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GEOGRAFIA

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO DE PERNAMBUCO E PROCESSOS DE


FORMAÇÃO
O território de Pernambuco foi um dos primeiros ocupados pelos portugueses no
Brasil. Por meio da divisão das chamadas Capitanias Hereditárias, em 1534, iniciou-se
o povoamento da região, sendo que os portugueses desbravavam as matas do litoral
em busca de madeira e minerais preciosos. Contudo, parte do atual Nordeste
brasileiro, incluindo a capitania de Pernambuco, foi invadida por forças dos Países
Baixos. Os holandeses ocuparam toda a região e instalaram a capital da nova colônia
na cidade de Recife, atual capital de Pernambuco. A cidade, inclusive, sofreu várias
melhorias urbanísticas feitas pelos invasores. No entanto, em 1654, o território foi
retomado pelos portugueses por meio de várias disputas militares empreendidas no
Nordeste. Mesmo assim, apesar da solução do conflito com os holandeses, os
portugueses vivenciaram em Pernambuco um conjunto de revoltas populares, que
buscavam, entre outras questões, maior liberdade política e econômica da colônia em
relação à metrópole. São exemplos dessas revoltas a Guerra dos Mascates (1710) e a
Confederação do Equador (1824). Enquanto as revoltas mexiam com o cenário político
local, a agricultura era amplamente difundida no litoral, região conhecida como Zona
da Mata, por meio de grandes plantações de cana-de-açúcar.
Essa espécie vegetal desenvolveu-se com facilidade no solo de massapê típico da
região, sendo um importante geradora de divisas para o estado. Por sua vez, no
interior, predominavam a pecuária extensiva e a agricultura de subsistência, em razão
do fenômeno da seca, que já assolava a região do Sertão pernambucano. O cenário
político local foi se estabilizando, em especial, após a proclamação da república
(1889). Já em termos econômicos, o estado continuou sendo caracterizado pela
produção agrícola. Além disso, nas últimas décadas, Pernambuco tem atraído
indústrias, em razão da desconcentração do espaço industrial brasileiro. Apesar disso,
a diferença social entre as regiões da Zona da Mata e do Sertão pernambucano
perdura até os dias atuais.
MESORREGIÕES

Entende-se por Mesorregião uma área individualizada, em uma Unidade da


Federação, que apresenta forma de organização do espaço geográfico definidas pelas
seguintes dimensões: o processo social, como determinante; o quadro natural, como
condicionante; e a rede de comunicação e de lugares, como elemento da articulação

Sertão Pernambucano: 41 municípios / microrregiões: Araripina, Salgueiro, Pajeú,


Sertão do Moxotó.

São Francisco Pernambucano: 15 municípios/ microrregiões: Petrolina e Itaparica.

Agreste Pernambucano: 71 municípios/ microrregiões: Vale do Ipanema, Vale do


Ipojuca, Alto Capibaribe, Médio Capibaribe, Garanhuns, Brejo Pernambucano.

Mata Pernambucana: 43 municípios/ microrregiões: Mata Setentrional


Pernambucana, Vitória de Santo Antão, Mata Meridional Pernambucana.

Metropolitana do Recife: 15 municípios/ microrregiões: Itamaracá, Recife, Suape,


Fernando de Noronha.
REGIÕES DE DESENVOLVIMENTO – RD
ASPECTOS FÍSICOS

Vegetação típica de regiões de clima


semiárido em Pernambuco

Situado na Região Nordeste, o


território de Pernambuco possui
extensão de 98.146,315 quilômetros
quadrados, o que corresponde a
1,15% da área total do Brasil. Sua
população é de 8.796.448
habitantes, que estão distribuídos
em 185 municípios, conforme dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Pernambuco
limita-se ao norte com a Paraíba e
Ceará, a oeste com o Piauí, ao sul
com a Bahia e Alagoas, além de ser banhado a leste pelo Oceano Atlântico. Seu
território ocupa três sub-regiões do Nordeste – Sertão, Agreste e Zona da Mata –, fato
que proporciona uma diversidade de clima e da cobertura vegetal. No litoral, o clima
predominante é o tropical atlântico; já o interior do estado recebe influência do clima
semiárido. As áreas litorâneas apresentam índice pluviométrico (chuvas) de 1.500 mm.
Em contrapartida, as regiões cujo clima é o semiárido registram índice pluviométrico
de no máximo 600 mm ao ano, com longos períodos de seca, em especial na área
conhecida como Polígono da Seca. Com relação aos aspectos físicos de Pernambuco,
muito é repetição sobre seus aspectos geográficos, relevo, clima e divisas com outros
estados. Podemos reforçar, então, a respeito dos aspectos físicos de Pernambuco,
mais detalhes sobre o clima da região, onde se predomina o clima tropical atlântico e
semiárido.
Nas áreas litorâneas do estado, podemos encontrar um alto nível pluviométrico, ou
seja, nível de chuvas, chegando a até 1.500 mm por ano. Por outro lado, nas regiões
de clima semiárido, no sertão e no agreste pernambucano, podemos encontrar um
clima bem mais seco, quente e com baixos níveis de chuva. Na região chamada de
Polígono da seca, a quantidade de chuvas pode chegar ao máximo a 600 mm

CLIMA
No litoral predomina o tipo climático tropical úmido, quente e úmido; já no interior, o
tipo climático presente é o semiárido, quente e seco.
VEGETAÇÃO
A vegetação de Pernambuco é dividida,
basicamente, em quatro tipos: Formações
Litorâneas, Floresta Tropical, Caatinga e
Cerrado. A primeira marcada pela presença
de restingas e manguezais. Já as florestas
atlânticas se caracterizam por espécies
perenes ou deciduais. Por fim, a caatinga,
responsável pela cobertura de 83% do
território pernambucano. As Formações
Litorâneas de Pernambuco se estendem ao longo de sua faixa costeira, que pode
variar de poucos metros a alguns quilômetros. Nas proximidades do mar, predominam
os vegetais mais rasteiros, além de gramíneas mais espessas como os capins. Junto
às dunas, restingas acompanham os terraços litorâneos, incluindo, ocasionalmente, a
presença de algumas pequenas árvores de copa larga e irregular. Os campos de
restinga presentes registram a existência de uma vegetação mais arbustiva, mas com
densidades variáveis. Nas desembocaduras dos rios, solos lodosos permitem a
proliferação de mangues, especialmente nas cidades de Goiana e Igarassu. Um pouco
mais no interior do continente surge a Floresta Tropical Atlântica, um conjunto de
florestas tropicais com vegetação tipicamente perene ou decidual. Ao longo de boa
parte da Zona da Mata distribuem-se as espécies perenifólias com folhagem densa e
escura que se desenvolveram graças ao clima úmido da região. Destacam-se ingás,
vesgueiros, jatobás e maçarandubas. Por outro lado, em áreas de altitude mais baixa,
a cobertura vegetal apresenta espécies caducifólias com caules relativamente longos,
tais como camondongos, catolés e timbaúbas.
Nas regiões mais altas, acima dos 500 metros, houve o desenvolvimento de florestas
perenifólias, cujo porte das árvores varia de 20 a 35 metros. Isso só foi possível em
virtude das condições serranas, tipicamente mais frias e chuvosas. É interessante
notar que tais áreas se situam em meio à zona da caatinga, podendo ocorrer assim os
chamados “brejos de altitude” na continuidade da cobertura vegetal ao longo da
extensão do território. Na maior parte do estado, à exceção das porções mais altas do
território, a vegetação predominante é a caatinga. As principais características de suas
espécies são o porte médio a baixo, a adaptação aos períodos de seca e a presença
de espinhos. Tal tipo de vegetação tem como importante variável a disponibilidade
hídrica, o que leva a uma classificação entre vegetais hipoxerófilos (mais úmidas) ou
hiperxerófilos (mais secas). Cactáceas e bromeliáceas são as famílias botânicas que
mais se destacam na vegetação local. Junto aos tabuleiros e às chapadas, os
cerrados são os responsáveis pela cobertura vegetal. A vegetação é herbácea com
pequenos arbustos de galhos tortuosos e folhas coriáceas, ou seja, grossas e
facilmente quebráveis. Em geral, tais espécies se desenvolveram devido à ação
humana, especialmente na região dos tabuleiros, já que ali predominavam os vegetais
presentes na área úmida do estado.
RELEVO
O relevo é linear em sua maioria, sendo de
planície litorânea - com alguns pontos, sobretudo no
Recife, no nível do mar - e, à medida que vai se
entrando para o interior, tem picos de montanhas que
ultrapassam os 1000 metros de altitude.
O território pernambucano possui os três principais
tipos de relevo da formação geomorfológica
brasileira: planície, planalto e depressão. Assim, o
relevo estadual pode ser classificado em: Planície litorânea (Litoral), Planalto (Zona da
Mata e Agreste Pernambucano) e Depressão (Sertão Pernambucano). Praias
arenosas e pouca variação morfológica marcam a faixa costeira do estado. O Litoral
Pernambucano é composto por praias e planícies estuarinas onde desembocam
muitos rios como Capibaribe, Goiana, Ipojuca, Maracaípe, Sirinhaém, Tatuoca. Nas
desembocaduras fluviais dispõem-se materiais argilosos que permitem a proliferação
dos manguezais. A porção norte do litoral, formada no período Mesozoico, possui a
mesma composição estrutural até João Pessoa, dando origem à Bacia Pernambuco-
Paraíba. No sentido sul, processos tectônicos deram origem à Bacia do Cabo, uma
feição geológica composta por rochas sedimentares e vulcânicas. A Zona da Mata se
caracteriza pelo domínio morfoclimático dos Mares de Morros com colinas onduladas
que separam o litoral do Agreste. A região é conhecida como Piemonte Oriental do
Borborema, já que tem como limite as Encostas Orientais da Borborema. Por estarem
localizadas muito próximas ao mar, as Colinas da Zona da Mata recebem a influência
direta dos ventos alísios que contribuem para o processo erosivo da topografia local.
Ainda assim, sua litologia é a mesma do Planalto da Borborema, composta de rochas
graníticas e gnaisses do período Pré-Cambriano. No topo das colinas, pode-se avistar
as coberturas que compõem a Formação Barreiras.
A redução da altitude do estado vai se acentuando em direção ao Sertão
Pernambucano. Com o final das serras, as cotas altimétricas diminuem, o que leva à
formação de uma depressão, já que a região está situada a oeste do Planalto da
Borborema. Serras menores e chapadas de estrutura sedimentar dão os contornos
mais acentuados do local. Em virtude da aridez, os solos são mais arenosos e de
baixa fertilidade. Nesta região está localizada a Chapada do Araripe, um tabuleiro de
planaltos areníticos, marcado por um relevo plano ou suavemente ondulado, situado
bem na divisa dos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí. No local, concentra-se a
maior reserva de gipsita do Brasil e a segunda maior do mundo.

HIDRORAFIA

As grandes bacias hidrográficas de Pernambuco possuem duas vertentes: o rio


São Francisco e o Oceano Atlântico. As bacias que escoam para o rio São
Francisco formam os chamados rios interiores sendo os principais: Pontal,
Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó, Ipanema, além de grupos de
pequenos rios interiores. As bacias que escoam para o Oceano Atlântico,
constituem os chamados rios litorâneos, e os principais são: Goiana, Capibaribe,
Ipojuca, Sirinhaém, Una e Mundaú e GL’s.
O Plano Estadual de Recursos Hídricos (1998) dividiu o Estado em 29 Unidades
de Planejamento (UP), caracterizando assim, a Divisão Hidrográfica Estadual,
composta de 13 Bacias Hidrográficas, 06 Grupos de Bacias de Pequenos Rios
Litorâneos (GL1 a GL6), 09 Grupos de Bacias de Pequenos Rios Interiores (GI1
a GI9) e uma bacia de pequenos rios que compõem a rede de drenagem do
arquipélago de Fernando de Noronha.
É importante salientar que a bacia GI-1 drena parte para o rio São Francisco
(Riacho Traipu) e parte para o Oceano Atlântico (Rio Paraíba). A maior parte
das grandes bacias hidrográficas pernambucanas situa-se integralmente dentro
dos limites do Estado, exceto as bacias dos rios Una, Mundaú, Ipanema e
Moxotó que possuem parte de sua área de drenagem no Estado de Alagoas.
Além destas, há pequenas bacias compartilhadas com os Estados do Ceará (GI-
9), Paraíba (GL-6) e Alagoas (GL-5). Em 2022 o Plano Estadual de Recursos
Hídricos - PERH/PE foi atualizado, trazendo uma nova divisão do território em
Unidades de Planejamento Hídrico. A nova divisão foi embasada em critérios
técnicos como hidrogeologia, geologia, uso do solo, rede de adutoras, existência
de perímetros irrigados, entre outros. Desta forma, o número de Unidades de
Planejamento foi reduzido de 29 para 16, uma vez que, de forma geral, as UPs
que correspondiam a grupos de bacias de pequenos rios, foram agregadas às
bacias de grandes rios adjacentes.

ASPECTOS HUMANOS E INDICADORES


Como já se sabe, o nordeste do País sempre passou por muitos desafios com relação
à sua economia, igualdade de oportunidades para todos, entre outras questões. E, por
isso mesmo, os aspectos humanos de Pernambuco não são muito animadores.
Durante muitos anos a região teve na cana-de-açúcar sua principal fonte de renda. As
usinas de cana-de-açúcar continuam sendo muito importantes na região, porém, com
o passar do tempo, as cidades precisaram alterar suas formas de receita para
conseguir se manter. Em Pernambuco, podemos encontrar grandes fazendas de
flores, lavouras de café e seringueiras.
Conforme a contagem do IBGE de 2010, a região de Pernambuco possui uma
população que totaliza 8.796.448 habitantes e uma densidade demográfica de 89,6
habitantes por metro quadrado. Cerca de 80% do total da população pernambucana
vive nas cidades e somente o restante vive nas áreas agrárias. O Sertão de
Pernambuco é a região menos populosa. Obviamente, a capital do estado, Recife é a
cidade com maior densidade.
A maioria da população, cerca de 57% é composta por pardos e negros, 40% brancos
e o restante por índios. As mulheres também são maioria, cerca de 51% da população,
mas a proporção de homens é bastante igualitária. O índice de IDH, ou seja o índice
de desenvolvimento humano no estado de Pernambuco não é dos mais altos,
alcançando somente 0,718. A região ainda apresenta uma das mais altas mortalidades
no País, chegando a 35,7 mortes a cada mil nascimentos. Outro dado alarmante é
com relação ao número de analfabetos, que, em todo o estado, totalizam cerca de
17% da população. Apesar de alguns dos aspectos humanos de Pernambuco
parecerem bastante negativos, o estado vem mostrando crescimentos positivos com
relação aos seus problemas e acredita-se que cada vez mais, irá melhorar e
incrementar seus aspectos positivos.
A economia de Pernambuco é uma das mais pujantes e diversificadas da região
Nordeste. Com um robusto complexo petroquímico, naval, siderúrgico, automobilístico
e têxtil, Pernambuco também se destaca por ser um grande exportador de frutas
tropicais e um dos principais destinos turísticos do Brasil
O conceito de avaliação de políticas públicas ganha força com as transformações no
papel do Estado, especialmente ligado à necessidade de analisar os custos e as
vantagens de suas intervenções. Inicialmente associada ao poder do Estado em
controlar a materialização de produtos da sua atuação ? cumprimento de cronogramas
e de etapas de realização física de projetos ? o conceito migra da esfera dos
processos para a esfera dos resultados, assumindo a condição de instrumento
estratégico em todo o ciclo da gestão pública, servindo aos propósitos de melhoria dos
produtos e serviços, com influência dos conceitos de transparência e accountability,
privilegiando a investigação de aspectos ligados à efetividade, eficácia e eficiência na
gestão pública. Na perspectiva do Estado Gerencial, a avaliação é encarada como
ferramenta capaz de indicar correções de rumo na implementação de políticas e
cursos de ação, sendo importante tanto na fase de diagnóstico e formulação (ex-ante),
quanto na apreciação dos produtos, resultados e impactos (ex-post).
Assim, a avaliação de políticas públicas pode ser dividida tanto de acordo com a fase
da implementação da política pública que avalia, quanto a respeito do tipo de
modificação social sobre o qual se debruça, podendo ser, por exemplo, uma avaliação
de desenho, quando questiona como a política pública foi pensada e planejada; ou de
resultados, quando observa os resultados atingidos pela política pública em
comparação com as metas, a temporalidade, os bencharkings disponíveis e as
unidades semelhantes: Evidentemente, a realização de avaliações exige a aplicação
de técnicas específicas sobre as bases de dados do público-alvo da política pública.
Assim, sua realização depende tanto da coleta de dados de qualidade onde e quando
a política é aplicada, quanto da formação de profissionais com o conhecimento
necessário para colocá-las em prática. Neste sentido, e na perspectiva tanto de
melhorar a gestão pública quanto de contribuir para a abertura de dados públicos,
favorecendo a accountability, a Secretaria de Planejamento e Gestão disponibiliza
avaliações temáticas de programas e políticas públicas. Essas avaliações usam as
melhores técnicas disponíveis para observar os resultados e impactos da política
pública sobre os problemas sociais.

POPULAÇÃO

De acordo com o Censo 2022, realizado


pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), Pernambuco tem
9.058.155 habitantes, representando
4,46% do total da população brasileira.
Os primeiros resultados da operação,
com informações sobre os números de população e de domicílios do estado, foram
divulgados na manhã desta quarta-feira (28). O estado mantém sua posição como o
sétimo mais populoso do país em comparação ao Censo 2010, sendo também o
segundo mais populoso do Nordeste, atrás apenas da Bahia. Em 2010, a população
pernambucana era de 8.796.448 habitantes. A taxa de crescimento geométrica de
2010 até 2022 foi de 0,24% ao ano.
Os dez municípios mais populosos de Pernambuco, de acordo com o Censo 2022, são
Recife (1.488.920 habitantes), Jaboatão dos Guararapes (643.759), Petrolina
(386.786), Caruaru (378.052), Olinda (349.976), Paulista (342.167), Cabo de Santo
Agostinho (203.216), Camaragibe (147.771), Garanhuns (142.506) e Vitória de Santo
Antão (134.110). Igarassu, na 11ª posição, com 115.196 moradores, e São Lourenço
da Mata, em 12º lugar, com 111.243 residentes, completam a lista de municípios
pernambucanos com mais de 100 mil habitantes. A cidade pernambucana com maior
aumento de população em números absolutos foi Petrolina, que passou de 293.962
para 386.786 habitantes de um censo para outro, um aumento de 31,6%. A localidade
era a sexta mais populosa do estado em 2010 e passou para o terceiro lugar em 2022.
O município foi o 16º do país com maior crescimento absoluto. Caruaru, por sua vez,
teve o segundo maior aumento populacional do estado em números absolutos. O
saldo positivo foi de 63.140 habitantes, ou 20,1% de moradores a mais desde 2010,
quando havia 314.912 residentes no município.
Os municípios com menor população no estado no Censo 2022 são Itacuruba (4.284
pessoas), Ingazeira (4.768), Solidão (5.210) e Calumbi (5.228). Incluído nessa lista
está o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, com 3.167 habitantes. Dos 184
municípios de Pernambuco, 97 municípios e o Distrito Estadual de Fernando de
Noronha apresentaram aumento populacional em 2022 em relação a 2010, totalizando
um crescimento estadual de 3% ou 261.707 habitantes.

Recife e Olinda estão entre as cidades mais densamente povoadas do Brasil


A densidade demográfica de Pernambuco é a sexta maior do Brasil, com 92,37
habitantes por quilômetro quadrado. Olinda é a sétima cidade mais densamente
povoada do país e a primeira do estado, com seus 349.976 habitantes distribuídos em
41,3 km², o equivalente a 8.474 habitantes/km². Recife é a 12ª cidade brasileira mais
densamente povoada e a segunda no estado, com 6.803,6 habitantes/km². Já a cidade
menos densamente povoada de Pernambuco é Parnamirim, no sertão, com 7,13
habitantes/km², bem abaixo da média nacional, de 23,86 habitantes por quilômetro
quadrado.
Número de domicílios em Pernambuco aumenta mais de 36% em relação a 2010
Em Pernambuco, o Censo 2022 contou 4.094.799 domicílios, um aumento de 36,8%
em comparação a 2010, quando foram computados 2.993.825 lares. O estado é o
sétimo com maior número de domicílios do país. Essa tendência de alta foi observada
em todos os estados e, no Brasil, o avanço foi de 34%. Por outro lado, a média de
moradores por domicílio particular permanente ocupado diminuiu de 3,44 em 2010
para 2,83 em 2022 (tendência observada em todos os estados), valor que deixa o
estado pernambucano em 15º lugar nacional. Recife teve um aumento de 25,1% no
número de domicílios recenseados entre 2010 e 2022, passando de 515.100 para
644.212 lares. Com isso, a capital pernambucana foi a 11ª cidade do país com maior
número de domicílios recenseados. As dez cidades pernambucanas com maior
número de domicílios foram Recife, Jaboatão dos Guararapes (235.053), Caruaru
(138.485), Petrolina (128.380), Olinda (127.261), Paulista (124.313), Cabo de Santo
Agostinho (71.666), Camaragibe (53.357), Garanhuns (49.029) e Vitória de Santo
Antão (48.335). A cidade pernambucana com maior proporção de domicílios vagos foi
Santa Filomena, no Sertão, com 24,9% do total. Em seguida, estão Solidão (24,3%) e
Betânia (23,5%). Já a cidade pernambucana com a maior porcentagem de domicílios
de uso ocasional, grupo de domicílios composto, em sua maioria, de residências de
veraneio ou casas de campo, foi a Ilha de Itamaracá com 60,2% do total de
residências. O município ocupa o 11º no ranking nacional. Após a Ilha de Itamaracá,
os municípios com maior percentual de domicílios de uso ocasional são Tamandaré
(44,80%), São José da Coroa Grande (39,15%), Sairé (24,61%) e Gravatá (23,60%).
Concentração urbana do Recife é a quinta maior do Brasil
O Censo 2022 também traz dados sobre concentração urbana, ou seja, municípios
isolados ou arranjos populacionais acima de cem mil habitantes. Pernambuco tem
cinco concentrações urbanas: a do Recife, que engloba toda a região metropolitana
mais o município de Paudalho; a de Caruaru, a de Garanhuns, a de Vitória de Santo
Antão e a de Petrolina/Juazeiro (BA). A concentração urbana do Recife é a quinta
maior do país, com 3.783.101 habitantes, distribuídos em 1.698.783 domicílios, logo
atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Dos 15 municípios que
compõem a concentração urbana do Recife, 11 apresentaram crescimento
populacional entre os anos de 2010 e 2022, com destaque para Ipojuca (PE), com
1,72% de taxa de crescimento geométrico ao ano, Itapissuma com 1,30% e Paulista
com 1,09%. Os quatro que tiveram taxas negativas de crescimento geométrico foram
Olinda (-0,64%), Recife (-0,27%), Moreno (-0,21%) e Jaboatão dos Guararapes (-
0,01%). No geral, a Grande Concentração Urbana de Recife/PE apresentou uma taxa
média geométrica de crescimento anual de 0,09%.
As demais concentrações urbanas do estado também tiveram aumento de população
entre 2010 e 2022: o maior índice foi alcançado em Petrolina/Juazeiro (BA), com
avanço médio de 1,98% na taxa de crescimento geométrico, seguida por Caruaru
(1,53%), Garanhuns (0,81%) e Vitória de Santo Antão (0,39%).

ASPECTOS DA POPULAÇÃO
A distribuição populacional no estado ocorre de maneira desproporcional, os centros
urbanos localizados próximos ao litoral concentram um elevado percentual da
população pernambucana, enquanto que o sertão é pouco povoado. O IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) do estado é 0,718. Os indicadores sociais apresentam
uma expectativa de vida de 67,1 anos, a mortalidade infantil apresenta índices
elevados 35,7 óbitos a cada mil nascidos vivos; a taxa de analfabetismo é de 17,6%.
Recife, capital pernambucana, abriga uma população de aproximadamente 1,5 milhão
de pessoas, em uma extensão territorial de 219 km².

ESPAÇO RURAL DE PERNAMBUCO


As áreas rurais do território são reconhecidas economicamente pela presença da
pecuária lei-teira. No entanto, as pequenas propriedades rurais, de cunho familiar, que
exploram princi-palmente as culturas do feijão e da mandioca, apresentam grande
relevância socioeconômica para a região, revelando nesse conjunto as principais
atividades de exploração das áreas rurais. Historicamente, esse arranjo formou-se ao
longo dos anos, pois o Agreste constituiu-se como o local de produção de alimentos
para o abastecimento interno da região Nordeste, em face da cultura expansionista e
exportadora da cana-de-açúcar.A velha estrutura coronelista, ainda reflete sobre a
atual estrutura agrária e sobre as relações sociais de dependência e subordinação que
insiste em permanecer em diversos municípios desse território. Dessa forma,
perpetua-se a ação política de comando sobre a população e car-gos, de uma forma
geral, atuando em diversos segmentos e instituições públicas.
Os festejos juninos apresentam-se como a expressão máxima da cultura, porém as
tradições folclóricas tendem a se perder no tempo, em face da homogeneização dos
costumes, princi-palmente no que diz respeito à música, com os grupos eletrônicos de
forró. Trabalhar as rura-lidades ainda presentes requer um árduo e constante desafio,
para que não haja perda tanto cultural como economicamente, uma vez que esses
valores são descontruídos pela aquisição de novos hábitos impostos pelos meios de
dominação e imposição de valores externos.Atrelado a isso, nota-se a insatisfatória
presença de estrutura das políticas públicas, relacionadas ao nível educacional,
principalmente nas formações iniciais das crianças, no apoio à assistência das ati-
vidades produtivas e na preservação e exploração sustentável das riquezas naturais e
arqueológicas.

URBANIZAÇÃO EM PERNAMBUCO
A partir de 1970 a distribuição da população pernambucana passou por significativas
alterações. A população urbana, pela primeira vez, foi maior do que a população rural.
Neste período, a população urbana que morava em espaços urbanos era de 2. 810.
415 pessoas, ao passo que a população rural era de 2. 350. 210 habitantes.
Atualmente, mais de 80% da população pernambucana reside em espaços urbanos.

MOVIMENTOS CULTURAIS DE PERNAMBUCO


O estado de Pernambuco é multicultural, possui contribuição dos portugueses,
holandeses, negros africanos, indígenas e judeus. Foi o celeiro de grandes artistas e
poetas, como Manuel Bandeira e Joaquim Cardozo e Luiz Gonzaga, na música. O
carnaval e o São João são exemplos de movimentos culturais que atraem para
Pernambuco turistas nacionais e estrangeiros. No carnaval são conhecidos o
maracatu, o caboclinho, coco de roda, a ciranda e o frevo. O frevo é de grande
representatividade, porque o ritmo e a dança foram originados no estado. Na festa,
são famosas as ladeiras de Olinda, o fervor do Recife antigo e o bloco Galo da
Madrugada, considerado o maior do mundo. Os movimentos culturais e a festas de
rua também são expressivos no agreste e sertão pernambucano. No carnaval são
famosas as Caretas do Triunfo, localizada a 600 km de Recife, no Sertão Nordestino e
também os Papangus de Bezerros, distante 90 km da capital, no agreste
pernambucano. O estado de Pernambuco é também a terra de São João. Caruaru, no
agreste, é o ponto central da festa, que ocorre durante 30 dias, em todo o mês de
junho. A cidade é o lugar do forró, xaxado, do mestre Vitalino e da tradicional “Feira de
Curuaru”. Porém, muitas cidades homenageiam o santo, da capital litorânea ao interior
sertanejo. De norte a sul, na Zona da Mata, destaca-se os maracatus. “No período
colonial, os escravos vindos da África para trabalhar a produção do açúcar trouxeram
os costumes para cá. Antigamente, muitas dessas movimentações aconteciam às
escondidas ou na senzala. Com o passar dos anos e a liberdade dos negros, a cultura
foi incorporada como um todo.” (PERNAMBUCO, s/d). Nazaré da Mata é a cidade que
mais se destaca pela presença de movimentos maracatus.

A QUESTÃO AMBIENTAL EM PERNAMBUCO


Desde o período colonial, Pernambuco passou por intenso desmatamento das regiões de
mata atlântica. Primeiro com a exploração de Pau Brasil e depois com o cultivo de cana-de-
açúcar. O desmatamento foi realizado não apenas em áreas Litoral-Mata, mas também no
agreste e no sertão. Os brejos e a caatinga também foram bastante impactados. Entre os
principais problemas ambientais do estado, destaca-se: Exploração agrícola: manejo
inadequado do solo, erosão e assoreamento dos rios. Irrigação: desperdício de água às
margens do rio São Francisco e de outros rios estaduais. Em algumas regiões, o excesso de
água no solo propicia a salinização, uma vez que são áreas em que os solos possuem minerais
de fácil dissolução. Poluição de recursos hídricos: esgotos domésticos e industriais são
lançados de forma direta e indireta nos rios. Na região do Litoral-Mata as agroindústrias
canavieiras lançam tipos variados de dejetos nos rios, sendo mais grave o lançamento de
vinhoto.

BOM ESTUDO! VOCÊ MERECE O MUNDO!

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