Você está na página 1de 2

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE

ANÁLISE DE ÁGUAS E MINÉRIOS

Nome e Código: Cecílio Raimundo-20180700

Gestão de Água na Mineração, Caso de estudo da mineradora Jindal, Tete

Nos últimos anos, é notado um desenvolvimento considerável em Moçambique. Um dos


vectores para esta mudança, é a descoberta de vários recursos minerais. A indústria mineira é
tida como grande tributário para o investimento estrangeiro e de forma directa para o
desenvolvimento da economia moçambicana (Bihale, 2016). Por outro lado, estas actividades,
provocam problemas ambientais (como qualquer outra actividade), e de forma particular aos
recursos hídricos, quando nos referimos a poluição das águas.

Em resposta do acima pressuposto, ao longo dos anos, a problemática da gestão da água tem
se tornado uma temática de discussão a nível global, e inúmeras tentativas são feitas para o
controle deste liquido e naturalmente que tem se mostrado não ser tão simples como parece,
pois mesmo se assim fosse, a matemática do fluxo subterrâneo é muito complexa, nem se diz
a respeito dos aquíferos naturais, estão longe de serem simples.
Este trabalho, tem como objetivo de descrever a forma de tratamento da água na mineração e
processamento do carvão numa das maiores mineradoras em serviço para a exploração deste
precioso mineral. A água, é tida como o coração de todos os processos que são empregues na
separação do carvão.
Uma das características da indústria mineira, é a indispensável utilização de enormes volumes
de águas em processos de beneficiamento. A má gestão da água nesses processos, significa um
aumento efeito hidrológico negativo em situações muito diversas, de acordo com a natureza da
jazida e o tipo de lavra.

1. Gestão de Água na mineradora Jindal Moçambique

A Jindal, é uma multinacional denomina por Jindal Steel and Power Limited (JSPL), com sede
na India e oficialmente afiliada a Jindal Africa, esta que neste continente encontra-se a explorar
em Moçambique, Africa do Sul (Sede), Botswana, Namíbia, Zâmbia, Tanzânia e Madagáscar,
nas áreas de carvão, cobre, minério de ferro e calcário. (JINDAL AFRICA, 2016.)

Em Moçambique, a Jindal está localizada na província de Tete, no distrito de Marara, na


localidade de Chirodzi. Esta mina de carvão a céu aberto, tem uma reserva comprovada de 700
milhões de toneladas (MT) e uma vida útil esperada de 25 anos, tendo sido oficialmente
começado os trabalhos, em 2013. Este carvão, transporta-se em camiões com o primeiro
destino para o porto da Beira. Os produtos obtidos por essa empresa são o carvão coque e o
carvão térmico e quanto as especificações dos produtos estão a cargo dos clientes dependendo
do objectivo final de cada empresa. (JINDAL AFRICA, 2016.)

Em certa época, a Jindal Moçambique foi famosa negativamente pelo não cumprimento de
algumas regras ambientais. Com o intuito de reduzir de forma drástica esta má fama e os
impactos negativos ao meio ambiente, foram estabelecidas algumas políticas para a gestão da
Água que que tinha como proveniência, as actividades de mineração e beneficiamento do
Carvão naquelas instâncias.

Foi então introduzido o método de Reutilização da Água, pois sabe-se que a água depois de ser
utilizada na mineração, é maioritariamente composta por reagentes, micropartículas solidas
suspensas, que de certa forma necessitam de ser extraídas para permitir a reutilização em etapas
de processamento ou por outra, para ser descartada sem gerar prejuízo maior ao meio ambiente,
assim objectivando as sustentabilidades dos recursos hídricos. (Malizane, 2018)

Para a recuperação da água, a Jindal usa um método que é bastante recomendado pelos vários
profissionais da área da gestão ambiental, que é a aplicação de Coagulantes e Floculantes.
(Malizane, 2018)

2. Como este método funciona?


Coagulação é conhecida como a aplicação de alguns agentes coagulantes como é o caso de
Sulfato de alumínio, cloreto férrico, sulfato férrico na água, com o objectivo de desestabilizar
algumas partículas de sólidos suspensos. Despois dos sólidos estarem desestabilizados, eles se
colidem formando os flocos. A floculação, por sua vez, virá ser a etapa onde condições
adequadas vão fomentar a formação dos flocos que serão sedimentados em etapas
subsequentes. A floculação é importante para não aumentar a afluência de partículas suspensas
nas unidades filtrantes, provocando assim a diminuição de sua eficiência e da sua carreira de
filtração. Desta forma, o uso deste método para a recuperação da água, apresentam melhores
resultados neste processo, visto que melhoram a separação sólido-líquido e também mais
estabilidade, custos reduzidos e até certo ponto é uma resposta para a luta contra a agressão ao
meio ambiente. (Malizane, 2018)
3. Recomendações
• Até então, não se sabe até que ponto a água recuperada pode ser benéfica não só para
os próprios equipamentos, mas também em casos de uma possível infiltração até a
zonas não saturadas (Nível freático), recomenda-se analises mais profundas desta água
recuperada;
• Como o método de separação é solido-líquido, há necessidade de se fazer estudos
químicos com os sólidos após a separação, para uma possível reutilização dele, pois a
utilização dos floculantes, pode alterar as propriedades dos sólidos.

4. Referencias bibliográficas
4.1.Publicações
• Bihale, D. (2016). Industria Extrativa em Moçambique. Perspectivas para o
desenvolvimento do Pais. Maputo, Moçambique: Friedrich Ebert Stiftung.
http://library.fes.de/pdf-files/bueros/mosambik/13195.pdf
• MIREME. (2017). Avaliação Ambiental e Social Estratégica do Sector Mineiro e do
Gás em Moçambique. Maputo, Moçambique.
• Malizane, M. A. (2018). AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE TRATAMENTO E
RECUPERAÇÃO DA ÁGUA DA MINERADORA JSPL MOZAMBIQUE MINERAIS
LDA, NA REGIÃO DE CHIRODZI, DISTRITO DE MARARA, PROVÍNCIA DE TETE.
Tete, Moçambique: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE.
4.2. Sites Internet
• JINDAL AFRICA. (2016.) Obtido em 02 de 2019., de
https://www.jindalafrica.com/mozambique

Você também pode gostar