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A ciencia que se dedica ao estudo dos solos , nomeadamente no que diz respeito á sua estrutura,
composição, distribuição geográfica, propriedades e métodos da sua exploração sustentável
designa - se Podologia.
Sob a acção dos agentes externos (clima e seres vivos), as rochas alteram - se dando origem ao
solo, que constitui um complexo natural, mineral e orgânica resultante da desagregação e da
decomposição química das rochas expostas à meteorizarão e de restos de matéria orgânica.
Embora apresentem uma composição variável , os solos são constituídos por uma parte solida
formada por elementos minerais de diversos tamanhos e por elementos orgânicos , como
bactérias fungos , vermes , insectos e matéria orgânica em decomposição , e por uma parte
liquida e outra gasosa que preenche os interstícios existentes entre as partículas rochosas . Na
formação de um solo a partir da rocha-mãe, de origem magmática (basalto, granito) ou de origem
metamórfica (gneiss, xisto) ou sedimentar (calcário, arenito, areia), intervêm dois processos a
alteração da rocha-mãe e o fornecimento de matéria orgânica pelos seres vivos.
A rocha-mãe sofre uma alteração segundo a sua natureza (composição quimisa, estrutura), na
qual a água, a temperatura e os seres vivos constituem os principais agentes desta alteração. A
actuação conjunta destes agentes conduz a um fragmentação da rocha-mãe e à transformação dos
componentes iniciais em minerais simples. Por exemplo a alteração da rocha-mãe granítica dá
origem a areia e a formações de textura arenosa compostas por uma mistura de grãos de quartzo
e de argilas , provenientes da hidrólise das micas e dos feldspato. constituintes iniciais do
granito.
A vegetação coloniza a rocha mãe produzindo matéria orgânica através dos seus detritos, quer
aéreos (folhas, ramos, canales, frutos), quer subterrâneos (raízes) Por exemplo, nas florestas
equatoriais e temperadas, o fornecimento da matéria orgânica é abundante, pois a flora e a fauna
destas regiões é muito desenvolvida .
Segundo Nanjolo e Abdul ( 2002 ) , foi Dokuchaev, pedólogo russo e pai da Pedologia , quem
determinou os solos como sendo um corpo natural e histórico resultante da interacção complexa
de diferentes factores , como :
Idade do lugar - tempo que decorreu desde que o solo se começou a formar,
Topografia do terreno - factor que actua, essencialmente, sobre drenagem, acção
antropogénica influencia também a formação dos solos. Por um lado , facilita o
desenvolvimento do solo ao revolver a terra o que faz aumentar a proporção de ar no solo
permitindo que os diversos factores de formação do solo actuem nas camadas mais
profundas. Por outro lado, estas actividades podem contribuir para retardar ou até mesmo
impedir desenvolvimento do solo . A crescente utilização de fertilizantes outros adubos
químicos concorre sistematicamente para a poluição e para o desequilibrio ecológico .
Através da irrigação, eleva-se salinidade dos solos, uma vez que os adubos sintetizam os
sais, que são levados para os canais e, por fim, para as represas. Posteriormente, ao usar -
se essa agua nas regasi os adubos serio transferidos para os solos (Nanjolo e Abdul, op.
cit., 2005). Um vez destruido o manto vegetal natural , os solos ficam expostos à acção
dos diversos agentes externos, como a água e o vento, que provocam e aceleram a erosão
dos solos, que é actualmente, um dos principals problemas ambientais com que se depara
a nossa sociedade moderna.
3. Evolução de um solo
Assim, num solo bem evoluido resultado da interacção dos cinco factores ja mencionados,
podem distinguir-se quatro horizontes (camadas homogeneas com as menas características desde
a superficie até à rocha subjacente).
A questão da classificação dos solos é complexa, pois pressupõe que se agrupem os solos
segundo as suas semelhanças e diferenças. Não obstante, tem sido conjugados esforços no
sentido de ultrapassar este problema. Tomando em consideração que o clima é um factor de
formação e evolução dos solos, Dokuchaev e Glink, pedólogos russos, classificou os solos
reunindo-os em três grandes grupos: solos zonais, solos intrazonais e solos azonais.
Solos zonais São solos bem desenvolvidos, maduros, profundos, de horizontes claramente
diferenciados e com boas condições de drenagem, sendo indicados para a pratica da agricultura
Nas regiões de climas frios temperados e húmidos encontram-se os solos de tundra e os solos
podzólicos, nas regiões desérticas com precipitação sazonal abundam os solos chernozem, solos
dos desertos continentais e os solos vermelhos dos desertos, em clima quente (tropical húmido e
equatorial) observam-se os solos ferralíticos e latossolos.
Solos intrazonais - Estes solos formam-se em áreas onde a drenagem é deficiente, ou seja, em
regiões áridas ou próximas do mar, onde se regista a presença de enormes quantidades de sais.
Neste grupo encontramos os solos salinos ou halomórticos, os solos hidromórficos e os
grumessolos.
Solos azonais Constituem solos que não apresentam um perfil típico, não apresentando todos as
horizontes, e que são pouco desenvolvidos ou imaturos, devido à sua formação recente . Entre os
solos azonais destacam-se os litossolos e os regossolos. Os aluviais e os cambissolos podem ser
incorporados nesta lista.
A distribuição geográfica dos solos é irregular. Os solos não se distribuem da mesma forma na
superfície terrestre, sendo o clima um factor determinante desta distribuição.
Solos ferralíticos - predominam nas regiões onde o clima é quente (tropical húmido e
equatorial), sobretudo na África Oriental e Ocidental, no Brasil e no Sul da Índia;
Solos castanho-avermelhados florestais são mais abundantes nas regiões de clima subtropical
seco ou mediterrânico. Abrangem a bacia do Mediterrâneo, Inglaterra, França, Austrália, Nova
Zelândia, Califórnia, Chile e o extremo sul da África Austral;
Solos castanhos-pardos florestais são solos típicos das regiões onde predomina o clima
temperado húmido e a floresta caducifólia. Estão bem representados no Sul dos Estados Unidos
da América, China, Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil, costa oriental da África do Sul e da
Austrália, entre outras regiões;
A obtenção de informação necessária, no que diz respeito ao tipo de solo, a sua fertilidade a
relação entre o solo e as culturas a praticar, é de capital importância para o desenvolvimento
adequado e sustentável de qualquer actividade realizada sobre o solo. Todavia, a tarefa mais
importante não se restringe apenas ao uso e aproveitamento quantitativa dos solos em diferentes
condições e situações, mas refere-se igualmente a defesa e conservação dos solos, de modo a não
os poluir e destruir. O combate à erosão, o uso de queimadas controlada a aplicação regrada de
fertilizantes, a rotação de cultura, a prática de pousios, entre outros aspectos podem constituir
algumas das medidas a adoptar em matéria da defesa e conservação dos solos.
Assim, na exploração dos solos deve ter-se em conta o seu uso racional, por forma a preservá-los
e a garantir a sua utilização por parte das gerações vindouras
ESCOLA COMUNITÁRIA COMUNHĀO NA COLHEITA
NOME DO ALUNO.............................................................................................N......T.......
5. Esplica como os organismos vivos, entre os quais o Homem, influenciam a formação do solo
6. A distribuição geográfica dos solos é bastante irregular. Explica o sentido da frase atraves dos
exemplos concretos.
10. Comenta a seguinte afirmação “O solo é um dos bens mais preciosos da Humanidade.
Perminte a vida dos vegetais, dos animais e do Homem á superfície da Terra.