Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
2. OBJECTIVOS DA PESQUISA..........................................................................................4
2.1. Objetivo geral..............................................................................................................4
2.2. Objectivos específicos.................................................................................................4
3. JUSTIFICATIVA...............................................................................................................5
4. PROBLEMA/PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA...................................................5
5. HIPÓTESE..........................................................................................................................5
6. METODOLOGIA...............................................................................................................6
6.1. Trabalho de Gabinete..................................................................................................6
6.2. Trabalho de Campo.....................................................................................................6
6.3. Processamento, Análise e Interpretação......................................................................6
6.4. Compilação do Relatório.............................................................................................6
7. Revisão Bibliográfica.........................................................................................................6
7.1. Localização Geográfica da área do estudo..................................................................6
7.2. Topografia e Geomorfologia.......................................................................................7
7.3. Hidrografia..................................................................................................................8
8. Enquadramento Geológico.................................................................................................9
8.1. Geologia Regional e Local..........................................................................................9
9. Definições.........................................................................................................................12
9.1. Pesquisa e Prospecção Mineral.................................................................................12
9.2. Ambiente Geológico De Formação Do Grafite.........................................................12
9.3. Mineralizações de Grafite..........................................................................................13
10. Trincheiras De Pesquisa................................................................................................14
10.1. Planejamento de abertura das Trincheiras.............................................................14
10.2. Mapeamento Geológico.........................................................................................16
10.3. Coleta das Amostras..............................................................................................18
10.4. Amostragem de canal.............................................................................................18
10.5. Amostragem de fragmentos...................................................................................19
10.6. Redução das amostras............................................................................................19
11. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES........................................................................20
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................21
3
1. INTRODUÇÃO
O primeiro uso do mineral grafita grafite está perdido na mística do tempo. O homem
primitivo usava grafita grafite para desenhar nas paredes das cavernas e os egípcios para
decorar objetos cerâmicos. De um modo geral, o potencial de grafite na província de Cabo
Delgado foi relatado pela primeira vez nos anos 70 e mais tarde, nos anos 80 pela equipe de
pesquisa da Bulgargeomin, que descobriu vários depósitos e afloramentos na extremidade
oriental do Cinturão de Lúrio, próximo do limite entre as rochas pré-cambrianas e sedimentos
costeiros.
2. OBJECTIVOS DA PESQUISA
2.1. Objetivo geral
3. JUSTIFICATIVA
A presente pesquisa justifica-se pelo facto do autor ter estagiado na Gk GK Ancuabe
Graphite Mine, SaSA, onde os trabalhos de Geologia no campo foram realizados no posto
administrativo de intutupue Intutupue no âmbito de actividades de prospecção e pesquisa de
grafite, pois a empresa é titular da Licença nº 3915L, para tal, e de acordo com o respetivo
título a sua duração é de 5 anos podendo ser renovado por mais 3 anos de acordo com o
regulamento. dai que houve um interesse da minha parte de poder abordar sobre este tema,
para compreender o que estará por de trás das mineralizações de grafite nas trincheiras assim
como a mudança das estruturas que este deposito apresenta, visto que a geologia de
moçambique ainda não foi estudada no seu todo, a carece de estudos que documentão as suas
ocorrências minerais.
4. PROBLEMA/PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA
Durante as actividades de prospecção e pesquisa na licença 3915L, foram realizadas diversas
actividades, começando pelo reconhecimento preliminar da área, mapeamento superficial e
abertas de 09 trincheiras como forma de se selecionar as áreas mais promissoras no que
concerne a qualidade do depósito de grafite existentes na licença, mas durante o ano corrente
foram abertas novas trincheiras com vista a delimitar as áreas de mineralização do grafite.
Assim, coloca-se a seguinte questão para realização da pesquisa proposta:
Até que ponto a abertura destas novas trincheiras TR21 (1,2, e 3)
podem pode nos dizer, quais são as extremidades em que o grafite
começa e terminaajudar a delimitar a mineralização do grafite?
5. HIPÓTESE
Acredita-se que o deposito de grafite deve começar na TR21 01 e terminar na TR21
02;
Acredita-se que o deposito de grafite deve começar antes da TR21 01 e termina depôs
da TR21 02.
6. METODOLOGIA
A metodologia deste trabalho, estará dividida em 4 Etapas:
6
Esta etapa ira consistir na deslocação da área de estudo para realizar o mapeamento geológico
superficial, Pesquisa Geológicas, aberturas de trincheiras, identificação do perfil topográfico
das trincheiras, medições de estruturas (Dip, Dip valor e Strik), descrições das
mineralizações de grafite e outros minerais na parede das trincheiras e na base da trincheira
(chão) e colheita de amostras.
Esta etapa irá consistir na análise e interpretação dos dados da amostragem processados no
laboratoriais e interpretados através de sistemas informáticos Excel, Q giz e Auto CAD.
Etapa final da pesquisa, consistira na elaboração do relatório final da pesquisa onde estará
patente todas as informacoes das actividades realizadas no campo durante a pesquisa
geológica de grafite a partir de aberturas de trincheiras na área de estudo.
7. Revisão Bibliográfica
7.1. Localização Geográfica da área do estudo
A licença de prospecção e pesquisa em aprecio possui uma área de 24 000 hectares, localiza-
se no posto administrativo de intutupue, Distrito de Ancuabe na província de Cabo Delgado
(Veja a Error: Reference source not found). O distrito de Ancuabe está localizado na parte sul
da Província de Cabo Delgado, a cerca de 100 km da Cidade de Pemba. A Norte limita-se
com o distrito de Meluco, a Sul com o distrito de Chiúre, a Este com os distritos de Pemba,
Metuge e Quissanga e a Oeste com o distrito de Montepuez. O acesso à área da licença pode
ser feito através de Posto Administrativo de Intutúpue deixando a estrada nacional (EN) 106
sentido Pemba- Metoro, acedendo a estrada de terra batida do lado esquerdo num percurso de
aproximadamente 1 000 metros. Pode-se ter acesso a área do projeto de Intutúpue através de
uma antiga estrada portuguesa de terra batida (a 11 km).O tempo de condução é de
aproximadamente 45 à 55 minutos devido a más condições da estrada
7
Fig. 1: Mapa de localização ilustrando a área do Projecto de Grafite de Intutupue na LPP 3915L situada na
Província de Cabo Delgado no norte de Moçambique. O mapa apresenta, também, outras Licenças a favor da
GK.
Fonte: Gk_Ancuabe Graphite Mine SA
100 e 300 a 500 metros, a leste e oeste, podendo se destacar o monte Yocola e Saka a Norte
do rio Megaruma.
Fig. 2: Mapa topográfico ilustrando a Localização, acesso e a topografia na área da LPP 3915L.
Fonte: Gk_Ancuabe Graphite Mine SA
7.3. Hidrografia
Segundo (MAE, 2014) o distrito é atravessado por vários cursos de água, quase todos eles de
regime periódico. Os principais rios são: Muaguide, Montepuez e Megaruma. O distrito
apresenta 11 (onze) rios secundários, dentre ele, o rio Unculo, Uanapula, Namutua, Nipupo,
Niquerecuere, Necapa, Miticué, Mecorre, Colué, Chiba e Upulo. Contudo a área da LPP
3915L é atravessada pelo rio Uanapula que desagua no rio Megaruma, também é possível
observar vários riachos todos de regime período.
9
8. Enquadramento Geológico
8.1. Geologia Regional e Local
A área de estudo (coberta pela licença 3915L) está localizada a NE de Moçambique, ao longo
do Cinturão de Moçambique (HOLMES, 1951). Esta área enquadra-se no terreno do
Gondwana Este, constituindo parte dos três terrenos que compõem o Soco Cristalino
Moçambicano, sendo que os outros dois são denominados por terrenos de Gondwana Oeste e
Gondwana Sul (GTK CONSORCIO, 2006).
Do ponto de vista estrutural a área de estudo está inserida numa estrutura de caracter regional
(Cinturão de Moçambique) com orientação N-S com um retrabalhamento Pan - Africano que
10
Fig. 4: Mapa geológico do Nordeste de Moçambique ilustrando a Geologia Regional e a sequência tectónico-
estratigráfica exibindo os principais domínios (Norconsult Consortium, 2007). O retângulo vermelho indica a
área de estudo.
Fonte: Norconsult Consortium, 2007
11
9. Definições
9.1. Pesquisa e Prospecção Mineral
Segundo Pasteris (1999), existem dois tipos de mineralizações de grafite, denominadas como
depósitos singenéticos e depósitos epigenéticos. Os depósitos singenéticos recebem este
nome, pois são gerados juntamente com a formação da rocha hospedeira, durante o
metamorfismo. Enquanto que os depósitos epigenéticos são gerados após a formação das
rochas hospedeiras.
7.5.4.1. Depósitos Singenéticos
Os depósitos de grafite singenéticos resultam da transformação, in situ, da 5matéria orgânica
primária em grafite, através do metamorfismo regional e/ou metamorfismo de contato, cujo
processo é chamado de grafitização. A depender do grau metamórfico da rocha hospedeira,
são formadas nesse tipo de depósito o grafite do tipo flake e amorfa, cujo minério apresenta-
se estruturado como tabular, lenticular ou irregular. O grafite do tipo flake geralmente ocorre
em gnaisses de alto grau, quartzitos ou rochas de fácies granulito. Contudo, nesses depósitos
o grafite pode variar bastante com a quantidade de impurezas minerais, com variações de 80 a
97% de carbono (Gautneb & Tveten, 2000).
7.5.4.2. Depósitos Epigenéticos
Segundo Luque et al. (2013), os depósitos epigenéticos de grafite são resultados de fluidos
ricos em C-O-H, que se tornaram saturados e se cristalizaram na forma de grafite. A
saturação nos fluidos se dá por fontes de carbono proveniente do metamorfismo de fácies
granulito nos metassedimentos ricos em materiais orgânicos e, ou por reações de
14
Fig 8. Levantamento topográfico planimétrico do piso de uma trincheira. Os pontos de 1 a 7 são piquetes
sequencialmente numerados, onde se instala uma trena Linha Base (LB).
Fonte: Manual de Noções de prospecção e pesquisa mineral
A mesma sistemática utilizada para o levantamento topográfico deve ser utilizada para o
mapeamento geológico. Obviamente, ao invés de medir a distância entre a LB e os limites da
trincheira perpendicular ao seu comprimento, se medirá aqui os contatos geológicos e
estruturas geológicas.
As Estações devem ser pintadas e/ou ter inserido seu símbolo gráfico, conforme ilustra a
figura 9. Nessa figura, além da representação gráfica e colorida da litologia em cada Estação
(inclusive em uma Estação intermediária), apresentamos também uma descrição resumida das
litologias mapeadas. Em áreas de Geologia bem conhecidas as empresas de mineração
adotam siglas, geralmente iniciais da descrição da rocha. Pelo mesmo motivo de espaço,
apresentamos somente a descrição resumida dos quatro primeiros caminhamentos. Os demais
caminhamentos até o sexto seguem a mesma sistemática dos quatro primeiros.
Após o Mapeamento de cada Estação, passa-se à fase de interpretação do mapa, onde serão
traçados os contatos geológicos. Essa tarefa deve ser executada dentro da trincheira
observando-se os aspetos da geologia com o que está sendo interpretado, de modo que o
mapa geológico represente fielmente as relações de campo.
Figura 9 – Mapeamento Geológico da parede de uma Trincheira aberta em terreno plano e respectiva descrição
resumida em caderneta de campo.
Fonte: Manual de Noções de prospecção e pesquisa mineral
18
A B
O processo consiste em abrir um canal na face exposta do minério, estes canais têm
profundidade e largura constantes, o material recolhido cai sobre uma lona que é colocada em
baixo do canal, quando o minério aflora nos poços, trincheiras e galerias, seus fragmentos
caem sobre a lona. Quando o minério não é homogêneo, abre-se canais tanto na parte pobre,
quanto na parte rica a ser estudada. Estas amostras podem ser misturadas posteriormente e
utilizadas como uma única amostra. Essa maneira de recolhimento é indicada, para que não
haja um favorecimento a partes onde o material seja rico. A maneira de como vai ser aberto
19
este canal, vai depender sempre da orientação e da geometria do minério. Ele deve ser aberto
sempre da maneira que tenha maior contato com este minério. A distância destes canais vai
depender também da regularidade do minério.
Deve-se limpar a superfície do minério ou a faixa a ser amostrada antes da realização da
amostragem, para que possa ter um alívio nos contaminantes na amostra, como lamas, sais
solúveis, etc. Quando a limpeza é difícil pode utilizar escova de pelo duro e os fragmentos
que se soltarem podem ser removidos e descartados. Depois do processo, numeram-se as
amostras, fazem-se todas as anotações em termos de esquemas geológicos, particularidades
do minério e da mineração dos locais amostrados. Anota-se também a espessura, mergulho e
o comprimento do minério e do canal.
É a técnica que consiste em uma amostragem que se recolhe uma série de fragmentos que são
retirados das faces expostas do corpo de minério. Os fragmentos recolhidos devem ter o
mesmo peso. É recolhido em média 12 a 16 fragmentos por cada local amostrado. Quando se
tem depósitos muito irregulares recolhe maior número de fragmentos podendo chegar a 50
fragmentos em cada local amostrado. A distância entre postos de amostragem pode ser
definida do mesmo modo que na de canal. Também é aconselhável a lavagem do minério
antes da amostragem para evitar as mesmas complicações da amostragem de canal.
20