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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO A DISTANCIA - UNIASSSELVI

MBA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

VITOR DOS SANTOS

PLANO DE GESTÃO DE RISCOS AMBIENTAIS NA EXPLORAÇÃO DE BASALTO


NA PEDREIRA FERRI DO MUNICIPIO DE PASSO FUNDO - RS

PASSO FUNDO, DEZEMBRO DE 2013


VITOR DOS SANTOS

PLANO DE GESTÃO DE RISCOS AMBIENTAIS NA EXPLORAÇÃO DE BASALTO


NA PEDREIRA FERRI DO MUNICIPIO DE PASSO FUNDO - RS

Monografia apresentada como requisito final à obtenção


do titulo de Especialista em MBA Engenharia de
Segurança do Trabalho, do Curso de Pós Graduação em
MBA Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro
Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI.

Orientador:

PASSO FUNDO, DEZEMBRO DE 2013


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VITOR DOS SANTOS

PLANO DE GESTÃO DE RISCOS AMBIENTAIS NA EXPLORAÇÃO DE BASALTO


NA PEDREIRA FERRI DO MUNICIPIO DE PASSO FUNDO – RS

Esta Monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Especialista em


MBA em Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário Leonardo da Vinci –
UNIASSELVI.

Passo Fundo, de Dezembro de 2013.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________

Fulano de Tal

Orientador

_____________________________________

Fulano de Tal

___________________________________

Fulano de Tal
A Mente que se abre para uma nova ideia,
Jamais voltará ao seu tamanho original.

(Albert Einstein)
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RESUMO

Elaborar, efetivar, realizar e cumprir o Plano de Gestão de Riscos Ambientais, atendendo as


normas de segurança na extração de pedra basalto, é uma grande preocupação das Pedreiras no
Rio Grande do Sul, em decorrência da fiscalização ostensiva por parte da Patram - Patrulha
Ambiental da Brigada Militar, Fepam – Fundação Estadual de Proteção Ambiental, MPERS -
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, e MTE – Ministério do Trabalho e
Emprego, que resulta em severas autuações, penalidades e multas, e, consequentemente na
depreciação do capital e do patrimônio privado. O Trabalho de Conclusão de Curso aqui
apresentado, resulta desta realidade do cotidiano das empresas que exploram a atividade
econômica de mineração de pedra basalto no estado Gaúcho. Elaboramos o levantamento das
obrigações jurídicas da pedreira estudada, para direcionar de forma mais eficaz o gestão de
segurança e saúde do trabalhador, bem como a qualidade ambiental na empresa, e na
comunidade onde a mesma encontra-se inserida. Embora a pedreira execute as normas
regulamentadoras, o Plano de Gestão de Riscos Ambientais apresenta-se como um instrumento
de desenvolvimento permanente, com impactos positivos para a empresa, para os seus
colaboradores, e para as futuras gerações. Este trabalho não buscou aprofundar-se nos preceitos
do OHSAS 18001, e nem no PDCA, mas fica evidenciados que ambos são parte integrante da
gestão de riscos ambientais, que os submete a um beneficio além da segurança no trabalho, ela
insere a empresa na real função da termologia da sustentabilidade, ou seja, a pedreira opera nos
três pilares: Social, Econômico e Ambiental. A forma operacional do serviço de segurança no
trabalho em cada setor da mineradora interage com os procedimentos administrativos,
permitindo coletar indicadores proativos, detectando precocemente os impactos negativos e
evitando-os. O trabalho mostra a forma, e o contexto administrativo da Engenharia de
Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, e as suas medidas de avaliação na eficácia dos
métodos de gerenciamento, e de comportamento do trabalhador, no cumprimento da legislação
do CONAMA, e da Lei Federal 6.514 de 22 de Dezembro de 1977.

Palavras-chave: Pedreira, Riscos Ambientais, Normas Regulamentadoras.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................
1.1 Problemática...........................................................................................
1.2 Objetivos.................................................................................................
1.2.1 Objetivo Geral.........................................................................................
1.2.2 Objetivo Espeficico................................................................................
1.3 Justificativa.............................................................................................
2. REFERENCIAL TEORICO...................................................................
2.1 A Mineração no Brasil...........................................................................
2.2 Plano de Lavra........................................................................................
2.2.1 Descrição e Característica do Plano de Lavra........................................
2.2.2 Aspectos Ambientais...............................................................................
2.2.3 Legislação de Segurança do Trabalho......................................................
2.3 O Plano de Gestão de Riscos Ambientais.................................................
2.4 A Importancia do Laudo.........................................................................
2.5 Certificações...........................................................................................
3. METODOLOGIA DA PESQUISA.........................................................
3.1 Caracteristicas da Área de Estudo..........................................................
3.2 Formação Basaltica................................................................................
3.3 Clima......................................................................................................
4. ANALISE E RESULTADOS..................................................................
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................
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1 INTRODUÇÃO

A presente Pesquisa possui como tema a Gestão de Riscos Ambientais na Pedreira Ferri
de Extração de Pedra Basalto a Céu Aberto. Este trabalho caracteriza-se pelo levantamento da
situação do local de estudo, confrontando-o com as Normas Regulamentadoras e Legislações
pertinentes à Engenharia de Segurança do Trabalho e ao Meio Ambiente, e a sua importância
na saúde ocupacional e ambiental do trabalhador, ao patrimônio privado, e a garantia da
qualidade de vida da coletividade.

A construção civil é uma área de grande interface com a mineração. As obras


rodoviárias, a construção de barragens, os canais subterrâneos, as obras civis como as fundações
de edifícios, os materiais geológicos, a mecânica de solos, o uso de explosivos, e muitas outras
atividades de desenvolvimento econômico, que envolvem cálculos precisos elaborados por
profissionais habilitados, estão todos subordinados à Engenharia de Segurança do Trabalho,
cujos benefícios são muito mais abrangentes do que a legislação determina.

Segundo Tavares (1995), todo empreendimento destinado a explorar um negocio de


forma organizada, com a finalidade de atingir determinado objetivo, que pode ser o lucro, com
produção extrativa, podendo ser uma pequena empresa, mas com grande risco, necessita de
organização complexa, e pode utilizar o mesmo programa de segurança de uma grande empresa.

A preocupação com a saúde do trabalhador e do planeta gerou o seguinte questionamento:


Como reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente na pedreira? Diante desta necessidade e
das implicações inter-relacionadas, decidiu-se pela implantação da Gestão de Riscos
Ambientais (GRA), cujo o programa é reavaliado constantemente através do seu mecanismo
interno de (PDCA), que resume-se a métodos, treinamentos, comparação e correção, integrando
de forma permanente a Segurança do Trabalho e o sistema produtivo.

O estudo foi realizado no local para detectar e coletar informações em todos os postos
de trabalho, questionando os colaboradores da empresa, verificando os documentos e as
bibliografias, e promovendo a interação e a participação de todos, garantindo assim, a qualidade
de vida da coletividade. Embora as experiências sejam compartilhadas, segundo Souto (2009),
a introdução ou modificação de procedimentos operacionais simples, aplicáveis aos processos
de trabalho ou instalações, são atividades dos Engenheiros de Segurança do Trabalho e seus
técnicos.
1.1 Problemática

A obrigatoriedade de cumprir o item; 22.3.7.1 da Norma Regulamentadora 22, o


Programa de Gerenciamento de Riscos, aliado as exigências da legislação ambiental, visando o
desenvolvimento sustentável, remete-nos a um plano de ação eficiente no controle de qualidade,
o PDCA, sendo necessário a sua aplicação permanente através do CIPAMIN.

Como a Gestão de Riscos Ambientais pode atuar na efetivação da redução dos riscos à
saúde dos colaboradores e ao meio ambiente, beneficiando toda a coletividade?

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Apresentar uma solução que maximiza a eficiência na resolução das obrigatoriedades


jurídico legislativas, visando a preservação do patrimônio privado.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Realizar a revisão bibliográfica das obrigações jurídico legislativas da empresa,


pertinentes ao modo de operação do sistema produtivo.
 Verificar os métodos de aplicabilidade da NR 22 e da legislação ambiental na
pratica operacional no dia a dia dos colaboradores.
 Introduzir a Gestão de Riscos Ambientais através de treinamento e
acompanhamento permanente aos funcionários.
 Reavaliar o sistema operacional produtivo da empresa, desde a revisão
bibliográfica, aplicabilidade, treinamento e reengenharia.

1.3 Justificativa
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A Gestão de Riscos Ambientais origina-se do fato de que, no Estado do Rio Grande do


Sul, a fiscalização ostensiva é altamente atuante por parte dos órgãos públicos. Diante desta
situação buscamos identificar os principais pontos necessários para a adequação da empresa
com as Normas Regulamentadoras e a Legislação Ambiental, para evitar os danos à saúde do
trabalhador, ao meio ambiente, e, ao patrimônio publico e privado, garantindo a conservação
do capital e a economia da empresa.

O envolvimento dos trabalhadores, e a participação de todos os setores da empresa,


devem realizar-se de forma efetiva, e permanentemente, objetivando alcançar as metas de
segurança do trabalho e meio ambiente. Além de buscar a associação e o fortalecimento da
marca da empresa, através da divulgação das suas ações de sustentabilidade, utilizando-se dos
recursos naturais presentes sem comprometer as futuras gerações, preocupando-se com a
questão social, energética e ambiental.

Desta forma, cabe aos Engenheiros de Segurança do Trabalho e a empresa, planejarem


e ordenarem as adequações para o cumprimento das Normas Regulamentadoras e ambientais
na Pedreira, garantindo assim a exploração da atividade econômica de mineração. Os Gestores
devem criar metodologias e aplica-las aos seus colaboradores, mantendo sempre um dialogo
constante e de fácil entendimento, levando-se em consideração a habilitação de cada
profissional envolvido, e os riscos particulares de cada setor existente na empresa.

2. REFERENCIAL TEORICO

2.1 A Mineração no Brasil

Iniciada no Século XVII, com as entradas e bandeiras na busca por metais valiosos e
pedras preciosas, o interior do território Brasileiro passou a ser transformado com a ocupação
e exploração dos recursos naturais, decorrentes das atividades econômicas. Segundo Porchat
(1993), as entradas eram patrocinadas pelo poder publico para procurar minas. Entre os vários
tipos de pedras explorados, o basalto era utilizado na construção civil, e já havia uma
preocupação com a segurança e a solidez das obras realizadas.

Segundo Frade (2007), a Companhia de Jesus determinou certo padrão nas suas
construções reproduzindo o perfil do antigo templo greco-romano. Percebemos que desde o
inicio da colonização do Brasil o basalto sempre foi utilizado na construção civil, os anos
passaram-se e cada vez mais a rocha ígnea eruptiva foi sendo explorada, principalmente com
os avanços tecnológicos que originaram novos produtos, que introduziram novas formas de
aproveitamento.

Segundo Scopinho (2003), a profissionalização retirou da família o gerenciamento


administrativo que era realizado tradicionalmente desde a época do Brasil colônia, a qualidade
forçou as empresas a abandonar os métodos de gestão e de trabalho considerados ultrapassados.
E, é neste contexto histórico que as metodologias foram evoluindo, e muitas tornaram-se
legislações obrigatórias, e temos como exemplo as Normas Regulamentadoras, a Consolidação
Leis Trabalhistas e o CONAMA.

2.2 Plano de Lavra

2.2.1 Descrição e Característica do Plano de Lavra

O plano de lavra possui vigência de 02 anos de acordo com a L.O (Licença de


Operação), para uso de exploração de pedra basalto, usina de britagem. De acordo com o
Geólogo responsável, o afloramento disponibiliza uma estimativa de 180.000 m³ in situ,
resultando em um volume médio de 9.000 m³ por mês, que deve gerar 11.700 m² de brita por
mês. Os Taludes em produção e operação possuem uma altura máxima de dez metros, e
inclinação de oitenta graus com a horizontal, não possuindo altura superior.

A lavra encontra-se a céu aberto, em meia encosta sob forma de bancada, com uso de
explosivos para desmonte, e são realizadas detonações de médio impacto decorrentes da
geologia estrutural do maciço. A configuração final estimada é de um único Talude de dez
metros de altura, sendo que o pouco solo existente é empurrado em forma de pilhas para futuro
reaproveitamento na pedreira.

A mineração de rocha para brita não traz graves danos ambientais, se comparada a
mineração de rochas metálicas. O problema mais notório é o paisagístico por estarem próximas
dos centros urbanos, sendo que o Impacto visual da pedreira cria oposição da comunidade mais
próxima. Não existe um levantamento sobre o consumo de brita, visto que a mesma é utilizada
em vários segmentos da construção civil, desde uma simples casa padrão de baixa renda, até
grandes empreendimentos rodoviários como pontes, viadutos, etc.

A exploração desta atividade econômica obriga o empreendedor a apresentar o DA


(Diagnostico Ambiental), que visa explicar as condições da região onde a pedreira encontra-se
inserida, com informações técnicas sobre o clima, solo, geomorfologia, entre outros.
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Possibilitando o órgão publico licenciador, de analisar a Área de Influencia Direta (AID) e a


Área de Influencia Indireta (AII), ressalvada a legislação municipal, que no caso de Passo
Fundo é de um mil metros de distancia no entorno do empreendimento.

2.2.2 Aspectos Ambientais

A extração de basalto para britagem é realizada a céu aberto, com avanço em meio a
encosta ou cava, utilizando-se de explosivos para o desmonte. As pedreiras apresentam as
seguintes características do ponto de vista social, econômico e ambiental.

 Solo com uso e ocupação temporária, com remoção da vegetação e do


ecossistema, passível de recuperação sustentável.
 Ausência de substancias químicas poluentes, com exceção de pequena
quantidade de combustível e lubrificante utilizados no processo produtivo.
 Utilização de explosivos, gerando vibrações, ruídos, fragmentos, sobre pressão,
e riscos à saúde e de acidentes fora do perímetro.
 Impactos na área de operação por ruídos de maquinas, equipamentos, emissão
de poeiras, e trafego de veículos.
 Ocupação restrita comparando-se a outras atividades como pastoris, etc.
 Interferências com Área de Preservação Permanentes (APP), como topo de
morro, encosta acima de 45°, drenagens e nascentes.

Em 2007, entrou em vigor a resolução do CONAMA n° 369 de 28/03/2006, na seção II,


das atividades de pesquisa e extração de substancias minerais, nos parágrafos do artigo 7°
referem-se exclusivamente a rochas utilizadas na construção civil, possuindo exigência
especifica diferentemente de outros minérios, estando sem embasamento técnico cientifico.
A resolução do CONAMA n° 1/86, define os impactos ambientais, exigindo a
apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente
(EIA/RIMA), para ser submetido a aprovação do órgão publico.

2.2.3 Legislação de Segurança do Trabalho


O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realiza permanentemente a catalogação
dos fatores de risco à saúde e de acidentes do trabalho, objetivando a melhoria e o
aprimoramento das normas regulamentadoras, e legislações da Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT). Tentando garantir a qualidade de vida e o meio ambiente do trabalhador,
o MTE fiscaliza as empresas para que elas pratiquem as metodologias e os procedimentos
exigidos para a segurança no trabalho.

Segundo a CLT, Art. 157, cabe as empresas cumprir, e fazer com que os seus
colaboradores cumpram as normas de segurança e de medicina no trabalho. E ainda, o Art.
158, determina que os funcionários devem colaborar com a empresa, observando as normas e
instruções de segurança, bem como a utilização de seus equipamentos de proteção individual
(EPI), fornecidos pela empresa. A pedreira enquadra-se também no Art. 189 da CLT, como
atividade insalubre e perigosa, monitorando os agentes e o tempo de exposição funcional.

As normas regulamentadoras (NR), 21 e 22, ordenam respectivamente sobre os


trabalhos a céu aberto, e a, saúde e segurança ocupacional na mineração. Estas duas NR
padronizam as metodologias que devem ser seguidas pelas empresas e pelos seus
colaboradores. A NR 22, através da portaria n° 63, de 02 de Dezembro de 2003, do MTE,
orienta as empresas mineradoras na elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento de
Riscos (PGR), e, esta sujeita à fiscalização do Ministério de Minas e Energia (MME).

A Lei Federal 6.514, de 22 de Dezembro de 1997, regulamenta o Laudo Técnico de


Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), que serve como fonte de dados sobre os agentes
nocivos no ambiente de trabalho, e sobre a porcentagem da remuneração de insalubridade e
periculosidade dos funcionários. A Lei 8.213/91, em seu Art. 58, no 3° paragrafo, diz que; a
empresa é obrigada a manter a LTCAT atualizada permanentemente, sendo parte integrante da
NR 15 e 16, e deve estar a disposição dos fiscais públicos.

Segundo Tavares, Neto e Hofmann (2010), os empresários devem seguir os


procedimentos obrigatórios nas normas regulamentadoras da Portaria n° 3.214, de 08/06/1978,
em decorrência da responsabilidade civil e penal no caso de acidentes e doenças profissionais.
O código penal brasileiro em seu artigo 121 define como homicídio culposo, no caso de morte
em acidente de trabalho, e a culpa por imprudência, imperícia ou negligencia, podem cair sobre
a chefia ou colega de trabalho, mesmo que também tenha sido vitimada.

Conforme Ascensi e Pinheiro (2012, p. 98), no que diz respeito a legislação;


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Em suma, tem-se ainda um longo caminho a


percorrer para que o direito à saúde instituído em
1988 seja uma realidade para todos no Brasil.

2.3 O Plano de Gestão de Riscos Ambientais

O Plano de Gestão de Riscos Ambientais em pedreiras demonstra-se muito mais eficiente


no que tange a maximização de lucros e a conservação do patrimônio da empresa. É elaborado
com base nas seguintes diretrizes; Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), pelas Normas
Regulamentadoras (NR), pelas legislações trabalhistas, pelas leis ambientais federais, estaduais
e municipais, a norma internacional OHSAS 18001, e o plano PDCA.
A elaboração do Plano inicia-se com os procedimentos administrativos como, o
cumprimento da licença prévia (LP), a licença de Instalação (LI), e a licença de Operação (LO).
A execução inicia-se com o monitoramento do processo produtivo, o armazenamento, e o
embarque para o transporte. O plano é documentado, com as devidas adequações de segurança
ocupacional para cada setor da empresa, e respeitando-se a individualidade da função exercida
pelo profissional envolvido.
O PDCA esta permanentemente ativa no Plano de Gestão de Riscos Ambientais,
monitorando, analisando e reavaliando o PGR exigido na legislação trabalhista de mineração a
céu aberto e orientado pela NR 22. A reengenharia de avaliação disciplina a observação das
metodologias na organização e no planejamento estratégico administrativo e operacional,
registrando os indicadores de desempenho proativo e reativo, na busca da segurança e da saúde
ocupacional do trabalhador através do treinamento e reciclagem de habilitação.
A observância de um cronograma é fundamental para a empresa no cumprimento das
questões jurídicas envolvidas, e que podem ser:
1. Levantamento dos fatores de risco físico, químicos, biológicos, etc,
2. Avaliação dos fatores e de seu tempo de exposição ao trabalhador,
3. Elaboração do mapa de riscos em acordo com a NR 05,
4. Estabelecimento de cronograma com prioridades e metas,
5. Supervisão do Engenheiro responsável sobre a metodologia implantada,
6. Monitoramento da exposição dos riscos envolvidos no local e entorno da
empresa,
7. Treinamento de Reciclagem da legislação e das NR;
 NR 06 – EPI,
 NR 10 – Instalação e Serviços de eletricidade,
 NR 15 – Exposição ocupacional,
 NR 19 – Manuseio de explosivos,
 NR 21 – Trabalho a céu aberto,
 NR 23 – Proteção contra incêndios,
 NR 24 – Saneamento e conforto ambiental,
 NR 26 – Sinalização de segurança,
8. Atualização e observâncias dos dados registrados na LTCAT,
9. Participação democrática com responsabilização de todos os envolvidos,
10. Reavaliação do Plano com a participação ativa dos colaboradores e direção.

O Engenheiro de Segurança do Trabalho responsável técnico deve supervisionar o


cumprimento destas normas envolvidas no cronograma e realizar as suas adequações legais.
Deve elaborar os procedimentos externos e internos com a participação democrática dos
colaboradores através do CIPAMIN, divulgando em uma planilha os procedimentos legais,
explicativos e descritivos, passiveis de responsabilização civil e de fiscalização do MTE e de
outros órgãos públicos.

2.4 A importância do Laudo

O laudo pericial deve ser elaborado por especialista habilitado, é uma prova jurídica
pela qual um juiz pode emitir uma sentença, solucionando litígios judiciais. Por esta razão deve
sempre ser meticuloso e imparcial, e mesmo sendo bem elaborado, sempre existira alguém para
contesta-lo e tentar impugna-lo, por esta razão, a importância de ser um trabalho substanciado
na legislação, produzindo assim uma prova robusta, enfática e conclusiva. Segundo Dante
(1998, p. );

Deve-se sempre procurar exatidão, sobriedade e


clareza. Uma característica importante dos bons
relatórios é fazer o leitor sentir-se conduzido,
quase como participante ao longo dos diferentes
momentos da pesquisa acompanhando, assim, a
linha de raciocínio do avaliador, fatos, evidencias,
dados e informações que conduziram às
conclusões atingidas.
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2.5 Certificações

O cronograma aqui apresentado remete-nos para as diretrizes dos programas de


rotulagem ambiental, o chamado selo verde de forma geral é utilizado para induzir a preferencia
dos clientes consumidores para os produtos da empresa. O processo de produção com redução
de desperdícios de energia, e de recursos humanos e naturais, maximiza o patrimônio privado
da empresa, e agrega valor para a sua marca no mercado, beneficiando também a qualidade
ambiental da comunidade local.

A conscientização ambiental fortaleceu o mercado verde e provocou mudanças na


politica governamental criando e forçando o caráter preventivo, é neste contexto que o Plano
de Gestão de Riscos Ambientais torna-se mais eficiente. A fusão do gerenciamento da
legislação ambiental e de segurança do trabalho habilita a empresa para as certificações
ambientais. Os falsos selos e certificações originaram em ações judiciais pelos militantes
ambientais, resultando no estabelecimento de pré-requisitos, e segundo Correa (1998, p. 43);

Selos ambientais, baseados em analise de ciclo de


vida e formulação de critérios múltiplos: o
programa define, para a concessão do selo, mais
de um requisito, a partir da analise dos principais
efeitos ambientais ao longo de todas as etapas do
processo produtivo, da extração de matéria prima
ao descarte final. A vantagem dessa modalidade
é a de evitar que apenas um aspecto seja
valorizado, transferindo impactos ambientais para
outras fases.

3. METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1 Caracterização da Área de Estudo

Localizada na mesorregião noroeste do estado gaúcho, formada por 216 municípios


agrupados em treze microrregiões, próximo de rotatória de acesso a vários eixos rodoviários,
com destino aos quatro compartimentos geológicos (Planalto, Escudo, Depressão, Litoral) do
estado do Rio Grande do Sul.
A pedreira situa-se na Avenida Presidente Vargas, n° 3857, no hemisfério sul do
município de Passo Fundo, na região do Planalto Basáltico do Rio Grande do Sul, segundo o
censo IBGE/2013 (http://cod.ibge.gov.br/5U7) a cidade possui uma população estimada de
194.432 em uma área territorial estimada em 783.421 km², sob o Bioma de Mata Atlântica,

Imagem 01; Croqui esquemático editado por Vitor Dos Santos com imagens do Google Maps e do GNU Free Documentation License.

3.2 Formação Basáltica

Originou-se na era mesozoica com o derramamento de lava em decorrência de intensa


atividade vulcânica que aconteceu a milhões de anos, com sucessivos derrames formando o
Planalto das rochas basálticas.

3.3 Clima
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O município onde a pedreira encontra-se inserido esta a uma altitude média de 690
metros acima do nível do mar, sob o planalto basáltico em zona de clima temperado, com
temperaturas médias aproximadas entre 13° à 23° ao ano, com ocorrência de geadas nos meses
mais frios e eventualmente neve, com invernos normalmente úmidos.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

FRADE, G.; Arquitetura Sagrada no Brasil: Sua evolução ate vésperas do concilio
vaticano II. São Paulo: Edições Loyola, 2007.

PORCHAT, EDITH.; Informações Históricas Sobre São Paulo no Século de sua Fundação.
São Paulo: Editora Iluminuras Ltda, 1993.

SCOPINHO, A, R.; Vigiando a Vigilância: Saúde e Segurança no Trabalho em Tempos de


Qualidade Total. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2003.

CAMPOS, A. TAVARES, J, C. LIMA, V.; Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas,


Equipamentos e Instalações. São Paulo: Editora Senac, 2010.

TAVARES, J, C. NETO, J, B, R. HOFFMANN, S, C.; Sistemas de Gestão Integrados. São


Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.

ASENSI, F, D. PINHEIRO, R.; Direito Sanitário. Rio de Janeiro: Elsiever Editora Ltda,
2012.

DANTAS, R, A.; Engenharia de Avaliações: Uma Introdução à Metodologia Cientifica.


São Paulo: Editora Pini Ltda, 1998.

CORREA, L, B, C, G.; Comercio e Meio Ambiente: Diplomática Brasileira em Relação ao


Selo Verde. Brasília: Instituto Rio Branco; Fundação Alexandre de Gusmão; Centro de
Estudos Estratégicos, 1998.
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS RENOVAVEIS;
Resoluções do Conama: Resoluções Vigentes Publicadas entre Setembro de 1984 e
Janeiro de 2012./Ministério do Meio Ambiente. Brasília: MMA, 2012.

SITES DE CONSULTA

Decreto Lei n° 5.452, de 1° de Maio de 1943 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-


lei/del5452.htm

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