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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

TRABALHO DE CAMPO NO LARGO SÃO SEBASTIÃO

MANAUS - AM
2017
ALINE CRUZ DE ANGIOLIS

BRENDO WESLEY S. DE AZEVEDO

JANAINA DA SILVA CORDEIRO


LETICIA THAIS FIGUEIREDO DE OLIVEIRA
NÚBIA CONCEIÇÃO BAÍA CARNEIRO
RAINARA LIMA CAETANO

TRABALHO DE CAMPO NO LARGO SÃO SEBASTIÃO

Trabalho solicitado pelo Professor


Lucindo Filho, docente da Universidade
Federal do Amazonas na disciplina
Geologia, para obtenção de nota parcial.

MANAUS-AM
2017
INTRODUÇÃO

As rochas são consideradas qualquer tipo de agregado natural sólido, no qual


são compostos de mais de um mineral e ainda constituem parte da crosta terrestre.
O estudo das rochas é feito de vários níveis de observação e aspectos. No campo é
possível analisar os tipos litológicos, corpos rochosos, variações textuais e
mineralógicas. Em alguns casos é feito uma análise microscópica nas amostras das
rochas, tendo como finalidade identificar sua classificação, para assim analisar os
aspectos de sua evolução. Não esquecendo também dos minerais que a constituem.
A camada da litosfera superficial e sólida da Terra é composta por rochas, no
qual são formadas por diferentes minerais. Processos como o tectonismo,
intemperismo, erosão, por exemplo, existe uma imensidão de tipos de rochas. Para
tal análise da estrutura geológica, é necessário conhecer os tipos de rochas que
existem e sua divisão é feita pelos três tipos principais: Rochas Ígneas ou
Magmáticas (surgem a partir da solidificação do magna ou da lava vulcânica),
Rochas Metamórficas (originam-se de outros tipos de rochas) e Rochas
Sedimentares (surgem do acúmulo de outros sedimentos).
Geralmente os fósseis são encontrados em rochas sedimentares. Ao morrer,
o organismo é sujeito a um ataque de fungos, bactérias necrófagas, animais
comedores de carniça e desmembradores. Estes atacam as partes moles dos
cadáveres, restando apenas o esqueleto. Fatores naturais como chuva, ação dos
rios, desmoronamentos, por exemplo, contribuem para desarticular os cadáveres. A
fossilização é uma sequência de fatores que permite a transformação de um
organismo em um fóssil. Como primeira etapa de transformação, o soterramento da
carcaça deve ser imediato, para que esta fique sem a presença de oxigênio, de
modo que os necrófagos possam agir. Depois disso, sua decomposição cai
rapidamente, fazendo com que os ossos ou partes duram sofram a impregnação de
minerais trazidos pela água.
No decorrer desse processo, a camada que forma-se sob a carcaça, com o
passar dos milhões de anos é coberta por outras camadas, o que resulta no que
conhecemos como rochas sedimentares. Essa formação de rochas sedimentares
ocorre em lugares como desertos e áreas glaciais. Esses locais com esse tipo de
rochas são os principais para a busca por fósseis. Os fósseis podem ser
classificados em: Fósseis (mais 1.000.000 de anos); Subfósseis (com menos de
1.000.000 de anos); Dubiofósseis (estruturas de origem orgânica, cuja natureza não
foi comprovada); Pseudofósseis (estruturas inorgânicas); Icnofóssil (organismo que
pode ser preservado em um sedimento); Estromatálito (estruturas biossedimentadas
formadas de atividades microbianas em ambiente aquático); Âmbar (substâncias
resinosas produzidas pro angiospermas e gimnospermas); Fóssies Químicos
(composto químico da geosfera, cuja estrutura sugere a ligação com produtos
naturais da biosfera); Microfósseis (restos fossilizados invisíveis a olho nu) e
Palinomorfos (organismos fósseis encontrados nos resíduos insolúveis). Com tais
definições podemos analisar o que foi visto em prática durante a visita feita ao
Teatro Amazonas – Manaus.
OBJETIVO

O presente trabalho buscou exercitar os conhecimentos adquiridos em sala de


aula por meio de práticas. Acompanhados pelo docente Lucindo Antunes Fernandes
Filho e auxiliados por monitores, pudemos identificar e registrar todos os pontos ou
afloramentos de rochas visitados durante a prática de campo.

LOCALIZAÇÃO E ACESSO

A região selecionada como área de estudo para a realização da prática de


campo da disciplina Geologia Geral foi a região do Largo São Sebastião, localizado
na Rua Costa Azevedo, centro da cidade de Manaus. A escolha dessa área deve-se
à variabilidade de tipos de rochas e dos registros dos eventos geológicos que
ocorreram no passado e que podem ser percebidos na paisagem contemporânea
com a ajuda dos conhecimentos adquiridos em sala de aula.

A PRÁTICA

A prática iniciou-se às 7:30 hs da manhã no Largo do São Sebastião, com uma


breve apresentação sobre fosseis geológicos. Após a apresentação foram divididos
grupos de no máximo cinco pessoas para identificação dos fósseis com a ajuda e
auxilio dos professores e monitores presentes. Foi possível identificar fosseis dos
tipos: Nerinea, Caprinula, Sauvagesia, Thalassionoides.

Depois das orientações e acompanhamentos feitos pelos professores, lançou-se


o desafio de registrar pelo menos dez fotos dos fósseis encontrados no Largo do
São Sebastião para a elaboração do presente relatório, com parte da nota de
avalição feita em sala de aula.

Após a identificação e obtenção do material necessários para a elaboração do


relatório as turmas foram dispensadas, finalização da pratica de campo.
ÁREA DO TEATRO AMAZONAS

Área externa do teatro Amazonas, vista de cima, estão delimitados por pontos
de 1 a 10, onde foi encontrado cada fóssil.

Figura 1- área externa vista de cima.


FÓSSEIS ENCONTRADOS NA ÁREA DO TEATRO AMAZONAS

Ponto 1

Um fragmento mineralizado da concha pequena de um gastrópode, de voltas


numerosas com alinhamento em espiral, com ponta circular, formato de cone.
Distribuição estratigráfica: Jurássico médio a Cretácico.
Ponto 2

Um fragmento mineralizado da concha grande mais ou menos 10 cm , de um


gastrópode , na estrutura de interna retorcida que acompanha toda a espiral, em seu
centro.
Distribuição estratigráfica: Jurássico médio a Cretácico.
Ponto 3

Os fósseis destes bivalves, com tamanho de 10 a 15 cm de dimensão


máxima, são bastante evidentes, devido ao aspecto espesso e maciço da parede
das suas conchas e ao fato de apresentarem cor esbranquiçada que se destaca
bem no fundo da rocha rosada a avermelhada.
Fósseis de rudistas são um grupo extinto de bivalves que existiu desde o
Jurássico superior até ao final do Cretácico da Era Mesozóica (durante cerca de 90
milhões de anos).
Ponto 4
]

Fósseis de conchas pequenas de gastrópodes, são facilmente identificáveis


de estrutura interna muito característica , formada por inúmeras de com
alinhamento em espiral, com ponta circular.
Distribuição estratigráfica: Jurássico médio a Cretácico.
Ponto 5

São dois fósseis, um de fragmento de uma conchas de gastrópodes, com


tamanho a proximado de 10 cm são facilmente identificáveis em corte longitudinal,
pois possuem uma estrutura interna muito característica. Distribuição estratigráfica:
Jurássico médio a cretácico.
Outro um fragmento de um braquiopode, facilmente identificado, de tamanho
aproximado de 10 cm. Extinto no cretácico.144-65 milhões de anos.
Ponto 6

Esse é um fóssil de bivalves, com dimensões rondando os 5 a 15 cm, com


aspectos bastante evidentes devido ao aspecto espesso e estratificado, isto é,
organizado em camadas.
Ponto 7

São fragmentos thaiassinoides, são espaços onde viviam organismos


milhares de anos atrás, que com o tempo foram fossilizados. Estão bem aparentes e
aspectos levemente espesso.
Ponto 8

São fragmentos de aglomerados de bivalves, provavelmente fragmentos de


concha de aproximadamente 10 cm, que existiu desde o Jurássico superior até ao
final do Cretácico da Era Mesozóica (durante cerca de 90 milhões de anos)
Ponto 9

São fragmentos thaiassinoides, são espaços onde viviam organismos


milhares de anos atrás, que com o tempo foram fossilizados, com contorno circular e
apresentando aspecto finos.
Ponto 10

São dois fósseis, um de fragmento de uma conchas de gastrópodes, com


tamanho aproximadamente de 5 cm são facilmente identificáveis, pois possuem
uma estrutura interna muito característica. Distribuição estratigráfica: Jurássico
médio a cretácico
CONCLUSÃO

Ao decorrer da aula de campo e do desenvolvimento do trabalho pudemos


compreender melhor como identificar os tipos de rochas já estudados em sala, na
prática, e observar diversas rochas sedimentares que passaram pelo processo de
fossilização, conseguindo visualizar fósseis dos tipos Nerinea, Caprinula,
Sauvagesia e Thalassionoides.
Isso foi de grande importância para nossa formação visto que ao
conseguirmos reconhecer com mais facilidade a natureza dos processos geológicos,
principalmente na nossa região, teremos capacidade melhor de tomada de decisão
frente à uma construção, resolvendo possíveis problemas que possam ser causados
pela má utilização do ambiente de acordo com as características de formação
geológica do solo, tanto quanto à da segurança do local quanto da obra e do bem
que virá a ser construído.

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