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Hidrografia de Moçambique
Moçambique é um país de grande extensão geográfica (799.380 Km2) e com uma ampla
diversidade hidrológica. Cerca de 13.000 km2 do território nacional são ocupados pelas
águas interiores que incluem lagos, represas e rios (Barca, 1992).
Localiza-se a sudeste do continente africano , sendo limitado a leste pelo Oceano Índico,
a norte pela Tanzânia, a noroeste pelo Malawi e Zâmbia, a oeste faz fronteira com o
Zimbabwe, África do Sul e Swazilândia, e a sul com a África do Sul
Os principais rios de Moçambique têm suas nascentes nos países vizinhos, exceto no norte
do país onde a maioria das nascentes tem a sua bacia hidrográfica totalmente em
Moçambique.
Os rios de Moçambique têm um regime periódico, como o das chuvas que os alimentam.
A maior parte destes rios não é navegável, porque são facilmente assoreáveis devido à
extensão da planície litoral.
Essa característica periódica dos rios, é influenciada pelo clima de Moçambique que é
tropical húmido com duas estações nítidas: chuvas e de seca. Este clima é muito
influenciado pelas monções do Índico mas são sensíveis as diferenças climáticas entre o
norte e o sul. A temperatura e a humidade diminuem à medida que se caminha para o sul.
As oscilações do caudal dos rios ao longo do ano são condicionadas, por factores
climáticos, registrando os caudais máximos na época das chuvas e os mínimos na estação
seca. Nas terras altas os rios possuem grande capacidade erosiva e constituem
cascatas,limitando dessa forma a navegabilidade.
Nas planícies se formam os meandros, lagoas e pântanos e são depositadas as aluviões.
Além do relevo, a natureza dos solos também influencia o caudal, a estrutura e o padrão
da rede hidrográfica. Quanto às bacias hidrográficas, dado que as condições orográficas,
atmosféricas, climáticas e pedológicas exercem grande influência sobre o regime caudal,
o autor distingue três regiões no que diz respeito ao comportamento dos rios: Norte,
Centro e Sul.
Na maior parte dos principais rios de Moçambique seguem o sentido de oeste para este
(ou de noroeste para sueste), desaguando no Canal de Moçambique (a secção do Oceano
Índico situada entre o continente e a ilha de Madagáscar).
Segundo ARA-SUL (2010), teve início em 1980 a construção da barragem dos Pequenos
Libombos que foi concluída em 1998. Os objetivos principais desta barragem são:
O Relevo
O relevo do curso da bacia do rio Umbeluzi é caracterizado, em geral, por uma paisagem
levemente ondulada e sem grandes diferenças de altitude. Na parte norte, este e sudoeste
apresenta uma paisagem com pequenas diferenças de nível, formando-se uma verdadeira
planície. Em contraste, as regiões sul e oeste são marcados por uma variação gradual de
altitudes que se estende até a cadeia dos Pequenos Libombos e o Distrito de Namaacha
(Lopes 2011).
Solos
São escassas as informações sobre os solos na área da bacia do rio Umbeluzi, havendo
disponível a descrição do DINAGECA (Direção Nacional de Geografia e Cadastro) de
1997, que individualiza na área do baixo curso da bacia do Rio Umbeluzi três grandes
grupos de solos:
Segundo o relatório da CONSULTC (1992) o clima na parte sul da bacia do rio Umbeluzi
pode ser definido, pela classificação de Koppen, como clima seco de estepe (BS); 37
Lopes (2011) classificou o clima na área do baixo curso da bacia do rio Umbeluzi como
subúmido, com intensa variação do regime pluvial ao longo do ano. Segundo este autor,
a temperatura média anual é de 24ºC, sendo os meses de junho e julho o período do ano
mais frio, e janeiro e fevereiro, o mais quente. A amplitude térmica anual é de 8,8ºC. A
umidade relativa média anual é de 80,5%, variando de um valor máximo de 86% em Julho
a um valor mínimo de 73,55%, em novembro.