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1. OBJETIVO
2. REFERÊNCIAS
3. DEFINIÇÕES
Inspeção Externa: É a verificação visual das condições físicas dos componentes e acessórios
que podem ser observados com a caldeira em operação. Quando aplicável, deve ser
complementada por ensaios não-destrutivos ou outras técnicas de inspeção.
Inspeção Interna: É a verificação visual das condições físicas internas dos componentes e
acessórios de uma caldeira, efetuada com a mesma fora de operação.
Quando aplicável, deve ser complementada por ensaios não-destrutivos ou outras técnicas de
inspeção.
Teste hidrostático: É a pressão interna, medida no ponto mais alto do equipamento, com a
qual o mesmo é testado. Onde o valor deve estar de acordo com a PMTA.
Caldeira a vapor: Equipamento destinado a produzir e acumular vapor sob pressão superior à
atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e
equipamentos similares utilizados em unidades de processo.
Pressão máxima de trabalho admissível (PMTA): É o maior valor da pressão compatível com
o código de projeto, à resistência dos materiais utilizados, às dimensões do equipamento e a
seus parâmetros operacionais.
Profissional Habilitado: É aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de
engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e
manutenção, inspeção e supervisão de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com o
Parágrafo 13.1.2 da Norma Regulamentadora NR-13.
4. CONDIÇÕES GERAIS:
Preparativos para Inspeção: Antes de ser iniciado qualquer serviço de inspeção, deverá ser
verificado o atendimento dos requisitos do Procedimento IQ-CCI-0001 - Preparativos para o
serviço de inspeção.
Documentação
Toda caldeira deve possuir, nas dependências De onde está instalado, a documentação
devidamente atualizada, em conformidade com as exigências da Norma Regulamentadora NR-
13, subitem 13.1.6.
Nota:
a) Observar que os valores das pressões da Placa de Identificação devem ser em MPa, uma
vez que conforme o Decreto lei 63.233 de 12/09/1968, o Brasil é signatário do Sistema
internacional de Unidades.
A unidade oficial para pressão no Sistema SI é o Pascal (Pa).
Categoria da caldeira: Deve ser conforme definida no subitem 13.1.9 da NR-13 e constar-se
bem legível em local de fácil acesso visual, conforme Parágrafo 13.1.5.1 da NR-13.
Código ou nº de identificação (TAG): Deve constar-se bem legível em local de fácil acesso
visual, junto à inscrição da categoria, conforme Parágrafo 13.1.5.1 da NR-13.
Chaparia de selagem (casing): Onde tiver acesso, verificar quanto à existência de sinais de
superaquecimento, esfoliação, deformação, trinca, furo.
Quando aplicável, a região de superaquecimento deve ser mapeada e monitorada através de
medição de temperatura, com utilização de técnicas adequadas.
Ramonadores fixo / retrátil: Verificar o estado geral da parte exposta quanto à corrosão,
trinca, vazamento de vapor.
Dar atenção às soldas de fixação do tubo-guia, sistema de drenagem de condensado e válvula
de bloqueio de vapor.
Luminárias e eletrodutos: Verificar o estado geral quanto à corrosão, suportação, pintura. Dar
atenção aos suportes e dispositivos de fixação, particularmente quando estes estiverem sob
isolamento térmico com suspeita de infiltração.
Itens obrigatórios: Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens
(conforme Parágrafo 13.1.4 da NR-13):
Fornalha:
Superaquecedor:
Zona de convecção
Tubulões superior e inferior: Verificar a superfície interna, inclusive soldas, quanto à corrosão,
deformação, trinca, incrustação.
Dar atenção às regiões adjacentes a mandrilhagem e à interface de nível água/vapor. As bocas
de visita, inclusive a tampa, devem estar com as sedes de assentamento das juntas em boas
condições, bem como as fixações das tampas. Verificar o estado geral dos internos.
Duto de ar: Verificar o estado geral da chaparia quanto à corrosão, deformação, trinca, sistema
de fixação.
Bocas de visita das seções não-pressurizadas: Verificar o estado geral quanto à corrosão.
Atentar-se à situação do isolamento térmico/concreto refratário e pintura de fixação da tampa.
Pré-aquecedor de ar a vapor: Verificar o estado geral dos tubos e espelhos quanto à corrosão,
erosão e avaria mecânica.
Quando aplicável, deve ser submetido à teste hidrostático para avaliação de vazamentos.
Câmara de gás do teto: Verificar o estado geral do isolamento térmico, chaparia e estrutura de
sustentação quanto à corrosão e à deformação.
7. TESTE HIDROSTÁTICO
Pressão de teste: Deve ser igual a 1,2 (conforme NBR-12.177-2) x PMTA (atualizada) ou a que
venha a ser determinada pelo “Profissional Habilitado”.
Taxa de elevação de pressão: A pressão de teste deve ser elevada de maneira progressiva e
contínua, a uma taxa não superior a: (P. teste / 5 ) / min. Controlada pelo manômetro instalado
no ponto mais alto do equipamento.
Patamares: Antes do início da pressurização deverá ser definido pelo Profissional habilitado os
patamares de pressurização, ou conforme manual do equipamento.
Roteiro de inspeção durante o teste hidrostático: Em cada um dos patamares deverá ser
verificar, no mínimo, os seguintes itens:
Critério de aceitação: A caldeira estará aprovada no teste hidrostático se, durante o período
de, no mínimo, 60 minutos à pressão de teste, não for constatada nenhuma ruptura ou
deformação permanente, nem vazamento sensível.
Não é considerado vazamento sensível o aparecimento de uma gotícula de água em um ou
outro ponto mandrilhado ou vedado por junta.
8. REGISTROS
Todos os resultados da inspeção devem ser registrados de forma clara e precisa, utilizando, quando
aplicáveis, sistemas de identificação, tais como: croquis, registro fotográfico, isométrico, formulário
de medição de espessura, relatório de inspeção padrão.
Uma cópia do Relatório de Inspeção deve ser encaminhada pelo Profissional Habilitado (conforme
Parágrafo 13.1.2 da NR-13) ao Representante Sindical no prazo estabelecido conforme Parágrafo
13.5.12 da NR-13.
9. CONTROLE DE REVISÕES
10. ANEXOS
Não aplicável