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Aspectos Físicos do Continente Americano

Regionalização do mundo
Os aspectos físicos do continente americano são bastante
variados, tendo como característica principal as elevadas
altitudes em sua porção ocidental.

A maior parte
do relevo do
continente
americano é
de formação
geológica
antiga
O Continente Americano é formado por duas grandes massas
continentais, uma localizada ao norte e que engloba a América do
Norte, Central e o Caribe, e outra localizada ao sul, onde se
encontra a América do Sul. Juntas, essas faixas de terra se
estendem em uma área superior a 42 milhões de km², tornando-se
o segundo maior continente do planeta, ocupando 8% da área
terrestre e 28,5% das terras emersas.
Na porção oeste do continente, tanto ao norte como ao sul,
observamos a presença de grandes cadeias montanhosas. No
continente sul-americano, elas formam a Cordilheira dos Andes,
que se formou em função do atrito da Placa Tectônica de Nazca e a
Placa Sul-americana. Na continente norte-americano, elas formam
acidentes geográficos como as Montanhas Rochosas e os Montes
Apalaches, oriundos do choque entre a Placa Norte-americana e a
Placa de Juan de Fuca.
A seguir, temos um mapa topográfico, indicando as variações de
altitude no continente americano.
Em linhas gerais, o relevo das Américas é proveniente de uma
formação geológica antiga, apresentando um número maior de
bacias sedimentares e um caráter mais acidentado ao longo da
.
maior parte de suas áreas. Apesar disso, existem ainda alguns
escudos cristalinos na porção leste e central da América do Sul, na
região da Guiana Francesa, no Norte da América do Norte e na
Groelândia. Cadeias orogenéticas recentes podem ser visualizadas
na Cordilheira dos Andes e em toda a costa oeste do continente.
A formação de elevadas altitudes no litoral próximo ao Oceano
Pacífico dificulta a chegada de umidade advinda desse Oceano
para o continente, produzindo alguns desertos e regiões áridas, a
exemplo do que ocorre no México e nos Estados Unidos. Na
América do Sul, no entanto, essa dinâmica não se aplica em
função da presença da Floresta Amazônica, que produz uma
intensa quantidade de umidade através de sua evapotranspiração,
distribuindo ar úmido para todo o cone sul.

Em razão de as Américas serem um continente de elevada


extensão territorial no sentido norte-sul, suas regiões extremas
apresentam baixas temperaturas, influenciadas pelas massas de ar
polares.
 
No entanto, massas de ar quente oriundas do interior das massas
continentais elevam as temperaturas em regiões como a costa leste
da América do Sul, do Norte e Central, além de reduzir a umidade
do ar em alguns períodos do ano nas regiões centrais dessas três
regiões. Assim, podemos perceber que o continente americano
apresenta praticamente todos os tipos de clima existentes no
planeta Terra.

O continente é também rico em termos de bacias hidrográficas.


Dentre as inúmeras grandes bacias existentes, três delas merecem
destaque: a bacia Platina, a do Mississipi-Missouri e a Amazônica,
sendo essa última a maior do mundo tanto em extensão quanto em
volume de água, propiciando uma riqueza hidrográfica sem igual em
todo o mundo.
Relevo do Continente Americano
O relevo do continente americano se formou, primeiramente, ainda na
era paleozóica, por conta dos dobramentos caledoniano e huroniano.

Nesse período, se formaram o escudo canadense, que era unido, ainda,


ao continente Norte-atlântico (Groenlândia, América do Norte, América
Central e norte da Europa) e, também, o escudo do Brasil e das
Guianas, que era unido ao continente de Gondwana (América do Sul,
África, Índia, Austrália e Antártica).

Na era mesozóica, por sua vez, o escudo sul-americano se rompeu,


tornando um continente independente. Na era seguinte (cenozoica), a
América do Norte foi separada da Europa, cuja serie de fatores
posteriores levou à formação das montanhas Rochosas e das
cordilheiras da América Central e dos Andes.
Na América do Norte, destacam-se o monte Mitchel, com 2.037
metros, sendo a maior elevação dos Apalaches, grandes planícies
e bacias fluviais, além das cordilheiras do Alasca e de Brooks e os
montes Mackenzie, que possuem altitudes elevadíssimas (o maior
dele são os montes McKinley, com 6.194 metros).
do Continente Americano
No norte, ainda, somam-se montanhas e planaltos diversos. O
México, inclusive, concentra planaltos extensos com cumes
vulcânicos altíssimos, tendo o Citlaltépetl o mais evidente entre
eles, chegando a 5.610 metros.
As ilhas do Caribe possuem, igualmente, cadeias montanhosas, mas
de pouca altitude, enquanto o subcontinente sul-americano possui
três zonas estruturais bem distintas, entre elas, a cordilheira dos
Andes, notória por sua extensão e amplitude (entre elas, cumes
que podem chegar a beirar os 7 mil metros, com o Aconcágua, com
6.959 metros.

Por fim, vale assinalar que o subcontinente sul-americano conta


com uma extensão imensa de terrenos planos, que são formados,
essencialmente, por sedimentos terciários e quaternários. São eles
os responsáveis por formar os notórios e múltiplos terrenos que
abrigam as bacias dos grandes rios sul-americanos. Lá, residem as
planícies do Orinoco, a Amazônia e as planícies do Chaco, dos
Pampas e da Patagônia.
Relevo da América do Norte
A América do Norte possui duas cadeias montanhosas: as Cordilheiras
Ocidentais e os Montes Apalaches. A península da Flórida, península da
Califórnia, o golfo da Califórnia e a península do Yucatán são os principais
acidentes geográficos da região.
As maiores ilhas da América do Norte são: Groenlândia, Vitória, Banks,
Devon, Ellesmere, e Terra de Baffin.

Ponto Culminante do Brasil


Ponto culminante é, simplesmente, o ponto mais alto de um terreno. No
caso do Brasil, o ponto culminante é o Pico da Neblina, que possui cerca de
2995,30 metros de altitude.
O Pico da Neblina está no Amazonas, na fronteira entre o Brasil e a
Venezuela e pode ser visitado apenas com a autorização do Instituto Chico
Mendes de Conservação de Biodiversidade.
Principais Placas Tectônicas
São dez ao todo as principais placas tectônicas e elas estão
localizadas em diferentes pontos da Terra.

Maremoto
Placas tectônicas ou placas litosféricas

São gigantescos blocos que compõem a camada sólida


externa da Terra. Esses “blocos” estão em constante
movimento, podendo formar zonas de convergência de placas
(colisão de diferentes placas) ou zonas de divergência de
placas (as placas se afastam umas das outras). Esses
processos são responsáveis por fenômenos como, por
exemplo, os terremotos e a expansão de oceanos.
As principais placas tectônicas são:
→ Placa do Pacífico
Com aproximadamente 70 milhões de quilômetros quadrados,
essa é a maior placa oceânica, abrange a maior parte do
oceano Pacífico. Ela é renovada em suas bordas, onde há
separação das placas vizinhas e a expansão do assoalho
marítimo.

→ Placa de Nazca
Possui extensão de 10 milhões de quilômetros quadrados, e
está localizada no leste do oceânico Pacífico, que fica 10
centímetros menor a cada ano, por chocar-se com a placa Sul-
Americana. O choque entre essas duas placas originou a
Cordilheira dos Andes.
→ Placa Sul-Americana
É uma placa continental que possui 32 milhões de quilômetros
quadrados. O território brasileiro está localizado no centro dela,
onde a espessura é de 200 quilômetros, por esse motivo o país é
pouco afetado por terremotos e vulcões.

→ Placa Norte-Americana
Possui 70 milhões de quilômetros quadrados, e abrange a
América do Norte, a América Central e a Groelândia, além de
uma parte do oceano Atlântico. O deslocamento horizontal em
relação à placa do Pacífico desencadeia vários terremotos,
principalmente na Califórnia.
→ Placa Africana
Com 65 milhões de quilômetros quadrados, essa Placa
engloba todo o continente africano. A sua colisão com a
Placa Euroasiática originou o mar Mediterrâneo e o Vale Rift.
A Placa Sul-Americana e a Placa Africana formam uma zona
de divergência, ou seja, elas estão se afastando uma da
outra, conforme monitoramentos realizados por satélites,
elas se afastam cerca de 3 cm por ano.

→ Placa Antártica
Consiste numa placa continental com 25 milhões de
quilômetros quadrados. A parte leste da placa, que há 200
milhões de anos estava junto do que hoje é a Austrália, a
África e a Índia, chocou-se com pelo menos cinco placas
menores que formavam o lado oeste.
→ Placa Indo-Australiana
É formada pela Placa Australiana e a Indiana, seus 45 milhões de
quilômetros quadrados englobam a Índia, a Austrália, a Nova Zelândia
e parte do oceano Índico. Forma uma zona de convergência com a
Placa das Filipinas, fato que promove o surgimento de ilhas.

→ Placa Euroasiática Ocidental


É um “bloco” que possui 60 milhões de quilômetros quadrados, nele
estão o continente europeu e o extremo oeste da Ásia.

→ Placa Euroásiatica Oriental


Abriga o continente asiático. Sua extensão é de 40 milhões de
quilômetros quadrados. Essa placa forma uma zona de convergência
com as placas das Filipinas e do Pacífico, sendo uma das regiões com
maior ocorrência de vulcões e terremotos do planeta.
→ Placa das Filipinas
É uma placa oceânica, localizada no oceano Pacífico. Sua área é de 7
milhões de quilômetros quadrados, nela estão presentes quase a
metade dos vulcões ativos da Terra. Forma uma área de convergência
com a Placa Euroásiatica Oriental.
Os terremotos, sismos ou abalos sísmicos são episódios de liberação de
energia mecânica acumulada nas placas tectônicas através da
deformação plástica, acarretando tremores bruscos na superfície da
Terra. A maioria dos terremotos são causados por choques
subterrâneos de placas rochosas (placas tectônicas), outros motivos
podem ser o grande deslocamento de gases, atividades vulcânicas e
ação antrópica (explosões, ruptura de barragens, minerações,
extração de fluídos do subsolo, etc.), no entanto, os terremotos
causados pelo movimento das placas tectônicas são os mais intensos e
com maior alcance.
Os
terremotos
costumam
ocorrer nas
áreas de
choque
entre
diferentes
placas
tectônicas
A crosta terrestre ou litosfera é formada por placas rígidas (placas
tectônicas) que se deslocam em diferentes direções (convergindo
e divergindo entre si), como se flutuassem sobre o manto - porção
da Terra de consistência plástica abaixo da litosfera. O movimento
lento de compressão entre duas placas gera acumulação de
energia pela deformação elástica nas bordas de placas, que em
dado instante é tão grande que supera o limite de resistência das
rochas nos planos de falha e ocorre uma ruptura (falha geológica).
A energia potencial contida na borda da placa é instantaneamente
convertida em energia cinética e transferida para as rochas
adjacentes da litosfera, quando então ocorrem os terremotos
(liberação desta energia).
As ondas são recebidas e registradas por sismógrafos que possibilita à
determinação da intensidade, foco, etc. A intensidade dos terremotos
é medida por escala Richter, a qual atribui magnitudes em logaritmos
de 1 a 10 e está relacionada à quantidade de energia liberada. Essa
escala logarítmica calcula de um grau para o grau seguinte, a
diferença na amplitude das vibrações de dez vezes. Isso significa que
um terremoto de magnitude 7 tem vibrações dez vezes maiores que
um terremoto de magnitude 6 e cem vezes maiores que um cuja
magnitude é 5.

Uma outra maneira de medir os terremotos é avaliando os efeitos que


eles causam fisicamente em determinado lugar, ou seja, a intensidade
de agitação e destruição na superfície (estrutura e efeito sobre as
pessoas).
Para isso, usa-se a Escala Mercall classificada de I a VII em
números romanos de acordo com sua intensidade. Quanto mais
raso for o epicentro do terremoto em relação à superfície
terrestre, maiores serão os danos causados. Importante evidenciar
que, nenhuma localização na superfície da terra está isenta dos
efeitos do terremoto, no entanto elas são sentidas com
intensidades diferentes, destrutiva em alguns lugares e
imperceptível em outros.
Na superfície da Terra, os terremotos manifestam-se através de
tremores e deslocamento do solo. No entanto, quando o epicentro
de um grande terremoto está localizado no fundo oceânico, ele
pode deslocar uma grande quantidade de água pela energia
cinética transferida para água e formar um tsunami.
Em conclusão, é possível observar que as áreas que possui
maior atividade sísmica do planeta é o Círculo de Fogo do
Pacífico, área formada por uma série de arcos vulcânicos e
fossas oceânicas. Os mapas que mostram a localização dos
epicentros evidenciam a grande concentração dos sismos nos
bordos da placa do Pacífico, por esse fator, que os terremotos
estão distribuídos nas regiões de instabilidade tectônica, onde
ocorrem os vulcanismos e formação de cadeias montanhosas.
Relevo Brasileiro
O relevo brasileiro é caraterizado por baixas e médias
altitudes. As formas de relevo predominantes são os planaltos
e as depressões (formações de origem cristalina e
sedimentar).

Ambos ocupam cerca de 95% do território, enquanto as


planícies, de origem sedimentar, ocupam aproximadamente
5%.

Assim, cerca de 60 % do território é formado por bacias


sedimentares, enquanto cerca 40% por escudos cristalinos.
História
Primeiramente, lembre-se que o relevo constitui as formas da
superfície terrestre, formados pela movimentação das placas
tectônicas, vulcanismo. São estruturas decorrentes de fatores
internos e externos à crosta terrestre.

Segundo ele, o país reúne 28 unidades de relevo, classificado de


acordo com suas três formas principais: planalto, planície e
depressão.

Classificação do Relevo
As três formas de relevo predominantes no Brasil são:
Planalto
Também chamados de platôs, os planaltos são terrenos elevados e planos
marcados por altitude acima de 300 metros e que predominam o desgaste
erosivo.
Quanto à isso, são classificados de acordo com formação geológica:
Planalto Sedimentar (formados por rochas sedimentares)
Planalto Cristalino (formados por rochas cristalinas)
Planalto Basáltico (formados por rochas vulcânicas)
Planície
Terrenos planos com altitudes que não ultrapassam os 100
metros, nos quais predominam o processo de acumulação de
sedimentos. Assim, podem ser:

Planície Costeira (constituídas pela ação do mar)


Planície Fluvial (constituídas pela ação de um rio)
Planície Lacustre (constituídas pela ação de um lago)
Depressões
As depressões são formadas pelo processo de erosão, as depressões são
terrenos relativamente inclinados e possuem altitudes abaixo das
áreas ao seu redor (de 100 a 500 metros).

São classificadas em:


Depressões Absolutas (localizadas abaixo do nível do mar)
Depressões Relativas (encontradas acima do nível do mar)
Leia também sobre Relevo e Formas de Relevo.
Planaltos do Brasil

Monte Roraima

No território brasileiro há um predomínio de planaltos. Esse tipo


de relevo ocupa cerca de 5.000.00 km2 da área total do país, do
qual as formas mais comuns são os picos, serras, colinas, morros e
chapadas.

De maneira geral, o planalto brasileiro é dividido em planalto


meridional, planalto central e planalto atlântico:
Planalto Meridional
Localizado, em sua grande maioria, no sul do país, o planalto
meridional estende-se também pelas regiões do centro-oeste e
sudeste no Brasil.

Seu ponto mais alto é Serra Geral do Paraná presente nos


estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Planalto da Borborema
Planalto Nordestino Chapada Pernambucana
Localizado na região nordeste do
país, esse planalto possuem a
presença de chapadas e serras
cristalinas, donde destaca-se a
Serra da Borborema.
A serra do Teixeira fica situada sobre a escarpa oriental do
planalto ao sul do sertão da Paraíba, é lá onde fica situado o
Ela está localizada nos Estados pico do Jabre ponto culminante da Paraíba, o pico do Jabre
de Alagoas, Pernambuco, Paraíba fica localizado dentro do Parque Estadual Pico do Jabre.
Localização
e Rio Grande do Norte, com Alagoas
altitude máxima de 1260 m. Pernambuco
Paraíba
Rio Grande do Norte
Os picos mais elevados na Serra País(es) Brasil
ou Planalto da Borborema é o Características
Pico do Papagaio (1260 m) e o Altitude máxima 1197 m
Cumes mais altos Pico do Jabre
Pico do Jabre (1200 m). Pico da Boa Vista
Comprimento 400 km (norte—sul)
Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste
É conhecido pela denominação “mar de morros”. Envolve grande parte
do planalto atlântico, no litoral do país, as serras e os planaltos do
leste e do sudeste.
Abrangem os estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Goiás,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia.
Destacam-se a Serra da Canastra, Serra do Mar e Serra da Mantiqueira.
Planalto do Maranhão-Piauí
Também chamado de planalto meio-norte, esse planalto está
localizado nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará.
Planalto Dissecado de Sudeste (Escudo Sul-rio-
grandense)
Localizado no estado do Rio Grande do Sul, o escudo sul-rio-
grandense apresenta elevações de até 550 metros, o qual
caracteriza o conjunto de serras do estado.

Um dos pontos mais altos é o Cerro do Sandin, com 510 metros de


altitude.
Planícies do Brasil

Planície
do
Pantanal

As planícies do Brasil ocupam cerca de 3.000.000 km2 de


todo o território, sendo as principais:
Planície Amazônica
Localizada no estado de Rondônia, esse tipo de relevo caracteriza
a maior área de terras baixas no Brasil. As formas mais recorrentes
são a região de várzeas, terraços fluviais (tesos) e baixo planalto.
Planície do Pantanal
Situada nos estados no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a
planície do pantanal é um terreno propenso às inundações.
Portanto, ele é marcado por diversas regiões pantanosas.

Lembre-se que o Pantanal é a maior planície inundável do


mundo.
Planície Litorânea
Também chamada de planície costeira, a planície litorânea é
uma faixa de terra situada na região costeira do litoral
brasileiro, que possui aproximadamente 600 km.
Colégio Estadual
“Porfírio de Sousa França”.

A professora
Ângela Maria
agradece a
todos (as) pela
participação na
aula de
Geografia.

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