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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS
GEOGRÁFICAS
CENTRO DE FIOLOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS –
CFCH
GEOGRAFIA DE PERNAMBUCO

DOCENTES: ALCINDO JOSÉ DE SÁ E DANIEL RODRIGUES DE LIRA


DISCENTE: ELIVELTON BARBOSA DA SILVA
DISCIPLINA: GEOGRAFIA DE PERNAMBUCO
ATRIBUTOS FÍSICOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO

A geografia de Pernambuco é caracterizada pela elevação do litoral ao interior


do estado. Na região de Pernambuco, existem três tipos principais de relevo na
formação geomorfológica do Brasil: planície, planalto e depressão. Assim, o relevo do
estado pode ser classificado em: planície litorânea (Cast), planalto (Zona da Mata e
Agreste Pernambucano) e baixada (Sertão Pernambucano). Praias de areia e poucas
diferenças morfológicas marcam o litoral do estado. O litoral de Pernambuco é
formado por praias e planícies estuarinas onde correm diversos rios, como
Capibaribe, Goiana, Ipojuca, Maracaípe, Sirinhaém, Tatuoca. O estuário contém
materiais argilosos que permitem a reprodução dos mangais. A parte norte da costa
mesozóica tem a mesma composição estrutural até João Pessoa, de onde vem a
bacia Pernambuco-Paraíba. No sul, processos tectônicos criaram a Bacia do Cabo,
uma formação geológica composta por rochas sedimentares e vulcânicas.

A região semiárida do Nordeste é caracterizada por uma distribuição temporal


desigual da precipitação, altas taxas de evaporação, solos rasos e recursos hídricos
escassos; essas características climáticas, pedológicas e hidrológicas limitam o
desenvolvimento da agricultura na região.

Os vales aluviais do semiárido introduzem alto potencial para a agricultura de


pequena escala, mas são vulneráveis a processos de acumulação de sais, que são
influenciados pela distribuição espacial de suas propriedades hidráulicas. A não
consideração da variabilidade espacial das propriedades do solo nessas regiões pode
afetar a eficácia dos planos de manejo agrícola.

Entre o Atlântico tropical (RN e PR) e florestas exuberantes As terras verdes


da Amazônia localiza-se o semi-árido do Brasil. Nestes sertões secos paisagens
austeras são cobertas de vegetação um espinheiro chamado caatinga, bioma esse
que é exclusivamente brasileiro, com biodiversidade adaptada às altas temperaturas
e à falta de água.. Desconhecido para a maioria dos moradores das grandes cidades
cidades costeiras do país, continua sendo um dos conjuntos de paisagens áridas

e semiáridas de baixa latitude menos estudados do mundo.

Localizada na porção nordeste do território brasileiro, a região é conhecida por


seu clima tropical semiárido que se estende aproximadamente entre as latitudes 2°S
e 16°S e as longitudes 35°W e 45°W.
SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO

Para fins oficiais do governo, as terras secas do Brasil cobrem uma área de 974.752
km2 e incluem 1.135 municípios nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais,
Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Um território maior que a
França e a Alemanha juntas. A delimitação oficial do semiárido brasileiro baseou-se em
aspectos climáticos e políticos. Foram incluídos todos os municípios que apresentaram um ou
mais dos seguintes critérios: precipitação anual inferior a 800 mm; índice de aridez de até 0,5
conforme a razão precipitação por evapotranspiração potencial, no período de 1961 a 1990; e
risco de seca superior a 60%, com base nos cálculos do intervalo 1970/1990.

Geomorfologia e Enquadramento Geológico


A maior parte do semiárido brasileiro repousa sobre antigas estruturas
geológicas, compostas por fragmentos de terrenos que em alguns setores podem ser
rastreados até 3 bilhões de anos. Sua principal feição geomórfica são as planícies
niveladas sobre rochas plutônicas e metasedimentárias. Essas extensas depressões
são pontilhadas com formas de relevo residuais estruturadas em bacias sedimentares
elevadas, bandas metamórficas de alto grau ou intrusões plutônicas mais resistentes
As estruturas geológicas mais antigas que compõem o relevo do semiárido brasileiro
estão associadas às rochas que compõem o Cráton do São Francisco. Este setor da
Plataforma Brasileira exibe estruturas associadas a orogenias Paleoproterozóicas,
tendo desde o Ediacarano (1,75 Ga), passado por um regime de transição marcado
por denudação, extrusão e colapso gravitacional, originando melaços e bacias
intermontanas

o arcabouço geológico e a configuração morfoestrutural do relevo do semiárido


brasileiro podem ser explicados segundo quatro grandes fases evolutivas: as
orogenias e rifteamentos associados do Paleoproterozóico, a Orogenia Brasiliana do
Neoproterozóico e seu extenso plutonismo, a estabilização e plataformização pós-
siluriana e, finalmente, a abertura do Oceano Atlântico.

Geomorfologia: Compartimentos da Paisagem


O relevo do semiárido brasileiro reflete em sua morfoestrutura o arcabouço geológico
e tectônico regional, como ocorre geralmente em terras secas e margens continentais
passivas. Na região, os seguintes conjuntos de formas de relevo ocorrem em subordinação
direta ao contexto geotectônico e litoestratigráfico subjacente.

Planalto da Borborema também conhecido como chapada Pernambucana —


devido a estar situada em parte da antiga Capitania de Pernambuco. Corresponde ao
conjunto de relevos elevados que ocorrem ao longo da fachada leste do Nordeste do Brasil.
As terras altas são delimitadas por uma série de pontos topográficos, com declives que
variam de 100 a 200 m de altura, às vezes ultrapassando os 500 m, que os separam das
superfícies baixas circundantes. O controle litológico não parece desempenhar um papel
importante no condicionamento das escarpas externas das terras altas. Devido sua altitude,
essa formação geológica impede que a umidade e as precipitações vindas do oceano
avancem para o interior do Nordeste. Sendo assim, ele colabora com a ocorrência do clima
árido nordestino, interferindo diretamente no clima e no relevo que se forma na região.
A Pedra do Cachorro fica a 1.196 m de altitude, no Planalto da Borborema – PE

A Serra do Sertanejo situa-se imediatamente a oeste da Borborema,


circunscrevendo os limites da Chapada do Araripe e definindo, por uma sequência
alongada de interflúvios, a fronteira oeste do Estado de Pernambuco (Tavares 2015) .
Este compartimento geomórfico apresenta vários graus de dissecação, com algumas
áreas apresentando topografia de cumes e vales, enquanto outras apresentam
aglomerados de colinas convexas elevando-se acima do nível de base regional
dominadas por rampas de pedimento baixas e coalescentes.

O Planalto do São Francisco corresponde às extensas formas tabulares


elevadas, já a bacia Sedimentar do São Francisco é formada principalmente por
arenitos conglomeráticos cretáceos do Grupo Urucuia e apresenta uma geometria N-
S alongada cujos limites são definidos por controles tectônicos e estruturais
associados ao Lineamento Transbrasiliano.

A Chapada do Araripe é um acidente geográfico e sítio


paleontológico localizado na divisa dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí,
no Brasil.[2] A chapada abriga uma floresta nacional (1946), uma área de proteção
ambiental (1997) e um geoparque (2006). feição geomorfológica alongada na direção
Leste-Oeste, de topo plano mergulhante suavemente para oeste e limitada por
escarpas erosivas e íngremes, sendo uma expressão fisiográfica da Bacia do Araripe.
O empilhamento de rochas sedimentares dessa grande estrutura que se destaca no
Nordeste do Brasil.
Chapada do araripe vista do estado de Pernmabuco

A Zona da Mata é caracterizada pelo domínio morfoclimático popularmente


conhecido como Mares de Morros e pelas montanhas que separam o litoral do
Agreste. A área é conhecida como Piemonte Oriental do Borborema porque faz
fronteira com as encostas orientais do planalto da Borborema. Por estarem muito
próximas ao mar, as Colinas da Zona da Mata foram diretamente afetadas pelos
ventos alísios, que contribuem para o processo erosivo da topografia local. No
entanto, sua litologia é a mesma do Planalto da Borborema, composta por rochas
graníticas e gnaisses pré-cambrianos. No alto das montanhas avistam-se as mantas
que compõem a Formação Barreiras.

As Características do Clima Semiárido


Brasileiro
A região semiárida brasileira inclui dois setores climáticos marcadamente
diferentes. A sazonalidade da precipitação e os fatores que a controlam são distintos
entre essas duas áreas, assim como a frequência e duração das secas. Na parte
norte da região, o principal mecanismo de controle da precipitação é a Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT). A precipitação máxima ocorre nos meses de março
e abril, seguidos de inverno e primavera muito secos. Uma característica marcante
desta região é a ocorrência de secas prolongadas e extremas.

O semiárido pernambucano tem temperatura média de 26°C e amplitude de a


temperatura varia de 24 °C a 28 °C, o que faz com que a região tenha baixa umidade
mesmo em uma região semiárida. sofre com longos períodos de estiagem e as
chuvas são escassas e mal distribuídas (NIMER, 1979). A quantidade anual de
precipitação é de até 800 mm, o que aquece o clima e seco como a taxa de
evaporação geralmente excede a quantidade total de precipitação na região, o que
gera percentuais negativos no balanço hídrico anual. em segundo lugar Informações
contidas no Dossiê Nordeste Seco (NORDESTE, 1999). Segundo (MELO, 1998), o
bioma desse clima é a caatinga, onde predomina vegetação xerófila adaptada a
climas secos. A caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro e devido a sua
herança biológica não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta.

Recursos Hídricos de Pernambuco

As grandes bacias hidrográficas de Pernambuco possuem duas vertentes: a


do rio São Francisco e a do oceano Atlântico. As bacias hidrográficas que deságuam
no rio São Francisco formam os chamados rios de interior, dos quais os mais
importantes são: Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxoto, Ipanema, além
de pequenos rios de interior. As bacias que deságuam no Atlântico são formadas
pelos chamados rios costeiros, sendo os mais importantes o Goiana, Capibaribe,
Ipojuca, Sirinhaém, Una e Mundaú e os GLs. O Plano Estadual de Recursos Hídricos
(1998) dividiu o estado em 29 subdivisões de planejamento (UP), caracterizando
assim a divisão hidrográfica do estado composta por 13 bacias hidrográficas, 06
pequenos grupos de bacias costeiras (GL1 - GL6), 09 grupos de bacias hidrográficas.
Pequenos rios interiores (GI1 - GI9) e pequenas bacias hidrográficas que formam a
rede de drenagem do Arquipélago de Fernando de Noronha. É importante observar
que a bacia hidrográfica da GI-1 deságua parcialmente no rio São Francisco (córrego
Traipu) e parcialmente no oceano Atlântico (rio Paraíba).

Unidades de Planejamento Hídrico definidas no PERH/PE - 2022.


Tipos de Solos em Pernambuco
O solo é um dos elementos mais importantes características naturais da
paisagem semi-árida. município Belém de São Francisco, mas também todo o interior
Pernambuco geralmente tem terreno baixo, baixa fertilidade natural, baixo teor de
substâncias orgânico, drenagem limitada, baixa capacidade penetração e retenção de
umidade e disponibilidade alto potencial de erosão hídrica. aula os solos
predominantes no sertão pernambucano são Tipos de Planossolos, Luvissolos e
Neossolos. Os Planossolos são solos com um horizonte baixo arenoso com
profundidade e maior teor de argila, é moderadamente suscetível à erosão condições
climáticas do semiárido nordestino, enquanto do que Luvissolos, geralmente maior
concentração argila, alta sensibilidade e neossolos, são aquelas com maior potencial
de erosão. devido ao alto teor de areia, associados em alguns casos a relevos
dissecados.

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