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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO


A.O.S. DIOCESE DE ABAETETUBA
EEEFM SÃO FRANCISCO XAVIER

COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA ANO/SÉRIE: 7º ANO

PROFESSORES RESPONSAVEIS: LUANA, DANIEL e LUZIVAN

ESTUDANTE: _____________________________________________

CRONOGRAMA DE AULA
2º PERÍODO DE 01/03/2021 a 19/03/2021: A LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA BRASILEIRA E AS
PAISAGENS

3º PERÍODO DE 22/03/2021 a 09/04/2021: FORMAÇAO DO TERRITORIO BRASILEIRO

4º PERÍODO DE 12/04/2021 a 30/04/2021: REGIONALIZAÇÃO

A LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA BRASILEIRA E AS PAISAGENS

O Brasil é o quinto maior país do mundo, com uma área de 8 515 767 km2.
Observe o mapa a seguir e note que os únicos países com área superior à do Brasil são Rússia, Canadá,
Estados Unidos e China.

Considerando-se apenas as terras contínuas, o Brasil passa a ser o 4o maior país do mundo, já que a área dos Estados
Unidos conta com o Alasca e o Havaí, territórios não contíguos.

Além de ter uma extensa costa, com 7 367 km, banhada pelo oceano Atlântico, o Brasil tem 15
719 km de fronteira terrestre, limitando-se com quase todos os países da América do Sul.
O Brasil está localizado na América, ocupando grande parte da porção sul do continente, chamada
América do Sul.

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A associação entre a localização geográfica do Brasil e sua extensão territorial é um dos fatores
que contribuem para que exista, no território brasileiro, uma grande diversidade de paisagens, com
relevos, climas e vegetações específicos. As características desses componentes físico-naturais podem
influenciar o modo de vida das populações em cada região do país, como veremos neste volume.

ONDE O BRASIL SE LOCALIZA?

A leitura das imagens permite notar que a maior parte do território brasileiro está no hemisfério
sul ou meridional — isto é, ao sul da linha do Equador — e totalmente localizado no hemisfério oeste ou
ocidental, a oeste do meridiano de Greenwich.
Adiante, neste Capítulo, você compreenderá a influência e a importância dessas características no
dia a dia da população e nas atividades econômicas desenvolvidas no território.

As zonas térmicas

A representação no mapa demonstra que o Brasil tem a maior parte de seu território situada na
Zona Tropical, compreendida entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Essa localização é um dos
motivos do predomínio de climas tropicais (com temperaturas mais elevadas) no Brasil. Uma porção do
território, no entanto, está na Zona Temperada (também chamada de Subtropical), onde encontramos
climas com temperaturas mais baixas que as apresentadas na Zona Tropical.
Essas características impactam diretamente a vida das pessoas. O inverno na Zona Temperada, por
exemplo, costuma ser mais frio que na Zona Tropical. Durante o inverno, na Zona Temperada as pessoas

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devem ficar mais agasalhadas, utilizando roupas apropriadas para baixas temperaturas, como casacos,
toucas, luvas e cachecóis.

Na Região Sul do Brasil, durante o inverno, chega a nevar em algumas cidades. Na fotografia, São Joaquim, SC (2017).

EXTENSÃO LATITUDINAL E LONGITUDINAL

Com sua vasta área, o território brasileiro apresenta grande extensão latitudinal (de norte a sul) e
longitudinal (de leste a oeste). Observe, no mapa e nas fotografias, as extensões e os pontos extremos do
território brasileiro.

Pesquise no aplicativo Google Earth os pontos extremos da imagem.

AS LATITUDES E AS PAISAGENS

A grande extensão do Brasil no sentido norte-sul (latitudinal) influencia significativamente a


diversidade de paisagens no país, com ocorrência de diversos tipos de clima e vegetação.
Assim, enquanto no sul do país (área localizada na Zona Temperada) encontramos paisagens onde
predominam vegetações que se adaptam a temperaturas mais baixas, nas porções norte e nordeste
(localizadas na Zona Tropical) encontramos maior número de formações vegetais adaptadas a climas mais
quentes.
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A influência da latitude ocorre também nas paisagens com predomínio de elementos culturais.

AS LONGITUDES E OS HORÁRIOS

Você viu que, além da grande extensão latitudinal, o Brasil também se apresenta extenso no
sentido leste-oeste (longitudinal). Essa característica faz com que o país seja abrangido por quatro fusos
horários, o que leva a uma diferença que pode chegar a 3 horas — como ocorre entre Fernando de
Noronha e Acre, por exemplo.
Para evitar horários diferentes dentro da maioria dos estados brasileiros, foi estabelecido um
desvio nos limites teóricos dos fusos (pautados nas linhas de longitude) denominado limite prático.

Alguns estados brasileiros adotam, durante parte do ano, o chamado horário de verão. Isso ocorre
geralmente entre outubro e fevereiro, período em que os dias costumam durar mais tempo que as noites.
Com a adoção do horário de verão, os relógios são adiantados em uma hora, de modo que se possa
aproveitar melhor a luz do Sol. Além disso, estudos indicam que, com essa medida, o pico de consumo de
energia elétrica no final dos dias se reduz, evitando sobrecargas nas empresas geradoras.

Atividades
1. Observe novamente as ilustrações e os mapas deste Capítulo para responder às questões a seguir.
a) A maior parte do território brasileiro está localizado em qual hemisfério?
b) Quais são as principais linhas imaginárias que passam pelo Brasil?
c) Identifique as zonas térmicas em que o Brasil possui terras e os paralelos que as delimitam.

2. Explique como a extensão do país no sentido norte-sul (latitudinal) pode resultar em uma grande
diversidade das paisagens naturais.

3. Cite uma característica decorrente da extensão leste-oeste (longitudinal) do território brasileiro.

4. Qual é a posição geográfica do Brasil em relação aos hemisférios da Terra? Justifique sua resposta.

5. Indique:
a) Em qual zona térmica da Terra está localizada a maior parte do território brasileiro.
b) Em qual outra zona térmica se situam alguns trechos do território.

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c) Qual é a principal diferença climática entre essas duas zonas.

FORMAÇAO DO TERRITORIO BRASILEIRO

O território do Brasil ocupa uma área de 8 514 876 km². Em virtude de sua extensão territorial, o
Brasil é considerado um país continental por ocupar grande parte da América do Sul. O país se encontra
em quinto lugar em tamanho de território
A população brasileira está irregularmente distribuída, pois grande parte da população habita na
região litorânea, onde se encontram as maiores cidades do país. Isso nada mais é do que uma herança
histórica, resultado da forma como o Brasil foi povoado, os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral.
A formação do extenso território brasileiro é consequência de um longo processo de expansão,
resultante do contato entre povos locais e colonizadores europeus.
Ao estudar esse processo, devemos lembrar que os colonizadores portugueses foram se
apropriando das terras que hoje constituem o Brasil e conquistando a área onde viviam cerca de 4 milhões
de pessoas distribuídas entre mais de mil povos diferentes: os indígenas. Observe, no mapa a seguir, a
distribuição dos povos indígenas no período de chegada dos europeus.

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Em fins do século XV, portugueses e espanhóis, entre outros povos europeus, lançavam-se em
busca de novas terras para colonização. Chegaram às terras atualmente chamadas de América, onde
estabeleceram tratados para dividir o território. Mais tarde, as terras ocupadas pelos portugueses
formariam o Brasil.
Como os portugueses não conheciam muito bem o território que colonizariam, as fronteiras ainda
não estavam muito bem definidas. Para garantir o poder sobre as terras ocupadas, explorá-las e protegê-
las da invasão de outros povos, como franceses, holandeses e espanhóis, em 1534 a Coroa portuguesa
dividiu o território em capitanias hereditárias, lotes de terras entregues pelo rei de Portugal à
administração de nobres ou funcionários de sua confiança.

No século XVI: a ocupação limitava-se ao litoral, a principal atividade econômica desse período
foi o cultivo de cana para produzir o açúcar, produto muito apreciado na Europa, a produção era destinada
à exportação. As propriedades rurais eram grandes extensões de terra.
Atribuindo a nobres portugueses vastas porções da nova colônia, o rei esperava que pudessem
confirmar até 1559 a sua soberania, cujo alcance era limitado, sobre alguns pontos de povoamento
costeiro, entre Itamaracá (ao norte da atual cidade de Recife) e São Vicente (São Paulo). Essas Capitanias
Hereditárias eram destinadas a donatários portugueses que tinham a posse da terra mas não eram os
proprietários pois as terras pertencia a coroa aos portuguesa. .
A distribuição das terras teve início ainda no período colonial com a criação das capitanias
hereditárias e sesmarias, caracterizada pela entrega da terra pelo dono da capitania a quem fosse de seu
interesse ou vontade, em suma, como no passado a divisão de terras foi desigual os reflexos são
percebidos na atualidade ou seja, distribuição da terra no Brasil é produto histórico, resultado do modo
como no passado ocorreu a posse de terras ou como foram concedidas.
O Tratado de Tordesilhas foi um acordo entre o reino de Portugal e o reino de Castela, celebrado
em 7 de junho de 1494, na cidade de Tordesilhas (Espanha). Por este tratado, castelhanos e portugueses
dividiram o novo mundo, através de um meridiano a 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde,
na África. A parte oriental pertenceria a Portugal, e a ocidental, à Espanha.

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Além de Tordesilhas havia o tratado de Madri

Os espanhóis faziam algumas concessões para ver os portugueses fora da Colônia do Sacramento
(atual Uruguai). Com isso, o Tratado de Madri foi firmado pelo princípio do uti possidetis, uma locução
latina que pode ser lida como ―usa e possui‖ (quem possui de fato possui de direito). Por este princípio, o
que definiria o domínio efetivo de uma Coroa sobre a terra americana era sua ocupação e efetiva
utilização do domínio territorial ocupado.
Dessa forma, um vasto território ocupado pelos colonos portugueses que ia muito além do firmado
entre os dois países pelo Tratado de Tordesilhas, foi reconhecido como domínio português.

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Expansão territorial

O território inicialmente dominado pelos portugueses expandiu-se significativamente,


ultrapassando a linha estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, que tinha delimitado as terras que cabiam
aos espanhóis (a oeste) e aos portugueses (a leste). Muitos fatores contribuíram para a ocupação e a
expansão do território desde então, entre os quais as bandeiras, incursões dos bandeirantes ao interior da
colônia para aprisionar indígenas (que seriam escravizados) e buscar metais preciosos (ouro e prata), nos
séculos XVI e XVII.
Observe, no mapa a seguir, o processo de formação do território brasileiro.

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Rotas dos bandeirantes

A importância das atividades econômicas para a ocupação portuguesa no período colonial.

As atividades econômicas desenvolvidas no Brasil colônia representaram fator essencial para a


expansão territorial brasileira. A economia colonial girava em torno da produção de gêneros primários
voltados, na maior parte, para a exportação e para as necessidades da metrópole portuguesa. Daí o caráter
litorâneo e periférico da ocupação do território brasileiro durante os primeiros séculos.
A primeira riqueza explorada em solo brasileiro foi o pau-brasil, uma das espécies florestais
nativas da mata Atlântica. Foi muito procurado nessa época porque sua madeira era utilizada pelos
europeus na fabricação de um corante.
Depois do pau-brasil, a cana-de-açúcar transformou o litoral do Nordeste na mais importante
região econômica da colônia até o início do século XVIII. A atividade açucareira passou a constituir a
principal atividade econômica, e o Brasil tornou-se colônia do açúcar.

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Paralelamente à economia canavieira, a expansão da pecuária, da mineração, das bandeiras, das
missões jesuíticas e da coleta das drogas do Sertão provocou a interiorização e o alargamento do território
português em áreas que pertenciam à Espanha.

A pecuária foi a responsável pelo povoamento do Sertão nordestino e


complementou a lavoura de cana-de-açúcar, que dominava o litoral, fornecendo carne
para a alimentação e animais de tração para o trabalho nos engenhos. Mais tarde, foi
fundamental para o povoamento do sul das regiões dos atuais estados de São Paulo,
Paraná e Rio Grande do Sul, e, ao mesmo tempo, das áreas de mineração.
Em virtude da atividade mineradora, várias vilas e cidades foram fundadas,
ampliando as posses territoriais da Coroa portuguesa. Tiveram importância fundamental
o bandeirismo apresador (séculos XVI e XVII), que eram as expedições organizadas
com o objetivo de aprisionar indígenas, e o bandeirismo prospector (séculos XVII e XVIII), expedições
que visavam descobrir ouro e pedras preciosas. Muitas vezes, as bandeiras tinham os dois objetivos.
As missões que catequizavam indígenas estiveram presentes no sul e no norte do território.
Juntamente com elas, a exploração e a comercialização das drogas do Sertão foram responsáveis pela
incorporação de grande parte da Amazônia ao domínio português.
Nesse período, as atividades econômicas encontravam- se dispersas pelo território brasileiro, que
funcionava como um ―arquipélago econômico‖. Essa denominação deve-se ao fato de as atividades serem
regionais, isoladas uma das outras, como as plantações de cana-de-açúcar no Nordeste, a mineração no
Sudeste, a extração de borracha no Norte, etc.
Observe no mapa abaixo a localização dos principais núcleos econômicos da época.

Nos séculos XVI e XVII A primeira base econômica séria do País foi a produção de açúcar.

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As primeiras expedições portuguesas a Amazônia ocorrem a partir de 1540, os desbravadores lusitanos chegam à
região para impedir a invasão de ingleses, franceses e holandeses, que cobiçavam a floresta. Nesse período a ocupação
se dá seguindo o caminho dos rios e com participação dos jesuítas.

Atividades
1) Os bandeirantes foram romantizados (…) e postos como símbolo dos paulistas e do progresso,
associação enobrecedora. A simbologia bandeirante servia para construir a imagem da trajetória paulista
como um único e decidido percurso rumo ao progresso, encobrindo conflitos e diferenças.‖
Ainda que essa imagem idealizada do bandeirante tenha sido uma construção ideológica, sua importância,
no período colonial brasileiro, decorre:

a) de sua iniciativa em atender à demanda de mão de obra escrava do Brasil Holandês, durante o governo
de Maurício de Nassau
b) de sua extrema habilidade para lidar com o nativo hostil, garantindo sua colaboração espontânea na
busca pelo ouro
c) de sua colaboração no processo de expansão territorial brasileira, à medida que ultrapassou o Tratado
de Tordesilhas e fundou povoados, garantindo, futuramente, o direito de Portugal sobre essas terras
d) de sua atuação decisiva na Insurreição Pernambucana, que resultou na expulsão dos holandeses do
Nordeste, em 1654, considerada como o primeiro movimento de cunho emancipacionista da colônia.
e) da colaboração dos mesmos na formação das Missões Jesuíticas, cujo objetivo era a proteção e
catequização de índios tupis, obstáculo à ocupação do território colonial

2) Explique o que foi o Tratado de Tordesilhas.

3) Por que se diz que a economia brasileira se estruturou em torno de arquipélagos econômicos?

4) Observe o mapa de século XIX e diga quais as regiões ou ilhas econômicas de exportação daquele
período século.

REGIONALIZAÇÃO
Cada uma das partes de um território tem necessidades distintas quanto a sua gestão, pois as
atividades exercidas em cada uma delas dependem de infraestruturas e investimentos diferentes. O
mesmo ocorre com a população que habita esses lugares – ela também depende de uma atuação atenta dos
gestores para ter suas distintas necessidades atendidas.
Para aperfeiçoar a gestão do território, é possível regionalizá-lo de acordo com determinado(s)
critério(s), isto é, delimitar áreas que reúnem características semelhantes em relação ao critério adotado.
Cada uma dessas áreas é denominada região.
Os critérios que definem a regionalização podem ser escolhidos de acordo com os objetivos ou os
interesses de quem a propõe. Podem ser naturais, históricos, culturais, políticos, sociais, econômicos ou,
ainda, uma composição de vários desses aspectos.

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Regionalização brasileira oficial

A regionalização é usada para descentralizar a administração e, assim, planejar melhor as ações


governamentais, e ainda para coletar dados e realizar estudos sobre determinado território.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já realizou algumas regionalizações do
território brasileiro (a mais recente é de 1990).
A regionalização oficial do Brasil divide o território em cinco grandes regiões, também chamadas
macrorregiões. Observe o mapa desta página.
É importante lembrar que as regiões se relacionam entre si e não devem ser consideradas unidades
isoladas.

Para essa divisão, o IBGE agrupou os estados segundo uma combinação de aspectos naturais,
sociais e econômicos. Note que os limites das regiões coincidem com os limites dos estados. Isso visa
facilitar os estudos estatísticos e a destinação de verbas governamentais para o desenvolvimento de
projetos regionais específicos.

As regionalizações do IBGE
A primeira regionalização oficial do Brasil, elaborada pelo IBGE e estabelecida em 1942,
delimitava as regiões de acordo com suas características naturais. Ela foi modificada em anos posteriores
por causa de alterações na configuração territorial do país, pois foram criados e extintos territórios
federais.
Em 1970, tomando-se como base critérios naturais e econômicos, foi divulgada uma nova divisão
oficial, com regiões que se assemelham às que conhecemos hoje. Depois, algumas regiões sofreram
modificações por causa de alterações na divisão política do país: união dos estados da Guanabara e do Rio
de Janeiro (1974), formando o atual estado do Rio de Janeiro; criação dos estados de Mato Grosso do Sul
(1977) e do Tocantins (1988); elevação dos territórios federais de Rondônia (1981), Amapá e Roraima
(1988) à categoria de estado; anexação do território de Fernando de Noronha ao estado de Pernambuco
(1988).

Os complexos regionais

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Além da regionalização oficial do IBGE, outra bastante conhecida é a que divide o território
brasileiro em complexos regionais ou regiões geoeconômicas: o Nordeste, a Amazônia e o Centro-Sul.
Essa regionalização do Brasil considera as características históricas e econômicas diferenciadas
entre as regiões, sem se ater às delimitações das fronteiras políticas interestaduais. Observe o mapa
abaixo.

Nessa regionalização, o norte de Minas Gerais foi incorporado ao complexo regional do Nordeste
por apresentar mais semelhanças com aquela região do que com o Centro-Sul. Já o norte de Mato Grosso,
do Tocantins e a parte ocidental do Maranhão têm uma economia mais integrada à região da Amazônia.

O Nordeste
Desde o início da colonização do território brasileiro, no século XVI, até meados do século XVIII,
o Nordeste foi a região mais rica do país. A partir desse período, teve sua importância política e
econômica diminuída.
O maior símbolo da perda de importância política do Nordeste foi a transferência da capital da
colônia, em 1763, de Salvador para o Rio de Janeiro. Economicamente, a produção de açúcar entrou em
declínio, o que fez com que o Nordeste perdesse sua principal fonte de produção de riqueza. Como
consequência, muitas pessoas passaram a migrar para outras regiões em busca de melhores condições de
vida. Associado a isso, observamos, ao longo dos séculos, investimentos pouco diversificados e baixa
disponibilidade hídrica, agravando mais esse cenário.
Apesar de ainda apresentar baixos índices sociais, é necessário desmistificar imagens
historicamente construídas, principalmente pela mídia, do Nordeste como um espaço seco, pobre e de
repulsão populacional.
O Nordeste é um complexo regional cujo crescimento se destaca no atual cenário econômico,
especialmente no que se refere ao desenvolvimento industrial e ao setor turístico, impulsionado por
investidores brasileiros e estrangeiros que constroem resorts e redes hoteleiras em áreas litorâneas.

A Amazônia
Considerando o povoamento do território desde a colonização europeia, a Amazônia teve uma
ocupação bastante tardia em comparação às demais regiões.
A partir da década de 1960, os governos implantaram diversos projetos na região – por exemplo, a
instalação de empresas agropecuárias e de mineração, incentivando a ocupação e a integração da
Amazônia à economia nacional. Também foi criada a Zona Franca de Manaus, na capital do estado do
Amazonas, onde se desenvolveu um polo industrial produtor de bens de consumo duráveis,
principalmente eletroeletrônicos.
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Grande parte do aproveitamento econômico da Amazônia e da expansão de sua ocupação
provocou a devastação de grandes extensões de floresta, ignorando ou degradando o modo de vida dos
povos indígenas, ribeirinhos e seringueiros, os chamados povos da floresta.

O Centro-Sul

O Centro-Sul é um complexo regional de grande peso político e econômico no Brasil. Nele estão
situadas a capital federal (Brasília) e as duas maiores metrópoles do país: São Paulo e Rio de Janeiro.
Esse complexo regional também reúne a maior parte da população, da produção industrial e
agropecuária, além dos principais portos e aeroportos, bem como as sedes de importantes empresas e
variado setor de serviços.
Apesar do desenvolvimento, há muitos problemas urbanos, como a violência e condições precárias
de moradia, que atingem parte significativa da população.

Atividades

1 Sobre a formação do território brasileiro, responda:


a) Quais povos já habitavam as terras que hoje são o Brasil antes da chegada dos colonizadores
portugueses?
b) Como o governo português dividiu o território para organizar sua exploração?

2 Com base nos mapas deste Capítulo, identifique as principais atividades econômicas que levaram à
ocupação do território brasileiro e suas respectivas áreas de ocorrência:
a) no século XVI.
b) no século XVII.
c) no século XVIII.
d) no século XIX.

3 Leia o trecho a seguir e, depois, responda à questão proposta.


A história do povoamento indígena no Brasil é, antes de tudo, uma história de despovoamento [...]
despovoamento, eis o primeiro grande traço da história indígena no Brasil, como de resto ocorreu nas
Américas em proporções gigantescas. [...]
VAINFAS, Ronaldo. História indígena: 500 anos de despovoamento. In: IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de
Janeiro, 2007. p. 37.

Por que o trecho afirma que a história do povoamento indígena no Brasil é uma história de
despovoamento? Você concorda com essa afirmação?

4 Responda:
a) O que significa regionalizar?
b) O que é região?
c) Qual é a finalidade de regionalizar o território?

5 Com base na regionalização brasileira proposta por Milton Santos e María Laura Silveira, descubra qual
é a região descrita em cada item a seguir:

a) É caracterizada pela concentração da ciência, da técnica e da informação. Trata-se da área mais


desenvolvida economicamente do território nacional.
b) É uma área de ocupação periférica recente, que se destaca pela agricultura moderna, mecanizada e com
intensa utilização de insumos agrícolas (fertilizantes, adubos químicos, agrotóxicos etc.).
c) É caracterizada pelo povoamento antigo, com precária circulação de pessoas, produtos e informações.
Trata-se da região com mais problemas sociais no Brasil.

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d) O processo de ocupação é recente, e o desmatamento da extensa cobertura vegetal é caracterizado
como um dos principais problemas dessa região.

6 Leia o trecho a seguir e responda à questão proposta.

Povoar ou perder
Franceses e espanhóis enchiam suas embarcações de pau-brasil, jacarandá e outras madeiras de lei, além
de pimentas-de-cheiro, animais de boa pele, papagaios, araras, macacos e, até mesmo, de índios!
Estava na hora de o reino de Portugal tomar uma atitude: povoar ou perder as terras do Brasil.
Só havia uma maneira de garantir a fixação das pessoas à terra: plantar.
RODRIGUES, Rosicler Martins. Cidades brasileiras: o passado e o presente. São Paulo: Moderna, 1992. p. 18.

Quais foram as medidas políticas e econômicas implementadas por Portugal para garantir a posse das
terras ocupadas na América?

7 Você acha que é possível utilizar diversos critérios para elaborar uma regionalização ou há apenas um
critério válido? Justifique sua resposta e dê exemplos.

8 Sobre as macrorregiões brasileiras, responda:


a) Na atualidade, o Brasil está dividido em quantas macrorregiões? Quais são elas?
b) Em qual macrorregião você mora? Que características específicas dessa região estão relacionadas ao
seu modo de vida?

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