular, nomeadamente, quando a perda de secção da cabeça do carril
apresente uma configuração que o observador entenda ser passível de controlo do ângulo de
desgaste.

3. Avaliação dos valores de desgaste da cabeça do carril


A avaliação dos desgastes medidos será efectuada por comparação directa com as tolerâncias que lhe
sejam aplicáveis, de acordo com a classificação das linhas definida na IET 50 referente a cargas
máximas por eixo e com as classes de velocidade estabelecidas na presente IT.

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3.1. Tolerâncias de alerta


3.1.1. Desgaste vertical [mm]

Classificação da Tipo de Carril [kg/m]


Linha 60 54 50 45/46 40 36 26
A; B1; B2 (1) 16 14 14 13 10 8 6
C2; C3; C4; D2; D3; D4 15 13 13 12 - - -

3.1.2. Desgaste lateral [mm]

Velocidade Tipo de Carril [kg/m]


[km/h] 60 54 50 45/46 40 36 26
V ≤ 80 16 13 12 10 10 9 8
80 < V ≤ 160 14 11 10 8 - - -
V > 160 10 9 - - - - -

3.1.3. Percentagem de área perdida


30%.

3.1.4. Ângulo de desgaste


30º.

1
Limites também aplicáveis a linhas de via estreita.

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3.2. Tolerâncias de acção imediata


3.2.1. Desgaste vertical [mm]

Classificação da Tipo de Carril [kg/m]


Linha 60 54 50 45/46 40 36 26
A; B1; B2 (2) 18 16 16 15 12 10 8
C2; C3; C4; D2; D3; D4 17 15 15 14 - - -

3.2.2. Desgaste lateral [mm]

Velocidade Tipo de Carril [kg/m]


[km/h] 60 54 50 45/46 40 36 26
V ≤ 80 18 15 14 12 12 11 10
80 < V ≤ 160 16 13 12 10 - - -
V > 160 12 11 - - - - -

3.2.3. Percentagem de área perdida


35%.

3.2.4. Ângulo de desgaste


40º.

4. Avaliação dos valores da rebarba


A avaliação da rebarba será efectuada por comparação com a secção transversal da cabeça do carril
padrão.
A face de guiamento da fila alta não deve apresentar rebarba, admitindo-se no entanto uma
tolerância de 1 mm.
O valor da rebarba na face interior do carril da fila baixa, ou na face de guiamento dos carris das duas
filas em alinhamento recto, será limitado pelos valores admissíveis do aperto de bitola, de acordo com
o normativo em vigor.

2
Limites também aplicáveis a linhas de via estreita.

- 7/7 -

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