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APONTAMENTOS DA DISCIPLINA DE
FUNDAMENTOS DE TELECOMUNICAÇÕES I
(2010/2011)
Prefácio
-S. Haykin and M. Moher. Communication Sytems, 5th edição (Wiley, 2010).
-A.B. Carlson and P.B. Crilly, Communication Systems, 5th edição (McGraw-Hill, 2010).
ii
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Conteúdo
Prefácio ................................................................................................................................... ii
Conteúdo ................................................................................................................................ iii
1 Introdução ..................................................................................................................... 1
1.1 Telecomunicações ..................................................................................................... 1
1.2 Organização de um sistema de comunicação ............................................................ 1
2 Modulação analógica de portadora sinusoidal .............................................................. 3
2.1 Introdução.................................................................................................................. 3
2.2 Modulação convencional de amplitude de portadora continua ................................ 4
2.2.1 Largura de banda necessária para transmitir o sinal AM .................................. 6
2.2.2 Desmodulação do sinal AM .............................................................................. 6
2.2.3 Potência do sinal AM ........................................................................................ 7
2.2.4 Caso particular da modulação AM .................................................................... 8
2.3 Modulação de amplitude de banda lateral dupla (DSB- Double Side Band) ............ 9
2.3.1 Largura de banda necessária para transmitir um sinal DSB ............................ 10
2.3.2 Desmodulador DSB coerente .......................................................................... 12
2.3.3 Influência da fase da portadora local ............................................................... 12
2.4 Modulação de banda lateral única ........................................................................... 13
2.4.1 Produção de sinais SSB ................................................................................... 13
2.4.2 Descrição matemática de sinais SSB............................................................... 14
2.4.3 Transformadas de Hilbert ................................................................................ 14
2.4.4 Desmodulador SSB coerente ........................................................................... 16
2.4.5 Influência da fase da portadora local ............................................................... 17
2.5 Vestígio de Banda Lateral (VSB, ‘Vestigial Side Band’) ....................................... 18
2.6 Exercícios propostos ............................................................................................... 18
3 Modulação de Fase e de Frequência............................................................................ 23
3.1 Conceitos básicos .................................................................................................... 23
3.2 Relação entre PM e FM ........................................................................................... 23
3.3 Análise espectral de sinais FM ................................................................................ 24
3.4 Largura de banda necessária para a transmissão de sinais FM ............................... 27
3.4.1 Regra de Carson: ............................................................................................. 28
3.4.2 Critério da potência: ........................................................................................ 29
3.4.3 Critério apresentado no livro de Haykin: ........................................................ 29
3.4.4 Exemplo: FM comercial .................................................................................. 29
3.5 FM de banda estreita ............................................................................................... 29
3.5.1 Método directo ................................................................................................ 32
3.6 Desmodulação de sinais FM ................................................................................... 32
3.7 Exercícios propostos ............................................................................................... 33
4 Desempenho de Sistemas de Transmissão Analógicos na Presença de Ruído............ 36
4.1 Introdução................................................................................................................ 36
4.2 Ruído Térmico......................................................................................................... 36
4.3 Ruído Gaussiano de Banda Larga ........................................................................... 37
4.4 Revisão .................................................................................................................... 38
4.4.1 Processos aleatórios......................................................................................... 38
4.4.2 Processos estacionários e ergódicos ................................................................ 39
4.5 Relação Sinal Ruído sinal de banda base ................................................................ 39
4.6 Relação Sinal Ruído em sistemas DSB ................................................................... 40
4.7 Caracterização de ruído passa banda ....................................................................... 43
4.8 Envolvente e Fase do Ruído Passa Banda ............................................................... 44
4.9 Relação Sinal Ruído em Sistemas DSB Coerentes ................................................. 45
4.10 Relação Sinal Ruído em Sistemas SSB ............................................................... 47
4.11 Relação Sinal Ruído em AM Convencional com Detecção Coerente................. 48
4.12 Relação Sinal Ruído em AM Convencional com Detecção de Envolvente ........ 48
4.13 Desempenho dos Sistemas FM............................................................................ 51
iii
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
iv
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
1 Introdução
1.1 Telecomunicações
Fonte de Destino de
informação informação
Rede e Rede e
camadas camadas
de controlo de controlo
1
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
A fonte de informação, gera a informação que queremos transmitir: voz, música, vídeos,
ficheiros, etc. O emissor, é um termo genérico para o elemento que processa a informação
gerado pela fonte de informação de modo a que seja transmitida pelo canal de transmissão.
Nos sistemas de comunicação os sinais mensagem são transmitidos de um ponto para outro
através de um canal de transmissão. O canal de transmissão pode ser uma linha de transmissão
(como uma linha telefónica) ou simplesmente pode ser um espaço aberto no qual os sinais são
irradiados (como a transmissão por via rádio).
De modo geral os sinais não estão adaptados aos canais de comunicação, i.e. não podem ser
transmitidos directamente, há que adaptar os sinais de informação, esta adaptação pode ser feita
através da modulação dos sinais, como iremos estudar de seguida.
O receptor, tem por função converter o sinal que foi transmitido pelo canal num sinal que
possa ser compreendido pelo destinatário. O receptor tem funções que vão para além das
inversas das do emissor, deve de compensar as distorções introduzidas pelo canal de
transmissão e ainda outras funções adicionais como por exemplo sincronização e correcção de
erros de transmissão.
O destino da informação, representa o utilizador final da informação, pessoa ou máquina.
Para além destes blocos funcionais, existe ainda a rede e as camadas de controlo.
Actualmente, os sistemas de comunicação funcionam de um modo geral em rede, como por
exemplo a Internet ou a rede móvel. No funcionamento em rede, existe um elevado número de
sistemas de comunicação a partilhar os mesmos recursos por isso torna-se necessárias
funcionalidades de rede e controlo de modo a tornar eficiente a partilha de recursos.
De notar que esta primeira abordagem ao tema é muito simplista, e cheia de palavras que
estamos fartos de ouvir, mas que do ponto de vista de um engenheiro de telecomunicações têm
um significado bastante mais profunda. Por exemplo informação, o que é a informação? Como
se pode medir a informação? Qual a capacidade de de um canal necessária para transmitir uma
determinada quantidade de informação? Claude E. Shannon (1916-2001) considerado o pai da
teoria da informação, em 1948, publicou o artigo ‘A Mathematical theory of communications’
que serve de suporte às comunicações modernas. No entanto, para que as comunicações
deixassem de ser uma teoria e se tornassem a realidade actual, para além de matemáticos foram
necessários Físicos como Maxwel, Hertz, Oersted, os inventores do transístor (Bardeen,
Shockley e Brattain) e dos circuitos integrados (Kilby e Noyce) assim como sonhadores com
sentido para o negócio como Marconi e Bell.
2
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
2.1 Introdução
Nos sistemas de comunicação os sinais mensagem são transmitidos de um ponto para outro
através de um canal de transmissão. O canal de transmissão pode ser uma linha de transmissão
(como uma linha telefónica) ou simplesmente pode ser um espaço aberto no qual os sinais são
irradiados (como a transmissão por via rádio).
De modo geral os sinais não estão adaptados aos canais de comunicação, i.e. não podem ser
transmitidos directamente, há que adaptar os sinais de informação, esta adaptação é feita
modulando os sinais. O processo de modulação envolve basicamente dois sinais, o sinal
mensagem x(t), que é geralmente um sinal de banda base, e o sinal de portadora x p (t ) que é
geralmente um sinal sinusoidal de alta frequência. A modulação da portadora pelo sinal
mensagem consegue-se fazendo variar a amplitude, fase ou frequência da portadora, em
correspondência com o sinal mensagem. Este método de modulação é chamado de modulação
de onda continua (C-W continous wave).
Entre outros factores de determinam a utilização de modulação de onda continua salienta-
se:
-Radiação mais eficiente da energia electromagnética. Para que uma antena radie energia
com boa eficiência é necessário que as suas dimensões físicas sejam da ordem do comprimento
de onda do sinal a transmitir. O tamanho das antenas depende do comprimento de onda λ
( λ = c / f c= 3 × 108 m/s velocidade da luz e f frequência) da aplicação. No caso dos
telefones celulares, o tamanho típico é de λ / 4 . Considerando que queremos transmitir um
sinal de banda base com uma largura de banda de 3 kHz (voz), nesse caso o tamanho da antena
seria de λ / 4 = 25 km, impressionante!.... No entanto se se utilizasse uma portadora de 900
MHz, o tamanho da antena seria só de 8 cm, e já a poderia transportar no bolso. A transmissão
eficiente em linha de vista necessita antenas com dimensões físicas de pelo menos 1/10 do
comprimento de onda do sinal transmitido. No caso de sinais áudio, que têm componentes
significativas até 100 Hz, para que essas componentes de frequência fossem transmitidos
eficientemente seriam necessárias antenas com aproximadamente 300 km 1. No entanto este
sinal pode ser transmitido eficientemente por uma antena de aproximadamente de 1 m, se for
utilizada a modulação de frequência de uma portadora de 100 MHz.
-Maior largura de banda disponível. Os sistemas de comunicação são limitados por dois
factores, custo e hardaware. O desempenho do hardware depende da frequência a que opera,
através da modulação pode-se escolher uma gama de frequência de operação favorável. Outra
consideração é a largura de banda fraccional, que é definida como sendo a razão entre largura de
banda absoluta e a frequência central. Os custos de implementação e os problemas de
implementação podem ser minimizados se a largura de banda fracional for 1-10%. Como a
largura de banda disponível (largura de banda fracional) é uma certa percentagem da frequência
c 3 × 10 8
λ≈ = = 300 × 10 4 m
1 f 100
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
da portadora, quanto maior for a frequência da portadora maior será em valor absoluto o largura
de banda disponível.
-menor ruído e menor interferência. O processo de modulação pode aumentar a relação
sinal/ruído do sinal transmitido.
-utilização mais eficiente de um dado canal de transmissão por multiplex na frequência.
x p (t ) = A p cos(2πf p t ) (2.1)
∞ ( 2.2)
S x = x 2 (t ) = lim x(t ) dt ≤ 1
1
∫
2
T →∞ T
−∞
x
AM
(t ) = A p [1 + µx(t )]cos ω p t ( 2.3)
δ (f + f p )+ δ (f − f p )+ µX ( f + f p ) + µX ( f − f p )
Ap Ap Ap Ap (2.4)
X AM ( f ) =
2 2 2 2
4
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Tempo Frequência
x(t)
X())
-W W
f
0
1/ 1/
2 2
-fp fp
0 f
Amax
Portadora
A A
Band lateral
Ap/2 inferior Ap/2
Amin
A A Band lateral
superior
Fig. 2.1 Análise gráfica quer no domínio da frequência como no domínio do tempo.
5
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
µ =1 µ = 1.5
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
(2.5)
(t ) (A 1 + µ x ( t ) cos ω p t )
2
=ST 2
=
x AM p
1 1
= Ap2 (1 + 2 µ x ( t ) + µ 2 x 2 ( t ) ) + cos 2ω p t
2 2
Ap (1 + µ 2 S x )
1 2
=
2
S=
T Pp + 2 PBL (2.6)
onde
1 2 1 2 2 1 2 (2.7)
=Pp =
Ap PBL = Ap µ S x µ S x Pp
2 4 2
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
x AM (=
t) (A p + x ( t ) ) cos ( 2π f p t ) (2.8)
(t )
x AM= Ap (1 + µ cos ( 2π f mt ) ) cos ( 2π f p
Am
Com o índice de modulação µ = . Aplicando regras da trigonometria à equação (4.8) ,
Ap
temos que:
x AM ( t ) =Ap cos ( 2π f p t ) + (
µ cos 2π ( f p − f m ) t + ) (
µ cos 2π ( f p + f m ) t ) (2.9)
Ap Ap
2 2
A figura abaixo representa a geração deste sinal AM quer no domínio do tempo como no
domínio do tempo.
Tempo Frequência
1
0.8
0.6 Mensagem
0.4
0.2
Amplitude
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1 -fm fm f
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Tempo
Mensagem
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0.8 Portadora
0.6
0.4
0.2
Amplitude
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
-fp fp f
Tempo
Portadora
1.5
sinal AM
0.5
Amplitude
-0.5
sinal AM
2.3 Modulação de amplitude de banda lateral dupla (DSB- Double Side Band)
Um sinal modulado em amplitude de banda lateral dupla é uma portadora sinusoidal cuja
amplitude é proporcional ao sinal mensagem, x(t).
(2.11)
X ( f − fp ) + X(f + f
Ap Ap
X DSB (=
f)
2 2
Onde X(f) é a transformada de Fourier de x(t). Apesar dos sinais DSB e AM serem bastante
semelhantes no domínio da frequência (com excepção da ausência da portadora no caso do sinal
DSB) o mesmo não acontece no domínio temporal, como se vê na Fig. 2.5.
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
A inversão de fase que se verifica sempre que x(t) cruza o zero, faz com que o sinal
mensagem não se possa recuperar através de um simples detector de envolvente.
A largura de banda necessária para transmitir este sinal é BT= 2W, onde W é a largura de
banda do sinal x(t).
A vantagem principal deste tipo de modulação é que a potência média transmitida é toda
transmitida nas bandas laterais.
A potência do sinal DSB é dada por:
1 2 (2.12)
P=
DSB 2=
PBL Ap S x
2
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Tempo Frequência
x(t) X(f)
-W 0 W
f
1/ 1/
2 2
-fp fp
0
f
0.8
Portado
0.6 Band lateral ra
0.4 inferior
0.2
Band lateral
0
superior
-0.2
-0.4
-0.6
-fp-W -fp -fp+W fp-W f fp+W f
-0.8
Inversão de 0
-1 fase
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
t
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y passa z
baixo
x e (t ) = x(t ) cos(2πf p
Ap cos ( 2π f p t )
( )
O sinal que chega ao receptor xe ( t ) = x ( t ) Ap cos 2π f p t este sinal é multiplicado por
uma réplica da portadora originando o sinal y(t). Á saída do multiplicador temos que:
z (t ) { A x ( t ) cos ( 2π f t )} A cos ( 2π f t + φ )
p p p p
(2.13)
Ap2
=
2
{x ( t ) cos ( 4π f t + φ ) + cos (φ )}
p
x (t )
= Ap2 cos (φ )
2
Como se viu na secção anterior é possível realizar a desmodulação coerente do sinal DSB,
mas no entanto, é necessário que no receptor se seja capaz de replicar a portadora não só em
frequência como em fase, o que não é uma tarefa fácil já que o sinal DSB é um sinal de
portadora suprimida. Iremos estudar o que acontece se a portadora local tiver a mesma
frequência que a portadora do emissor mas com uma fase diferente. Neste caso temos que:
z (t ) { A x ( t ) cos ( 2π f t )} A cos ( 2π f t + φ )
p p p p
( 2.14)
Ap2
=
2
{x ( t ) cos ( 4π f t + φ ) + cos (φ )}
p
x (t )
= Ap2 cos (φ )
2
π
O sinal à saída do receptor aparece multiplicado pelo factor cos φ , se por acaso φ = ,o
2
sinal à saída do receptor seria 0 o que seria um desastre!
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Fig. 2.7 Geração de sinal SSB através da filtragem de uma banda lateral do sinal DSB.
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Este método de produção de sinais SSB apresenta dificuldades de implementação, a que salta à
primeira vista é que exige um conteúdo de baixas frequências desprezável no espectro do sinal
x(t). Esta propriedade verifica-se contudo em muitos sinais com interesse prático, como por
exemplo a voz humana. A figura mostra como é possível aproveitar a zona de conteúdo de
frequências desprezável do sinal DSB para a zona de transição do filtro de banda lateral Bt.
Uma regra prática para o desenho do filtro impõe Bt>1% da frequência de corte nominal
(fp). Daqui se conclui que fp <100 Bt; como Bt é imposta pelo sinal de banda base, fp terá um
valor limitado. Por isso em emissores práticos o sinal SSB é produzido com portadoras de baixa
frequência, efectuando-se de seguida uma conversão para a frequência pretendida.
− j f 〉0 ( 2.15)
H Q ( f ) = − j sgn ( f ) =
+ j f 〈0
HQ(f)
+j
0 f
-j
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
+∞
1 x (λ )
∞ ( 2.16)
y ( t ) =xˆ ( t ) =x ( t ) ∗ hQ ( t ) =∫ x (τ )hQ ( t − τ ) dτ = ∫ dλ
−∞
π −∞ t − λ
e no domínio da frequência:
− jX ( f ) ; f > 0 ( 2.17)
( f ) X=
Y= ˆ ( f ) = 0; f 0
jX ( f ) ; f < 0
( t ) x ( t ) + jxˆ ( t )
z= ( 2.18)
X ( f ) + X ( f ) f > 0 2 X ( f ) f ≥0 ( 2.19)
Z ( f ) =X ( f ) + jXˆ ( f ) = =
X ( f ) − X ( f ) f <0 0 f <0
z (t ) e ↔ Z ( f − fp )
j 2π f p t ( 2.20)
De modo idêntico pode-se mostrar que o conjugado de z(t) tem as seguintes características:
X ( f ) − j (− jX ( f )) f ≥0 0 f ≥0
* *
Z * ( f ) =X * ( f ) − jXˆ * ( f ) = * = *
X ( f ) − j ( jX ( f ))
*
f < 0 2 X ( f ) f <0
( 2.21)
E ainda que
z* ( t ) e ↔ Z ( f + fp )
− j 2π f p t ( 2.22)
Com base nestes resultados conclui-se finalmente que o sinal SSB (banda lateral superior)
tem a seguinte expressão matemática:
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
1 ( 2.23)
xUSSB ( t )
z ( t ) e p + z* ( t ) e
j 2π f t − j 2π f p t
=
4
1
= Re z ( t ) e p
j 2π f t
2
Re ( x ( t ) + jxˆ ( t ) ) e p
1 j 2π f t
=
2
x (t ) xˆ ( t )
= cos 2π f p t − sin 2π f p t
2 2
Com esta equação pode-se definir outro tipo de modulador SSB que não necessita de filtro
de banda lateral, sendo portanto útil para sinais com conteúdo elevado de baixas frequências.
Este modulador representa-se na figura seguinte:
Ap cos ( 2π f p t )
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
( )
O sinal que chega ao receptor é xe ( t ) = x ( t ) Ap cos 2π f p t , este sinal é multiplicado por uma
réplica da portadora originando o sinal y(t)
x (t ) x (t )
= Ap
2
(1 + cos 4π f p t ) − Ap
2
( 0 + sin 4π f pt )
{ }
x ( t ) cos ( 2π f p t ) − xˆ ( t ) sin ( 2π f p t ) Ap cos ( 2π f p t + φ )
y (t ) = (2.26)
{ } { }
Ap x ( t ) cos ( 2π f p t ) cos ( 2π f p t ) − Ap xˆ ( t ) sin ( 2π f p t ) cos ( 2π f p
x (t ) xˆ ( t )
= Ap
2
( cos (φ ) + cos 4π f p t ) + Ap
2
( sin (φ ) + sin 4π f pt )
x (t ) xˆ ( t ) ( 2.27)
=z ( t ) Ap cos (φ ) + Ap sin (φ )
2 2
Daqui se conclui que conforme φ aumenta o termo x ( t ) cos φ é atenuado e pior que isto, o
π
termo xˆ ( t ) sin φ começa a ser predominante. Para φ = apenas se detecta o termo de
2
distorção x̂ ( t ) .
No caso de sinais áudio, como o ouvido humano tem pouca sensibilidade a rotações de fase
não consegue distinguir x ( t ) de x̂ ( t ) , e portanto o sincronismo de fase não é importante. No
entanto, para outro tipo de sinais, ex: sinais digitais a falha de sincronismo é importante como se
vê pela figura.
17
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
x̂ ( t )
x(t
Nesta técnica de transmissão, grande parte de uma das bandas laterais é transmitida em
conjunto com um vestígio de outra banda lateral. O sinal VSB é muito utilizado na televisão, e
certos sistemas de transmissão de dados. A largura de banda típica para transmitir um sinal VSB
é cerca de 1.25 vezes a de um sinal SSB.
O sinal é produzido por filtragem de um sinal DSB. O filtro utilizado para produzir o sinal
VSB deverá ter uma simetria ímpar em torno de fp e reposta a 50% em fp. O sinal pode ser
detectado por meio de uma detecção síncrona.
18
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
4. Considere o sinal AM
xc(t)=Ac[1+µx(t)]cos(2πfct)
5. Uma portadora representada por 10.cos(2π x 106 t)V é modulada em amplitude por um
sinal modulador representado por 3.cos(2π x 103 t)V. Calcule:
o índice de modulação
as frequências das bandas laterais
a amplitude das bandas laterais
a percentagem da potência transmitida nas bandas laterais.
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
10. Um sinal AM é descritos pela equação s(t)= [1+ µ f(t)] cos(ω0t) e (|m f(t)| <=1). A LB
de f(t) é B << f0. Considere o receptor:
b) Mostre qual dos três detectores reproduz f(t) à saída. Desenhe as características do filtro
correspondente. Se a resposta para o detector 2 for afirmativa qual o valor de f2 e α.
11. Um emissor de AM tem uma potência de saída de 24 KW quando modulado com µ=1.
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
(.)2 LPF :2
(frequência) saída
DSB
b) Ainda em relação ao circuito da figura anterior mostre que a fase do sinal nem sempre é
igual à fase da portadora de entrada. Quais os problemas que daí advêm para os sistemas
analógicos ? Como poderia evitar estes problemas ?
s(t)=[A+x(t)+y(t)]cos(2πfct) + [A+x(t)-y(t)]cos(2πfct)
a) Desenhe o esquema de um receptor cujas saídas sejam x(t) e y(t). Considere que a fase e
a frequência da portadora são conhecidas no receptor.
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
-20 -10 -9 9 10 20
f (kHz)
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i (t )
ω= i (t )
2π f= 2π f p + 2π K f x ( t ) ( 3.6)
E o sinal FM:
t ( 3.8)
=x p ( t ) Ap cos 2π f p t + 2π K f ∫ x ( t )
t0
A figura abaixo compara sinais PM e FM, quando o sinal mensagem é uma sinusoide.
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Mensagem
Sinal PM
Sinal FM
x(t ) = Am cos(2πf m t )
( 3.9)
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
= f p + ∆f cos ( 2π f mt )
onde
∆f =K f Am ( 3.11)
∆f ( 3.12)
θ i (t ) = 2πf p t + sin (2πf m t )
fm
∆f
A razão = β , é o índice de modulação. β é medido em radianos.
fm
[
x FM (t ) = Ap cos 2πf p t + β sin (2πf m t ) ] ( 3.13)
A modulação de frequência por se tratar de um processo não linear, não é de fácil análise no
domínio da frequência, por se tratar a sua análise quantitativa só é possível em particulares,
como quando o sinal mensagem é uma sinusoide, nesse caso podemos escrever:
( 5.14)
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
cn = J n ( β ) ( 3.16)
As funções de Bessel foram estudadas por Bessel (1784-1846) no âmbito dos seus estudos
sobre o movimento dos planetas, são funções que se encontram calculadas para diferentes
valores de n (ordem da função) e β (argumento da função).
π
1
Jn ( β ) =
j ( β sin λ − nλ )
2π −
∫π e dλ
∑ J (β ) cos[2π ( f ]
∞
+ nf m )
( 5.18)
x FM (t ) = Ap n p
n = −∞
26
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Se β<<1
J0 ( β ) ≅ 1
β
J1 ( β ) ≅
2
Jn ( β ) ≅ 0 n ≥ 2
0.5
0.45
β = 0.5
0.4
0.35
0.3
0.25
fm
0.2
0.15
0.1
0.05
0
fp
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Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
0.35
0.3
β = 2.0
0.25
0.2
0.15 fm
0.1
0.05
0
fp
0.16
0.14
β = 10.0
0.12
0.1
0.08
0.06
0.04
0.02
0
fp
Fig. 3.4 Espectro do sinal FM com fm constante e β variável, as riscas não representadas
tem reduzida amplitude. Só está representado na figura o eixo positivo das frequências.
∆f
Como β = , tendo em conta que fm é constante para todos os casos representados na
fm
figura, elevado corresponde a um desvio máximo de frequência ,f, elevado e a uma
largura de banda elevada.
1 ( 3.18)
BT = 2∆f + 2 f m = 2∆f 1 + = 2 f m (1 + β )
β
Significa que o número de riscas a considerar é de β+1 para cada lado da portadora.
28
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Considera-se um número de ricas N tal que a potência contida nestas riscas seja 98% do
total da potência do sinal.
N
Basta calcular N para que ∑ J ( β ) ≥ 0.98
n= − N
2
n
∑ J (β ) =1
n = −∞
2
n
dado que
É baseado na amplitude das riscas. Segundo este critério o número de riscas a transmitir é
calculado de forma que todas as riscas excluídas tenham amplitude inferior a 1% da amplitude
da risca da portadora quando não modulada. Este critério é mais pessimista que a regra de
Carson
No caso geral, com um sinal modulador arbitrário não existe solução teórica para o caso
geral. Costuma usar-se uma aproximação que consiste em usar para o cálculo da largura de
banda um sinal sinusoidal com frequência igual à frequência máxima do sinal modulador W.
Assim calcula-se o parâmetro = f/W, em que é f o desvio de frequência máximo
pretendido.
W = 15kHz
BT = 2(75+15) = 180kHz (Carson)
BT = 3,2x 75kHz = 240 kHz (Haykin)
Na prática utiliza-se, com bons resultados, a banda para cada estação de 200 kHz.
[ ]
x FM (t ) = Ap cos 2πf p t + β sin (2πf m t )
29
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
x FM (t ) = Ap cos(2πf p t )cos[β sin (2πf m t )] − Ap sin (2πf p t )sin[β sin (2πf m ( 3.22)
( ) ( )
x NFM (t ) = Ap cos 2πf pt − βAp sin 2πf pt sin (2πf mt ) ( 3.24)
NFM ( t )
x=
1
2 ( ) (
Ap cos ( 2π f p t ) − β Ap cos 2π ( f p − f m ) t − cos 2π ( f p + f m ) t
30
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
X NFM ( f ) =
Ap
2
[δ ( f − f ) + δ ( f + f )] +
p p
1
4
[
βAp − δ ( f − f p + f m ) − δ ( f + f p − f m ) + δ ( f − f p − f m ) + δ ( f + f p + f m ) ]
Largura de banda necessária para transmitir o sinal FM de banda estreita BT=2fm
(
xo (t ) = aA2p cos 2 ω pt + β sin ω mt = ) 1 2
2
[ (
aAp 1 + cos 2ω pt + 2 β sin ω mt )
O primeiro termo é uma componente DC que pode ser fácilmente eliminada por um filtro, a
segunda componente é um sinal FM com frequência de portadora o dobro da do sinal FM de
entrada e índice de modulação também o dobro do índice de modulação do sinal de entrada. De
modo análogo podemos concluir que depois de um sinal FM de banda estreita passar por n
dispositivos de lei quadratica, obtemos um sinal FM com freuquência de portora nfp e índice de
modulação nβ. Os multiplicadores de frequência ao mesmo tempo que aumentam o índice de
modulação também aumentam a frequência da portadora, como consequência pode acontecer
que para que se consiga um determinado (elevado) índice de modulação se obtenha uma
frequência de portadora extremamente elevada e fora da gama de frequências pretentida, para
evitar este problema utiliza-se conversores de frequência, que têm por função transladar a
frequência mas mantendo intacto o índice de modulação. Este método de geração de sinais FM é
o chamado método indirecto que se encontra representado na Fig. 3.6.
x
31
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
fmin f
fmi fmax fmax
Como se pode ver na figura variações de frequência à entrada do circuito são transformadas
em variações de amplitude à saída do circuito. O circuito que realiza desmodulação de
frequência (também conhecido por descriminador), muitas vezes também é sensível a variações
de amplitude do sinal de entrada. Como o sinal à entrada do desmodulador varia não só em
frequência como também em amplitude (considere por exemplo as oscilações de amplitude
introduzidas pelo ruído aditivo) e como o discriminador é normalmente também sensível a
variações de amplitude normalmente é utilizado um andar limitador antes do descriminador de
modo a reduzir as variações de amplitude.
Nível de saída
Nível de entrada
A característica ideal de circuito desmodulador é uma linha recta, na prática circuitos com
uma função característica como se mostra na Fig. 3.7 são suficientes. O intervalo utilizável é o
que apresenta características lineares.
32
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f f
f
1
Encontre:
33
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( )
xFM (t ) = 10 cos 2 × 107 πt + 3 sin (1000πt )
Represente o sinal no dominio temporal e na frequência.
Qual a largura de banda necessária para transmitir este sinal.
Considere que o sinal é transmitido atravéz de um canal cuja função de transferência se
encontra representada abaixo. Qual a percentagem de potência que é transmitida ?
4) Queremos transmitir 20 canais de voz usando um canal de transmissão com uma grande
largura de banda. Sabendo que um canal de voz está concentrado predominantemente nas
frequências
300 Hz < |f| < 3.4 k Hz. Considere uma banda de guarda entre canais de 200 Hz. Qual a
largura de banda se a modulação usada for SSB? Justifique.
34
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(
s (t ) = Am cos 2πf c t − πkt 2 )
h(t ) = Am cos(2πf t + πkt )
c
2
ké uma constante.
Mostre que a envolvente do sinal à saída do filtro é proporcional à amplitude do
espectro do sinal g(t) com kt a variar de acordo com a frequência.
s(t)
Formulário
1
0
1
0.5 2
3
4 5
6 7 8 9 10
Jn(x)
-0.5
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
x
35
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
4.1 Introdução
A teoria cinética das partículas diz que a energia média de uma partícula à temperatura
absoluta de T é proporcional a kT em que k é a constante de Boltzman. Quando uma resistência
de valor R está a uma temperatura T, o movimento aleatório dos electrões produz uma tensão
aleatória de ruído n(t) aos seus terminais. O ruído térmico é portanto causado pela sobreposição
de um grande número de acontecimentos aleatórios pelo que só é possível a sua caracterização
em termos estatísticos.
De acordo com o teorema do limite central n(t) possui uma fdp (função densidade
probabilidade) gaussiana pN(n) ;
− ( n − mn )2 ( 4.1)
1
e σn
2
p N (n ) =
2πσ n 2
mn = n = 0
2(πkτ ) 2
σ n2 =n =
2
R Volt 2
3h
Onde a temperatura τ é medida em º Kelvin e
k = 1.38 x10 −23 Joules/Kelvin = constante de Boltzma
h = 6.60 x10 −34 Joules.segundo = constante de Planck
36
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
2kT h
Na prática usa - se a aproximação
N ( f ) R ≈ 2 RkT Volt 2 /Hz
2
Para além do ruído térmico, muitos outros tipos de ruído tratados em telecomunicações
também obedecem também são gaussianos (têm uma f.d.p (função densidade probabilidade
gaussiana) e têm uma densidade espectral de potência constante numa grande largura de banda
(branco por analogia com a luz).
Fig. 4.1 (a) Função densidade probabilidade gaussiana. (b) Densidade espectral de
potência.
o termo ½ evidencia que se trata de uma densidade espectral de potência de banda lateral
dupla. A partir da transformada de Fourier de Gn ( f ) , obtêm-se a função de auto correlação do
ruído;
+∞ η jωτ η ( 4.4)
Rn (τ ) = ∫ e df = δ (τ )
−∞ 2 2
Assim, Rn (τ ≠ 0) = 0 , por isso quaisquer duas amostras de um ruído branco gaussiano são
não-correlacionadas e por isso estatisticamente independentes.
37
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
No nosso estudo, para além de considerar que o ruído introduzido no sistema é branco e
Gaussiano (AWGN-Additive White Gaussian Noise), n(t), de média nula e variância σ 2 com
função densidade probabilidade:
n2 ( 4.5)
−
p N (n ) =
1 2σ 2
e
2πσ 2
4.4 Revisão
Um processo aleatório S(t)=S(t,a) não é mais que uma família de sinais s(t1), s(t2),
s(t3),....s(ti) ., designados por funções amostra, cujas funções densidade de probabilidade (fdp)
descrevem o processo aleatório nos respectivos instantes de tempo
∞ ( 4.6)
p ( s1 (t1 ) ≤ A) = ∫ p ( s1 )ds1
−∞
38
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-
2
T
2
si 2 (t )] = E [ s 2 (t )] = lim ∫s (t )dt = S
2
i
T →∞ T
-
2
média estatística
E[ ] média temporal.
39
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
O canal de transmissão, é um canal ideal que não introduz distorção, no entanto adiciona
ruído branco com densidade espectral de potência G n ( f ) = η / 2 . O sinal recebido é uma
versão atenuada de x(t). À entrada do receptor tem-se um filtro passa-banda que iremos ideal
(rectangular) para simplificar os cálculos com uma largura de banda W. O sinal à saída do
receptor:
z (t ) = x(t ) + n f (t ) ( 4.7)
Neste caso considerou-se que o sinal não é atenuado e n f (t ) é o ruído branco depois de
passar pelo filtro passa baixo de largura de banda W
A potência do sinal no receptor S r = S x
A potência do ruído à saída do receptor é
W
η ( 4.8)
Nr = ∫ H r ( f ) df = ηW
2
−W
2
A relação sinal ruído (RSR) no receptor é
Sr ( 4.9)
RSR = =γ
ηW
O parâmetro γ - Gamma representa a relação sinal ruído de um sistema de transmissão
analógico em banda de base. Iremos usá-lo como termo de comparação dos desempenhos dos
restantes sistemas de transmissão. De notar que ηW é a potência de ruído considerando um
filtro passa baixo com largura de banda W.
40
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
|X(f)|
-W 0 W f
|Xe(f)|
0 fp-W fp f
fp+W
|H(f)|
1
41
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42
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
O ruído passa banda npb(t) é uma função amostra de um processo gaussiano estacionário e
ergódico
n pb = 0 n pb = σ n2 pb = N r
2
n pb (t ) = rn (t )cos(ω pt + φn (t )) ( 4.11)
[
= rn (t ) cos ω pt cosφ n (t ) − sin ω pt sinφ n (t ) ]
= nI (t )cos ω pt − nQ (t )sin ω pt
onde
nI (t ) = rn (t )cos φn (t ) ( 4.12)
nQ (t ) = rn (t )sin φn (t )
As funções n i (t ) e n q (t ) , são as funções banda base que ocupam a largura de banda
f ≤ W , de modo que quando estas funções são moduladas usando DSB, nas portadoras seno
e coseno, o ruído passa banda resultante ocupa a largura de banda f p − W ≤ f ≤ f p + W
A potência do ruído
n(t )
2
= (n (t )cos ω t ) + (n (t )sin ω t )
Q p
2
I p
2
− 2nQ (t )nI (t )sin ω pt cos ω pt ( 4.13)
nQ (t ) + nI2 (t )
1 2 1
=
2 2
e portanto:
η ( 4.15)
n 2 = nI2 = nQ2 = 2 × × 2W = 2ηW
2
43
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Assim, temos que a densidade espectral de potência das componentes na banda base nI (t ) e
nQ (t )
Gn I ( f ) = GnQ ( f ) = η ( 4.16)
[
rn (t ) = nI2 (t ) + nQ2 (t )] 1/ 2 ( 4.17)
nQ (t )
φn (t ) = tan −1
nI (t )
Fig. 4.5 Ilustração do ruído passa banda. (a) Em termos coordenadas componentes
em fase versus componente em quadratura. (b) Em termos da envolvente e fase.
44
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Usando a transformação
nI = rn cos(φn ) ( 4.20)
nQ = rn sin (φn )
Agora que já sabemos caracterizar o ruído passa banda, estamos em condições de terminar a
análise do desempenho de um sistema DSB coerente.
45
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
( )
O sinal que chega ao receptor é xDSB (t ) = x(t )cos 2πf pt , cuja potência é S r =
Sx
, a
2
relação sinal ruído à saída do filtro IF é
S S γ ( 4.26)
RSR R = = r =
N R 2ηW 2
=
x(t ) + n (t )
I
(1 + cos 4πf t ) − n (t ) sin 4πf t
p
Q
p
2 2
( 4.27)
( 4.28)
z (t ) = x(t ) + nI (t )
1 1
2 2
46
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
( 4.29)
x (t )
1 2
S S
RSR = 4 = x = r =γ
nI (t ) 2ηW ηW
1 2
4
Sx
Antes do multiplicador a potência do sinal SSB é S r =
4
Sr ( 4.31)
RSR = =γ
ηW
Depois do multiplicador
( 4.32)
η ( 4.34)
n 2 = nI2 = nQ2 = 2 × × W = ηW
2
47
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Assim, temos que a densidade espectral de potência das componentes na banda base nI (t ) e
nQ (t )
η ( 4.35)
Gn I ( f ) = GnQ ( f ) =
2
( 4.36)
z (t ) = x(t ) + nI (t )
1 1
4 2
( 4.37)
x (t )
1 2
S S
RSR = 16 = x = r =γ
nI (t ) 4ηW ηW
1 2
4
A potência do sinal AM S r =
1
(1 + S x )
2
y (t ) = {(1 + µx(t )) cos(2πf t ) + n(t )}cos(2πf t )
p p
=
(1 + µx(t )) + n (t ) (1 + cos 4πf t ) − n (t ) sin 4πf t
I Q
p p
2 2
( 4.38)
Tendo em conta que para além do filtro passa baixo também a componente contínua é
eliminada
( 4.39)
µ x(t )2 µ 2 S
1 2
S
RSR = 4 = x
= r =γ
nI (t )
1 2 2ηW ηW
4
48
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
É útil representar as componentes que compõem o sinal por meio de fasores, e considerar
dois casos extremos de funcionamento.
49
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Fig. 4.8 Representação fasorial da envolvente do sinal AM mais ruído passa banda.
(a) sinal muito maior do que ruído. (b) ruído muito maior do que sinal.
1º caso
Potência média da portadora muito maior do que a potência média de ruído, situação
representada na Figura 3.8 (a). Nesse caso o termo correspondente ao sinal Ap (1 + µx(t )) é
muito maior do que os termos de ruído nI (t ) e nQ (t ) . Nesta situação a envolvente pode ser
aproximada por:
y (t ) = Ap (1 + µx(t ) + nI (t )) ( 4.44)
N D 2Wη
2º caso
Situação representada na Fig. 4.8 (b), onde o ruído é dominante.
y (t ) = rn (t ) + Ap (1 + µx(t ))cos(φn (t )) ( 4.46)
O termo dominante é o ruído e não existe nenhum termo que só dependa do sinal, o sinal
recebido é sim multiplicado por um factor multiplicativo que depende da fase do ruído. A
mensagem é destruída não sendo possível a sua recuperação. Existe um valor de threshold para
a potência do sinal AM a partir do qual é possível recuperar o sinal transmitido.
50
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
t
( 4.47)
x FM (t ) = Ap cos 2πf pt + 2πK f ∫ x(τ )dτ
0
Fazendo
t ( 4.48)
φ (t ) = 2πK f ∫ x(τ )dτ
0
Temos
[
x FM (t ) = Ap cos 2πf pt + φ (t )] ( 4.49)
O sinal FM recebido ao qual foi adicionado ruído aditivo WGN, depois de passar pelo filtro
passa banda com largura de banda BT. BT é considerada a largura de banda necessária para
transmitir o sinal FM, pelo que na saída do filtro teremos:
[ ]
x r (t ) = Ap cos 2πf pt + φ (t ) + rn (t )cos(2πf pt + φn (t )) ( 4.50)
resultante xr (t )
rn (t )
θ (t ) − φ (t )
Ap φn (t ) − φ (t )
51
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
rn (t )sin[φn (t ) − φ (t )] ( 4.51)
θ (t ) − φ (t ) = tan −1
Ap + rn (t )cos[φn (t ) − φ (t )]
a envolvente de x r (t ) não tem nenhum interesse para a análise já que quaisquer variações
na amplitude do sinal são removidas pelo bloco limitador.
O objectivo é determinar a frequência instantânea do sinal de modo a identificar o sinal
recebido e o efeito do ruído adicionado. O bloco descriminador tem essa função, a saída do
descriminador é dada por
1 dθ (t ) ( 4.52)
v(t ) =
2π dt
considerou-se rn << Ap
r (t )sin[φn (t ) − φ (t )] rn (t )sin[φn (t ) − φ (t ( 4.54) )
tan −1 n →
Ap Ap
o arco da tangente de um ângulo muito pequeno pode ser aproximado pelo valor do ângulo,
assim temos que:
rn (t )sin[φn (t ) − φ (t )] ( 4.55) )
θ (t ) = φ (t ) +
Ap
52
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
o que significa que o ruído aditivo que aparece à saída do descriminador é inversamente
proporcional a Ap, amplitude da portadora e da derivada da componente em quadratura do ruído
passa banda.
S
Para relação sinal ruído na saída do receptor FM , necessitamos de calcular a
N D
S
potência do sinal detectado .
N D
A potência média do sinal detectado
Sv d = vd (t ) = K 2f S x ( 4.58)
2
Para o cálculo desta potência de ruído convém analisar em pormenor as operações que
ocorrem no receptor. À saída do filtro passa banda de largura de banda BT temos ruído passa
banda, cuja componente em quadratura nQ(t), ocupa na banda base uma largura de banda BT e
tem uma densidade espectral de potência GnQ ( f ) = η , Fig. 4.11(a)
Fig. 4.11. (a) Densidade espectral de potência da componente de ruído banda base em
quadratura nQ(t). (b) Densidade espectral de potência do ruído à saída do descriminador
de frequência. (c) Densidade espectral de potência do ruído à saída do filtro passa baixo do
receptor.
53
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Ap2 Q
2
3 Ap
Kf
Tendo sido usa a relação β =
W
A figura de mérito do receptor FM
S ( 4.63)
N d
= = 3β 2 S x
Figura de Mérito S
N r
54
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
η m f
f ≤ fm
Gm ( f ) = 2 f m
;
0;
outros valores de f
Este sinal é transmitido por um emissor SSB (Banda Lateral Única).
Projecte um emissor capaz de modular este sinal em SSB com uma frequência de portadora
de 1 MHz. Represente o sinal (no domínio da frequência) nos vários pontos do emissor
Calcule a potência do sinal do sinal á entrada e á saída do modulador SSB.
Projecte um receptor capaz de desmodular o sinal em SSB.
55
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
3) Considere um sinal DSB-Sc que é transmitido através de um cnal ruídoso, cuja densidade
espectral de potência está representada na figura abaixo. A largura de banda do sinal mensagem
é 4 khz e a frquência da portadora é 200 khz. Considere que a pot~encia média do sinal
modulado é 10 watts, determine a relação sinal ruído à saída do receptor.
G(f)
10-6
56
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5.1 Introdução
Esta matéria é leccionada com recurso às seguintes apresentações em power point.
57
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58
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59
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5.10 FM stereo
63
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25 kHz
|H 25 kHz
1
(f)|
2) Queremos transmitir 20 canais de voz usando um canal de transmissão com uma grande
largura de banda. Sabendo que um canal de voz está concentrado predominantemente nas
frequências
300 Hz < |f| < 3.4 k Hz. Considere uma banda de guarda entre canais de 200 Hz. Qual a
largura de banda se a modulação usada for SSB? Justifique.
64
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
65
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Tempo Frequência
x(t
|X
-W W f
0
t
( 6.1)
xδ (t ) = x (t ) ∑δ (t − kT ) = ∑ x(kT )δ (t − kT )
k
s
k
s s
xδ (t ) = ∑ x(kTs )δ (t − kTs )
k
T
Ts Tempo
66
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Xδ ( f ) = X ( f ) ⊗ fs ∑δ ( f − nf ) = f ∑ X ( f − nf )
n
s s
n
s
( 6.2)
1
fs =
Com Ts
f − j 2πft d ( 6.3)
H ( f ) = KΠ e
2B
Y ( f ) = H ( f )X δ ( f ) = Kf s X ( f )e − j 2πft d ( 6.4)
O que corresponde ao sinal original a menos de uma constante Kfs e atrasado de td. A saída
do filtro no domínio do tempo é então
y (t ) = ℑ−1{Y ( f )} = Kf s x (t − td ) ( 6.5)
A operação de reconstrução do sinal original a partir das suas amostras também pode ser
analisada no domínio temporal, considerando a resposta impulsional do filtro.
67
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
h (t ) = 2 BKsinc 2 B (t − td ) ( 6.6)
y (t ) = ∑ x(kT ) sinc ( f t − k )
k
s s
Um sinal de energia finita e com largura de banda limitada, W, pode ser completamente
reconstruído a partir das suas amostras retiradas a uma taxa igual ou superior a 2W.
Na amostragem prática realizada por circuitos electrónicos a amostra tem uma duração
finita. A amostragem pode ser realizada por um circuito de comutação que fecha de Ts em Ts
segundo e mantêm-se fechado durante τ segundos como se mostra na figura Fig. 6.4.
68
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
x s (t ) = x (t )s (t )
t − kTs
O sinal s (t ) = ∑ Π
k τ
, é um trem de pulso rectangulares, cada pulso com duração τ, e
com período Ts. Fica como exercício mostrar que é possível recuperar o sinal original a partir
das amostras obtidas por um circuito prático.
Por analogia com a modulação de amplitude, e tendo em conta a expressão, considerando
s(t) como sendo uma portadora, a mensagem é transmitida na amplitude dos pulsos. Este tipo
de modulação é chamado modulação de amplitude de pulso (PAM-Pulse Amplitude
Modulation). De notar que se trata de uma modulação analógica, a amplitude dos pulsos varia
analogicamente de acordo com a amplitude do sinal mensagem x(t). A vantagem de ser
transmitir o sinal amostrado é que o canal de transmissão só vai estar ocupado a transmitir o
sinal durante a duração da amostra, no resto do tempo pode ser utilizado para transmitir outros
sinais. Mas é preciso ter sempre presente que a largura de banda necessária para transmitir o
sinal amostrado é muito maior do que a necessária para transmitir o sinal analógico, sem
demonstrar a largura de banda necessária para transmitir um trem de pulsos de duração τ é
1
Bt ≥ >> W
2τ
τ k = τ 0 [1 + µx (kTs )]
e
1 + µx (t ) ≥ 0
.
onde τ0 representa largura do pulso no instante de amostragem x(kTs) e μ representa o índice
de modulação que controla a largura do pulso.
Enquanto a modulação por posição de pulso (PPM-Pulse Position modulation consiste em
fazer variar a posição do pulso de acordo com o sinal amostrado.
O início do k pulso de um sinal PPM ocorre em tk ,
tk = kTs + td + t0 x (kTs )
.
A posição do pulso não modulado x(kTs)=0 ocorre em kTs+td.
69
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
x(t)
+ PWM
-
PPM
Monoestável
Gerador
dente de serra
70
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
71
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
2- Considere dois sinais, s1(t) de largura de banda de 2 KHz e o outro s2(t) de largura de
banda 4 kHz. Determine a frequência de amostragem mínima considerando que estes sinais
serão transmitidos por um sistema usando multiplexagem no tempo.
Amostragem e
retenção
72
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
x(t) g(t) K
f(t) H(f)
-B B f f
−β 2πf
p(t)
p(t) p(t)
-5T/4 -3T/4 -T/4 T/4 3T/4 5T/4 -5T/4 -3T/4 -T/4 T/4 3T/4 5T/4
t t
(a) (b)
a) p(t) é um trem de pulsos rectangulares como se mostra na figura 1 parte a), com período
T = 1/2B. Determine os parâmetros K e β do filtro ideal de modo a que g(t)=f(t).
73
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
τ k = τ 0 [1 + µx( kTs )]
e
1 + µx ( t ) ≥ 0
em que τ 0 representa a largura do pulso PWM quando x( kTs ) = 0 e o index de modulaç ão µ
controla a largura do pulso PWM.
a) Considere um sinal de voz PWM, em que fs = 8 kHz e |μx(t)| < 0.8. Este sinal deve ser
transmitido por um canal com largura de banda BT = 500 KHz. Calcule o valor máximo e
mínimo que τ0 poderá assumir.
74
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Neste capítulo iremos a transmissão de sinais analógicos através da modulação por códigos
de pulsos. A modulação por código de pulsos de um sinal analógico tem por objectivo a sua
transmissão digital.
75
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
sinal quantificado
Código
Tensã
7
1
q
5
1
q
3
q
1 T
q s
−
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1
q T T T T T T T T 0T
3
− 0
q
5
− 0
q
7 0
−
q
Instantes de
amostragem
76
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Operações envolvidas:
O primeiro bloco do receptor PCM é um regenerador que tem por objectivo regenerar o
sinal PCM que chega ao receptor. O sinal PCM à entrada do receptor pode estar contaminado
por ruído e/ou distorcido. De seguida cada conjunto de v bits que compõem uma palavra são
convertidos de série em paralelo e a amplitude correspondente é descodificada. O circuito de
Sample&Hold gera o sinal xq(kTs) em forma de degraus como se mostra na figura, o sinal xq(kTs)
é uma versão aproximada do sinal x(t) amostrado, trata-se de uma versão aproximada porque as
amostras foram quantificadas. O papel do filtro passa baixo à saída do receptor é suavizar
xq(kTs), no entanto o sinal à saída do filtro passa baixo yD(t) difere de x(t) na medida em que o
sinal quantificado xq(kTs) difere do sinal amostrado x(Ts).
77
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
b
)
1 ∆ ( 7.2)
− ≤εK ≤
f (ε K )
para
= ∆ 2
0 outros valores
∞ ∆/2
ε k2 ∆2
A potência do ruído de quantificação σ q2 = ε K2 = ∫ f (ε k )ε k2 dε k = ∫ dε k =
−∞ −∆ / 2
∆ 12
Este resultado indica que a potência de ruído aumenta quando o espaçamento entre níveis
aumenta, o que intuitivamente já era esperado.
78
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Sx ( 7.3)
RSR =
σ q2
Considerando a normalização x (t ) ≤ 1 , temos então que S x ≤ 1 , e
(
RSR = 10 log 10 S x 3q 2 ) ( 7.4)
(S
= 10 log 10 x 3 × 2 2 v 2 )
≤ 4.8 + 6.0v dB
A expressão indica que a relação sinal ruído é proporcional ao nº de bits utilizado para
codificar cada amostra.
Muitos sinais analógicos (especialmente voz, música e video) apresentam uma gama
dinâmica apreciável e a distribuição de amplitudes está longe de ser uniforme, têm média nula e
a suas amplitudes tomam com maior probabilidade valores próximos do valor médio como
ilustrado na figura.
pX
pX
( )
Fig. 7.5 Função densidade probabilidade de um sinal mensagem x(t), com níveis de
quantificação não uniformes.
x
79
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
1 1 ( 7.5)
S x = ∫ x 2 p X ( x )dx = 2 ∫ x 2 p X ( x )dx
−1 0
Como pX(x) apresenta um pico dominante em valores próximos de x=0 então S x << 1 . A
forma de pX(x) também significa que x (t ) << 1 a maior parte do tempo. Assim, faz todo o
sentido ter intervalos de quantificação não uniformes, intervalos de quantificação mais largos
para amostras que ocorrem em intervalos de menor probabilidade e intervalos de menor
comprimento no caso contrário.
O ruído de quantificação calcula-se do seguinte modo.
Considera-se que o valor amostrado xa = x (kTs ) no intervalo ∆ i = bi − ai , cujo nível de
quantificação é xi. O erro de quantificação é então:
ε i = xi − x a ( 7.6)
A potência do erro de quantificação no intervalo ai < x < bi , é então:
( 7.7)
bi
ε i2 = ∫ (xi − x a )2 p X (x )dx
ai
xi + hi / 2 ∆3i ( 7.9)
ε ≈ p X (x i )∫
i
2
(xi − x ) dx = p X (xi )
2
xi − hi / 2 12
e
1 q/2 ( 7.10)
σ q2 ≈ ∑ p X ( x i )∆3i
6 i =1
80
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
81
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
log(1 + µ x ) ( 7.11)
y=
log(1 + x )
Com µ=255
ax ( 7.12)
y = para 0 ≤ x ≤ 1 / a
1 + log(a )
1 + log(a x )
y = sign(x ) para 1/a < x ≤
1 + log(a )
Com a=87.6
82
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
x Quantificador e
codificador
DPCM
Atraso Ts
Trem de impulses
de amostragem
83
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Sinal amostrado
A modulação Delta é um caso limite da modulação DPCM, a diferença entre o sinal amostrado
no instante anterior é codificado utilizando-se só um nível. Este tipo de modulador é
essencialmente utilizado para a voz humana e sinais de vídeo, e o sua grande vantagem é a sua
simplicidade de implementação. O modulador Delta representado na figura compara o sinal x(t)
com uma aproximação em degrau x̂ (t ) e a diferença x (t ) − xˆ (t ) é quantificada em dois níveis
± ∆ dependendo do sinal da diferença como se ilustra na
84
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
x̂(
Sinal
digital
Da análise da Figura 7.13 podemos constatar que quando o declive de x(t) aumenta e o
sinal x̂ (t ) não consegue acompanhar x(t) aumentando o ruído de quantificação, nesta situação
chamado de ruído de sobrecarga. Este tipo de ruído pode ser minimizado filtrando o sinal x(t)
para evitar variações rápidas no tempo, ou aumentando ∆ e/ou s frequência de amostragem do
sinal. A filtragem e/ou aumento de ∆ resulta num aumento da distorção do sinal, e o aumento da
frequência de amostragem implica um aumento da largura de banda necessária para transmitir
este sinal. Como x̂ (t ) varia de ±∆ cada Ts segundos, o declive do sinal x̂ (t ) é ±fs∆, pelo que para
que não ocorra ruído de sobrecarga é necessário verificar-se a condição:
dx(t ) ()
≤ fs∆
dt max
85
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Por outro lado quando o sinal x(t) não sofre grandes variações, o ruído, designado por ruído
de quantificação ou ruído granular, é semelhante ao ruído PCM, podendo ser reduzido
diminuindo o valor de ∆. Uma solução para diminuir quer o ruído granular como o ruído de
sobrecarga é detectar a condição de sobrecarga e aumentar ∆ quando se detecta a sobrecarga.
Moduladores que adaptam o valor de ∆ ao declive do sinal, são chamados sistemas de
modulação delta adaptativos.
O dimensionamento de ∆ é pois um factor fundamental no desempenho de moduladores
delta, se para valores de ∆ pequenos o ruído granular é reduzido trata-se uma situação que pode
provocar ruído de sobrecarga, no entanto aumentando o valor de ∆ diminui o ruído de
sobrecarga, mas à custa de um aumento do ruído de quantificação. Este comportamento
encontra-se ilustrado na figura seguinte.
Ruído de Ruído
R sobrecarga
SR granular
d i t d i t
∆ óptimo ∆
Fig. 7.13 Esquema ilustrativo Relação Sinal Ruído (RSR) em função de ∆ para
sistemas de modulação Delta.
Resolução
86
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
a) Como se ilustra no esquema abaixo, qualquer que seja o instante de amostragem quando
∆ > 2 A , ŝ (t ) é sempre uma onda rectangular que não contém informação acerca de
s(t).
-A
ds(t ) ∆
<
dt Ts , onde T é o intervalo de amostragem
s
d
( A sin (2πf 0 t )) < ∆
dt Ts
∆
A2πf 0 cos(2πf 0 t ) <
Ts
87
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
2∆f s
∆<
2πf 0
f s > πf 0 > 3 f s
88
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
8 Códigos de Linha
8.1 Introdução
Fig. 8.1 Códigos de linha: a) unipolar; b) unipolar com retorno a zero; c) polar; d)
polar com retorno a zero; e) bipolar (AMI-Alternate Mark Inversion); f) Manchester
89
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
O formato polar resolve este problema no caso em que os bits são equiprováveis, pois os pulsos
p(t) e –p(t) são transmitidos quando ocorrem os bits 1 e 0, respectivamente. No entanto, e tal
como acontece com o formato unipolar, o transporte da informação relativa ao ritmo de símbolo
não é garantida. De facto, se ocorrer uma sequência longa de 0's ou de 1's, o sinal mantém-se
constante durante esses períodos do tempo. Não existindo passagens por zero a um ritmo certo,
dificilmente o receptor poderá sincronizar-se com o emissor. Outra desvantagem do formato
polar tem a ver com a questão da inversão de polaridade que ocasionalmente possa ser
introduzida pelo canal de transmissão. Ao contrário do que acontece com o formato unipolar, o
formato polar não permite detectar a inversão de polaridade o que se traduz em erros
sistemáticos na saída do detector.
O formato bipolar tem capacidade de detecção da inversão de polaridade, resolvendo o
problema atrás referido. Neste formato, ao símbolo 0 corresponde a ausência de transmissão e
ao bit 1 correspondem os impulsos p(t) e –p(t)em regime de alternância. A falha deste regime
de alternância provocada pela inversão da polaridade pode assim ser detectada pelo receptor. No
entanto, o formato bipolar também não resolve o problema da sincronização de símbolo.
O formato do tipo Manchester é, de entre aqueles que aqui considerámos, aquele que
melhor resolve o problema da sincronização de símbolo. De facto, mesmo que ocorram
sequências longas de 0's ou 1's, está sempre garantida uma passagem por zero por cada intervalo
de sinalização com duração T. Naturalmente que, número de transições por unidade de tempo,
este formato é aquele que requer a banda de transmissão mais larga, o que se traduz numa
menor eficiência espectral.
Com o objectivo de caracterizar a eficiência espectral dos códigos de linha atrás referidos,
iremos determinar a sua densidade espectral, iniciaremos o nosso estudo com
O sinal digital genérico:
∞ (9. 1)
x(t ) = ∑a
k =−∞
k p(t − kT )
onde p(t) representa o formato do pulso elementar, 1/T, taxa de transmissão e {ak} é o
conjunto de símbolos digitais que são amostras de um processo aleatório estacionário e
ergódico.
A densidade espectral de potência de x(t) é dada por:
P( f ) ∞ (9. 2)
2
Sx ( f ) =
T
∑ R (n)e
n =−∞
a
− j 2πfnT
Ra (n ) = E [ak ak −n ] (9. 3)
P(f) representa a transformada de Fourier de p(t) e Ra(n) a função de autocorrelação de {ak},
90
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
E [ak ] = ak (9.4)
E [ak ak − i ] = Ra (i ) = Ra (− i )∀k ∈ Z
Demonstração
x(t ) t < T0 / 2
(9.5)
xT0 (t ) =
0 t > T0 / 2
Como cada função amostra truncada tem energia finita, tem transformada de Fourier dada
por
∞ T0 / 2 (9.6)
X T0 ( f ) = ∫ xT0 (t )e − jωt = ∫ xT0 (t )e − jωt
−∞ −T0 / 2
T0 / 2 ∞ ∞ (9.7)
2
∫ x 2 (t )dt = x T2 (t )dt =
∫ ∫ X (f ) df
0 T0
−T0 / 2 −∞ −∞
1 ∞ (9.8)
∫ X T0 ( f ) df
2
P = lim E
T0 → ∞ T
0 −∞
∞ 2
E X T0 ( f ) , pode ser interpretada como sendo uma densidade
∫
1
A quantidade lim
0
T0 → ∞ T
− ∞
espectral de potência.
∞ 2
(9.9)
G x ( f ) = lim E X T0 ( f )
∫
1
0
T0→∞ T
−∞
Considerando que o sinal truncado xT0 (t ) , é composto por 2K+1 pulsos, de modo que
T0 = (2 K + 1)T , deste modo no limite T0 → ∞ corresponde K → ∞ , então para K >> 1
91
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
k (9.10)
xT0 (t ) = ∑a
k =− K
k p(t − kT )
k
X T0 ( f ) = ∑ a P( f )e
k =− K
k
− jωkT
e
2
k k
X T0 ( f ) = P( f ) ∑
ak e − jωkT ak e + jωiT ∑
2
k =− K i =− K
(9.11)
E X T0 ( f ) = P( f ) ρ K ( f )
2 2 (9.12)
k k
ρK ( f ) = ∑ ∑
k =− K i =− K
E [ak ai ]e − jω (k −i )T
E [ak ai ] = Ra (k − i )
O somatório duplo em ρ K ( f ) pode ser manipulado e representado por uma soma simples
2K
∑ 1 − 2K + 1 R (n)e
n
ρ K ( f ) = (2 K + 1) a
− jωnT
n =−2 K
∞
S x ( f ) = lim P( f ) ρ K ( f ) = P( f ) ∑ R (n)e
1 2 1 2 − j 2πfnT
K →∞ (2 K + 1)T T n =−∞
a
92
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
A '1' (9.13)
ak =
0 '0'
O pulso elementar é o pulso rectangular com duração T e amplitude 1, logo:
P( f ) = Tsinc( fT ) (9.14)
e
Ra (n ) = E [ak ak −n ] (9.15)
n=0
ak poderá assumir um valor que poderá ser 0 ou A independentemente dos valores
assumidos pelos outros aks.
A2 (9.16)
Ra (0 ) = E [ak ak ] = A2 P(ak = A) + 02 P(ak = 0 ) =
2
n=1, Ra(1)=E[akak+1]
(9.17)
Ra (1) = E [a k a k +1 ] = 0 × 0 × P(a k = 0, a k +1 = 0 ) + 0 × A × P(a k = 0, a k +1 = A) +
A2
A × 0 × P(a k = A, a k +1 = 0 ) + A × A × P(ak = A, ak +1 = A) =
4
=
A2 (9.18)
n = 0
R a (n ) = 22
A n ≠ 0
4
e logo temos que:
93
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
P( f ) ∞ (9.19)
2
Sx ( f ) =
T
∑ R (n)e
n =−∞
a
− j 2πfnT
T 2sinc 2 ( fT ) A 2 A 2 − j 2πfnT
∞
=
T
+
2 n=−∞ 4
e ∑
n≠0
2 ∞ 2
= Tsinc 2 ( fT ) ∑
A A − j 2πfnT
+ e
4
n =−∞ 4
A 2 ∞ 2
= Tsinc 2 ( fT ) ∑
δ ( f − nT )
1 A
+
4 T
n =−∞ 4
A 2T A2
= sinc 2 ( fT ) + δ ( f − nT )
4 4
e ao facto de sinc(fT) ter zeros nos multiplos de 1/T resulta finalmente que:
A 2T A2 (9.21)
Sx ( f ) = sinc 2 ( fT ) + δ(f )
4 4
Polar: S x ( f ) = A 2 Tsinc 2 ( fT )
Bipolar:
S x ( f ) = A 2Tsinc 2 ( fT )sin 2 (πfT )
Manchester:
S x ( f ) = A2Tsinc 2 ( fT / 2 ) sin 2 (πfT / 2 )
94
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Fig. 8.2 Densidade espectral de potência dos formatos unipolar, polar, bipolar (AMI)
e Manchester.
Na Fig. 9.2 estão representados os espectros de potência (normalizados por A2T) dos
códigos de linha atrás considerados. Para a mesma amplitude A, o formato unipolar exige uma
potência de transmissão que vale A2/2, metade da qual gasta na transmissão da componente
contínua. Todos os restantes formatos exigem uma potência de transmissão que vale A2, excepto
o formato bipolar a que corresponde uma potência de transmissão A2 /2.
Da análise da Fig. 9.2 , verifica-se que para o caso do formato Manchester a maior parte da
potência concentra-se numa banda cuja largura é aproximadamente igual a 2/T, enquanto que
para todos os restantes formatos a largura de banda vale 1/T . Isto quer dizer que o formato
Manchester tem uma eficiência espectral que vale metade da eficiência espectral dos outros
códigos de linha aqui considerados, no entanto devido à concentração de potência ao redor de
1/T é fácil a sua sincronização. A partir da Fig. 9.2 é possível concluir que para os formatos RZ
é possível obter obter o sincronismo através de uma filtragem passa banda em redor de 1/T,
dado que para estes sinais existe uma forte componente em redor dessa frequência. A obtenção
do sincronismo para o sinal NRZ exige a elaboração de circuitos mais sofisticados.
95
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Fig. 9.3 Densidade espectral de potência para sinais unipolares cujos pulsos são
rectangulares e para 3 situações: NRZ, RZ com duty-cycle de 50% e RZ com duty-cycle de
25%.
96
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
10 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
b) Descodifique a forma de onda que obteve confirmando que obtém a sequência original.
2) Calcule a densidade espectral de potência para um sinal digital unipolar com bits
equiprováveis, considerando as seguintes situações.
a) Duty cycle de 50%
b) Duty cycle de 25%
c) Duty cycle de 75%
3)Calcule a densidade espectral do código de linha AMI (Alternate Mark Inversion)
Mostre que:
Polar:
S x ( f ) = A 2Tsinc 2 ( fT )
Bipolar:
S x ( f ) = A 2Tsinc 2 ( fT )sin 2 (πfT )
Manchester:
S x ( f ) = A2Tsinc 2 ( fT / 2 ) sin 2 (πfT / 2 )
10 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
b) Descodifique a forma de onda que obteve confirmando que obtém a sequência original.
4) Calcule a densidade espectral de potência para um sinal digital unipolar com bits
equiprováveis, considerando as seguintes situações.
Duty cycle de 50%
Duty cycle de 25%
Duty cycle de 75%
5) Calcule a densidade espectral do código de linha AMI (Alternate Mark Inversion)
Mostre que:
Polar:
S x ( f ) = A 2Tsinc 2 ( fT )
Bipolar:
S x ( f ) = A 2Tsinc 2 ( fT )sin 2 (πfT )
Manchester:
S x ( f ) = A2Tsinc 2 ( fT / 2 ) sin 2 (πfT / 2 )
97
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
98
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
9.1 Introdução
Actualmente os sistemas de transmissão são predominantemente digitais e a tendência é para se
tornarem cada vez mais digitais. Existem várias vantagens da transmissão digital relativamente
à transmissão analógica nomeadamente: (a) facilidade do projecto de circuitos digitais e
facilidade da sua implementação em circuitos integrados, os circuitos digitais estão menos
sujeitos a distorções que os circuitos analógicos, os circuitos digitais só operam em estados bem
definidos, normalmente dois estados, um distúrbio deverá ser suficientemente elevado para
produzir uma mudança de estado no circuito digital, enquanto que qualquer interferência se faz
sentir nos circuitos analógicos; (b) existência de técnicas de processamento digital de sinal bem
desenvolvidas; (c) os sinais de saída dos computadores são digitais, os sinais transmitidos nas
redes de comunicação têm tendência para serem predominantemente relativos a troca de
informação entre computadores; (d)imunidade ao ruído, considere por exemplo um pulso digital
que se propaga numa linha de transmissão, o pulso ao propagar-se é atenuado, distorcido e é-lhe
adicionado ruído, na recepção o pulso ainda será reconhecido como tal se a sua amplitude
ultrapassar um valor predefinido no instante de amostragem, os efeitos da transmissão
(distorção, atenuação, interferência e ruído) só se farão sentir se ultrapassarem um determinado
limiar, se não ultrapassarem esse limiar o pulso pode ser regenerado, no caso dos sistemas de
transmissão analógicos não existe esta operação de regeneração e todos os efeitos de
transmissão ficarão impressos no pulso.
99
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Sinal Digital
Distorção
Ruído +
Filtragem + equalização
Nível de decisão
Sinal de síncronismo
Erro introduzido
1 t = 0 ( 9.2)
p(t ) =
0 t = ±Ts ,±2Ts ,...
Por exemplo p(t) pode ser um pulso rectangular Π(t/Ts), ou qualquer outro pulso que
obedeça à condição da equação acima. Esta condição garante que se pode recuperar a
mensagem amostrando x(t) periodicamente nos instantes t = KTs com K = 0, ± 1, ± 2, … dado
que:
100
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
O sinal y(t) à saída do filtro passa-baixo pode ser descrito da seguinte forma:
y (t ) = ∑ a k ~
p (t − t d − kTs ) + n(t ) ( 9.4)
k
y (t K ) = a K + ∑ a ~p (KT
k s − kTs ) + n(t K ) ( 9.5)
k ≠K
101
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
É possível diminuir o efeito do ruído aditivo diminuindo a largura de banda do filtro passa
baixo à entrada do receptor, no entanto a redução da largura de banda do filtro à entrada do
receptor implica o alargamento do pulso e consequentemente um aumento da interferência inter-
simbólica.
a)
tempo
b) Duração do símbolo c)
102
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Limiar de decisão
Distorção nos cruzamentos
por zero (∆T).
Regenerador
G(f)=η/2
y(t) y(tk)
FPBaixo Sample &
x(t) H(f) Hold +
xr(t)
_
D
103
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
O canal de transmissão não distorce o sinal mas introduz ruído Gaussiano de média nula e
variância σ com função densidade probabilidade:
2
n2 ( 9.6)
−
p N (n ) =
1 2σ 2
e
2πσ 2
y (t ) = ∑ a k ~
p (t − t d − KT ) + n(t ) ( 9.7)
k
104
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
pY ( y | H 1 ) = p N ( y − A ) ( 9.13)
Obtida através da transformação linear de pN(n) com n=y-A
Fig. 9.7 Funções densidade de probabilidade do sinal amostrado nos instantes tk,
quando os níveis 0 e A são transmitidos, respectivamente pY ( y | H 0 ) e pY ( y | H 1 ) .
Esta regra de decisão ignora a situação em que Y=D, dado que a probabilidade de ocorrer é
muito pequena, caso ocorra alternadamente considera-se H0 e H1.
Caso o ruído adicionado ao sinal seja de tal modo elevado no instante de amostragem, o
comparador ao aplicar as regras de decisão pode cometer erros. Toma uma decisão errada
quando Y<D e o símbolo transmitido tenha sido ‘1’ ou quando Y>D e o símbolo transmitido
tenha sido ‘0’. Considerando Pe1 e Pe0 as probabilidade de erro do comparador relativas às
situações acima mencionadas. As probabilidades de erro do regenerador são:
∞ (9.14)
Pe 0 = P(Y > D | H 0 ) = ∫ pY ( y | H 0 )dy
D
D
Pe1 = P(Y < D | H 0 ) = ∫p Y ( y | H 1 )dy
−∞
105
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Pe = P0 Pe0 + P1 P e1 (9.15)
pY ( y | H 0 ) pY ( y | H 1 )
0 D A y
Pe1 Pe 0
( ) (
pY Dopt | H 0 = pY Dopt | H 1 ) ( 9.18)
Ou seja Dopt corresponde ao ponto onde as funções densidade probabilidade se intersectam.
106
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
−
n2 ( 9.19)
p N (n ) =
1 2σ 2
e
2πσ 2
A função densidade probabilidade de Y, na hipótese H0, quando o ‘0’ foi transmitido, Y=n é:
−
y2 ( 9.20)
pY ( y | H 0 ) = p N ( y ) =
1 2σ 2
e
2πσ 2
107
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
∞ ∞
−
y2 ( 9.23)
Pe 0 = P(Y > D | H 0 ) = ∫ pY ( y | H 0 )dy = ∫
1 2σ 2
e dy
D D 2πσ 2
D ∞
−
( y − A )2
Pe1 = P(Y < D | H 0 ) = ∫p ( y | H 1 )dy = ∫ 1 2σ 2
Y e
−∞ D 2πσ 2
∞
−
y2 ( 9.24)
∫
1 2σ 2
Pe 0 = e dy
D 2πσ 2
y dy
Fazendo a mudança de variável x = , obtemos dx = , e o extremo de integração
2σ 2σ
D
x' =
2σ
Obtem-se então para a equação ( 9.24)
∞ ( 9.25)
1 1 D
∫ π e dx = 2 erfc 2σ
−x 2
Pe 0 =
D / ( 2σ )
D
−
( y − A )2 ( 9.26)
∫
1 2σ 2
Pe1 = e dy
−∞ 2πσ 2
Por razões de simetria, como ilustrado na figura o integral na equação ( 9.26) é equivalente
a:
108
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
D
−
( y − A )2 ∞
−
( y − A )2 ( 9.27)
∫ ∫
1 2σ 1 2σ 2
Pe1 = dy =
2
e e
−∞ 2πσ 2 2 A− D 2πσ 2
y−A dy
Fazendo a mudança de variável x = obtemos dx = , e o extremo de integração
2σ 2σ
A− D
x' =
2σ
Obtem-se então
∞ ( 9.28)
1 − x2 1 A− D
Pe1 = ∫ π
e dx = erfc
2 2σ
A− D
2σ
A
Como Dopt = (no caso de P1=P2=0.5), temos que:
2
1 A ( 9.29)
Pe = Pe0 = Pe1 = erfc
2 2 2σ
Exemplo:
109
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Considere um sistema digital que transmite pulsos rectangulares unipolares a uma taxa de
η
transmissão rb=10 Mbit/s e densidade espectral de potência do ruído GN ( f ) = = 2 × 10− 20
2
W/Hz. Qual a potência média do sinal que chega ao receptor para que no máximo ocorra um bit
errado por hora.
como num sistema de transmissão unipolar, em que os ‘0’s correspondem ao nível 0 de tensão e
os ‘1’s correspondem ao nível A de tensão, como foi deduzido anteriormente temos que
A
≈5
2 2σ
A2
∫
1
Pr = 0.5 × 0 + 0.5 × A 2 dt =
Tb 2
Tb
Consideramos que o filtro passa baixo do receptor é um filtro ideal com largura de banda
B = rb / 2 = 5 × 10 6 MHz
∞
η
Pn = ∫G N ( f ) H r ( f )2 df = × 2 B = 2 × 10 −20 × 2 × 5 × 10 6 = 2 × 10 −13 W
2
−∞
No entanto a potência do ruído também pode ser calculada no domínio temporal atendo a
que o ruído é um processo ergódico e estacionário:
[ ]
Pn = n 2 (t ) = E n 2 (t ) = σ 2
temos então que:
110
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
σ = 2 × 10 −13 = 4.5 × 10 −7 V
3º Calculo de A
A
=5
Da relação 2 2σ , podemos tirar o valor de A = 2 × 5 × 2 × 4.5 × 10 −7 = 6.3 µV
E logo cacular o valor da potência média necessária
Pr =
A2
=
6.3 × 10 − 6( )2 ≈ 506 pW
2 2
y (t k ) ( 9.30)
Maximizar
σ
Que é equivalente a maximizar a relação
y (tk ) ( 9.31)
2
Maximizar
σ
y (t )
2
y (t ) = ℑ −1 ( X ( f )H ( f )) ( 9.32)
∞ ( 9.33)
y (t ) = ∫ X ( f )H ( f )e j 2πft df
−∞
111
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
A potência do ruído
∞ ∞ ( 9.35)
η
∫ H ( f ) GN ( f )df = ∫ H ( f ) df
2 2
σ2 =
2
−∞ −∞
O nosso objectivo é então maximizar a razão:
∞ 2 ( 9.36)
j 2πft k
ak2 ∫ P( f )H ( f )e df
y 2 (t k ) −∞
=
∞
σ 2
η
∫ H( f )
2
df
2
−∞
Podemos utilizar a desigualdade de Schwarz 2 para encontrar a função H(f) que maximiza a
razão fazendo:
η ( 9.37)
V(f )= H( f )
2
a H ( f )P( f )e j 2πft k a P( f )e j 2πft k
W *( f ) = k = k
V(f ) η
2
Obtendo-se o majorante quando
η ( 9.38)
H(f ) = kP* ( f )e − j 2πft k
2
2 η
Ou seja quando
( 9.39)
H opt ( f ) = k P ( f )e − j 2πft k
2 *
η
2k 2k ( 9.40)
hopt (t ) = ℑ−1 P* ( f )e − j 2πft k = p(t k − t )
η η
No caso em que o ruído de canal é branco a resposta impulsional do filtro adaptado é uma
réplica do sinal x(t) atrasada de tk e definida no sentido reverso do tempo. O atraso tk,
corresponde ao atraso entre a chegada do pulso e o instante que o pulso depois de atravessar o
filtro H(f) atinge o seu valor máximo, tk é um parametro que pode ser escolhido pelo
2
Desigualdade de Schwarz
∞ 2
∫ V ( f )W ( f )df
*
∞
∫ W(f )
−∞ 2
≤ df
∞
∫ V(f )
2 −∞
−∞
112
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
engenheiro. Por vezes o filtro óptimo obtido por este método é um filtro não causal e por isso
físicamente irrealizável. No desenho do filtro óptimo, de modo a obter-se uma resposta
normalizada dimensiona-se o filtro adaptado do seguinte modo:
( 9.41)
hopt (t ) = p(t k − t )
1
τ eq
∞
tk = τ / 2
Onde τ eq = ∫p
2
(t )dt e . O atraso t k = τ / 2 foi escolhido por ser o atraso mínimo para
−∞
= ak t =t k
x(t)
a) ak
0 t0 t0+τ
hopt(t)
1/τ
b)
0 τ t0
y(t)
c)
ak
t 113
0 tk-τ tk tk+τ
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Fig. 9.11 Filtro adaptado para pulso rectangular. a) Pulso à entrada do receptor. b)
Resposta impulsional do filtro adaptado. c) Saída do filtro adaptado.
114
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Para além do ruído outra fonte de erros em sistemas digitais é a Interferência Inter -
Simbólica (IIS). A escolha dos impulsos utilizados como suporte à transmissão de
símbolos em sistemas digitais é um aspecto determinante do desempenho desses
sistemas. Por exemplo, os canais de banda limitada induzem o alargamento dos
impulsos. Se a entrada for uma sequência de impulsos rectangulares, então a resposta a
cada um dos impulsos vai interferir com os seguintes
(região sombreada), o que se traduz na ocorrência de IIS.
|H(f)|
0 T f 0 T
115
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Nesta secção iremos estudar este assunto, procurando moldar a forma dos impulsos de
modo a eliminar a IES, mas mantendo a largura de banda de transmissão o menor
possível. Começaremos por considerar o sinal digital x(t).
∞
x(t ) = ∑ a p(t − kT )
k s
( 9.46)
k = −∞
onde
-ak é a variável aleatória discreta que modela a fonte digital
-Ts não é necessáriamente a duração do pulso, mas sim a duração entre duas transições
sucessivas do sinal. Taxa ou ritmo de símbolo: r = 1/Ts [baud];
O pulso não-modulado p(t) está sujeito às seguintes condições, que garantem no
domínio temporal zero Interferência Inter-Símbolica:
1 t = 0 ( 9.47)
p(t ) =
0 t = ±Ts ,±2Ts ,...
Num sistema de transmissão digital em que o canal de transmissão tem uma largura de
banda limitada, é devido à limitação de largura de banda que este canal introduz
distorção severa se os pulsos utilizados fossem rectangulares, já que o espectro de um
sinal digital rectangular é infinito.
O objectivo desta secção é estudar pulsos cuja forma introduz IIS mantendo a largura de
banda o menor possível, por isso iremos impor a condição do pulso ter um espectro de
largura de banda limitada B, assim o espectro do pulso elementar P(f) obedece à
seguinte condição:
P( f ) = 0 f ≥0 ( 9.48)
( 9.50)
Na prática, o pulso sinc não é realizável (espectro ideal passa-baixo e depende de modo
crítico da precisão temporal no instante de amostragem). Os problemas de sincronização
são resolvidos usando pulsos com uma forma designada por coseno elevado com um
factor de excesso de banda α entre 0 e 1.
r 1
Factor de excesso de banda: B = Bmin (α + 1) com Bmin = =
2 2Ts
Frequência de Nyquist
1
fN =
2Ts
117
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
1
O pulso coseno elevado permite transmitir a uma taxa de transmissão de r = , sem
2Ts
IIS, no entanto a largura de banda necessária para transmitir os pulsos é de
B = Bmin (α + 1) . A expressão matemática do espectro do pulso coseno elevado é:
cos(παt Ts )
p(t ) = sinc(t Ts ) ( 9.52)
1 − (2αt Ts )
2
Independentemente do tipo de pulso escolhido existe sempre alguma IIS, resultado das
imperfeições do filtro, conhecimento incompleto das características do canal, etc. Para
combater estes efeitos negativos utilizam-se técnicas de igualação. Estas técnicas têm
por função ‘igualar’ garantir que a IIS é nula ou desprezável nos instantes de
amostragem, não sendo necessário ‘igualar’ o sinal em todo o tempo.
Um ‘igualizador’ é um filtro cuja função de transferência é tal que se obtém à saída um
sinal Peq(f) com IIS nula ou desprezável.
118
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
c Iguala
P
H I ~p (t )
Peq ( f ) = Pi ( f )H c ( f )I ( f )
Peq ( f )
I( f ) =
Pi ( f )H c ( f )
N
peq (t ) = ∑ c ~p (t − nT
n s − NTs )
n=− N
119
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Por exemplo para t=0, quando N=1 o caso do exemplo a seguir temos que
peq (0 ) = c−1 ~
p (0 + 1Ts − 1Ts ) + c0 ~p (0 − 0Ts − 1Ts ) + c1 ~
p (0 − 1Ts − 1Ts )
p (0 ) + c0 ~
= c−1 ~ p (− Ts ) + c1 ~
p (− 2Ts )
Quando se considera um tempo de amostragem tk = kTs + NTs , isto quer dizer que k=0
corresponde ao tempo de amostragem t0=NTs
N N
peq (t k ) = ∑ c ~p (kT
n s − nTs ) = ∑ cn ~
pk −n ( 9.53)
n=− N n=− N
Isto quer dizer que k=0 corresponde ao tempo de amostragem t0=NTs, se o objective for
encontrar a saída do filtro em t=0, para o filtro do exemplo, isto corresponde a k=-1 e
temos que t=0 corresponde a tk=-1=-1Ts+Ts=0 e assim pela equação 11.54 temos que :
Trata-se de um egualizador ‘zero forcing’, tem como objectivo eliminar a IIE nos
instantes de amostragem.
Os coeficientes cn são calculados a partir da equação de matrizes:
~p0 ~
p−2 N c − N 0
0
~p N −1 ~
p− N −1 c−1 0
~ ~ ( 9.55)
pN p− N c0 = 1
~p N +1 p− N +1
~ c1 0
0
~ p0
~ c 0
p2 N N
120
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Exemplo:
p (t )
~
~
p0 = 1.0
~
p−1 = 0.1 ~
p2 = 0.1
Ts
~
p−2 = 0.0 -Ts
~
p1 = −0.2
121
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
c−1 p1 + c0 p0 + c1 p −1
c−1 + 0.1c0 = 0
− 0.2c−1 + c0 + 0.1c1 = 0
0.1c−1 − 0.2c0 + 1c1 = 0
Obtendo-se:
122
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
peg (t )
1
-Ts Ts t
11.1- Uma fonte de dados binários gera ‘0’s com probabilidade P0=0.8 e ‘1’s com
probabilidade P1=0.2. Os dados são transmitidos através de um canal com um diagrama
de transição de probabilidade desenhada na figura seguinte.
Emissão Recepção
P0/0=0.8
0 0
P1/0=0.7
1 1
a) Determine Pe.
b) Determine Pe se a regra de decisão se inverter.
c) Determine Pe se todos os símbolos forem considerados como zeros. Qual a melhor
regra de decisão?
123
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
11.3- É prática comum nos sistemas de transmissão digital manter uma probabilidade de
erro <10-5. Determine a relação sinal ruído necessária no receptor de modo que o
objectivo seja conseguido.
a) Pulsos NRZ unipolares.
b) Pulsos NRZ bipolares.
c) Pulsos RZ (50%) unipolares.
d) Pulsos RZ (50%) bipolares.
Nota: Considere os ‘1’ e ‘0’s igualmente prováveis.
11.4- Considere um canal de transmissão digital com uma largura de banda de 2400 Hz,
admitindo que no receptor temos uma relação sinal ruído de 20 dB. Calcule a velocidade
de transmissão (em bit/s) que é possível atingir nesse canal de transmissão se a
probabilidade de erro for de 10-5.
11.5- Considere um sistema linear em que o desvio padrão do ruído é 2 mV. E que se
trata de ruído Gaussiano. Qual é a probabilidade do ruído de tensão instantâneo estar
compreendido entre -4 e 4 mV.
11.6- Repita o problema anterior considerando que foi adicionado ao ruído uma tensão
continua de 2 m V.
11.7- Um sistema de transmissão digital binário transmite 50 000 digitos por segundo.
No processo de transmissão é adicionado ruído branco, de modo que no descodificador,
os pulsos recebidos têm amplitude de 1 V, com um tensão de ruído de rms 0.2 V.
Considere igual probabilidade de transmissão de “1” e “0”.
a) Qual o tempo médio durante o qual não são cometidos erros?
b) Qual é a alteração nesse tempo médio se a amplitude o sinal for duplicada?
11.8- Um canal de largura de banda de 2 400 Hz proporciona uma relação sinal ruído de
20 dB. Qual é a velocidade de transmissão da informação em bit/s se se transmitir por
este canal um sinal PCM com Pe=10-5.
11.9- Considere o sistema de transmissão digital banda base cujo diagrama de blocos
está representado na figura seguinte.
n(t)
V
Fonte Filtro do Filtro Circuito
Binária emissor Canal de transmissão adaptado de decisão
0,1
Receptor
124
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
Frequência de Nyquist
1
fN =
2Ts
125
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
e ~
p k = 0 para k > 1 . Encontre o valor do sinal egualizado nos instantes de
amostragem peg(tk).
126
Fundamentos de Telecomunicações I MIEET
10 Bibliografia
127
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