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net/publication/317551866
Bacia do Parnaíba
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PHOENIX Ano 7
Número 81
Setembro 2005
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a bacia foi iniciada após o ci-
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Panafricano, no fim do Ordo-
al de cerca de 600.000km2, mas, durante o
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interpretações sísmicas e
com o recuo de escarpas. Formações corre-
3
gravimétricas , com direção
lacionáveis às da bacia do Parnaíba são en- BACIA DO
ESPIGÃO MESTRE
tificação cruzada, de espessura variável, so- apenas nas partes leste e sudeste da bacia, dância relacionada com abrasão glacial e
brepostos por conglomerados e arenitos sendo recoberto discordantemente, pelo abaixamento do nível do mar. Os tilitos
conglomeráticos com características glaciais Grupo Itapecuru, a noroeste, e Grupo Canin- mostram até 95% de material palinológico
6
e flúvio-glaciais (apresenta, p. ex., alguns dé nos demais flancos. Este grupo é forma- de vários andares do Devoniano, indicando
seixos em forma de ferro de engomar e es- do pelas formações Itaim (arenitos), Pimen- que as geleiras removeram grande quanti-
triados). A seguir vem a Formação Tianguá teira (folhelhos e arenitos), Cabeças (arenitos dade de sedimentos paleozóicos previa-
(eosiluriana) composta de folhelhos, siltitos e diamictitos), Longá (folhelhos cinzas) e Poti mente depositados10. No Rio Araguaia, a
cinzas e arenitos cinza-esbranquiçados in- (arenitos e, subordinadamente, folhelhos cin- Formação Cabeças é representada apenas
tercalados; em muitas partes a unidade afina zas e diamictitos), de idade eodevoniana a pelos tilitos2. A unidade superior do grupo, a
antes de chegar às atuais bordas, com exce- eocarbonífera7, 8. Os diamictitos das forma- Formacão Poti, é discordante sobre a For-
ção na região nordeste da bacia. A unidade ções Cabeças e Poti são de origem glacial, mação Longá e foi depositada em condições
9
superior do grupo é a Formação Jaicós (eo- portanto podem ser chamados de tilitos . climáticas glaciais e periglaciais, que torna-
mesosiluriana a eodevoniana), composta de A glaciação neodevoniana (Formação ram-se mais amenas em direção ao topo da
arenitos e conglomerados cinza- Cabeças) é melhor evidenciada que a silu- seção11. Após um amplo abaixamento do nível
esbranquiçados com alterações para cores riana (Formação Ipu) e a eocarbonífera do mar, em função das orogenias que consoli-
4
amareladas . O Grupo Serra Grande aflora (Poti). Associados davam o continente Pangea, o novo ciclo sedi-
aos tilitos devoni- mentar formado pelo Grupo Balsas foi deposita-
MILHÕES DE ANOS
GEOCRONOLOGIA LITOESTRATIGRAFIA
TECTÕNICA
EVOLUÇÃO
TEMPO
AMBIENTE
UNIDADES DEPOSICIONAL
anos ocorrem ma- do em condições climáticas quentes e semi-
GRUPO
FORMAÇÃO
PIRABAS
tacões do emba- áridas e em diferente geometria da bacia. A co-
CUJUPE
NEO
ITAPE- ALCÂNTARA samento, alguns municação marinha com o norte da África foi
CURU INDIFERENCIADA
GRAJAÚ/CODÓ
EO
SARDINHA seixos estriados, bloqueada pela orogenia Herciniana; o Arco de
Purus entre as bacias do Solimões e do Amazo-
MALM
LIAS MOSQUITO
RAETIANO
estriados, varvi- gressões vieram através do Solimões e Amazo-
NORIANO
NEO
tos, alguns dos nas até a bacia do Parnaíba. O conteúdo fossilí-
CARNIANO
MESO
EO
LADINIANO
ANISIANO
OLENEKIANO
SAMBAÍBA quais com seixos fero neocarbonífero dessas bacias apresenta as
INDUANO
CHANGHSINGIANO
pingados. Esses
CAPITANIANO
WORDIANO
GUAD. ROADIANO
KUNGURIANO
SINÉCLISE
ARTINSKIANO
SAKMARIANO
PEDRA
DO
FOGO
tilitos ocorrem so- O Grupo Balsas, constituído pelas for-
ASSELIANO bre o Cabeças mações Piauí (arenitos e, subordinadamen-
GZELIANO
BASHKIRIANO
ças Inferior, Pi- lhos, arenitos, calcários e evaporitos inter-
EOHERCINIANA
OROGENIA
SERPUKHOVIANO
POTI
or, Pimenteira In- e evaporitos) e Sambaíba (arenitos eólicos)
SINÉCLISE
GIVETIANO PIMENTEIRAS
embasamento em marinhas (ciclotemas evaporíticos). As for-
MESO
EIFELIANO
EMSIANO
PRAGIANO
ITAIM
Colinas do Tocan- mações deste grupo recobriram as unida-
EO
JAICÓS
borda oeste da cia, se depositando parte da Formação Pe-
TIANGUÁ
EMBASAMENTO
Fm. Ipu sua parte central (Figura 1) era arqueada, for-
Figura 3 - Seção longitudinal NW-SE da bacia do Parnaíba e da bacia do Marajó (localização na Figura 1). mando o Alto Parnaíba11, 15. A sedimentação
nava a evaporacão e a limitação da pluvio- nas porções leste e norte da costa brasileira, ao sul do arco (bacia Espigão-Mestre, diferen-
sidade no interior do vasto continente Pan- com erosão dos sedimentos paleozóicos, até ciada da bacia Sanfranciscana11) foi de caráter
gea. Este grupo de sedimentos foi acumu- expor o embasamento parcialmente nas re- continental, constituída pelas formações clásti-
lado entre o Neo-Carbonífero e o Triássico. giões do nordeste brasileiro e do Marajó. cas, Areado e Urucuia.
A seqüência seguinte, denominada Grupo O deslocamento transcorrente lateral do No mapa geológico da bacia16, elaborado
Mearim, é a mais controversa, de idade ju- continente africano em relação ao sul- pela CPRM, são indicados supostos depósi-
rássica e cretácea, pois mostra reflexos da americano na margem norte brasileira ocasi- tos terciários no topo de chapadas, mas se
fragmentação dos continentes Pangea e onou esforços transpressivos e transtensivos tratam de formações mais antigas alteradas
Gondwana, com a formação de falhamen- mesozóicos que ocasionaram soerguimen- por intemperismo, algumas com processos
tos, soleiras de diabásio e derrames de ba- tos e subsidência e localizados bem como fa- de bauxitização e caulinização nos amplos
salto intercalados com sedimentos do gru- lhamentos normais e reversos e dobras na chapadões característicos da região.
po, em três intervalos diferentes de tempo. seção paleozóica no setor norte da bacia13. Durante o restante do Cenozóico a bacia
A região com maior atividade ígnea foi indi- foi alvo de erosão generalizada e sedimenta-
No Cretáceo, a subsidência termo-
cada no mapa (Figura 2) como anficlise11, ção localizada ao longo de rios e em lagos,
mecânica nas porções noroeste e norte da
ou seja, parte da bacia que recebeu um vo- como as Camadas Nova Iorque (folhelho e
bacia e a elevação do nível do mar causa-
lume significativo de produtos vulcânicos e siltito cinza-escuros), depositadas no Plioce-
ram deposição das formações Co-
subvulcânicos. A unidade basal do grupo é no. Nas regiões costeiras depositou-se a
dó/Grajaú, no Aptiano, e do Grupo Itapecu-
a Formação Mosquito, com cinco membros. Formação Pirabas (calcários e folhelhos) no
ru, no restante do Cretáceo e parte do Ter-
Da base para o topo: Basalto Inferior, Mioceno e o Grupo Barreiras (camadas ver-
ciário. A Formação Codó apresenta condi-
Membro Macapá, Basalto Médio, Membro melhas) no Plio-Pleistoceno. A presença de
ções inicialmente lacustres e depois mari-
Tingui e Basalto Superior. Acima seguem falhas cortando as seções mais novas indica
nhas com seções altamente anóxicas em
as formações Pastos Bons (folhelho e are- muita atividade neotectônica possivelmente
clima semi-árido (folhelhos ricos em matéria
nito), Corda (arenito) e Sardinha (basalto). relacionada com a migração da placa sul-
orgânica e evaporitos) e a Formação Gra-
A duração da atividade magmática persis- jaú indica a presença de rios e deltas às americana para noroeste sobre um manto
tiu muito mais do que nas outras bacias pa- margens da bacia Codó. O Grupo Itapecuru termalmente não muito uniforme.
leozóicas brasileiras; o primeiro estágio esta- é subdividido em duas unidades, a seqüência O registro paleontológico da bacia do
ria relacionado à abertura do Atlântico Norte, basal, unidade indiferenciada (Eoalbiano/Neo- Parnaíba é bastante rico e diversificado, ten-
o segundo seria associado à abertura do A- Albiano) constituída por aproximadamente 600- do sido objeto de estudos desde o século 19.
tlântico Equatorial e o terceiro à abertura do 800 metros de argilitos e arenitos, e a Forma- Em termos megaflorísticos, o Grupo Canin-
Atlântico Sul12. O primeiro estágio não é re- ção Alcântara (Neo-Albiano/Cenomaniano). No dé apresenta poucos registros, distribuídos
gistrado na bacia do Paraná e o último está- fim do Cretáceo e início do Terciário foi de- esparsamente ao longo de suas unidades
gio não foi identificado na bacia do Amazo- positada a Formação Cujupe, que ocorrem devonianas17. No membro inferior da For-
nas. Antes da fragmentação do continente na borda norte da bacia de São Luís14. Os mação Pimenteiras são reportados apenas
Gondwana, houve soerguimento epirogênico
alguns restos de prováveis algas ou primiti- os fósseis de invertebrados devonianos da são abundantes, porém licófitas (“Lepido-
vas briófitas (Spirophyton), enquanto que bacia, conhecidos até o momento, foram dendropsis”) e esfenófitas (Archaeocalami-
no superior, além de algas nematófitas coletados em afloramentos de idade meso- tes) são raramente registrada23, 26, 27.
(Spongiophyton), ocorrem fragmentos de devoniana das formações Pimenteira e Ca-
pequenas licófitas terrestres (Paleostigma, beças, no flanco leste da mesma. Entre os
Protolepidodendron, Archaeosigillaria), indi- afloramentos da Formação Pimenteira, des-
cando depósitos proximais à costa. Em se- tacam-se o das proximidades da cidade de
dimentos tidos como membro inferior da Itainópolis, onde arenitos portadores de as-
Formação Cabeças, foram encontrados sociações dominadas pelo braquiópode
restos de uma única licófita primitiva (Ha- Tropidoleptus carinatus indicam deposição
plostigma). Por outro lado, o registro micro- próxima à linha de costa19, e os da região
florístico é abundante nestas unidades, in- de Picos, de onde procedem espécimes de
cluindo elementos marinhos e terrestres. grandes trilobitas homalótidas (Burmeisteria
Entre os marinhos, é comum a presença de notica), alguns enrolados no interior de
acritarcas, quitinozoários e algas tasmaná- concreções ferruginosas20. Os macrofós-
ceas (Tasmanites) em determinados níveis seis de invertebrados da Formação Cabe-
das unidades devonianas e mesmo da ças estão restritos à sua porção basal e ge-
Formação Longá. Os esporos, por sua vez, ralmente associados a depósitos de tem- Figura 4 - Alguns exemplares fósseis da bacia do Parnaíba. A)
estrutura reprodutiva feminina em forma de cúpula de pteri-
são abundantes e relativamente diversifica- pestades. São abundantes em várias loca- dospermas primitivas, Formação Poti; B) fronde de Diploth-
mema gothanica, uma pteridosperma primitiva tipica do Mis-
dos, e incluem algumas forma-guias encon- lidades na região da cidade de Picos e nas sissipiano, Formação Poti; C) esporangios de Kegelidium la-
megoi, uma pteridosperma primitiva, Formação Poti; D) caule
tradas do Devoniano Médio ao Carbonífero redondezas de Pimenteiras, Piauí. Nessas de Psaronius de base completa, Fm. Pedra do Fogo; E) Lepi-
10, 18 dotes piauhyensis, um peixe do Jurássico, Formação Pastos
inferior (Tournaisiano) . O conteúdo pa- tafocenoses a forma mais abundante é o Bons (comprimento = 290mm; F) Pleurochonetes freitasi, um
braquiópode do Devoniano Médio, Formação Cabeças (barras
linológico permite, assim, datar a Formação braquiópode Pleurochonetes comstocki, de escala igual a 10mm).
Itaim como eodevoniana, a Pimenteiras descrito originalmente para a Formação E- Os mares epicontinentais do Carbonífe-
21, 22
como tendo sido depositada no intervalo rerê da bacia do Amazonas . ro (Mesopensilvaniano) da bacia foram
Mesodevoniano a Neo-Devoniano (Eifelia- A Formação Poti é rica em macro e mi- mais quentes que os do Devoniano, e per-
no-Frasniano), a Cabeças como neo- crofósseis vegetais (Figura 4), sendo que os mitiram a deposição de carbonatos presen-
devoniana (Frasniano-Fameniano) e a Lon- macrofósseis abundam em direção ao topo tes na base do Grupo Balsas. Nesses se-
gá como neo-devoniana a eocarbonífera 23
da unidade . O conteúdo palinológico (micro dimentos desenvolveu-se a fauna de inver-
(Fameniano tardio-Mesotournasiano). e megásporos) tem indicado uma idade eo- tebrados marinhos da Formação Piauí, cor-
No Grupo Canindé conservaram-se carbonífera, mais precisamente Viseana tar- relacionável à da Formação Itaituba do
24
moldes de conchas e carapaças de inver- dia, para a Formação Poti . Entre os me- Pensilvaniano da bacia do Amazonas. Nes-
tebrados que constituem tafocenoses mari- gasporas há espécies relacionadas aos gê- ses calcários, que afloram atualmente no
nhas de plataforma rasas, típicas do Devo- neros Lagenoisporites, Duosporites, Triletes, flanco leste da bacia, na região do Municí-
niano. Nelas predominam restos fosilizados Setosisporites e Cystosporites25, enquanto pio de José de Freitas, Piauí, apresentam
de braquiópodes, seguidos em abundância que na megaflora predominam as folhagens uma tafocenose onde predominam os mo-
por biválvios e, em menor número, por cri- (Diplothmema, Aneimites/Adiantites, “Triphyl- luscos (biválvios e gastrópodes), juntamen-
nóides, Tentaculites, trilobitas, gastrópodes, lopteris”, Nothorhacopteris, ?Sphenopteridi- te com braquiópodes, uma espécie de cefa-
conulárias e hiolitídeos. Com exceção dos um, ?Fryopsis) e estruturas reprodutivas lópode, uma de trilobita e uma de briozoá-
restos de invertebrados presentes no furo (Kegelidium, ?Calymmatotheca) de primitivas rio28. De um modo geral, os calcários estão
da sondagem Carolina, no Maranhão, pro- pteridospermas. Restos de Paulophyton, associados a ambientes costeiros rasos,
vavelmente pertencentes à Formação Itaim, uma enigmática planta de hábitos psilofítico, com estruturas de retrabalhamento por on-
das de marés e tempestade, onde predo- idades vão desde o Eo até o Neo-Permiano35. posta por restos foliares de angiospermas
minam formas filtradoras de biválvios e bri- A sobrejacente Formação Motuca também a- das ordens Fabales, Laurales, Sapindales,
ozoários e um alto grau de retrabalhamento presenta uma megaflora similar à da Formação Malvales, Ebenales e Liliales, além de uns
29
dos bioclastos . Entretanto, ocorrem tam- Pedra de Fogo, porém ainda não bem estuda- poucos frutos. A microflora correspondente
bém fácies interpretadas como de ambiente da. Entre os elementos presentes há pseudo- não se encontra totalmente estudada, mas
mais restrito ou pouco mais profundo, onde caules de fetos (Psaronius, Dernbachia, é indicativa de uma idade pliocena41. De i-
predominam restos de braquiópodes com Grammatopteris, Tietea) e caules de esfenófi- dade provavelmente correlata, há também a
baixo grau de retrabalhamento. tas (Arthopitys) e gimnospermas, e impressões flora fóssil da Formação Pirabas, que é com-
A Formação Piauí apresenta escassos de fetos (Pecopteris), esfenófitas (Paracalami- posta por restos de angiospermas das famílias
restos de megafósseis relacionados às es- tes), cordaitaleanas (Cordaites) e sementes36. Caryocaraceae, Chrysobalanaceae, Dillenia-
fenófitas (Calamites) e fetos (Pecopteris)17. Nos sedimentos pelíticos aptianos da ceae, Ebenaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae,
No entanto, a microflora mostra-se bem Formação Codó ocorrem restos de molus- Melastomataceae, Meliaceae, Myrtaceae,
mais diversificada, apresentando certa a- cos biválvios (representados por bancos de Nyctaginaceae, Rapateaceae, Rhyzophora-
bundância de esporos e polens não bem ostras) e gastrópodes, além de ostracodes, ceae, Bubiaceae, Rutaceae, Sapindaceae,
estudados até hoje, mas que indicam uma conchostráceos e insetos37. No Grupo Ita- Theaceae e Tiliaceae42. Entre os grupos de
idade neo-carbonífera aos depósito30. A pecuru, Formação Alcântara, restos fósseis invertebrados fósseis conhecidos da Forma-
sobrejancente Formação Pedra de Fogo é de biválvios das famílias Mytilidae, Inoce- ção Pirabas destacam-se os moluscos e entre
caracterizada pela abundância de caules si- ramidae, Pectinidae, Plicatulidae, Limidae, eles os biválvios da família Pectinidae, geral-
licificados no topo da unidade, famosos por Ostreidae, Trigonidae e Mactridae possibili- mente muito bem preservados, conservando
suas características anatômicas únicas e taram a inferência de uma fácies estuarina sua concha de carbonato de cálcio.
1
excelente estado de conservação (Figura para a unidade na área de São Luís, Mara- CAPUTO, M. V. 1984. Stratigraphy, tectonics,
38 paleoclimatology and paleogeography of Northern
4). Entre estes predominam os pseudocau- nhão . Já a presença de moluscos dulcíco- Basins of Brazil. University of California, Santa
les de fetos arborescentes da Ordem Ma- las (Anodontites e Castalia) em diversos a- Barbara, Tese de Doutorado, 583pp.
2
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rattiales (Psaronius, Tietea), que ocorrem floramentos de arenitos calcíferos e interca- paleozóica do Parnaíba. In: Congresso Brasileiro de
Geologia, 25, São Paulo, São Paulo, 1971. Sociedade
associados a caules de esfenófitas (Arthro- lações carbonáticas ao longo do rio Itape-
Brasileira de Geologia, Anais, 3: 113-122.
3
pitys) e gimnospermas (Cyclomedullox- curu, nos municípios de Itapecuru-Mirim e CUNHA, F. M. B. 1986. Evolução paleozóica da bacia
do Parnaíba e seu arcabouço tectônico.
ylon), as quais podem apresentar afinida- Cantanhede, Maranhão, assim como sua Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto
des cordaitaleanas (Amyelon, Carolinapitys) associação com conchostráceos cizicídeos, de Geociêncas, Dissertação de Mestrado, 107pp.
4
CAPUTO, M. V. & LIMA. E. C. 1984. Estratigrafia,
ou pteridospérmicas (Cycadoxylon, Teresi- indicaria clima quente com alta taxa de e- idade e correlação do Grupo Serra Grande. In:
31, 32 Congresso Brasileiro de Geologia, 33. Rio de
noxylon, Araguainarachis) . Florestas vaporação para essa região, onde se de- Janeiro, Rio de Janeiro, 1984. Sociedade
petrificadas com vegetais em posição de senvolviam corpos d'água de alta alcalini- Brasileira de Geologia, Anais, 2: 740-753.
5
GÓES, A. M. O. & FEIJÓ, F. J. 1995. Bacia do
vida tem sido documentadas, como às dade39. Gastrópodes viviparídeos e bivál- Parnaíba. Boletim de Geociências da Petrobrás,
8 (1) [para 1994]: 57-67.
margens do Rio Poti, em Teresina33. No en- vios da família Hyriidae também foram iden- 6
RODRIGUES, R. 1967. Estudo sedimentológico e estratigráfico
tanto, menos famosos são os restos de li- tificados no Grupo Itapecuru, indicando dos depósitos silurianos e devonianos da bacia do
Parnaíba. PETROBRÁS, Belém, Relatório interno.
cófitas (Cyclostigma) e esfenófitas (Sphe- ambiente fluvial, ao qual se associavam 7
KEGEL, W. 1953. Contribuição para o estudo do
nophyllum, Calamites) e fetos (Pecopteris) corpos aquáticos lênticos com relativa pro- Devoniano da bacia do Parnaíba. Departamento
Nacional da Produção Mineral, Divisão de
preservados na forma de compres- fundidade e perenidade40. Geologia e Mineralogia, Boletim, 141: 1-48.
8
sões/impressões, registrados desde a por- CAROZZI, A. V.; FALKENHEIN, F. U. H.;
Em depósitos lacustres hoje submersos CARNEIRO, R. G.: ESTEVES, F. R. &
ção média até a superior da unidade17, 34. pelas águas da represa formada pela bar- CONTREIRAS, C. J. A. 1975. Análise ambiental e
evolução tectônica sinsedimentar da seção siluro-
A Formação Pedra de Fogo registra uma ragem de Boa Esperança, preservou-se eocarbonifera da bacia do Maranhão.
PETROBRÁS, Rio de Janeiro, Série Ciência-
microflora variada e relativamente abundante, uma flora conhecida como “Tafoflora das Técnica-Petróleo, 7: 48pp.
9
onde predominam grãos de pólen alados cujas camadas Nova Iorque”. Esta flora é com- CAPUTO, M.V. 1984. Glaciação neodevoniana no
continente Gonduana Ocidental. In: Congresso bacia do Parnaíba (formações Pimenteira, Cabeças e Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1984. Sociedade
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32
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Geologia, Anais, 2: 725-739. doutorado, 132pp. perspectivas de comparações entre as tafofloras
10 21
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Informações gerais
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e-mail: phoenix@phoenix.org.br
Wagner Souza Lima - Geólogo (DSc) Osmário Resende Leite - Geólogo (PhD)
Endereço para correspondência:
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Ismar de Souza Carvalho - Geólogo (DSc) Ricardo Souza Lima - Eng. Computação
Na primeira página: distribuição geográfica das
Paulo Roberto Silva Santos - Geólogo Aurivonele F. Lima - Contador
principais bacias sedimentares do Brasil, com
destaque para a bacia do Parnaíba (em azul).