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CLIMA
No litoral predomina o tipo climático tropical úmido, quente e úmido; já no interior, o
tipo climático presente é o semiárido, quente e seco.
VEGETAÇÃO
A vegetação de Pernambuco é dividida,
basicamente, em quatro tipos: Formações
Litorâneas, Floresta Tropical, Caatinga e
Cerrado. A primeira marcada pela presença
de restingas e manguezais. Já as florestas
atlânticas se caracterizam por espécies
perenes ou deciduais. Por fim, a caatinga,
responsável pela cobertura de 83% do
território pernambucano. As Formações
Litorâneas de Pernambuco se estendem ao longo de sua faixa costeira, que pode
variar de poucos metros a alguns quilômetros. Nas proximidades do mar, predominam
os vegetais mais rasteiros, além de gramíneas mais espessas como os capins. Junto
às dunas, restingas acompanham os terraços litorâneos, incluindo, ocasionalmente, a
presença de algumas pequenas árvores de copa larga e irregular. Os campos de
restinga presentes registram a existência de uma vegetação mais arbustiva, mas com
densidades variáveis. Nas desembocaduras dos rios, solos lodosos permitem a
proliferação de mangues, especialmente nas cidades de Goiana e Igarassu. Um pouco
mais no interior do continente surge a Floresta Tropical Atlântica, um conjunto de
florestas tropicais com vegetação tipicamente perene ou decidual. Ao longo de boa
parte da Zona da Mata distribuem-se as espécies perenifólias com folhagem densa e
escura que se desenvolveram graças ao clima úmido da região. Destacam-se ingás,
vesgueiros, jatobás e maçarandubas. Por outro lado, em áreas de altitude mais baixa,
a cobertura vegetal apresenta espécies caducifólias com caules relativamente longos,
tais como camondongos, catolés e timbaúbas.
Nas regiões mais altas, acima dos 500 metros, houve o desenvolvimento de florestas
perenifólias, cujo porte das árvores varia de 20 a 35 metros. Isso só foi possível em
virtude das condições serranas, tipicamente mais frias e chuvosas. É interessante
notar que tais áreas se situam em meio à zona da caatinga, podendo ocorrer assim os
chamados “brejos de altitude” na continuidade da cobertura vegetal ao longo da
extensão do território. Na maior parte do estado, à exceção das porções mais altas do
território, a vegetação predominante é a caatinga. As principais características de suas
espécies são o porte médio a baixo, a adaptação aos períodos de seca e a presença
de espinhos. Tal tipo de vegetação tem como importante variável a disponibilidade
hídrica, o que leva a uma classificação entre vegetais hipoxerófilos (mais úmidas) ou
hiperxerófilos (mais secas). Cactáceas e bromeliáceas são as famílias botânicas que
mais se destacam na vegetação local. Junto aos tabuleiros e às chapadas, os
cerrados são os responsáveis pela cobertura vegetal. A vegetação é herbácea com
pequenos arbustos de galhos tortuosos e folhas coriáceas, ou seja, grossas e
facilmente quebráveis. Em geral, tais espécies se desenvolveram devido à ação
humana, especialmente na região dos tabuleiros, já que ali predominavam os vegetais
presentes na área úmida do estado.
RELEVO
O relevo é linear em sua maioria, sendo de
planície litorânea - com alguns pontos, sobretudo no
Recife, no nível do mar - e, à medida que vai se
entrando para o interior, tem picos de montanhas que
ultrapassam os 1000 metros de altitude.
O território pernambucano possui os três principais
tipos de relevo da formação geomorfológica
brasileira: planície, planalto e depressão. Assim, o
relevo estadual pode ser classificado em: Planície litorânea (Litoral), Planalto (Zona da
Mata e Agreste Pernambucano) e Depressão (Sertão Pernambucano). Praias
arenosas e pouca variação morfológica marcam a faixa costeira do estado. O Litoral
Pernambucano é composto por praias e planícies estuarinas onde desembocam
muitos rios como Capibaribe, Goiana, Ipojuca, Maracaípe, Sirinhaém, Tatuoca. Nas
desembocaduras fluviais dispõem-se materiais argilosos que permitem a proliferação
dos manguezais. A porção norte do litoral, formada no período Mesozoico, possui a
mesma composição estrutural até João Pessoa, dando origem à Bacia Pernambuco-
Paraíba. No sentido sul, processos tectônicos deram origem à Bacia do Cabo, uma
feição geológica composta por rochas sedimentares e vulcânicas. A Zona da Mata se
caracteriza pelo domínio morfoclimático dos Mares de Morros com colinas onduladas
que separam o litoral do Agreste. A região é conhecida como Piemonte Oriental do
Borborema, já que tem como limite as Encostas Orientais da Borborema. Por estarem
localizadas muito próximas ao mar, as Colinas da Zona da Mata recebem a influência
direta dos ventos alísios que contribuem para o processo erosivo da topografia local.
Ainda assim, sua litologia é a mesma do Planalto da Borborema, composta de rochas
graníticas e gnaisses do período Pré-Cambriano. No topo das colinas, pode-se avistar
as coberturas que compõem a Formação Barreiras.
A redução da altitude do estado vai se acentuando em direção ao Sertão
Pernambucano. Com o final das serras, as cotas altimétricas diminuem, o que leva à
formação de uma depressão, já que a região está situada a oeste do Planalto da
Borborema. Serras menores e chapadas de estrutura sedimentar dão os contornos
mais acentuados do local. Em virtude da aridez, os solos são mais arenosos e de
baixa fertilidade. Nesta região está localizada a Chapada do Araripe, um tabuleiro de
planaltos areníticos, marcado por um relevo plano ou suavemente ondulado, situado
bem na divisa dos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí. No local, concentra-se a
maior reserva de gipsita do Brasil e a segunda maior do mundo.
HIDRORAFIA
POPULAÇÃO
ASPECTOS DA POPULAÇÃO
A distribuição populacional no estado ocorre de maneira desproporcional, os centros
urbanos localizados próximos ao litoral concentram um elevado percentual da
população pernambucana, enquanto que o sertão é pouco povoado. O IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) do estado é 0,718. Os indicadores sociais apresentam
uma expectativa de vida de 67,1 anos, a mortalidade infantil apresenta índices
elevados 35,7 óbitos a cada mil nascidos vivos; a taxa de analfabetismo é de 17,6%.
Recife, capital pernambucana, abriga uma população de aproximadamente 1,5 milhão
de pessoas, em uma extensão territorial de 219 km².
URBANIZAÇÃO EM PERNAMBUCO
A partir de 1970 a distribuição da população pernambucana passou por significativas
alterações. A população urbana, pela primeira vez, foi maior do que a população rural.
Neste período, a população urbana que morava em espaços urbanos era de 2. 810.
415 pessoas, ao passo que a população rural era de 2. 350. 210 habitantes.
Atualmente, mais de 80% da população pernambucana reside em espaços urbanos.