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O petróleo é muitas vezes considerado uma rocha líquida de aspeto oleoso. Este forma-se a partir da
acumulação de grandes quantidades de seres vivos, nomeadamente plâncton, em lagunas marinhas pouco
profundas sem/com pouca comunicação com o mar aberto.
Nestas condições, a salinidade da água vai aumentando, o que provoca a morte destes seres, que se
acumulam no fundo. A sua rápida cobertura por deposição de camadas de sedimentos gera condições de
anaerobiose. Assim, o petróleo forma-se no seio de camadas sedimentares de natureza argilosa ou
carbonatada que, por estas razões, são designadas rochas-mãe. Durante o processo de sedimentação, a
rocha-mãe vai sendo coberta por outros sedimentos, sendo assim sujeita a grandes temperaturas e pressões
durante dezenas/centenas de milhares de anos, alterando a matéria orgânica, transformando-a em petróleo.
Se este aquecimento perdurar ou a temperatura aumentar, o petróleo fica cada vez mais fluido e mais leve,
acabando por se transformar totalmente em gás natural.
Como o petróleo é menos denso que os outros fluidos presentes na rocha-mãe, este tende a ascender para
as rochas vizinhas que são porosas e permeáveis, como os arenitos, conglomerados e calcários – rochas-
armazém. Quando estas rochas são delimitadas por uma camada rochosa impermeável, de natureza argilosa
ou salina – rocha-cobertura – o petróleo fica armazenado.
A estrutura geológica constituída pela rocha-mãe, rocha-armazém e rocha-corbertura (e por outras estruturas,
como por exemplo, falhas e dobras) que permite a acumulação de quantidades significativas de petróleo
denomina-se armadilha petrolífera.
4. As rochas sedimentares – arquivos da história da Terra
4.1. Estrato, sequência estratigráfica, ambientes e paleoambientes
Estrato – unidade estratigráfica elementar; o seu limite superior designa-se teto e o inferior muro.
Sequência estratigráfica – corresponde à sucessão de estratos depositados no mesmo ambiente
sedimentar.
Através do estudo de uma sequência estratigráfica, é possível estabelecer períodos de avanço do nível do
mar relativamente à linha de costa – transgressões – ou períodos de recuo do mar – regressões.
Trangressões – granulometria positiva, ou seja, na basa depositam-se os sedimentos mais grosseiros
e no topo depositam-se os mais finos.
Regressões – granulometria negativa, ou seja, na basa depositam-se os sedimentos mais finos e no
topo depositam-se os mais grosseiros.
Por vezes, é necessário estudar os sedimentos com mais pormenor, de modo a caracterizar o ambiente que
lhes deu origem. Para tal, recorre-se à análise de alguns parâmetros como a dimensão dos grãos, o
rolamento, a calibragem, o brilho e a composição.