Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GEOLOGIA
DINÂMICA DA LITOSFERA
MAGMATISMO
ROCHAS METAMÓRFICAS
NOÇÕES DE TECTÓNICA
ÍNDICE
_________________
2
Por Paulo Aguiar
DERIVA DOS CONTINENTES
É uma teoria criada por Alfred Wegener em 1912, segunda a qual até ao início do
Jurássico, cerca de 180 M.a., as placas encontravam reunidas num único continente
denominado PANGEA, rodeado por um oceano irregular, chamado PANTALASSA. O
Téthis formava na época uma grande Baía que separava parcialmente a África do
Eurásia.
Configuração geográfica
Evidências geológicas
_________________
3
Por Paulo Aguiar
da Glaciação Permo-carbónica que atingiu a América do Sul, África, Austrália, Índia,
Madagáscar e Antártida, simultaneamente.
Evidências Paleontológicas
Têm a ver com as semelhanças encontradas nos fósseis que ocorrem nas rochas dos
continentes que formavam o continente GONDWANA, quando então os continentes se
separavam. Como exemplo, temos:
• Flora: Género Glossopteris e Gangamopteris
• Fauna: Répteis Mesosaurus, Lystrosaurus e Cynognathus.
O Glossopteris é um fóssil vegetal, semelhante aos fetos. Fósseis desta planta foram
encontrados na Antártida, África, Austrália, América do Sul e Índia.
Evidências Paleoclimáticas
_________________
4
Por Paulo Aguiar
Nas largas regiões do Hemisfério sul são encontrados depósitos glaciares que
mostram que elas estavam cobertas de gelo (no Paleozóico).
_________________
5
Por Paulo Aguiar
Correntes de convecção são correntes circulares de massas sólidas que surgem porque
as massas quentes do fundo do manto sobem para a litosfera, ao mesmo tempo que
as massas mais frias da parte superior descem.
Teoria proposta inicialmente por Hess, sugere que na porção central das bacias
oceânicas, verificou-se que ocorrem grandes cordilheiras centradas no fundo e
alinhadas segundo as costas dos continentes. Estas cordilheiras encontram-se com
profundas fracturas em seu sentido longitudinal, permitindo que o material vulcânico
básico, proveniente da Astenosfera, suba, preenchendo-as. Este processo efusivo
repete-se periodicamente à medida que os continentes se afastam, fazendo com que
os assoalhos dos oceanos sofram contínua expansão por acréscimo do novo material.
_________________
6
Por Paulo Aguiar
Desde os últimos 200 M.a. (quando se iniciou a separação entre América e África), este
processo realiza-se periodicamente, de modo que as rochas basálticas do fundo dos
oceanos têm idades crescentes, a partir do centro das cordilheiras mesoceânicas, em
direcção aos continentes, como revelam os dados radiométricos.
Quando duas placas colidem, uma delas poderá mergulhar por baixo da outra até
penetrar na Astenosfera, onde será consumida. Este fenómeno chama-se subdução.
_________________
7
Por Paulo Aguiar
TECTÓNICA DE PLACAS
A Teoria das Placas Tectónicas é um modelo da Terra no qual a frágil e quebradiça
litosfera flutua na quente e plástica astenosfera.
A litosfera está dividida em sete grandes placas e outras mais pequenas, segundo o
estudo das dorsais oceânicas e da distribuição sísmica e vulcânica:
_________________
8
Por Paulo Aguiar
• Antárctica – ocupa o Pólo Sul com o continente Antárctico.
As placas movem-se na superfície terrestre, cada uma com direcção diferente da sua
placa adjacente. Deslizam lentamente sobre a astenosfera a velocidades que não
ultrapassam 1 a 18 cm por ano.
Quando duas placas se encontram, devido às forças geradas nos seus limites, ocorre a
formação de montanhas, erupções vulcânicas e sismos.
Em contraste com o que acontece nos limites, as porções interiores das placas
litosféricas são zonas tectonicamente estáveis – cratões –, porque se encontram longe
das zonas onde elas interagem.
PLACAS DIVERGENTES
O rifte médio--oceânico situa-se nos limites divergentes das placas que se afastam
(21). O magma basáltico ascende e forma crosta oceânica -limites construtiva.
No rifte a nova litosfera apresenta temperatura elevada, acumulando-se nos dois lados
do rifte. Ocasionalmente, a crista montanhosa que se forma atinge a superfície do mar,
originando ilhas.
Tal como acontece nos riftes oceânicos, o magma ascende e forma-se nova crosta -
limites construtivos.
PLACAS CONVERGENTES
Quando uma placa continental colide com uma placa oceânica, a placa oceânica, que é
mais densa, mergulha no manto por baixo da placa continental. Este processo
denomina-se subdução. A zona de subdução é longa e a velocidade com que mergulha
é idêntica à velocidade de formação da nova crosta a partir do rifte. Por este processo
é mantido o equilíbrio entre a formação da nova crosta e a destruição da litosfera mais
antiga – limite destrutivo.
A subdução também ocorre quando duas placas oceânicas colidem. Quando tal
acontece, a mais antiga, que é mais densa, mergulha no manto por baixo de placa lais
nova. Pode formar-se magma como na colisão de uma placa oceânica com uma
continental. Este magma pode originar vulcões submarinos que, quando atingem a
_________________
11
Por Paulo Aguiar
superfície, podem dar origem arcos-ilhas ao longo da zona de subdução. As ilhas
Aleútes e muitas ilhas do Pacífico são arcos-ilhas.
Quando duas placas continentais colidem, pode não ocorrer subdução, pois a crosta
continental é demasiado leve para mergulhar no manto. Nestas condições, da colisão
resultam enrugamentos que podem originar cadeias montanhosas na zona de colisão.
Quando uma placa mista, parte oceânica e parte continental, colide com uma placa
continental, a parte oceânica submerge sob a placa continental, até que ocorra a
subdução total da parte oceânica da placa. Em consequência as porções continentais
colidem, o que pressupõe o fim da subdução.
Não podendo nenhum dos blocos submergir debaixo do outro, o choque origina a
interpenetração das duas massas continentais – obdução.
PLACAS TRANSFORMANTES
_________________
12
Por Paulo Aguiar
ROCHAS MAGMÁTICAS
Magmas
Um magma é uma mistura complexa de
materiais, de composição essencialmente
silicatada, que se encontra total ou parcialmente
no estudo de fusão e encerra uma componente
gasosa (vapor de água, dióxido de carbono,
óxidos de enxofre, ácido sulfídrico, metano,
amoníaco, entre outros).
Formação de Magmas
_________________
13
Por Paulo Aguiar
Na sua ascensão duas alterações ocorrem simultaneamente: (1) arrefece a medida que
se aproxima da superfície e (2) a pressão diminui porque o peso o peso das rochas
suprajacents é menor.
No tocante ao teor de água (3), se o magma ascendente não contiver água, o efeito da
diminuição da pressão, sobrepõe-se ao efeito do arrefecimento. O magma mantém-se
líquido e ascende até à superfície, originando-se uma erupção.
Deste modo, o magma basáltico, pobre em água, flui com facilidade à superfície
originando vulcanismo. Pelo contrário, o magma granítico não se comporta desta
maneira, porque contém 10 a 15% de água que baixa a temperatura a que o magma
solidifica. Assim, se o magma granítico seco solidifica a 700 ºC, o mesmo magma com
10% de água mantém-se líquido a 600 ºC, aproximadamente. Deste modo, os magmas
graníticos solidificam frequentemente no interior da crosta, dada a dificuldade em
fluir.
Diferenciação Magmática
Os petrólogos admitem que os magmas, à medida que evoluem, dão origem a fracções
magmáticas cuja composição difere significativamente do magma inicial. Deste modo,
podem resultar do mesmo magma rochas diferentes.
Cristalização Magmática
_________________
14
Por Paulo Aguiar
Bowen considerou a existência de duas séries de minerais: a série descontínua e a
série contínua. A sequência descontínua refere-se aos minerais ferromagnesianos; a
olivina é o primeiro mineral a cristalizar, seguindo-se a piroxena, depois a anfíbola e
finalmente a biotite. A sequência contínua, a das plagioclases, tem início na anortite
(plagioclase cálcica), passando às calco-sódicas, depois às sódico-cálcicas e
terminando na albite (plagioclase sódica).
_________________
15
Por Paulo Aguiar
ACTIVIDADE VULCÂNICA (ERUPTIVO)
Há vulcões em que se forma uma conduta tabular, chamada chaminé, por onde
ascendem os materiais até à superfície da Terra.
_________________
16
Por Paulo Aguiar
A cumulação dos materiais expelidos origina uma estrutura cónica, designada por
cone principal. A parte superior da chaminé termina muitas vezes numa depressão
afunilada no topo do cone vulcânico, chamada cratera, por onde os materiais são
ejectados. As crateras têm dimensões inferiores a 1,5 km. Os vulcões com estas
estruturas designam-se por vulcões do tipo central [19].
Por vezes acontece que na parte superior de muitos vulcões se formam depressões de
dimensões muito grandes, superiores a 1,5 km, designadas por caldeiras.
_________________
17
Por Paulo Aguiar
As características da lava determinam diferentes tipos de erupção.
Erupções explosivas – as lavas são muito viscosas, flúem com dificuldade e impedem a
libertação dos gases. Ocorrem, por isso, violentas explosões.
Nas erupções explosivas a lava, extremamente viscosa, não chega, por vezes, a
derramar, constituindo estruturas arredondadas, chamadas domas ou cúpulas, dentro
da própria cratera. Noutras situações a lava solidifica mesmo dentro da chaminé
vulcânica, formando agulhas vulcânicas que podem, mais tarde, ficar a descoberto
devido à erosão do cone. Nas erupções deste tipo as explosões fortíssimas,
provocadas pelos gases comprimidos, sucedem-se, rebentando e provocando o
desmoronamento de parte do cone vulcânico e pulverizando a lava que, projectada sob
a forma de fragmentos de pequenas dimensões, constitui, juntamente com os gases
que expandem, nuvens e penachos da coluna eruptiva.
Nas erupções intermédias formam-se cones mistos, em que alternam camadas de lava
com camadas de piroclastos.
Tradicionalmente podem ser considerados alguns tipos de erupções subaéreas que são
característicos de vulcões conhecidos. No entanto, em muitos casos, um mesmo vulcão
pode manifestar-se de diferentes modos durante uma erupção. Por analogia com
essas erupções-tipo, é necessário classificar as erupções de outros vulcões.
_________________
19
Por Paulo Aguiar
CLASSIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DAS ROCHAS MAGMÁTICAS
Modo de jazida
_________________
20
Por Paulo Aguiar
são de grande dimensões têm textura pegmatitíca. Certas rochas têm cristais grandes,
que sobressaem na massa granular da rocha, diz-se que têm textura porfiróide.
Tipo de Texturas
TEXTURA GRANULAR
Os minerais apresentam sensivelmente
as mesmas dimensões
TEXTURA PORFIRÓIDE
No seio de uma massa mais fina ocorrem
cristais bem desenvolvidos
TEXTURA PEGMATÍTICA
Os minerais da rocha apresentam-se em
cristais de grandes dimensões
TEXTURA APLÍTICA
Os minerais apresentam-se em pequenos
grãos quase invisíveis à vista desarmada
_________________
21
Por Paulo Aguiar
Quadro classificativo das principais rochas magmáticas em função dos minerais
presentes:
Rochas
Magmáticas Principais Minerais
Feldspato
PLUTÓNICAS Feldspato
Quartzo Calco- Moscovite Biotite Anfíbola Piroxena Olivina
VULCÂNICAS potássico
sódico
GRANITO
RIÓLITO
SIENITO
TRAQUITO
DIORITO
ANDESITO
GABRO
BASALTO
Para a classificação das rochas magmáticas, faz-se a distinção entre minerais mais
claros, denominados de félsicos (quartzo, feldspatos) e minerais mais escuros,
designados de máficos (biotite, piroxenas, anfíbolas e olivinas).
_________________
22
Por Paulo Aguiar
Ex. Diorito, Andesito.
Principais
minerais
Textura
Composição química
Corresponde à percentagem de óxidos dos elementos que fazem parte dos minerais
das rochas. Assim, as rochas com uma percentagem superior a 65% de sílica (SiO2) são
designadas por ácidas; por intermédias, se têm entre 65 e 52% de SiO2; por básicas,
quando o teor de sílica é baixo (52 a 45%); por ultrabásicas quando têm uma
percentagem de sílica inferior a 45%.
_________________
23
Por Paulo Aguiar
ROCHAS METAMÓRFICAS
Conceito de Metamorfismo
Como pôde verificar, quer a temperatura quer a pressão têm um papel preponderante
na génese das rochas metamórficas. Além destes factores, intervêm outros não menos
importantes como os fluidos de circulação e o tempo de actuação destes agentes
sobre as rochas.
A Temperatura ou o calor é:
¬ proveniente de intrusões magmáticas;
¬ resultante da desintegração de elementos radioactivos;
¬ ou ainda proveniente do próprio calor interno da Terra, face ao gradiente
geotérmico.
Ele provoca um enfraquecimento nas ligações atómicas dos minerais e facilita as
reacções químicas, permitindo deste modo a recristalização dos minerais preexistentes
ou então a formação de novos minerais – minerais de neoformação.
_________________
24
Por Paulo Aguiar
Consideram-se três tipos de pressão.
• Pressão litostática ou confinante – é a que resulta do peso das rochas
suprajacentes. Pode atingir valores muito elevados (a 20km de profundidade, a
pressão é de cerca de 6000 atmosferas) e actua em todas as direcções (Fig.
389.1). O comportamento mecânico das rochas é grandemente influenciado
pela pressão litostática; com o aumento desta, a resistência à ruptura e o limite
de elasticidade das rochas também aumentam.
• Pressão confinante ou stress – está relacionada com movimentos tectónicos da
crosta terrestre semelhantes àqueles que estão na origem de cadeias
montanhosas. As forças actuantes são unidireccionais (Fig. 389.2). É a este tipo
de pressão que se deve a estrutura foliada tão característica das rochas
metamórficas (Fig. 389.3).
• Pressão de voláteis - este tipo de pressão facilita ou dificulta determinadas
reacções químicas. Geralmente, os processos metamórficos são acompanhados
de reacções de desidratação. Se houver um aumento da pressão do vapor de
água, é necessário que a temperatura também aumente para que as reacções
possam ocorrer (Fig. 389.4).
_________________
25
Por Paulo Aguiar
TIPOS DE METAMORFISMO
O factor principal é, sem dúvida, o calor. Geralmente é causado por uma intrusão
magmática próxima. Os fluidos de circulação poderão ter também alguma influência.
_________________
26
Por Paulo Aguiar
METAMORFISMO REGIONAL
Metamorfismo de Afundimento
Metamorfismo Termodinâmico
_________________
27
Por Paulo Aguiar
Metamorfismo Dinâmico ou Dinamometamorfismo
Estrutura e Textura
_________________
28
Por Paulo Aguiar
¾ Granoblástica – caracterizada
por apresentar cristais de
dimensões semelhantes.
¾ Lepidoblástica – os cristais
predominantes na rocha são
lamelares, do tipo das micas.
¾ Porfiroblástica – caracterizada
por apresentar alguns cristais
mais desenvolvidos em relação
aos restantes constituintes.
¾ Cataclástica – os cristais
evidenciam fracturação e não
apresentam orientação definida.
_________________
29
Por Paulo Aguiar
PEINCIPAIS CARACTERÍSTCAS DE ALGUNS TIPOS DE ROCHAS METAMÓRFICAS
ROCHAS FOLIADAS
Ardósia
É geralmente uma rocha de cor negra ou cinzenta-
escura, de aspecto homogéneo de grão muito fino.
Caracteriza-se por apresentar uma série de planos,
muito bem definidos, que se sobrepõem uns aos
outros. Os minerais que o constituem são em geral
minerais de argila e apresentam dimensões tão
reduzidas que não se distinguem a olho nú. Por vezes,
contêm fósseis.
Xisto luzente
São rochas de cores variadas, de granularidade muito
fina, constituídas principalmente por quartzo, clorite
e micas (observáveis apenas ao microscópio). Nos
xistos mosqueados são visíveis macroscopicamente
alguns cristais, geralmente de quiastolite (variedade
de andaluzite). As superfícies de foliação são muito
brilhantes.
Micaxisto
É uma rocha de foliação bem marcada,
cosntituída essencialmente por quartzo e micas
(observáveis a olho nu), podendo apresentar
também, entre outros, alguns feldspatos,
granadas, anfíbolas e andaluzite, de grão médio.
Gneisse
É uma rocha constituída principalmente por
feldspatos e quartzo, em associação com micas e
anfíbolas, granadas, turmalinas e silimanite.
Apresenta uma estrutura bandeada nítida (minerais
claros alternam com minerais de cor escura, de
grão médio a grosseiro).
_________________
30
Por Paulo Aguiar
Migmatito
É uma rocha de aspecto heterogéneo (tons claros e
escuros), com estrutura bandeada incipiente, de grão
grosseiro a médio, essencialmente constituída por
feldspatos e quartzo em associação com micas,
anfíbolas e granadas.
Anfibolito
É geralmente uma rocha de cor escura,
cosntituída essencialmente por anfíbolas e
plagioclases, em associação com granadas e
quartzo, de grão fino a médio, com foliação
bem marcada.
Serpentinito
É uma rocha de cor esverdeada, acinzentada ou negra, de
grão médio a grosseiro, constituída por serpentina. É
macia ao tacto e tem brilho ceroso.
Corneana
São rochas geralmente de cor negra,
podendo apresentar outras tonalidades
(esverdeada, azulada) consoante a
composição mineralógica. São
constituídas por vários minerais –
feldspatos, quartzo, andaluzite, biotite,
silimanite – geralmente só observáveis ao
microscópio. Têm fractura conchoidal ou
irregular, geralmente fina e aspecto
córneo.
Mármore
É geralmente uma rocha de cor branca,
podendo apresentar várias tonalidades devido,
sobretudo, à incorporação de óxidos de ferro,
óxidos de manganês ou matéria carbonosa. É
constituída essencialmente por calcite, em
_________________
31
Por Paulo Aguiar
associação com piroxenas, granadas e grafite. Os mármores têm uma aspecto
visivelmente cristalino, com textura granoblástica.
Quartzito
É uma rocha de cor branca, podendo apresentar outras
tonalidades devido à inclusão de vários minerais
acessórios. É essencialmente constituída por quartzo
resultante da recristalização de arenitos siliciosos; tem
textura granoblástica, é compacta e dura.
Podemos dizer que as rochas dependem umas das outras e que ao longo do tempo se
transformam umas nas outras, dando lugar aos diferentes tipos litológicos ou
petrográficos.
_________________
32
Por Paulo Aguiar
A partir do magma por arrefecimento, solidificação e cristalização originam-se as
rochas magmáticas ou ígneas que por processos de levantamento podem chegar à
superfície onde ficam sujeitas aos processos geodinâmicos externos (meteorização,
erosão, transporte e sedimentação) originando-se sedimentos.
Dentro deste ciclo existem ciclos mais pequenos, como se pode ver na figura abaixo,
já que uma rocha magmática ou uma rocha sedimentar podem sofrer processos
metamórficos e mesmo voltar a fundir originando um magma.
_________________
33
Por Paulo Aguiar
UTILIZAÇÃO PRÁTICA DAS ROCHAS METAMÓRFICAS E EXEMPLOS DESTE TIPO DE
ROCHAS
O mármore utiliza-se ainda hoje nas casas, sobretudo como rocha ornamental, como é
o caso das lareiras. Outro local onde se utiliza o mármore é nos cemitérios e em
estátuas. Em muitos telhados encontra-se também presente uma conhecida rocha
metamórfica, a ardósia. É um dos melhores materiais para este efeito devido ao facto
da xistosidade favorecer a separação em folhas finas.
Apesar da maior parte do granito ser de origem magmática há ainda outro tipo de
granito, o ultrametamórfico, o qual foi também utilizado pelo Homem Primitivo no
fabrico de muitos dos seus objectos
_________________
34
Por Paulo Aguiar
NOÇÕES DE TECTÓNICA
MOVIMENTOS TECTÓNICOS
O planeta terra é considerado um planeta móvel, de tal maneira que o relevo terrestre
é resultado de acções de dois tipos de forças.
a) Forças endógenas, que actuam no interior da crusta terrestre.
b) Forças exógenas, que actuam na parte externa do planeta terra.
Movimentos Epirogénicos
Movimentos epirogénicos são movimentos verticais de subida e descida bastante
lentos de blocos, e afectam extensas áreas continentais, não produzem falhas ou
dobras e não tem competência para deformar estruturas rochosas.
Movimentos Orogénicos
A orogenia e um movimento que se caracteriza sobre tudo por sua competência em
deformar as estruturas rochosas, é relativamente rápido e quando se manifesta dá
origem a falhas nas zonas em que as rochas não apresentam plasticidade, e
enrugamento (dobras) nas zonas em que há plasticidade nas rochas.
Falhas.
A contínua busca de equilíbrio na crosta
terrestre, em virtude dos contínuos
movimentos das placas que se processam
desde a sua consolidação, implica A
deformações e ruptura das rochas. B
Denomina-se falha a uma ruptura que
tenha ocorrido nas rochas com um
consequente deslocamento dos blocos
resultantes. O deslocamento de um dos
dois blocos resultantes processa-se ao
longo do plano de falha (ver fig.).
A- Muro, B- Teto, R- Rejeito
_________________
35
Por Paulo Aguiar
Obs.: Quando ocorre uma fractura sem o deslocamento de blocos, esta denomina-se
Junta ou Diáclase.
FALHA HORIZONTAL OU DE
CIZALHAMENTO – É aquela em que o deslocamento dos blocos é paralelo a direcção da
falha, ou seja horizontal (ver fig.).
_________________
36
Por Paulo Aguiar
Sistema de Falhas
GRABEN OU FOSSA – É uma depressão ( baixo estrutural ) originada por uma sequência
de falhas ou seja quando um bloco se rebaixa entre duas falhas paralelas, e em
relação a dois ou mais blocos vizinhos(ver fig.).
Dobras
_________________
37
Por Paulo Aguiar
Componentes Das Dobras
Para a identificação das posições e dos tipos de dobras, deve-se analisar alguns
componentes.
a) Plano axial – É o plano que divide uma dobra tão simetricamente quanto
possível em duas partes. Em algumas dobras, o plano axial é vertical, em
outros inclinados, podendo ser horizontal em outras.
b) Eixo – É Resulta da intersecção do plano axial com uma camada qualquer, e
estará sempre representado por uma linha.
c) Flancos – Os dois lados de uma dobra são denominados por flancos da
respectiva dobra, logo um flanco se estende do plano axial de uma dobra até
ao plano axial da dobra seguinte.
d) Crista – É a porção mais elevada de uma dobra, podendo ser ao mesmo tempo
o eixo da dobra.
e) E – O plano formado pela reunião de cristas de varias camadas (ver fig.).
_________________
38
Por Paulo Aguiar
b) Sinclinal – É uma dobra côncava para cima
na qual as camadas se inclinam de modo
convergente, formando uma depressão
(baixo estrutural ).fig.
_________________
39
Por Paulo Aguiar