Aparecimento do Homem;
métodos diretos
realização de sondagens,
exploração de materiais rochosos extraídos de minas e
análise de materiais expelidos pelos vulcões.
métodos indiretos essencialmente a análise do comportamento das ondas
sísmicas.
A Terra conta a sua história
Os cientistas pensam que o Universo teve origem numa grande explosão – o Big Bang
(já deves ter ouvido falar nas aulas de Físico-Química) – há cerca de 13 mil milhões de
anos. No entanto, o nosso planeta só se formou mais tarde, em conjunto com todo o
Sistema Solar, há cerca de 4,5 mil milhões de anos. A vida, por sua vez, também não
existe logo desde o início. Foi há apenas 3.800 milhões de anos que começaram a
aprecer as primeiras formas de vida.
Desde a origem do planeta que este tem sofrido muitas transformações. Também a vida,
desde que surgiu, que evoluiu desde as formas mais simples até ao que hoje
conhecemos.
Como é que os cientistas conhecem o que aconteceu no planeta mesmo antes de o ser
humano ter aparecido?
É sobretudo através do estudo das rochas e dos fósseis que se consegue perceber como é
que o planeta evoluiu. Neste capítulo, falaremos apenas dos fósseis, uma vez que as
rochas serão tratadas num capítulo à parte.
– Pré-Câmbrico
– Câmbrico
– Paleozóico
– Mesozóico
– Cenozóico
Fósseis
Os fósseis são talvez dos vestígios do passado aqueles que mais interesse têm suscitado
ao Homem. Uma folha “em pedra”, pegadas, dentes, esqueletos, peixes e conchas
marcados nas rochas… é algo que nos marca a memória e, de certo modo, nos desperta a
imaginação.
Fósseis são restos de seres vivos (ou vestígios da sua actividade) que ficaram
preservados nas rochas.
Como restos, consideram-se os ossos, conchas, folhas, enfim, tudo o que possa ter feito
parte do corpo do organismo. A partir da análise deste tipo de fósseis, podemos saber
como era o aspecto geral dos seres vivos.
Trilhos de pegadas de dinossauros na Pedreira do Galhina, Vila Nova de Ourém (perto de Fátima). Através da análise dos
trilhos podemos saber o tamanho que os animais tinham, se se deslocavam em duas ou quatro patas (estes eram bípedes), se
andavam sozinhos ou em grupo (neste caso vê-se que se movimentavam em grupos, mas não muito grandes).
Pegadas de aves fossilizadas
Monograptus – pistas de reptação. As pistas de reptação são as marcas que os animais deixam ao rastejar pelo solo.
Os ovos dão-nos informações sobre a forma como os animais se reproduziam, tais como quantas crias tinham por ninhada,
em que condições faziam os ninhos, etc.
Os coprólitos são fezes fossilizadas. Dão-nos informações sobre o tipo de alimentação dos seres vivos.
Fósseis e Palentologia
Resulta da união de duas palavras gregas: Paleo (que significa antigo) e Onthos (que
significa ser, neste caso ser vivo).
-Logia é o sufixo comum ao nome de todas as ciências e vem também de uma palavra
grega: Logos, que significa Ciência, ou conhecimento.
Então Paleo (antigo) + Onto (ser) + Logos (ciência) = Paleontologia (Ciência que
estuda os seres antigos).
Tem lógica, ou não?
Enquanto registos do passado, os fósseis são extremamente importantes porque nos dão
informações sobre o passado do nosso planeta, de um modo particular:
– Quais os seres vivos que habitaram o nosso planeta e o modo como viviam
– Como é que a vida evoluiu na Terra
– Quais eram as condições do nosso planeta no passado
Assim, os restos dos corpos raramente duram tempo suficiente para sofrer mineralização,
que é o processo que vai permitir preservar esses restos. Por isso também é que
normalmente as partes que fossilizam mais facilmente são as partes duras (como os
dentes, conchas ou ossos), já que as partes moles do corpo se decompõem mais
rapidamente.
Quanto mais partes duras tiver o corpo de um organismo, maior é a probabilidade de se
formar um fóssil. Por isso é que é mais provável formar-se um fóssil de um animal (com
esqueleto) do que de uma planta, que praticamente só tem partes moles (a não ser que
seja uma árvore…). Do mesmo modo, se um animal morrer de morte natural terá melhor
probabilidade de fossilizar, pois os predadores comem os animais que caçam.
As belemnites eram animais muito parecidos com as lulas de hoje. O seu corpo era maioritariamente constituído por partes
moles, mas tinha no seu interior um esqueleto semi-rígido. Hoje, as partes que restaram destes animais são pequenos
fragmentos, parecidos com balas, que correspondem à parte terminal do esqueleto e que mineralizaram. As partes moles
decompuseram-se.
As condições que impedem a decomposição são, por motivos óbvios, as que facilitam a
formação de um fóssil.
A tabela que se segue representa a escala do tempo geológico, que se encontra organizada
desta forma. Também se chama tabela estratigráfica, ou tabela cronoestratigráfica ou
geocronológica, e indica as principais secções em que se divide o tempo geológico
O Fanerozóico divide-se em 3 eras, que (estas sim) tens de conhecer muito bem:
Há Eras que são mais longas do que outras. Por exemplo, o Paleozóico durou cerca
de 297M.a., o Mesozóico durou 183M.a. e o Cenozóico (a era em que vivemos) dura há
65M.a.
Se transformássemos os 4,6 mil milhões de anos da História da Terra num ano só,
verificávamos que o Fanerozóico só teria começado em meados de Novembro, e o ser
humano só teria aparecido nos últimos segundos do último dia de Dezembro. Se clicares
na miniatura que se segue poderás ver com maior pormenor.
As glaciações podem afetar em muito os seres vivos. Por exemplo, apesar de hoje não existirem glaciares na Serra da Estrela
como o que está representado na figura A, é lá que temos o maior vale glaciar da Europa (B), o que significa que no passado
esta zona já foi muito fria e praticamente desprovida de seres vivos.
Glaciações à escala global e grandes trangressões marinhas são fatores que podem levar
à extinção de um grande número de espécies.