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Os domínios morfoclimáticos são compartimentos do território nacional que

apresentam características naturais que interagem entre si e resultam em


regiões com características geográficas próprias. No caso, um domínio
morfoclimático diz respeito à determinada região cujas características de clima,
vegetação hidrografia, solo e relevo se relacionam e formam espaços
geográficos naturais com aspectos de geografia física peculiares. A classificação
dos Domínios Morfoclimáticos brasileiros foi feita pelo geógrafo Aziz Ab’Sáber.

São seis os Domínios Morfoclimáticos do Brasil, além das zonas de transição


conforme se pode depreender do mapa abaixo.

Figura 1. Domínios Morfoclimáticos do Brasil. Disponível em:


http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31879 Acesso: 18/03/2021

Os Domínios Morfoclimáticos são:

Amazônico (Terras Baixas e Florestas Equatoriais): Ocupa aproximadamente


40% do território nacional. Apresenta clima equatorial quente e úmido cujo relevo
de terras baixas dispõe de depressões e planícies fluviais. Possui hidrografia
abundante em afluentes e sub-afluentes da bacia hidrográfica Amazônica. A
floresta Amazônica é predominantemente arbórea com elevada biodiversidade
de flora, é latifoliada e heterogênea e fechada. Os solos são profundos, mas
pouco férteis em decorrência de intenso processo de lixiviação. Tais solos, em
sua maior parte, são os argissolos, que dispõem de marcante separação em
camadas com diferentes cores, e latossolos – que são solos profundos e
formados por minerais.

Cerrados (Chapadões Tropicais Interiores com Cerrados e Matas-Galerias):


O Cerrado brasileiro ocupa aproximadamente 25% do território nacional.
Conhecido como Savana do Brasil dispõe de vegetação predominantemente
arbustiva, mas com a presença de árvores em regiões de cerradões e veredas
e de gramíneas em áreas de campo limpo e de campo sujo. As espécies vegetais
de pequeno a médio porte apresentam troncos tortuosos e retorcidos, espécies
caducifólias e raízes profundas em solo que é ácido e pobre em nutrientes. O
clima predominante é o Tropical com duas estações bem-definidas: uma
chuvosa e outra de estiagem. As matas ciliares e galerias aparecem nas
margens dos corpos hídricos. A região Centro-Oeste do Brasil, notadamente de
Cerrado, é conhecida como ‘’caixa d’água do Brasil’’ em virtude das condições
hidrológicas e disposição topográfica locais. Em outras palavras, os planaltos e
chapadões do Centro-Oeste determinam a drenagem de importantes rios do
Brasil e afluentes das principais bacias hidrográficas nacionais.

Mares de Morros (Áreas Mamelonares Tropical-Atlânticas Florestadas): O


domínio dos Mares de Morros se estende desde o Rio Grande do Sul até o Rio
Grande do Norte e perpassa por todo litoral das regiões Sul e Sudeste, bem
como em parte considerável dos litorais nordestinos. O nome desse domínio é
justamente em referência ao relevo que ocorre na região Sudeste do Brasil, os
Mares de Morros. Os morros arredondados, por vezes chamados de pães de
açúcar ou de relevo em meia laranja, são característicos da região. Dispõe de
planaltos e serras ainda o relevo dessa região do País. Os climas variam
conforme a altitude e a latitude, porém predomina o Tropical Litorâneo. Estende-
se sobre os Mares de Morros a vegetação de Mata Atlântica. Os tipos de solos
variam conforme a região. Nas zonas costeiras do Nordeste há o solo de
Massapê. As rochas de granito e gnaisse da região nordestina que originaram
os solos de massapê, que são férteis e muito conhecidos desde o Brasil colonial
e nossa produção canavieira. Ademais, o solo salmourão ocorre na região
Sudeste e se origina de rocha granítica. A agricultura de irrigação encontra solos
férteis na região, embora haja intenso volume de chuvas que tendem a diminuir
os nutrientes dos solos por causa da lixiviação. Duas importantes bacias
hidrográficas têm seus rios principais com nascentes nos Mares de Morro, o rio
Tietê que nasce em Salesópolis (SP) e o rio São Francisco que nasce na Serra
da Canastra (MG).

Caatingas (Depressões Intermontanas e Interplanálticas Semi-Áridas):


Formação vegetal típica de clima Semi-Árido que dispõe de baixo índice
pluviométrico com chuvas escassas e irregulares. Há, no estrato da vegetação,
arbustos e plantas xerófitas. Os solos da Caatinga tendem a ser rasos e
pedregosos, em algumas regiões, por influência do clima. Apesar disso, porém,
projetos de irrigação têm possibilitado a produção agrícola nos vales de rios
locais, notadamente do São Francisco. Na região há solos argilosos, cuja
predominância de argila faz de tais solos mais úmidos e férteis que os solos
arenosos que também estão presentes na região. A hidrografia da Caatinga mais
marcante é a do rio São Francisco, pois a regiões dispõe de muitos rios
intermitentes.

Araucárias (Planaltos Subtropicais com Araucárias): Restrito sobretudo ao


Brasil meridional. O clima predominante é o Subtropical com sua elevada
amplitude térmica, estações do ano bem-definidas e altos volumes de chuvas. O
relevo é planáltico, mas marcado por significativos desníveis topográficos em
rochas de diferentes graus de resistência aos processos intempéricos. A
topografia ondulada e a presença de rios caudalosos permitem a construção de
importantes usinas hidroelétricas, a exemplo de Itaipu e de Furnas. O solo local
e bastante conhecido, desde a época do Brasil cafeicultor. Trata-se do solo de
terra rocha. No caso, este solo é chamado de nitossolo e se formou a partir da
decomposição de rochas vulcânicas (basalto) da região. A vegetação é a do
pinheiro do Paraná, árvores de grande porte com troncos retilíneos de paisagem
homogênea, sua folhagem é em formas de agulhas (aciculifoliada).

Pradarias (Coxilhas Subtropicais com Pradarias Mistas): Região de


topografia ligeiramente ondulada, mas sobretudo plana e propícia a criadagem
de gado e à pastagem. São essas pequenas ondulações no terreno que
chamamos de coxilhas. A região também é chamada de Pampas ou de
Campanha Gaúcha. A vegetação local é predominantemente herbácea, são as
gramíneas. O clima é o Subtropical. Os solos locais são diversificados. Há tanto
o solo arenoso que se forma a partir da rocha de arenito. A intensa atividade
agrícola nesse tipo de solo tem gerado significativo processo de arenização.

A Pedologia estuda os solos. O termo pedologia tem origem no grego pedon e


se trata do estudo dos solos e sua relação com o ambiente natural.

Os solos são rochas que sofreram intensos processos de desgastes


intempéricos, de tal modo podemos dizer que os solos são rochas
intemperizadas. O solo é a parte superficial da litosfera e tem enorme
importância para as atividades econômicas de agricultura e de construção civil.

O intemperismo diz respeito ao desgaste e decomposição da rocha através de


fatores físicos, químicos e biológico.

O intemperismo físico também é conhecido como mecânico e resulta da ação


eólica (dos ventos) e da variação de temperatura (amplitude térmica) sobre as
rochas. É predominante em regiões de climas áridos e semi-áridos, embora
ocorra em todos os demais tipos climáticos. O intemperismo químico é
resultado do desgaste da superfície rochosa pela ação dissolvente da água
sobre os minerais rochosos. O intemperismo biológico também é conhecido
como orgânico e resulta da ação de seres vivos e de matéria orgânica sobre as
rochas.

A formação dos solos – pedogênese – se dá através da ação intempérica sobre


a rocha que a altera no longo do tempo.

Fatores de formação dos solos: são cinco os fatores que agem sobre a
superfície rochosa e formam os solos. Tais fatores não agem isoladamente e
quando os consideramos temos que ter em mente as condições de tendência,
pois a declividade de determinado terreno ou a resistência de algum tipo de
rocha podem minimizar a capacidade da água em seu processo de
intemperismo. Os fatores são o relevo, o tempo, o clima, os organismos vivos
e o material de origem.
O relevo e sua disposição topográfica influenciam sobremaneira na formação
dos solos. Pois a disposição topográfica e sua eventual declividade interferem
no modo como a superfície sofrerá as ações atmosféricas de água e dos ventos.
Em relevos muito íngremes, por exemplo, a ação da água será menor se
comparada a regiões mais planas que absorverão maior volume hídrico e
consequentemente serão mais impactados pela ação química da água. Nas
regiões mais íngremes os solos tendem a ser mais rasos e apresentam maior
concentração de ferro, já em regiões mais planas os solos tendem a ter maior
presença de matéria orgânica que se deposita na superfície.

O tempo é fundamental para formação pedológica, mesmo porque a rocha


exposta há mais tempo sofrerá mais as ações atmosféricas. Os solos que se
desenvolvem em estruturas rochosas mais antigas na superfície terrestre
tendem a ser mais profundos quando comparados aos solos formados em
rochas mais recentes. Por exemplo: se hoje houver uma erupção vulcânica
efusiva e a deposição de lava sobre determinada superfície, tal lava se consolida
e origina rochas extrusivas. Certamente que tais rochas demorarão à responder
as ações pedológicas ao longo do tempo.

O clima é o resultado da ação atmosférica (vento, temperatura, água etc.) sobre


a superfície terrestre. Conforme as condições climáticas forem mais úmidas,
mais secas, mais frias etc. certamente que os solos que se originarem serão
diferentes a depender das condições meteorológicas a que as rochas originárias
estiveram sujeitas. As regiões de climas úmidos e quentes tenderão a apresentar
solos mais profundos.

Os organismos vivos atuam de maneira constante sobre a superfície terrestre.


Os seres-vivos agem tanto na formação dos solos, quanto em sua manutenção,
bem como em sua degradação. Os micro-organismos, a exemplo de bactérias,
fungos e algas, agem sobre a rocha e compõe o intemperismo biológico. As
plantas agem na contenção de processos erosivos e, muitas vezes, os seres
humanos atuam sobre os solos e os degradam.

O material de origem diz respeito ao tipo de rocha que dará origem aos solos.
É a rocha mão – ou rocha matriz – que determina as principais características
dos solos.

A formação dos solos é um processo longo e complexo que possui algumas


fases.

Na primeira fase temos o surgimento de organismos simples sobre a superfície


rochosa, a exemplo de líquens e musgos. Na fase seguinte teremos o início da
formação dos horizontes dos solos e, na última fase, temos os solos formados
com seus diferentes horizontes. Neste momento o solo está maduro.

Observe abaixo um perfil esquemático com os horizontes dos solos:


Figura 2. Horizontes dos Solos. Fonte: EMBRAPA.

Os horizontes dos solos indicam os diferentes estágios de formação e evolução


que cada solo apresenta. No perfil acima temos um solo maduro que apresenta
todos os horizontes formados. Os horizontes dos solos são, desde a superfície,
até a rocha matriz os seguintes:

- Horizonte O: trata-se do horizonte orgânico. Nesse horizonte há maior


presença de matéria orgânica (húmus) que nos demais horizontes. É o horizonte
superficial.
- Horizonte A: há grande presença de matéria orgânica, mas nesse horizonte já
há a presença de solos. É escurecido pela acumulação de matéria orgânica.
- Horizonte E: há menor presença de matéria orgânica e maior presença de
minerais de cores mais claras. É nesse horizonte que ocorre o processo de
lixiviação e eluviação.
- Horizonte B: é o horizonte característico do solo. Nesse horizonte temos a
presença de argila que se acumula dos horizontes superiores, há mais solos e
menos matéria orgânica e quase inexiste a presença de fragmentos de rocha.
- Horizonte C: material desagregado da rocha matriz. Este é o primeiro horizonte
pedológico que se forma. Apesar de termos características de solo, este
horizonte possui maior quantidade da rocha matriz.
- Horizonte R: rocha mãe ou rocha matriz.

Os solos são compostos por ar, areia, água, minerais e matéria orgânica. Os
elementos de ar e água são as partes porosas dos solos, já os elementos de
matéria orgânica e minerais são as partes sólidas dos solos. Observe a figura
abaixo:
Figura 3. Composição dos Solos. Fonte: Embrapa.

Classificação dos Solos quanto à origem:

- Eluviais: são solos que se formam no local de decomposição rochosa. No


Brasil há os exemplos dos solos férteis de Massapê e de Terra Rocha.
- Aluviais: são solos que se formam distantes de sua rocha originária. No caso,
a os materiais da composição rochosa são transportados para regiões distantes
onde se formam os solos aluviais. Os rios são importantes agentes de formação
de solos aluviais em suas várzeas e em regiões deltaicas, são formados por
erosão fluvial. Os ventos são importantes agentes de formação de solos aluviais,
pois o vento carrega consigo as partículas rochosas decompostas que darão
origem aos solos. Os solos mais conhecidos formados pelo intemperismo eólico
é o solo de Loess. Na China e em países europeus, como os Países Baixos e a
França, se formam os solos de Loess.
- Coluviais: são solos que se formam nos sopés de encostas. Formam-se pelo
escorregamento – processo erosivo de encostas – e pela consequente
deposição de sedimentos na base das encostas.

Classificação dos Solos quanto à formação:

- Zonais: solos que se formam conforme algum tipo climático específico e, cujos
climas, são seus principais fatores de formação. São solos que tendem a
apresentam os horizontes bem definidos e caracterizados. Exemplos:

a. Latossolo: são solos comum em regiões de climas quentes e úmidos,


são solos profundos, mas pobres em nutrientes por causa de intenso
processo de lixiviação.
b. Podzol: são solos de regiões temperadas e de climas frios, são pouco
profundos, mas muito férteis. São ácidos.
c. Desértico: são solos de regiões áridas e desérticas, são arenosos e
pouco férteis.
d. Tundra: solos de regiões polares e que ficam permanentemente
congelados, trata-se do permafrost.
e. Brunizen: são solos que ocorrem em regiões de gramíneas, nas
Pradarias. Clima temperado e sub-úmido, são rasos, mas férteis.

- Interzonais: solos que se formam conforme o tipo de relevo e rocha matriz.

a. Hidromórfico: solos de regiões alagadiças, são férteis quando drenados.


b. Salino: ocorre em regiões de climas áridos e semi-áridos. Baixa
fertilidade.
c. Grumossolo: ocorre em regiões de topografia plana, são argissolos e
férteis.

- Azonais: são solos cujas características não são muito bem desenvolvidas.
Geralmente são desprovidos de horizonte B.

a. Litossolo: solo de regiões cuja topografia é íngreme, são solos rasos.


Este tipo de solo não dispõe de horizonte B, nem horizonte C.
b. Regossolo: solo de regiões de colinas e de regiões com declividade
suave, solos pouco profundos.
c. Aluvial: são solos rasos, mas férteis. Formam-se, sobretudo, por erosão
fluvial.

Classificação dos Solos quanto à cor:

- Avermelhados ou amarelados: essa coloração indica forte presença de óxido


de ferro.
- Solos Escuros: a tonalidade escura indica presença de muita matéria-
orgânica.
- Solos Claros: os solos claros evidenciam a ausência ou pouca presença de
matéria-orgânica.

Problemas dos Solos

Os solos sofrem degradações de diversas naturezas, a depender do modo que


se utiliza tal recurso. A degradação pedológica tem origem urbana e/ou agrícola.

A degradação dos solos que se originam nas cidades são os resíduos urbanos
e os esgotos industriais, sobretudo. A má gestão do lixo é um dos grandes
problemas de contaminação pedológica.

Já em ambientes rurais, os problemas dos solos estão associados ao mau


manejo pedológico e às práticas agrícolas ruins.

Os processos de erosão no solo são dos principais problemas que afetam a


superfície dos solos. A erosão é um fenômeno natural, mas pode ser
intensificada pelo homem. O desmatamento da cobertura vegetal torna o solo
mais suscetível aos processos erosivos. Em regiões de encostas, desde os
interflúvios até o talvegue, há diferentes tipos de desgastes dos solos que são
intensificados por práticas e usos do solo equivocados.
É natural que em regiões chuvosas ocorra o fenômeno de erosão laminar. Ou
seja, a água infiltra nos solos e carrega seus nutrientes e tornam os solos mais
ácidos. Tal fenômeno também é conhecido como lixiviação. No caso, a
lixiviação ou erosão laminar resulta na perda de nutrientes dos solos que são
‘’lavados’’ pela infiltração d’água das chuvas. Naqueles ambientes onde houve
desmatamentos, os solos sofrem mais esse fenômeno, além de estarem sujeitos
à maior intensidade do efeito splash, que é o impacto da chuva na superfície
pedológica que gera um efeito desagregador dos solos e propicia o desgaste
pedológico.

Ademais, a erosão está associada ao movimento de massas em regiões de


encostas, deslizamentos, desabamentos e desmoronamentos. Em ambientes
urbanos é comum que tais movimentos de massas leve à morte pessoas, além
das perdas econômicas.

Em última instância os processos erosivos carregam grandes quantidades de


areias para dentro dos corpos hídricos. Esse fenômeno é conhecido como
assoreamento, que é a deposição de bancos de areia no leito dos rios que altera
sua vazão e podem desencadear enchentes e inundações.

Os solos amazônicos são pobres em nutrientes porque sofrem intenso processo


de lixiviação. Já os solos do Cerrado tendem a ser ácidos em decorrência da
lixiviação. Na região Sudeste e litorânea do Brasil é comum, infelizmente, os
deslizamentos de terras que levam à óbito e trazem enormes prejuízos.

Observe a foto de solo que sofreu intenso processo de erosão:

Figura 4. Voçoroca em região agrícola. Fonte: Google Imagens.


É comum, em ambientes de climas úmidos e quentes, intensos processos
erosivos que ocasionam aberturas nos solos e consequente perdas pedológicas
através da erosão pluvial. A erosão pluvial quando intensificada abre sulcos nos
solos, que podem se transformar em ravinas e por fim em voçorocas. A água
das chuvas infiltra nos solos e os ‘’desmancham’’.
Os problemas de arenização e de desertificação são diferentes, embora seja
comum confundirem ambos ou tratá-los como se fossem a mesma coisa. A
arenização consiste na formação de bancos arenosos em regiões de solos que
já possuem grande concentração de areia. Os solos que se originam a partir da
rocha de arenito são mais propícios à arenização. A retirada da cobertura vegetal
intensifica tal processo. Ocorre, especialmente, em ambientes de climas úmidos
onde a infiltração d’água nos solos e o escoamento hídrico são maiores que a
evaporação.

No Brasil, a arenização tem se intensificado muito na porção sudoeste do Rio


Grande do Sul. Os solos de origem rochosa sedimentar do arenito, o clima
Subtropical muito chuvoso e as atividades antrópicas de desmatamento e
agricultura intensiva, têm aumentado a lixiviação e levado à formação da
arenização na região.

A desertificação é comum em regiões de clima árido, semi-árido e sub-úmido,


cujos índices de chuva não excedem os 1400mm anuais. Em ambientes assim
a evaporação é superior a infiltração d’água nos solos. O que ocorre em
ambientes com essas características é a mudança considerável na paisagem em
virtude da diminuição da massa de vegetação. O fenômeno da desertificação
pode ter origem natural, mas é acelerado pelo homem à medida que há
desmatamentos, queimadas, agricultura intensiva e irrigação feita de maneira
incorreta e, a partir daí, teremos rarefação da vegetação que não consegue se
recompor.

O fenômeno da salinização pedológica ocorre em regiões de agricultura


irrigada, sobretudo. Em ambientes áridos e semi-áridos as taxas de evaporação
são muito altas e isso pode levar à salinização dos solos quando há atividade
agrícola irrigada. O uso d’água para agricultura altera a concentração de sais
nos solos, pois a água é absorvida pelos produtos cultivados e evaporada, os
sais presentes na água não, pois ficam concentrados nos solos modificando seu
teor salino.

A laterização ocorre em ambientes de produção mineral e pela intensidade do


processo de lixiviação, sobretudo. A superfície pedológica fica avermelhada em
decorrência do aumento de hidróxidos de ferro e de alumínio nos solos.

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