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GEOGRAFIA DE

PERNAMBUCO
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MESORREGIÕES PERNAMBUCANAS
A mesorregião é uma subdivisão dos estados brasileiros que agrupa diversos municípios de
uma determinada área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Esse conceito foi intro-
duzido pelo IBGE. Por suas características fisiográficas, Pernambuco possui três Mesorregiões (Mata,
Agreste e Sertão) como mostra a figura abaixo:

As três Regiões Fisiográficas do Estado estão divididas, para fins de planejamento, em 12


Regiões de Desenvolvimento (RD).
É importante destacar ainda que além das mesorregiões fisiográficas podemos encontrar outra
subdivisão do estado de Pernambuco em mesorregiões, que compreendem as grandes regiões do
estado, que congregam diversos municípios de uma área geográfica. Essa denominação-divisão foi
criada pelo IBGE, e consiste num sistema de divisão que tem aplicações importantes na elabora-
ção de políticas públicas e no subsídio ao sistema de decisões quanto à localização de atividades
socioeconômicas.
Oficialmente Pernambuco apresentava cinco mesorregiões: Agreste Pernambucano, Região
Metropolitana do Recife, São Francisco Pernambucano, Sertão Pernambucano e Zona da Mata
Pernambucana.

Essas mesorregiões estão, por sua vez, subdivididas em microrregiões. Pernambuco possui
dezenove microrregiões: Alto Capibaribe, Araripina, Brejo Pernambucano, Garanhuns, Fernando de
Noronha, Itamaracá, Itaparica, Mata Meridional, Mata Setentrional, Médio Capibaribe, Petrolina,
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Recife, Salgueiro, Sertão do Moxotó, Suape, Vale do Ipanema, Vale do Ipojuca, Vale do Pajeú e
Vitória de Santo Antão.
MATA
A Região em questão ocupa uma área de 8.432,40 Km² ou 8,6% do território do Estado de
Pernambuco e tem os seguintes limites: ao Norte: Paraíba; ao Sul: Alagoas; Leste: Oceano Atlântico
e mesorregião Metropolitana do Recife; Oeste: mesorregião do Agreste Pernambucano e a Paraíba.
A maior parte dos municípios dessa Região depende primordialmente da economia do cultivo
da cana-de-açúcar. Essa dependência não é recente, mas sim, fruto de uma formação histórica vinda
desde o período colonial e que se reflete até os dias atuais, apesar da importância histórica da
cana-de-açúcar, a realidade dos dias atuais aponta para uma maior dinâmica econômica na região.
Essa cultura, foi implantada objetivando atender uma demanda do mercado mundial e com
isso foi implantada em extensas áreas – latifúndios. Para a implantação dessa cultura os coloniza-
dores degradaram parte expressiva de nossa fauna e flora, em especial a Mata Atlântica (segundo
a Organização Não Governamental, SOS Mata Atlântica, hoje resta menos de 3% da sua formação
original no Estado).
A faixa da Zona da Mata possui elevadas taxas pluviométricas anuais (1800mm/ano) e tem-
peraturas médias anuais de 24ºC . É onde se encontrava a Mata Atlântica original e atualmente
encontramos apenas algumas ilhas remanescentes. Este bioma foi inclusive o responsável pela
denominação “Mata” da Região. No entanto, grande parte dessa vegetação original foi substituída
pela cana-de-açúcar, por imposição dos colonizadores europeus ainda no século XVI. Destaca-se na
região a presenca de colinas convexas que aparecem predominantemente nos terrenos cristalinos
do leste do estado.
A mata pernambucana divide–se em três subzonas:
Mata úmida;
Mata seca
Matas serranas.
AGRESTE PERNAMBUCANO
O Agreste estende-se por uma área aproximada de 24. 400 km², inserida entre a Zona da Mata
e o Sertão. Representa 24,7% do território pernambucano e conta com uma população de cerca de
1,8 milhão de habitantes (um quarto da população do estado).
É a zona de transição entre Mata e Sertão, de clima mais seco, tropical semiárido, sujeito a
secas periódicas. No Agreste se pratica uma agricultura mais diversificada, além da pecuária leiteira.
Geologicamente a região está situada sobre o Planalto do Borborema em uma altitude média
entre 400 a 800 metros, sendo que em alguns pontos como nas microrregiões de Garanhuns e do
Ipojuca, as altitudes podem chegar 1000 metros.
A região está inserida na área de abrangência do Polígono das Secas, mas apresentando, um
tempo de estiagem menor que a do sertão, devido a sua proximidade do litoral. Os índices pluvio-
métricos podem variar em cada microrregião.
A região está situada em parte no planalto da Borborema, o que confere à região um clima mais
ameno em relação ao semiárido e com maior índice pluviométrico. A região apresenta estações do
ano bem definidas, em comparação ao litoral e ao oeste pernambucano.
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PERFIL ESQUEMÁTICO DO PLANALTO DA BORBOREMA

O índice pluviométrico, temperatura e umidade relativa do ar fica a cargo do relevo, pois o


Agreste é a transição entre a Zona da Mata e o Sertão, as chuvas são mal distribuídas em grande
parte da região. A umidade relativa do ar fica entre 10% a 100%, as chuvas são frequentes entre
abril a junho, e o período chuvoso é entre setembro a janeiro, com chuvas não ultrapassando os
295 mm na estação chuvosa e 25 mm os estação seca.
SERTÃO PERNAMBUCANO
A subzona do sertão ocupa uma área de 32.450 km², sendo a maior mesorregião do estado
de Pernambuco. Essa mesorregião é a menos densamente habitada de Pernambuco. Suas maiores
cidades são Serra Talhada, Araripina e Arcoverde.

Fonte: www.socicam.com.br
A mesorregião é cortada por rios abundantes, como rio Pajeú, rio Brígida e o rio Moxotó. Além
de as nascentes do rio e Ipojuca se localizar em uma serra do município de Arcoverde. O sertão
QUESTÕES CORRELATAS 5

pernambucano compreende as áreas dominadas pelo clima semiárido, que apresenta temperaturas
elevadas (entre 26ºC e 28º C) e duas estações
bem definidas: uma seca e outra chuvosa. Sobretudo a partir de Arcoverde, o relevo se mostra
com predominância de superfície aplainada, denominado de pediplanos, com relevos residuais, tam-
bém conhecidos como inselbergues. Apresenta precipitações anuais iguais ou inferiores a 800mm.
A economia sertaneja baseia-se na agropecuária, atividade que sofre diretamente os impactos
das condições climáticas, sobretudo na época das estiagens. A pecuária bovina e a agricultura de
subsistência são as principais atividades econômicas da área.

QUESTÕES CORRELATAS
1. Sobre as regiões de Pernambuco, analise as afirmações abaixo.
I. Na Zona da Mata, o clima é quente e úmido; o relevo se caracteriza por apresentar co-
linas convexas, que surgem dominantemente em terrenos cristalinos da porção oriental
do estado, principalmente na Mata Sul assim como apresenta médias anuais de chuvas
superiores a 1.800mm, com temperaturas anuais em torno de 24ºC.
II. No Sertão, sobretudo a partir de Arcoverde, o relevo se mostra com predominância de
superfície aplainada, denominado de pediplanos, com relevos residuais, também conhe-
cidos como inselbergues. Apresenta precipitações anuais iguais ou inferiores a 800mm.
Também são encontradas “ilhas de umidade”, ou brejos, onde se observam índices de
chuvas em torno de 900 a 1.000 mm.
III. O Agreste marca a transição entre a Zona da Mata e o Sertão. A policultura e a pecuária
de corte são as principais atividades econômicas. Os rios são predominantemente pere-
nes, sendo constatados, apenas, pela forma do leito e pela existência de alguns poços.
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Somente está CORRETO o que se afirma em


a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) II.
e) III.
2. Segundo ANDRADE (2003) “As condições naturais, a posição geográfica e a formação eco-
nômica – social que modelaram o território pernambucano determinaram a sua divisão
em três grandes regiões geográficas, aceitas pelo consenso: o Litoral–Mata, o Agreste e
o Sertão”.
Não são características destas regiões, exceto:
a) o Agreste está situado num clima tropical úmido e subúmido, onde domina ativida-
des econômicas ligadas à pecuária intensiva e à diversidade de produção de frutas
e horticulturas.
b) a região canavieira se desenvolveu no domínio do litoral, onde as condições de clima
e solos arenosos foram favoráveis ao seu cultivo na forma de agricultura irrigada,
além de uma pecuária intensiva.
c) o Agreste compreende a porção sobre o Planalto da Borborema, onde há uma varia-
ção do clima quente e subuúmido e dominam culturas diversificadas e uma pecuária
em moldes extensivos.
d) o Sertão compreende uma área de clima quente e árido e está delimitado pela área
de monocultura canavieira e pelo sertão do São Francisco, onde se situa Petrolina, a
cidade mais promissora do Estado.
e) a Zona da Mata está situada entre a Região Metropolitana do Recife e os limites do
clima tropical de semiaridez acentuada do Sertão Pernambucano, uma área sob o
domínio de monocultura canavieira.

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