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Bacia do Parnaíba

Article · July 2005

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Mário Vicente Caputo


Federal University of Pará
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ISSN 1517-7351

PHOENIX Ano 7
Número 81
Setembro 2005

Bacias sedimentares brasileiras


Bacia do Parnaíba

como em outros países do norte da Reativações de alinhamentos brasilianos


África. Também ela era ligada à ba- E-W e NE-SW influenciaram a sedimenta-
cia do Amazonas através da região ção na bacia3.
2
do Marajó , onde as fácies da maio- O relevo inicial sobre o qual foram deposi-
ria das formações se tornam predo- tados os sedimentos paleozóicos era relati-
minantemente marinhas3. A bacia do vamente movimentado, pois a seção basal
Parnaíba é classificada como intracra- do Grupo Serra Grande, Formação Ipu, a-
Bacia do Parnaíba tônica, com cerca de pouco mais do que presenta ausência de seções e grandes va-
* 2.500m de sedimentos e 500m de rochas bá- riações de espessura em pequenas distân-
Mário Vicente Caputo , Roberto Iannuz-
zi# & Vera Maria Medina da Fonseca$ sicas3, na forma de soleiras e derrames, e foi cias, como observado na Serra da Capivara.
*
Dept°. de Geologia, Centro de Geociências, Universidade Fe- invadida muitas vezes, até o Eocarbonífero, A Formação Ipu (Figura 2 e Figura 3) é
deral do Pará, Belém, Pará, Brasil (e-mail: caputo@ufpa.br)
# por mares epicontinentais que transgrediam a composta por espessos pacotes de arenitos
Dept°. Paleontologia e Estratigrafia - Instituto de Geociências
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, bacia através do norte da África. A maior parte
Rio Grande do Sul, Brasil (e-mail: roberto.iannuzzi@ufrgs.br) finos a médios, brancos a róseos, com estra-
$
Dept°. de Geologia e Paleontologia, Museu Nacional, Univer-
das áreas fontes de sedimentos
sidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janei- se situava na África central,
ro, Brasil (e-mail: vmedina@acd.ufrj.br) zo
na
com menor aporte sedimentar de
A bacia do Parnaíba (Figura 1) se situa
BELÉM
A ci
sa
lh 40º
am 2º
das áreas do escudo brasileiro. en
na região nordeste ocidental brasileira e em to
Te
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ug
S. LUÍS

Como unidade deposicional, BACIA DO al


ar
ap
i

partes de áreas vizinhas das regiões nor- MARAJÓ Capim Ja


gu

o)
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a s II
an
a bacia foi iniciada após o ci-
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Pa en
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deste oriental e norte do Brasil. De forma


an ed
Rio eam

Tr l-P
to ra
Lin

en ob
clo termotectônico Brasiliano- Bacia do
m S

quase circular, abrange uma superfície atu-


ea ha
in Fal

Grajaú Falh
Panafricano, no fim do Ordo-
al de cerca de 600.000km2, mas, durante o
(L

TERESINA
a
de T
-Araguaia

S
viciano, juntamente com as TA
auá

Paleozóico, ocupava porção da região nor- RCA


PE
Lineamento Tocantins

demais bacias intracratônicas AL


destina e fazia parte da bacia africana Ta- ANFÍCLISE DAS
a
aíb
Par
brasileiras Solimões, Amazo-
oudeni1. A erosão durante e após a ruptura eam
ento
u

Lin
pe

A’
om

ARCO ALTO PARNAÍBA


nas e Paraná. Foram detec-
P
or

do continente Gondwana, no Cretáceo, Bacia do Parnaíba


d
na

Lineame
Se

nto Pernamb
to

tados rifts em sondagens e uco


en

vem reduzindo suas dimensões originais


am
ne
Li

interpretações sísmicas e
com o recuo de escarpas. Formações corre-
3
gravimétricas , com direção
lacionáveis às da bacia do Parnaíba são en- BACIA DO
ESPIGÃO MESTRE

contradas na bacia do Jatobá, Amazonas e norte-sul, de possível idade

Solimões, no Brasil, e na República de Gana, cambro-ordoviciana, precur- 0 150km

África, em áreas emersas e submersas bem sores da formação da bacia. 40º


12º

Figura 1 - Mapa de localização da bacia do Parnaíba.

 FUNDAÇÃO PALEONTOLÓGICA PHOENIX, ARACAJU, SERGIPE, BRASIL


PHOENIX BACIA DO PARNAÍBA SETEMBRO 2005 2

tificação cruzada, de espessura variável, so- apenas nas partes leste e sudeste da bacia, dância relacionada com abrasão glacial e
brepostos por conglomerados e arenitos sendo recoberto discordantemente, pelo abaixamento do nível do mar. Os tilitos
conglomeráticos com características glaciais Grupo Itapecuru, a noroeste, e Grupo Canin- mostram até 95% de material palinológico
6
e flúvio-glaciais (apresenta, p. ex., alguns dé nos demais flancos. Este grupo é forma- de vários andares do Devoniano, indicando
seixos em forma de ferro de engomar e es- do pelas formações Itaim (arenitos), Pimen- que as geleiras removeram grande quanti-
triados). A seguir vem a Formação Tianguá teira (folhelhos e arenitos), Cabeças (arenitos dade de sedimentos paleozóicos previa-
(eosiluriana) composta de folhelhos, siltitos e diamictitos), Longá (folhelhos cinzas) e Poti mente depositados10. No Rio Araguaia, a
cinzas e arenitos cinza-esbranquiçados in- (arenitos e, subordinadamente, folhelhos cin- Formação Cabeças é representada apenas
tercalados; em muitas partes a unidade afina zas e diamictitos), de idade eodevoniana a pelos tilitos2. A unidade superior do grupo, a
antes de chegar às atuais bordas, com exce- eocarbonífera7, 8. Os diamictitos das forma- Formacão Poti, é discordante sobre a For-
ção na região nordeste da bacia. A unidade ções Cabeças e Poti são de origem glacial, mação Longá e foi depositada em condições
9
superior do grupo é a Formação Jaicós (eo- portanto podem ser chamados de tilitos . climáticas glaciais e periglaciais, que torna-
mesosiluriana a eodevoniana), composta de A glaciação neodevoniana (Formação ram-se mais amenas em direção ao topo da
arenitos e conglomerados cinza- Cabeças) é melhor evidenciada que a silu- seção11. Após um amplo abaixamento do nível
esbranquiçados com alterações para cores riana (Formação Ipu) e a eocarbonífera do mar, em função das orogenias que consoli-
4
amareladas . O Grupo Serra Grande aflora (Poti). Associados davam o continente Pangea, o novo ciclo sedi-

aos tilitos devoni- mentar formado pelo Grupo Balsas foi deposita-
MILHÕES DE ANOS

GEOCRONOLOGIA LITOESTRATIGRAFIA
TECTÕNICA
EVOLUÇÃO
TEMPO

AMBIENTE
UNIDADES DEPOSICIONAL
anos ocorrem ma- do em condições climáticas quentes e semi-
GRUPO

FORMAÇÃO

PIRABAS
tacões do emba- áridas e em diferente geometria da bacia. A co-
CUJUPE

NEO
ITAPE- ALCÂNTARA samento, alguns municação marinha com o norte da África foi
CURU INDIFERENCIADA
GRAJAÚ/CODÓ
EO
SARDINHA seixos estriados, bloqueada pela orogenia Herciniana; o Arco de
Purus entre as bacias do Solimões e do Amazo-
MALM

CORDA polidos e faceta-


PASTOS BONS

dos, pavimentos nas foi rebaixado por erosão e as novas trans-


INTUMESCÊNCIA

LIAS MOSQUITO

RAETIANO
estriados, varvi- gressões vieram através do Solimões e Amazo-
NORIANO
NEO
tos, alguns dos nas até a bacia do Parnaíba. O conteúdo fossilí-
CARNIANO

MESO
EO
LADINIANO
ANISIANO
OLENEKIANO
SAMBAÍBA quais com seixos fero neocarbonífero dessas bacias apresenta as
INDUANO
CHANGHSINGIANO

mesmas afinidades paleontológicas andinas1.


LOPIN. WUCHIAPINGIANO
MOTUCA

pingados. Esses
CAPITANIANO
WORDIANO
GUAD. ROADIANO
KUNGURIANO
SINÉCLISE

ARTINSKIANO

SAKMARIANO
PEDRA
DO
FOGO
tilitos ocorrem so- O Grupo Balsas, constituído pelas for-
ASSELIANO bre o Cabeças mações Piauí (arenitos e, subordinadamen-
GZELIANO

Superior, Cabe- te, calcários), Pedra de Fogo (siltitos, folhe-


KASIMOVIANO
PIAUÍ
MOSCOVIANO

BASHKIRIANO
ças Inferior, Pi- lhos, arenitos, calcários e evaporitos inter-
EOHERCINIANA
OROGENIA

SERPUKHOVIANO

menteira Superi- calados), Motuca (siltitos, folhelho, arenitos


VISEANO

POTI
or, Pimenteira In- e evaporitos) e Sambaíba (arenitos eólicos)
SINÉCLISE

ferior e sobre o mostra condições áridas com incursões


TOURNAISIANO
LONGÁ
FAMENIANO
CABEÇAS
NEO
FRASNIANO

GIVETIANO PIMENTEIRAS
embasamento em marinhas (ciclotemas evaporíticos). As for-
MESO
EIFELIANO
EMSIANO
PRAGIANO
ITAIM
Colinas do Tocan- mações deste grupo recobriram as unida-
EO

tins, em direção à des mais antigas na margem oeste da ba-


LOKOVIANO
SINÉCLISE

JAICÓS
borda oeste da cia, se depositando parte da Formação Pe-
TIANGUÁ

IPU bacia, indicando a dra de Fogo sobre o embasamento. O cli-


presença de uma ma seco pode ser atribuído à migração da
CAMB.
MIRADOR
RIFT extensa discor- porção norte do continente Gondwana oci-
RIACHÃO RIFT
PROTEROZÓICO BRASILIANO
dental para baixas latitudes, onde predomi-
ARQUEANO
5
Figura 2 - Carta estratigráfica simplificada da bacia do Parnaíba (modificada ).

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PHOENIX BACIA DO PARNAÍBA SETEMBRO 2005 3

Rift do Marajó Bacia do Parnaíba sedimentos cretáceos foram depositados


Limoeiro Badajós Gurupi Palestina Pindaré Mirim Floriano sob condições quentes e úmidas. Estas se-
1-LM-1-PA 1-BJ-1-PA 1-GU-1-PA 1-PA-1-MA 1-PD-1-MA Fm. Pastos Bons 1-FL-1-PI
Fm. Grajaú Fm. Corda Fm. Sambaíba
de
qüências incluem depósitos aluviais a mari-
Fm. Codó as n
beç ra
Grupo Itapecuru
otuca auí . Ca aG
Fm. M Fm
. Pi Fm err nho-transicionais situados na bacia do Graja-
oS
Rochas Fm. Pedra de Fogo rup
ú11. Enquanto no norte e noroeste e no sul da
sedimentares G
mesozóicas e Fm. Poti
Fm. Longá
cenozóicas Fm. Pimenteir
Fm. Tianguá as
Fm. Itaim Fm. Ja
ic ós bacia do Parnaíba ocorria sedimentação, a

EMBASAMENTO
Fm. Ipu sua parte central (Figura 1) era arqueada, for-
Figura 3 - Seção longitudinal NW-SE da bacia do Parnaíba e da bacia do Marajó (localização na Figura 1). mando o Alto Parnaíba11, 15. A sedimentação

nava a evaporacão e a limitação da pluvio- nas porções leste e norte da costa brasileira, ao sul do arco (bacia Espigão-Mestre, diferen-

sidade no interior do vasto continente Pan- com erosão dos sedimentos paleozóicos, até ciada da bacia Sanfranciscana11) foi de caráter

gea. Este grupo de sedimentos foi acumu- expor o embasamento parcialmente nas re- continental, constituída pelas formações clásti-

lado entre o Neo-Carbonífero e o Triássico. giões do nordeste brasileiro e do Marajó. cas, Areado e Urucuia.

A seqüência seguinte, denominada Grupo O deslocamento transcorrente lateral do No mapa geológico da bacia16, elaborado
Mearim, é a mais controversa, de idade ju- continente africano em relação ao sul- pela CPRM, são indicados supostos depósi-
rássica e cretácea, pois mostra reflexos da americano na margem norte brasileira ocasi- tos terciários no topo de chapadas, mas se
fragmentação dos continentes Pangea e onou esforços transpressivos e transtensivos tratam de formações mais antigas alteradas
Gondwana, com a formação de falhamen- mesozóicos que ocasionaram soerguimen- por intemperismo, algumas com processos
tos, soleiras de diabásio e derrames de ba- tos e subsidência e localizados bem como fa- de bauxitização e caulinização nos amplos
salto intercalados com sedimentos do gru- lhamentos normais e reversos e dobras na chapadões característicos da região.
po, em três intervalos diferentes de tempo. seção paleozóica no setor norte da bacia13. Durante o restante do Cenozóico a bacia
A região com maior atividade ígnea foi indi- foi alvo de erosão generalizada e sedimenta-
No Cretáceo, a subsidência termo-
cada no mapa (Figura 2) como anficlise11, ção localizada ao longo de rios e em lagos,
mecânica nas porções noroeste e norte da
ou seja, parte da bacia que recebeu um vo- como as Camadas Nova Iorque (folhelho e
bacia e a elevação do nível do mar causa-
lume significativo de produtos vulcânicos e siltito cinza-escuros), depositadas no Plioce-
ram deposição das formações Co-
subvulcânicos. A unidade basal do grupo é no. Nas regiões costeiras depositou-se a
dó/Grajaú, no Aptiano, e do Grupo Itapecu-
a Formação Mosquito, com cinco membros. Formação Pirabas (calcários e folhelhos) no
ru, no restante do Cretáceo e parte do Ter-
Da base para o topo: Basalto Inferior, Mioceno e o Grupo Barreiras (camadas ver-
ciário. A Formação Codó apresenta condi-
Membro Macapá, Basalto Médio, Membro melhas) no Plio-Pleistoceno. A presença de
ções inicialmente lacustres e depois mari-
Tingui e Basalto Superior. Acima seguem falhas cortando as seções mais novas indica
nhas com seções altamente anóxicas em
as formações Pastos Bons (folhelho e are- muita atividade neotectônica possivelmente
clima semi-árido (folhelhos ricos em matéria
nito), Corda (arenito) e Sardinha (basalto). relacionada com a migração da placa sul-
orgânica e evaporitos) e a Formação Gra-
A duração da atividade magmática persis- jaú indica a presença de rios e deltas às americana para noroeste sobre um manto
tiu muito mais do que nas outras bacias pa- margens da bacia Codó. O Grupo Itapecuru termalmente não muito uniforme.
leozóicas brasileiras; o primeiro estágio esta- é subdividido em duas unidades, a seqüência O registro paleontológico da bacia do
ria relacionado à abertura do Atlântico Norte, basal, unidade indiferenciada (Eoalbiano/Neo- Parnaíba é bastante rico e diversificado, ten-
o segundo seria associado à abertura do A- Albiano) constituída por aproximadamente 600- do sido objeto de estudos desde o século 19.
tlântico Equatorial e o terceiro à abertura do 800 metros de argilitos e arenitos, e a Forma- Em termos megaflorísticos, o Grupo Canin-
Atlântico Sul12. O primeiro estágio não é re- ção Alcântara (Neo-Albiano/Cenomaniano). No dé apresenta poucos registros, distribuídos
gistrado na bacia do Paraná e o último está- fim do Cretáceo e início do Terciário foi de- esparsamente ao longo de suas unidades
gio não foi identificado na bacia do Amazo- positada a Formação Cujupe, que ocorrem devonianas17. No membro inferior da For-
nas. Antes da fragmentação do continente na borda norte da bacia de São Luís14. Os mação Pimenteiras são reportados apenas
Gondwana, houve soerguimento epirogênico

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PHOENIX BACIA DO PARNAÍBA SETEMBRO 2005 4

alguns restos de prováveis algas ou primiti- os fósseis de invertebrados devonianos da são abundantes, porém licófitas (“Lepido-
vas briófitas (Spirophyton), enquanto que bacia, conhecidos até o momento, foram dendropsis”) e esfenófitas (Archaeocalami-
no superior, além de algas nematófitas coletados em afloramentos de idade meso- tes) são raramente registrada23, 26, 27.
(Spongiophyton), ocorrem fragmentos de devoniana das formações Pimenteira e Ca-
pequenas licófitas terrestres (Paleostigma, beças, no flanco leste da mesma. Entre os
Protolepidodendron, Archaeosigillaria), indi- afloramentos da Formação Pimenteira, des-
cando depósitos proximais à costa. Em se- tacam-se o das proximidades da cidade de
dimentos tidos como membro inferior da Itainópolis, onde arenitos portadores de as-
Formação Cabeças, foram encontrados sociações dominadas pelo braquiópode
restos de uma única licófita primitiva (Ha- Tropidoleptus carinatus indicam deposição
plostigma). Por outro lado, o registro micro- próxima à linha de costa19, e os da região
florístico é abundante nestas unidades, in- de Picos, de onde procedem espécimes de
cluindo elementos marinhos e terrestres. grandes trilobitas homalótidas (Burmeisteria
Entre os marinhos, é comum a presença de notica), alguns enrolados no interior de
acritarcas, quitinozoários e algas tasmaná- concreções ferruginosas20. Os macrofós-
ceas (Tasmanites) em determinados níveis seis de invertebrados da Formação Cabe-
das unidades devonianas e mesmo da ças estão restritos à sua porção basal e ge-
Formação Longá. Os esporos, por sua vez, ralmente associados a depósitos de tem- Figura 4 - Alguns exemplares fósseis da bacia do Parnaíba. A)
estrutura reprodutiva feminina em forma de cúpula de pteri-
são abundantes e relativamente diversifica- pestades. São abundantes em várias loca- dospermas primitivas, Formação Poti; B) fronde de Diploth-
mema gothanica, uma pteridosperma primitiva tipica do Mis-
dos, e incluem algumas forma-guias encon- lidades na região da cidade de Picos e nas sissipiano, Formação Poti; C) esporangios de Kegelidium la-
megoi, uma pteridosperma primitiva, Formação Poti; D) caule
tradas do Devoniano Médio ao Carbonífero redondezas de Pimenteiras, Piauí. Nessas de Psaronius de base completa, Fm. Pedra do Fogo; E) Lepi-
10, 18 dotes piauhyensis, um peixe do Jurássico, Formação Pastos
inferior (Tournaisiano) . O conteúdo pa- tafocenoses a forma mais abundante é o Bons (comprimento = 290mm; F) Pleurochonetes freitasi, um
braquiópode do Devoniano Médio, Formação Cabeças (barras
linológico permite, assim, datar a Formação braquiópode Pleurochonetes comstocki, de escala igual a 10mm).
Itaim como eodevoniana, a Pimenteiras descrito originalmente para a Formação E- Os mares epicontinentais do Carbonífe-
21, 22
como tendo sido depositada no intervalo rerê da bacia do Amazonas . ro (Mesopensilvaniano) da bacia foram
Mesodevoniano a Neo-Devoniano (Eifelia- A Formação Poti é rica em macro e mi- mais quentes que os do Devoniano, e per-
no-Frasniano), a Cabeças como neo- crofósseis vegetais (Figura 4), sendo que os mitiram a deposição de carbonatos presen-
devoniana (Frasniano-Fameniano) e a Lon- macrofósseis abundam em direção ao topo tes na base do Grupo Balsas. Nesses se-
gá como neo-devoniana a eocarbonífera 23
da unidade . O conteúdo palinológico (micro dimentos desenvolveu-se a fauna de inver-
(Fameniano tardio-Mesotournasiano). e megásporos) tem indicado uma idade eo- tebrados marinhos da Formação Piauí, cor-
No Grupo Canindé conservaram-se carbonífera, mais precisamente Viseana tar- relacionável à da Formação Itaituba do
24
moldes de conchas e carapaças de inver- dia, para a Formação Poti . Entre os me- Pensilvaniano da bacia do Amazonas. Nes-
tebrados que constituem tafocenoses mari- gasporas há espécies relacionadas aos gê- ses calcários, que afloram atualmente no
nhas de plataforma rasas, típicas do Devo- neros Lagenoisporites, Duosporites, Triletes, flanco leste da bacia, na região do Municí-
niano. Nelas predominam restos fosilizados Setosisporites e Cystosporites25, enquanto pio de José de Freitas, Piauí, apresentam
de braquiópodes, seguidos em abundância que na megaflora predominam as folhagens uma tafocenose onde predominam os mo-
por biválvios e, em menor número, por cri- (Diplothmema, Aneimites/Adiantites, “Triphyl- luscos (biválvios e gastrópodes), juntamen-
nóides, Tentaculites, trilobitas, gastrópodes, lopteris”, Nothorhacopteris, ?Sphenopteridi- te com braquiópodes, uma espécie de cefa-
conulárias e hiolitídeos. Com exceção dos um, ?Fryopsis) e estruturas reprodutivas lópode, uma de trilobita e uma de briozoá-
restos de invertebrados presentes no furo (Kegelidium, ?Calymmatotheca) de primitivas rio28. De um modo geral, os calcários estão
da sondagem Carolina, no Maranhão, pro- pteridospermas. Restos de Paulophyton, associados a ambientes costeiros rasos,
vavelmente pertencentes à Formação Itaim, uma enigmática planta de hábitos psilofítico, com estruturas de retrabalhamento por on-

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PHOENIX BACIA DO PARNAÍBA SETEMBRO 2005 5

das de marés e tempestade, onde predo- idades vão desde o Eo até o Neo-Permiano35. posta por restos foliares de angiospermas
minam formas filtradoras de biválvios e bri- A sobrejacente Formação Motuca também a- das ordens Fabales, Laurales, Sapindales,
ozoários e um alto grau de retrabalhamento presenta uma megaflora similar à da Formação Malvales, Ebenales e Liliales, além de uns
29
dos bioclastos . Entretanto, ocorrem tam- Pedra de Fogo, porém ainda não bem estuda- poucos frutos. A microflora correspondente
bém fácies interpretadas como de ambiente da. Entre os elementos presentes há pseudo- não se encontra totalmente estudada, mas
mais restrito ou pouco mais profundo, onde caules de fetos (Psaronius, Dernbachia, é indicativa de uma idade pliocena41. De i-
predominam restos de braquiópodes com Grammatopteris, Tietea) e caules de esfenófi- dade provavelmente correlata, há também a
baixo grau de retrabalhamento. tas (Arthopitys) e gimnospermas, e impressões flora fóssil da Formação Pirabas, que é com-

A Formação Piauí apresenta escassos de fetos (Pecopteris), esfenófitas (Paracalami- posta por restos de angiospermas das famílias

restos de megafósseis relacionados às es- tes), cordaitaleanas (Cordaites) e sementes36. Caryocaraceae, Chrysobalanaceae, Dillenia-

fenófitas (Calamites) e fetos (Pecopteris)17. Nos sedimentos pelíticos aptianos da ceae, Ebenaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae,

No entanto, a microflora mostra-se bem Formação Codó ocorrem restos de molus- Melastomataceae, Meliaceae, Myrtaceae,

mais diversificada, apresentando certa a- cos biválvios (representados por bancos de Nyctaginaceae, Rapateaceae, Rhyzophora-

bundância de esporos e polens não bem ostras) e gastrópodes, além de ostracodes, ceae, Bubiaceae, Rutaceae, Sapindaceae,

estudados até hoje, mas que indicam uma conchostráceos e insetos37. No Grupo Ita- Theaceae e Tiliaceae42. Entre os grupos de

idade neo-carbonífera aos depósito30. A pecuru, Formação Alcântara, restos fósseis invertebrados fósseis conhecidos da Forma-

sobrejancente Formação Pedra de Fogo é de biválvios das famílias Mytilidae, Inoce- ção Pirabas destacam-se os moluscos e entre

caracterizada pela abundância de caules si- ramidae, Pectinidae, Plicatulidae, Limidae, eles os biválvios da família Pectinidae, geral-

licificados no topo da unidade, famosos por Ostreidae, Trigonidae e Mactridae possibili- mente muito bem preservados, conservando

suas características anatômicas únicas e taram a inferência de uma fácies estuarina sua concha de carbonato de cálcio.
1
excelente estado de conservação (Figura para a unidade na área de São Luís, Mara- CAPUTO, M. V. 1984. Stratigraphy, tectonics,
38 paleoclimatology and paleogeography of Northern
4). Entre estes predominam os pseudocau- nhão . Já a presença de moluscos dulcíco- Basins of Brazil. University of California, Santa
les de fetos arborescentes da Ordem Ma- las (Anodontites e Castalia) em diversos a- Barbara, Tese de Doutorado, 583pp.
2
AGUIAR, F. G. 1971. Revisão geológica da bacia
rattiales (Psaronius, Tietea), que ocorrem floramentos de arenitos calcíferos e interca- paleozóica do Parnaíba. In: Congresso Brasileiro de
Geologia, 25, São Paulo, São Paulo, 1971. Sociedade
associados a caules de esfenófitas (Arthro- lações carbonáticas ao longo do rio Itape-
Brasileira de Geologia, Anais, 3: 113-122.
3
pitys) e gimnospermas (Cyclomedullox- curu, nos municípios de Itapecuru-Mirim e CUNHA, F. M. B. 1986. Evolução paleozóica da bacia
do Parnaíba e seu arcabouço tectônico.
ylon), as quais podem apresentar afinida- Cantanhede, Maranhão, assim como sua Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto
des cordaitaleanas (Amyelon, Carolinapitys) associação com conchostráceos cizicídeos, de Geociêncas, Dissertação de Mestrado, 107pp.
4
CAPUTO, M. V. & LIMA. E. C. 1984. Estratigrafia,
ou pteridospérmicas (Cycadoxylon, Teresi- indicaria clima quente com alta taxa de e- idade e correlação do Grupo Serra Grande. In:
31, 32 Congresso Brasileiro de Geologia, 33. Rio de
noxylon, Araguainarachis) . Florestas vaporação para essa região, onde se de- Janeiro, Rio de Janeiro, 1984. Sociedade
petrificadas com vegetais em posição de senvolviam corpos d'água de alta alcalini- Brasileira de Geologia, Anais, 2: 740-753.
5
GÓES, A. M. O. & FEIJÓ, F. J. 1995. Bacia do
vida tem sido documentadas, como às dade39. Gastrópodes viviparídeos e bivál- Parnaíba. Boletim de Geociências da Petrobrás,
8 (1) [para 1994]: 57-67.
margens do Rio Poti, em Teresina33. No en- vios da família Hyriidae também foram iden- 6
RODRIGUES, R. 1967. Estudo sedimentológico e estratigráfico
tanto, menos famosos são os restos de li- tificados no Grupo Itapecuru, indicando dos depósitos silurianos e devonianos da bacia do
Parnaíba. PETROBRÁS, Belém, Relatório interno.
cófitas (Cyclostigma) e esfenófitas (Sphe- ambiente fluvial, ao qual se associavam 7
KEGEL, W. 1953. Contribuição para o estudo do
nophyllum, Calamites) e fetos (Pecopteris) corpos aquáticos lênticos com relativa pro- Devoniano da bacia do Parnaíba. Departamento
Nacional da Produção Mineral, Divisão de
preservados na forma de compres- fundidade e perenidade40. Geologia e Mineralogia, Boletim, 141: 1-48.
8
sões/impressões, registrados desde a por- CAROZZI, A. V.; FALKENHEIN, F. U. H.;
Em depósitos lacustres hoje submersos CARNEIRO, R. G.: ESTEVES, F. R. &
ção média até a superior da unidade17, 34. pelas águas da represa formada pela bar- CONTREIRAS, C. J. A. 1975. Análise ambiental e
evolução tectônica sinsedimentar da seção siluro-
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Informações gerais
Corpo técnico Contatos
e-mail: phoenix@phoenix.org.br
Wagner Souza Lima - Geólogo (DSc) Osmário Resende Leite - Geólogo (PhD)
Endereço para correspondência:
Rosana Souza Lima - Bióloga (DSc) Cynthia L. de C. Manso - Bióloga (DSc) Rua Geraldo Menezes de Carvalho, 218
Paulo César Galm - Geólogo Suissa - 49050-750 - Aracaju - Sergipe - Brasil
Edilma de Jesus Andrade - Bióloga (DSc)
Ismar de Souza Carvalho - Geólogo (DSc) Ricardo Souza Lima - Eng. Computação
Na primeira página: distribuição geográfica das
Paulo Roberto Silva Santos - Geólogo Aurivonele F. Lima - Contador
principais bacias sedimentares do Brasil, com
destaque para a bacia do Parnaíba (em azul).

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