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Felicidade da C.J.

Batista

ESTRUTURA DO SOLO

Escola Secundaria de Napipine


Agosto, 2022
Nampula
Felicidade da C.J. Batista

ESTRUTURA DO SOLO

Trabalho de carácter avaliativo da


disciplina de Geografia, da 11° classe,
turma B6, curso diurno leccionada pelo
docente:

Escola Secundaria de Napipine

Agosto, 2022

Nampula

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Índice
Introdução....................................................................................................................................4
1. Solo.......................................................................................................................................5
1.1. Formação do solo..............................................................................................................5
1.1.1. Composição do solo......................................................................................................5
1.1.2. Perfil do solo.................................................................................................................5
1.1.3. Formação e estrutura do solo.........................................................................................6
1.1.4. Classificação dos solos..................................................................................................6
1.1.5. Distribuição geográfica dos solos..................................................................................7
1.1.6. Importância, defesa e conservação dos solos................................................................7
2. Hidrogeografia......................................................................................................................8
2.1. Ramos da Hidrogeografia.................................................................................................8
2.2. As principais bacias hidrográficas de Moçambique.........................................................8
3. Importância da água............................................................................................................10
Conclusão...................................................................................................................................11
Bibliografia................................................................................................................................12

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Introdução

Já falamos dos tipos de rochas, no entanto alguns tipos de solo resultam da destruição de uma
rocha-mãe.

Há exemplos concretos de solos resultantes da erosão de rochas antigas. Por exemplo os solos
costeiros do nosso país. Em Moçambique, as rochas sedimentares localizam-se no Sul e ao longo
do litoral, pois são solos recentes, resultantes da erosão das rochas da Era terciária.

O presente trabalho encontra-se organizado da seguinte forma:

 Índice;
 Introdução;
 Desenvolvimento;
 Conclusão;
 Bibliografia.

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1. Solo
Conceito

Solo é a camada superficial da crusta terrestre, constituindo uma das riquezas que o Homem
precisa para a sua sobrevivência.

Os solos são resultantes do processo da erosão e do intemperismo (meteorização) este último que
consiste na acção dos processos físicos, químicos e biológicos sobre as rochas da superfície
terrestre, ocasionando a desintegração e decomposição das rochas ou seja sem o transporte do
material erosivo

1.1. Formação do solo

O solo resultado contacto entre a atmosfera, litosfera, biosfera e hidrosfera. Realmente as rochas
vão sendo aos poucos fragmentadas pela acção dos agentes atmosféricos ou erosivos (chuvas,
ventos, rios, animais, plantas, marés, glaciares, etc.). As plantas actuam através de raízes ao
penetrar numa rocha.

1.1.1. Composição do solo

O solo é constituído por uma parte mineral, isto é, por pequenos fragmentos que provém da
desagregação das rochas e por sais minerais, e por uma parte inorgânica, formada por restos
vegetais e animais em decomposição devido à acção de bactérias e de fungos. O conjunto destes
materiais orgânicos constitui o húmus, do qual depende a fertilidade do solo. O solo também é
constituído por água e por ar, que ocupam os espaços entre as partículas de solos.
A medida que a camada superficial da litosfera vai-se desagregando a alteração resulta a parte
mineral do solo. Pouco a pouco, esta camada mineral será invadida pela fauna e flora que, por
sua vez, aceleram a desagregação mecânica e decomposição química e provocam a acumulação
da matéria orgânica na parte superficial.

1.1.2. Perfil do solo

O solo é constituído por uma série de camadas cuja sequência é chamada perfil de solo.

A acção dos microrganismos intensifica-se decompondo esta matéria orgânica acumulada e


transformando-a em húmus.

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E vai evoluindo, numa fase de maturidade apresentando três camadas distintas, uns com mais ou
menos rico em matéria orgânica, outros sendo constituído por matéria orgânica causados pela
acção da água de infiltração e por matéria mineral e outros estabelecem a transição para a rocha-
mãe, sendo constituído por blocos de rochas, mais ou menos fragmentados e alterados.

1.1.3. Formação e estrutura do solo

Sob a acção de agentes externos, as rochas alteram-se, dando origem ao solo, que constitui um
complexo natural, mineral e orgânico resultante da desagregação e da decomposição química das
rochas expostas a meteorização e de restos de matéria orgânica.

Embora apresentem uma composição variável, os solos são constituídos de diversos tamanhos e
por e elementos orgânicos em decomposição, e por parte liquida e outra e outra gasosa que
preenche, os solos são constituídos por uma parte sólida, fungos, vermes, insectos e matéria
orgânica em decomposição, e por uma parte liquida e outra gasosa que preenche o interstícios
existentes entre partículas rochosas.

Na formação do solo a partir de uma rocha-mãe, de origem magmática como basalto e granito ou
de origem metamórfica como gneiss, xisto ou sedimentar como calcário, arenito e areia, intervêm
dois processos: a alteração da rocha-mãe e o fornecimento de matéria orgânica pelos seres vivos.

1.1.4. Classificação dos solos

A questão da classificação dos solos é complexa, pois pressupõe que agrupem os solos segundo
as suas semelhanças e diferenças. Não o bastante, tem sido conjugados esforços no sentido de
ultrapassar este problema.

Toma em consideração que o clima é um factor de formação e evolução dos solos Dokucaer e
Glink, pedagologos russos, classificam os solos reunindo-os em três grandes grupos: solos
zonais, solos intrazonais e solos azonais.

Com o desenvolvimento das investigações pedalógicas, surgiram características físicas, químicas


e biológicas dos solos relacionadas com a sua evolução. É o caso das classificações francesas de
Duchaufour e dos americanos Marbut e Kellog. Existem ainda outras classificações, como a
classificação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América.

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1.1.5. Distribuição geográfica dos solos

Os solos não se distribuem da mesma forma na superfície terrestre, sendo o clima um factor
determinante desta distribuição.

Alguns dos principais tipos de solos encontram-se assim distribuídos:

 Solos ferralíticos – predominam nas regiões onde o clima é tropical húmido e


equatorial, sobretudo na África Oriental e Ocidental, no Brasil e no Sul da Índia ;
 Solos castanhos-avermelhados florestais – são mais abundantes nas regiões de
clima tropical seco. Abrange a bacia do mediterrâneo, Inglaterra, França, Austrália,
Nova Zelândia, Califórnia, Chile, e o extremo sul da África Austral;
 Solos castanhos-pardos florestais – solos típicos das regiões onde predomina o
clima temperado húmido e a floresta coducifolia. Estão apresentados no Sul dos
Estados Unidos da América, China, Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil, Costa
Oriental da África do Sul e da Austrália;
 Solos podzólicos - localizam-se em regiões de climas temperados frescos e
moderados. Abrangem a Europa Ocidental, desde o Norte da Espanha ate ao Sul da
Escandinávia, os Estados Unidos da América, Canada, Chile, México, Japão, e no
norte da Ásia;
 Solos chernozem – encontram-se nas regiões de clima semidesértico, com vegetação
própria de estepe e de pradaria. Localizam-se na pradaria russa e norte e norte-
americana, no Canada e na pampa argentina.

1.1.6. Importância, defesa e conservação dos solos

O solo desempenha um papel muito importante na existência e sobrevivência da humanidade,


pois estão na base da produção alimentar, através da agricultura, implantação de diversas
obras de engenharia civil.

Na indústria o solo é aproveitado como matéria-prima para a produção de vidro, de cerâmica


e de materiais de construção. Transportes são fundamentais os conhecimentos pedagógicos
para a localização e construção de vias de comunicação.
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Como consequência da agricultura e outras áreas económicas, os solos são modificados,
como, por exemplo, na desflorestação, no cultivo, das plantas, na drenagem da irrigação dos
campos, na adubação, entre outras.

Todavia, a tarefa mais importante na se restringe apenas ao uso e aproveitamento quantitativo


dos solos em diferentes condições e situações, mas refere-se igualmente a defesa e
conservação dos solos de modo a não os destruir e poluir.

Na exploração dos solos deve se ter em conta o seu uso racional, por forma a preserva-los e a
garantir a sua utilização por parte das gerações que ai vem.

2. Hidrogeografia

Conceito

A Hidrografia faz parte integrante da Geografia Física. E a ciência que estuda as características
físicas das aguas continentais, subterrâneas, superficiais e oceânicas.

2.1. Ramos da Hidrogeografia

As ciências Hidrográficas, de acordo com o seu objectivo de estudo, classificam-se em:

 Potamogeografia - ciência que estuda o comportamento dos cursos de agua, tanto


superficiais como subterrâneas, a sua localização e utilização;
 Limnogeografia – ciência que se ocupa do estudo e da descrição dos lagos e pântanos;
 Oceanografia – ciência que estuda os oceanos, procurando compreender, descrever e
prever os processos que neles ocorrem.

2.2. As principais bacias hidrográficas de Moçambique


Moçambique dispõe de muitos rios, que se localizam ao longo do território
nacional, apresentando diferenças no seu comportamento influenciado pelas
condições climáticas e morfológicas, fundamentalmente.

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 Bacia do Rovuma (101.160 km²)
É irrigada pelo rio Rovuma que nasce no planalto de Ungone na República Unida da
Tanzânia, os 650 km é percorrida no território nacional no sentido, Oeste-Este,
desaguando em Estuário no Oceano Índico junto ao distrito de Palma, Província de
Cabo Delgado;
 Bacia de Lúrio (60.800 km²)
O Rio Lúrio nasce no monte Malema em Nampula até a sua foz no Índico onde
termina em estuário depois de percorrer 1.000 km contemplando também as
províncias do Niassa e Cabo Delgado. O seu regime é periódico e conta com os
afluentes, rios: Lalaua e Moataze;
 Bacia do Zambeze (820 km² em Moçambique)
O rio Zambeze nasce na Zâmbia a 30 km da fronteira com Angola. A sua área total é
de 1.390.000 km² é também partilhada entre: Angola, Namíbia, Malawi e Botswana;
 Bacia de Púnguè (29.500 km²)
O Rio Púngue nasce no Zimbabwe, atravessa Manica e Sofala num percurso de 322
km até a sua foz no Oceano Índico; O seu regime é periódico;
 Bacia de Save (22.575 km²)
O rio Save nasce no Zimbabwe e tem a sua foz no Índico, percorrendo 330 km,
atravessando uma vasta planície, separando as províncias de Manica e Sofala
(Centro), Gaza e Inhambane (Sul) e desagua em forma de estuário no oceano Índico
em de Nova Mambone, possuindo regime periódico.
 Bacia de Limpopo (80.000 km²)
O rio Limpopo nasce na África do Sul, percorrendo 1.170 km, dos quais, 600km em
Moçambique. Ela é partilhada ainda pelo Zimbabwe e termina no Indico na zona de
Xai-Xai. Possui como afluente principal, o rio dos Elefantes onde se localizam as
barragens: de Massingir e de Macarretane.
 Bacia de Incomáti (46.200 k km², sendo 14.925 km² em Moçambique)
O Rio Incomáti nasce na África do Sul e desagua no Oceano Indico, depois de um
percurso de 280km. O rio Sábie é o seu afluente, sobre o qual, ergueu-se a barragem
de Corumana, no Distrito de Moamba, província do Maputo.
 Bacia de Umbelúzi (2.240 km² em Moçambique, dos 5.460 km² do seu total)

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O rio Umbelúzi nasce na Suazilândia e entra em Moçambique através do posto
administrativo de Goba. É sobre ele que foi erguida a barragem dos Pequenos
Libombos, de salientar que as suas águas abastecem as cidades de Maputo e Matola.

 Bacia do Maputo (1.570 km²)


O rio Maputo nascendo no Kwazulu-Natal na África do Sul na confluência entre os
rios Phongolo Ngwavuma e Suthu percorre 150 km no território moçambicano até a
baia de Maputo onde desaguam em estuário.
3. Importância da água

A água é um recurso de importância vital para os seres vivos, pois sem ela não haveria vida
na Terra. Os seres vivos usam a água no quotidiano, isto é, utilizam em todos aspectos da sua
vida. É usada na indústria para o processamento de alimentos, bebidas e medicamentos e na
agricultura para a irrigação de campos agrícolas. Por exemplo, usa-se a água para beber,
tomar banho, lavar a roupa e executar acções de saneamento do meio. Necessita-se de água
para criação de peixe, transporte de pessoas e bens, fornecimento de energia eléctrica, bem
como para o desenvolvimento de actividades recreativas, tais como a canoagem, natação e o
passeio de barco.

A água serve, também, de habitat para diferentes espécies animais e plantas aquáticas. A
água é um dos constituintes mais importante dos seres vivos. Basta dizer que cerca de 70%
do corpo humano é constituído por água. Por esta razão, deve-se beber água frequentemente
pois, esta serve para:

 Transportar as substâncias necessárias no organismo;


 Eliminar substâncias tóxicas através da urina;
 Manter a temperatura do organismo constante.

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Conclusão
Depois de vários estudos relacionados com o tema, cheguei a conclusão que o solo resulta do
contacto entre a atmosfera, litosfera, biosfera e hidrosfera.

Realmente as rochas vão sendo aos poucos fragmentadas pela acção dos agentes atmosféricos ou
erosivos que são as chuvas, ventos, rios, animais e plantas, marés, glaciares. As plantas actuam
através de raízes ao penetrar numa rocha.

E também vi que o solo é bastante importante para a humanidade, pois a partir dele as pessoas
são cultivados vários produtos agrícolas, também são feitos alguns matérias pelas indústrias.

NB: Peço a respectiva avaliação e correcção para minha melhor percepção.

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Bibliografia
ANTUNES, João. Geografia 7º Ano. 2ª Edição. Plátano Editora. ASA. Porto 1995.

BILA, Helena e FONDO, Jeremias, Geografia 8. Person Moçambique. Maputo.2013.


DA SILVA, José Julião. Geografia 8ª Classe. Plural Editores. 2013.

INDE. Atlas Geográfico 1ª e 2ª Edições. Maputo. 1986.

JESSEN, Mário A. Apontamentos de oceanografia para geógrafos. Editora Universitária.


Maputo. 1998.
MARTINS, José R. e CORREIA, Marta M. Geografia 8ª Classe. Editora Escolar. Maputo.
1995.

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