Você está na página 1de 20

Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira

BACIA DE BARREIRINHAS
MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA
DO MARANHÃO
Pedro Victor Zalán Allan Kardec Duailibe Barros Filho Roberto Juncken
Geólogo, Presidente da ZAG Professor titular da Universidade Geólogo, CGG, Rio de Janeiro.
Consultoria em Exploração de Federal do Maranhão, Ex-Diretor da
Petróleo, Rio de Janeiro Agência Nacional do Petróleo,
Consultor da TGS, Houston/Rio de Presidente da Gasmar, São Luis.
Janeiro.
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

INTRODUÇÃO

Nesta Nota Técnica, registramos o grande


potencial petrolífero da Bacia de
Barreirinhas, situada nas águas territoriais
do Estado do Maranhão. Mostramos a
similaridade e a correlação geológica de suas Seguindo o espírito de Nota
porções em águas profundas e ultra Técnica anterior, “Um Novo
profundas com duas grandes províncias “Pré-Sal” no Arco Norte do
petrolíferas de classe mundial, detentoras de Território Brasileiro?” (Barros
grandes reservas de óleo e gás e grandes Filho et al., 2021) voltamos a
produtoras de petróleo. chamar a atenção do Brasil para
o amplo potencial petrolífero na
Seguindo o espírito de Nota Técnica anterior, franja oceânica norte do território
“Um Novo “Pré-Sal” no Arco Norte do Território brasileiro; a Margem Equatorial
Brasileiro?” (Barros Filho et al., 2021) Brasileira.
voltamos a chamar a atenção do Brasil para
o amplo potencial petrolífero na franja
oceânica norte do território brasileiro; a
Margem Equatorial Brasileira. Em se confirmando as expectativas destacadas nestas duas
Notas Técnicas, os estados do Amapá, Pará e Maranhão – este em particular - poderão se
beneficiar de vultosas receitas diretas, tais como tributos e royalties, ou indiretas, que é
pujança de um desenvolvimento industrial forte, além de grandes avanços no setor de
serviços, com expressiva geração de emprego e renda, que podem ser fomentados pela
exploração e produção petrolífera. Para essa região, historicamente carente de recursos,
caracterizada por bolsões de miséria e fome, há amplas perspectivas de desenvolvimento
regional pelo fato de que a produção de óleo e gás poderá gerar abundância energética, a
qual certamente impulsionará a industrialização dessa região do território nacional. Afinal,
há uma inegável correlação direta e positiva de produto interno bruto (PIB) com geração de
energia.

Neste trabalho, reiteramos a importância da compreensão da dimensão estratégica da


exploração petrolífera na Margem Equatorial brasileira, não só para a batalha contra a fome,
mas pela preservação da soberania nacional nesse território limítrofe do país. O Brasil deve
se apropriar das amplas riquezas de suas águas para apoiar um novo ciclo de
desenvolvimento nacional.

2
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

Adicionalmente, dado o contexto internacional, em que se travam batalhas por fontes


energéticas no extremo norte da Europa, Ucrânia X Rússia, ou nos países vizinhos da
América do Sul, da Guiana e Venezuela, é fundamental que o país esteja atento e reconheça
a luta geopolítica que se desenha no mundo pela segurança energética. Importante
relembrar que os Estados Unidos, apesar da resistência interna, estão explorando as suas
grandes reservas no Alasca e, no Mar do Norte, tanto a Noruega quanto o Reino Unido
avançam hoje, respectivamente, em exploração em águas profundas em busca de metais ou
petróleo!

Explorar a Amazônia Azul do Brasil se configura uma questão estratégica nacional, não
apenas no âmbito da Zona Econômica Exclusiva, mas também além do seu limite de 200
milhas náuticas (Figura 1). Tais extensões de suas águas territoriais já foram pleiteadas pelo
Projeto LEPLAC (Grupo de Trabalho para Acompanhamento da Proposta do Limite Exterior
da Plataforma Continental Brasileira) perante a Comissão de Limites da Plataforma
Continental (CPLC) da ONU e encontram-se presentemente em análise.

Figura 1 - Mapa fisiográfico da Margem Equatorial do Brasil e suas cinco bacias sedimentares. Os limites indicados são
os limites oficiais considerados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), até o marco de
200 milhas náuticas da Zona Econômica Exclusiva. As Bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão e Barreirinhas
possuem geologia análoga às Províncias Petrolíferas da Guiana/Suriname e Gana/Costa do Marfim. As Bacias de
Barreirinhas e Potiguar possuem extensões terrestres nos estados do Maranhão e Rio Grande do Norte; as outras são
totalmente marítimas.

3
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

O Brasil passou por uma revolução energética nas quatro últimas décadas, saindo da
posição de importador altamente vulnerável de energia para a condição atual de
exportador. O Brasil tornou-se um major player na indústria petrolífera internacional. O país
produziu em setembro 4,67 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboepd),
sendo 3,67 milhões de barris de óleo por dia (MMbopd) e 157,99 milhões de metros cúbicos
de gás por dia (MMm³pd) (Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP,
setembro 2023).

Estes números o colocam na 7ª. posição de maior produtor de óleo mundial. O Brasil
exporta cerca de 31% de sua produção e importa o equivalente a 14% em óleo leve e
derivados de óleo e gás (IBP, abril 2023), tornando-se assim um exportador líquido de
petróleo. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE, janeiro 2023) estima que a produção de
óleo do país crescerá até 2029, atingindo um pico de 5,4 MMbopd, já contando com uma
parcela de recursos contingentes (aqueles já descobertos, mas não desenvolvidos ainda) e
recursos prospectivos (não descobertos, mas supostos existirem por métodos indiretos)
(Figura 2).

Figura 2 – Gráfico da previsão da produção de óleo do Brasil no decênio 2022-2032 (EPE, janeiro 2023). Notar um pico
de produção no ano de 2029 de 5,4 MMbopd. A utilização integral das reservas conhecidas se dá apenas até 2026, a
partir do qual são necessárias as contribuições de recursos contingentes desenvolvidos economicamente em reservas
e da descoberta de recursos hoje classificados como prospectivos (não descobertos). A manutenção das elevadas
taxas de produção décadas adiante requer a descoberta significativa de recursos hoje classificados como prospectivos
e seu desenvolvimento econômico em reservas.

4
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

Entretanto, as reservas (recursos já descobertos e desenvolvidos, produzíveis


economicamente) oficiais atuais do Brasil (Reservas Provadas 1P de 14,85 Gbor, bilhões de
barris de óleo recuperáveis) permitem a manutenção do ritmo da produção atual por
apenas 13 anos (Boletim de Recursos e Reservas de Petróleo e Gás Natural 2022 da ANP,
março 2023). Em se concretizando as previsões de produção da EPE, este período cairá
significativamente. Tal fato acende uma luz amarela indicando a urgente necessidade de se
apropriar mais reservas de óleo e gás. E é neste caso que a Margem Equatorial Brasileira
aparece de maneira eloquente, pois ela é a grande fronteira exploratória de enorme
potencial petrolífero que o país possui para repor e aumentar de maneira significativa suas
reservas nestes insumos energéticos. O desenvolvimento econômico dos recursos
contingentes já conhecidos (transformando-os na categoria de reservas) (principalmente
no Pré-Sal) contribuirá de maneira paliativa, dando um fôlego extra à enorme produção
projetada por alguns poucos anos apenas. A fronteira exploratória que o Brasil possui para
permitir a apropriação de dezenas de bilhões barris de reservas em óleo e gás equivalente
e dar ao país uma sobrevida confortável, até pelo menos 2050, é a Margem Equatorial
Brasileira.

A plena exploração e desenvolvimento do potencial petrolífero da Margem Equatorial


poderá garantir ao Brasil os recursos energéticos e financeiros necessários para o país
passar também por uma revolução social no Arco Norte do território nacional,
garantindo-se infraestrutura, tanto logística quanto de saúde e educacional, tão necessárias
para uma vida digna, humana e, claro, saudável, criativa, produtiva, intelectual e confortável
para centenas de milhões de brasileiros.

5
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

ENERGIA: A MATRIZ PLANETÁRIA, TRANSIÇÃO E POBREZA

A evolução da matriz energética planetária manteve impávida. O gráfico não corrobora


sempre foi lenta e ascendente, seguindo o a especulação da década de 1970 – ainda
aumento coletivo do produto interno bruto hoje extensivamente propagada e reiterada
(PIB). Estatisticamente falando, não houve em grandes movimentos políticos – de que
absolutamente nenhuma queda, haverá uma nova transição energética para
diminuição ou extermínio de nenhuma uma única fonte dominante, como houve da
fonte energética nos últimos 200 anos, lenha para o carvão, no século 19, e do
desde a Revolução Industrial. Os eventos carvão para o petróleo no século 20. No
esporádicos foram a crise da década de século 21, ao que os dados demonstram
1970 e a pandemia do Covid. Esses números (observe a Figura 3), a Humanidade caminha
são corroborados pelo gráfico dos últimos consistentemente para utilizar
dois séculos, mostrado abaixo.
10 4
6

Biomassa
5 Carvao
Petroleo
Gas
Renovaveis
4 Biocombustiveis
Solar
Eolica
ENERGIA

Hidro
3
Nuclear

0
1800 1850 1900 1950 2000
Ano
Fonte: Enerav Institute Statistical Review of World Enerav (2023): Vaclav Smil (2017)

Figura 3 – Evolução da matriz energética planetária desde o ano de 1800. Houve transição da lenha para o carvão no
final do século 19 e do carvão para o petróleo no século 20. Os dados indicam que não haverá novamente uma
transição energética de uma fonte para outra, mas um conjunto delas dominarão as próximas décadas, no caso, o
petróleo, o carvão e o gás natural, levando-se em consideração a história dessa evolução que sempre foi muito lenta.
Note que a contribuição das fontes renováveis ainda é residual (gráfico elaborado pelos autores).

Bom relembrar que nesses últimos dois majoritariamente uma matriz de três fontes:
séculos, houve a independência do Brasil, petróleo, carvão e gás natural. Matriz
dos países das Américas, da África, duas energética diversa, com várias fontes e
guerras mundiais, revoluções na Rússia e na similar à que tem o Brasil, país que está mais
China, revoltas em todos os continentes, avançado em termos de energia no planeta.
criação de novos países e outros que
mudaram de nome. No entanto, a curva se Mais ainda, está acontecendo uma

6
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

revolução planetária causada pela Progress Report, 2023). A África Subsaariana


inteligência artificial (IA). Nessa área, é é a região onde a maioria desses indivíduos
importante lembrar que alguns modelos de reside. O resultado grave desse estudo é
inteligência artificial podem levar dias, que um em cada oito indivíduos no planeta
semanas ou até meses para serem não têm acesso a energia!
treinados, dependendo da complexidade do
modelo e da quantidade de dados. Durante O estudo concluiu que o objetivo de
esse tempo, os recursos computacionais desenvolvimento sustentável da
estão constantemente ativos, consumindo Organização das Nações Unidas (ONU),
energia. Dessa forma, os centros de dados – estabelecido em 2015 pelos países
os datacenters - que suportam esses membros, que pretende assegurar energia
treinamentos consomem grandes limpa e acessível até 2030, está longe de ser
quantidades de eletricidade. alcançado. No fundo, os estudiosos
entendem que não há combate à pobreza
Nessa área, recente estudo da Universidade sem energia para o pobre! A pobreza, que é
de Stanford, publicados na Nature um determinante social crítico da saúde,
Electronics, estima que a quantidade de adicionalmente tem relação direta com o
energia necessária para treinar modelos de aumento do risco de morte durante a vida.
IA provavelmente ultrapassará o consumo
energético global anual até 2030 (Conklin e
Kumar, 2023). Mais ainda, os custos
associados à infraestrutura continuarão a
crescer, especialmente com os
Os custos associados à
investimentos em tecnologia avançada. Isso
infraestrutura continuarão a
sugere que estamos ingressando em uma
crescer, especialmente com os
era de computação altamente vinculada à
investimentos em tecnologia
energia e em uma agenda planetária que
avançada. Isso sugere que estamos
exigirá mais energia, para além das
ingressando em uma era de
demandas esperadas das economias
computação altamente vinculada à
crescentes da Índia e da China e que têm
energia e em uma agenda
mais que 50% da população mundial.
planetária que exigirá mais energia
...
Por outro lado, um relatório recente,
divulgado por várias organizações, incluindo
a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o
Banco Mundial, informa que cerca de 675 Outro estudo, da respeitada revista Nature,
milhões de indivíduos em todo o planeta estudou os efeitos dos programas de
não têm acesso à eletricidade (The Energy transferência de renda de vários países

7
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

(Richterman et al., 2023). O índice de em crianças menores de cinco anos! Ou


pobreza extrema, equivalente a uma pessoa seja, hoje testemunhamos, de um lado, a
viver com menos de R$ 10 reais por dia, região do Arco Norte – aquela acima do
ainda afeta um em cada dez habitantes da paralelo 16 ou de Brasília, lutando para
Terra! Os autores, liderados por Aaron explorar petróleo em sua Margem
Richterman, avaliaram os efeitos dos Equatorial. Do outro, uma imensa maioria
programas de transferência de renda em de dependentes de transferência de renda –
larga escala, implementados pelos governos o Amapá, por exemplo, atinge 60% de sua
de vários países, sobre a mortalidade de população assistidos pelo Bolsa Família.
adultos e crianças por todas as causas em Sem transferência de renda e sem recursos,
37 países de baixa e média renda. a conclusão óbvia é que brasileiros e
Descobriu-se que aqueles programas estão brasileiras estão associados a risco real de
associados a uma diminuição de 20% no morte, em pleno século 21, por fome!
risco de morte em mulheres adultas e de 8%

8
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

O POTENCIAL PETROLÍFERO PUJANTE DO OCEANO


ATLÂNTICO EQUATORIAL

As descobertas dos campos gigantes de O grande potencial petrolífero das margens


petróleo de Jubilee em 2007 em Gana e de continentais que circundam o Oceano
Liza em 2015 na Guiana mudaram para Atlântico Equatorial começou a ser revelado
sempre o panorama petrolífero das imensas em 2007 com a descoberta do campo de
margens continentais do Oceano Atlântico Jubilee nas águas profundas de Gana, na
Equatorial. A cada uma destas seguiu-se costa ocidental da África. A descoberta de
uma enxurrada de descobertas de outros Jubilee em Gana marcou a quebra de um
campos de óleo e gás em seus arredores, paradigma geológico. Até então as margens
originando-se assim duas grandes continentais atlânticas equatoriais
províncias petrolíferas: Guiana/Suriname e produziam óleo e gás a partir de pequenas
Gana/Costa do Marfim. Além destas, houve acumulações de hidrocarbonetos em águas
descobertas também em Serra Leoa e rasas, gerados e hospedados em rochas dos
Libéria e, mais aqui próximo, na Guiana Sistemas Petrolíferos Rifte e Transicional, as
Francesa. A Figura 4 mostra como a Bacia de mais antigas destas bacias. As trapas eram
Barreirinhas se correlaciona de maneira de natureza predominantemente estrutural.
favorável com estas duas províncias. Não se considerava viável o funcionamento

Figura 4 - Imagem do GOOGLE EARTH PRO destacando a Bacia de Barreirinhas em relação às Províncias Petrolíferas
de Guiana/Suriname e Gana/Costa do Marfim. A correlação entre Guiana/Suriname e Barreirinhas se dá pela
continuação física do sistema petrolífero já comprovado, de Norte para Sul (seta verde). A correlação transatlântica
entre Gana/Costa do Marfim e Barreirinhas se dá por analogia, através do elemento tectônico de ligação entre a
África e a América do Sul denominado de Zona de Fratura Oceânica Romanche (seta azul). As duas bacias geológicas
estiveram juntas/próximas ao longo da evolução da abertura do Oceano Atlântico Equatorial e sua separação se deu
ao longo desta Zona de Fratura; daí deduzir-se a presença dos mesmos sistemas petrolíferos.

9
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

efetivo do Sistema Petrolífero Cretácico revelou-se sub-comercial. Em 2015


(detalhado adiante), mais novo que as iniciou-se o estrondoso sucesso da
anteriores e destituídas de trapas ExxonMobil da Guiana, no Bloco Stabroek,
estruturais. Muito pouco se conhecia então com a descoberta do campo gigante de Liza
de suas águas profundas e ultra-profundas. (reservas de 1 Gboer), no mesmo Sistema
A descoberta de Jubilee, que se revelou um Petrolífero Cretácico de Gana/Costa do
campo gigante, acumulado em uma trapa Marfim. Desde então, a ExxonMobil já
puramente estratigráfica neste sistema contabilizou 32 descobertas de
petrolífero, indicou uma potencialidade acumulações petrolíferas que já somam
promissora para estas regiões mais distais e mais de 11 bilhões de barris de óleo
a mudança de foco na sua prospecção, de equivalente recuperáveis (Gboer). Tais
trapas estruturais para trapas recursos equivalem a 75% da reserva do
estratigráficas. Várias outras descobertas Brasil em um único bloco com 26.800 km² e
comerciais se seguiram ao longo dos anos, pertencente a um consórcio de apenas 3
tanto em Gana como na vizinha Costa do companhias de petróleo (ExxonMobil,
Marfim. Esta história de sucesso teve seu Chevron e China National Offshore Oil). Com
ápice em 2021 quando a ENI descobriu o alguns poucos campos em produção
campo gigante de Baleine, o maior de todos através de 3 plataformas do tipo FPSO sua
na África Equatorial. Seus recursos capacidade de produção total atual chega a
revelados são da ordem de 2,5 bilhões de 620.000 bopd. Prevê-se uma produção de
barris de óleo e 3,3 trilhões de pés cúbicos 1,2 MMbopd ao final de 2027 através de 6
(TCF) de gás associado. Em menos de 2 anos FPSOs; atingindo-se um platô de 1,9
após descoberto, Baleine já produz 20 mil MMbopd ao longo da década de 2030. As
barris de óleo por dia (Mbopd). Até o fim da companhias de petróleo rapidamente se
década sua produção chegará a 150 Mbopd. organizaram e adquiriram blocos na vizinha
A produção atual de Gana é da ordem de Suriname onde o consórcio Total/Apache já
160-170 Mbopd e 28 MMm³pd de gás. contabilizou 6 descobertas comerciais de
Descobertas sub-comerciais neste sistema óleo e gás/condensado com reservas da
petrolífero também foram feitas em Serra ordem de 700 MMboer. (em 2 campos, por
Leoa e Libéria. enquanto). Outros consórcios também
anunciaram descobertas:
O potencial petrolífero do lado Petronas/ExxonMobil 2 descobertas
Sul-Americano do Oceano Atlântico comerciais, uma de gás e outra de óleo,
Equatorial deu um primeiro sinal de vida em Apache/Petronas/Cepsa 1 descoberta de
2011 com a descoberta de Zaedyus nas óleo. A Província Petrolífera
águas profundas da Guiana Francesa, a Guiana/Suriname poderá estar produzindo
apenas 50 km da fronteira com o Amapá. próximo de 2MMbopd ao final desta
Infelizmente, a delimitação da descoberta década.

10
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

Todas estas descobertas situam-se em um Nos últimos 16 anos, o Brasil acumulou


único sistema petrolífero: Sistema muito conhecimento e dados sobre a
Petrolífero Cretácico. Tal sistema, Margem Equatorial e o Sistema Petrolífero;
conforme discutido adiante, é de amplo no entanto, durante todo este tempo, não
conhecimento da Petrobras já que todas as houve uma única perfuração de um poço
descobertas de gás/óleo/condensado exploratório sequer objetivando
realizadas recentemente pela companhia na pesquisar o sistema petrolífero
Bacia de Sergipe-Alagoas encontram-se “vitorioso” daqueles países.
hospedadas neste sistema. Além disso, a
companhia já produz óleo e gás deste
sistema há décadas, nas Bacias do Espírito
Santo e Santos.

Entendemos que os motivos para essa apatia exploratória são:

Desconhecimento técnico por parte da sociedade brasileira,


especialmente nos Estados do Nordeste, sobre o grande potencial
petrolífero da Margem Equatorial Brasileira;

Dificuldades das autoridades energéticas brasileiras – reconhecida em


documentos como o PDE e PNE – em equacionar as questões ambientais
e energéticas em linha com o interesse nacional. Especificamente, em
relação às Bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão e Barreirinhas, em
estender para lá questionamentos ambientais, não colocando em licitação
blocos com alto potencial petrolífero nas águas profundas e
ultra-profundas dos Estados do Amapá, Pará e Maranhão.

Falta de interesse das operadoras em ampliar sua área de operação, visto


que a margem sudeste (Bacias de Santos e Campos) apresentava ainda
grandes prospectos promissores de Pré-Sal. Entretanto, com a perfuração
de vários poços, por várias operadoras, sem resultados comerciais nos
últimos anos, a atenção das companhias deverá se voltar à promissora
nova fronteira da Margem Equatorial.

11
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

O RICO SISTEMA PETROLÍFERO CRETÁCICO

Esta Nota Técnica se refere exclusivamente Portanto, todos os números de reservas,


ao Sistema Petrolífero Cretácico, uma recursos, potencial e produções a que nos
formação geológica constituída de um referimos nesta Nota Técnica são relativos
conjunto de rochas-fonte (as geradoras dos exclusivamente a esta entidade geológica.
hidrocarbonetos do tipo folhelhos Importante reforçar que o Sistema
marinhos) e rochas reservatórios (arenitos Petrolífero Cretácico é responsável por
do tipo turbiditos) de petróleo de idade todos os campos de petróleo e gás na parte
cretácica superior (idades entre 100 e 65 marítima de Sergipe e Espírito Santo, e por
milhões de anos), dentro do qual foram vários campos médios a pequenos nas
gerados e acumulados os volumes de Bacias de Santos e Campos. Trata-se,
petróleo em questão. Este sistema se portanto, de um sistema petrolífero bem
formou e ocorre dentro da Sequência Drifte conhecido pela Petrobras, bem produtivo e
da bacia, um pacote de rochas sedimentares previsível. Para se ter uma ideia da
depositado durante a fase de separação importância deste sistema petrolífero, ele é
entre a América do Sul e África. As o responsável pela riqueza em petróleo da
rochas-fonte foram depositadas durante o Venezuela, portadora da maior reserva de
início desta Fase, durante o período hidrocarbonetos do planeta.
geológico conhecido como
Albiano-Cenomaniano-Turoniano (100-80
Não foi só no Oceano Atlântico Equatorial
milhões de anos) e se encontram nas partes
que este sistema produziu grandes volumes
mais profundas da bacia. Uma característica
de petróleo. No Oceano Atlântico Sul, além
geológica importante deste sistema são as
das bacias brasileiras citadas acima,
trapas estratigráficas; mecanismos de
recentemente foram anunciadas na
armadilhamento dos hidrocarbonetos,
Namíbia várias descobertas de campos de
todos do tipo estratigráficas. Esta
característica faz com que a exploração óleo, sendo um deles um campo
deste sistema seja mais complexa, mais super-gigante. Na África do Sul, dois campos
refinada e mais dependente de avançada gigantes de gás também foram descobertos.
tecnologia sísmica. A título de comparação e Todos eles associados ao Sistema
de diferenciação, todos os mecanismos de Petrolífero Cretácico.
armadilhamento dos campos do Pré-Sal são
do tipo trapas estruturais.

12
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

O POTENCIAL PETROLÍFERO DA BACIA DE BARREIRINHAS

A Bacia de Barreirinhas desenvolveu-se magnetométricos e sísmica de refração 2D.


como uma bacia de margem transformante, Uma grande espessura sedimentar anômala
em um ambiente transtensional gerado ao foi identificada no centro da bacia,
longo de uma grande falha transformante primeiramente através da gravimetria e
do passado geológico; hoje conhecida como posteriormente confirmada pela sísmica 2D
Zona de Fratura Oceânica Romanche (Figura (Figura 6). Sua espessura sedimentar
4). A bacia tem sido explorada com o uso de alcança valores de 12.000 metros. Este
sísmica de reflexão 2D e 3D (Figura 5), profundo depocentro garante que qualquer
levantamentos gravimétricos e rocha rica em matéria orgânica

Figura 5 – Mapa da Bacia de Barreirinhas mostrando os dados sísmicos disponíveis, os poços perfurados e os blocos
exploratórios atualmente adjudicados. Observar a existência de apenas 3 poços perfurados em águas profundas,
sendo a maioria em terra e águas rasas. Poço 1 apresentou indício de óleo e os Poços 2 e 3 indícios de gás. Todos
apresentaram excelentes reservatórios turbidíticos saturados com água. Todos testaram o mesmo tipo de play, trapas
estruturais consistindo em reservatórios turbidíticos dobrados no interior de células de deslizamento gravitacionais.
Não foram testados ainda reservatórios turbidíticos em trapas estratigráficas. Os logotipos indicam as companhias
operadoras dos blocos.

13
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

Figura 6 – Seção sísmica 2D (amplitude em profundidade) regional ilustrando a grande espessura e a geologia da bacia
conforme a profundidade da lâmina d’água. Nas águas profundas, os pontos A e B apresentam espessuras de 10 e 8
km, respectivamente. Nas águas ultra-profundas, os pontos C e D apresentam espessuras de 7 e 6 km,
respectivamente. A seção basal apresenta os refletores típicos das rochas-fonte geradoras de petróleo (setas verdes).
Inseridos nela e logo acima encontram-se os reservatórios turbidíticos prováveis portadores de hidrocarbonetos.

(rochas-fonte de petróleo) porventura anteriormente, este tipo de trapas não são


existente na bacia tenha necessariamente as mais adequadas para serem exploradas
gerado, primeiramente, óleo; e, no Sistema Petrolífero Cretácico. O
posteriormente, gás. Essa grande espessura primeiro deles (Poço 1 na Figura 5) foi
também aumenta as probabilidades de se perfurado pela Devon e visou reservatórios
terem mais reservatórios turbidíticos. turbidíticos em uma dobra anticlinal.
Embora tenha encontrado bons
Como mencionado anteriormente, o pleno reservatórios, apenas um fraco indício de
potencial do Sistema Petrolífero Cretácico óleo foi detectado. Como este óleo foi
se desenvolve nas águas profundas e correlacionado ao Sistema Petrolífero
ultra-profundas das Margens Equatoriais Cretácico, o resultado indicou que tal
Atlânticas. Como pode ser observado na sistema estava ativo na bacia. A Petrobras
Figura 5, apenas 3 poços foram perfurados perfurou os outros dois poços e igualmente
nas águas profundas da Bacia de encontrou excelentes reservatórios
Barreirinhas. Todos eles visaram trapas turbidíticos em dobras anticlinais similares,
estruturais em zonas deformadas por mas sem indícios de óleo, apenas fracos
dobramentos e falhas de cavalgamento indícios de gás.
associadas a deslizamento gravitacional
ocorrente acima de rochas plásticas Um grande levantamento sísmico 3D
denominadas de folhelhos. Como descrito (14.416 km²) denominado MegaBar (Figura

14
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

5) foi recentemente reprocessado e idade dos principais reservatórios na


interpretado pela companhia CGG. Este Guiana/Suriname. Também foram
estudo confirmou a existência dos dois tipos identificados complexos de canais de idade
de trapeamentos de hidrocarbonetos Santoniana e mais velhas, da idade dos
existentes na bacia, o estrutural (associado principais reservatórios em Gana/Costa do
a deslizamento gravitacional, já testado por Marfim (Figuras 8 e 9). Com o mapeamento
3 poços) e, o mais importante, o intensivo destas diferentes
estratigráfico (ainda não testado nas águas rochas-reservatório e empregando
profundas e ultra-profundas). Além disso, a atributos sísmicos sofisticados a CGG
interpretação identificou a existência de identificou mais de 100 corpos com
canais e lobos submarinos contendo rochas geometrias favoráveis (leads exploratórios)
reservatório de idade Campaniana- à ocorrência de hidrocarbonetos.
Maastrichtiana (Figuras 7 e 8), a mesma

Figura 7 - Mapa de envelope de amplitude sísmica interpretada do levantamento 3D MegaBar. Canais turbidíticos
meandrantes, arenosos, de idade Maastrichtiana-Campaniana (iguais ao campo de Liza e outros na Guiana) são
claramente visíveis. Os canais estão controlados por falhas na direção NE-SW (linhas pretas tracejadas) com
arrombamentos laterais perpendiculares originando lobos submarinos (crevasse splays) notáveis (setas brancas).

15
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

Figura 8 - Linha sísmica 3D (amplitude em profundidade) MegaBar, mostrando a presença de numerosos leques
submarinos arenosos de idade de idade Maastrichtiana-Campaniana (iguais ao campo de Liza e outros na Guiana)
(cores azuis, setas brancas) e, mais profundos, de idade Albiana/Cenomaniana/Turoniana (iguais ao campo de Jubilee
e outros em Gana) (cores azuis, setas pretas) em posições típicas de trapas estratigráficas (acunhamento mergulho
acima). Múltiplos alvos profundos se encontram situados próximos à seção geradora (seta verde), diminuindo assim o
risco de migração do petróleo para os reservatórios.

Figura 9 - Linha sísmica 3D (amplitude em profundidade) MegaBar, ortogonal à anterior, mostrando igualmente a
presença de numerosos leques submarinos arenosos de idade Albiana/Cenomaniana/Turoniana (iguais ao campo de
Jubilee e outros em Gana) (cores azuis, setas pretas) Suas terminações laterais são claramente visíveis. Múltiplos alvos
profundos se encontram situados próximos à seção geradora (seta verde), diminuindo assim o risco de migração do
petróleo para os reservatórios.

16
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

Está geologicamente provado que o associadas à correlação com as províncias


Sistema Petrolífero Cretácico existe e petrolíferas descritas no capítulo anterior, e
funcionou nas águas profundas e ilustrada na Figura 4, indicam um grande
ultra-profundas da Bacia de Barreirinhas. potencial petrolífero para as águas
Evidências diretas, como as mencionadas profundas e ultra-profundas da Bacia de
acima, e indiretas derivadas dos excelentes Barreirinhas.
dados sísmicos 2D e 3D, atestam este fato. A
bacia possui grande espessura de rochas Tendo em vista que existem atualmente 14
sedimentares da Fase Drifte (depositadas blocos com contratos de exploração ativos
durante a separação da América do Sul e da nas águas profundas e ultra-profundas da
África) resultando com isto em um grande Bacia de Barreirinhas (Figura 5) torna-se
volume de rochas potencialmente imperioso que o processo de licenciamento
favoráveis para acumulações de de perfurações exploratórias na bacia seja
hidrocarbonetos. Estas características imediatamente agilizado e desembaraçado.

17
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

CONCLUSÕES

A Bacia de Barreirinhas é uma das 3 bacias


da metade setentrional da Margem
Equatorial Brasileira que possuem forte
similaridade e analogia geológicas com as
Torna-se imperioso que o
prolíficas Províncias Petrolíferas da
processo de licenciamento de
Guiana/Suriname e Gana/Costa do Marfim.
perfurações exploratórias na
Nestas províncias, dezenas de bilhões de
bacia seja imediatamente
barris de óleo já foram descobertos e
agilizado e desembaraçado...
centenas de milhares de barris de óleo são
produzidos diariamente.

Está geologicamente provado que o exitoso processo de licenciamento de perfurações


Sistema Petrolífero Cretácico existe e exploratórias na bacia seja imediatamente
funcionou nas águas profundas e agilizado e desembaraçado, antes que as
ultra-profundas da Bacia de Barreirinhas. companhias desistam e entreguem os
blocos de volta à ANP.
Evidências sísmicas derivadas de
levantamento 3D de alta qualidade indicam Conforme demonstrado na Nota Técnica
a existência de várias situações favoráveis anterior, “Um Novo “Pré-Sal” no Arco Norte do
para a acumulação de hidrocarbonetos. Território Brasileiro?” (Barros Filho et al.,
2021), não há maiores problemas
Não se pode ainda quantificar a ambientais na margem equatorial
potencialidade petrolífera da bacia, mas, em impeditivos da exploração de petróleo.
termos qualitativos, não há dúvidas de que
ela possui um grande potencial para Esperamos que esta Nota sensibilize as
descobertas significativas de autoridades brasileiras quanto à urgência e
hidrocarbonetos. a necessidade de se explorar e de se
apropriar dos ricos recursos petrolíferos
Existem atualmente 14 blocos com que existem na Bacia de Barreirinhas, assim
contratos de exploração ativos nas águas como em toda a Margem Equatorial
profundas e ultra-profundas da Bacia de Brasileira, de maneira que eles possam se
Barreirinhas (Figura 5), alguns operados por transformar em impulsionadores da
companhias majors da indústria petrolífera melhoria de vida das populações que
internacional (Shell, British Petroleum, habitam os estados da Federação que a
Petrobras). Torna-se imperioso que o margeiam.

18
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANP, Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural Número 157, setembro 2023, Agência
Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Rio de Janeiro, 35 páginas.
https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins-anp/boletins/
arquivos-bmppgn/2023/boletim-setembro.pdf

ANP, Boletim de Recursos e Reservas de Petróleo e Gás Natural 2022, 31/03/2023, Agência
Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Rio de Janeiro, 14 páginas.
https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/dados-estatisticos/arquivos-reserv
as-nacionais-de-petroleo-e-gas-natural/boletim-anual-reservas-2022.pdf

Barros Filho, A.K., Carmona, R.G., Zalán, P.V., 2021, Um Novo “Pré-Sal” no Arco Norte do
Território Brasileiro? Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira, 14 páginas.
Publicação dos Autores.

EPE, Sensibilidades e Análise Econômica para a Previsão da Produção de Petróleo e Gás


Natural – Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2032, janeiro 2023, Empresa
de Pesquisa Energética, Rio de Janeiro, 34 slides.
https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesAr
quivos/publicacao-689/topico-640/Sensibilidades%20e%20An%C3%A1lise%20Econ%C3
%B4mica%20para%20a%20Previs%C3%A3o%20da%20Produ%C3%A7%C3%A3o%20de
%20Petr%C3%B3leo%20e%20G%C3%A1s%20Natural.pdf

IBP, Evolução da Produção, Exportação e Importação de Petróleo no Brasil, abril 2023,


Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, Rio de Janeiro.
https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/producao-importacao-e-exportacao-de-p
etroleo/

OPEC, World Oil Outlook 2045, 2023, Organization of the Petroleum Exporting Countries,
Vienna, 298 pages.

S&P Global, Commodity Insights, 09 October 2023, OPEC sees no peak oil demand on
horizon, more crude needed to fuel global economy
https://www.spglobal.com/commodityinsights/en/market-insights/latest-news/oil/1009
23-opec-sees-no-peak-oil-demand-on-horizon-more-crude-needed-to-fuel-global-econo
my

19
Nota Técnica Sobre a Margem Equatorial Brasileira
BACIA DE BARREIRINHAS – MAIS UMA JOIA PETROLÍFERA DO MARANHÃO

Richterman, A., Millien, C., Bair, E.F. et al. The effects of cash transfers on adult and child
mortality in low- and middle-income countries. Nature 618, 575–582 (2023).
https://doi.org/10.1038/s41586-023-06116-2

Conklin, A.A., Kumar, S. Solving the big computing problems in the twenty-first century.
Nat Electron 6, 464–466 (2023).
https://doi.org/10.1038/s41928-023-00985-1

The Energy Progress Report (2023).


Disponível em: https://trackingsdg7.esmap.org/

20

Você também pode gostar