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 PERNAMBUCO

Formação territorial de Pernambuco;


O Início Em 1501, quando a expedição do navegador Gaspar de Lemos
fundou feitorias no litoral da colônia portuguesa, na recém descoberta
América, teve início o processo de colonização de Pernambuco, uma das
primeiras áreas brasileiras a ter ativa colonização portuguesa. Entre os
anos de 1534 e 1536, Dom João III, então rei de Portugal, instalou o
sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil, que consistia na doação de
um lote de terras, chamado Capitania, a um Donatário (português), a
quem caberia explorar, colonizar as terras, fundar povoados, arrecadar
impostos e estabelecer as regras do local. Dentre os primeiros 14 lotes
distribuídos por D. João III estava a Capitania de Pernambuco, ou Capitania
de Nova Lusitânia, como seu Donatário, Duarte Coelho, a batizou. Dessa
forma, em 1535, Duarte Coelho se estabeleceu no local onde fundou a vila
de Olinda e espalhou os primeiros engenhos da região. Até então, os
ocupantes do território eram os índios Tabajaras.

 O Território de Pernambuco foi um dos primeiros ocupados pelos


portugueses no Brasil. Por meio da divisão das chamadas Capitanias
Hereditárias, em 1534, iniciou-se o povoamento da região, sendo
que os portugueses desbravavam as matas do litoral em busca de
madeira e minerais preciosos. Contudo, parte do atual Nordeste
brasileiro, incluindo a capitania de Pernambuco, foi invadida por
forças dos Países Baixos.
Revolução de 1817;
 O que foi?
A Revolução Pernambucana iniciou-se no dia 6 de março de 1817, com a
morte do brigadeiro português Manoel Joaquim Barbosa de Castro. O
brigadeiro português foi morto quando estava cumprindo as ordens do
governador local de prender o capitão José de Barros Lima, denunciado
por participar de uma conspiração. Barros Lima reagiu à voz de prisão, o
que resultou na morte de Castro. Após esse evento, a revolta espalhou-se
por Recife e levou à tomada da cidade pelos revolucionários. O governador
da capitania de Pernambuco abrigou-se em um forte local, o Forte do
Brum, e logo embarcou para a cidade do Rio de Janeiro. Após conquista de
Pernambuco, os revolucionários instalaram um Governo Provisório. Esse
Governo Provisório aprovou uma série de medidas que foram colocadas
em vigor: foi proclamada a República na Capitania de Pernambuco,
decretada a liberdade de imprensa e credo, instituído o princípio dos três
poderes e aumentado o soldo dos soldados. Todas essas mudanças iam
em direção dos ideais liberais, apesar disso, os revolucionários optaram
por manter a instituição da escravidão. Esse fato explicava-se pela
quantidade de grandes fazendeiros que haviam aderido ao movimento. A
abolição do trabalho escravo não era do interesse dessa classe e, além
disso, a defesa dos “direitos iguais” por grande parte dos revolucionários
partia muito de um ponto de vista elitista, que tendia a ignorar os
interesses da massa popular e dos menos favorecidos. Os grandes nomes
da Revolução Pernambucana foram Domingos José Martins, José Barros
Lima, Padre João Ribeiro e Cruz Cabugá, entre outros. Cruz Cabugá,
inclusive, foi enviado em missão diplomática aos Estados Unidos durante a
revolução. Com 800 mil dólares em mãos, Cabugá tinha a tarefa de
comprar armas e contratar mercenários, além de obter o apoio do
governo americano ao movimento pernambucano. À duração da
Revolução Pernambucana foi razoavelmente curta. A reação portuguesa
foi intensa, e uma frota foi enviada do Rio de Janeiro com o objetivo de
bloquear a cidade de Recife. Também foram enviados soldados por terra
da Bahia com a missão de invadir essa cidade. A derrota dos
revolucionários aconteceu oficialmente no dia 20 de maio de 1817.
Características gerais de Pernambuco;
Com 98.311 km², Pernambuco é um dos 27 estados brasileiros. Localizado
no centro leste da Região Nordeste, tem sua costa banhada pelo Oceano
Atlântico. O estado faz limite com a Paraíba, Ceará, Alagoas, Bahia e Piauí.
Também faz parte do território pernambucano, o arquipélago de Fernando
de Noronha, a 545 km da costa. São 185 municípios – com um total de
8.796.032 habitantes – e tem a cidade do Recife como sua capital. Apesar
de ser um dos menores estados da Federação em extensão territorial, o
estado possui paisagens variadas: serras, planaltos, brejos, semiaridez no
interior, e belíssimas praias. O relevo é linear em sua maioria, sendo de
planície litorânea – com alguns pontos, sobretudo no Recife, no nível do
mar – e, à medida que vai se entrando para o interior, tem picos de
montanhas que ultrapassam os 1000 metros de altitude.
A Zona da Mata é marcada por formações onduladas, caracterizadas como
“domínio dos mares-de-morro”. É lá, inclusive, que na transição com o
Agreste é localizada a Serra das Russas que, na verdade, é a borda
ocidental do Planalto da Borborema, que corta alguns estados da Região
Nordeste. O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é
de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A
estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto
com o clima semiárido, por formações abruptas (perdimentos e pedi
planos).No Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao Rio São
Francisco formando, em relação ao Planalto da Borborema, uma área de
depressão relativa. As formações geomorfológicas predominantes são os
inselbergues, serras e chapadas, estas últimas aparecendo em áreas
sedimentares. Na Microrregião do Pajeú, próximo ao Município de Triunfo,
localiza-se o Pico do Papagaio com 1.260 metros, no limite com o sudoeste
da Paraíba. No clima, Pernambuco está inserido na Zona Intertropical
apresentando predominantemente temperaturas altas, podendo variar no
quadro climático devido à interferência do relevo e das massas de ar. No
Recife, por exemplo, a temperatura média é de 25ºc, com máximas de 32º.
Já em cidades do interior, nos meses de inverno – entre maio e julho – as
temperaturas podem baixar consideravelmente, podendo chegar, em
alguns locais, até a 8ºc, a exemplo de Triunfo e Garanhuns, Sertão e
Agreste respectivamente.
Mesorregiões de Pernambuco;

São Mesorregião do São Francisco Pernambucano; É formado por


2 microrregiões e abrange 15 municípios Petrolina é a capital dessa
mesorregião. A vegetação nativa e a caatinga. É circundada pela
margem esquerda do rio São Francisco, Faz divisa com o estado da
Bahia. As microrregiões de Itaparica e Petrolina. Algumas das
cidade que a compõem são: Cabrobó, Floresta, Petrolina, Orocó,
Jatobá, Dormentes, Âfranio, etc. Mesorregião do Sertão
Pernambucano, é formado pela união de 50 municípios e quatro
microrregiões, As 4 microrregiões são; Araripina, Pajeú, Salgueiro,
Sertão do moxotó(Ela é a menos habitada de Pernambuco). Suas
maiores cidades são; Serra talhada, Araripina e Arcoverde. Outros
municípios são: Ouricuri, Salgueiro, Exu, São José do Egito.
Mesorregião do Agreste Pernambucano, é formada pela união de
71 municípios e 6 microrregiões. As microrregiões são; Alto
Capibaribe, Brejo Pernambucano, Garanhuns, Médio Capibaribe,
Vale do Ipanema, Vale do Ipojuca, Está entre a Zona da Mata e o
Sertão, Tem a população de 1,800 milhões de habitantes. Os 3
maiores municípios são; Caruaru, Garanhuns e Santa Cruz do
Capibaribe. Alguns de seus municípios: Buíque, Limoeiro, Bonito,
Camocim de São Felix, Pedra. Mesorregião da Zona da Mata
Pernambucana, é formada pela união de 41 municípios e 3
microrregiões (As microrregiões são; Microrregiões da Vitória de
Santo Antão, Mata Setentrional Pernambucana, Zona da mata
norte, Mata Meridional Pernambucana, Zona da mata sul. As cidade
mais importantes são; Goiana, Vitória de Santo Antão, carpina,
Palmares, Timbaúba, Escada, Sirinhaém. existe 5 mesorregiões;
Mesorregião Metropolitana do Recife é formada por 4 microrregiões
e 18 municípios incluindo; a vila dos remédios e Fernando de
Noronha as microrregiões são; Fernando de Noronha, Itamaracá,
Recife, Suape. Alguns municípios são: Araçoiaba, Camaragibe, e
um Distrito Industrial.
RMR- Região metropolitana do Recife;
A Região Metropolitana do Recife (RMR), também referida por Grande
Recife, é a maior e principal região metropolitana do estado brasileiro de
Pernambuco. Conurbação mais antiga do Brasil, uma vez que Olinda surgiu
em 1535 e Recife em 1537, a metrópole pernambucana foi o principal
centro financeiro do Brasil Colônia até meados do século XVIII, quando do
término do ciclo do açúcar.[5] De acordo com o Censo de 2010 do IBGE
(última contagem oficial da população), é a maior região metropolitana do
Norte-Nordeste, a sexta maior do Brasil e uma das 120 maiores do mundo,
além de ser a terceira área metropolitana mais densamente habitada do
país, superada apenas por São Paulo e Rio de Janeiro; e de acordo com o
Censo 2022 feito pelo mesmo instituto, possui 3 726 442 habitantes.[6][7]
Está atrás somente de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo na hierarquia da
gestão federal.

Localização da Região Metropolitana do Recife


Concentrando aproximadamente dois terços do PIB pernambucano,
desempenha um forte papel centralizador no Nordeste brasileiro,
abrigando grande número de sedes regionais e nacionais de
instituições e empresas públicas e privadas, como o Comando
Militar do Nordeste, a SUDENE, a Eletrobras Chesf, o TRF da 5ª
Região, o Cindacta III, o II COMAR, a SRNE da Infraero, a SRNE do
INSS, a TV Globo Pernambuco, a Votorantim Cimentos N/NE,
a Queiroz Galvão, entre outras, além de possuir o maior número de
consulados estrangeiros fora do eixo Rio-São Paulo, sendo inclusive
a única cidade, com exceção de São Paulo e do Rio de Janeiro, que
tem consulados gerais de países como Estados
Unidos, China, França e Reino Unido.[8] A Região Metropolitana do
Recife é a segunda região metropolitana mais rica do Norte-
Nordeste (em 2016).
Zona da Mata de Pernambuco;
A Zona da Mata é uma região de Mata Atlântica no litoral de Pernambuco.
Abrange uma área de 8.641 km² com uma população em 2013 de
1.318.264 habitantes.

Localização da Zona da Mata no estado do Pernambuco.


Mata norte de Pernambuco;

Zona da Mata Norte Pernambucana


Pernambuco
Estado

Mesorregião Zona da Mata Pernambucana

Microrregiões Região Metropolitana do Recife,


limítrofes Agreste Pernambucano

Características geográficas

Área 3.200 km² km²

População 541.428 habitantes hab. 2000

A Zona da Mata Norte


Pernambucana, também
chamada "Microrregião da
Mata Setentrional
Pernambucana" é formada
por dezessete municípios e
abrange uma área de 3.200
km², o que corresponde a
3,25% do território
pernambucano. Possui
uma população de 541.428 (censo IBGE 2000) - 6,84 da
população de Pernambuco. Sendo os economicamente mais
importantes as cidades de Goiana, Timbaúba e Carpina. Há
presença de indústria canavieira, e também de tecelagem, entre
outras atividades agrícolas e industriais. Há também alguma
presença de cultura de agricultura de subsistência.
Mata sul de Pernambuco;
A microrregião da Mata Sul Pernambucana (Figura 1), também chamada
de Mata Meridional ou Mata Úmida Pernambucana, que compreende 24
municípios (Figura 2), possui uma área de 4.524,1 km² e uma população de
605.448 habitantes. Os municípios abrangidos pela microrregião são: Água
Preta, Amaraji, Barreiros, Belém de Maria, Catende, Chã Grande, Cortês,
Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Pombos,
Primavera, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso, São Benedito do Sul, São José
da Coroa Grande, Sirinhaém, Tamandaré, Vitória de Santo Antão e Xexéu.
A principal atividade agropecuária e agroindustrial é a cana-de-açúcar e
seus derivados, mas outras também merecem destaque, como os cultivos
de banana, mandioca, hortaliças, inhame e coco; a bovinocultura; a pesca
artesanal; o extrativismo de mariscos e crustáceos; e o cultivo de outras
fruteiras tropicais. O turismo é uma atividade bastante significativa, uma
vez que o território é favorecido por recursos naturais que já vêm sendo
explorados (praias, Mata Atlântica, estuários, rios etc.), pela cultura
(gastronomia, artesanato, danças, folguedos etc.) e pela história (usinas,
engenhos, igrejas, batalhas etc.).

Figura 1. Mapa político do Território da Mata Sul Pernambucana.

(Foto: Josué Francisco da Silva


Junior,2010)

Figura 2. Paisagem da Mata Sul Pernambucana: rio Ipojuca no Município


de Primavera.
Agreste de Pernambuco;
O Agreste é uma região de Pernambuco. A região possui uma população
de quase dois milhões de pessoas distribuídas em uma área de mais de 24
mil quilômetros, o que representa quase um quarto do território do
Estado.

Localização do Agreste no estado de Pernambuco.


Agreste setentrional de Pernambuco;
A mesorrorregião “Agreste Setentrional” está
localizada no Semiárido do Estado,
compreendendo uma faixa de terras entre a
Mata Norte e o sul da Paraíba. Tem uma área
de 3.544,5 Km2, sendo constituída por 19
municípios, com uma população de mais de
430 mil habitantes, o que representa 5,8 %
da população do Estado. Sua área é drenada
pela bacia do Rio Capibaribe. Os municípios
de Casinhas, Frei Miguelinho, Santa Cruz do
Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, Surubim, Taquaritinga do Norte,
Toritama, Vertentes, Vertente do Lério formam a microrregião Alto
Capibaribe, enquanto que os municípios de Bom Jardim, Cumaru, Feira
Nova, João Alfredo, Limoeiro, Machados, Orobó, Passira, Salgadinho e São
Vicente Ferrer formam a microrregião Médio Capibaribe. Seus Limites são:
estado da Paraíba (Norte), Agreste Central (Sul), Mata Norte (Leste),
estado da Paraíba (Oeste).Possui um clima semiárido, com temperatura
média em torno de 25º C e solos com textura do tipo argilosa. A vegetação
característica da região é a arbóreo-arbustiva, com algumas formações
xerófitas.
Sertão de Pernambuco;
Sertão e São Francisco Pernambucano são as maiores regiões de
Pernambuco, ocupando 70% do território pernambucano.
O Sertão está dividida em seis microrregiões: Araripina, Salgueiro, Pajeú,
Moxotó, Petrolina e Itaparica . No geral, tem sua economia baseada na
pecuária e plantio de culturas de subsistência.
O Sertão é a região mais castigada pelas secas que atingem o semiárido
nordestino, com precipitação média anual entre 500 e 700 milímetros.
Em Itaparica está localizada uma hidrelétrica do sistema Chesf e em
Petrolina fica o maior polo de produção de frutas do Estado, cultivadas
com água irrigada do Rio são Francisco e destinadas à exportação

Mapa do sertão de Pernambuco.

 Araripina
 Bodocó
 Exu
 Granito
 Ipubi
 Moreilândia
 Ouricuri
 Santa Cruz
 Santa Filomena
 Trindade.
Sertão de moxotó;
O microrregião do Sertão do Moxotó é um dos
quatro microrregiões que subdividem
o Mesorregião do Sertão do Estado de Pernambuco no Brasil .
Possui sete municípios que agruparam 200.217 habitantes após o
censo de 2007 .
Municípios
 Arcoverde
 Betânia
 Custódia
 Ibimirim
 Inajá
 Manari
 Sertânia
Algumas cidades localizadas na região
do Sertão de Moxotó em Pernambuco
são: Arcoverde, Sertânia, Custódia,
Ibimirim, Manari e Tupanatinga.
Sertão do Pajeú;
O Sertão do Pajeú tem uma área de 8.689,7 km² e é formada por 17 municípios onde, de
acordo com o censo demográfico 2010 do IBGE, vive uma população de 314.603 habitantes,
sendo 199.726 habitantes na área urbana e 114.877 habitantes na zona rural.

A economia do Sertão do Pajeú está baseada na avicultura, na agropecuária, na pequena


indústria, no comércio, serviços e no turismo. Na agricultura, além do milho e feijão, a região
cultiva a cana-de-açúcar utilizada por cerca de 100 engenhos que produzem mel, rapadura e
cachaça.
Sertão de Itaparica;

A microrregião de Itaparica faz divisa com os estados de Alagoas e Bahia. Seu território
corresponde a 15,22% do Sertão de Pernambuco. O Produto Interno Bruto (PIB) da
microrregião representa 11,84% do PIB da região Sertão. Os moradores da microrregião
representam 8,52% dos habitantes do sertão pernambucano.

 Belém do São Francisco


 Carnaubeira da Penha
 Floresta
 Itacuruba
 Jatobá
 Petrolândia
 Tacaratu

A Região de Desenvolvimento do Sertão da Itaparica tem uma população de 148,56 mil


habitantes e 14,198 trabalhadores empregados no mercado de trabalho formal. O Produto
Interno Bruto da Região é da ordem de R$ 2,11 Bilhões, cerca de 1% do PIB de Pernambuco,
com uma composição de 6% para a Agropecuária, 33,3% para a Indústria e 60,8% para
Serviços. As principais cadeias produtivas da região são Fruticultura da Manga, Caprinocultura
e Piscicultura, com destaque nacional para o potencial exportador do cultivo de manga, com
exportações da ordem de R$ 84,3 milhões (Fonte: MDIC/2018).As micro e pequenas empresas
são as que mais criam empregos na região, reportando um saldo de +81 vagas em 2019.
Nos últimos dois anos, o ápice de geração de empregos tem ocorrido entre julho e Outubro.
Em 2019, a ocupação que mais empregou foi a de Instalador de linhas de telecomunicações
(+54 vagas) e a atividade econômica que mais empregou foi a de atividades de cobrança e
informações cadastrais (+105 vagas).
Sertão do são Francisco;
Nem Chile, nem Califórnia. No sertão de Pernambuco, onde a caatinga vira
oásis, está a mais nova e celebrada fronteira dos vinhos do Novo Mundo.
Às margens do Rio São Francisco que tantos mitos e lendas deu ao Brasil, a
geografia da bebida milenar se refaz. E o mundo não tarda a perceber.Com
mais de três mil horas de sol por ano, a região vinícola ao redor de
municípios como Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista
produz tintos e espumantes vigorosos e frutados. As parreiras não
hibernam. São mais de duas safras por ano. Mais de 15% dos vinhos finos
do Brasil já têm o Vale do São Francisco como região de procedência. No
sertão pernambucano, Baco estende seus domínios. E o turismo também
não demora a perceber. Entre passeios pelas muitas ilhas e praias fluviais
do São Francisco, cerca de três mil visitantes chegam todos os meses para
conhecer e provar a produção das vinícolas locais. O Vale do São Francisco
inscreve-se no mapa do ecoturismo mundial. Faz agora companhia a
destinos como o Vale do Loire e Bordeaux, na França, ou Mendonza, em
nossa vizinha Argentina. Degustação garantida, esses visitantes logo
estarão deslizando sobre embarcações nas águas do São Francisco. Todas
protegidas pelas tradicionais carrancas de proa. Diz a sabedoria popular
que essas esculturas mitológicas afastam os maus espíritos dos rios. Há
quem creia. Há quem duvide. O certo é que conduzem aos prazeres do
Vale. Aos da mesa, por exemplo. A região construiu uma culinária de muita
personalidade, de deixar marcas profundas na memória do paladar.
Guisados e assados, bodes e carneiros, animais resistentes que ajudaram o
homem a fixar-se nesta parte do Brasil, protagonizam uma rica e suculenta
gastronomia. É também uma terra de oportunidades. Com 120 mil
hectares cultivados e irrigados com as águas do Velho Chico, o Vale do São
Francisco produz e exporta frutas como uva, manga, coco, maracujá e
banana. Das 130 mil toneladas de manga que o Brasil manda para o
exterior por ano, mais de 120 mil saem daqui. Muita gente vem para
passear. Mas é difícil não fazer negócios. O brinde está garantido. Com
vinhos do Vale do São Francisco.
 PETROLINA,SANTAMARIA DA BOA
VISTA,PETROLÂNDIA,CABROBÓ,FLORESTA, TACARATU, LAGOA
GRANDE, BELÉM DO SÃO FRANCISCO, AFRÂNIO, DORMENTES
OROCÓ, JATOBÁ, CARNAUBEIRA DA PENHA,TERRA NOVA E ITACURUBA
Sertão do Araripe;
Localizado no Sertão
Pernambucano, o Sertão do
Araripe tem uma área de
11.969,5 km² e é formado
por 10 municípios onde, de
acordo com o censo
demográfico 2010 do IBGE,
vive uma população de
307.642 habitantes, sendo
165.062 habitantes na área urbana e 142.580 habitantes na zona rural. A
economia do Sertão do Araripe tem como principal atividade a exploração
da gipsita no chamado Polo Gesseiro, responsável por 95% da produção
brasileira de gesso. A região concentra 40% das reservas de gipsita do
mundo. Além disso, destacam-se a Capri ovinocultura, a produção de
mandioca e a apicultura.
Polo gesseiro do Araripe;
Um dos maiores destaques da economia do estado de Pernambuco é o
polo gesseiro da região do Araripe, no sertão. Pernambuco é responsável
pela produção de 95% do gesso fabricado no Brasil. Têm reservas de
gipsita suficientes para o equivalente a 500 anos de exploração.
O Polo gesseiro do Araripe, reúne 312
empresas (21 mineradoras, 61 calcinadoras, e
230 fábricas de pré-moldados) que produzem e
transformam 1,8 milhão de toneladas de gipsita
por ano. Juntas, estas empresas são
responsáveis pela geração de 12 mil empregos
diretos e cerca de 60 mil empregos indiretos, movimentando cerca de 200
milhões de reais por ano.

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