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América Anglo-Saxônica

A América Anglo-Saxônica é uma classificação utilizada para designar os países


mais desenvolvidos do continente americano e que possuem o inglês como língua
oficial,e que também possuam laços históricos, étnicos, linguísticos e culturais com
o Reino Unido.São eles: os Estados Unidos e o Canadá.

Localizados na América do Norte, os dois países da América Anglo-Saxônica


abrangem uma área aproximada de 19 milhões de Km2 e possuem laços históricos
e culturais com o Reino Unido (colonização britânica).

É comum considerar como América Anglo-Saxônica todos os outros países da


América do Norte, Central e Sul que têm a língua inglesa como idioma oficial.

No entanto, a América Anglo-Saxônica está associada ao desenvolvimento de tais


países, em oposição à América Latina, formada por países em desenvolvimento e
que possuem colonização portuguesa, francesa e espanhola.

O termo “anglo-saxões” refere-se aos habitantes da Inglaterra após a vitória dos


saxões germânicos sobre os bretões. A maioria dos anglo-saxões são considerados
brancos, descendentes de caucasianos.

Relevo

Observando um mapa físico da América Anglo-Saxônica, percebe-se que o relevo,


de oeste para leste, apresenta nítida semelhança com o da América Latina.

Litoral muito recortado no oeste, com planícies costeiras bastante estreitas. O


retalhamento do litoral se deve à erosão glacial provocada pelo degelo nas áreas
frias.

O Lago Moraine fica no Parque Nacional Banff em Alberta, no Canadá.


Uma cordilheira bastante elevada, com cumes separados por vales profundos. Do
sul para o norte, a primeira dessa linha de cumes constitui a cadeia da Costa,
seguida da cadeia da Cascata.

Ocupando territórios do Canadá e dos Estados Unidos, destacam-se as imponentes


Montanhas Rochosas, formando uma linha de picos que se estendem de sudeste
para noroeste, desde os quentes planaltos mexicanos até as áreas geladas do
Alasca.

Como os Andes da América do Sul, as Rochosas são cadeias da era terciária,


portanto jovens e bastante elevadas; por esta razão, suas formas pontiagudas são
cobertas de neves eternos. As altitudes dos picos oscilam de quatro mil metros a
pouco mais de seis mil metros: McKinley, 6.168 metros; Logan, 6.050 metros;
Whitney, 4.418, entre outros.

Mais para o interior, desde o Golfo do México até as águas do Oceano Glacial
Ártico, estendem-se vastas planícies cujas altitudes vão além dos 500 metros. No
norte, os lagos são muito numerosos, caracterizando as planícies lacustres do
Canadá; no centro, aparecem as planícies dos Grandes Lagos, no sul, merece
destaque a planície fluvial do Mississipi. Essas planícies correspondem às regiões
mais férteis dos dois países.

Tal como na América Latina, já nas proximidades do Atlântico encontramos


planaltos, por serem bastante antigos, apresentam-se baixos e desgastados. Esse
relevo modesto deve-se à intensa erosão, que atua há muito tempo sobre as rochas
formadas nos primeiros períodos da Terra. Como exemplos dessas formações,
podemos citar, no Canadá, o planalto do Labrador, e, mais ao sul, nos Estados
Unidos, os Montes Apalaches. As altitudes nessa região são pouco expressivas,
oscilando entre mil e dois mil metros, em média. O ponto culminante dos Apalaches
é o monte Mitchell (2.037 m). A planície litorânea ou costeira acompanha o contorno
do Oceano Atlântico.

Hidrografia

Uma das particularidades da hidrografia do subcontinente da América


do Norte é a abundância de lagos que se estabelecem na região. Os
quais, muitos deles, tem sua formação a partir do derretimento de
geleiras ou origem glacial que aconteceu há milhões de anos, como por
exemplo, a região dos Grandes Lagos que abriga dentre outros o
Superior, Michigan, Huron, Eriê e Ontário.

A região dos Grandes Lagos se estabelece entre os Estados Unidos e o


Canadá, na fronteira norte-nordeste. No entanto, a riqueza hidrográfica
do subcontinente não se restringe somente aos lagos, isso porque a
América do Norte possui uma generosa quantidade de rios, dos quais
se destacam o São Lourenço, Mississipi, Colorado, Columbia, Yukon e
Mackenzie.

Em decorrência da quantidade de rios presentes no território da América


Anglo-Saxônica, muitos deles oferecem condições viáveis para a
implantação de hidrovias e também para a geração de energia elétrica
por meio da instalação de usinas hidrelétricas ao longo de rios.

No transporte hidroviário, os mais usados são os lagos (Grandes Lagos)


e rios que se encontram em áreas de planícies como São Lourenço e o
Mississipi.
Para geração de energia são explorados os lagos, mais precisamente,
as cataratas do Niágara que se encontra entre os lagos Erie e Ontário.
Podemos destacar também os rios que percorrem áreas de planaltos
que são propícios para produção de energia, com essa característica
temos o Colúmbia e o Colorado, ambos nos Estados Unidos.

Clima

A totalidade da América Anglo-Saxônica situa-se ao norte do Trópico de Câncer,


onde o clima temperado, predominante na região, é responsável por temperaturas
médias anuais inferiores a 20 °C. Em zonas frias, no extremo norte do continente, o
clima polar caracteriza-se por temperaturas médias anuais baixas.

Além da latitude, o clima da América Anglo-Saxônica é também influenciado pelo


relevo. As temperaturas diminuem nas partes mais altas e as planícies centrais
formam um verdadeiro corredor para os ventos gelados do norte. Ao mesmo tempo,
as altas montanhas do oeste bloqueiam a passagem dos ventos do Pacífico,
permitindo a formação de desertos à retaguarda das montanhas, como é o caso do
deserto de Sonora, no sudoeste dos Estados Unidos.

Também as correntes marítimas influenciam fortemente as condições climáticas


regionais. As duas principais são a corrente da Califórnia bastante fria, que banha a
costa oeste, acentuando ainda mais as características de clima temperado dessa
área da América Anglo-Saxônica; e a corrente do Golfo, que banha a costa leste e,
por ser bastante aquecida, faz com a península da Flórida e áreas próximas tenham
clima tropical e subtropical.

Vegetação

A América Anglo-Saxônica corresponde aos países das Américas falantes da língua


inglesa, nesse caso são as únicas nações do continente que se encontram
desenvolvidas. Os países com tais características estão localizados na América do
Norte, são eles Estados Unidos e Canadá.
Essa região do continente americano abriga importantes tipos de coberturas
vegetais como: tundra, floresta temperada, estepe e pradarias, vegetação desértica,
savana, vegetação de altas montanhas e áreas desprovidas de vegetação.

Tundra: ocorre em áreas onde predomina o clima frio com invernos longos e
rigorosos. Em razão dessas condições, as vegetações que apresentam são
basicamente plantas rasteiras como musgos e liquens.

Floresta Temperada: desenvolve em regiões nas quais a característica do clima que


predomina é o temperado, com verões quentes e invernos rigorosos. As florestas
temperadas geralmente são compostas por árvores caducifólias com folhas
vermelhas, alaranjadas e amarelas, aspecto comum nas florestas temperadas de
folhas caducas.

Estepe e pradarias: apresenta em regiões de clima semiárido com temperaturas


elevadas e longos períodos de seca. Predominância de vegetação rasteira como
herbáceas.

Vegetação desértica: desenvolve em área de clima desértico muito seco e


pouquíssima incidência de pluviosidade. Vegetações adaptadas à escassez de
água, como as espécies xerófilas.

Savana: ocorre em lugares de clima subtropical com incidência de chuvas bem


distribuídas durante o ano, de temperaturas que não ultrapassam os 10ºC em
determinados períodos.

Vegetação de altas montanhas: apresenta clima frio, em montanhas até 1.000


metros ocorrem bosques caducifólios, até 1.800 metros predominam as coníferas e
acima de 2.000 apresentam os prados.

Ausência de vegetação: lugares que apresenta temperatura muito fria e grande


quantidade de gelo, condições que impedem a proliferação de vegetação.

População

A América Anglo-Saxônica tem uma população estimada em mais de 327 milhões


de habitantes e apresenta algumas das áreas mais intensamente povoadas do
mundo. Sua distribuição é irregular, concentrando-se na costa nordeste, na
Califórnia e na região dos Grandes Lagos e do rio São Lourenço.

A população caracteriza-se pela diversidade, com um grande número de minorias


étnicas, e pela mobilidade, pois em média o norte-americano muda de residência
catorze vezes ao longo da vida, frequentemente deslocando-se milhares de
quilômetros.

As desigualdades sociais são evidentes, em especial nos Estados Unidos, onde a


proteção social é menor. Um grupo privilegiado, que desfruta de altos níveis de
bem-estar e cultura, coexiste com mais de 30 milhões de pobres, ou seja, 14% da
população, dos quais 60% são negros. A minoria hispânica é cada vez mais
significativa, mas continua a sofrer discriminação, bem como outras comunidades.
As cidades mais populosas transformaram-se em um mosaico multiétnico e
multicultural.

Economia

Os Estados Unidos têm um parque industrial variado, com grande produção de bens
de consumo e de tecnologia, além de um robusto setor de serviços. Por esse
motivo, a economia estadunidense é usada como modelo mundial e o dólar é a
moeda mais usada em transações internacionais. No Canadá, a indústria
automotiva, alimentícia e aeronáutica são as principais.

A América Anglo-Saxônica é uma das grande produtora de carne, leite e grãos.


Essa região é classificada como um celeiro agrícola, capitalista e muito moderna,
pois mantém áreas especializas para o cultivo de alguns produtos, a exemplo do
trigo em Saskatchewan, no Canadá.

Os Estados Unidos e o Canadá possuem reservas de vários minerais como o


petróleo, gás natural, ouro e cobre. Contudo, os americanos precisam importar
recursos minerais para suprir a grande demanda.

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