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FOSSILIZAÇÃO
Fossilização é conjunto de processos de natureza variada que conduzem à
conservação dos restos ou vestígios dos seres vivos ou da reprodução da forma
natural dos mesmos.
Sob Condições propícias, qualquer organismo, por mais frágil seja, pode
deixar registo da sua existência.
O soterramento rápido em ambiente livre de decomposição e dissolução
intensa.
As partes resistentes dos organismos (dentes, ossos, conchas, ossos)
encontram sempre maior oportunidade de conservação animais que
vivem perto do mar.
PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO
a) Mineralização ou Petrificação
Na maior parte dos casos na fossilização intervêm substâncias minerais: a
matéria orgânica é substituida por elas, com maior ou menor conservação
das estruturas inerentes ao ser vivos fossilizados.
Na fossilização verificam-se transformações química pelas quais a matéria
orgânica é substituída por matéria mineral, conforme os casos. Essas acções
químicas dependem não só das característica do corpo em via de
fossilização e da natureza do mesmo, mas também do meio em que se que
ser verifica a fossilização.
Por exemplo: Resto de equinodermes são comumente permineralizado com
glauconite.
b) Substituição
Subentende-se a retirada do mineral do material original e sua substituição
simultânea por material de natureza diferente.
O tipo de substitução é designado segundo o mineral implicado, então pode
ser:
1. Carbonatação
Os carbonatos são as substâncias fossilizantes mais abundantes, em
particular a calcite.
Carbonato de ferro, sob a forma de siderite, associado a outros
materiais assume a forma de esfericidade e origina nódulos
fossíferos.
Nas rochas argilosas encontram-se frequentemente fósseis
vegetais em smithosite ou calamina (carbonato de zinco). Exemplo:
acontece com conchas de lamelibrânquios
Azurite e a malaquite constituem materias fossiliozantes de alguns
vegetais. Fósseis deste tipo, de cores azul ou verse, encontram-se
perfeitamente conservados nos arenitos vermelhos do Triássico
alemão.
Cerussite originou em alguns casos, pseudomorfoses de crinoídes
do Jurássico da Polónia.
Na carbonatação dos organismos fossilizados se mantêm apenas a
morfologia externa; a fossilização é muito mais grosseira.
2. Silificação
Sílica entra na constituição do esqueleto de diversos animais e vegetais. Em
geral, durante o processo de fossilização a opala, o silex, jaspe dos
esqueletos trasformam-se em calcedonite ou em quartzo, minerais mais
estáveis, e susceptíveis de conservação demorada. Muitas vezes a sílica
ocupa o lugar da matéria orgânica, conservando de modo perfeito as
características do ser vivo fossilizado.
Por exemplo: Troncos fóssil do Dadoxylon de Tete.
3. Hematizacção
A Hematite é, frequentemente, material fossilizante. Por exemplo no jazigo
de ferro de Moncorvo, Ordovícico, o minério hematítico contém fósseis de
braquiópodes (Orthis), tribolite (Neseuretus tristani).
4. Silicatação
Os silicatos são igualmente, material fossilizante entre eles encontra-se a
glauconite. Esta preenche os poros de conchas de braquiópdes, tais como
terebratulas, briozoários, ou outros esqueletos de seres vivos, as quais
confere a cor esverdeado que lhe é peculiar. Exemplo: Nalgumas nummulites
de Braviera a concha foi epigenizado por esse silicato de ferro.
5. Sulfatação
O gesso é uma substância fossilizante. Conhece-se fósseis de gesso fibroso.
6. Fosfatação
O fosfato de cálcio (Apatite e variedade desta) é mineral fossilizante, embora
raramente.
7. Limonitização
Este processo relaciona-se frequentemente com fósseis piritosos por
transformação dos sulfureto de ferro em limonite.
8. Piritização
Na decomposição da matéria orgânica, em meio em que a quantidade de
oxigénio é reduzida, origina-se ácido sulfídrico, o qual reage com sais
solúveis de ferro, transportados pela água; forma-se assim sulfureto de ferro,
quer pirite, quer marcassite, que são excelentes materiais fossilizantes.
c) Recristalização
d) Incrustação
e) Carbonização
NOÇÃO DE FÁCIES
ESTRATIGRAFIA
É uma parte da geologia que se ocupa da determinação da idade
geológica relativa dos terrenos, mediante o estudo dos fósseis que se encontram
nas rochas sedimentares.
Um só fóssil (uma só espécie) é insuficiente para determinar a idade
exacta de um jázigo, é preciso considerar a associação de fósseis ali presentes.
Cada espécie fóssil tem um período de existência próprio, que interfere com as
outras espécies que acompanham noj jágigo.
CONCEITOS IMPORTANTES:
Tafocenoses – Associação de fósseis
Biozona – Zona definida por uma espécie fóssil.
Conjunto de estratos com mesma espécie fóssil – zona estratigráfica.
FAUNIZONA – A presença de uma determinada associação de espécies
fósseis.
Os fósseis associados a um estrato, lhe dão um certo caracter, que reflecte
as condições ambientais existente a quando da sua formação
(Temperatura, Salinidade da agua, grau de turbidez, etc.)
BIOFÁCIES – Conjunto de caracteres paleontológicos que reflectem as
condições ecológicas existentes durante a formação do estrato.
A rocha que forma o estrato, proporciona outros dados sobre as conições
de formação (LITOFÁCIES), principalmente sobre as condições físicas
(composição química, granulometria, minerais associados, etc.) que permitem
reconhecer o processo geológico da rocha que forma o “estrato” se deu duma
sedimentação nerítica, fluvial, lacustre, etc. ORIGEM.
CRONOLOGIA RELATIVA
O estabelecimento de uma cronologia relativa baseia-se
fundamentalmente de um certo número de princípios simples que são:
1. PRINCIPIO DE SOBREPOSIÇÃO (NICOLAU STENO)
2. PRINCIPIO DE CONTINUIDADE
3. PRINCIPIO DE IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA
4. PRINCIPIO DE HORIZONTALIDADE
Excepção:
1º Exemplo: Nos terraços aluviais escalonados, os mais recentes são os
mais baixos.
Dificuldades:
Uma camada pode aflorar até vários Kilometros e extender-se por
vários países.
As condições de afloramento e vegetação.
O problema reduz-se em reconhecer a mesma camada sem poder
segui-la. Dai que até a metacde do século passado se justifique a
importância de terrenos com mesma características litológicas.
Desta atitude nasce a noção de “FORMAÇÃO”.
Dificuldades:
Em muitas bacias sedimentares com abundância de tipo de fóssil mas com
outros fósseis acompanhantes não eram da mesma idade, em todos lugares
e notava-se muitas vezes que elas se tornava mais recentes à madida que
se caminhava numa direcção. Por isso era necessário distinguir fósseis com
valor estratigráfico e os que não tinham (nasce a noção de fossil guia).