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Perfil 11 – soluções

Tema 3
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1. a. Terras de Trás-os-Montes; Douro; Oeste; Alentejo Central; Baixo Alentejo. b. Viseu Dão-Lafões;
Regiões de Aveiro, Coimbra e Leiria; Médio Tejo; Alentejo Litoral.
2. Resposta diferente em cada escola.
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1.
R. agrárias Relevo TM anual Precipitação
Relevo baixo no litoral (inferior a Valores entre Precipitação anual superior a
EDM 200 m), tornando-se mais 1000 mm e acima dos 2000
10,1 °C e 15 °C.
e BL acidentado e com maior altitude mm, nas maiores altitudes.
para o interior.
Relevo de planalto (sobretudo em Entre 9 °C e 15 °C Predominam os valores
TM) e de montanha (sobretudo na nas áreas mais altas inferiores a 600 mm, que, na
BI) com predomínio de altitudes e nos vales, BI, atingem os 2000 mm, nas
TM
entre 200 e 500 m, ultrapassando respetivamente. áreas mais altas.
e BI os 1000 m na Cordilheira Central
(BI).

Relevo predominantemente plano Valores superiores Valores de precipitação


e de baixa altitude, atingindo os inferiores a 600 mm.
RO, a 14 °C.
1000 m nas serras de Aires e
ALE e Candeeiros (RO/BL),

ALG do Alentejo e do Algarve –


Monchique (a oeste) e,
principalmente, Caldeirão (a este).
Predomina o relevo com altitudes Valores entre Valores superiores a 1500 mm
inferiores a 1000 m, exceto no Pico, na ilha de São Miguel, caindo
9,1 °C, nas áreas
onde atinge 2351 m (o ponto mais para 800 mm nas áreas mais
alto de de maior altitude, baixas e ultrapassando os 2000
RAA mm no nordeste da ilha,
Portugal). e superiores a
devido ao relevo mais alto
17 °C, nas áreas (Pico da Vara).
mais baixas.
Conjunto de relevos de altitude Valores entre Elevada, acima dos 3000 mm
superior a 1500 m, que atravessa a nas áreas mais altas. Diminui
9,1 °C, nas áreas
parte central da ilha da Madeira, de para o litoral, de forma mais
oeste para este, pendendo para de maior altitude, acentuada na vertente sul,
RAM norte, mas com ramificações para onde regista 500 a 600 mm nas
e superiores a
sul. Em Porto Santo, o relevo é altitudes menores e
relativamente plano, com altitudes 17 °C, nas áreas
no Porto Santo.
de < 100 m a 500 m.
mais baixas da ilha
da Madeira e no
Porto Santo.
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1. A imagem representa o espaço rural, uma vez que, além de espaços ocupados com produção
vegetal e animal e com infraestruturas e outros elementos de apoio à produção agrícola (espaço
agrário), observa-se uma unidade de turismo rural, uma oficina automóvel e uma capela. Estes
elementos estão presentes no espaço rural, mas não fazem parte do espaço agrário.
2. Associado ao espaço agrícola, um dos seguintes: criação de gado bovino e ovino e parcelas
ocupadas com culturas, incluindo as que se encontram em estufa. Na SAU, integram-se as parcelas
ocupadas com produção vegetal, como, por exemplo, a vinha, o pomar de pera-rocha e a estufa de
hortícolas.
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1. a. Por ordem decrescente: pastagens permanentes, culturas permanentes e culturas temporárias.
b. As terras aráveis incluem terras com produção vegetal, terras retiradas da produção (por
exemplo, pousio) ou que sejam mantidas em boas condições agroambientais e terras ocupadas com
estufas ou cobertas por estruturas fixas ou móveis.
2. Na comparação, verifica-se que na RA dos Açores, no Alentejo, na Beira Interior e Entre Douro e
Minho, as pastagens permanentes representam mais de metade da SAU; no Algarve, em Trás-os-
Montes e na RA da Madeira, as culturas permanentes são mais importantes; e na Beira Litoral, no
Ribatejo e Oeste e na RA da Madeira, sobressaem as culturas temporárias.
3. Nos Açores e em Entre Douro e Minho, as condições de elevada humidade e de precipitação
abundante, com temperaturas amenas, favorecem a formação de prados naturais e a criação de
gado bovino. Por isso, grande parte da SAU é ocupada com pastagens permanentes.
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1. As três regiões agrárias onde o número de explorações, em 2019, era:
• maior – Trás-os-Montes, Entre Douro e Minho e Beira Litoral;
• menor – RA da Madeira, Algarve e RA dos Açores.
2. a. A maior variação do número de explorações registou-se, em sentido negativo, na RA dos Açores
(- 44,7%), e a menor variação, também em sentido negativo, ocorreu em Trás-os-Montes e na RA da
Madeira, ambas com –6,8%. b. A maior variação da dimensão média das explorações registou-se, em
sentido positivo, na RA dos Açores (79,7%), e a menor variação, em sentido positivo, ocorreu em
Trás-os-Montes (5,7%). Verificou-se, na RA da Madeira, uma redução de –12,5% na dimensão média
das explorações.
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3. a. Maior dimensão média por exploração: Alentejo; Ribatejo e Oeste; Beira Interior.
b. Maior SAU média por exploração: Alentejo; Ribatejo e Oeste; Beira
4.1 No Alentejo, a maior dimensão média das explorações faz com que o seu número seja menor.
Também permite que se concentre nessa região uma percentagem da SAU nacional superior à de
Entre Douro e Minho, onde a dimensão média por exploração é inferior e, embora com maior
número de explorações, detém uma parte muito menor da SAU nacional.
5. A maior dimensão é mais favorável à modernização, pois, geralmente, tem maior poder
económico para adquirir máquinas e outras tecnologias, enquanto a pequena dimensão, além do
menor poder económico, não comporta o uso de máquinas grandes nem justifica o elevado
investimento em tecnologia.
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1. O valor da produção animal e vegetal tem evidenciado uma tendência crescente, embora com
oscilações, passando, respetivamente, de cerca de 2400 a quase 3000 milhões de euros, e de
próximo de 3500 a quase 4500 milhões de euros, de 2010 a 2020.
2. Os valores de precipitação a norte do Tejo são bastante superiores aos que se registam a sul desse
rio, tanto em 2019 como na média dos meses de 2020 (janeiro a outubro). No entanto, variam no
mesmo sentido, de mês para mês. Os valores da temperatura média mensal são um pouco
superiores a sul do Tejo, embora a diferença seja menor do que a que se verifica na precipitação,
variando sempre no mesmo sentido.
3. Fatores identificados no texto: «um inverno quente e seco. A primavera e o verão foram muito
quentes e secos, com um total de precipitação, de junho a agosto, correspondente a 45% do valor
médio»; «redução das áreas cultivadas, que resultou na quebra de produção do tomate para
indústria, do arroz e do milho para grão»; «condições meteorológicas adversas, na formação da
maçã e da pera e na maturação do pêssego e da cereja», que reduziram a produção; «pandemia
COVID-19», que afetou sobretudo a pecuária.
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4. a. Olival (azeitona); cereais para grão; vinha (uva de mesa e para vinho). b. Culturas hortícolas;
cereais para grão; olival (azeitona).
5. O olival e a vinha são culturas permanentes (por mais de cinco anos); as hortícolas e a batata são
culturas temporárias (são ressemeadas a intervalos que não excedem os cinco anos) que ocupam
terras aráveis.
6. As culturas em pomares, os olivais ou a vinha, geralmente, têm menor densidade de ocupação do
solo e, por isso, ocupam maior área, enquanto outras culturas, a maioria das temporárias, têm uma
densidade de ocupação do solo maior e, logo, numa menor área pode obter-se maior produção.
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1. a. Norte: milho forrageiro; Centro: milho forrageiro; Alentejo: tomate industrial; AM de Lisboa:
tomate industrial; Algarve: laranja; RA Açores: milho forrageiro; RA Madeira: batata. b. Açores:
ananás; Madeira: cana-de-açúcar.
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1. a. Olivicultura. b. Horticultura.
2. A horticultura intensiva pratica-se principalmente em EDM, BL, RO, ALG e RAA, pois são áreas com
humidade relativa geralmente elevada e próximas de grandes centros urbanos, que abastecem
diariamente. A olivicultura é uma espécie mediterrânea, bem-adaptada à maior secura que
caracteriza o interior e o sul do país.
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1. a. A maior produção de gado bovino em regime extensivo ocorre no Alentejo, em prados naturais
e em prados criados para o efeito. É uma região menos povoada, com maior área agrícola, o que
facilita a criação de gado em espaços maiores, para que os seus produtos tenham melhor qualidade.
Nos Açores, o clima muito húmido permite a existência de prados naturais, o que gerou a tradição
desta forma de criação de bovinos de elevada qualidade.
b. O gado suíno tem maior produção no RO e na BL, com um grande predomínio do regime
intensivo. Estas regiões abastecem os maiores centros urbanos.
c. Pelas mesmas razões, a criação de aves é maior no RO e na BL, onde só uma pequeníssima parte é
criada ao ar livre. A maior parte é criada em gaiolas melhoradas e no solo. Ainda se verifica a criação
em sobreposição sem gaiola (prateleiras).
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1. A mão de obra agrícola nacional é constituída por três grupos: mão de obra familiar (50%), mão de
obra agrícola não familiar (28%) e mão de obra contratada (22%).
2. a. Madeira; Beira Litoral; Entre Douro e Minho. b. Alentejo; Ribatejo e Oeste. c. Algarve; Alentejo.
3. Na Beira Litoral, o maior número de explorações corresponde também a menor SAU, que está
muito fragmentada em pequenas parcelas. Assim, em grande parte dos casos, a mão de obra
familiar é suficiente e há pouco recurso à contratação de serviços. Já no Alentejo, com parcelas de
grande dimensão e maior presença de empresas agrícolas, assim como menos famílias com posse de
terra, a mão de obra familiar é mais insuficiente. No Alentejo, a agricultura de mercado e a grande
dimensão das explorações exigem maior utilização de máquinas e outras tecnologias,
nomeadamente digitais (drones, por exemplo) e respetivos serviços. Por isso, também há mais
contratação de serviços.
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4. A idade média dos produtores singulares…
é maior é menor Subiu + desceu
ALG RAA TM (+ 3 anos) nenhuma

A idade média dos produtores singulares…


é maior é menor Subiu + desceu
RAM EDM RAM (+ 7 anos) ALG

5. Os dirigentes agrícolas com idade média mais baixa têm maior capacidade de arriscar e investir,
pois as qualificações dão-lhes confiança; têm também mais capacidade de aderir à inovação em
práticas e tecnologias mais eficazes e sustentáveis e na compreensão e aplicação das normas da
PAC, em segurança ambiental e alimentar; têm ainda mais facilidade de concorrer aos apoios
comunitários e nacionais, pois já lidam melhor com as tecnologias para aceder à informação e
candidatar-se aos diferentes programas.
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1. Maior percentagem de/com…
Mulheres Idosos Menos de 45 Apenas 1.º Formação Formação
anos ciclo exclusivament completa
e prática
PS PS DAS PS PS DSA

2. Os produtores singulares têm menor nível de escolaridade e predomina a formação


exclusivamente prática. Os dirigentes de sociedades agrícolas têm uma média de idades inferior e c.
50% tem formação superior, sendo menos de 5% os que detêm apenas o 1.º Ciclo.
Assim, os dirigentes agrícolas têm vantagens face aos produtores singulares, já que terão maior
facilidade em compreender e utilizar novas tecnologias, bem como métodos de trabalho mais
produtivos e sustentáveis, cumprindo as normas ambientais da PAC, o que lhes permite
candidatarem-se a um maior número de programas de apoio. Deste modo, as sociedades agrícolas
que dirigem serão também mais competitivas, pois à dimensão física maior (porque são vários
agricultores associados numa sociedade) junta-se uma maior dimensão económica, devido à maior
escala e a uma gestão mais profissional e eficaz, que advém da escolaridade e formação dos
dirigentes agrícolas.
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3. a. RA dos Açores; Alentejo. b. Beira Litoral; Beira Interior.
4. É a pensão rural ou pensão de reforma – cerca de metade em todas as regiões, exceto na RA da
Madeira, onde representa um pouco menos de metade, e na RA dos Açores, com apenas cerca de
30%. A importância desta fonte de rendimentos deve-se ao envelhecimento dos produtores
agrícolas, que torna possível que muitos sejam já reformados e, por isso, recebam pensões rurais
(para os que não fizeram descontos ao longo da vida profissional) ou pensões de reforma.
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1. A ocupação urbana, além de reduzir os espaços de produção agrícola e florestal, vai contribuir
para a redução da biodiversidade associada a essas áreas, que estão «limpas» para a construção.
2. Em Portugal, mais de um terço do solo (30%) está ocupado por floresta e outro terço (33%) pela
agricultura (26%) e pelas pastagens (7%). A cobertura agroforestal (agricultura e floresta associadas)
ocupa 8% dos solos, restando apenas 8% para o espaço urbano e industrial (5%) e para outras
ocupações (3%).
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Analisa questões geográficas
1.1 Regiões agrárias portuguesas.
1.2 1. RA dos Açores; 2. Entre Douro e Minho; 3. Beira Litoral; 4. Ribatejo e Oeste; 5. Trás-os-
Montes; 6. Beira Interior; 7. Alentejo; 8. RA da Madeira; 9. Algarve.
1.3 A. Trás-os-Montes; B. Entre Douro e Minho; Beira Litoral; C. Ribatejo e Oeste; D. Beira Litoral; E.
Entre Douro e Minho; Beira Litoral; F. Alentejo; G. Alentejo.
2. A. Espaço agrário; B. Espaço agrícola; C. Espaço rural; D. SAU.
3. a. Terras aráveis. b. Culturas permanentes. c. Pastagens permanentes e hortas familiares. d.
Culturas temporárias e terras em pousio.
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Problematiza e debate
1.1 De 1999 a 2009, o VPPT manteve-se um pouco abaixo dos 5 mil milhões de euros, subindo para
próximo dos 7 mil milhões, em 2019.
A dimensão económica das explorações acompanhou esta subida, passando de 11,1 mil
euros/exploração, em 2009, para 23,7 mil euros/exploração, em 2019. Ou seja, um pouco mais do
dobro.
Ao mesmo tempo, o número de explorações diminuiu bastante, de cerca de 420 mil, em 1999, para
próximo de 305 mil, em 2009. Daí até 2019, esse número continuou a baixar, mas a um ritmo
inferior, situando-se à volta das 290 mil explorações, em 2019.
1.2 Pela análise do documento, verifica-se que há um aumento significativo da dimensão económica
e do VPPT nacional, que se deve em cerca de 50% a duas regiões agrárias: Alentejo e Ribatejo e
Oeste.
1.3 Deve ser referida a redução do número de explorações com o aumento da sua dimensão média,
o que permitiu aumentar a sua dimensão económica e, assim, o VPPT nacional.
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1. Em 1957, foi assinado o Tratado de Roma, que instituiu a Comunidade Económica Europeia e,
cinco anos depois, (1962) implementou a PAC – Política Agrícola Comum.
Em 1973, a Irlanda, a Dinamarca e o Reino Unido aderiram à CEE.
Um ano depois, em Portugal, deu-se a Revolução do 25 de Abril, que permitiu a instauração de um
Estado democrático e, assim, o pedido de adesão à CEE, que ocorreu em 1977, com os acordos de
pré-adesão.
Em 1981, a Grécia aderiu à CEE, passando a ser o décimo Estado-membro.
A adesão de Portugal formalizou-se em 1985, com a assinatura do Tratado de Adesão, que se
concretizou a partir de 1 de janeiro de 1986, tal como a da Espanha. A Europa passou então a ter
doze Estados-membros.
No Tratado de Maastricht, em 1992, a CEE passou a denominar-se União Europeia, alargando os
objetivos comunitários a outros aspetos, para além dos económicos.
No ano seguinte, concretizou-se o Mercado Único – espaço comunitário sem barreiras alfandegárias,
com livre circulação de bens, serviços e capitais.
Em 2013, após mais quatro alargamentos (1995, 2004, 2007 e 2013), a UE é já uma comunidade de
vinte e oito Estados-membros.
Atualmente, são apenas vinte e sete, devido à saída do Reino Unido, em 2020.
As doze estrelas da bandeira correspondem a um número simbólico que significa «A unidade» – 6, 9,
12, 15, 25, 27, 28 países na UE formam uma unidade: «Unidos na diversidade».
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1. e 2.
• 1957 – Tratado de Roma – instituiu a PAC.
• 1962 – Início da PAC, com três pilares: 1.o Unicidade de mercado; 2.o Preferência comunitária; 3.o
Solidariedade – financiada pelo FEOGA.
• Primeiros 20 anos da PAC.
• 1984 – Quotas (limites) à produção de certos produtos.
• 1986 – Portugal passa a membro efetivo da CEE (1 de janeiro de 1986, mas começou a beneficiar
da PAC em 1977).
• 1988 – Set-aside.
• 1992 – Primeira reforma da PAC – novos pilares: 1.o Reequilíbrio dos mercados; 2.o Preservação
ambiental.
• 1999 – Reforço das medidas da primeira reforma e redefinição dos pilares da PAC: 1.o Equilíbrio
dos mercados; 2.o Desenvolvimento rural.
• 2003 – Segunda reforma da PAC – mantém os pilares definidos em 1999: no 1.o pilar – a produção
deve responder à procura, pelo que os agricultores passaram a poder escolher o que produzir; no 2. o
pilar – princípio da condicionalidade.
• 2013 – Terceira reforma da PAC.
• 2023 a 2027 – Nova PAC.

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1. No número de explorações dedicadas ao modo de produção biológico (MPB) destacam-se: TM,
seguido do ALE e da BI. Na ocupação da SAU, destacam-se as mesmas regiões, mas com o ALE a
deter 62,5%, a BI com 21,1% e TM, em terceiro lugar, com 8,6% da área de SAU nacional, em MPB.
2. A área de SAU dedicada ao MPB aumentou significativamente, de 2009 para 2019, registando-se o
maior aumento na RAA. Apenas a BI e a RAM tiveram um crescimento inferior a 100% e só o ALG
registou um ligeiro decréscimo – menos de 2%.
3. As culturas permanentes e as pastagens ocupam a maior percentagem da SAU em MPB, em todas
as regiões.
As culturas permanentes dominam em EDM, TM, BL, ALG e RAM, enquanto as pastagens ocupam
maior extensão de SAU na BI, RO, ALE e RAA.
As culturas temporárias, não sendo dominantes em nenhuma região, têm maior importância no ALG,
na BL (mais de 25%), na RAM e em EDM (entre 20 e 25%).
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1. Os apoios da PAC serão atribuídos, na sua grande maioria (80 a 85%, aproximadamente), através
do FEAGA – Fundo Europeu Agrícola de Garantia, que ainda inclui o financiamento das medidas de
mercado. A restante percentagem será atribuída pelo FEADER – Fundo Europeu Agrícola de
Desenvolvimento Rural, incluindo o apoio às novas gerações.
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Analisa questões geográficas
1.1 C. 1989; B. 1999; D. 2005; A. 2019.
Esta opção permite verificar que, entre 1989 e 2019, a percentagem de explorações com zero
tratores foi 1.2 diminuindo (de 82%, em 1989, passa a 67%, depois a 57% e, em 2019, é de apenas
44%). Ao mesmo tempo, a proporção de explorações com um trator e com dois e mais tratores
aumentou, respetivamente, de 16% para 45% e de 2% para 11%, no intervalo de 1989 a 2019. Esta
evolução evidencia uma modernização crescente das explorações.
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1. Nesta paisagem observam-se muitos pequenos campos agrícolas, de formas irregulares e
rodeados de muros de pedra, que guardam ainda o restolho seco de forragens ou de cereais
ceifados. Outros começam a cobrir-se de verde, com o renascimento das sementes, mas a cor verde
de alguns é de outras culturas, talvez milho e hortícolas que, nesta região, costumam misturar-se,
em parcelas de policultura. Os campos vão dando lugar à povoação de casas de um ou dois pisos,
que se dispõem ao longo da base da vertente, em plano ligeiramente superior ao dos campos e já
com algum declive. Algum arvoredo dispõe-se no perímetro da ldeia, onde já não haverá condições
para cultivos. Para lá da povoação, erguem-se as montanhas como escudo protetor da aldeia,
recebendo o primeiro embate e suavizando os ventos frios e húmidos de noroeste. No sopé, ainda
crescem árvores, que passam a matas baixas e rapidamente dão lugar à vegetação rasteira que
cobre a maior parte das vertentes, mas não todas. Nas mais íngremes, a rocha-mãe impõe-se e
sobressai ao longe.
2. Há diversas atividades que poderiam ser realizadas nesta área de montanhas escarpadas e
recortadas por cursos de água de grande declive, com numerosas cascatas, e paisagens imponentes,
pela grandeza e pela quase ausência humana. A oferta de alojamento rural atrairia inúmeros turistas
que procuram a calma e a proximidade com a Natureza intocada. Caminhadas, escalada, rafting,
parapente e outras atividades menos radicais, como a participação no cuidado dos bovinos
característicos desta região ou uma visita ao santuário da Nossa Senhora da Peneda, a poucos
quilómetros da Gavieira. Também se poderia dinamizar a produção e comercialização dos produtos
regionais e, assim, criar ocupações e emprego não agrícola, que ajudaria a manter a Gavieira com
habitantes e até a atrair novos residentes e investidores.
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1. a. O número de estabelecimentos de turismo em espaço rural (TER) mais do que duplicou de 2006
para 2010, mas sofreu uma quebra no período de 2012 a 2014, devido à crise económica mundial,
com graves efeitos em Portugal. Voltou, depois, a duplicar até 2018. Em 2020, a pandemia provocou
uma descida significativa, da qual recuperou em 2021. b. Desde 2013, o valor dos proveitos
apresenta um aumento regular, passando de cerca de 46 milhões (2013) para quase 120 milhões,
em 2019. No ano de 2020, registou-se uma queda acentuada, acompanhando o decréscimo do
número de estabelecimentos e pelo mesmo motivo. Em 2021, ultrapassada a pandemia, atingiu um
valor superior ao registado em 2019. Não dispomos ainda de dados sobre o número de
estabelecimentos de 2021, mas é de supor que tenha recuperado, tal como o valor dos proveitos do
TER.
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1. a. A nível nacional, as duas modalidades com maior representatividade em TER são as casas de
campo, com um pouco mais de dois terços (68%), seguidas do agroturismo, com cerca de 20%. b. As
diferentes regiões, em estabelecimentos por modalidades de TER, distinguem-se pela segunda
modalidade mais importante: o agroturismo, em cinco regiões; outros TER, nos Açores; e, na AM de
Lisboa, outros TER e agroturismo, ambos com 20%.
2. Em número de camas, o Norte é a região com maior oferta (pouco acima de 7000), seguindo-se o
Alentejo (quase 6000) e o Centro, com aproximadamente metade do Norte. As restantes regiões
têm uma oferta muito menor, destacando-se o Algarve, com cerca de 1100 camas, e a AM de Lisboa,
pela menor oferta em TER.
3. A AM de Lisboa é uma área essencialmente urbana, daí a fraca oferta em TER, mas também
porque os turistas que procuram Lisboa preferem um turismo mais ligado à oferta urbana,
sobretudo na capital.
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Analisa questões geográficas
1.1 As casas de campo são casas rústicas e particulares, que têm materiais de construção,
arquitetura, mobiliário e decoração com características que refletem a da região em que se inserem.
Geralmente, são casas pequenas, onde também pode viver o proprietário, que organiza atividades
de lazer e disponibiliza os equipamentos (passeio a cavalo, de bicicleta, etc.). No agroturismo, as
características do alojamento são também próprias da região, mas oferecem a possibilidade de
observação e de participação em atividades agrícolas (vindima, apanha de fruta, cuidado de animais,
fabrico de queijo ou de mel, etc.). Os hotéis rurais são estruturas em área rural fora da sede de
concelho, que devem ocupar a totalidade do espaço de construção, com um mínimo de dez quartos
ou suites, e a sua arquitetura, os materiais de construção, o mobiliário e a decoração devem refletir
as características tradicionais da região.
1.2 A vila de Torre de Moncorvo situa-se numa área rural e, além das paisagens e do ambiente de
calma e de contacto com a Natureza, tem uma oferta de alojamento significativa, inserida no
ambiente regional (natural e cultural), com miradouros, restaurantes de gastronomia regional e, não
muito longe, áreas de interesse histórico, como o parque arqueológico de Vila Nova de Foz Coa e a
paisagem cultural das vinhas do Douro.
1.3 A oferta turística tem efeitos multiplicadores, ou seja, promove o desenvolvimento das áreas
onde ocorre, pois dinamiza outras atividades e aspetos culturais que, sem a visita e estada dos
turistas, não se desenvolveriam. São exemplos: a restauração e recuperação da gastronomia
regional; o comércio, que ajudará a desenvolver o artesanato e a produção de enchidos, doces,
peças de artesanato, etc., muito procurados pelo turismo; a recuperação e conservação do
património histórico e cultural construído, que constitui um relevante fator atrativo do turismo; o
património imaterial de música, lendas e festas associadas e muitas outras tradições que são
valorizadas, muitas até recuperadas, por terem caído em desuso.
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1. A situação descrita evidencia o aumento da carência de serviços em diferentes áreas do país,
neste caso, serviços de saúde associados à maternidade. Por um lado, compreende-se a necessidade
de racionalizar custos, concentrando os serviços em determinados locais considerados acessíveis,
onde também poderão ter maior qualidade, pois reúnem mais equipamento médico e pessoal mais
especializado. Porém, as populações sentem-se esquecidas e abandonadas pelo poder central,
inclusive pelos autarcas. A população jovem continuará a sair para áreas com melhor oferta de
emprego e serviços, e as áreas do interior, mesmo de cidades como Chaves e Peso da Régua, vão
continuar a envelhecer e os seus recursos naturais continuarão por aproveitar e valorizar. É o
despovoamento provocado por políticas não integradas e decisões tomadas sem informação e
opinião dos cidadãos.
2. Poderia minimizar-se os impactes desta situação criando sistemas de transporte de doentes e
grávidas com mais veículos e com presença de pessoal médico e enfermagem. Além disso, poderiam
ser criados outros serviços viáveis naquelas cidades e vilas, por exemplo, de apoio a idosos e de
prevenção da saúde, de modo a compensar a perda de emprego verificada com o encerramento dos
serviços de atendimento permanente.
3. Por exemplo, os «serviços sobre rodas», que se deslocam em veículos comerciais (geralmente
ligeiros) para atender as populações de localidades isoladas, evitando a sua deslocação às vilas e
cidades, como serviços bancários, médicos, correios, etc.
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1. a. A biomassa é mais utilizada para produção de energia na região Centro pois é a que tem maior
área e densidade de floresta, que é a maior fornecedora de biomassa, embora também possam ser
usados resíduos da agricultura ou outra atividade que tenha resíduos orgânicos apropriados às
centrais de biomassa. Nas Regiões Autónomas, em 2021, não existia nenhum centro produtor de
energia a partir da biomassa. b. O biogás tem mais centros de produção nas áreas onde predomina a
criação de bovinos e suínos em regime intensivo, nas áreas rurais que servem as áreas mais
urbanizadas. Nas Regiões Autónomas, só há produção de biogás na ilha de São Miguel, certamente
associada à importância da criação de gado bovino. c. A energia eólica é mais produzida nas regiões
Centro e Norte, associando-se à distribuição das principais montanhas, onde a altitude favorece a
formação de ventos frequente e fortes. O litoral, devido aos ventos constantes de oeste, também é
favorável a este tipo de energia e, por isso, encontramos centros produtores desde o Alto Minho ao
Algarve, destacando-se a sub-região do Oeste, com grande concentração na área da serra de
Montejunto. Na RAA, existe produção eólica em todas as ilhas, exceto na Terceira e nas Flores. Na
RAM, apenas na Madeira existem dois centros produtores, aproveitando áreas mais ventosas,
sobretudo a ponta oriental da ilha. d. A produção fotovoltaica é mais importante onde existe maior
insolação – Algarve (exposição a sul), interior do Alentejo (fraca nebulosidade) e AM de Lisboa,
também com uma boa exposição a sul e um grande mercado consumidor. A norte do Tejo,
encontram-se alguns centros produtores, mas em menor número. Nas Regiões Autónomas, existem
apenas um na Graciosa, dois na ilha da Madeira e um em Porto Santo.
Pág. 81
1. O aumento da área florestal de eucalipto, além dos problemas ambientais que pode causar
(absorve muita água que vai buscar longe, com as suas extensas raízes), arde muito facilmente,
ajudando a propagar os incêndios, além de crescer mais rapidamente e ser atrativo para os
produtores florestais, devido ao facto de poderem obter lucro de forma mais rápida. Por isso, só em
2017, ano de grandes incêndios, ficou em segundo lugar no aumento de área plantada.
2. Para fazer face a este problema será necessário regular a plantação de eucaliptos e promover a de
espécies autóctones, que são mais resistentes aos incêndios.
Pág. 86
1. a. B – O plano de regadios prevê a ampliação das áreas irrigadas, com um melhor aproveitamento
da água da precipitação, e a reabilitação de regadios existentes, para aumentar a sua eficiência. As
outras opções não promovem um melhor aproveitamento das disponibilidades hídricas, que é a
única forma de minorar as situações de seca. b. C – Evidencia o grande objetivo de sustentabilidade
da UE.
2.1 A SAU do Alentejo corresponde a mais de metade (54,1%) do total nacional, enquanto o restante
se subdivide por todas as outras regiões, em que se destacam TM, RO e BI.
2.2 O Alentejo é a região com maior extensão e área de ocupação agrícola e, embora não tenha o
maior número de explorações, tem as de maior dimensão e, por isso, a maior área de SAU.
2.3 Na Beira Litoral, a percentagem de SAU nacional é apenas de 3,3% e, no entanto, tem maior
número de explorações do que o Ribatejo e Oeste, com 10% de SAU nacional, o que revela a sua
pequena dimensão física. Isto justifica a sua menor dimensão económica, pois as pequenas
explorações têm menor capacidade de se modernizar e investir em inovação.
3. São culturas temporárias: melão, hortícolas e cereais.
4.1 Ecossistema de montado – produção em regime extensivo.
4.2 É um ecossistema que procede à produção de bens de origem vegetal e animal de forma
integrada, em que tudo se complementa: os animais (gado bovino, ovino ou suíno) alimentam-se das
ervas ou restolho de cereais de sequeiro, das folhas e frutos das espécies arbóreas autóctones (por
exemplo, bolota), principalmente o sobreiro, a oliveira e a alfarrobeira. Como compensação,
produzem estrume que fertiliza os solos e permite que estes mantenham a fertilidade necessária
para nutrir as espécies vegetais. Este ecossistema permite ainda a manutenção de uma
biodiversidade bem-adaptada, composta por insetos, pássaros, pequenos roedores, aves como a
codorniz, entre outras.
5. D – a que associa corretamente as afirmações de A com a respetiva modalidade de TER.
6.1 Problema A: O envelhecimento demográfico levou ao abandono de muitas áreas florestais, por
falta de
mão de obra e de recursos económicos para investir na floresta. Pelas mesmas razões, a criação de
gado ovino e caprino, que limpava as florestas, quase desapareceu. O abandono e a falta de limpeza
levam à acumulação de muito mato rasteiro que facilita a ignição, mesmo natural, e alimenta a
combustão, tornando difícil o controlo das chamas. Assim, como autarca, poderia promover o
entendimento entre os diferentes proprietários de explorações florestais abandonadas, no sentido
de criarem uma parceria com empresas do ramo silvícola ou de turismo, para fazerem o
aproveitamento económico e, ao mesmo tempo, cuidarem da floresta, podendo os proprietários
receber uma renda e, assim, ainda obter algum lucro. Implementaria também um programa de
repovoamento das áreas menos povoadas, requalificando aldeias e promovendo a imigração, com
programas de apoio à instalação e início de atividade agrícola e pastorícia, envolvendo as empresas
da região. Deste modo, poderia ser minimizado o problema do envelhecimento e do abandono da
floresta.
Problema B: A fragmentação da propriedade dificulta o aproveitamento económico da floresta e
também a sua gestão, o que se agrava com o envelhecimento demográfico e o abandono de muitas
parcelas pelos herdeiros do antigo proprietário, que, na maioria dos casos, vivem longe. Por isso,
poderia criar na própria autarquia um serviço de identificação e registo de todos os proprietários das
parcelas abandonadas e propor-lhes uma parceria de emparcelamento e exploração conjunta da
área florestal que poderia ser gerida pelo próprio município ou por uma empresa parceira dos
proprietários. Assim, conseguir-se-ia dar dimensão económica às explorações, de modo a que
fossem rentáveis e estivessem bem cuidadas, evitando incêndios. Além disso, poderia criar bons
acessos e uma rede de distribuição de água, para facilitar o combate aos incêndios e impedir que
alastrassem. Faria também campanhas junto da população sobre as melhores formas de prevenir os
incêndios.
Pág. 92
1. a. Lisboa. b. Sacavém. c. Bobadela. d. Planície do curso final do rio Trancão.
Pág. 93
2. A Lei n.o 11/82 estabelece os critérios para elevar uma vila a cidade, em Portugal. Considera três
tipos de critérios:
• demográfico – define um aglomerado populacional com 8000 eleitores, como limiar mínimo;
• funcional – estabelece um número mínimo de funções essenciais (cinco num conjunto de dez que
são enunciados);
• jurídico-administrativo – outros motivos, que não o demográfico ou o funcional, mas de ordem
histórica, cultural ou arquitetónica, que poderão ser suficientemente relevantes para elevar uma vila
a cidade.
Pág. 94
2. a. De 1950 para 2020, a taxa de urbanização, em Portugal, mais do que duplicou, passando de
31,2% para 66,6%, prevendo-se que, em 2030, se situe nos 71,4%. b. A maioria dos restantes países
da UE apresenta uma taxa de urbanização superior à de Portugal, havendo apenas sete países com
um valor inferior.
Pág. 97
1. a. Lisboa: 17 – Santo António; 22 – Misericórdia; 23 – Sta. Maria Maior. Porto: 5 – Cedofeita,
Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória. b. A: 1 – Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde
(Porto); B: 7 – Campanhã (Porto); C: 20 – Beato (Lisboa); D: 17 – Santo António (Lisboa).
2. Geralmente, a renda locativa é mais alta nas áreas centrais da cidade, diminuindo para a periferia.
Porém, a gradação não é uniforme, pois há áreas da cidade que, não sendo centrais, são mais
valorizadas pela qualidade habitacional, pelo estatuto dos habitantes, pela acessibilidade, pelas
funções ou pela envolvência ambiental, podendo reunir mais do que uma destas razões. Assim, as
freguesias centrais de Lisboa apresentam os valores mais elevados da cidade, diminuindo para a
periferia e voltando a aumentar para oriente, no Parque das Nações – uma nova centralidade com
excelente acessibilidade, construção moderna e adequada às novas funcionalidades –, e para
ocidente, em Belém – uma área conhecida pelas suas vivendas muitas apalaçadas, pelo estatuto da
população e pela proximidade do rio. No Porto, a freguesia de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde
apresenta os mesmos valores do centro da cidade, pois, apesar de não ser central, é uma área
prestigiada da cidade, pela frente de mar e pela qualidade da oferta habitacional.
Pág. 98
1. Comércio e serviços de luxo – avenida da Liberdade; administração e serviços financeiros – rua do
Ouro, praça do Município; lazer e cultura – praça do Comércio, área para lá do Teatro D. Maria;
comércio retalhista – rua Augusta, Rossio; comércio grossista – Martim Moniz, prolongando-se para
a rua dos Fanqueiros.

Pág. 101
1. No Doc. 1, anuncia-se um novo parque para a inovação e ciência, que apoiará as empresas na sua
modernização (incubação e aceleração), o que poderá funcionar como um fator atrativo para
unidades empresariais e de I&D, que favorecerão a internacionalização.
Na Fig. 2, o exemplo do encerramento ao trânsito de certas ruas ou áreas para circulação pedonal
pode levar mais pessoas ao centro e dinamizar o comércio, a restauração e atividades lúdicas de rua.
O Doc. 2 é um exemplo de evento noturno que pode levar mais pessoas ao centro da cidade e
dinamizar atividades e espaços recreativos que vão contribuir para a revitalização do Terreiro do
Paço e espaços e ruas envolventes.
No Doc. 3, anuncia-se a instalação de um novo centro de desenvolvimento tecnológico –
considerado um hub de engenharia –, que começa por empregar vinte e cinco pessoas, mas com
previsão de mais algumas dezenas de empregos, além do papel que poderá ter em colocar o Porto
como ponto importante na rota da inovação, na área da engenharia.
Pág. 103
1. As figuras e o texto evidenciam a diferenciação social espelhada na ocupação e na organização do
espaço urbano, contrastando as áreas residenciais das classes mais abastadas com as das classes
mais pobres, o que poderá trazer problemas de exclusão e situações de conflito, que podem gerar
criminalidade, sobretudo assaltos e roubos. Além disso, a própria cidade, ao manter bairros
degradados com habitantes em situação de pobreza, dá uma má imagem de si e perpetua a
desigualdade social e a pobreza. Os bairros sociais, sobretudo se forem de grande dimensão,
mantêm a segregação. Preferencialmente, o realojamento das pessoas deveria ser feito um pouco
por toda a cidade, para haver integração na vizinhança, nas escolas, etc.
Pág. 104
1. e 2. Respostas que dependem da reflexão dos alunos.
Pág. 108
Analisa questões geográficas
1. A: 4; B: 1; C: 2; D: 3.
2.1 São atividades relacionadas com o lazer e a cultura.
2.2 Enquanto a cidade cresce e alarga a sua área de influência, aumentam as atividades no centro,
até um certo ponto em que se dá a saturação do espaço e o aumento da renda locativa, o que leva à
saída de
atividades para outras áreas mais acessíveis, que se tornam centros secundários. Foi o que ocorreu
no Terreiro do Paço, de onde saíram quase todos os ministérios para outras centralidades,
sobretudo o Parque das Nações. Para que não ficasse abandonado, o que iria contribuir para o
declínio da Baixa, foi necessário revitalizá-lo com novas funções. Como área turística e histórica,
atraiu serviços e espaços turísticos e culturais como o Lisboa Story Centre, novas galerias de arte,
comércio ligado às tradições gastronómicas e artesanais, espaços de observação da cidade, como o
terraço do arco da rua Augusta, entre outras que estão realçadas na figura.
3. (D)
Pág. 109
Problematiza e debate
1.1 O contraste evidenciado pela notícia e pelo anúncio é comum em muitas cidades. Verifica-se
uma separação espacial entre as áreas residenciais de diferentes classes/estatutos sociais, além das
diferenças da arquitetura e qualidade da habitação, distinguindo-se três áreas residenciais: classes
de pessoas com menos recursos (em bairros precários, em zonas degradadas da cidade ou em
habitação social); classes médias; classes com mais recursos. Na notícia, temos o exemplo de um
bairro de habitação precária, onde reside a população mais pobre, com exemplos de
empobrecimento devido ao desemprego. São habitações com poucas condições de habitabilidade,
sem água canalizada e sem saneamento básico, que se situam, geralmente, em áreas pouco visíveis
e mal servidas de transportes públicos.
No caso do anúncio, é dirigido a pessoas da classe média alta ou mesmo classe alta. Os edifícios têm
uma arquitetura diferenciada dos restantes e os apartamentos são espaçosos e bem equipados, com
acabamentos de luxo, muitas vezes inseridos em condomínios fechados, como é o caso. Situam-se
em áreas nobres do centro da cidade, na periferia, com vivendas de luxo ou condomínios, em áreas
de prestígio, com boa envolvente paisagística e acessibilidade à cidade. Também residem nas novas
centralidades, como é o caso do apartamento anunciado, perto do Parque das Nações, com boas
acessibilidades e uma envolvente ambiental e paisagística muito valorizada (perto do rio). Quando
são condomínios fechados, têm serviços próprios, como os referidos no documento.
Constata-se pelos dois exemplos que, nas cidades, existe uma segregação espacial, ou seja, as
classes sociais vivem em áreas diferenciadas, com níveis diferentes de acessibilidade, características
ambientais e paisagísticas, tipo de construção e qualidade das habitações, que permitem distinguir a
classe social dos seus habitantes.
Pág. 111
1. Nas duas cidades, observam-se eixos de crescimento em que se pode verificar a tendência de
seguirem as principais vias de comunicação, embora Beja apresente um padrão mais regular do que
Santarém, o que pode dever-se ao relevo, mais plano em Beja e mais acidentado em Santarém.
2. As vias de comunicação influenciam o crescimento das cidades, pois, geralmente, as áreas
suburbanas servem essencialmente de residência a pessoas que trabalham na cidade, que
necessitam de transportes ou rede viária para usarem o seu próprio veículo. Por isso, na expansão
da maioria das cidades, as vias de comunicação servem de eixos de crescimento urbano.
3. As rendas mais caras nas cidades maiores e o desenvolvimento das vias de comunicação e dos
transportes.
Pág. 112
1. As cidades são polos de atração da população. Num período inicial, o seu crescimento ocorre em
torno do centro e vai-se alargando até aos limites administrativos (A) e, para lá dele, nos subúrbios
próximos (B). É a fase centrípeta, que, de um modo geral, corresponde ao período de êxodo rural
mais intenso, em que a maioria da população que a cidade atrai se instala na própria cidade ou nos
subúrbios.
Com o crescimento da população e das atividades económicas, a cidade ganha importância,
sobretudo o centro antigo e outras áreas economicamente ou socialmente relevantes, fazendo subir
a renda locativa, o que eleva os custos de habitação e de espaços comerciais e de serviços, levando à
saída de parte da população e das indústrias e funções terciárias mais exigentes em espaço, num
movimento de desconcentração urbana. É a fase centrífuga, em que se dá a expansão das áreas
suburbanas, que passam a atrair também os migrantes do êxodo rural e muitas novas atividades
económicas.
Pág. 117
1. Os alunos devem verificar os nomes dos municípios, confirmando o número e o respetivo nome
na legenda do mapa.
2. Uma das vantagens é poder proceder-se a uma concertação na tomada de decisões relativas à
resolução de problemas comuns; outra é fazer uma gestão comum dos programas de apoio ao
desenvolvimento, aproveitando as potencialidades dos diferentes municípios e respondendo às
necessidades específicas de cada um, de modo a promover o desenvolvimento da AM como um
todo.
Pág. 118
1. a. A distribuição da população residente em Portugal pelas NUTS III, em percentagem, realça a
maior concentração na AM de Lisboa (mais de 20%), seguida da AMP (5,1 a 20%). Seguem-se
Cávado, Ave, Tâmega e Sousa e Aveiro (que confinam com a AM do Porto), a região de Coimbra e o
Algarve (4,1 a 5%). As Regiões Autónomas, o Alto Minho, Viseu Dão-Lafões e as sub-regiões entre
Coimbra e Lisboa, com 2 a 4%, antecedem as que têm menos de 2% dos residentes, em Portugal –
todas no interior, exceto o Alentejo Litoral. b. Na região Norte, a AMP destaca-se claramente das
restantes NUTS III, sendo as suas mais próximas (Cávado, Ave, Tâmega e Sousa) as que, a seguir, têm
maior percentagem – ainda assim, apenas menos de 5% dos residentes em território nacional. Alto
Tâmega, Terras de Trás-os-Montes e Douro, com muito menos população, não atingem, cada uma,
os 2% dos residentes em Portugal. c. A AM de Lisboa tem uma maior percentagem do total de
residentes em Portugal, a uma distância significativa da AM do Porto.
2. a. A distribuição do PIB pelas NUTS III, em percentagem do total, evidencia as mesmas diferenças
que a distribuição da população, com exceção do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo, que, aqui, têm
uma percentagem inferior à do Oeste e à da região de Coimbra, juntando-se à classe das NUTS III
com menor percentagem do PIB nacional. b. Na comparação da AM do Porto com as sub-regiões do
Norte relativamente à percentagem do PIB nacional, repete-se o mesmo padrão da percentagem de
residentes: a AM do Porto, entre os 5,1 e os 35% do PIB nacional, seguindo-se as NUTS III que lhe são
mais próximas (2,5 a 5%), Alto Minho (1,5 a 2,4%) e as restantes com menos de 1,5%. c. Mais uma
vez, a AM de Lisboa, com mais de 35% do PIB nacional, destaca-se claramente da AM do Porto.
3. O destaque das duas áreas metropolitanas em relação ao resto do país deve-se, essencialmente, à
concentração da população (quase metade dos residentes em Portugal) e das atividades
económicas, sobretudo nas maiores empresas e nas multinacionais.
Pág. 119
4. A Macrorregião do Noroeste e o Arco Metropolitano de Lisboa.
5. São regiões funcionais porque não foram definidas por um ato administrativo, como as áreas
metropolitanas, mas pelo dinamismo das suas empresas e da capacidade de promover
desenvolvimento regional, ou seja, o que as destaca são as funções que ali se desenvolvem.
6. a. Os maiores fluxos (> 5000 deslocações diárias) ligam, sobretudo, as cidades principais (Lisboa e
Porto) às cidades das respetivas áreas metropolitanas.
b. Os fluxos de 2001 a 5000 deslocações diárias ligam as cidades principais a outras em periferias
mais distantes, como Porto a Braga e Guimarães ou Porto a Aveiro; no caso de Lisboa, estabelecem
ligação com cidades como Torres Vedras, Leiria, Santarém ou Castelo Branco. Também Coimbra
desenvolve este nível de fluxos diários com várias cidades da sua área de influência.
Pág. 120
1. Nas duas áreas metropolitanas continua a registar-se um aumento populacional, embora menos
acentuado na última década, sobretudo na AM do Porto, totalizando, em 2021, 2,87 milhões de
habitantes na AM de Lisboa e 1,74 milhões na AM do Porto.
2. a. Por ordem, perderam mais população (além dos 2%): Vale de Cambra, Santo Tirso, Oliveira de
Azeméis, Arouca, Porto e Lisboa. b. Ganharam população (4% ou mais): Mafra, Palmela, Alcochete,
Montijo, Sesimbra, Seixal e Cascais.
3. Na comparação das duas áreas metropolitanas observa-se uma diferença muito significativa: na
AM do Porto, a maioria dos municípios perdeu população, apresentando maior perda (acima de 4%
ou 6%) os mais periféricos. Na AM de Lisboa, observa-se o inverso: a maioria dos municípios teve
maior crescimento, destacando-se os mais afastados. Só Lisboa e Amadora (contínuo urbano com a
capital) perderam população.
Pág. 121
4. AM do Porto: Maia, Paredes, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde. AM de Lisboa: Alcochete,
Mafra, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra, Sintra e Vila Franca de Xira.
5. De um modo geral, estes municípios são mais periféricos, como Póvoa de Varzim, Vila do Conde,
Paredes, Mafra, Sintra, Vila Franca de Xira, Palmela, Sesimbra, onde se conseguem encontrar rendas
e preços de habitação mais acessíveis, e que, ao mesmo tempo, têm boas ligações rodoviárias ou
ferroviárias, como Alcochete e Montijo, devido à ponte Vasco da Gama, e os municípios do Porto,
que passaram a ser servidos pelo metro (Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Valongo, Maia). Esses
municípios atraem mais população jovem, que ainda está em início de vida. Daí o seu menor
envelhecimento.
6. As vantagens podem advir do facto de contarem com mais pessoas em idade ativa e reprodutiva
e, assim, poderem contribuir para aumentar a população e o desenvolvimento dos municípios, até
porque as pessoas mais jovens tendem a ter maior nível de escolaridade.
Pág. 122
1. a. No seu conjunto, as duas áreas metropolitanas detêm mais de metade do PIB e das empresas
com 250 ou mais trabalhadores. b. Remuneração média anual; PIB per capita – as duas áreas
metropolitanas. c. Empresas com menos de 250 trabalhadores – as duas áreas metropolitanas.
Pág. 123
2. Na Fig. 2, pode observar-se o contributo das duas áreas metropolitanas para a economia nacional.
Do total de empresas, 55% localizam-se nas AM do Porto e de Lisboa, onde se concentra 46% do
emprego, produzindo-se um pouco mais de metade (52%) do PIB nacional e realizando-se quase dois
terços (62%) do volume de negócios. Praticamente, metade da economia passa pelas duas áreas
metropolitanas, enquanto nas outras sete NUTS II produz-se a outra metade. Tal desigualdade deve-
se, em grande parte, à concentração populacional e às características dos seus residentes,
representadas pelos indicadores da Tab. 1. 46% da população com menos de 25 anos reside na AM
de Lisboa ou na AM do Porto, assim como 59% dos estrangeiros com estatuto de residentes, o que
aumenta a mão de obra disponível. Também o maior número de estabelecimentos do ensino
superior (53% do total) se localiza nas áreas metropolitanas, assim como a população mais
qualificada: 60% dos diplomados, sendo que, nos trabalhadores por conta de outrem, 63% têm curso
superior e 68% fizeram mestrado ou doutoramento.
Pág. 124
1. a. Setor terciário. b. Na AM de Lisboa, o setor terciário é mais importante em todos os municípios,
exceto em Palmela, apresentando uma pequena participação do setor primário em dois municípios.
Já na AM do Porto, em oito municípios o setor secundário é o mais importante, e, embora haja dois
concelhos com uma pequena percentagem do setor primário, esta é menor do que nos dois de
Lisboa. c. AM do Porto: Trofa, Santo Tirso, Paredes, Santa Maria da Feira, São João da Madeira,
Arouca, Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis. AM de Lisboa: apenas o município de Palmela.
Pág. 126
1. a. A distribuição, em percentagem, do total regional:
• de estabelecimentos da indústria transformadora tem maior representatividade nas NUTS III que
confinam com a AM do Porto, a noroeste. Seguem-se a região de Aveiro e a região de Leiria. Esta
percentagem diminui para sul e para nordeste, sendo das mais baixas na AM de Lisboa;
• do pessoal ao serviço na indústria transformadora revela uma distribuição semelhante, coincidindo
as maiores percentagens de trabalhadores com as dos estabelecimentos, e vice-versa;
• do volume de negócios corrobora a dos estabelecimentos e do emprego, embora com a
percentagem mais elevada nas NUTS III do Cávado (onde se localiza Braga) e do Alentejo Litoral,
provavelmente pela dimensão das empresas do complexo industrial de Sines, que inclui a refinaria
de combustíveis e outras indústrias de base, de grande dimensão e mais intensivas em tecnologia,
daí esta região não ter sobressaído na percentagem de estabelecimentos nem na de pessoas ao
serviço.
b. À escala metropolitana:
• confirma-se uma maior percentagem de estabelecimentos da indústria transformadora em vários
municípios da AM do Porto, onde já verificamos que mais de metade do emprego é no setor
secundário. Na AM de Lisboa, apenas Mafra se encontra na classe intermédia (5,1 a 8%), verificando-
se uma maior representatividade nos concelhos de Lisboa, Amadora, Oeiras, Cascais e Almada. Nos
restantes, o número de estabelecimentos industriais representa entre 3 e 5% do total nacional,
mesmo em Palmela, único município com mais de 50% do emprego no setor secundário, o que se
deve à maior dimensão desses estabelecimentos industriais;
• na AM do Porto, a maior percentagem de pessoas ao serviço na indústria transformadora é
coincidente com a dos estabelecimentos. Na AM de Lisboa, a distribuição do pessoal ao serviço
difere mais da dos estabelecimentos, verificando-se, desde logo, que Vila Franca de Xira e a Moita se
situam na terceira maior classe (face à quarta posição nos estabelecimentos), havendo mais dois
municípios (Odivelas e Sesimbra) na última classe. Os restantes mantêm-se na quarta posição,
exceto Mafra, que desceu da terceira posição, e Palmela, que, da penúltima (em percentagem de
estabelecimentos), passou para a segunda posição (no pessoal ao serviço), o que confirma a
hipótese colocada de ter empresas de maior dimensão que, sendo em menor número, empregam
mais pessoal;
• a maior percentagem do volume de negócios nas áreas metropolitanas associa-se aos indicadores
anteriores, destacando-se os municípios mais industrializados: Santo Tirso, Santa Maria da Feira, São
João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra, na AM do Porto, e Palmela, na AM de
Lisboa.
2.
Estabelecimentos da indústria Pessoal ao serviço na Volume de negócios
transformadora indústria transformadora
(% do total regional: > 50%)
(% do total regional: > 10%) (% do total regional: > 40%)
AM do Porto: AM do Porto: AM do Porto:
Trofa, Santo Tirso, Paredes, Trofa, Santo Tirso, Paredes, Santo Tirso, Santa Maria da
Santa Maria da Feira, São João Santa Maria da Feira, São João Feira, São João da Madeira,
da Madeira, Oliveira de da Madeira, Oliveira de Oliveira de Azeméis e Vale de
Azeméis e Vale de Cambra. Azeméis e Vale de Cambra. Cambra.
AM de Lisboa: …. AM de Lisboa: …. AM de Lisboa:
Palmela.
Pág. 129
1. a. Indústria alimentar, bebidas e tabaco; pasta de papel; ou outro. b. Têxteis, vestuário, couro e
derivados; madeira e cortiça; mobiliário; veículos automóveis; entre outros. c. Têxteis, vestuário,
couro e derivados. 2. Mobiliário: Porto, Braga e Aveiro; produtos farmacêuticos: Lisboa, Porto e
Coimbra.
Pág. 130
1. a. Lisboa. b. Porto. c. Braga.
2. a. Alimentar, bebidas e tabaco. b. Braga, Porto, Aveiro e Lisboa.
Pág. 131
3. São dois subsetores, têxteis e calçado, que apostam na inovação tecnológica, investem em I&D e
soluções sustentáveis.
4. Esses aspetos permitem criar produtos diferentes, inovadores e funcionais, que se destacam nos
mercados internacionais, também pela aposta na utilização de matéria-prima e tecnologia
sustentável, tudo fatores de competitividade, porque vão ao encontro das exigências da procura.
5. O Índice Sintético de Desenvolvimento baseia-se em indicadores no âmbito da competitividade,
da coesão e da qualidade ambiental, dimensões que implicam qualidade de vida da população,
sistemas amigos do ambiente (transporte, climatização, etc.) e produção de riqueza, para que
também possa haver redistribuição e maior igualdade social e de oportunidades. Nas duas áreas
metropolitanas, reúnem-se condições favoráveis a um Índice Sintético de Desenvolvimento Regional
mais alto.
Pág. 133
Analisa questões geográficas
1. a. Indústria alimentar, bebidas e tabaco; madeira, cortiça e suas obras. b. Têxteis, vestuário, couro
e derivados; indústria alimentar, bebidas e tabaco; fabrico de mobiliário e colchões; madeira, cortiça
e suas obras.
2. a. Em Lisboa, o volume de negócios ultrapassa os 70% do total nacional, enquanto em
Porto/Braga corresponde apenas a cerca de 25%. b. O volume de negócios no ramo dos veículos é
um pouco superior em Porto/Braga, mas se considerarmos que são dois distritos, então, Aveiro terá
maior percentagem do que Porto e Braga em separado.
Pág. 136
1. Filas e muito tempo de espera na obtenção de serviços e apoios do Estado aos cidadãos, pela
insuficiente capacidade de resposta às necessidades, em meios de atendimento e capacidade
financeira.
2. O envelhecimento demográfico e a tendência de redução da população ativa agravam o problema
referido no Doc. 2, uma vez que aumenta o número de idosos e não há receitas da Segurança Social
que permitam resolver, em tempo útil, os problemas de todos os idosos que dela necessitam. A isto
junta-se a baixa produtividade dos serviços públicos.
Pág. 140
1. Áreas de intensidade de calor urbano (ICU) superior a 2,5 °C: nas áreas de maior movimento da
cidade – faixa ribeirinha, alargando-se mais para o Parque das Nações (interface de transportes) e
mancha urbana que a liga ao aeroporto; desde a Baixa a Belém – um eixo fundamental de ligação do
centro da cidade à área ocidental de Lisboa; avenidas centrais da cidade, com maior concentração
de emprego e trânsito, desde a Baixa até às diferentes periferias da cidade. Áreas de intensidade de
calor urbano (ICU) inferior a 0,5 °C: em áreas afastadas do centro e associadas a espaços verdes –
Alta de Lisboa, Lumiar e parque florestal do Monsanto.
Pág. 141
2. Lisboa, Porto, Funchal e Setúbal, em quantidade de resíduos produzidos, alterando-se a ordem de
Lisboa e Porto, na produção por habitante: Porto, Lisboa, Funchal e Setúbal.
3. As duas áreas metropolitanas destacam-se muito das cidades representadas (as nove mais
populosas), com a AML a atingir um valor que é mais do dobro da AM do Porto, em quantidade. Na
produção de resíduos por habitante, a diferença entre as duas áreas metropolitanas é menor (516 e
481).
4. Poderia implementar-se uma prática usada em várias cidades europeias – recolha de lixo, paga de
acordo com a quantidade, por alojamento ou edifício. Poderia também haver lugar a campanhas de
promoção da reutilização e redução do desperdício alimentar e de outros artigos, e outras para
melhoria do sistema de seleção e separação do lixo para reciclagem, por exemplo, com
compensação pela entrega de vasilhame e embalagens de determinados produtos:
Pág. 143
3. C
Pág. 151
Analisa questões geográficas
1. Plano de Pormenor da Madragoa e das Janelas Verdes; Plano de Urbanização de Alcântara.
2. Estes dois planos estão sujeitos aos princípios e objetivos do PDM e têm aplicações diferentes: os
planos de pormenor concretizam, com detalhe, propostas de ocupação e organização de uma área
específica, como as representadas na Fig. 1, enquanto os planos de urbanização definem a
organização espacial de uma área do perímetro urbano do território municipal, como o PU de
Alcântara, que, neste caso, define a requalificação/reorganização da rede viária, a localização de
equipamentos de uso e interesse coletivo, a estrutura ecológica, o sistema de circulação e
transportes, o estacionamento, etc.
3. O planeamento é importante para garantir a qualidade de vida nas cidades e grandes
aglomerações urbanas, de modo seguro, inclusivo e sustentável, porque procura fazer a ocupação
ou reorganização e requalificação dos espaços de acordo com as situações concretas e as
necessidades da população, atendendo às características do território e no respeito pelas normas da
sustentabilidade.
Problematiza e debate
1. A. congestionamento de trânsito; B. degradação dos edifícios; C. fila de acesso a serviços.
2. A: e; B: a; C: c.
Págs. 154 e 155
1. (C)
2.1 O significado desta expressão é explicado pela autora no texto inicial: «À medida que aumenta a
importância de uma cidade», atrai maior «número de funções e de estabelecimentos na área
central». Quando esse número se eleva muito, começa a ocorrer congestionamento de trânsito,
«diminuindo a sua acessibilidade». Além disso, a renda locativa aumenta, devido à procura do
espaço que escasseia. «Assim, muitas atividades centrais migram para outras áreas», sendo depois
substituídas por novas funções que se vão instalar na cidade.
2.2 O centro da cidade, com a saída de atividades económicas e serviços centrais, poderá entrar em
declínio, por deixar de ser atrativo.
2.3 A revitalização do centro das cidades – dinamização do tecido económico e social – pode ocorrer
através de operações de reabilitação de edifícios degradados e requalificação de áreas em
decadência, recuperando-
-os para os usos habituais ou para outras utilizações. Também pode ocorrer pela dinamização de
atividades
lúdicas e culturais, pelas autarquias, que atraiam a população ao centro da cidade e consigam gerar
interesse pelo investimento em novas atividades económicas, mantendo o centro economicamente
ativo.
2.4 A autora refere-se à chamada dinâmica funcional, denominação dada à sucessão de atividades e
funções que vai ocorrendo no centro da cidade, com o passar do tempo. Começa com a
concentração crescente de atividades e serviços, o que aumenta a procura e faz subir a renda
locativa. Aí, atividades que ocupam espaços maiores (como a indústria) começam a sair do centro
para a periferia ou mesmo para áreas suburbanas mais distantes. Seguem-se os estabelecimentos
comerciais de bens menos raros e os serviços que exigem espaços mais infraestruturados (por
exemplo, fibra ótica, ar condicionado, etc.).
Então, «muitas atividades centrais migram para outras áreas» mais acessíveis. Com esta migração,
começam a surgir centros secundários na própria cidade, em áreas mais ou menos afastadas do
centro antigo, com vantagens evidentes quanto à disponibilidade de espaço, com infraestruturação
moderna, e quanto à acessibilidade, por serem bem servidas de transportes públicos, acessos
rodoviários ou rodoferroviários e parques de estacionamento. Algumas dessas áreas tornam-se
atrativas para o comércio das grandes marcas, os serviços especializados, transformando-se em
novos centros ou novas centralidades, como são as Amoreiras ou o Parque das Nações, em Lisboa, e
a área da Boavista, no Porto.
Na periferia, surgem parques industriais ou de escritórios (office park), áreas com grandes
superfícies de comércio especializado e serviços mais exigentes em espaço, com a vantagem de
encontrarem instalações adequadas às suas funções e ligação às diferentes redes de fornecimento
de água, energia, telecomunicação, entre outras. Por vezes, dispõem também de funções de apoio
às empresas (gestão, contabilidade…), hotéis, centros de congressos e áreas de restauração. Outra
vantagem é a sua localização na convergência de importantes vias rodoviárias de acesso à cidade e o
facto de disporem de amplos parques de estacionamento.
3.1 As duas áreas metropolitanas constituem polos dinamizadores do desenvolvimento nacional,
devido ao seu maior dinamismo demográfico, pela elevada concentração e aumento de população e
pelo tecido económico.
O crescimento demográfico reflete-se na estrutura etária, pois, nas áreas metropolitanas,
principalmente nos municípios que continuam a atrair população, esta é menos envelhecida e mais
instruída, tendo mais facilidade de arriscar em novos projetos e de aderir à inovação, o que também
é positivo para a economia e para as empresas, que dispõem de mão de obra qualificada, além da
presença de numerosas instituições do ensino superior e de centros de desenvolvimento científico e
tecnológico, beneficiando, também, das complementaridades que se geram entre essas instituições
e as empresas, e destas entre si.
As duas áreas metropolitanas, no seu conjunto, representam uma parte muito importante da
economia portuguesa, quer ao nível do emprego quer da produção de riqueza (representam mais de
metade do total nacional). Destaca-se a AML, pela sua maior dimensão demográfica e pelas
vantagens que advêm do facto de aí estar sediada a maioria dos centros de decisão, tanto pública
como privada.
Esta dinâmica de desenvolvimento vai-se estendendo às áreas de influência das duas AM, dando
origem aos chamados arcos metropolitanos – áreas que, por influência da respetiva AM, evidenciam
maior desenvolvimento e crescimento económico, o que também beneficia as próprias áreas
metropolitanas. No caso do Porto, a presença de cidades como Aveiro, Braga e Guimarães ampliou
essa influência, espalhando-se por todo o Noroeste, que, atualmente, constitui uma macrorregião,
tal como o Arco Metropolitano de Lisboa, onde a cidade central tem um papel mais importante, mas
que é ampliado pelas macrorregiões que permitem estender a influência das áreas metropolitanas a
regiões mais afastadas do país, promovendo, assim, a expansão do desenvolvimento para outras
cidades, que terá efeito positivo nas suas áreas de influência.
4.1 A. Renovação urbana; B. Reabilitação urbana; C. Requalificação urbana.
4.2 a. Em B, na reabilitação urbana, é feita a recuperação de um ou mais edifícios. Em C, na
requalificação urbana, é feita a recuperação de um determinado espaço, podendo incluir edifícios,
que serão reabilitados, dando-lhe a qualidade urbanística e ambiental necessária às funções que se
destina a desempenhar. b. Reabilitação: Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE);
requalificação: Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). c. No processo de
reabilitação, os edifícios mantêm as funções que tinham anteriormente, enquanto na requalificação,
por norma, verifica-se uma alteração funcional. d. A cidade fica com um aspeto mais atrativo e,
sobretudo, passa a oferecer melhor qualidade de vida aos seus habitantes, principalmente se a
reabilitação dos edifícios não implicar o desalojamento dos seus moradores, como ocorreu muitas
vezes.
5. (B)
Pág. 159
1. RA da Madeira; AM de Lisboa; Algarve; Norte; Alentejo; RA dos Açores; Centro.
2. a. A AM de Lisboa tem maior percentagem dos seus habitantes a viver em cidades, ultrapassando
a metade, mais do que o Norte – apesar de incluir a AM do Porto e também Vila Nova de Gaia e
Braga (duas das sete maiores cidades, com mais de 100 mil habitantes). b. O Algarve, com maior
número de cidades, tem maior percentagem de população a residir em cidades face ao Alentejo,
com menor número de cidades e maior ocupação agrícola.
Pág. 160
1. 1. sete; 2. doze.
2. Lisboa e Amadora, na AM de Lisboa; Porto, Vila Nova de Gaia e Braga, no Norte; Coimbra, no
Centro; Funchal, na RA da Madeira.
3. a. Porto, Vila Nova de Gaia e Rio Tinto. b. Lisboa, Amadora, Setúbal, Almada, Agualva-Cacém,
Queluz, Seixal, Barreiro e Odivelas. c. Braga, Funchal, Coimbra, Aveiro, Viseu, Guimarães e Leiria. d.
Nenhuma.
Pág. 161
4. O território continental apresenta maior iluminação noturna nas áreas metropolitanas de Lisboa e
do Porto, que se destacam na área iluminada da faixa litoral, de Viana do Castelo a Setúbal,
verificando-se uma incursão para o interior, tanto a partir da AM do Porto como da AM de Lisboa, a
norte do Tejo. Destaca-se, ainda, a faixa urbanizada no litoral do Algarve, com pontos de luz mais
intensos nas principais cidades: Faro, Portimão e Lagos.
5. A norte do Tejo, o território está muito mais iluminado, por ser mais povoado e ter maior número
de cidades, cujos pontos de luz são muito visíveis e alastram mais à sua área envolvente (casos de
Viseu, Guarda, Coimbra, Covilhã e Castelo Branco). O território a sul do Tejo encontra-se menos
iluminado, sobressaindo apenas os pontos mais iluminados das cidades de Beja, Évora e Sines.
6. a. Funchal, Caniço, Câmara de Lobos, Machico e Santa Cruz – Madeira, vertente sul; Santana –
Madeira, vertente norte; Vila Baleira – vertente sul da ilha de Porto Santo. b. Ponta Delgada, Ribeira
Grande e Lagoa – São Miguel; Angra do Heroísmo e Praia da Vitória – ilha Terceira; Horta – Faial.
Pág. 164
1. a. O Norte e a AM de Lisboa. b. Universidades de Lisboa, do Porto, de Coimbra e do Minho.
Pág. 165
2. a. e b. Nos dois casos, destacam-se, em número e diversidade de funções, as cidades de Lisboa,
Porto e Coimbra. Este destaque é maior no que se refere aos equipamentos e serviços de inovação e
conhecimento. De modo geral, o número e a diversidade variam de acordo com a dimensão
populacional das cidades, por isso, vemos cidades como Braga, Aveiro e Faro a destacarem-se nos
serviços públicos de saúde e de inovação e conhecimento, sobretudo em diversidade. Além destas,
destacam-se Vila Real, Viseu e Covilhã, na inovação e conhecimento. c. No que respeita aos serviços
de cultura e lazer, há uma oferta dispersa por todo o país, sobretudo em número, mas pouca
diversidade fora dos grandes centros urbanos.
3. B – serviços de inovação e conhecimento.
4. Há um contraste que opõe o interior e as regiões autónomas, com menor número de funções e
menor diversidade funcional, às áreas urbanizadas do litoral, com maior número e diversidade de
funções.
Pág. 166
1. a. Comparativamente, o noroeste do Continente tem, em relação ao nordeste, maior número e
diversidade de unidades funcionais e um nível muito superior de acessibilidade aos serviços de
interesse geral. b. Na comparação entre o Centro interior e o interior alentejano, a diferença não é
tão grande, mas verifica-se que no Centro existem eixos de grande acessibilidade a um maior
número de cidades, de que resulta também uma maior oferta em quantidade. Já no que respeita à
diversidade funcional, as duas maiores cidades do Alentejo (Évora e Beja) encontram-se no mesmo
nível das cidades do Centro interior.
Pág. 167
2. Sistema policêntrico – Alemanha e Países Baixos; monocentrismo – Islândia e Estónia.
3. Portugal apresenta menos grandes cidades e áreas funcionais do que Espanha, mesmo tendo em
conta a diferença no número de habitantes. No entanto, há em Espanha, tal como em Portugal
(Noroeste, Aveiro, Viseu e Coimbra, AM de Lisboa e Faro), um maior número nas áreas do litoral,
apesar de a maior cidade e área funcional, Madrid, se encontrar no centro do território.
Pág. 169
1. Fig. 3: transportes públicos insuficientes, desconfortáveis e inseguros; a maioria das pessoas
viajando em pé, o que é muito perigoso, em caso de acidente. É um problema que incentiva o uso de
automóvel próprio, com os problemas de congestionamento, emissões de GEE e sinistralidade que
tal acarreta. Notícia: insuficiência de serviços públicos de saúde.
2. Para resolver o problema dos transportes públicos, seria necessário fazer um grande investimento
em veículos que proporcionam segurança aos utilizadores (lugares sentados, com cintos de
segurança); proceder ao alargamento da rede de circulação restrita a transporte público, para evitar
atrasos, e à otimização dos sistemas de gestão da frota de veículos, de modo a informar os
passageiros do tempo de espera e dos lugares livres, de dois ou três próximos autocarros/comboios,
para o utente poder gerir o seu tempo e fazer a sua escolha. No caso dos serviços de saúde, nem
sempre é possível tomar as medidas necessárias, por falta de recursos económicos e humanos.
Então, talvez fosse mais eficaz contratar serviços particulares para complementar os serviços
públicos, ou mesmo optar por dar aos cidadãos um seguro de saúde que lhes permitisse escolher os
serviços. Mas manteria os serviços públicos para os setores da saúde mais especializados, de modo a
cativar o pessoal médico e de enfermagem e técnicos de saúde a trabalhar no setor público, que,
assim, faria os serviços mais necessários – apoiar os cidadãos nas doenças mais graves, em que mais
precisam de confiar em serviços de boa qualidade.
Pág. 171
Analisa questões geográficas
1. a. Ave. b. AM do Porto. c. AM de Lisboa.
2. Litoralização.
3. a. AM de Lisboa; AM do Porto; Algarve. b. AM de Lisboa; AM do Porto; Coimbra e Algarve. c. AM
de Lisboa; AM do Porto; Coimbra.
Problematiza e debate
1. Demográfico e funcional: «Os dois maiores aglomerados urbanos, AM de Lisboa e do Porto,
assumem-se como os principais polos agregadores de população, de funções, de equipamentos e de
serviços (centralidade máxima)»; desigual distribuição geográfica: «um decréscimo relativamente
uniforme com o aumento da distância a estes polos, sobretudo para o interior e mais
acentuadamente no Alentejo».
Pág. 173
1. Estão representadas as NUTS III de Viseu Dão-Lafões, com cinco cidades; Beiras e Serra da Estrela,
com nove cidades; Beira Baixa, com apenas uma cidade.
2. (B)
3. Pode-se concluir que as cidades contribuem para o desenvolvimento dos seus municípios.
4.1 Sintetizando o Doc. 1, pode-se afirmar que, nas áreas urbanas, as pessoas podem encontrar
qualidade de vida de acordo com as suas expectativas, pois essas áreas oferecem emprego,
habitação, equipamentos, serviços, espaços e atividades sociais e culturais. Ou seja, oferecem
condições que permitem encontrar «oportunidades de desenvolvimento de projetos de vida».
Concluo que a resposta à questão anterior está de acordo com a ideia fundamental do Doc. 1.
Pág. 175
1. Verifica-se que o primeiro se localiza no Nordeste, o segundo no Centro (menos no interior, mas
não no
litoral) e o terceiro no Centro interior. No Alentejo, o maior subsistema encontra-se no interior,
ligando Alto Alentejo, Alentejo Central e Baixo Alentejo, e o outro no litoral alentejano, na sub-
região do Alentejo Litoral. No Algarve, o subsistema urbano forma-se ao longo da faixa litoral.
2. Verificamos que, em todos estes subsistemas urbanos, as cidades se encontram ligadas por vias
de comunicação rodoviárias e, em alguns troços, também ferroviárias, podendo admitir-se que os
eixos viários são facilitadores dos subsistemas urbanos.
Pág. 178
1. a. Área urbana funcional (AUF) regional e local. b. AUF transnacional/nacional. c. Lisboa – AM de
crescimento potencial; Porto – AM de fraco crescimento.
2. Espanha tem mais cidades classificadas como AUF transnacional/nacional e algumas sobrepostas a
cidades de segundo nível, que representam uma parte maior do total do que em Portugal. Tem três
cidades no nível de Lisboa e uma no nível do Porto, sendo que Madrid e Barcelona se classificam
como AM de forte crescimento.
Pág. 181
Analisa questões geográficas
1. Diferentes níveis de integração e de ligação às várias regiões económicas do mundo.
2. Lisboa – menos ligada às maiores regiões económicas do mundo; Porto – ligação moderada às
grandes regiões económicas.
3. Porque mais nenhuma cidade portuguesa tem importância funcional suficiente para se integrar
nas categorias que o mapa representa.
4. Três das seguintes, ou outras consideradas relevantes: organização de eventos culturais,
desportivos e musicais; feiras e exposições internacionais de arte, tecnologia, jardinagem, calçado,
entre muitos outros temas; operações de marketing; participação em redes europeias e mundiais de
cidades; exportação de produtos certificados específicos da região.
5. Dois dos seguintes exemplos: Viseu – Centro (com Seia e Lamego); Bragança – Nordeste (com Vila
Real e Chaves); Covilhã – Centro Interior (com Guarda, Fundão e Castelo Branco); Évora – Alentejo
(com Portalegre e Beja); Faro – Algarve (com Olhão e Loulé).
Pág. 185
1. (B)
2.1 Verifica-se uma maior concentração urbana de Setúbal a Viana do Castelo e também no litoral
algarvio, destacando-se duas grandes aglomerações urbanas – as áreas metropolitanas de Lisboa e
do Porto; no interior, as cidades são em menor número e de menor dimensão, com destaque para
algumas cidades de média dimensão.
2.2 a. Lisboa, Porto e Coimbra. b. Lisboa, Porto e Coimbra.
2.3 Aproxima-se mais do monocentrismo, ou da macrocefalia, porque existe uma aglomeração
urbana – AM de Lisboa – que concentra uma grande parte da população urbana e das funções de
nível superior. Apesar de haver mais uma área metropolitana e várias cidades com mais de 100 mil
habitantes, Lisboa (tanto cidade como AM) destaca-se muito das restantes e tem praticamente o
dobro dos habitantes.
2.4 Guarda, Covilhã, Fundão e Castelo Branco.
2.5 Ajudam a fixar população, por atraírem novas atividades económicas e funções mais raras e mais
diversas; induzem o desenvolvimento nas áreas periurbanas e rurais que interligam as cidades.
3.1 Cidades médias.
3.2 Idanha-a-Nova.
3.3 Sabendo que o desenvolvimento das regiões do interior passa pela construção de um sistema
urbano mais policêntrico, será necessário tomar medidas que promovam o desenvolvimento das
cidades médias e a cooperação entre elas. Para isso, são necessárias medidas como: o reforço da
rede viária, para que as deslocações entre cidades médias de uma região sejam mais rápidas e,
assim, possa haver maior interação e a população das suas áreas de influência possa chegar
facilmente à cidade, para trabalho, compras, acesso a serviços ou lazer; a promoção de parcerias
entre as cidades, nomeadamente entre as instituições de ensino secundário e superior, de modo a
que cada cidade oferecesse cursos e áreas de estudo que complementassem as outras. Assim, os
estudantes da região teriam mais opções para os seus percursos escolares e estes poderiam ter
maior especialização e até atrair estudantes de outras regiões do país ou da UE, pelo programa
Erasmus. A maior acessibilidade seria atrativa para o investimento em atividades económicas,
aumentando as possibilidades de interação e complementaridade entre as cidades e criando mais
emprego e riqueza. A segunda medida reforçaria a articulação entre as cidades, e a oferta
diversificada e especializada de ensino e formação promoveria a fixação de população jovem e, mais
tarde, de famílias jovens. Assim, estas medidas contribuiriam para o desenvolvimento e a interação
das cidades e, ao mesmo tempo, induziriam um desenvolvimento regional, que beneficiaria Idanha-
a-Nova.
Sabendo que o desenvolvimento das regiões do interior passa pela construção de um sistema
urbano mais policêntrico, será necessário tomar medidas que promovam o desenvolvimento
integrado dos territórios de baixa densidade, que promovam o desenvolvimento das cidades médias
e a cooperação e interação entre estas e as áreas rurais envolventes. Para isso, proponho medidas
como: o reforço da acessibilidade viária entre as cidades médias e as áreas rurais envolventes, de
modo a permitir deslocações mais rápidas e baratas, que promovam um maior número de contactos
e a partilha de produtos, serviços, saberes tradicionais e ideias inovadoras. Assim, seria possível um
melhor aproveitamento das especificidades e especialidades da região, em termos económicos,
incluindo o turismo. Outra medida poderia passar pela criação de parcerias urbano-rurais que
envolvessem autarquias, empresas, universidades, organizações não governamentais e outras da
sociedade civil, para promover o desenvolvimento económico e social, tendo em conta a proteção
dos recursos naturais e do ambiente. Seria necessário criar empresas de transformação de produtos
agrícolas da região e conseguir a sua certificação. Ou organizar uma associação de artes populares
da região e promover a sua vertente económica, de modo a que se tornasse fator de emprego, de
criação de riqueza e de promoção da própria região. A maior acessibilidade e a implementação de
parcerias permitiriam aumentar a cooperação entre as cidades e as áreas rurais, diversificando as
possibilidades de emprego, a criação de riqueza, a proteção ambiental e do património e cultura
locais. Assim, estas medidas contribuiriam para o desenvolvimento regional, incluindo de Idanha-a-
Nova.

Tema 4
Pág. 192
1. a. Observa-se que o emprego no setor dos transportes, entre 2010 e 2013, no total e nos
transportes terrestres, teve uma quebra, que coincide com anos de crise económica e valores altos
do petróleo, que os transportes aéreos e aquáticos quase não refletem. A partir de 2014, dá-se uma
retoma, com uma subida até 2019, atingindo valores acima dos de 2010. Na armazenagem e no
transporte aéreo, deu-se uma pequena subida, que foi ainda menor no setor aquático. Também se
pode concluir que o transporte terrestre e a armazenagem têm um emprego maior, sobretudo o
terrestre, que é algumas vezes superior aos outros.
b. No VAB, a diferença entre o modo terrestre e os outros é menor e, na quebra até 2013, a
armazenagem acompanha os transportes terrestres (menor do que no emprego) e na retoma e
subida até 2019, que também não foi tão acentuada como a do emprego. Neste período, os modos
aéreo e aquático também mantiveram praticamente o mesmo VAB, embora o aéreo se distancie
mais, pela positiva, do aquático.
2., 3. e 4. Resposta aberta, dependente da experiência de cada aluno.
Pág. 194
1. a. Em Portugal, no movimento externo de mercadorias, mais de metade (61% nas importações e
53% nas exportações) é efetuado por transporte rodoviário, seguido do marítimo, e menos de 3% é
feito por modo aéreo ou ferroviário. b. No caso do movimento interno de passageiros, 94% é
efetuado pelo transporte rodoviário, com largo predomínio (87%) do automóvel.
2. a. A maior parte das nossas exportações destina-se a países da UE, com destaque para Espanha, o
que justifica a maior utilização do modo rodoviário. Por mar, chegam e são expedidas as
mercadorias mais volumosas, sobretudo com origens ou destinos extra-Europa, revelando-se este o
meio mais adequado nestes casos. Por avião, são transportadas mercadorias mais sensíveis e cujo
valor compensa o maior custo deste modo de transporte. b. No movimento interno de passageiros,
dado que a oferta de caminho de ferro não abrange todo o território, e como os transportes
públicos também não cobrem a maior parte do território e estes não são muito eficientes, é natural
que o meio mais usado seja o automóvel, até pela pequena dimensão do nosso país.
3. No tráfego internacional de passageiros, seria, por certo, o avião a ser mais utilizado, pela sua
rapidez e porque não existem as barreiras físicas que há no modo terrestre.
Pág. 195
4. No tráfego interno de passageiros, na UE, o avião tem uma representatividade significativa (10%),
pois são 27 os Estados-membros, havendo distâncias muito grandes entre eles, revelando-se, assim,
o transporte aéreo como o mais adequado.
Pág. 199
1. Resposta aberta, dependente da experiência de cada aluno.
Pág. 200
1. Portugal tem vários portos, cinco de grande dimensão e com movimento internacional. Dada a
sua posição na Europa, é natural que haja muito movimento de mercadorias a entrar e a sair de
Portugal ou apenas de passagem. Daí a necessidade de terminais multimodais.
Pág. 202
1. a. No Continente, a rede rodoviária é mais densa ao longo do litoral, onde se localiza também a
maior parte da extensão da rede fundamental, designadamente as principais autoestradas, que se
incluem nos itinerários principais. Esta desigualdade relaciona-se, naturalmente, com os contrastes
demográficos, económicos e sociais que marcam o nosso país. b. Nos Açores, as principais estradas
circundam as ilhas, ligando as principais cidades e outras povoações. Em São Miguel e na Terceira,
há também estrada nacional a ligar as duas vertentes. c. Na Madeira, além da estrada circundante
da ilha, há várias ligações entre as vertentes norte e sul, e da Ribeira Brava a Porto Moniz. Grande
parte das estradas que cortam a ilha são túneis e, por isso, vias rápidas.
Pág. 204
1. a. A rede ferroviária, com uma extensão total de cerca de 3600 km, tem em exploração apenas
2500 km.
b. A quase totalidade da via em exploração é de via larga.
2. Da via larga, três quartos (75%) são de via simples, 23% são de via dupla e apenas 1,9% é de via
quádrupla. A via simples é eletrificada em 68% da sua extensão, a dupla e a quádrupla em 100%.
3. A rede principal constitui a maior parte da rede, com 1175 km, seguida da rede complementar,
com 891 km, e, por fim, a rede secundária, com 364 km de via larga e 96 km de via estreita.
4. A rede principal liga Braga ao Algarve, passando pelas principais cidades, e tem uma ramificação
até Évora e outra até Vilar Formoso, na fronteira. Ou seja, acompanha os itinerários principais da
rodovia, mas com menor extensão. Esta desigualdade na repartição das redes terrestres, maior no
caso da ferrovia, não contribui para a coesão territorial, que depende da interação e
complementaridade entre regiões, o que, sem ligações fáceis e rápidas, se torna difícil.
Pág. 206
1. a. No Continente, destacam-se os cinco principais portos marítimos de mercadorias, que
apresentam um volume de carga movimentada, desde as cerca de 40 milhões de toneladas, no
porto de Sines, às quase 9 milhões, no porto de Aveiro. Em segundo lugar, está o porto de Leixões,
com pouco menos de 20 milhões de toneladas. Em terceiro e quarto lugares, vêm Lisboa e Setúbal,
com 12 e 10 milhões de toneladas, respetivamente. Como é natural, dada a sua dimensão – e, no
caso dos Açores, também a sua dispersão –, o volume de carga movimentada é muito inferior.
b. No movimento de passageiros (cruzeiro), o porto do Funchal, na RAM, é o mais movimentado,
com 156 mil passageiros. Segue-se o de Lisboa, com um terço do número dos passageiros, o de
Ponta Delgada, com 14 mil, e o de Leixões, com 6 mil passageiros.
Pág. 208
1. a. Nos aeroportos nacionais, o de Lisboa atingiu, em 2020, os 32 milhões de passageiros, seguido
do do Porto, com cerca de metade desse número, e o de Faro, com um terço. No Funchal,
registaram-se cerca de 3,5 milhões de passageiros, enquanto em Ponta Delgada foram à volta de 2
milhões.
2. As diferenças devem-se ao facto de o aeroporto de Lisboa ter mais ligações internacionais e de, a
partir daqui, se fazerem as ligações regionais, na maioria dos casos. No Porto e em Faro, há também
chegada e partida de voos internacionais, mas em menor número.
3. Devido ao número de ilhas, as ligações intrarregionais fazem-se por mar e por ar. Daí a
importância de cada ilha ter o seu aeroporto.
4. Dado que as redes rodoviária e ferroviária cobrem desigualmente o território e, mesmo onde
chegam, há situações em que a urgência ou simplesmente a rapidez da deslocação é importante
(viagens de negócio, tratamento ou socorro). Assim, os aeródromos poderão ter um papel
importante nessas ligações e contribuir para desenvolver o interior.
Pág. 209
5. A maioria dos voos a partir de Portugal destinam-se a países europeus, particularmente Reino
Unido, França e Alemanha. Além dos países europeus, há um menor número de voos para o Canadá,
os EUA, Cabo Verde e Angola.
6. a. O destaque da Europa explica-se pela proximidade e pela liberdade de circulação. Os três países
com mais voos correspondem aos principias destinos dos emigrantes portugueses. b. Para o Canadá
e os EUA, explica-se por razões relacionadas com deslocações de trabalho, turismo e estudo, e
também pelas viagens dos emigrantes açorianos. Em relação a Cabo Verde e Angola, é o facto de
muitas pessoas desses países viverem em Portugal, o que gera fluxos maiores.
Pág. 210
1. A rede de distribuição de gás natural evidencia a desigualdade na distribuição da população, já
que o ramal principal serve, essencialmente, as áreas urbanas. Por isso, o gasoduto principal liga as
duas entradas em Portugal (Campo Maior, por gasoduto, e Sines, por navio) ao ramal de distribuição
principal.
2. Sem o terminal de Sines, ficaríamos dependentes de um único fornecedor. Com o terminal,
podemos importar gás natural a partir de outras origens, não dependendo de um único produtor.
Pág. 212
1. a. Na AM do Porto, a densidade populacional é superior a 800 hab./km² e o perfil económico é
baseado no comércio, indústria, serviços coletivos e empresas. b. Na AM de Lisboa, a densidade
populacional é superior a 800 hab./km² e o perfil económico é baseado no comércio, serviços
coletivos e empresas, indústria, transportes e logística. c. No litoral algarvio, com densidade
populacional entre 75,1 e 150 hab./km², o perfil económico é baseado no comércio, serviços
coletivos e empresas, outros serviços e turismo. d. Na ilha da Madeira, a densidade populacional
situa-se no intervalo de 150,1 a 350 hab./km² e o perfil económico, nas cidades e áreas urbanizadas
– principalmente na vertente sul –, é baseado no comércio, serviços coletivos e empresas, outros
serviços e turismo. No resto da ilha, o perfil é predominantemente rural. e. Na ilha de São Miguel, a
densidade populacional situa-se no intervalo de 150,1 a 350 hab./km² e o perfil económico, nas
cidades e áreas urbanizadas, é baseado no comércio, serviços coletivos e empresas. No resto da ilha,
o perfil é predominantemente rural. f. No Interior Norte e Centro, a densidade populacional situa-se
nas classes de 30 a 75 hab./km² (Alto Tâmega, Terras de Trás-os-Montes e Beira Baixa) e de 75,1 a
150 hab./km² (Douro e Beiras e Serra da Estrela). O perfil económico nas cidades é baseado no
comércio, serviços coletivos e empresas, com indústria e outros serviços, mais evidente em torno de
Viseu e da Covilhã. No restante território, o perfil é predominantemente rural. g. No Alentejo, a
densidade populacional é de 30 a 75 hab./km², exceto na Lezíria do Tejo (75,1 a 150 hab./km²). O
perfil é predominantemente rural, mas, nas principais cidades, é baseado no comércio, serviços
coletivos e empresas, com indústria e outros serviços, e também com transporte e logística, em
Sines, onde a indústria e outros serviços são mais representativos.
2. As NUTS III com maior densidade populacional, mais bem servidas por redes de transporte e com
maior número de centros de conhecimento e inovação e infraestruturas económicas são as que têm
perfis económicos baseados na indústria, comércio e serviços e, no caso de Lisboa, também
transportes e logística, enquanto as que têm perfil predominantemente rural têm menores opções
de acessibilidade.
Pág. 213
3. Porto e parte da sua área metropolitana; Évora e a sua periferia.
4. Na AM do Porto: A4, A20, A28, A41, N222, EN12, EN107, aeroporto e porto marítimo. Em Évora:
A6, IP2, EN114, EN254, EN380 e ER114.
5. Há uma grande diferença na acessibilidade, pois, enquanto a AMP é servida por várias
autoestradas e ainda pelo porto de Leixões, por um aeroporto e pela Linha do Norte (não é visível no
mapa, mas existe, com Alfa Pendular), Évora é servida apenas por uma autoestrada, por três
estradas nacionais e pela ferrovia, que termina precisamente em Évora (não visível no mapa).
Devido à localização no litoral e como área histórica de comércio e povoamento, o Porto foi atraindo
população e atividades económicas que exigiam acessibilidade. Enquanto a acessibilidade
aumentou, multiplicou-se o desenvolvimento, que tornou necessárias novas vias de acesso, num
ciclo repetido de crescimento económico e desenvolvimento humano. Em Évora, no interior, o
povoamento foi sempre menor, pelo que o investimento em infraestruturas também se mostrou
sempre mais pequeno e, por isso, as acessibilidades tardaram em modernizar-se. A construção da A6
constituiu um impulso que fez crescer um pouco a população (de 2001 a 2011), mas a perda voltou
no período intercensitário de 2011 a 2021.
Pág. 214
1. a. nove corredores. b. Corredor do Atlântico. c. Leixões, Aveiro, Lisboa e Sines. d. A1, A25, A2 e
A6.
Pág. 215
2. Haverá maior investimento na rede ferroviária, nos portos, nos nós urbanos e nos terminais
ferroviários. Verifica-se apenas uma referência à rodovia.
3. Um dos principais objetivos, ou até o mais importante, da política energética europeia e nacional
é a redução das emissões de GEE até descarbonizar a economia. Assim, os projetos que se
privilegiam são os que vão permitir ter uma estrutura modal menos carbónica, com menor uso do
modo rodoviário, pelo menos até ser possível usar este modo de transporte com energia limpa, de
modo a atingir-se o estado de emissões zero em 2010, ou seja, uma economia neutra em carbono.
4. As intervenções no porto de Leixões e nas ligações à fronteira através da linha ferroviária dos
principais portos portugueses farão aumentar as oportunidades para os portos portugueses, no
domínio do transhipment, pois temos portos de águas profundas capazes de receber os maiores
navios do mundo e transferir a carga para embarcações de menor dimensão ou para o modo
ferroviário e, desta forma, fazê-la chegar a outros países da UE que não dispõem de condições tão
favoráveis como as nossas. Podemos também receber carga de outros países, por via ferroviária, e
fazer o seu transbordo para os navios transoceânicos. Deste modo, a posição geográfica de Portugal
como «porta» da Europa poderá ser mais valorizada e poderão ser potenciadas as vantagens e
oportunidades para a economia portuguesa, no âmbito da chamada economia azul – todas as
atividades económicas ligadas ao mar.
Pág. 216
1. Estão representadas as redes de eletricidade (linha de alta voltagem), gasodutos, terminais de gás
natural liquefeito, oleodutos e a rede de gasodutos e de oleodutos existentes.
2. São fontes não renováveis, exceto a eletricidade, que poderá ser produzida a partir de fontes não
renováveis (petróleo, gás natural…), mas também, e preferivelmente, a partir de fontes renováveis
(luz solar, vento, água…).
3. É uma questão pertinente, pois a eletricidade, em grande parte, é produzida a partir de energias
não renováveis, sobretudo de gás natural, mas em muitos países do mundo ainda há inúmeras
centrais de carvão, as mais poluentes. Por isso, só é ecológico usar automóvel elétrico se a fonte
dessa energia for renovável, caso contrário trata-se de uma poluição indireta com emissões de GEE.
Daí que tão importante como promover o uso de automóveis elétricos seja substituir as fontes de
produção da eletricidade.
Pág. 217
4. Portugal é um dos países da Europa com boas condições para a utilização de recursos renováveis
como fontes de energia: costa extensa (energia das marés, energia das ondas, energia eólica
offshore), muitas barragens de produção hidroelétrica, uma elevada insolação, áreas muito ventosas,
com a vantagem dos ventos constantes de oeste, o que favorece a produção eólica no litoral, ou em
offshore. Assim, neste aspeto, o nosso país tem a oportunidade de se tornar fornecedor, se
continuarmos a fazer os progressos efetuados nestas primeiras décadas do século XXI. A outra
vantagem seria a redução da fatura da importação de energia, além, naturalmente, da
descarbonização da produção de energia e da economia, uma contribuição importante para o
cumprimento das metas dos Acordos de Paris.
Pág. 219
Analisa questões geográficas
1.1 Refere-se à estrutura modal no tráfego de passageiros e de mercadorias.
1.2 O maior interesse é promover o uso de um modo de transporte menos poluente, mas também
descongestionar as estradas e os nós rodoviários mais congestionados da UE.
1.3 A rede ferroviária portuguesa é mais extensa e moderna no litoral, onde a totalidade da linha é
eletrificada e de via dupla ou quádrupla, e na qual também são oferecidos os melhores serviços.
Portugal dispõe de uma fraca ligação ferroviária à Europa, pelo que se sente a falta da adequação da
nossa linha à de Espanha (bitola europeia) e a construção da ferrovia de alta velocidade, o que
favoreceria os portos marítimos, nas suas potencialidades como «porta da Europa».
Comparativamente com outros países da Europa, a nossa rede ferroviária serve uma menor
proporção do território nacional e não tem alta velocidade de ligação, nem a Espanha nem ao
interior do país.
Problematiza e debate
1.1 Está representada a distância-tempo entre os portos e o centro da Península Ibérica.
Pág. 221
1. O número de alojamentos familiares e estabelecimentos cablados com fibra ótica, em Portugal,
aumentou muito de 2010 (1,5 milhões) para 2021 (9 milhões), tendo-se multiplicado por seis, neste
período de onze anos.
2. a. As pessoas passaram a estar mais «ligadas» a familiares, amigos, notícias, programas de rádio e
de televisão, redes sociais. Além disso, o smartphone transformou-se num objeto de facilitação de
inúmeras situações, por exemplo, encontrar uma loja, descobrir o trajeto para um lugar, ler um
ebook, entre muitas outras utilizações que nos facilitam o dia a dia. b. O mesmo se passa em relação
às famílias, pois é habitual terem redes de determinadas aplicações em comum, podendo, assim,
conviver com os familiares, mesmo à distância – sejam da família nuclear, sejam da família alargada.
c. No caso das empresas, facilita os contactos de negócios, as operações financeiras, o
desenvolvimento de campanhas de marketing, as exportações e a laboração em outras partes do
mundo, entre muitas outras vantagens.
Pág. 223
1. a. As empresas que fazem mais uso do computador com Internet e da Inteligência Artificial são,
por ordem decrescente: informação e comunicação, comércio, transportes e armazenagem, outros
serviços, indústria e energia, alojamento e restauração. b. As empresas com mais pessoal ao serviço
(mais de 250) são as que têm maior percentagem com mais uso de website, software ERP e
tecnologia de Inteligência Artificial. A percentagem de empresas que usam estes serviços e
tecnologias decresce, no caso das empresas com 50 a 249 trabalhadores, e cai ainda mais entre as
que empregam de 10 a 49 pessoas. A dimensão das empresas facilita a introdução destas
tecnologias e serviços, porque, geralmente, têm mais capital disponível e o investimento é mais
rapidamente amortizado, devido à sua maior inserção no mercado.
Pág. 224
1. A utilização da banda larga, em Portugal, aumenta na proporção do nível de escolaridade (usam
mais os que têm nível secundário ou superior), do rendimento (quanto mais alto, maior o uso de
banda larga) e das regiões, tendo maior percentagem de utilizadores a AM de Lisboa, os Açores, a
Madeira e o Algarve (85 a 90%). As restantes regiões têm menos utilizadores, mas na ordem dos 80%
(Alentejo, Centro e Norte).
2. Com mais de 60% dos agregados domésticos com acesso à Internet, por banda larga, em local fixo,
estão as seguintes NUTS III: AM do Porto e AM de Lisboa (+ de 80%); Cávado, Ave, Aveiro, Oeste,
Algarve, Açores e Madeira (na classe de 61 a 80%).
Pág. 231
Analisa questões geográficas
1.1 Na percentagem de pessoas que usam a Internet, em Portugal, verifica-se algumas
desigualdades. Entre homens e mulheres, as desigualdades são mínimas. Entre escalões etários,
diminui pouco dos 16 a 24 anos para os 35 a 44 anos; daí para o escalão seguinte (45 a 54) diminui
mais um pouco, acentuando-se a redução deste para o último escalão (65 a 74 anos), de modo que
dos 16 aos 24 anos, 100% usa Internet, mas dos 65 aos 74 anos, apenas 50% a utiliza. Há ainda as
diferenças devidas ao nível de escolaridade (usam mais os que têm nível secundário ou superior) e
de rendimento (quanto mais alto, maior o uso de banda larga).
1.2 Questão de reflexão e conclusão dos alunos, pois depende muito da sua experiência. Logo, serão
diferentes consoante a escola.
Pág. 234
1. (B)
2.1 (D)
Pág. 235
3.1 Todos se apoiam, principalmente os que têm via terminal fixa (ferroviário) ou só terminal fixo
(aquático e aéreo), pois precisam de fazer pelo menos dois transbordos, no embarque e no
desembarque. O Doc. 1 refere-se ao modo marítimo.
3.2 Do ponto de vista logístico, é um processo de transporte com cadeias organizadas e plataformas
logísticas de apoio. Do ponto de vista económico, ao serem usados modos de transporte com grande
capacidade de carga, estes revelam-se os mais adequados para as mercadorias volumosas e pesadas,
sobretudo nas longas distâncias, o que reduz o custo unitário. Quanto ao ambiente, há uma boa
relação entre energia gasta e carga transportada – comparativamente, as emissões de GEE por
tonelada transportada são muito inferiores às do transporte rodoviário. Porém, podem ocorrer
acidentes com graves impactes ambientais, como os derrames de petróleo – marés negras.
3.3 As plataformas logísticas ou multimodais são infraestruturas que conectam dois ou mais modos
de transporte, sendo fundamentais para o funcionamento das cadeias de transporte multimodal,
pois, além de efetuarem o transbordo das mercadorias, oferecem também todos os serviços
inerentes, desde a recolha da mercadoria, na sua origem, até à sua entrega, no destino. Envolvem
também serviços administrativos ligados às obrigações para com o Estado, mas tratam dos seguros e
tudo o mais que for necessário, ou seja, tratam de toda a logística associada ao transporte de uma
dada mercadoria. Por tudo isso, as plataformas logísticas têm um papel fundamental de apoio aos
portos, aeroportos e terminais ferroviários. No caso de portos como Leixões ou Sines, evidencia-se a
importância destas infraestruturas, pois são portos com mais movimento, que recebem e expedem
maior volume de mercadorias de navios de grande dimensão, que fazem as principais rotas
marítimas. Como se observa na Fig. 2, Portugal está na sua confluência atlântica. A localização das
plataformas logísticas é fulcral, como se deduz pelo Doc. 1: «O valor desta plataforma logística é
potenciado pela sua localização, usufruindo de acessos fáceis e rápidos a toda a Macrorregião do
Noroeste, ao aeroporto e às principais vias rodoviárias e ferroviárias de ligação ao resto do país.»
Alude-se, aqui, às vias terrestres que, obviamente, são fundamentais na ligação dos portos às
origens e aos destinos da mercadoria, inclusive na sua movimentação dentro da própria plataforma.
Graças aos transportes terrestes, mormente ao modo rodoviário (pela sua grande flexibilidade), as
plataformas logísticas podem, no seu marketing, afirmar que fazem o transporte «porta a porta», do
ponto de origem ao ponto de chegada.
4.1 (B)
4.2 (B)
5. Meta A: Os grandes objetivos da política comum dos transportes, sendo transversais, estão
presentes em todas as outras políticas – e, por uma maioria de razões, na dos transportes e da
energia. Para reduzir as emissões de GEE, talvez a maior prioridade ambiental dos nossos dias, é
imperativo que se aumente a eficiência energética, isto é, que a mesma quantidade de energia possa
realizar mais trabalho (iluminação, aquecimento, movimentação, etc.). A eficiência ajudará a
moderar o consumo. Para aumentar a eficiência, duas medidas possíveis são:
• a criação de programas de apoio à investigação científica e tecnológica, para obter material e
equipamentos elétricos mais eficientes – menos consumidores de energia;
• a realização de campanhas educativas de sensibilização da população, para que, no seu dia a dia,
utilizem a energia de forma mais eficiente, desligando lâmpadas e aparelhos sempre que não estão a
ser necessários, utilizando as máquinas com cargas máximas, etc. Estas medidas permitiriam
aumentar a eficiência energética e moderar os consumos.
Meta B: Os grandes objetivos da política comum dos transportes, sendo transversais, estão
presentes em todas as outras políticas – e, por uma maioria de razões, na dos transportes e da
energia. Para descarbonizar a produção e o consumo de energia, de modo a alcançar as metas na
redução das emissões de GEE, será necessário valorizar ainda mais as fontes renováveis. Para isso,
duas medidas possíveis são:
• incentivar o investimento na produção de eletricidade renovável e na investigação que permita
gerir e aproveitar melhor os recursos naturais renováveis usados na sua produção, ao mesmo tempo
que se estabelecem limites temporais para o encerramento de centrais termoelétricas alimentadas a
combustíveis fósseis;
• ao nível do consumo, estabelecer incentivos fiscais ao uso de veículos elétricos pela população e
apoios às empresas na substituição das suas frotas, aumentando, gradualmente, os custos dos
transportes movidos a combustíveis fósseis e limitando a sua circulação nas cidades. Estas medidas
permitiriam descarbonizar tanto a produção como o consumo, levando à construção de uma
economia hipocarbónica – baixa ou mesmo neutra em carbono.

Tema 5
Pág. 242
1.
Fig. 1 Fig. 3
• RDA e RFA • Alemanha reunificada
• URSS • Rússia, Estónia, Letónia,
Lituânia,
• Checoslováquia
Bielorrússia, Ucrânia e Moldávia
• Jugoslávia
• Chéquia e Eslováquia
• Eslovénia, Bósnia-Herzegovina,
Croácia, Sérvia, Montenegro,
Kosovo e Macedónia do Norte
Pág. 244
1. Candidatos: Sérvia, Montenegro, Albânia, Kosovo, Macedónia do Norte e Turquia. Desistente:
Reino Unido.
2. a. Redução do número de cidadãos europeus e do espaço do mercado comum. b. Alargamento do
espaço da União e aumento do número de cidadãos.
Pág. 246
1.
Território Populaçã PIB per capita
o
2000-04 Aumentou Aumentou Diminuiu
2004-07 Aumentou Aumentou Subiu
ligeiramente
2007-13 Aumentou Aumentou Baixou
ligeiramente
2013-19 Manteve-se Aumentou Aumentou
2019-20 Diminuiu Diminuiu Diminuiu
2. a. De 2000 até 2019, deveu-se à adesão de treze novos Estados-membros. De 2019 para 2020, a
razão foi a saída do Reino Unido. b. De 2000 para 2004, a entrada de dez países cujo PIB era inferior
à média da UE fez baixar a média do PIB per capita. De 2019 para 2020, a saída do Reino Unido, com
um dos PIB mais elevados da UE, fez baixar a média do PIB per capita da UE.
Pág. 249
Analisa questões geográficas
1. e 2. 1. Irlanda (1973); 2. Suécia (1995); 3. França (1957); 4. Polónia (2004); 5. Espanha (1986); 6.
Roménia
(2007); 7. Chipre (2004).
3. É o Reino Unido, que aderiu à UE em 1973 e saiu em 2020.
4. a. A assinatura do Tratado de Roma fundou a CEE, em 1957. b. Com o Tratado de Maastricht,
assinado nos Países Baixos, em 1992 (e que entrou em vigor a 1 de novembro de 1993), a CEE
passou a denominar-se União Europeia – assumiu mais compromissos de cooperação em áreas que
ultrapassam o âmbito económico: justiça, ambiente, política externa e segurança comum, por
exemplo.
Pág. 250
1. a. Portugal, no mapa da UE, situa-se na classe de 76 a 100. Logo acima desta média nacional, só
estão a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve. b. A média da UE foi igualada a 100. Logo, mais
uma vez, apenas a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve estão acima dessa média,
respetivamente 126 a 200 e 101 a 125.
2. a. No contexto europeu, Portugal situa-se na classe de 76 a 100. b. Portugal encontra-se abaixo da
média da UE. c. Na mesma classe, encontram-se a Itália (1957), Espanha (1986), Letónia, Lituânia,
Polónia, Chéquia, Eslovénia e Chipre (2004).
Pág. 252
1.
Total das Comida e Casa, Transporte PIB
despesas bebidas não água e per
alcoólicas energia capita
a. 100 100 100 100 100
b. 90 99 80 95 76
c. Lux. Din. Irl. Din. Lux.
Din. Áus. Lux. P. Bai. Din.
Irl. Lux. Din. Fin. Irl.
Pol. Pol. Pol. Pol. Pol.
Rom. Rom. Rom. Rom. Rom.
Bulg. Bulg. Bulg. Bulg. Bulg.

2. De um modo geral, quanto maior é o PIB per capita, maiores são os índices de despesa. Mas,
enquanto a Roménia, a Polónia e a Bulgária têm índices de despesa próximos do índice do PIB per
capita, Portugal tem um PIB per capita igual à Polónia, um pouco mais alto do que a Roménia, mas
índices de despesa que se aproximam muito da média europeia. Ou seja, a nossa situação é pior,
pois o nível de vida é mais alto e, por isso, as despesas são maiores, mas o rendimento está ao nível
dos que têm índices de despesa mais baixos. Por isso, concluímos que os portugueses têm vindo a
ficar mais pobres, em vez de se aproximarem da média da UE.
Pág. 253
3. a. Na percentagem de pessoas não atendidas com necessidade de exame médico, em Portugal, a
população total situa-se ligeiramente acima da média da UE, as pessoas de rendimento médio estão
acima e nas pessoas de rendimento elevado a percentagem está abaixo da média da UE. Conclui-se
que a diferença entre o rendimento médio e o mais alto é maior em Portugal do que na UE. b. No
número de camas por 100 mil habitantes, Portugal encontra-se abaixo da média europeia.
4. Em Portugal, destacam-se as regiões autónomas com maior número de camas de hospital por
habitante; na classe abaixo, segue-se a AM de Lisboa; depois o Norte, Centro e Algarve; e, por fim,
na última classe, o Alentejo. Na UE, situamo-nos ao nível dos países da Europa do Norte e da Europa
do Sul e, claro, abaixo de países mais ricos como a França e a Alemanha, sobretudo.
Pág. 254
1. Em risco de pobreza e exclusão, por regiões, verifica-se que, na média, encontram-se o Norte e o
Algarve, com risco mais elevado, as regiões autónomas; e, acima, Centro, Alentejo e, na classe com
menor risco, a AM de Lisboa.
2. Portugal situa-se na classe da média europeia, que é relativamente alta devido ao conjunto de
países na classe mais alta ser maior do que os que estão na mais baixa. Ou seja, há mais países com
risco elevado de pobreza e exclusão do que os que têm menor risco.
3. Os países candidatos inserem-se quase todos na classe de maior risco. Apenas a Bósnia-
Herzegovina está na classe de menor risco, o Montenegro está na classe abaixo e o Kosovo não tem
dados.
4. O estudo vem corroborar as conclusões da análise dos índices de despesa e de PIB per capita
(página 250), uma vez que reformados e trabalhadores com baixo salário são os dois maiores
conjuntos de pobres, em Portugal. Seguem-se pessoas com trabalho precário e desempregados. A
pobreza é sempre chocante, porque todos deveriam ter o necessário para viver com dignidade.
Porém, saber que pessoas que trabalham, às vezes muitas horas e em trabalhos difíceis, não têm um
salário decente, é mais do que chocante, é a riqueza de um país mal repartida num Estado que não
consegue garantir aos seus cidadãos condições para que quem trabalha tem o que precisa.
Pág. 256
1. A repartição dos fundos segue o princípio da equidade, que é dar a cada um conforme a sua
necessidade. Por isso, concordo que sejam mais ajudados os que estão mais distantes da média
europeia, para poder haver uma maior aproximação do nível de vida das regiões.
Pág. 257
2. a. São maioritariamente os países dos últimos alargamentos (exceto Estónia, Chéquia e Chipre), a
Grécia e Portugal. b. Em transição está o Algarve; a região mais desenvolvida é a AM de Lisboa.
3. A aplicação dos fundos destina-se a apoiar a criação de empregos, a competitividade empresarial,
o crescimento económico, o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida dos
cidadãos.
Pág. 259
Analisa questões geográficas
1. (A); (D).
Problematiza e debate
1. Nenhuma região portuguesa se encontra abaixo da média europeia.
2. a. As regiões Norte, Centro, Alentejo e AM de Lisboa inserem-se na classe de 16,9% a 27,4%. Para
o Algarve e as regiões autónomas, não foram encontrados dados. b. Estas regiões portuguesas estão
acima da média da UE, que corresponde ao limiar inferior da classe em que se inserem. c. França,
Finlândia, Suécia, Itália, Estónia, Lituânia e Chipre.
Pág. 266
1. a. Objetivos 1, 2 e 4. b. Objetivos 2, 3 e 6. c. Objetivo 3. d. Objetivos 2 e 5.
2. e 3. Opiniões dos alunos.
Pág. 267
4. a. Liechtenstein, Dinamarca, Malta, Grécia, Estónia, Espanha, Roménia, Luxemburgo e Portugal. b.
Malta, Estónia, Irlanda, Bélgica, Polónia e Islândia. c. Estónia e Bélgica. d. Apenas Portugal.
5. Encerramento de uma central de produção de eletricidade a partir de uma fonte muito poluente;
entrada em funcionamento de mais uma central de produção fotovoltaica.
Pág. 270
1. Na UE, 27,5 % das espécies encontram-se em bom estado de conservação, mas 48% estão em
estado pobre e 20,6% em mau estado, sendo que, para 10,2%, o estado de conservação é
desconhecido. Não é uma situação boa, pois só um quarto das espécies está em bom estado de
conservação.
2. Criação de um centro de conhecimento da biodiversidade e de uma parceria para a
biodiversidade, de modo a conseguir melhorar a investigação e aplicar a inovação no domínio da
biodiversidade. Outro tipo de medidas será a fixação de preços, de modo a refletir os custos
ambientais reais, nomeadamente o custo da perda de biodiversidade, e a integrá-la efetivamente
nas decisões públicas e empresariais.
Pág. 274
1. País candidato: Albânia apresenta menor pegada por habitante (1,7 a 3,3) e também menor
pegada total (< 100) – nos dois casos, Portugal encontra-se na classe superior. País fundador: Bélgica
apresenta maior pegada por habitante (5,1 a 6,6) e também maior pegada total (25 a 50) – em
ambos os casos, Portugal encontra-se na classe inferior.
2. A Albânia é um país mais pobre, logo, os seus consumos são menores e a produção de resíduos
também; por isso, a pegada ecológica, tanto global como por habitante, é menor. Com a Bélgica
passa-se o contrário – um país com melhor nível de vida, maior consumo, maior produção de
resíduos e, consequentemente, maior pegada ecológica.
Pág. 277
1.1 a. (D) b. (D) c. (C) d. (B)
2. Estratégia A: Como cidadãos portugueses, da Europa e do Mundo devemos estar informados e
participar no debate e na proposta de soluções sobre os assuntos e problemas do nosso tempo. De
facto, é o nosso futuro que está em causa. Uma medida que pode ser tomada é a criação, nas
escolas de todo o país, de grupos de reflexão sobre a pressão ambiental ao nível das emissões de
GEE, da biodiversidade e dos recursos naturais, que poderia denominar-se «salvar o futuro». Outra,
no seguimento desta, será a interligação de todos estes grupos numa rede nacional, para troca de
ideias e organização de eventos que funcionem como campanhas de sensibilização para a urgência
de travar as emissões de GEE, proteger a biodiversidade e aumentar a eficiência no uso dos recursos
naturais, dirigida aos políticos e à população em geral (manifestações, ações de rua em contacto
direto com a população, organização de palestras e proposta de debates televisivos, etc.). Seria um
modo de exercício de cidadania e de luta pela preservação do equilíbrio ambiental da Terra e da
capacidade de viver nela, respeitando os seus ritmos naturais, de modo a reduzir a pegada ecológica,
até que esta deixe de exceder a capacidade de carga do planeta. Porém, a mudança e a participação
têm de ser de todos e cada um dos cidadãos, na concretização dos 5 R: repensar os nossos hábitos e
alterar os que são nocivos para o ambiente; recusar o consumo de bens cuja produção envolva
métodos e matérias-primas nocivas para o ambiente; reduzir o consumo ao indispensável, para
evitar desperdícios e poupar recursos naturais; reutilizar tudo o que for possível, libertando-se do
hábito de usar e deitar fora; reciclar, para que os recursos possam entrar no circuito produtivo mais
do que uma vez, evitando a sua sobre-exploração e a produção de resíduos. Deste modo, talvez
«uma só Terra» chegue para todos, durante todos os meses do ano.
Estratégia B: Todos nós, como seres vivos, integrados no ecossistema planetário, temos de dar o
nosso contributo, tomando consciência da situação e mudando a nossa forma de estar no planeta e
de utilizar tudo o que ele nos dá, mas sabendo que os seus recursos não são inesgotáveis nem
indestrutíveis. A primeira medida que tomaria, se tivesse responsabilidades governativas, seria
utilizar todos os meios de comunicação, incluindo as redes sociais, para divulgar os objetivos da
política ambiental nacional e comunitária, explicando a sua razão de ser e motivando a população a
empenhar-se na sua concretização. Assim, daria cumprimento ao desígnio da Estratégia Nacional de
Educação Ambiental 2020, que pretende promover uma educação ambiental que conduza a uma
mudança civilizacional de hábitos sustentáveis em todas as dimensões da vida humana. Outra
medida seria a de criar incentivos para que os cidadãos alterem hábitos que prejudicam o ambiente,
nomeadamente ao nível da entrega de embalagens de plástico e de garrafas de plástico e de vidro
nos estabelecimentos onde estes são vendidos, em troca de vales de desconto, por exemplo. Porém,
a mudança e a participação tem de ser de todos e cada um dos cidadãos, na concretização dos 5 R:
repensar os nossos hábitos e alterar os que são nocivos para o ambiente; recusar o consumo de bens
cuja produção envolva métodos e matérias-primas nocivas para o ambiente; reduzir o consumo ao
indispensável, para evitar desperdícios e poupar recursos naturais; reutilizar tudo o que for possível,
libertando-se do hábito de usar e deitar fora; reciclar, para que os recursos possam entrar no
circuito produtivo mais do que uma vez, evitando a sua sobre-exploração e a produção de resíduos.
Deste modo, a pegada ecológica seria menor, pois viveríamos segundo o ritmo do planeta, sem
ultrapassar a sua capacidade de carga. Assim, talvez «uma só Terra» chegue para todos, durante
todos os meses do ano.

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