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COOPERADAS
P896i
IRIS: Integração de renováveis intermitentes – um modelo de [...] /
organização Fernando Amaral de Almeida Prado Jr., Marcos Leone Filho,
Osvaldo Livio Soliano Pereira. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Synergia, 2020.
400 p. : il. ; 15,5cm x 22,5cm.
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-86214-25-3
CDD 333.7932310981
CDU 338.58:621.311(81)
Apresentação V
APRESENTAÇÃO
Apresentação VII
transferências de renda, que decorrem da criação de incentivos e subsídios,
e dos novos modelos de negócios que aceleram a oferta de sistemas de gera-
ção distribuída. Nesse ambiente de grande complexidade, os impactos tec-
nológicos propiciam a expansão crescente de oferta das FRIs, mas acabam
exigindo que o Estado Regulador seja interveniente para arbitrar os custos
decorrentes de riscos de mercado (que afetam a indústria con igurada com
características de investimentos de longo prazo), os custos decorrentes do
aumento da complexidade da operação e seus re lexos nos custos de curto
prazo. Ainda na vertente dos custos de curto prazo, o capítulo aborda o cha-
mado Efeito de Ordem de Mérito (EOM), qual seja a redução de preços de
curto prazo1 que afetam a rentabilidade de usinas convencionais, tornando
mais di icultosa a sua existência, embora sejam imprescindíveis para equili-
brar a intermitência, pelo menos no status tecnológico atual. Esse paradoxo,
em que a presença de preços muito baixos, os quais podem ser negativos,
afeta toda uma cadeia de infraestrutura convencional.
No capítulo 7, são abordados os impactos operativos decorrentes da
oferta crescente de FRIs e da Geração Distribuída de Pequena Escala. Neste
capítulo, o livro aborda uma visão internacional dos procedimentos ope-
rativos e da complexidade organizacional representada pelas entidades
de operação independentes.2 Tal complexidade não se restringe apenas ao
formato organizacional das entidades, mas também a uma di iculdade ope-
rativa crescente na dinâmica do tempo de resposta requerido pelo sistema
interligado, com intervalos de tempo cada vez mais estreitos para que uma
ação seja efetivada, sendo que essa demanda tem ocorrência cada vez mais
frequente. Esse contexto exige mais e mais tecnologia, sendo que parte rele-
vante do projeto IRIS trata da geração de suporte de tecnologia para esses
desa ios, que são mais bem explicados nos capítulos 12 e 13. O capítulo
7 ainda descreve a complexidade advinda das discussões relacionadas à
necessidade de reservas disponíveis para o suporte a demandas que resul-
tam da intermitência das fontes renováveis. Finalmente, este capítulo trata
da discussão de um tema que, no estágio atual da tecnologia, encontra-se
1
No Brasil, representado pelos denominados Preços de Liquidação de Diferenças (PLDs).
2
Usualmente, os RTO e/ou ISO, respectivamente Regional Transmission Operator e
Independent System Operator.
Apresentação IX
jeto e das razões que direcionaram sua execução. O capítulo retrata deta-
lhadamente os modelos desenvolvidos, os principais resultados e as aplica-
bilidades previstas, além de outras que emergiram dos desenvolvimentos,
mesmo não tendo sido inicialmente almejadas. Neste capítulo de apresen-
tação, cabe destacar que o capítulo 12 representa a síntese essencial do
projeto IRIS naquilo que se trata de desenvolvimento propriamente dito.
O capítulo 13 apresenta exemplos das potencialidades que o projeto e
seus desenvolvimentos podem oferecer à indústria de energia elétrica bra-
sileira com a crescente presença das FRIs. Por meio de exemplos práticos,
são analisadas as perspectivas futuras da inserção das FRIs. Nesse capítulo,
são tecidas ainda as considerações sobre as transformações que podem
ocorrer em prazos mediatos e de longo prazo, a partir das investigações
desenvolvidas.
O capítulo 14 apresenta as principais conclusões do projeto, avalia os
impactos que os trabalhos realizados permitem serem feitos no contexto da
realidade tecnológica e regulatório vigente. No entanto, como um projeto
de P&D serve também para provocar a regulação e a concepção de políticas
públicas, esse capítulo também traz sugestões que permitem às entidades
institucionais, entre elas o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Empresa de Pesquisa Energética
(EPE) e, principalmente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),
re lexões sobre oportunidades de melhoria na administração do Sistema
Interligado do sistema elétrico em face da expansão irresistível das FRIs.
Cabe ao inal deste capítulo de apresentação a sugestão de que sua
leitura possa ocorrer de forma descontinuada dentre os diversos capítu-
los conforme o interesse do leitor, não sendo exigido, para a compreensão
de um assunto determinado, que os capítulos precedentes sejam conheci-
dos. Os textos foram sempre construídos de forma a permitir sua leitura de
acordo com o interesse especi ico de cada leitor. Por esta razão, as seções
iniciais de cada capítulo apresentam uma ligeira introdução, mesmo cor-
rendo-se o risco de ser, às vezes, repetitivo.
Prefácio XIII
rápidos para os respectivos controles de tensão e frequência, entre outros.
A preci icação e iciente de tais atributos não é algo trivial. Na agenda de
modernização do setor elétrico brasileiro, há uma tarefa, coordenada pela
ANEEL, de aprimoramento do mercado de serviços ancilares.
Uma mudança de paradigma que o setor elétrico global tem tido bas-
tante di iculdade em induzir é a maior Participação da Demanda, por
meio da qual os consumidores também podem responder aos sinais de
preços e deslocar o consumo da ponta para períodos de menor demanda
ou de sobra de oferta intermitente. Cada vez mais, tem sido permitido que
os consumidores participem dos mercados de energia, capacidade e ser-
viços ancilares, seja individualmente ou representados por um agregador
de recursos distribuídos. A ANEEL tem um projeto piloto de resposta da
demanda, em conjunto com o ONS, com o objetivo de aprimorar os sinais
econômicos e assegurar a efetividade da participação de demanda na ges-
tão da rede elétrica.
Diversos especialistas apontam o Gás Natural como o combustível da
transição energética, uma vez que combina baixas emissões de carbono
com capacidade de despacho, controle e rampas rápidas e, assim, trará a
simbiose perfeita com as fontes intermitentes. No Brasil, há grande dis-
cussão acerca do aproveitamento do gás natural do pré-sal e de explora-
ção de gás em terra, sendo os leilões regulados uma oportunidade para
assegurar o inanciamento aos projetos.
As Linhas de Transmissão são fundamentais para permitir maior
inserção de renováveis e, ao mesmo tempo, ampliar as capacidades de
intercâmbio, de modo que a intermitência das fontes possa ser comple-
mentada por geração despachável de outras partes do sistema elétrico.
No Brasil, os leilões de transmissão têm contratado capacidade relevante,
tanto para permitir o escoamento das fontes renováveis intermitentes,
quanto para ampliar a capacidade de intercâmbio entre os submercados,
como já se observa na região Nordeste do Brasil. Esta, graças à exube-
rante geração eólica e aos grandes limites de intercâmbio, mudou a carac-
terística de região tipicamente importadora para exportadora de energia,
principalmente no segundo semestre de cada ano com a exportação de
excedentes para as outras regiões do país.
A inserção de Recursos de Armazenamento pode oferecer lexibili-
dade e segurança à operação do sistema, graças à capacidade de armazenar
Prefácio XV
79%. Contudo, quando se avalia o mesmo dado para os municípios que
tiveram a instalação de usinas eólicas no período, observa-se um aumento
no PIB per capita consideravelmente superior: 164%. Esse e outros indi-
cadores mostram o potencial das fontes intermitentes de alterar profun-
damente o cenário econômico em regiões com baixo desenvolvimento
humano, de forma que a energia elétrica farta, barata e, principalmente, a
partir de fontes renováveis contribua de forma decisiva para o desenvol-
vimento econômico e para a redução da pobreza.
Concluímos, portanto, que o Brasil e o mundo vêm buscando soluções
políticas e regulatórias para que a inserção das renováveis intermitentes
ocorra com segurança do abastecimento, modicidade tarifária e correta
alocação de custos. Compreender o processo de transição energética, a
inserção de renováveis intermitentes e suas consequências é vital para
que sejam desenhadas soluções regulatórias inteligentes para transfor-
mar essa oportunidade em bene ícios para a sociedade. Desejo a todos
uma ótima leitura!
1.1 Introdução
&$*5
&$*5
&$*5
$QR
1RYD
1RYD$FXPXODGD
Fonte: ABEEólica, 2020.
$QQXDODGGLWLRQV3UHYLRXV\HDU·VFDSDFLW\
Fonte: REN21, 2020.
+LVWRULFDO /RZ6FHQDULR 0HGLXP
GDWD +LJK6FHQDULR 6FHQDULR
Fonte: Solar Power Europe, 2020.
2.1 Introdução
(QHUJ\(PLVVLRQV
,QGXVWU\ 2WKHUHQHUJ\
UHODWHG
3RZHU
:DVWH
7UDQVSRUW
$JULFXOWXUH
%XLOGLQJV /DQGXVH
1RQ(QHUJ\(PLVVLRQV
Fonte: Stern, 2007.
1
A Agência Internacional de Energia (IEA, 2019a) calcula a oferta global de energia pri-
mária de 585 EJ, em 2017.
2
ppm – partes por milhão.
3
Segundo a UNFCCC (2015): “os cenários de mitigação nos quais é provável que a
mudança de temperatura causada pelas emissões antrópicas de GEE possam ser manti-
dos abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais são caracterizados por concen-
trações atmosféricas em 2100 de cerca de 450 ppm de CO2eq (alta con iança)”.
Figura 2.2 Emissões de gases de efeito estufa por setores econômicos em 2010
(OHFWULFLW\DQGKHDWSURGXFWLRQ (QHUJ\
$)2/8
,QGXVWU\
%XLOGLQJV
*W&2HT 7UDQVSRUW
7UDQVSRUW
%XLOGLQJV
,QGXVWU\
2WKHU(QHUJ\ $)2/8
'LUHFW(PLVVLRQV ,QGLUHFW&2(PLVVLRQV
Fonte: IPCC, 2014.
4
Carbon capture and storage.
5
Bio-energy carbon capture and storage.
$)2/8)RVVLOHQHUJ\&22WKHULQGXVWULDOSURFHVVHV
Fonte: IPCC, 2014.
6
Nationally Determined Contribution.
Figura 2.4 Emissões globais de CO2 relacionadas à energia por cenário 2030
*W
,1'&6FHQDULR%ULGJH6FHQDULR6FHQDULR
Tabela 2.1 Projeções de emissões de CO2 nos cenários da IEA para 2040 (MtCO2)
Novas Políticas 450ppm - Desenvolvimento Sustentável
2015 38.037 19.300
2016 36.673 18.777
2017 36.290 18.427
2018 35.692 18.310
2019 35.881 17.647
Fonte: IEA, vários anos.
*W
$,1'&6FHQDULR%ULGJH6FHQDULR6FHQDULR
Fonte: IEA, 2015.
(OHFWULFLW\PL[
576 '6 %'6
)RVVLOZR&&6)RVVLOZLWK&&61XFOHDU
%LRHQHUJ\ZLWK&&65HQHYDEOHV
Fonte: IEA, 2017b.
7
Tracking Clean Energy Progress.
5(
5HPDSFDVH
&RDO 1XFOHDU
2LO *HRWKHUPDO +\GURH[FOSXPSHG
&63 %LRHQHUJ\ 2WKHUVLQFOPDULQH
6RODU39 1DWXUDOJiV :LQGRQVKRUHDQGRIIVKRUH 5HPDSFDVH
1DWXUDOJDV 5HQHZDEOHV &RDO 1XFOHDU
/RZRLODQG +LJKRLODQG
5HIHUHQFH JDVUHVRXUFH 5HIHUHQFH JDVUHVRXUFH
DQGWHFKQRORJ\ DQGWHFKQRORJ\
6RODU :LQG 2LODQGJDV 1XFOHDU 2WKHU &RDO
Fonte: EIA, 2019b.
*W&2
:(&0,
:(&0,
([[RQ
6KHOO2FHDQ
6KHOO0RXQWDLQ
,UHQD5(0DS
,UHQD5(0DS
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,UHQD5HI&DVH
,($136
:(&86
,($6'6
:(&86
23(3
'19*/
'19*/
%3(7
%357
%30RUHHQHUJ\
0D.LQVH\
6KHOO6OF\
:(&+5
:(&+5
7HVNH
&HQiULR
Fonte: Elaboração própria com dados das entidades listadas no gráfico.
&RDO
2LO
&RDO
*DV &RDO
%LRPDVV 2LO
%LRPDVV
Fonte: IEA, 2016.
Figura 2.13 Emissões de CO2 ligadas ao setor de energia sob dois cenários
1HZ3ROLFLHV6FHQDULR
*W
&OHDQ$LU6FHQDULR
&DUERQGLR[LGH 6XOIXUGLR[LGH 1LWURJHQR[LGH
8
O relatório do Greenpeace com o ranking das piores fontes de SO2 no mundo atribui 31%
das emissões desse poluente nesses hotspots ao carvão, em 2018 (Greenpeace, 2019).
3.1 Introdução
9
Potencial que pode ser disponibilizado pelas tecnologias existentes, mas ainda sem con-
siderar fatores econômicos e políticos.
Alemanha India
Espanha Dinamarca
Três outros estudos (Grubb e Meyer, 1993; WEC, 1994; Krewitt et al.,
2009), apresentados no já citado relatório do IPCC (Wiser et al., 2011), esti-
mam a disponibilidade do recurso eólico no mundo, fazendo sua distribuição
entre os continentes. Apenas o já mencionado estudo de Lu et al. (2009) não
coloca a América do Norte como a maior detentora do recurso eólico global. A
América Latina icaria com um total entre 9% e 11% do recurso eólico global.
A Tabela 3.1 apresenta o resultado dessas comparações.
Europa
Europa Ocidental 9 7 Europa OECD 5 Europa OECD 4
Ocidental
América Latina e
América Latina 10 11 América Latina 10 América Latina 9
Caribe
Leste Europeu
Europa
Leste Europeu e Comunidade
Economias em não-OECD e
e Antiga União 20 dos Estados 22 17 26
Transição Antiga União
Soviética Independentes
Soviética
(CIS)
África do Norte
8
e Oriente Médio
(QHUJLD(yOLFD (QHUJLD6RODU
ÌQGLD
%UDVLO
-DSmR
&RUHLD
&KLQD
$OHPDQKD
(VSDQKD
)UDQoD
&DQDGi
$XVWUiOLD
&KLQD
$XVWUiOLD
)UDQoD
&DVDTXLVWmR
6XGmR
&DVDTXLVWmR
6XGmR
Fontes: Energy Numbers, 2020a; Energy Numbers, 2019; Energy Numbers, 2020b; GOV.UK, 2020; EIA, 2020;
ONS, 2020.
E\SURMHFW&2'
<HDU ¶ ¶ ¶ ¶
RI*:
6RXUFH%HUNHOH\/DE
*HQHUDWLRQ:HLJKWHG$YHUDJH ,QGLYLGXDO3URMHFW
10
NIMBY signi ica nunca no meu quintal no acrônimo em inglês.
3.3 Conclusões
Referências:
ALMEIDA PRADO JR., F. A. Considerações sobre a aceitação social de usinas eólicas- Existe Consenso?
XXV Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, Belo Horizonte, 2019.
BELL, D. et al. Re-visiting the ‘social gap’: public opinion and relations of power in the local poli-
tics of wind energy. Environmental Politics, v. 22, n. 1, p. 115-135, 2013.
DEPARTMENT FOR BUSINESS, ENERGY AND INDUSTRIAL STRATEGY (BEIS). Energy and Climate
Change public attitude tracker. 2018.
DIÓGENES, J. R. F.; CLARO, J.; RODRIGUES, J. C. Barriers to onshore wind farm implementation in
Brazil. Energy Policy, v. 128 p. 253-266, 2019.
ELLIS, G.; FERRARO, G. The social acceptance of wind energy: Where we stand and the path ahead.
Luxembourg: Publications of ice of the European Union. EUR 28182 EN, Joint Research Centre
(JRC), European Commission, 2016.
ELTHAM, D. C.; HARRISON, G. P.; ALLEN, S. J. Change in Public attitudes towards a Cornish wind
farm: implication for planning. Energy Policy, v. 36, p. 23-33, 2008.
4.1 Introdução
Empréstimos conversíveis ou a
Financiamento Garantia
juros subsidiados
público
Empréstimo
Compras Verdes
Quotas
Quantidade
Leilões
Tarifas Fixas
Preço
Tarifas-prêmio
Compra de energia
Regulatórias Qualidade verde
Etiquetagem verde
Net-metering
Prioridade de acesso
Acesso
Prioridade de
despacho
Fonte: Adaptado de Mitchell et al. 2011.
11
O relatório da Global Commission on the Geopolitics of Energy Transformation usa como
referência o Global Status Report 2018.
(QHUJ\WDUJHW
7D[LQFHQWLYHV
$XFWLRQV7HQGHUV
6HOIJHQHUDWLRQLQFHQWLYHV
)HHGLQWDULIISUHPLXP
'HEW(TXLW\LQFHQWLYHV
8WLOLW\UHJXODWLRQ
12
O RPS vigente na Califórnia antecipou de 2030 para 2025 a meta de 50% da eletricidade
ao consumidor inal como sendo de origem renovável estabeleceu 60% para 2030.
13
No inal de junho de 2019, já estavam lançados oito spot-mercados (China Energy Policy
Newsletter, 2019a).
14
US$ 0,058/kWh a US$ 0,08/kWh.
15
Ao inal, esse volume foi aumentado para o caso da energia eólica, para completar a cota
não atingida pela biomassa.
5.1 Introdução
A ampla penetração das FRIs pode, como discutido nos capítulos anterio-
res, ser explicada por razões ambientais, pela disponibilidade de recursos
e pela existência de políticas de incentivo. No entanto, essas razões, indivi-
dualmente ou em conjunto, poderiam ser su icientes se não existissem as
tecnologias disponíveis e os mercados desejosos dessas soluções. Esse capí-
tulo analisa essa dimensão – Tecnologias e Mercados – como um fator com-
plementar essencial aos aspectos já analisados nos capítulos anteriores.
86':
-DQ
-XO
-DQ
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-DQ
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([LVWLQJ ([SHFWHG
*OREDOZHLJKWHGDYHUDJH 8SFRPLQJWXUELQHPRGHOV
0:
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WXUELQHGLPHQVLRQV
5'!P
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b) 0: 5' P
0: 5' P
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5' P
1DPHSODWHFDSDFLW\0:
%UDVLO 'HQPDUN )UDQFH
&KLQD &DQDGD ,UHODQG
7XUNH\ *HUPDQ\ 8QLWHG.LQJGRP
,QGLD 6ZHGHQ 8QLWHG6WDWHVRI$PHULFD
9LUJLQUHVRXUFH
1RQYLUJLQUHVRXUFH
1RQYLUJLQ 5HF\FODEOH
UHVRXUFH FRPSRVLWH
2WKHU
LQGXVWU\
&RPSRQHQW
'LVDVVHPEO\ SURGXFWLRQ
1H[WJHQHUDWLRQWXUELQHV
)ORDWLQJIRXQGDWLRQV
$LUERUQHZLQG
5HODWLYHLPSRUWDQFH
,QWHUJUDWHGWXUELQHDQGIRXQGDWLRQLQVWDOODWLRQ
+9'&LQIUDVWUXFWXUH
'&SRZHUWDNHRIIDQGDUUD\FDEOHV
6LWHOD\RXWRSWLPLVDWLRQ
,QFUHDVHGWXUELQHUDWLQJ
5HGXFLQJHOHFWULFDOLQIUDVWUXFWXUH
:LQGIDUPOHYHOFRQWUROVWUDWHJLHV
%ODGHGHVLJQDQGPDQXIDFWXUH
3HUVRQQHODFFHVVV\VWPV
2QVKRUHWXELQHSUHFRPPLVVLRQLQJ
6HOILQVWDOOLQJIRXQGDWLRQV
Referências
BADE, Gavin. Storage will replace 3 California gas plants as PG&E nabs approval for world’s largest
batteries. 2018. Disponível em: https://www.utilitydive.com/news/storage-will-replace-3-cali-
fornia-gas-plants-as-pge-nabs-approval-for-worl/541870/. Acesso em: 20 nov. 2019. Publicado
em 2018.
CANAL ENERGIA. BWP 2019: ventos favoráveis para a expansão eólica. 2019. Disponível em:
https://www.canalenergia.com.br/especiais/53101848/bwp-2019-ventos-favoraveis-para-a-
-expansao-eolica. Acesso em: 20 nov. 2019. Publicado em 2019.
DELINE, Chris et al. Bifacial PV System performance: separating fact from iction. 2019. Disponível
em: https://www.nrel.gov/docs/fy19osti/74090.pdf. Acesso em: 20 nov. 2019. Publicado em 2019.
DREAMWIND. Disponível em: http://www.dreamwind.dk/en/about/. Acesso em: 20 nov. 2019.
EQUINOR. Equinor — the world’s leading loating offshore wind developer. 2019. Disponível em:
https://www.equinor.com/en/what-we-do/hywind-where-the-wind-takes-us.html. Acesso em:
20 nov. 2019. Publicado em 2019.
FELDMAN, David; MARGOLIS, Robert. Q42018/Q1 2019 Solar Industry Update. 2019. Disponível
em: https://www.nrel.gov/docs/fy19osti/73992.pdf. Acesso em: 20 nov. 2019. Publicado em
2019.
FRAUNHOFER ISE. Photovoltaics Report. 2019. Disponível em: https://www.ise.fraunhofer.de/
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20 nov. 2019. Publicado em 2019.
GREEN, Martin A. et al. Solar cell ef iciency tables (version 54). Progress in Photovoltaics. Wiley,
2019.
HERING, Garrett. AES starts building largest battery peaker, highlighting technology’s potential.
2019. Disponível em: https://www.spglobal.com/marketintelligence/en/news-insights/latest-
-news-headlines/52610550. Acesso em: 20 nov. 2019. Publicado em 2019.
HORNSDALE POWER RESERVE. Strengthening the grid. 2017. Disponível em: https://hornsdale-
powerreserve.com.au/our-vision/. Acesso em: 12 out. 2020. Publicado em 2017.
IRENA. A New World – The geopolitics of the energy transformation. Disponível em: http://geo-
politicsofrenewables.org/Report. Acesso em: 12 out. 2020. Publicado em 2019a.
IRENA. Renewable Power Generation Costs in 2018. Publicado em 2019b.
4
Fonte: Almeida Prado Jr., 2020.
16
ISOs – no acrônimo na língua inglesa, são mais bem detalhados no Capítulo 7.
1XNH
'
:LQG +\GUR
4
Fonte: Almeida Prado Jr., 2020.
17
Essa discussão está detalhada no Capítulo 7.
18
Usinas de ciclo aberto, podendo mesmo atingir usinas que se utilizam de diesel.
19
Foram selecionadas duas publicações a título de exemplo na lista de referências (Stop
these things, 2014 e Stop these things, 2017).
20
Deve-se observar que a demanda é um fator exógeno perante a indústria de geração.
0RQ 7XH :HG
7KX )UL 6DW 6XQ
Fonte: Ziel et al., 2014.
6$WRWDOGHPDQG>0:@
6$SULFH>0:K@
5DQNHGPLQLQWHUYDOVRYHUWKHVWXG\SHULRG
6$SULFH 6$WRWDOGHPDQG 0RYLQJZLQGRZDYJH
(OHFWULFLW\SULFH0ZK
:LQGSRZHUSHQHWUDWLRQ
Fonte Milligan et al., 2009.
Caracterização de ocorrência
Embora preços negativos sejam muito raros na economia, eles podem ser
associados aos custos decorrentes da necessidade de estocagem de um
produto que não tenha demanda em determinado período e cuja produ-
ção não possa ser interrompida (Ambec e Crampes, 2017). Em abril de
2020, os preços de contratos futuros de petróleo para entrega em maio
do mesmo ano atingiram, pela primeira vez na história, preços negativos.
Esse fenômeno ocorreu basicamente pela incapacidade de os agentes
estocarem o produto face à redução da demanda provocada pela pande-
mia de COVID-19, o que ocasionou uma derrubada dos preços no afã de
zerar os compromissos (MegaWhat, 2020). A história econômica ainda
registra paradigmas que podem ser associados a esses custos negativos,
como a destruição de produtos para evitar sua depreciação no mercado.
21
Esses impactos de preços muito altos não serão objeto de análise nesse texto.
22
Na província de Ontario.
23
Na Califórnia existe maior evidência de exemplos.
24
Foram 146 horas em 2017 na Alemanha.
%LGWRVHOO; 3RZHU
%LGWREX\;
0:KIRUKLJKHVW VXSSO\
0:KIRUKLJKHVW
SULFH; FXUYH
SULFH;
3ULFHLQ(XUR0:K
1DWXUDOJDV
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%LGWRVHOOEX\DWVDPH
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0DUNHWFOHDULQJSULFH
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1XFOHDU
5HQHZDEOHV
3RZHU
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(OHFWULFLW\LQ0:KK FXUYH
%LGWRVHOO;
%LGWREX\;
0:KIRUKLJKHVW
0:KIRUKLJKHVW
SULFH;HJJDVILUHG
SULFH;
SRZHUSODQW
3RZHU
3RZHU VXSSO\
GHPDQG FXUYH
1DWXUDOJDV
5HQHZDEOHV
FXUYH
+DUGFRDO
1XFOHDU
/LJQLWH
(OHFWULFLW\LQ
0:KK
%LGWRVHOOEX\DWVDPH
ORZHVWSULFH;
0DUNHWFOHDULQJSULFH
25
Penetração é de inida como a relação entre a capacidade instalada e a demanda média
ou demanda mínima (neste caso resultando na penetração máxima).
26
Algumas usinas levariam um intervalo de tempo tal, que quando fosse atingido o desli-
gamento, os preços voltariam aos seus patamares de normalidade e demandariam uma
operação reversa e custosa, não só pelo gasto de combustível adicional nos ramp-up (ou
ramp-down) como pelo desgaste adicional dos equipamentos.
27
Este desa io vai exigir maior habilidade dessas usinas convencionais em preci icar seus
mercados de serviços ancilares.
28
Evidentemente, nessa condição, deixam de ter capacidade de arbitragem caso pudes-
sem ser ágeis no desligamento.
29
As externalidades podem ser positivas ou negativas.
30
Fica claro que os consumidores regulados, na verdade, inanciam a diferença de volume
transacionado com incentivos (TFIs, por exemplo) e aquele que ocorreria se tais incen-
tivos não existissem.
31
Pelo menos até que alternativas de armazenamento e resposta da demanda estejam
su icientemente estruturadas e com custos competitivos.
32
Nesse caso, poderia ocorrer um efeito rebote, pois o acúmulo de consumo nos horá-
rios noturnos, que seriam preferenciais para os prosumidores de sistemas fotovoltaicos
(PV), podem deslocar os horários de ponta e, consequentemente, encarecer a energia
consumida, reduzindo as vantagens econômicas desses arranjos.
6.6 Conclusões
Referências
ALMEIDA PRADO JR., F. A. How much is possible? An integrative study of intermittent and renew-
ables sources deployment. A case study in Brazil. In: JINGZHENG, R. (Ed.). Renewable-energy-
driven future: technologies, modelling, applications, sustainability and policies. Elsevier, 2020.
ALSAEDI, Y.; TULARAM, G. A.; WONG, V. Impacts of solar and wind prices on the integrated global
electricity spot and options markets: a time series analysis. International Journal of Energy
Economics and Policy, v. 10, n. 2, p.337-353, 2020.
AMBEC, S.; CRAMPES, C. Negative prices for electricity. Toulouse School of Economics, 2017.
Disponível em: https://www.tse-fr.eu/negative-prices-electricity. Acesso em: 14 out. 2019.
Publicado em outubro de 2017.
AMELANG, S.; APPUNN, K. The causes and effects of negative power prices. 2018. Disponível em:
https://www.cleanenergywire.org/factsheets/why-power-prices-turn-negative. Acesso em: 14
de outubro de 2019. Publicado em janeiro de 2018.
BADYDA, K.; DYLIK, M. Analysis of the impact of wind on electricity prices based on select
European countries. Energy Procedia, v. 105, p. 55-61, 2017.
BARBOUR, E. et al. Can negative prices encourage inef icient electrical energy storage devices?
International Journal of Environmental Studies, v.71, n. 6, p. 862-876, 2014.
BAR-LEV, D.; KATZ, S. A Portfolio Approach to Fossil Fuel Procurement in the Electric Utility
Industry. Journal of Finance, v. 30, n. 3, 1976.
BODE, S.; GROSCURTH, H. M. The impact of PV on German Power Market. Zeitschrift fur
Energiewirtschaft, v. 35, n. 2, p. 105-115, 2011.
33
Não foram encontrados estudos envolvendo o EOM no mercado brasileiro.
7.1 Introdução
34
Anedota frequente contada no setor elétrico trata da satisfação além tumulo de Edison,
que diria: “eu sabia que estava certo...”.
tes da expansão de pequenas unidades de geração perto da carga, durante
muitos anos, ainda irá persistir o modelo tradicional.
Nos primeiros anos da indústria, os ajustes para manter a estabili-
dade das interconexões pioneiras eram uma tarefa muito di ícil e com
necessidade de frequentes adequações entre os operadores de diferentes
usinas. Isso ocorria mesmo com os principais consumidores industriais35,
que acabavam sendo desligados em caso de problemas. Até meados dos
anos 1930, no século XX, os ajustes eram manuais e requeriam contatos
telefônicos frequentes entre os operadores, sendo a baixa qualidade e a
insegurança do fornecimento marcas desse processo. Essas di iculdades
eram ainda agravadas pelo fato de que não existia uma padronização da
frequência, cuja convergência para 60 Hz começou a se consolidar apenas
por volta de 1920 (Cohn, 2017).
A crise econômica que permeou a década de 1930, ainda no século
passado, curiosamente foi uma motivadora de avanços na busca de maior
con iabilidade. O presidente Roosevelt, envolvido com os graves proble-
mas econômicos e sociais nos EUA, tentava de todas as formas socor-
rer a economia e minimizar o desemprego. A criação da Federal Power
Commission (FPC), do Tennessee Valley Authority (TVA) e a implementa-
ção de um amplo plano de eletri icação rural aumentaram a demanda pela
necessidade de maiores controles. Em 1935, a FPC declarou que a con ia-
bilidade dos sistemas elétricos não era apenas um problema de engenha-
ria, mas sim uma questão econômica e social e, como tal, requeria todos os
esforços possíveis no seu equacionamento (Cohn, 2017).
A segunda guerra ampliou a necessidade de sistemas con iáveis em
decorrência da grande demanda de energia para os ins industriais reque-
ridos no esforço bélico. Nos anos 1950, a corrida tecnológica era no sen-
tido de automatizar os controles de carga e geração na busca de econo-
mias para as concessionárias (Early, 1953). Apenas no inal dos anos 50, o
North American Power System Interconnection Committee (NAPSIC) pas-
sou a considerar a possibilidade de interconexões que fossem estendidas
costa a costa (Cohn, 2017).
35
Essas iniciativas podem ser consideradas como ações de Respostas da Demanda, mesmo
sem serem estruturadas como tal.
36
Independent System Operator (ISO).
37
Regional Transmission Organization (RTO).
38
Usinas cujos recursos naturais acontecem sem nenhum vínculo com as necessidades da
demanda, podendo ocorrer geração em momentos onde não existam requisitos para sua
produção.
39
O anexo apresenta um quadro geral da formação dos encargos dos sistemas no Brasil.
40
Sempre in luenciada de maneira decisiva pela dimensão econômica.
052
:(&& 13&&
5)
6(5&
7H[DV5(
41
Para saber mais sobre o NERC, consultar https://www.nerc.com/Pages/default.aspx.
42
Cabe observar que parte dos arranjos ísicos decorrentes da organização mostrada na
Figura 7.1 decorre de limitações ísicas impostas, por exemplo, pela cadeia de monta-
nhas rochosas que divide a interconexão leste da interconexão oeste.
43
Conexão em 230 kV ou acima.
44
Usinas que devem fazer parte da operação interligada no Brasil:
Usinas TIPO I: usinas conectadas na rede básica – independente da potência líquida inje-
tada no SIN e da natureza da fonte primária; ou usinas cuja operação hidráulica possa
afetar a operação de usinas Tipo I já existentes; ou usinas conectadas fora da rede básica
cuja potência líquida máxima injetada no SIN contribua para minimizar problemas ope-
rativos e proporcionar maior segurança para a rede de operação.
Usinas TIPO II: usinas não classi icadas como Tipo I, mas que afetam os processos de
planejamento, programação da operação, operação em tempo real, normatização, pré-
-operação e pós-operação. As usinas desse grupo são classi icadas em dois subgrupos:
Tipo II-A e Tipo II-B.
Tipo II-A: usinas térmicas – UTEs - não classi icadas como Tipo I e que têm Custo Variável
Unitário (CVU) declarado.
Tipo II-B: usinas não classi icadas como Tipo I, para as quais se identi ica a necessidade
de informações ao ONS, para possibilitar a sua representação individualizada nos pro-
cessos de planejamento, programação da operação, operação em tempo real, normati-
zação, pré-operação e pós-operação.
Conjunto de Usinas: um conjunto de usinas é composto por usinas Tipo II-C. Um conjunto
de usinas conectadas fora da rede básica será constituído quando um grupo de usinas
totalizar uma injeção de potência signi icativa em uma determinada subestação do SIN ou
em um ponto de conexão compartilhado, com impacto na fronteira da rede básica.
45
Se um determinado acessante potencial pudesse gerar mais empregos na sua unidade
fosse atendido em detrimento de outro acessante que se encontrasse com pedido mais
antigo, mas gerando menos bene ícios.
0ZKRIORDG
.:KRIVRODU
RXWSXW
+RXU
6RODURXWSXW 7(3ORDG
0HDQIRUHFDVWHGVRODURXWSXW
0HDQIRUHFDVWHG7(3ORDG
Fonte: (Gowrisankaran et al., 2016.
0HJDZDWWV
DP DP DP DP SP SP SP SP
+RXU
Fonte: CAISO, 2016.
7LPHKRXURIGD\
6HFRQGVWR 7HQVRIPLQXWHV
WRKRXU 'D\
PLQXWHV 4DIFEVMJOH
3FHVMBUJPO -PBEGPMMPXJOH
'D\V
8QLWFRPPLWLPHQW
3DUDFDGDPrVVHOHFLRQDVH 9HULILFDVHHP
KRUDDKRUDLQGHSHQGHQWH UHODomRDRDQR 0:
GRGLDDFDSDFLGDGHGH DQWHULRUTXDOIRL
UHVHUYDQRDQRDQWHULRU RLQFUHPHQWRGH
FDSDFLGDGH 8WLOL]DVHSDUD
LQVWDODGDHP DTXHOHSRVWR
0:GDV)OV KRUiULRQRPHVPR
PrVDFDSDFLGDGH
GHUHVHUYDTXHIRL
!0: UHTXHULGDQRDQR
DQWHULRU
8WLOL]DVHXPPXOWLSOLFDGRUSDUDDUHVHUYDGHFDSDFLGDGH
TXHIRLUHTXHULGDQRDQRDQWHULRUQRPHVPRSRVWRKRUiULR
2PXOWLSOLFDGRUpFDOFXODGRFRPRVHQGRDYDULDomRGH
FDSDFLGDGHLQVWDODGDGDV)OVHPUHODomRDRDQRDQWHULRU
HP0:
0:
WLPH
*:
7LPH
46
Com aumento do consumo de combustíveis.
Referências:
ACKERMANN, T. et al. Integrating variable Renewables in Europe. IEE Power& Energy, v. 13 p.
67-77, 2015.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL). ANEEL aprova orçamento trienal do ONS.
2019. Disponível em https://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa/-/asset_publisher/zXQRE-
z8EVlZ6/content/id/18767840. Acesso em: set. 2019. Publicado em 2019.
ASMUS, P. How California hopes to manage the intermittency of wind power? The Electricity
Journal, p. 48-53, 2003.
BAKKE, Gretchen. The Grid: The fraying wires between Americans and our energy future.
Bloomsbury, 2016. 364p.
CALIFORNIA INDEPENDENT SYSTEM OPERATOR (CAISO). What the duke curve tell us
about managing a green grid. 2016. Disponível em: http://www.caiso.com/Documents/
FlexibleResourcesHelpRenewables_FastFacts.pdf. Acesso em: 09 fev. 2020. Publicado em 2016.
CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (CCEE). Encargos de Serviços de
Sistema (ESS). Disponível em: https://www.ccee.org.br/portal/faces/pages_publico/o-que-
-fazemos/como_ccee_atua/ess_contab?_afrLoop=1206881507068475&_adf.ctrl-state=kwu-
gbakhp_99#!%40%40%3F_afrLoop%3D1206881507068475%26_adf.ctrl-state%3Dkwu-
gbakhp_103. Acesso em: 09 fev. 2019.
COHN, J. A. The Grid- Biography of an American technology. MIT Press, 2017. 336 p.
DAMÉ, L. Dilma reage ao ONS. Jornal O Globo, 6 fev. 2014.
EARLY, E. D. Central Power Coordination Control for maximum System economy. Electric Light
and Power, v. 14, p. 96-98, 1953.
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Electricity/Rules-and-Regulations/Regulations-for-grid-connection. Acesso em: 15 out. 2018.
Publicado em 2018.
ENERGY NETWORK AUSTRALIA (ENA). Distributed energy resources grid connections guidelines.
Framework and principles. Cutler Merz Pty Ltd, 2018.
FARES, R. Renewable energy intermittency explained: challenges. solutions and opportunities.
Scienti ic American, 2015. Disponível em: https://blogs.scienti icamerican.com/plugged-in/
47
O PLDx é calculado anualmente pela CCEE e publicado em até cinco dias úteis após a
divulgação da contabilização do mês de dezembro, considerando as diretrizes abaixo na
seguinte ordem:
I) Calcular o PLD mensal por submercado desde janeiro de 2001 até dezembro do ano
anterior ao cálculo do PLDx;
II) Calcular o PLD médio mensal dos submercados ponderado pelo consumo anual no
centro de gravidade de cada submercado contabilizado na CCEE no ano civil anterior ao
cálculo do PLDx;
III) Atualizar o PLD médio mensal dos submercados pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA - referenciado a dezembro do ano anterior ao cálculo do PLDx;
IV) Limitar o PLD médio mensal dos submercados aos valores vigentes de PLD máximo
e mínimo do ano corrente ao cálculo do PLDx; e
V) Obter a mediana dos valores do inciso IV.
48
Da mesma maneira que fatos extraordinários levam a uma operação diferente do des-
pacho econômico preconizado na situação ex ante, algumas situações podem levar a
uma redução da operação indicando saldo sobre a arrecadação desenvolvida de forma
preliminar.
(QFDUJRVGH6HUYLoRVGR6LVWHPD(66
7RWDOGHUHFXUVRVDMXVWGR
7RWDOGRVHQFDUJRVSRU
SDUDDOtYLRGH(66
VHJXUDQoDHQHUJpWLFD
$MXVWHGRVHQFDUJRVDSXUDGRV
&RQVROLGDomRGRVHQFDUJRV
8.1 Introdução
(yOLFD
5HYHUVLYHLV )RWRYROWDLFD
&RJHUDomR
%LRPDVVD
*HRWHUPLFD 0DUpV
49
Conforme citação de Santos et al. (2012).
50
Efeitos de Mudanças Climáticas no Regime Hidrológico de Bacias Hidrográ icas e na
Energia Assegurada de Aproveitamentos Hidrelétricos.
1LxRV
Fonte: Pinto et al., 2011.
-DQ )HY 0DU $SU 0DL -XQ -XO $JR 6HW 2XW 1RY 'H]
9HQWRV&KXYDV
Fonte: Pinto et al., 2011.
Sistemas de Transmissão
51
Linhas de Transmissão, subestações, redes de distribuição, entre outras facilidades,
genericamente denominadas de LTs.
52
Nesse caso, podem nem mesmo serem ofertas de FRIs, como bem exempli icam usinas
térmicas a carvão, localizadas junto à jazida (boca da mina, no jargão usual).
1RUPDOL]HG6LJPD
052 13&&
:(&&
5)&
633
6(5&
)5&&
:HVWHUQ
(DUWHUVQ
,QWHUQQHFWLRQ 75( ,QWHUQQHFWLRQ 0: 0:
0: 0:
0:
$OEHUWD
(OHFWULFV\VWHP
RSHUDWRU
$(6'
,QGHSHQGHQW
HOHFWHLFLW\V\VWHP
RSHUDWRU,(62
,621HZ
0LGHZHVW,QGHSHQGHQW (QJODQG572
WUDQVPLVVLRQV\VWHP
RSHUDWRU0,62572
3-0 572 1HZ<RUN
&DOLIRUQLD ,QWHUFRQQHFWLRQ ,QGHSHQGHQW
,QGHSHQGHQW 6RXWKZHVW 6\VWHP
V\VWHP 3RZHU3RRO RSHUDWRU
RSHUDWRU 633572 1<,62
&DLVR
(OHFWULF5HOLDELOLW\
FRXQFLORIWH[DV
(5&27,62
DUHDVDUHUDPSLQJGRZQQHDUO\
0:KU
([FHHVV5DPSLQJ
0:KU
+RXURIYHDURQHGDY
2ULJHPGHVWLQR
YDORUHVP~OWLSORV
3HUtRGR )LP
,QWUD%$0LOOLRQ0:0LOHV
!
Planejamento
Embora possa parecer paradoxal uma seção que trate do tema planejamento,
posto que toda a sistemática descrita neste capítulo represente per se ativida-
des de plani icação, é essencial evidenciar quão importante pode ser a visão
estruturada do planejador. A Figura 8.10 mostra o exemplo do NREL anteci-
pando cenários de grande penetração de renováveis (50% e 80%) para 2050
e tenta analisar a diversi icação geográ ica da localização de recursos.
53
BA - Área de consolidação do despacho ou balancing area.
54
CSP - sistemas solares para térmicas de concentração solar.
3RZHU*:
-XO -XO -XO -XO -XO -XO -XO -XO
'DWH
D6XPPHUSHDNORDGLQ
3RZHU*:
$SU $SO $SU $SU $SU $SU $SU $SU
'DWH
E/RZHVWFRLQFLGHQWORDGLQ
&XUWDLOPHQW
:LQG +\GURSRZHU *HRWKHUPDO
39 &63 1XFOHDU
*DV&7 %LRSRZHU 6KLIWHG/RDG
*DV&& &RDO /RDG
Fonte: Mai, 2012.
<HDU
5HVLGHQWLDO &RPPHUFLDO ,QGXVWULDO 7UDQVSRUWDWLRQ 3(9
Fonte: Mai, 2012.
55
PEV – Veículos elétricos.
3HUFHQW
<HDU
/RZ'HPDQG6DOHV +LVWRULFDO+(96WRFN6KLIWHG
/RZ'HPDQG6WRFN
Fonte: Hostick, 2012.
56
Ministro do petróleo da Arábia Saudita e dirigente da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP).
7KHRU\RISODQQHG%HKDYLRXU
$WWLWXGH
%DUULHUV
3HUFHLYHGFRQWURO $FWXDO%HKDYLRXUDOFRQWURO
57
Começarei na próxima segunda-feira.
58
Tema abordado no capítulo 11.
59
Pode-se questionar se isso seria mandatório para descartar iniciativas da RD?
60
Acrescente-se conhecer os trabalhos do Brattel Group, NREL e Edison Institute.
61
O capítulo 6 trata de vários exemplos dessas soluções disruptivas.
Referências:
AIGNER, D. J. The residential electricity time of use in price experiments: what have we learned.
Social Experimentation Conference, California, 1981.
ALMEIDA PRADO JR. et al. How much is enough? An integrated examination of energy security,
economic growth and climate change related to hydropower expansion in Brazil. Renewable &
Sustainable Energy Reviews, v. 53, p. 1132-1136, 2016.
ALMEIDA PRADO JR., F. A. Notas de reunião sobre Seminário CIGRE – CCEE sobre Resposta da
demanda. Não Publicado, 2016.
62
Arbitragem corresponde à compra da energia elétrica quando está barata para vendê-la
de volta à rede quando ica dispendiosa.
179 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
Candelise e Westacott (2017) analisaram o potencial do armazena-
mento distribuído para reduzir os impactos no luxo de energia no Reino
Unido. Segundo eles, o efeito líquido é um luxo de energia mais suave dos
níveis mais altos de tensão devido a uma melhor combinação de oferta e
demanda locais, reduzindo a necessidade de gerenciamento do luxo de
energia local e o reforço da rede. A análise indica ainda como o armazena-
mento pode ajudar a elevar a energia irme da fonte fotovoltaica, aumen-
tando sua contribuição para o pico da demanda diária, permitindo uma
melhor utilização de outras fontes de geração e reduzindo a dependência
de plantas de ponta.
Newbery (2018) compara a armazenagem com outras alternati-
vas, a saber: geradores de ponta, interconexões e resposta pelo lado
da demanda. Conclui que as baterias são capazes de serem muito úteis
quando implantadas estrategicamente em redes de distribuição em que
a expansão pode ser muito cara e disruptiva. Contudo, o autor a irma que
há fracos argumentos para subsídios signi icativos para a implantação de
armazenamento. Advoga, portanto, que seria mais efetivo garantir que
todos os serviços63 oferecidos pelo armazenamento sejam adequada-
mente remunerados.
Sakti et al. (2018), analisando a situação americana, mostram que
diferentes ISOs/RTOs permitem a participação do armazenamento de
energia em variados níveis. O já mencionado PJM permite a participação
do armazenamento de energia em seus mercados atacadistas, através dos
recursos de armazenamento de capacidade (CSR) e de energia (ESR). Já
o Regulamento de Gerenciamento de Energia (REM) da Califórnia ISO
(CAISO) permite que os recursos não-geradores (NGRs) participem nos
mercados de energia do dia seguinte (day-ahead) com base nas carac-
terísticas da tecnologia, levando em consideração o estado de carga da
bateria. Os autores consideram que a Resolução 841-FERC64 é a mais
importante mudança regulatória para os recursos de armazenamento de
energia. Finalizam propondo que etapas futuras devem incluir estruturas
63
Muitos deles de características ancilares.
64
A Resolução 841 determina que os ISOs / RTOs procedam às revisões necessárias nos
seus modelos de participação de forma a garantir que os recursos de armazenamento
de energia sejam autorizados a participar totalmente do mercado de capacidade, bem
como de outros mercados.
181 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
adequadamente o serviço de con iabilidade propiciado por este investi-
dor. Eles chamam a atenção para o fato de que, sendo os serviços de arma-
zenamento muito novos na indústria, existem muitas lacunas regulatórias
a serem preenchidas, seguindo a linha de Sakti et al. (2018). Bustos et al.
(2018) chegam a questionar se sistemas de armazenamento deveriam ser
classi icados como complementares ou como substitutos a estratégias de
expansão de sistemas de transmissão.
Giulietti et al. (2018) analisaram os potenciais econômicos do arma-
zenamento em baterias e em usinas reversíveis.65 Eles destacam os bene-
ícios decorrentes do custo de capital investido quando se comparam os
investimentos em usinas tradicionais e o armazenamento nesses equipa-
mentos. Obviamente, há que se comparar, nesta análise, a diferença de
investimento entre as duas alternativas. À medida que as baterias caiam
de preço, a alternativa de armazenamento deve ganhar competitividade,
pois a economia não reside apenas no custo de capital de novos investi-
mentos, mas também na postergação de investimentos em transmissão,
na demanda por combustível no ramping das usinas termelétricas e na
não necessidade de utilização de usinas de baixa e iciência, como por
exemplo geração a diesel. Os autores ainda destacam a redução de custos
operativos quando a volatilidade da produção aumenta e o ajuste da pro-
dução à demanda ica mais complexo.
Outra vantagem apontada por Condon et al. (2018) para os sistemas
de estocagem de energia elétrica diz respeito ao sistema de distribuição.
Nestes, as baterias podem funcionar como salvaguardas para desligamen-
tos da rede ou para permitir um melhor gerenciamento dos consumidores
sobre sua carga, em especial, aqueles que possuam sistemas de geração
distribuída e/ou estejam conectados em sistemas de tarifas dinâmicas,
como a tarifa branca no Brasil, por exemplo.
Gimon (2019) aponta como facilitadora para a expansão do armaze-
namento a propensão de governos estaduais, em especí ico, a Califórnia,
de incentivarem regulatoriamente a inserção de sistemas de armaze-
namento associados à potencialidade bené ica de aspectos ambientais
65
Deixam, no entanto, de levar em conta a estocagem em usinas de porte, provavelmente
por considerarem a disponibilidade desse tipo de solução como restrita a algumas regi-
ões especi icas, como seria o caso do Brasil, do Canadá e da Noruega.
66
À semelhança do que ocorre no Brasil, com a expansão da Geração Distribuída de
pequena escala, vista com restrições por muitas concessionárias, em um embate com a
indústria que se arrasta entre 2019 e 2020.
183 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
Apesar da “resistência” das ISOs/RTOs a esses sistemas, como LTs
virtuais, os operadores têm sido mais abertos à provisão de serviços anci-
lares67, inclusive, pela expectativa de que a demanda por estes irá somente
crescer com o aumento da penetração das FRIs.
Do ponto de vista do custo do armazenamento, voltando a Gimon
(2019), ele estima que o custo de um sistema capaz de prover 1 MWh pode
ser de US$ 300 a US$ 400, o que levaria a um pay back simples da ordem
de sete anos, considerando-se a realidade de mercado do ERCOT na região
de Houston. Obviamente, aquilo que pode ser considerado de uso restrito
pode se tornar disruptivo quando de uma redução substancial de preços.
Já segundo Preskill e Calalway (2018), uma capacidade de armazena-
mento igual a cinco horas da capacidade do sistema anularia as oportuni-
dades de arbitragem. Os mesmos autores, no entanto, advertem que essa
estimativa depende de muitas variáveis. Por exemplo, os preços relativos
dos investimentos em baterias e o preço médio do spot, da intensidade da
intermitência e dos aspectos locacionais desses sistemas de estocagem.
De qualquer forma, para capacidades de produção acima de 10 GWh de
capacidade instalada, os bene ícios tenderiam a ser desprezíveis.
No plano dos impactos ambientais e das externalidades, existem
controvérsias sobre a redução das emissões, pelo menos no curto prazo.
Alguns autores apontam um risco de aumento de emissões, entre eles:
Goteti et al. (2017), Craig et al. (2018), Condon et al. (2018), Bustos et al.
(2018), Brook (2014) e Hittinger e Azevedo (2019). Existe, assim, uma
fronteira de conhecimento sobre o tema inserção de sistemas de armaze-
namento associados com sistemas elétricos de grande penetração de FRIs
na redução de emissões no curto prazo.
Goteti et al. (2017) chamam a atenção para o efeito reverso de
aumento das emissões por conta de armazenamento que irá depender
da situação inicial do sistema, da infraestrutura existente de geração de
base (ou de fontes must-take), dos preços relativos de combustíveis fós-
seis e da existência de obrigações regulatórias relacionadas a quotas e/
ou certi icação de baixo carbono. Seus estudos foram desenvolvidos em
dois sistemas interligados americanos, o Mid Continent ISO (com grande
67
Regulação de frequência, controle de tensão, reservas de capacidade e geração de emer-
gência, por exemplo.
185 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
ses índices energéticos com armazenamento representa o gasto energético
na fabricação das baterias (e/ou outra alternativa de armazenamento) e
suas condicionantes (por exemplo, perdas nos ciclos de carga e descarga).
6HOIXVH
1HW
HQHUJ\
3RZHU 3RZHUWR
JHQHUDWLRQ FRQVXPHU
&XPXODWLYH
VWDUWV
HQHUJ\
SURGXFWLRQ
7LPH
&XPXODWLYH
HQHUJ\ 6KXWGRZQ
FRVWV
&RQVWUXFWLRQ 2SHUDWLRQDOOLIHWLPH 'HFRPPLVVLRQLQJ
6WDUWRISURMHFW (QGRISURJHFW
187 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
Figura 9.2 Inovações tecnológicas facilitadoras
(OHFWULFLW\ 8WLOLW\VFDOHEDWWHULHV
VWRUDJH %HKLQGWKHPHWHUEDWWHULHV
(OHFWULILFDWLRQRI (OHFWULFYHKLFOHVPDUWFKDUJLQJ
HQGXVHVHFWRUV 5HQHZDEOHSRZHUWRKHDW
5HQHZDEOHSRZHUWRKLGURJHQ
'LJLWDO ,QWHUQHWRIWKLQJV
WHFKQRORJLHV $UWLILFLDOLQWHOLJHQFHDQGELJGDWD
%ORFNFKDLQ
1HWJULGV 5HQHZDEOHPLQLJULGV
(1$%/,1* 6XSHUJULGV
7(&+12/2*,(6
'LVSDWFKDEOH )OH[LELOLW\LQFRQYHQWLRQDO
JHQHUDWLRQ SRZHUSODQWV
&DSDFLW\DGGLWLRQV*:
7RWDOLQVWDOOHGFDSDFLW\*:
/LLRQ /HDGDFLG )O\ZKHHOV
)ORZEDWWHULHV 6RGLXPVXOSKXUEDWWHULHV &RPSUHVVHGDLU
6XSHUFDSDFLWRUV =LQFDLU 2WKHUV
189 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
Figura 9.4 Perfil do mercado de baterias entre 2013 e 2019 – Escala
concessionária X Pós-Medidor
*:
*ULG6FDOH*:%HKLQGWKHPHWHU
Fonte: IEA, 2020b.
)UHTXHQF\UHJXODWLRQ
6\VWHP
RSHUDWLRQ )OH[LEOHUDPSLQJ
%ODFNVWDUWVHYLFHV
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GLVWULEXWLRQFRQJHVWLRQ
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0LQL*ULGV
GLHVHOJHQHUDWRV
68
Estudo feito em um alimentador de 3 MW, na Califórnia, em que o armazenamento permi-
tiria uma rampa lexível, reduzindo a taxa de rampa da ponta do sistema em quase 60%.
191 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
As baterias podem garantir a manutenção da estabilidade dos sis-
temas de potência em vários regimes temporais, variando de frações de
segundo a dias e meses, como apresentado na Figura 9.6 (IRENA, 2020).
Note-se que a provisão de inércia é garantida com sistemas bastante con-
vencionais, como as usinas reversíveis e o armazenamento de ar compri-
mido, este último muito pouco utilizado. As baterias e os volantes respon-
dem bem entre frações de segundos e minutos, com as baterias de luxo
podendo ir a horas. Para longas durações, volta-se às fontes convencionais
de usinas reversíveis e ar comprimido.
69
Amicus curiae ou amigo da corte ou também amigo do tribunal (amici curiae, no plural) é
uma expressão em latim utilizada para designar uma instituição que tem por inalidade
fornecer subsídios às decisões dos tribunais, oferecendo-lhes melhor base para ques-
tões relevantes e de grande impacto. É importante destacar que o Amicus Curiae é amigo
da corte e não das partes. Seu desenvolvimento teve início na Inglaterra pela English
Common Law e, na atualidade, é frequentemente utilizado nos Estados Unidos. A função
histórica do Amicus curiae é chamar a atenção da corte para fatos ou circunstâncias que
poderiam não ser notados. O amigo da corte se faz necessário em casos atípicos, levando
informações relevantes à discussão do caso, ampliando a visão da corte de modo a bene-
iciar todos os envolvidos, pois pode tornar a decisão mais justa.
193 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
A literatura mostra extensas pesquisas nas áreas das diversas tecnologias,
ambiental, econômica, de políticas públicas, em particular, na regulação
da energia elétrica, entre outras. A experiência nesse segmento ainda se
encontra em fase inicial, como demonstrado pela contemporaneidade das
referências bibliográ icas apontadas.
É consensual que as baterias podem ser muito úteis quando implan-
tadas estrategicamente em redes de distribuição em que a expansão pode
ser muito cara e disruptiva, criando o que pode ser chamado de linhas
virtuais. Todavia, as melhores oportunidades comerciais para investi-
dores em sistemas provedores de armazenamento giram em torno da
chamada arbitragem de preços de curto prazo. No entanto, a ausência
de regulamentação em torno do despacho desses sistemas de armazena-
mento pode causar riscos a esses empreendedores, pois eles podem, em
tese, serem chamados a operar os sistemas em momentos de necessidade
operativa, mas de preços não necessariamente interessantes. Há que se
observar que, mesmo com margens aparentemente altas, existem perdas
nos ciclos de carga e descarga que reduzem os ganhos potenciais. Mas
apenas a arbitragem não re lete a real contribuição do armazenamento
para os sistemas de potência, sobretudo quando integrada a sistemas com
altos níveis de penetração das FRIs. Ademais, ela isoladamente não garan-
tiria a rentabilidade dos sistemas de armazenamento. Estima-se que, à
medida que as FRIs aumentem sua presença na rede e que a participação
de sistemas de armazenamento cresça, as oportunidades de arbitragem
tendem a diminuir.
A instalação de sistemas de armazenamento tem sido considerada
como alternativa a investimentos em infraestrutura, como Linhas de
Transmissão. No entanto, os RTOs e os ISOs tendem a considerar, no curto
prazo, com maior ênfase, os atributos dos sistemas de armazenamento
para fazer frente às di iculdades operativas, em especial, aquelas decor-
rentes de serviços ancilares. Mas já se reconhece a necessidade de valo-
rar não apenas os serviços tradicionais de fornecimento de capacidade,
energia e ancilares, mas também a postergação de reforços na T&D, for-
mas adicionais de lexibilidade da rede e bene ícios situados no lado do
cliente. Nesse sentido avança a Resolução 841 da FERC.
O armazenamento de energia elétrica não seria a única tecnologia
facilitadora para uma grande lexibilização para as FRIs nos sistemas de
70
Essa seção contou com a revisão e sugestões da Profa, Sueila Silva Araújo, Doutora em
Ciências e Engenharia de Materiais, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
195 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
aumentar a vida útil delas, sobretudo em condições mais adversas, como
no mar, com as usinas offshore, ou em áreas desérticas. Finalmente, novos
materiais, em particular, terras raras, são usados nos imãs permanentes
das turbinas com acionamento direto.
A pesquisa de novos materiais para aplicações energéticas é extre-
mamente atual e pro ícua, com artigos em muitos periódicos ligados à
energia, em particular, na publicação Solar Energy, que tem um capítulo
mensal dedicado a sistemas, células e materiais fotovoltaicos (Photovoltaic
materials, cells and systems), na Advanced Materials ou o periódico peer-
review Materials for Renewable and Sustainable Energy, que se propõe a
conectar materiais, energia e sustentabilidade.
Em março de 2020, o International Journal of Photoenergy dedicou
um número especial às tecnologias de armazenamento de energia e aos
materiais para energia solar (Energy Storage Technologies and Materials
for Solar Energy), chamando a atenção para a interdisciplinaridade desses
dois temas, permitindo uma maior e iciência, continuidade e estabilidade
dos sistemas fazendo uso da energia solar.
A Agência Internacional de Energia (IEA, 2020a), em junho de 2020,
em uma análise sobre o impacto da COVID-19 sobre o progresso das fon-
tes limpas de energia, levanta a questão de materiais (minerais) que são
fundamentais para esse avanço. Lítio, cobalto e níquel são componen-
tes-chave para as baterias. O cobre é essencial, devido à sua excelente
condutividade, para a expansão do uso da eletricidade em qualquer uso,
inclusive em carros elétricos. E o neodímio é vital imãs necessários tanto
nas turbinas eólicas como nos carros elétricos. A Figura 9.7, retirada da
mesma fonte, mostra os principais metais a serem usados na produção de
energia elétrica a partir de FRIs e nos carros elétricos, o que inclui, além
dos citados anteriormente, o silício, nos painéis solares; o molibdênio, nos
aerogeradores; e o manganês, nos carros elétricos. Em todos os casos, o
volume adicional de metal usado nunca é inferior a quatro vezes daquele
utilizado pelos equipamentos que fazem uso das fontes fósseis, como usi-
nas a gás, a carvão ou carros convencionais.
Mais extensivo foi o estudo desenvolvido por Watari et al. (2020), o
qual revisou 88 trabalhos que analisaram a criticalidade de 48 elemen-
tos químicos usados em tecnologias emergentes que propiciam a descar-
bonização da economia global: solar fotovoltaico, energia eólica e carros
NJ0: .J
YHKLFOH
2IIVKRUH
ZLQG
2QVKRUH
ZLQG (OHFWULF
FDU
6RODU39
Leader et al. (2019) estudam três novos materiais que seriam críticos
para a competitividade das energias renováveis, dois deles ligados às FRIs:
ímãs permanentes de boro-ferro-neodímio (NdFeB) e baterias de íons de
lítio para carros elétricos. Os autores consideram materiais críticos aque-
les com importância tecnológica e algum risco associado à sua produção
71
O critério de avaliação de criticalidade em nível global utiliza uma metodologia desen-
volvida na Universidade de Yale (Graedel et al., 2015).
197 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
ou distribuição. Tais riscos estariam relacionados a um número limitado
de fornecedores, localizados em países geopoliticamente instáveis, e a
materiais que seriam subprodutos da mineração de outros materiais ou
que tenham pouca disponibilidade de reciclagem. Fatores como escala de
operação, altos custos de investimento e projetos com longos períodos
de maturação contribuiriam para tornar esses materiais inelásticos do
ponto de vista de mercado. Entre esses materiais, estariam os elementos
terras-raras, os quais os autores destacam: o neodímio; os elementos do
grupo da platina; o índio, o telúrio e o gálio, importantes como materiais
fotovoltaicos; o cobalto e o lítio, fundamentais na produção de baterias.
Assim, a desmaterialização, a substituição, a reciclagem, a melhoria de
rendimento, o aumento de vida útil de produtos contendo esses materiais,
entre outros métodos, reduziriam eventuais riscos de suprimento.
Em uma análise sobre os ciclos de materiais críticos para uma tran-
sição energética, baseada em renováveis, na China, no horizonte de 2050,
Wang et al. (2019) começam a irmando que as renováveis são muito
dependentes de materiais críticos. Os autores assumem que a expansão
da energia solar pode ser limitada pela não disponibilidade de materiais
críticos (cádmio, telúrio, índio, gálio, selênio e germânio) e a de energia
eólica pela di iculdade de criar escala para materiais como o neodímio e
o disprósio. Eles concluem ainda que a China deve ajustar sua política de
renováveis segundo sua disponibilidade de materiais críticos, advogando
mais eólica e menos solar. Sugerem, adicionalmente, um foco não apenas
em reciclagem, mas também na melhoria de e iciência dos materiais ao
longo de seus ciclos de vida.
Ao longo dessa seção, o foco será restrito aos materiais fotovoltaicos,
a aqueles usados na produção de baterias e a alguns componentes das
turbinas eólicas. Não serão considerados todos os materiais críticos nas
células combustíveis e utilização do hidrogênio e da energia solar com
concentradores. Esta última, por ser geralmente acoplada a grandes sis-
temas de armazenamento, normalmente o sal fundido, foge um pouco do
escopo das fontes renováveis intermitentes.
6RODU39
1XPEHU
RISXEOLFDWLRQ
:LQG
1XPEHU
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tecnologias PV, eólica e carros elétricos
(YV
1XPEHU
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5K $J $X 3W 3G 3E &G &U (X 6Q 1E 0R 0Q 3U &R *H )H < &X &H 0J 1L $O 7L
Figura 9.8 Número de publicações versus criticalidade de metais usados nas
6RODU397HFKQRORJ\6WDWXV
6,/,&21
)LUVWJHQHUDWLRQ
FRQYHQWLRQDO
PRQRDQGSRO\FU\VWDOOLQH
VRODUFHOO
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6,/,&21
3(5&
DGYDQFHG
VRODUFHOO 7DQGHP+\EULG
DUFKLWHFWXUH
7+,,),/06 3HURYVNLWH
&,*6 &G7H
Notas: CIGS = copper-indium-gallium-diselenide; CdTe = cádmium telluride; PERC = passivated emitter and
rear cell/contact.
201 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
vskita ainda precisa ser aumentado com a melhoria de estabilidade das
células para sua integração ao mercado. O principal problema reportado
é a degradação e, para sua solução, as técnicas de encapsulamento são um
grande desa io. Contudo, uma investigação criteriosa da estabilidade e da
durabilidade dos dispositivos é de interesse de toda a comunidade cientí-
ica, tendo em vista que a degradação do material ocasiona decréscimo na
e iciência do mesmo (Lima et al., 2020).
Shi, L. et al. (2020), apesar de terem conseguido grandes avanços
nos procedimentos de encapsulamento, fazendo com que se perdessem
menos de 5% da e iciência original da célula, ao cumprir as exigências
de stress ambiental da IEC para células, reportam limitações quando do
aumento da área ativa na produção dos módulos, além de uma perda de
estabilidade elevada para altas temperaturas. Outra área de pesquisa
para a perovskita é o seu uso em células solares semitransparentes (Shi,
B. et al., 2020). A busca da perovskita sem chumbo é uma outra fronteira
de pesquisa, já que a e iciência cai signi icativamente nas ligas sem esse
metal (Nishimura et al., 2020 e Madan et al., 2020).
Além da perovskita, outros ilmes inos continuam sendo objeto
de contínua busca por aumento de e iciência e redução de seus custos,
incluindo o CIGS e o CdTe. Zhang et al. (2018) fazem um estudo compara-
tivo de três tecnologias, o CdTe, o GaAs e a perovskita, identi icando gar-
galos e buscando projetos de dispositivos que otimizem essas tecnologias.
Diferentes técnicas de produção de CIGS são pesquisadas (Chandran et
al., 2018 e Oulmi et al., 2019). O primeiro analisa os avanços experimen-
tais na galvanoplastia do ternário CIS e do quaternário CIGS, enquanto o
segundo trabalha com deposição de vapor. Kuk et al. (2020) trabalham
com a técnica de produção do CIGS semitransparente. Ramanujam et al.
(2020) revisam células de ilmes inos lexíveis de CIGS, CdTe e de silício
amorfo (a-Si:H), enfatizando o progresso das películas lexíveis, as ques-
tões de fabricação e a estabilidade. Novamente, o encapsulamento é uma
preocupação central.
Uma outra tecnologia, que já se tornou comercial, com aproximada-
mente 25 GW comercializados, sobretudo para projetos de grande escala,
foi o CdTe, que durante muito tempo enfrentou o desa io ambiental do uso
do cádmio. Fthenakis et al. (2020), em uma revisão recente, concluem que
os painéis têm um baixo impacto ambiental no ciclo de vida e, mesmo em
203 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
Readiness Level – TRL), em uma escala que vai de 1 a 11, sendo 1 uma ideia
inicial e 11 prova de estabilidade alcançada. Ao se escolherem as pala-
vras-chave setor elétrico (power) e armazenamento por baterias (battery
storage), apenas duas tecnologias são selecionadas: baterias de íons de
lítio e baterias de luxo redução-oxidação (redox- low). A primeira aparece
com TRL 9 – operação comercial em ambiente relevante – e a segunda
com TRL 8 – fase inicial de comercialização.
Buscando-se, no banco de periódicos da CAPES, referências sobre
baterias, alguns números foram levantados. Procurando-se apenas as
palavras energy storage e batteries, para o ano de 2020, 8.271 citações
foram listadas. Ao se expandir a pesquisa e incluir a palavra Li-ion, foram
obtidas 2.274 citações. Substituindo-se Li-ion por cobalt, foram 1.241 cita-
ções. Uma nova pesquisa substituiu cobalt por vanadium, sendo encontra-
das 565 citações. O vanádio é o mais promissor elemento para as baterias
do tipo redox- low. Ao se usar nickel, o número de citações foi de 1.692
e, inalmente, para sodium sulphur, foram atingidas 690 citações e para
lead-acid apenas 481. É, portanto, evidente que a questão das baterias é
objeto de um grande interesse na área de pesquisa e com destaque para os
materiais íons de lítio, cobalto e níquel. A tecnologia chumbo-ácido, que
até pouco tempo era referência para as baterias, é objeto de um número
muito menor de citações.
Retomando o trabalho de Leader et al. (2019), citado anteriormente,
enfatiza-se que essas baterias têm um anodo de gra ite e um catodo con-
tendo lítio sob diferentes combinações. Recentemente, tem-se pesquisado
o uso do silício para substituir o gra ite no anodo (Jia et al., 2020), argu-
mentando-se que sua capacidade de armazenamento por g de material e
por cm3 é signi icativamente maior do que com gra ite. No que diz respeito
ao material usado no catodo, são sempre combinações do lítio com fosfato
de ferro (LFP) (LiFePO4), com níquel-cobalto-alumínio (NCA) (Li[NiCoAl]
O2), com manganês-níquel-cobalto (NMC) (Li[MnNiCo]O2) ou, ainda, óxido
de lítio e manganês (LMO) (LiMn2O4) ou o óxido de lítio-cobalto (LCO)
(LiCoO2), esse último usado em pequenas aplicações, como celulares, lap-
tops, etc. (Leader et al., 2019). Os autores analisam quatro materiais que
consideram críticos para a produção dos catodos das baterias de Li-ion:
lítio, cobalto, manganês e níquel, concluindo que preocupações devem
ser centradas nos dois primeiros, por questões de produção e geopolítica
&XUUHQWSULFH
/LWKLXP
&XUUHQWSULFH
1LFNHO
205 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
anodos, em particular, sulfuretos e selenetos; baterias de luxo de enxofre
aquoso e o NiMnO3 na produção de supercapacitores (Patil et al., 2019;
Ali et al., 2020; Chen et al., 2020; Li et al., 2017; Caramia et al., 2014;).
Ademais, existe toda uma gama de materiais pesquisados visando a pro-
dução de hidrogênio como uma possibilidade de armazenamento, inclu-
sive fazendo uso do próprio lítio; ou materiais de mudança de fase (PCM)
para armazenamento de energia elétrica, os quais não foram contempla-
dos nesse item focado em baterias.
Figura 9.11 Estimativa da demanda global anual em 2015 e 2020 para Nd, Pr,
Dy em turbinas eólicas sob três diferentes cenários: referência, caso A – baixa
eficiência do material e alto conteúdo de substituição e caso B – alta eficiência
do material e baixo conteúdo de substituição
(VWLPDWHGJOREDODQQXDO
GHPDQGWRQQHV
1HRG\PLXP 3UDVHRG\PLXP '\VSURVLXP
UHIHUHQFHFDVHQRVXEVWLWXWLRQ
VXEVWLWXWLRQFDVH$ORZPDWHULDOHIILFLHQF\KLJKFRPSRQHQW
VXEVWLWXWLRQ
VXEVWLWXWLRQFDVH%KLJKPDWHULDOHIILFLHQF\ORZFRPSRQHQW
VXEVWLWXWLRQ
Fonte Pavel et al., 2017.
207 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
O já citado estudo de Leader et al. (2019) também inclui o neodímio
entre os materiais críticos para disseminação da energia eólica, sempre
por seu uso nos ímãs permanentes de turbinas eólicas de acionamento
direto, através do composto de neodímio-ferro-boro (NdFeB). Segundo
eles, em 2015, aproximadamente 23% da capacidade eólica instalada
globalmente dependiam de geradores que faziam uso de ímãs permanen-
tes de NdFeB e que também conteriam outros elementos, além do neodí-
mio, a exemplo do disprósio (Dy), térbio (Tb), praseodímio (Pr), níquel e
molibdênio. Na análise dos autores, apenas os três primeiros foram con-
siderados, sendo que os resultados mostram pouco impacto no custo dos
geradores ao se dobrar o preço desses elementos: 3,5% para o caso do
neodímio e, para os demais, inferiores a 3%. Miyamoto et al. (2019) tam-
bém trabalham com o caráter crítico do neodímio e do disprósio.
Wang et al. (2019) consideram que a energia eólica na China pode ser
limitada, menos pela disponibilidade e muito mais pela escalabilidade da
produção dos terras-raras, sempre citando o neodímio e o disprósio. Seus
resultados sugerem que a demanda futura desses materiais, usados nas tur-
binas eólicas, aumentaria em ordens de magnitude signi icativas – de 230 a
312 vezes – em relação ao consumo histórico. Concluem que, entre outras
possibilidades, a prioridade da mitigação do risco de suprimento deve con-
tornada com a melhoria da e iciência do material por meio de pesquisa de
materiais, melhor design e melhor gerenciamento de infraestrutura.
Em uma revisão recente sobre a e iciência do material usado na indús-
tria de energia eólica na China, Yang et al. (2020) constatam que os elemen-
tos de neodímio e disprósio, usados no ímã permanente de geradores eólicos
com acionamento direto, são considerados recursos críticos em um futuro
próximo pelos Estados Unidos, o que gerou estudos sobre sua criticalidade
e estimativas sobre as demandas de terras-raras na Europa, particularmente
na Dinamarca, na América, na China e alguns estudos sobre a demanda glo-
bal. Concluem que a maioria desses trabalhos previu uma demanda signi i-
cativa de elementos de terras-raras nas próximas duas a três décadas, o que
passar a exigir um gerenciamento mais rigoroso do suprimento.
Assim, ainda que o potencial impacto de di iculdades de acesso aos ter-
ras-raras possa não ser muito signi icativo, o assunto da recuperação dos ter-
ras-raras – neodímio, praseodímio e disprósio, a partir de sucatas de ímãs
permanentes de NdFeB (Zhang, Y. et al., 2020), sua reciclagem (Nlebedim
209 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
mitentes (FRIs). Estas, por sua vez, em função da sua característica intrín-
seca de intermitência, passam a exigir estratégias de armazenamento.
Como citado por várias fontes, se, por um lado, o uso das renováveis faz
reduzir a utilização de combustíveis fósseis, por outro, pressiona o uso de
alguns materiais, sobretudo metais usados nos painéis fotovoltaicos, nos
ímãs permanentes das usinas eólicas e nas baterias. Alguns deles passa-
ram a ser considerados críticos no rumo à transição energética.
Esse capítulo abordou uma outra questão importante da pesquisa
para a expansão das FRIs, ou seja, a a busca contínua pela maior e iciência
e con iabilidade dessas fontes, buscando novos ou aperfeiçoando os mate-
riais usados nos painéis fotovoltaicos, nas baterias e nas turbinas eólicas.
Apesar de não exaustivo, buscou-se apresentar os principais problemas,
gargalos e desa ios, inclusive no sentido de manter ou aumentar a carac-
terística de pequeno impacto ambiental dessas fontes.
No caso da energia solar fotovoltaica, os materiais incluem o cádmio,
o telúrio, o selênio, o índio, entre outros. Em se tratando da energia eólica,
destacam-se o neodímio e o disprósio e, nas baterias, apesar do lítio não
ser considerado um material crítico, sua demanda deve crescer astrono-
micamente, além da demanda pelo cobalto e pelo níquel e pelos mesmos
materiais usados nos ímãs permanentes das eólicas.
Percebe-se, em todos os casos, uma preocupação com a redução do
uso dos materiais, buscando maior e iciência, a redução no custo inal ou
na rentabilidade (cost-effectiveness) das alternativas e também a eventual
substituição e reciclagem dos materiais usados.
Como ica evidente ao longo dessa revisão sobre o uso de materiais
nas três grandes frentes analisadas – energia solar fotovoltaica, baterias e,
sobretudo, ímãs permanentes para a energia eólica, haverá uma pressão
para o uso de novos materiais, alguns deles tornando-se críticos em fun-
ção da disponibilidade ou da necessidade de aumento de escala de pro-
dução, criando vulnerabilidades e riscos. Há, contudo, uma perseguição
contínua pelo uso mais e iciente ou pela substituição desses materiais,
assim como existem possibilidades alternativas de aperfeiçoamento das
técnicas de produção e uma visão dinâmica do desenvolvimento tecnoló-
gico. Corroborando essa prospecção, a utilização da nanotecnologia nos
estudos e o desenvolvimento de novos materiais podem ser um potencial
agregador nessa busca de inovações. Sobretudo, as novas tecnologias, que
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215 O Papel dos Sistemas de Armazenamento Frente à Inserção Crescente das Fontes...
IMPACTOS DAS FONTES RENOVÁVEIS
INTERMITENTES NA FORMATAÇÃO DOS NEGÓCIOS
10
NA INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA
Fernando A. de Almeida Prado Jr.
Osvaldo L. Soliano Pereira
10.1 Introdução
72
Nossos cálculos.
Para que se possa ter uma ideia coerente dos impactos que as FRIs irão
produzir no modelo de negócios das utilities, é importante conhecer os
antecedentes que construíram as relações das empresas com seus negócios,
na maior parte das vezes, em ambientes de pouca competição, regulação
acirrada e ajuda governamental em cada crise. Esse conhecimento é desen-
volvido nessa seção através dos exemplos do Brasil e dos EUA.
Embora os fenômenos de correntes elétricas fossem conhecidos na
Grécia antiga,74 sua primeira aplicação comercial aconteceu em 1882
pela produção da Usina Pearl Street, em Nova Iorque, de propriedade de
Thomas Edison, utilizando-se de corrente contínua. A produção foi su i-
ciente para iluminar 106 lâmpadas no escritório do Banco J. P. Morgan e
52 lâmpadas no Jornal The New York Times (Munson, 2005). A produção
foi muito aquém da prometida por Edison, mas su icientemente come-
morada, pois já existia uma competição por opções de tecnologias para
geração e distribuição da eletricidade, em especial, com as empresas capi-
taneadas por George Westinghouse, adepto da corrente alternada, com a
eletricidade produzida a grandes distâncias do ponto de consumo.
73
A incerteza faz com que existam serviços de venda de viagens de cruzeiros com ele-
vados descontos para permitir a ocupação máxima do navio à medida que a data de
cada viagem se aproxima. Algo que lembra um preço spot dos mercados de energia.
Obviamente, viagens com sucesso de público têm suas tarifas reajustadas para fazer
frente à demanda.
74
Thales de Mileto, século VI A.C. (Mundo da Educação, 2019).
75
Na época, uma grande distância representava 3 milhas, aproximadamente, 4,8 km
(Drew, 2014).
76
O primeiro executado em uma cadeira elétrica foi William Kemmler, em Nova Iorque, em
1890. Essa modalidade de execução foi utilizada até 2015, nos EUA (Ferreira, 2016).
77
O elefante Topsy foi eletrocutado em Coney Island, em 1903 (MDIG, 2008).
78
Para uma cronologia mais detalhada, consultar a dissertação de mestrado de Jannuzzi
(2007).
79
Conta de Resultados a Compensar – moeda contábil paralela para equacionar o des-
cumprimento da legislação brasileira quando os reajustes de energia não atendiam a
remuneração garantida em lei. Foi reconhecida pela Lei nº 8.631/1993.
-XQ -XQ -XQ -XQ -XQ -XQ
6RXUFH%ORRPEHUJ%78$QDO\WLFV&($FDOFXODWLRQ
>$@9HUWLFDO,QWHJUDWLRQ >%@6HSDUDWH5HWDLOHU'LVWFR
*HQHUDWLRQ *HQHUDWLRQ
7UDQVPLVVLRQ 7UDQVPLVVLRQ
,QWHUXWLOLW\
6DOHV
'LVWULEXWLRQ 'LVWFR
&XVWRPHU &XVWRPHU
(QHUJ\VDOHVHQHUJ\IORZVLQVDPHFRPSDQ\
2:1
,33 ,33 ,33 ,33 ,33
*HQHUDWRUV
6LQJOH%X\HU 6LQJOH%X\HU
(QHUJ\6DOHV(QHUJ\)ORZVLQVDPHFRPSDQ\
Fonte: (Hunt, 2002)
75$160,66,21:,5(6
:+2/(6$/(
0$5.(73/$&(
&XVWRPHU &XVWRPHU
(QHUJ\6DOHV
Fonte: Hunt, 2002.
75$160,66,21:,5(6
:+2/(6$/(
0$5.(73/$&(
',675,%87,21:,5(6
5(7$,/
0$5.(73/$&(
(QHUJ\6DOHV'LUHFW6DOHV
Fonte: Hunt, 2002.
K K K
&XUYDHFDUJDWtSLFDGHXPDUHVLGrQFLD
Fonte: Elaborado a partir de Orton et al., 2017.
K K K
([SRUWDomRSDUDDUHGH
&XUYDGHFDUJDWtSLFDGHXPDUHVLGrQFLDFRPVLVWHPD)9
Fonte: Elaborado a partir de Orton et al., 2017.
K K K
'HVFDUJDGD
$UPD]HQDPHQWRQDEDWHULD EDWHULD
&XUYDGHFDUJDWtSFDGHXPDUHVLGrQFLDFRP
VLVWHPD)9HFRPVLVWHPDGHEDWHULD
6XSULPHQWRGH
DXWRSURGXom
&RQVXPRGHUHGH
K K K
'HVFDUJD 'HVFDUJDGD
$UPD]HQDPHQWR
GDEDWHULD EDWHULD
QDEDWHULD
GRYHLFXOR
HOpWULFR
&XUYDGHFDUJDWtSLFDGHXPDUHVLGrQFLDFRPVLVWDPD)9
HFRPVLVWHPDGHGHEDWHULDHXVRGDEDWHULDGRYHLFXOR
80
No Brasil, a compra de um painel fotovoltaico já pode ser feita nas lojas da rede Leroy
Merlin.
*HUDomR
0LFURUHGH FRPXQLWiULD $UPD]HQDPHQWR
FRPXQLWiULR
&RQVXPLGRU &RQVXPLGRU
FRPXQLWiULR FRPXQLWiULR1
&RQVXPLGRU
FRPXQLWiULR
&RQFHVVLRQiULD
&RPHUFLDOL]DGRU 6yFLR YLUWXDO
8WLOLW\
3URYHGRUGH
,QRYDGRU YDORUDJUHJDGR
0RGHOREDVHDGRHPDWLYRV 0RGHOREDVHDGRHPVHUYLoRV
81
Como paradigma, vale pensar em um assinante da Net lix que, ao alugar um imóvel onde
exista uma televisão com conexão smart, pode usar sua senha para assistir a um ilme,
mesmo que em outro país
11.1 Introdução
82
Quando perguntado como se sentia por ter sido ultrapassado pelo seu aluno e ter feito
apenas o terceiro transplante da história (o segundo foi realizado pelo Dr. Kantrowitz, nos
EUA, três dias depois do realizado por Barnard, o paciente sobreviveu apenas seis horas),
o Dr. Shumway argumentou: Quem foi o segundo explorador a atingir o Polo Norte?
&UHVFLPHQWR
'LVUXSomR
/LQKDGRWHPSR
Fonte: Elaborado a partir de (Ismail, 2014)
Figura 11.3 Tempo decorrido para o faturamento atingir US$ 1 bilhão (anos)
)RUWXQH *RRJOH )DFH 7HVOD 8EHU :KDW 6QDS 2FXOXV
ERRN VDSS FKDW 5LII
Fonte: Elaborado a partir de Ismail, 2014.
83
Empresas de io.
84
Tema tratado em detalhe no Capítulo 3.
85
Entre janeiro de 2010 e dezembro de 2019, a ANEEL realizou 1.077 eventos de audiên-
cias públicas e consultas públicas.
86
Cabe observar que as FRIs possuem esse traço disruptivo não apenas pelas suas dimen-
sões tecnológicas, mas também por razões do seu potencial de modelos de negócios
inovadores ligados, em especial, às soluções de pequeno porte distribuídas pela rede.
Barreiras
Qualidade
Aspectos Ambientais
87
Nessa análise, não se pretende desenvolver juízo de valor sobre a justiça da transferên-
cia de renda. O importante é a constatação de sua existência.
Incentivos econômicos
88
Os autores não excluem a possibilidade de que parte dessa redução possa ser decor-
rente dos impactos de restrições ambientais contra as emissões poluidoras característi-
cas de usinas a carvão.
89
R$ 296,52/MWh, em 2020 (Canal Energia, 2019).
Teoria da captura
Embora a captura possa ser associada à sua face mais perversa, como as
dimensões da corrupção, essa seção não trata dessa tipologia da in luên-
cia dos reguladores pelos regulados. O que in luencia a penetração das
FRIs é o processo de advocacy, exercido por grupos de pressão. Exemplo
emblemático pode ser identi icado na Consulta Pública-25/19,91 realizada
pela ANEEL, em que a exaltação dos ânimos entre os grupos interessa-
dos chegou a caracterizar um clima de torcida de eventos esportivos. Os
segmentos que tentavam impedir alterações nas regras vigentes desen-
volveram ampla campanha de mídia e criaram o mote de que a ANEEL
planejava “taxar o sol”, expressão que conquistou grande força midiática e
que envolveu um sem número de representantes do Congresso no evento.
A judicialização tem sido marcante no setor elétrico brasileiro. Não
podem ser ainda apontadas consequências mais drásticas relacionadas à
expansão das FRIs, mas o efeito ordem de mérito poderá agravar aspectos
relacionados ao risco hidrológico à medida que o operador do sistema,
em princípio, deverá priorizar sempre que possível as fontes não despa-
cháveis, o que poderá agravar o indicador de redução da capacidade de
energia assegurada de hidráulicas, o chamado efeito GSF.
90
REC – Reduction Emission Certi icate.
91
Esta CP tratava da discussão sobre a revisão dos critérios do sistema de compensação
líquida de excedentes produzidos por mini e microgeração distribuída.
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12.1 Introdução
$VVHPEOHLDJHUDO
&RQVHOKRGHDGPLQLVWUDomR
&RQVHOKRILVFDO
'LUHWRULDGR216
'LUHWRULDJHUDO
(TXLSHVGHHVWXGRVUHJLRQDLV
1~FOHRV6XOH1RUWH1RUGHVWH
&HQWUR1DFLRQDO
GHRSHUDomRGR
VLVWHPD&126
&HQWURUHJLRQDLV
GHRSHUDomR
6XGHVWH&2656(
6XO&2656 ÉUHDVGLUHWDPHQWH
1RUGHVWH&2651 OLJDGDVDRSURMHWR
1RUWHFHQWURRHVWH&2651&2
6XERUGLQDomRDGPLQLVWUDWLYD 6XERUGLQDomR7HFQLFRRSHUDFLRQDO
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 262
mês patamar e por sub-mercado. Os dados de custo futuro do Newave são
passados para o DECOMP, que trabalha para o horizonte de alguns meses
à frente, com discretização semanal e por usina. Esse modelo gera o CMO
por semana patamar. A programação diária para o despacho é executada
com base nos dados semanais da etapa anterior e possuem discretização
de 30 minutos para o dia seguinte.
O processo de planejamento plurianual até a operação em tempo
real, detalhado no Módulo 7 dos Procedimentos de Rede, que estabelece o
luxo de informações no escopo do planejamento da operação energética,
pode ser visto esquematicamente na Figura 12.2 (ONS, 2015).
3ODQRDQXDO 1HZDYH
GDRSHUDomR
'HFRPS
HQHUJpWLFD
7RGRVRVPHVHV
3(1 )&)
)XQomRGHFXVWRIXWXUR
&RQGLo}HVGH 3URJUDPDPHQVDOGHRSHUDomR
VXSULPHQWRULVFRV
302 2SHUDomR
GHGHILFLWH&02 3URJUDPDomR HPWHPSR
5HFRPHQGDomR 'HVSDFKRKLGURWpUPLFR GLiULD UHDO
GHHYHQWXDLV UHYLVDGRVHPDQDOPHQWH
DQWHFLSDo}HV 'HWHUPLQDomRGR
'HWHUPLQDomRGR&02
GHREUDV 3/'SHOD&&((
92
Submódulo 8.1 do Procedimento de rede do ONS.
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 264
• Cada Centro Regional de Operação do Sistema (COSR) faz pre-
visão de carga em intervalos de 30 minutos para o próximo dia
operativo (24h adiante), assim de inindo um script de geração
para atender a carga ativa prevista, que é uma parte do Programa
Diário de Operação (PDO);
• Os agentes tentam viabilizar a geração prevista, mas podem
retroalimentar o COSR, informando a necessidade de ajustes na
geração sugerida pelo ONS;
• A previsão da geração eólica se dá em horizonte de 48h à frente;
• Para de inir a programação de geração, além da carga ativa pre-
vista, o ONS segue diretrizes de inidas pelo Programa Mensal de
Operação (PMO), atualizado semanalmente, via nova rodada do
software DECOMP;
• Os dados mais utilizados para nortear a programação da opera-
ção, oriundos do PMO, são os níveis dos reservatórios. Tais níveis
são tratados, dentro do possível, como metas a serem atingidas
ao inal de uma semana, desde que não causem impactos em res-
trições de segurança da rede elétrica (sobrecarga de luxo em
linhas ou tensões de operação fora dos limites usuais);
• O critério operativo no horizonte diário (PDO) tem grande ênfase
na con iabilidade do sistema e utiliza como norte, na medida
do possível, os despachos de máquinas sugeridos pelo software
DESSEM (que tenta minimizar o custo de geração levando em
consideração as restrições elétricas, sistêmicas e operativas);
• Para orientar a previsão de carga em cada dia, utiliza-se a curva
de carga do mesmo dia da semana anterior, a qual, na ausência de
feriados ou outras anomalias, é bastante próxima ao realizado.
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 266
2. A frequência padrão é de 60 Hz, admitindo-se oscilações no inter-
valo de 59,95 Hz até 60,05 Hz. Quando ocorrem desvios além des-
ses limites, o Controle Automático de Geração (CAG) faz o ajuste
necessário de geração em usinas para o retorno aos limites-meta.
Algumas usinas da região Sudeste, que têm o controle via CAG,
incluem Furnas, Estreito, Ilha Solteira e Água Vermelha. Entretanto,
é importante destacar que são revisadas constantemente as regras
de participação de determinadas usinas e como elas participam do
CAG (ligando automaticamente mais ou menos unidades gerado-
ras ou simplesmente fazendo um ajuste ino da geração). No caso
da região Sudeste, a frequência de referência (que aparece na tela
de controle do COSR-Rio) é a do barramento da Barra da Tijuca;
3. Para a avaliação de con iabilidade, é assumido o critério N−1 para
as contingências do SIN, mas, em alguns circuitos, devido à sua
importância, assume-se N−2 (como, por exemplo, o circuito das
três linhas de Itaipu que abastecem a região de São Paulo);
4. Quando da ocorrência de falhas na rede de operação (por exemplo,
queda de trecho de linha de transmissão), primeiramente, tenta-se
recuperar os níveis de tensão padrão em cada linha ajustando-se
taps/capacitores (ou seja, componentes de ação imediata) e, em
seguida, entram em ação os CAGs para ajustes na geração das usinas.
A Figura 12.5 mostra uma foto da sala de operações do ONS – COSR Rio de
Janeiro. Nessa foto, é possível ver, em destaque, o painel de acompanha-
mento da operação, sendo que alguns detalhes merecem ser esclarecidos:
• A parte central do painel (maior parte da tela) mostra uma igura
esquemática resumida da rede de operação do COSR Sudeste, na
qual alguns valores, como tensões e luxos, icam em destaque para
que sejam acompanhados pelos operadores. Como pode ser visto na
Figura 12.5, essa parte central do painel pode ser divida em quatro
quadrantes, nos quais predominam linhas de SP, MG, Itaipu e RJ/ES;
• Imediatamente à esquerda e à direita dessa igura esquemática da rede,
é mostrada a operação em tempo real das usinas conectadas ao CAG;
• À direita do painel de operação, são mostradas as curvas de
confiabilidade do sistema (geradas pelo software ORGANON).
5HDOL]DGRH
SURJUDPDGR
/LQKDV63 8VLQDV
)UHTXrQFLD
,QWHUFkPELR
,WDLSX /LQKDV
0*
&DUJDSUR
JUDPDGDH
UHDOL]DGD ÉUHDGH
'LD'LD HVWDELOLGDGH
H'LD
/LQKDV5-(6
/LQKDV,WDLSX +RUDHIUHTXrQFLD
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 268
Figura 12.6 Sala de operações do COS – Rio de Janeiro - Porção
direita do painel
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 270
avaliar esse realismo, os valores da programação gerada pelo simulador
devem ser próximos (possuem comportamentos parecidos) à programa-
ção que foi efetivamente feita pelo ONS em uma determinada semana de
calibração. A programação, por sua vez, serve de insumo para a opera-
ção em tempo real e, dessa forma, a simulação em tempo real gerada pelo
simulador IRIS também deve ser razoavelmente próxima àquela regis-
trada pelo ONS (chamado de pós-operativo). Assim, a Figura 12.8 mostra,
de maneira esquemática, o processo descrito.
&DUJD3UHY
+LGURORJLD3UHY
9HQWR3UHY
,QVRODomR3UHY 3URJUDPDomR
GDRSHUDomR
7HPTXHVHU
SUy[LPRj
SURJUDPomR
'(6(0 PLQSRU
3$7 EDUUD
'HVSDFKR3UHY
&XVWRPDUJLQDO
1(:$9( '(&203
,5,6
$1$5('(
6LPXODomRGH
PLQSRUEDUUD
'HVSDFKRVLP
FXVWRPDUJLQDO
,5,6
6LWXDomRDWXDO
GDVFDUJDV
GDGRVGR
SyVRSHUDWLYR
7HPTXHVHU
SUy[LPRDRSyV
RSHUDWLYR
UHDO
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 272
valos de tempo são denotados como t=0,...47, assim, FPO0 denota o luxo
de potência ótimo executado no primeiro intervalo de tempo, enquanto
FPO23 denota o FPO executado no vigésimo quarto intervalo de tempo.
Além disso, as variáveis da Figura 12.10 são as seguintes:
d j ,t : demanda prevista no barramento j no intervalo de tempo t
G G
a
+L
GM
a )32 )32 )32
HM 7N
3SL )32
+PD[L
L Q8+(V
+PLQL N PWHUPHOHWULFD
7PD[N M RFDUJDHyOLFD
7PLQN
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 274
Figura 12.11 Encadeamento dos processos de tomada de
decisão do simulador IRIS
(VWiJLRGHVLPXODomRW
$QiOLVHVHDWLYLGDGHV
DQWHVGDPXGDQoD
GHHVWDGRGRVLVWHPD
$OWHUDomRGRHVWDGR
VLVWHPDHPW
$QiOLVHVHDWLYLGDGHV
DSyVDPXGDQoDGH
HVWDGRGRVLVWHPD
Além disso, para fazer a aferição dos resultados do simulador e ainda rea-
lizar algumas calibrações internas, os dados da programação da operação
realizada são extremamente importantes (em intervalos de uma em uma
hora ou de 30 em 30 minutos):
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 276
• Dados de entrada do NEWAVE;
• Dados de entrada e resultados do DECOMP;
• Programação da Operação de 30 em 30 min (geração por usina).
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 278
Finalmente, na Figura 12.14, as linhas são plotadas no mapa, sendo
possível notar também a coerência do resultado da simulação.
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 280
12.16 O simulador hidrológico
7UDomR
3HGUHLUD %LOOLQJV
/HJHQGD
8VLYDFRP5HVHUYDWyULR
8VLQDDILRG·iJXD
*XDUDSLUDQJD
5HVHUYDWyULR
5LR*XDUDSLUDQJD
8VLQDGHERPEHDPHQWR
12.17 Dados
12.19 Metodologia
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 282
o objetivo de encontrar as dependências com as variáveis. Uma análise
mais profunda dos melhores modelos dessas regressões foi feita separa-
damente (#data_regressao_ONS).
Com os dados provenientes da ANA, foram realizados os mesmos
estudos, icando a principal diferença na utilização dos dados do ONS
sobre geração, já que esses dados não estão disponíveis na base de dados
da ANA. Por im, elaborou-se uma planilha que compara os dados forne-
cidos tanto pelo ONS como pela ANA, buscando uma variação através da
diferença entre os dois valores em questão (#comparativo_ANA_ONS).
É possível verificar que a vazão de luente é composta pelas outras
vazões de saída, como vertida, turbinada e de outras estruturas. Em
usinas sem reservatório, é de se esperar que a vazão a luente seja pra-
ticamente igual à vazão de luente. Caso exista reservatório, a diferença
entre essas duas vazões representa uma variação positiva ou negativa no
volume armazenado. Ao se comparar a vazão de luente de uma usina com
a a luente da usina seguinte, é possível ver claramente que a primeira é o
principal componente da segunda, sendo irrelevantes, do ponto de vista
prático, diferenças decorrentes de captação de água para outros ins, eva-
poração e outras parcelas de vazão incremental, uma vez que a simulação
é de curtíssimo prazo.
Nas usinas com reservatório, veri icou-se que a diferença entre a vazão
de luente e a a luente são consistentes com as variações de volume e cota
observados. Primeiro, calculou-se o incremento de volume segundo essa
diferença no período de um dia, sendo possível veri icar que esse valor
estava de acordo com a variação observada no volume útil do reservatório.
O polinômio volume-cota evidenciou que, ao se relacionar essas duas infor-
mações, a cota variava de forma coerente com a diferença de vazões.
Tendo disponíveis as informações da vazão vertida e a cota, é possível
utilizar uma simples equação com o objetivo de obter um valor teórico
esperado de geração de energia, a saber:
Pg k E hm – h j – hp qt
Sendo que:
Pg: Potência gerada na usina [MW]
k: constante de ajuste de unidades
4. Energia D1·QuedaVazao
·
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 284
comparados os respectivos coe icientes obtidos da primeira regressão
com a regressão desse novo conjunto de dados.
Ao se adicionarem as outras usinas presentes na Bacia do Tietê na
segunda etapa, incluiu-se um fator que aumentou a di iculdade de análise,
pois agora têm-se nós que unem diferentes usinas. Também há elementos
que não geram energia, como Billings, Guarapiranga, Pedreira e Traição.
Dado que a ordem de grandeza na quantidade de amostras de cada dado
aumentou, elaborou-se uma planilha onde foram consolidados os dados
fornecidos pelo ONS e pela ANA, os quais foram utilizados como base de
dados (#data_historico_ONS e #data_historico_ANA). Não há disponibili-
dade de dados sobre Pedreira e Traição. Foi feita uma análise das relações
entre as vazões da mesma usina com a vazão a luente da usina seguinte
(#data_vazao_ONS e #data_vazao_ANA). Também foram relacionadas as
vazões tanto com o volume útil como com a cota das usinas com reserva-
tórios (#data_volume_ONS e #data_volume_ANA).
Os procedimentos dessa etapa foram similares aos realizados na
etapa anterior. Em uma primeira implementação, os dados utilizados
eram oriundos de uma planilha de base de dados externa. Contudo, em
um segundo momento, tais dados passaram a ser providos pela plata-
forma Venidera Miran que, por sua vez, também garante que essas infor-
mações estejam atualizadas.
A análise dos dados do ONS é exatamente a mesma realizada na
etapa anterior. Para o conjunto de dados da ANA, foi incluída, na análise
de vazões, a vazão incremental para compreender melhor as diferen-
ças entre a vazão de luente de uma usina com a a luente da seguinte.
Também foi desenvolvido um estudo para compreender o luxo de água
entre Guarapiranga, Billings, Ponte Nova e Edgar Souza. Veri icou-se que
a vazão incremental é umas das principais componentes hídricas nesse
sistema. No entanto, não foram obtidas conclusões mais elaboradas.
9'HIOXHQWH 97XUELQDGD
9$IOXHQWH 99HUWLGD
92XWUDV
8VLQD-XVDQWH 8VLQD0RQWDQWH
Fonte: Plataforma IRIS de Simulação
7UDQVLomRGHWSDUDW
W W W W
\NW TN \NW TN
W
\N TN
W
\NW TN \NW TN \N
W
TN
W
W W
W W W W W W W W W W
1N 1N
XN 1N XN 1N XN XN 1N XN 1N XN
W W W W W W
9N 9N 9N 9N 9N 9N
2EV$YD]mRLQFUHPHQWDOpFRQVLGHUDGDXPGDGRGRHVWDGRWHQmR
GHSHQGHGDVGHFLV}HV$SURGXWLYLGDGHVHUiFDOFXODGDVHPFRQVLGHUDU
DVGHFLV}HVGRHVWDGRW
Fonte: Plataforma IRIS de Simulação.
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 286
que exista. Explicitamente, as grandezas conhecidas do período
t−1 são: volume útil, cota montante, vazão incremental, vazão
a luente, vazão turbinada, vazão vertida, vazão de luente, cota
jusante, queda bruta, perda de carga, queda líquida, produtivi-
dade especí ica e produtividade. Esse estado termina quando a
função de preparação de transição de estado é acionada.
2. Transição do período t−1 para o período t: estado caracterizado
pelo conhecimento das decisões a respeito das potências médias
programadas e das vazões a luentes de cada uma das usinas simu-
ladas hidraulicamente pelo modelo. A partir desse estado, desde
que as informações estejam todas presentes, o modelo está apto
a acionar a transição para o próximo estado. Esse estado termina
quando a função de cálculo das grandezas do estado t é invocada,
estando todos os dados necessários disponíveis. Caso contrário, o
sistema permanece no estado de transição.
3. Período t: estado posterior à inalização dos cálculos decorren-
tes da invocação da função de transição de estado. Esse estado é
caracterizado pelo conhecimento de todas as grandezas do perí-
odo t. As grandezas do período t e como foram calculadas são:
A inicialização do simulador
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 288
alguma métrica. Inicialmente, somente estará implementada a
persistência durante o período;
5. Vazão turbinada média do período (em m3/s);
6. Vazão vertida média do período (em m3/s);
7. Vazão de luente média do período (em m3/s). Na verdade, uma
decorrência da soma das outras duas, mas que, quando presente
no histórico, será consultada.
Vale ressaltar que, por serem realizados cálculos sobre dados históri-
cos para inicializar a simulação, não haverá garantia de consistência cru-
zada entre os dados calculados e os dados históricos. Isso signi ica, por
exemplo, que não necessariamente o valor da produtividade da usina seja
igual à multiplicação entre a produtividade especí ica e a queda líquida.
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 290
essas grandezas e detalha o processo iterativo desenhado para obtê-las a
partir dos dados calculados ou históricos disponíveis.
Conforme pode ser visto na Figura 12.20, os dados de vazão a luente nas
usinas dependem das vazões de luentes nas usinas a montante da sua posi-
ção. Por isso, a ordem de simulação deve ser de montante para jusante.
Isso foi obtido no simulador pela construção de uma ila de processa-
mento de cada intervalo de tempo em que sempre se garante que dadas
duas usinas U1 e U2, se U2 está a montante de U1, garante-se que U2 apa-
recerá na ila à frente de U1, e, portanto, será processada primeiro.
(VWLPDUSURGXWLYLGDGH ,QLFLDOL]DUFRQWDGRU
UNW UNW N
(VWLPDUYD]mRWXUELQDGD
TNW 3WUNW
(VWLPDUYROXPHPpGLRFRWDPRQWDQWHPpGLD
SHUGDGHFDUJDFRWDMXVDQWHHTXHGDOtTXLGD
,QFUHPHQWDUFRQWDGRUH
YNW ITNW
FDOFXODUQRYDHVWLPDWLYD
FPNW IYNW N N
SFNW ITNW TNW 3WUNW
FMNW ITNW
KONW FPNWFMNWSFNW
1®2
(VWLPDUQRYDSURGXWLYLGDGH 1RYDHVWLPDWLYDHVWiSHUWR
GDXVLQD RVXILFLHQWH"
UNW I3WTNWKONW OO3WUNWTNWOOWRO
6,0
&DOFXODUHVWLPDWLYDVILQDLV
UW UNW
TW 3WUW
YW ITW
FPW IYW
SFW ITW
FMW ITW
KOW FPWFMWSFW
UW I3WTWKOW
),0
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 292
Resultados
Visualização Georreferenciada
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 294
Figura 12.22 Visualização dos fluxos nas linhas de um intervalo de
tempo do simulador IRIS
Como pode ser visto no diagrama da Figura 12.23, essa fase começa pela
construção do insumo mais básico e fundamental para todo o processo de
simulação. Tal insumo (que é o resultado dessa fase) é o grid georreferen-
ciado equivalente ao grid o icial (formato ANAREDE) só que em formato
Pandapower (Thurner et al., 2018). Vale, antes de tudo, salientar que o
framework de estudos de sistema de potência Pandapower foi escolhido
por ser escrito em linguagem computacional Python, que é uma linguagem
muito poderosa e versátil e que vem sendo adotada com a linguagem das
executoras desse projeto de P&D, e por ter todos os recursos que foram pro-
jetados para o simulador IRIS. Assim, como mostra o diagrama da Figura
12.23, o processo dessa fase pode ser explicado da seguinte maneira:
1. Um deck ANAREDE (em formato PWF e que foi disponibilizado
pelo ONS à equipe do projeto IRIS) que representa o grid do
SIN e é processado pelo pacote anaparser, contido no pacote
deckgrid. O pacote anaparser processa o deck ANAREDE e faz
a primeira conversão para o formato de rede Pandapower. Em
seguida, o pacote deckgrid padroniza alguns aspectos dessa rede
e a salva em diversos formatos (Pandapower Grid, XLS e JSON)
na plataforma Venidera Miran. Dessa forma, caso um mesmo
deck ANAREDE venha a ser apresentado ao pacote deckgrid, ele
detectará que esse deck já foi processado e localizará a rede na
plataforma Miran, tornando desnecessário o reprocessamento
desse deck, a não ser que o usuário force tal reprocessamento;
2. Em seguida, o pacote geogrid consome uma rede Pandapower gerada
pelo pacote deckgrid e faz uma análise georreferenciada de cada um
dos barramentos dessa rede a partir da nomenclatura de cada um
dos barramentos. O pacote geogrid começa analisando nomes simi-
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 296
lares dos dois nós de uma dada linha de transmissão e checa se uma
linha similar está cadastrada em bases georreferenciadas da ANEEL
(BIG/SIGEL), do ONS (SINDAT) e da plataforma Miran (base estru-
turada e georreferenciada de usinas). Finalmente, o pacote geogrid
passa a analisar a aproximação léxica dos nomes de subestações e
outros barramentos do SIN. Todo esse processo usa algoritmos de
inteligência de máquina e processamento GIS para checar nomes,
níveis de tensão, regiões brasileiras, entre outros;
3. Ao inal dessa fase, o pacote geogrid padroniza os dados da
rede Pandapower, recém georreferenciada, e realiza um luxo
de potência AC para avaliar sua factibilidade. Assim, o resultado
desse processo é salvo na plataforma Venidera Miran novamente
em vários formatos (Pandapower Grid, XLS e JSON).
Figura 12.23 Primeira fase do fluxo de simulação dos pacotes do simulador IRIS
)UDPHZRUN6LPXODGRU,5,6
)DVH'DGRVEiVLFRVGRJULGSDUDDVLPXODomR
'HFNJULG
$QDSDUVHU SDGURQL]DomR
SRZHUIORZ
*HRJULG *HRJULG
DQiOLVHJLV SDGURQL]DomR
DQiOLVHWH[WXDO SRZHUIORZ
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 298
Figura 12.24 Segunda fase do fluxo de simulação dos pacotes do simulador IRIS
)UDPHZRUN6LPXODGRU,5,6
)DVHSUHSDUDomRSDUDDVLPXODomR
3DUGDSRZHU*HR*ULG
9HQLGHUD0LUDQ
3yVRSHUDWLYR216
'GDGRV
3DUGDSRZHU*HR;/6 '(66(0 3URJUDPDomR216
,QIRUPDo}HV
3DUGDSRZHU*HR-621 GRVJHUDGRUHV 3URFHG5HGH216
,QIRGRVJHUDGRUHV *HVWmRVLPXODomR,5,6
'HFNSDUVHU *HQLQIRSDUVHU
JHUDGRUHV ! OLPLWHVGRVJHU
EDUUDPHQWRVJULG
OLPLWHVGRVJHU
/HJHQGD
)OX[RGDVLPXODomR
3DFRWHSULQFLSDOGRVLPXODGRU,5,6
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 300
Figura 12.25 Terceira e quarta fases do fluxo de simulação dos
pacotes do simulador IRIS
)UDPHZRUN6LPXODGRU,5,6
)HVH&RQGLo}HV,QLFLDLV )DVH6LPXODomRGDSURJUDPDomRGDRSHUDomR
*HVWmRVLPODomR,5,6 9HQLGHUD0LUDQ
3yVRSHUDWLYR216
5HVXOWDGRV,5,6 'DGRVGD$1$
SURJUDP2SHUDomR 3URJUDPDomR216
3URFHG5HGH216
/HJHQGD
)OX[RGDVLPXODomR
5HWURDOLPHQWDomR/RRS)DFWLELOL]DomRKLGUROyJLFD
3DFRWHSULQFLSDOGRVLPXODGRU,5,6
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 302
8. Finalmente, o pacote gridsim checa se deve simular mais um
dia de simulação (se ). Se o processo de simulação deve conti-
nuar, então, volta-se ao passo 1. Caso contrário, o pacote gridsim
compila todos os resultados da simulação e envia à plataforma
Venidera Miran.
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 304
para o período de simulação e aplica a carga do primeiro minuto
do intervalo em todas as barras de carga em uma cópia da rede
Pandapower georreferenciada, que representará a rede neste pri-
meiro intervalo de tempo;
2. Em seguida, o pacote gridgen também carrega as gerações eólicas
aferidas da plataforma Venidera Miran e aplica as gerações eóli-
cas aferidas nos barramentos da rede que representam os gera-
dores eólicos;
4. A partir desse ponto, o pacote gridsim começa um processo de che-
cagem da factibilidade operativa do intervalo de tempo atual de
simulação. Para isso, ele dispara a execução do pacote irissupervisor,
responsável por fazer a gestão e supervisão do estado da rede;
5. O pacote irissupervisor checa todo o histórico de simulação de
cada um dos geradores para avaliar se todos estão respeitando
suas respectivas condições operativas (geração mínima, máxima,
rampas, entre outros). Após fazer essa checagem e alterar a rede
Pandapower para que todas essas condições sejam rigorosamente
atendidas, ele dispara o processo de redespacho dos geradores;
6. O pacote gridopt faz um pequeno redespacho dos geradores obje-
tivando minimizar novamente os luxos nas linhas de transmis-
são com maior capacidade de transmissão;
7. Com os geradores ajustados, o pacote hidrosin é acionado para
calcular os estados operativos das usinas hidrelétricas neste
intervalo de tempo e juntar esses estados com os outros resul-
tados deste intervalo de simulação. Em seguida, o pacote grid-
viewer é invocado;
8. Nesse momento, o pacote gridviewer usa a rede Pandapower,
que contém todos os resultados do estágio corrente da simula-
ção e cria uma visualização georreferenciada em formato HTML,
e salva na plataforma Venidera Miran;
9. Finalmente, o pacote gridsim checa se deve simular mais um
intervalo de simulação (se ). Se o processo de simulação deve
continuar, então, volta-se ao passo 1. Caso contrário, o pacote
gridsim compila todos os resultados da simulação e envia à plata-
forma Venidera Miran.
)UDPHZRUN6LPXODGRU,5,6
)DVH&RQGLo}HV,QLFLDLV )DVH6LPXODomRGDRSHUDomRHPWHPSRUHDO
*HVWmR6LPXODomR,5,6 9HQLGHUD0LUDP
3yVRSHUDWLYR216
5HVXOWDGRV,5,6RSHUDomRWHPSRUHDO
'DGRVGD$1$
3URJUDPDomR216
5HVXOWDGRV,5,63URJUDP2SHUDomR
3URFHG5HGH216
/HJHQGD
)OX[RGDVLPXODomR
3DFRWH3ULQFLSDOGRVLPXODGRU,5,6
Marcos Leone Filho, João Rodolfo Pires e Glaucon Diniz Garcia 306
Referências
CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA – CEPEL. ANAREDE – Programa de Análise de
Redes V09.07.02 – Manual do Usuário. 2011.
OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS. Procedimentos de Rede. 2009. Disponível
em: https://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-ons/procedimentos-de-rede/vigentes. Acesso
em: 16 nov. 2020. Publicado em 2009.
OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (ONS). Procedimentos de Rede – Módulo 7. 2015.
Disponível em: https://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-ons/procedimentos-de-rede/vigen-
tes. Acesso em: 16 nov. 2020. Publicado em 2015.
OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (ONS). Guia Prático de utilização – Modelo
DECOMP – VERSÃO 24. 2016a. Disponível em: http://www.ons.org.br/download/agentes/pmo/
treinamentoPMO/02-Guia-pratico-DECOMP_2016.pdf. Acesso em: 30 out. 2016. Publicado em
2016a.
OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (ONS). Guia Prático de utilização – Modelo
NEWAVE – VERSÃO 22. 2016b. Disponível em: http://www.ons.org.br/download/agentes/pmo/
treinamentoPMO/03-Guia-pratico-NEWAVE_2016.pdf. Acesso em: 30 out. 2016. Publicado em
2016b.
OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (ONS). Mapa dinâmico do SIN. 2020a. Disponível
em: http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/mapas. Acesso em: 16 nov. 2020. Publicado em
2020a.
OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (ONS). Organização ONS. 2020b. Disponível em:
http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-ons/governanca/visao-geral. Acesso em: 16 nov.2020.
Publicado em 2020b.
THURNER, L. et al. Pandapower – An Open-Source Python Tool for Convenient Modeling, Analysis,
and Optimization of Electric Power Systems. IEEE Trans. Power Syst., v. 33, n. 6, p. 6510–6521,
2018.
13.1 Introdução
K
K K K K K K K K K K 3UGLWRUSDUDK 3UHYLVmRWSDUDK
7UDLQLQJ 7UDLQLQJGDWDDQG
GDWD H[RJHQRXVYDULDEOHV
'DWDEDVH
$5,0$PRGHO $5,0$;PRGHO
7UDLQLQJ
)D GDWD )[
(UURUFDOFXODWLRQ (UURUFDOFXODWLRQ
06$D(D)D 06([([)[
1R <HV
06(D!06([
(D ([
0DFKLQH/HDUQLQJPRGHO
)D )Q )[
1RQOLQHDUFRPELQDWLRQ
)]
Fonte: Elaboração dos autores.
1R \HV
$5,0$ 758(
([RJHQRXV
YDULDEOHV
$5,0$;PRGHO 'DWD $5,0$PRGHO
EDVH
(T
0DFKLQH/HDUQLQJPRGHO
)/ )1 )/
1RQOLQHDUFRPELQDWLRQ
)]T
Fonte: Elaboração dos autores.
Fonte: Elaboracão dos autores.
9HORFLGDGHGRYHQWR
0rV
5HDO $ULPD $ULPD[ 3URSRVWR
0rV
5HDO $ULPD $ULPD[ 3URSRVWR
Previsão de Carga
6pULH
WHPSRUDO
'LYLVmRHP
&RQMXQWRGH VXEFRQMXQWRV
WUHLQDPHQWR
$OJRULWPR
)DVHGH JHQpWLFR
WUHLQDPHQWR
)DVHGHHVWH
&RQMXQWR (QVHPEOH &RPELQDomR 3UHYLVmR
GHWHVWH GHPRGHORV ILQDO
0:K
'LDV
5HDO3UHYLVWR
Fonte: Elaboração dos autores.
0:K
'LDV
5HDO 3UHYLVWR
Fonte: Elaboração dos autores.
Metodologias utilizadas
x
1
x
fW x; , exp x; , 0 , (1)
x
FW x; , 1 exp x; , 0 (2)
x 1
f B x; , , c 1
x, , , c 0
x (3)
c 1
c
FB x; , , c 1 1 x x, , , c 0,
(4)
1 v
1 1
v
1
v
2 1
v 2
ff 2.2 v p exp 1 p 2 exp , (5)
1 1
1 2 2 2
n
L ; x1 , , xn f xi ; (6)
i 1
AD AD 2 N S
1 n yi yˆ
MAPE MAPE yˆ *100
n i 1
MAD 1 n yi yˆ
MAD
n i 1 yˆ
*100
2i 1
,
n
Sendo S log F yi log 1 F y N 11 yi representa as
i 1 N
observações de velocidade do vento, ŷ é cada valor estimado, n é a quan-
tidade de observações de velocidade do vento, L é função de verossimi-
lhança do modelo e p é a quantidade de parâmetros.
1 s
2
F 2 s, v
s i 1
Y v 1 s i yv i , v 1, 2,, N s (7)
e
1 s
2
F 2 s, v
s i 1
Y N v N s s i yv i , para v N s 1 ,, 2 N s (8)
1 2 Ns
F0 s exp ln F s, v s
2 h0
. (9)
4Ns v 1
1
Wk (10)
dk p
em que d é a distância euclidiana entre os valores estimados das
k-ésimas estações e p é o parâmetro de potência exponencial. Em geral,
de ine-se p=2 (Ozelkan et al., 2016).
1
DPE f v v 3W / m 2 (13)
2 0
em que f(v) é função densidade de probabilidade Weibull-5p.
7HPSRKRUDV
Fonte: Elaboração dos autores.
9HORFLGDGHPV
Fonte: Elaboração dos autores.
:LQG6SHHGPV
:LQG6SHHGPV
:HLEXOO 6DPSOH
:LQGVSHHGPV
7LPHPLQ
$QRPDOLDV
T
KT
,QGH[
Calibração
0:PHG
0:PHG
'DWD
&DOLEUDomRVHPDQDILQDO,5,6JHUDomRVXEVLVWHPD60:PHG
&DOLEUDomRVHPDQDILQDO216JHUDomRVXEVLVWHPD60:PHG
'DWD
&DOLEUDomRVHPDQDILQDO,5,6JHUDomRVXEVLVWHPD6(&20:PHG &DOLEUDomRVHPDQDILQDO216JHUDomRVXEVLVWHPD6(&20ZPHG
0:PHG
0:PHG
'DWD 'DWD
0:PHG
0:PHG
'DWD
&DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD67pUPLFD0:PHG
'DWD &DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD6+LGUiXOLFD0:PHG
&DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD6(&27pUPLFD0:PHG &DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO216*HUDomR6XEVLVWHPD67pUPLFD0:PHG
&DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD6(&2+LGUiXOLFD0:PHG &DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO216*HUDomR6XEVLVWHPD6+LGUiXOLFD0:PHG
&DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO216*HUDomR6XEVLVWHPD6(&27pUPLFD0:PHG
&DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO216*HUDomR6XEVLVWHPD6(&2+LGUiXOLFD0:PHG
0:PHG
0:PHG
'DWD
&DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(7pUPLFD0:PHG
'DWD
&DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD17pUPLFD0:PHG &DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(+LGUiXOLFD0:PHG
&DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1+LGUiXOLFD0:PHG &DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO216*HUDomR6XEVLVWHPD1(7pUPLFD0:PHG
&DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO216*HUDomR6XEVLVWHPD17pUPLFD0:PHG &DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO216*HUDomR6XEVLVWHPD1(+LGUiXOLFD0:PHG
&DOLEUDomRBVHPDQDBILQDO216*HUDomR6XEVLVWHPD1+LGUiXOLFD0:PHG
0:PHG
'DWD
BPLQXWR216JHUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0:PHG
BPLQXWR216FDUJD6XEVLVWHPD1(0:PHG
BPLQXWR216JHUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0:PHG
BPLQXWR216FDUJD6XEVLVWHPD1(0:PHG
Fonte: Plataforma IRIS de Simulação.
0:PHG
'DWD
BBKRUDBGLDS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0ZPHG
BBKRUDBGLDS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0ZPHG
BBKRUDBGLDS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0ZPHG
BBKRUDBGLDS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0ZPHG
BBKRUDBGLDS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0ZPHG
BBKRUDBGLDS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0ZPHG
BBKRUDBGLDS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0ZPHG
BBKRUDBGLDS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0ZPHG
BBKRUDBGLDS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0ZPHG
BBKRUDBGLDS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1((yOLFD0ZPHG
1~PHUR9LRODo}HV
'DWD
BBKRUDBGLDBBS,5,6FRQYHUJrQFLDYLRODo}HVIOX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6FRQYHUJrQFLDYLRODo}HVIOX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6FRQYHUJrQFLDYLRODo}HVIOX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6FRQYHUJrQFLDYLRODo}HVIOX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6FRQYHUJrQFLDYLRODo}HVIOX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6FRQYHUJrQFLDYLRODo}HVIOX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6FRQYHUJrQFLDYLRODo}HVIOX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6FRQYHUJrQFLDYLRODo}HVIOX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6FRQYHUJrQFLDYLRODo}HVIOX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6FRQYHUJrQFLDYLRODo}HVIOX[R$&SX
Figura 13.34 Desvio padrão das tensões do grid nos cenários de simulação
0:PHG
SX
'DWD
BBKRUDBGLDBBS,5,6'HVY3DG7HQVmRSX
BBKRUDBGLDBBS,5,6'HVY3DG7HQVmRSX
BBKRUDBGLDBBS,5,6'HVY3DG7HQVmRSX
BBKRUDBGLDBBS,5,6'HVY3DG7HQVmRSX
BBKRUDBGLDBBS,5,6'HVY3DG7HQVmRSX
BBKRUDBGLDBBS,5,6'HVY3DG7HQVmRSX
BBKRUDBGLDBBS,5,6'HVY3DG7HQVmRSX
0:PHG
'DWD
BBKRUDBGLDBBS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(+LGUiXOLFD0:PHG
BBKRUDBGLDBBS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(+LGUiXOLFD0:PHG
BBKRUDBGLDBBS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(+LGUiXOLFD0:PHG
BBKRUDBGLDBBS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(+LGUiXOLFD0ZPHG
BBKRUDBGLDBBS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(+LGUiXOLFD0:PHG
BBKRUDBGLDBBS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(7pUPLFD0:PHG
BBKRUDBGLDBBS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(7pUPLFD0:PHG
BBKRUDBGLDBBS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(7pUPLFD0:PHG
BBKRUDBGLDBBS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(7pUPLFD0:PHG
BBKRUDBGLDBBS,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(7pUPLFD0:PHG
Para que fosse possível identi icar o nível atual de RPO para atendimento
a situações de contingência ou aumento inesperado da carga sem que
as questões relacionas à intermitência da geração eólica fosse levada
em consideração (pois, em alguns instantes do dia, as injeções de eólica
podem ser bené icas para a segurança operativa enquanto, em outros,
pode ser malé ica), foram realizadas simulações considerando a perfeita
previsão de geração eólica na fase de programação. Com isso, é equiva-
lente dizer que o programador da operação conheceria com perfeição a
geração eólica um dia antes dela acontecer de fato. Esse arti ício foi utili-
zado para que as questões relacionadas à intermitência da geração eólica
fossem retiradas do processo de análise do nível atual de RPO.
Para que se tenha uma ideia das principais diferenças entre se pro-
gramar a operação com previsão perfeita da geração eólica e com uma
previsão de geração eólica padrão (com os mesmos níveis de desvio de
previsões utilizadas pelo ONS), a Figura 13.36 mostra tais diferenças.
Nesta, a curva verde indica como foi programada a geração do subsis-
tema NE com a utilização de previsão de geração eólica, enquanto a curva
azul denota a programação da operação com previsão perfeita de geração
eólica. Já as curvas preta e laranja mostram a operação em tempo real
com e sem previsão perfeita de geração eólica, respectivamente. Ficam,
0:PHG
'DWD
6HPDQDBFHQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmR,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(0:PHG
6HPDQDBFHQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmR,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(0:PHG
6HPDQDBFHQiULRB2S,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(0:PHG
6HPDQDBFHQiULRB2S,5,6*HUDomR6XEVLVWHPD1(0:PHG
'DWD
B&HQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HVIOX[R$&SX
B&HQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HVIOX[R$&SX
B&HQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HVIOX[R$&SX
B&HQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HVIOX[R$&SX
B&HQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HVIOX[R$&SX
SX
'DWD
B&HQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B&HQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B&HQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B&HQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B&HQiULRB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
1~PHURGH9LRODo}HV
'DWD
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
SX
'DWD
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B+RUDB2SBSHUIHLWDBSUHYLVmRBSBFDUJD,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
1~PHURGH9LRODomR
GDWD
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
SX
'DWD
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
B&HQiULRBS,5,6&RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
'DWD
BBKRUDBGLDBBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6&RQYHUJrQFLD9LRODo}HV)OX[R$&SX
SX
'DWD
BBKRUDBGLDBBS,5,6RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
BBKRUDBGLDBBS,5,6RQYHUJrQFLD)OX[R3RWrQFLD$&SX
Através de uma gama de simulações feitas com a plataforma IRIS, foi pos-
sível concluir que o SIN possui uma matriz energética muito favorável à
inserção de eólicas devido à predominância de hidrelétricas. Estas, ao que
tudo indica, parecem formar o par perfeito com as fontes renováveis vari-
áveis, como é o caso da geração eólica. Além disso, pelo fato do Controle
Automático de Geração (CAG) estar implementado dentro da plataforma
IRIS, foi possível perceber que esse recurso atua como uma enorme
reserva de potência operativa, capaz de responder imediatamente às osci-
lações de demanda e a fontes de geração variável.
Referências
ABBAS, K. et al. Statistical analysis of wind speed data in Pakistan. World Applied Sciences Journal,
v. 18, n. 11, p. 1533-1539, 2012.
AKGÜL, F. G.; ŞENOĞLU, B.; ARSLAN, T. An alternative distribution to Weibull for modeling the
wind speed data: Inverse Weibull distribution. Energy Conversion and Management, v. 114, p.
234-240, 2016.
ALAVI, O.; MOSTAFAEIPOUR, A.; QOLIPOUR, M. Analysis of hydrogen production from wind
energy in the southeast of Iran. International Journal of Hydrogen Energy, v. 41, n. 34, p. 15158-
15171, 2016.
ALLOUHI, A. et al. Evaluation of wind energy potential in Morocco’s coastal regions. Renewable
and Sustainable Energy Reviews, v. 72, p. 311-324, 2017.
ALSAAD, M. Wind energy potential in selected areas in Jordan. Energy Conversion and
Management, Elsevier, v. 65, p. 704-708, 2013.
BALLARIN, F. et al. A POD-selective inverse distance weighting method for fast parametrized
shape morphing. International Journal for Numerical Methods in Engineering, v. 117, n. 8, p. 860-
884, 2019.
O mundo está vivendo uma grande transformação energética com uma taxa
de crescimento sem precedentes das FRIs, sempre superando as expecta-
tivas anteriores da Agência Internacional de Energia - AIE, ao se falar glo-
balmente, e da EPE, em nível nacional. Não sem razão, a AIE, em seu World
Energy Outlook 2020, incluiu um quarto cenário para 2050, chamado de
Emissões Líquidas Zero em 2050 (NZE2050), que avança muito no seu, até
então, cenário mais otimista de Desenvolvimento Sustentável. Não dife-
rente, a EPE, em seu Plano Nacional de Energia – PNE 2050, deixa de esta-
belecer cenários ou metas, mas apenas um elenco de possibilidades. Estas,
na mais otimista delas, pela ótica das renováveis, indica uma matriz elétrica
100% renovável, com 50 GW de energia eólica e solar, hidrelétrica e bio-
massa a 90% de fator de capacidade compondo o restante.
Globalmente, em 2019, as capacidades líquidas adicionadas foram de
117 GW para a fonte solar, 61 GW de eólica, 60 GW para o gás natural
e 18 GW para o carvão (SolarPower Europe, 2020), o que mostra como
as duas FRIs se tornaram as fontes mais importantes para a expansão
do uso da energia elétrica. A energia eólica acumulou, ao inal de 2019,
uma capacidade instalada de mais de 650 GW e a solar fotovoltaica se
aproximou de 630 GW. À fonte solar, poderiam ser somados mais 21 GW
dos concentradores solares. Entretanto, do ponto de vista deste livro, tais
concentradores perdem um pouco de interesse à medida que essas fontes
sempre estão acopladas a mecanismos de armazenamento de calor e têm
sua variabilidade reduzida.
No Brasil, em outubro de 2020, a ANEEL mostrava uma potência
outorgada de 27,4 GW de energia eólica e de 16,8 GW de energia solar
fotovoltaica. Nesse caso, estão incluídas as centrais em construção e com
construção ainda não iniciada, respectivamente, 16,3 GW e 3,1 GW, além
daquelas em operação. É importante ressaltar que a relação entre a potên-
cia das usinas eólicas para as usinas solares em operação é de 5,2 vezes,
mas, quando se olha a relação do total outorgado entre as duas fontes, esta
é de apenas 1,6 vezes. As duas fontes já somam 21% do total da potência
outorgada no País, estando excluída dessa totalidade a capacidade insta-
lada em sistemas de geração distribuída no âmbito da Resolução 482 da
ANEEL. Tais sistemas somavam, no mesmo mês, 3,9 GW em energia solar
fotovoltaica e 15 MW em eólica.
93
O relatório do Greenpeace com o ranking das piores fontes de SO2 do mundo atribui 31%
das emissões desse poluente nesses hotpots ao carvão, em 2018 (Greenpeace, 2019).
Referências:
GREENPEACE. Global So2 emission hotspot database. 2019. Disponível em: https://storage.
googleapis.com/planet4-international-stateless/2019/08/e40af3dd-global-hotspot-and-
emission-sources-for-so2_16_august-2019.pdf. Acesso em: out. 2020. Publicado em 2019.
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%JSFUPSEB"HÐODJB/BDJPOBMEF&OFSHJB&MÏUSJDBo"/&&-
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