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África Central, região da África que atravessa o Equador e é drenada em grande parte
pelo sistema do rio Congo. Compreende , segundo definições comuns, a República do
Congo (Brazzaville), a República Centro-Africana e a República Democrática do Congo
(Kinshasa); O Gabão é geralmente incluído junto com a República Centro-Africana por
causa de seus laços históricos comuns, ambos os países tendo feito parte da África
Equatorial Francesa . Ruanda e Burundi, embora estejam localizados a leste do Sistema
do Rift da África Oriental, que forma a divisão oriental da bacia do Congo, também são
frequentemente considerados parte da região por causa de suas longas conexões
administrativas com o antigo Congo Belga (agora Congo [Kinshasa]). A república
insular de São Tomé e Príncipe, ao largo da costa atlântica do Gabão, também está
incluída na região.

As paisagens da África Central são na maioria das vezes planaltos largos, lisos na parte
central e gravados na periferia . A bacia interna doO rio Congo é unido ao Oceano
Atlântico por um estreito pescoço que atravessa cumes paralelos à costa. A bacia
contém alguns pântanos na região onde os rios Congo, Ubangi , Likouala e Sangha
convergem e onde se encontram os lagos Mai-Ndombe e Tumba . A sua maior parte, no
entanto, é constituída por superfícies mais secas (planaltos baixos ou terraços aluviais).

Relevo

Os planaltos mais altos, que se estendem por estratos sedimentares mais antigos ao
redor do centro da bacia do Congo, atingem uma elevação de 790 a 900 metros ao norte
de Brazzaville e excedem 3.000 pés perto da fronteira angolana ao sul. No norte, uma
divisão baixa (610 a 700 metros) separa o rio Congo e seus afluentes da bacia do Chade.
A paisagem além da divisão desce por degraus em direção ao Lago Chade . A sudoeste
e ao sul do Maciço de Chaillu (900 a 1.005 metros) no Gabão e no Congo (Brazzaville)
há cordilheiras, atravessadas por desfiladeiros profundos e estreitos pelo Kouilou e pelo
Congo. A leste deste complexo, o rio Congo erodiu uma ampla bacia, conhecida
comoMalebo Pool , nos estratos sedimentares superiores antes de cortar as corredeiras
mais a jusante.

O terreno mais acidentado fica na margem leste da bacia do Congo. Ao norte do Lago
Kivu e de Ruanda, Os vulcões de Virunga formam uma faixa de tendência leste-oeste. O
ponto mais alto da África Central,Margherita Peak (16.795 pés [5.119 metros]), cujo
cume apresenta traços residuais de glaciação, está localizado na margem leste do Vale
do Rift, na fronteira do Congo (Kinshasa) e Uganda.

A bacia do rio Congo perde apenas para a do Amazonas em taxa de fluxo. Na parte
central da bacia, o leque de rios tranquilos constitui uma das redes de águas navegáveis
mais atraentes do mundo, mas esta rede é cortada do Atlântico por uma sucessão de
corredeiras no oeste do Congo (Kinshasa) entre Kinshasa e Matadi. A jusante de
Matadi, o rio torna-se navegável novamente antes de entrar em seu estuário. Todos os
rios da região descem por corredeiras ou cachoeiras desde os planaltos periféricos até a
bacia central. Os rios da região oeste são navegáveis por apenas algumas milhas de seus
estuários, embora o Ogooué, no Gabão, que se encontra em uma bacia sedimentar
costeira mais ampla, seja navegável por mais de 160 km.

Rio Congo: barragem hidrelétrica nas Cataratas do Inga

Rio Congo: barragem hidrelétrica nas Cataratas do Inga

A barragem hidrelétrica no rio Congo em Inga Falls, perto de Matadi, República

Democrática do Congo.

Georg Gerster/Comstock Inc.

Algumas partes da África Central estão dentro doBacia do Chade (norte da República
Centro-Africana) ou bacia do Nilo (leste do Ruanda e nordeste do Burundi, Vale do Rift
Ocidental ao norte das Montanhas Virunga). Campos de lava das Virungas bloquearam
a saída de uma antiga rede hidrográfica anteriormente orientada para o norte. Isso
criouLago Kivu ; suas águas descarregam para o sul, através do desfiladeiro do rio
Ruzizi (Rusizi) no lago Tanganyika , uma saída da qual liga o lago ao rio Lualaba e,
portanto, ao Congo. A barragem vulcânica também causou uma inversão do curso do rio
no norte de Ruanda, gerando lagos e pântanos.

Clima

A África Central é caracterizada por climas quentes e úmidos em ambos os lados do

Equador. A faixa equatorial que se estende do Oceano Atlântico ao Vale do Rift
Ocidental é influenciada ao longo do ano pelazona de convergência intertropical
(ZCIT), resultando em precipitação intensa e intensa. As temperaturas médias anuais na
região variam de 77 a 82 °F (25 a 28 °C), e as médias mensais variam apenas alguns
graus ao longo do ano. O diurnoa faixa de cerca de 11 °C (20 °F) sempre excede a faixa
das médias mensais. A precipitação anual excede 80 polegadas (2.000 mm) na costa do
Gabão, no centro da bacia do Congo e nos cumes das montanhas que fazem fronteira
com o Vale do Rift Ocidental. Não há estação seca grave, mas no extremo leste e oeste
há dois meses (julho e agosto) de menor precipitação. Ao norte e ao sul da faixa
equatorial, a estação seca aumenta em gravidade com a latitude. É mais seco no
Hemisfério Norte em janeiro (quando a área recebe massas de ar secas do Saara) e no
Hemisfério Sul em julho; a temporada dura quase sete meses no extremo norte da
República Centro-Africana e no extremo sul do Congo (Kinshasa). Apesar de sua baixa
latitude e proximidade de massas de ar úmido,Corrente de Benguela ) ao longo da costa.
As áreas montanhosas tendem a ser mais úmidas e frias.

Vegetação

A África Central Equatorial é coberta por uma floresta perene com uma área de quase
400.000 milhas quadradas (1.035.920 quilômetros quadrados). Essea floresta tropical —
um mundo exuberante de árvores altas, ricas em epífitas e lianas — assume três formas
principais: florestas pantanosas permanentemente úmidas na confluência dos rios
Ubangi e Congo; matas de galeria, sujeitas a inundações periódicas, ao longo de
margens e várzeas de rios; e, mais extensas, florestas de terra firme, apresentando uma
única espécie dominante ou, mais frequentemente, abrigando uma variedade de espécies
(às vezes várias centenas por acre). Este último tipo de floresta também é encontrado
nas encostas orientais da bacia do Congo, mas muda para formas de vida de alta altitude
nas terras altas do Vale do Rift Ocidental.

Dr. Nigel Smith/Biblioteca Hutchison

A floresta tropical é cercada por uma colcha de retalhos de savanas e outras florestas.
As savanas de solos arenosos pobres e permeáveis , desigualmente espalhadas por
pequenas árvores, cobrem as superfícies do planalto, enquanto as florestas
subequatoriais preenchem os vales. Grandes áreas da savana provavelmente foram
criadas por técnicas agrícolas de corte e queima, através das quais a floresta original foi
derrubada e as pastagens resultantes mantidas por queimadas periódicas. As savanas
também fazem fronteira com a costa atlântica mais fria e seca das duas repúblicas do
Congo, enquanto os manguezais se estendem ao longo das margens de estuários, lagoas
e deltas próximos.

Além dessa região de savana, a formação vegetal mais distinta é a floresta tropical seca
(chamada miombo no sudeste). Suas árvores são menores e menos densas que as da
floresta equatorial, e são caducifólias, perdendo suas folhas durante a estação seca. A
floresta tropical seca cobre os planaltos do sul do Kwango e Katanga (Shaba) no Congo
(Kinshasa), mas existe apenas em fragmentos ao norte do Equador, na República
Centro-Africana. No extremo norte, a estepe espinhosa é uma paisagem típica do Sahel.

Com seus gradientes íngremes em distâncias curtas, terras altas chuvosas e fundos
relativamente secos, a região do Vale do Rift Ocidental é caracterizada por contrastes
acentuados de vegetação. O parque nacional mais famoso da África Central, O Parque
Nacional de Virunga, no Congo (Kinshasa), é o lar de elefantes, leões, hipopótamos,
javalis, porcos da floresta, ocapis e gorilas das montanhas nas encostas do vulcão.
Também na mesma região está o Parque Nacional Kahuzi-Biega, que apresenta gorilas
da montanha. Em regiões de savana ou savana arborizada sãoParque Nacional de
Garamba, no nordeste do Congo, conhecido por seus rinocerontes brancos,Parque
Nacional de Upemba no sul do Congo, parques na parte norte da República Centro-
Africana e Parque Nacional de Akagera no nordeste de Ruanda. Outros parques e
reservas estão localizados na floresta equatorial do Congo, como os parques nacionais
Maiko e Salonga .

As fronteiras nacionais dividiram o território de muitos grupos étnicos.Os Twa

(Pigmeus) estão espalhados nas florestas de Camarões até as montanhas ao redor do
Lago Kivu. oFang do Gabão também ocupa a Guiné Equatorial e o sul dos Camarões.
oTeke estão espalhados por todo o Congo (Brazzaville), Gabão e Congo (Kinshasa). oO
Congo habita o oeste do Congo (Kinshasa), o oeste do Congo (Brazzaville) e Angola; os
Chokwe e os Lunda ocupam o Congo (Kinshasa) e Angola . Em cada país, alguns
grandes grupos desfrutam de uma posição numericamente dominante – por exemplo, os
Fang no Gabão e os Mboshi, Teke e Kongo no Congo (Brazzaville). Burundi e Ruanda
contêm umamaioria hutu , umminoria tutsi e alguns twa (pigmeus). No Congo
(Kinshasa) os principais grupos são o Kongo (sudoeste), Mongo (bacia central), Luba
(centro-sul), Zande e Mangbetu (nordeste) e Ngbaka (noroeste). Na República Centro-
Africana os Baya, a oeste, são os mais numerosos, mas os Banda , no centro, ocupam o
maior território. As ilhas do Golfo da Guiné têm uma população mista originária de
Angola, bem como da África Ocidental e Central devido à sua história como plantações
escravistas e, posteriormente, como plantações com trabalho em grande parte forçado .
A maioria das línguas faladas na África Central pertence ao grupo Bantu do Família
linguística Níger-Congo . No norte da África Central, as línguas Adamawa-oriental e
sudanesa também são faladas. A rica diversidade linguística da área inclui o uso de
línguas francas nascidas de línguas locais, crioulos pidgin (nas ilhas do Golfo da
Guiné), e línguas europeias, que são as línguas oficiais dos vários países (português em
São Tomé e Príncipe, francês em outros lugares). Essas línguas francas geralmente se
sobrepõem às fronteiras. O lingala , que é importante no Congo (Kinshasa), também é
falado no Congo (Brazzaville), assim como o Kongo e o Sango, que por sua vez é a
principal língua da República Centro-Africana. Swahili , a língua da África Oriental , é
a língua francano leste do Congo (Kinshasa) e entre os mercadores de Burundi e
Ruanda. Nestes últimos países, Rundi e Ruanda são (juntamente com o francês) as
línguas oficia .

África Central

Região formada por nove países, dentre os quais República Centro-Africana, República
Democrática do Congo, Chade e Angola. O Chade tem a maior parte do seu território no
Deserto do Saara, o que contribui para o predomínio dos climas árido e semiárido e
vegetação desértica e de savana ao sul do país. Nas outras áreas, há ocorrência dos
climas equatorial, tropical e semiárido na faixa litorânea da Angola.

Quanto à vegetação, observa-se a presença de florestas equatoriais e tropicais, com

destaque para a floresta do Congo, e savanas. Corre, nessa região, o segundo maior rio
da África, o Rio Congo.

Rio Congo
O segundo maior rio africano, o Rio Congo, com 4.200 quilômetros, nasce nas
montanhas do Vale Rift, ao longo do seu curso existem muitas cachoeiras e quedas
d'água, está inserido na maior bacia hidrográfica da África, com 3.690.000
(NATIONAL GEOGRAPHIC, 2008, p. 13). O rio Congo tem volume de água constante
o ano todo. Quando as chuvas diminuem nas cabeceiras dos afluentes da margem norte,
aumentam nos afluentes do sul e vice-versa. Isso ocorre porque o rio Congo estende-se
próximo a linha equatorial, que atravessa duas vezes e as regiões imediatamente ao
norte e ao sul do equador, têm alta pluviosidade no verão, mas pertencem a hemisférios
diferentes. (TAMDJIAN E MENDES, 2012, p. 212). As capitais (Brazzaville) da
República do Congo e (Kinshasa) da República Democrática do Congo, estão
localizadas às margens do rio que constitui uma divisa natural entre elas, como ilustra a
imagem

Rio Congo com as capitais Brazzaville Kinshasa

Fonte: NASA, junho, 2003.

Como o rio apresenta boa disponibilidade de água, as grandes hidrelétricas aparecem
como elementos de avanço tecnológico. Motivado pelo avanço econômico no setor
energético, o governo africano pretende construir mais uma hidrelétrica de grande
proporção, denominada Grand Inga ou Inga3