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Microfósseis

Microfósseis

• Definição: Grupo heterogêneo, incluindo organismos


(ou seus restos) de diferentes grupos taxonômicos,
todos com tamanho reduzido (microscópico).
• Não podem ser observados sem o auxílio de
equipamentos ópticos!!!
• Por razões práticas o termo Microfóssil é restrito aos
fósseis que possuem dimensão entre 1000 microns
(1mm) a 63 microns.
QUEM TRABALHA COM MICRÓFOSSEIS?
• Existem muitos serviços geológicos, programas
internacionais de pesquisa e perfuração no fundo
dos oceanos, empresas de petróleo e gás,
universidades e museus que contratam
micropaleontólogos para analisar pequenas amostras
obtidas de furos de sondagem e/ou afloramentos a
fim de obter informações sobre a idade da rocha,
paleoambiente, entre outras.
QUAIS SÃO OS ORGANISMOS ENCONTRADOS
ENTRE OS MICROFÓSSEIS?
• PROTISTAS: FORAMINÍFEROS; RADIOLÁRIOS; DIATOMÁCEAS;
DINOFLAGELADOS; COCOLITOFORÍDEOS
• FUNGOS E PLANTAS: ESPOROS E GRÃOS-DE-PÓLEN
• PARTES DE ANIMAIS: PORÍFEROS; CNIDÁRIOS; BRIOZOÁRIOS;
BRAQUIÓPODES; MOLUSCOS; BIVÁLVES; TRILOBITAS;
EQUINODERMOS; CONODONTES; PEIXES E RÉPTEIS
Microfósseis
• Escolas:
– Micropaleontologia;
– Nanopaleontologia.
• Fósseis menores que 63 microns são chamados
de nanofósseis (ex. cocolitoforídeos).
Nanofósseis
• Cocolitoforídeos:
– O que são?
• Organismos unicelulares, flagelados
(cocolitóforo), envolto pela cocosfera de
carbonato de cálcio.
– Onde ocorrem?
• Ocorrem em sedimentos marinhos,
carbonáticos.
• Algumas formas são conhecidas em águas
doces.
– Distribuição Temporal: Triássico ao Recente.
Cocosfera
Microfósseis
• Radiolários:
– O que são?
• Organismos unicelulares, protistas,
planctônicos, cuja teca é composta por sílica.
– Onde ocorrem?
• Ambiente marinho.
– Distribuição Temporal: Ordoviciano ao Recente.
Microfósseis
• Diatomáceas:
– O que são?
• Algas unicelulares, fotosintetizantes, solitárias
ou coloniais. Teca composta por sílica.
– Onde ocorrem?
• Comuns no ambiente marinho, particularmente
em águas frias. Ocorrem em corpos de águas
continentais e em solos argilosos.
– Distribuição Temporal: Jurássico ao Recente.
Microfósseis
• Foraminíferos
– Organismos unicelulares, com testa mineralizada
carbonato de cálcio, cimentada ou orgânica.
– A testa abriga e protege o protoplasma.
– Pseudópodos estendidos através de perfurações
(forâmen) na testa, são responsáveis pela
construção da testa, alimentação e movimento ou
fixação junto ao fundo.
– Tipicamente marinhos, com poucas espécies
ocupando água doce.
– Distribuídos por todos os oceanos.
– Ocorrem em todas as profundidades.
Foraminíferos
• Por que são importantes?
• 1. Pequenos: menores que 1mm. Pequenas
quantidades de amostras podem conter muitos
indivíduos.
• 2. Abundantes/ampla distribuição geográfica:
Comuns nos sedimentos e rochas marinhas.
Podem acumular em grande número (até 1km
de espessura!!!!). Formam as “vazas de
foraminíferos”.
Grande contribuição aos sedimentos do fundo oceânico.
Produtores de rochas!
VAZA DE FORAMINÍFERO, PACÍFICO
Foraminíferos
• Por que são importantes?
• 3. Forma e tamanho da testa variam ao longo
do tempo geológico: Diferentes formas
caracterizam os períodos geológicos.
• Importantes para datação e correlação dos
estratos de rochas marinhas.
• Forma e tamanho são variáveis, segundo
condições ambientais específicas.
• Importantes para estudos (paleo)ambientais.
Foraminíferos
• Por que são importantes?
• 4. Ampla distribuição geológica:
• Cambriano ao Recente. Registro amplo
possibilita reconhecer mudanças na forma e
tamanho das testas e mudanças no
comportamento (bentônico vs. planctônico),
bem como variações na diversidade e
abundância.
DISTRIBUIÇÃO AMBIENTAL
Foraminíferos
• Por que são importantes?
• 5. Ciclo reprodutivo curto:
• 6 meses a 1 ano, tornando-os particularmente
úteis para detectar e monitorar mudanças
ambientais de curta duração (poluição dos
sedimentos e da água).
• 6. Testa preserva elementos traços (isótopos
estáveis): Testas são secretadas em equilíbrio
isotópico com a água do mar.
• Variações nas concentrações de isótopos de O e
C das testas, permite inferior variações de
temperatura e salinidade das águas ao longo do
tempo.
• Os microfósseis podem também revelar a idade das
rochas, desde que a distribuição de uma espécie
esteja limitada a um curto intervalo de tempo, ou
seja, que uma espécie tenha surgido, evoluído e
extinguido em algumas centenas de milhares de anos
– fóssil guia.
• Sua presença nas rochas pode indicar o tipo de
ambiente que ali existia.
• E o que sabemos hoje sobre o desenvolvimento e
estabilidade dos ecossistemas globais atuais tem
muita contribuição do registro dos microfósseis,
especialmente daqueles grupos que estão na base da
cadeia alimentar.
Icnofósseis
Tipos de fósseis: Icnofósseis
• São marcas da atividades de um organismo
quando em vida.
• As atividades são classificadas por tipo:
marcas de repouso, alimentação ou atividade
dinâmica.
• Traço.
• São marcas indistintas, detectáveis apenas em
laboratório, sem que seja possível sua
atribuição a qualquer grupo de animal ou
vegetal.
Icnofósseis

 Quaisquer vestígios indicadores da presença de


organismos viventes em tempos geológicos
pretéritos.
 Categorias
 pegadas e pistas
 Coprólitos e Gastrólitos
 Ovos
 Etc.
Icnofósseis
• Um grupo importante de fósseis que evidenciam
apenas as atividades de organismos.
• Estas marcas, dependendo das características que
variam devido ao tipo de atividade que o animal
exercia quando ela foi produzida, recebem nomes
científicos.
• Estas podem apresentar muitas formas, e ocorrem
em ambientes determinados no fundo marinho, de
modo que o paleontólogo pode interpretar que tipo
de ambiente ocorreu no tempo de deposição
daquelas rochas pelo reconhecimento correto de
cada marca.
Icnofóssil, pista de trilobita
Nome: Cruziana
Idade: Siluriano
Procedência: Bolívia
Notopus petri (pegada
de anfíbio fóssil)
Idade: Devoniano
Estratigrafia:
Formação Ponta
Grossa
Procedência: BR 376,
km 175, Tibagi, PR
Pegadas do mamífero Brasilichnum elusivum
(sem deformação na superfície da areia, com
unhas bem marcadas)
Idade: Cretáceo Inferior
Procedência: Araraquara
Pegadas do mamífero Brasilichnum
elusivum
(com deformação na superfície da areia)
Idade: Cretáceo Inferior
Procedência: Araraquara
Icnofósseis
Arthrophycus sp.
Idade: Siluriano
Procedência: Mato Grosso do Sul
ICNOFÓSSEIS

• Importância:
– Atividades feitas em vida
– registro de animais de corpo mole
– diversidade de comportamento das assembléias
fossilíferas
– grau de retrabalhamento do sedimento pelos
organismos
– interpretação paleoambiental e paleoecológica
ICNOFÓSSEIS

• Principais atividades produtoras de icnostruturas


– Deslocamento: pegadas, pistas, trilhos, etc.
– Alimentação: marcas de dentadas, gastrólitos,
coprólitos, etc.
– Habitação: galerias, tocas, túneis, etc.
– Reprodução: ovos, posturas, ninhos, etc.
ICNOFÓSSEIS

• Classificação Etológica:
– Icnitos de locomoção (Repichnia)- vestígios de
locomoção
– Icnitos de habitação (Domichnia) – escavações e
perfurações
– Icnitos de descanso (Cubichnia) - interrupção do
deslocamento
– Icnitos de alimentação (Fodinichnia)
– Icnitos de pastagem (Pascichnia)
– Icnitos de escape (Fugichnia) – bivalves
Paleoecologia
Paleoecologia

• A Paleoecologia, como a moderna ecologia, busca


estabelecer as relações entre os organismos e o
meio, numa escala muito mais ampla que aquela
observada pelo homem e, assim, fornecer evidências
que permitam igualmente, reconstituir os
paleoclimas e a paleogeografia do globo.
Paleoecologia
• Icnofósseis e Paleoecologia:
• Diferentemente da maioria dos outros fósseis, que
são produzidas apenas após a morte do organismo,
traços fósseis nos fornecem um registro da atividade
de um organismo durante a sua vida.
• Estas impressões científicas dão indícios de como
esses animais viviam.
Paleoecologia
• Pegadas fósseis podem fornecer informações como a
velocidade, peso e comportamento do organismo
que as fizeram.
• Tais traços fósseis são formados quando os animais
atravessaram um solo macio e provavelmente
molhado, lama ou areia, que mais tarde endureceu o
suficiente para reter as impressões antes da próxima
camada de sedimentos serem depositadas.
• Assembléias de vestígios fósseis ocorrem em
determinadas profundidades de água e também
podem refletir a salinidade e a turbidez da coluna de
água.

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