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ROCHAS

METAMÓRFICAS
FUNDAMENTOS DA GEOLOGIA

DOCENTE: KALINNY LAFAYETTE


DISCENTES:
MATHEUS VICENTE
MAYZA SAMARA
MELKENIA CRISTINA
MIQUEIAS DA SILVA
REBECA UCHÔA
• INTRODUÇÃO: :

• Metamorfismo é um processo que envolve mudanças na composição


mineralógica, na textura e estrutura de uma rocha, predominantemente no
estado sólido.

• A partir do estudo das Rochas Metamórficas, se torna possível a


identificação de grandes eventos geotectônicos que ocorreram no passado,
bem como os efeitos provocados pelo metamorfismo para o entendimento
da atual configuração dos continentes. Esses tipos de rochas têm muita
importância econômica em virtude de sua ampla utilização na construção
civil e na fabricação de objetos ornamentais, pois são materiais de
revestimento muito duráveis, além de conferirem solidez e nobreza aos
produtos.
• O QUE SÃO ROCHAS METAMÓRFICAS? :

• São formadas por mudanças mineralógicas ou físicas de rochas


preexistentes (ígneas, sedimentares ou mesmo metamórficas) ;
• Provocadas por aumento de pressão e temperatura;
• Metamorfismo pode envolver recristalização de minerais preexistentes,
mudança na textura (tamanho e arranjo dos grãos) da rocha e
cristalização de novos minerais por recombinação de elementos
químicos.
• Processos metamórficos são comuns em regiões de colisão continental e
subducção de placas tectônicas, que envolvem formação de cadeias de
montanhas (orogênese), onde rochas sofrem esforços de compressão e
aumento de temperatura.
• O QUE SÃO ROCHAS METAMÓRFICAS? :

• O metamorfismo ocorre em condições de temperatura superiores às da


diagênese (entre 150 e 200 ºC e 3 Kbar) no processo sedimentar;
• Processo ígneo: inferiores à da fusão (700 – 1000 ºC);

Fonte: Instituto de Geociências – USP, Muscovita Quartzito Fonte: Instituto de Geociências – USP, Quartzito.
foliado.
• FATORES QUE INFLUENCIAM O METAMORFISMO:

• PRESSÃO: A pressão dentro do processo do metamorfismo, provoca uma


deformação e aumento na densidade das rochas. A pressão possui a seguinte,
Divisão:

• Pressão Litostática:

1. Não apresenta trajetória pré-definida.


2. Ocasionado pelo peso das camadas
Anteriores.

• Pressão Dirigida:
Fonte: Prepara Exames (2010)
1. Ocorre em direção Perpendicular.
2. É ocasionada por movimentos Tectônicos
• FATORES QUE INFLUENCIAM O METAMORFISMO:
• TEMPERATURA: é o agente de maior destaque, dentro do processo do
metamorfismo. o Gradiente Geotérmico, pode ser utilizado para se descobrir
as variações de temperatura de acordo com a profundidade do solo analisada.

O aumento da temperatura, ocasiona:


1. Recristalização dos minerais
2. Reações metamórficas
3. movimentação térmica dos átomos.

• FLUIDOS: é um importante agente metamórfico. Sua presença, ocasiona:


1. Uma pressão devido a sua própria presença
2. Ajuda na migração de elementos químicos para a geração da rocha
metamórfica
METASSOMATISMO: estuda justamente o processo de alteração química e
mineralógica de uma rocha pela circulação de fluidos.

• TEMPO: as reações envolvidas no processo do metamorfismo são lentas, sua


formação pode levar até milhões de anos, dependendo da situação em que
determinado grupo de rocha está situado
• TIPOS DE METAMORFISMO:

• METAMORFISMO REGIONAL: também conhecido por


metamorfismo Dinamo térmico, é gerado pela combinação de altas
temperaturas e pressões.
1. Exemplo: cordilheira dos andes e himalaias.
2. Exemplos de rochas formadas: Ardósias, filitos, xistos, gnaisses,
migmatito etc.

Fonte: Maria Assunção - Online Education (2021)


• TIPOS DE METAMORFISMO:
• METAMORFISMO DE CONTATO: é um tipo
de metamorfismo conhecido também como
metamorfismo térmico. A temperatura é o
principal agente metamórfico atuante no
processo
1.Intrusão do Magma
2.Pouca pressão, no processo. Provoca a
geração de rochas não foliadas.
Exemplo de rochas formadas: hornfels.
• METAMORFISMO DINÂMICO OU Fonte; Livro-TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T. R.; TOLEDO, M. C. M.;
TAIOLI, F. Decifrando a Terra, 2. . ed. (2009)
CATACLÁSTICO: . O atrito, é um mecanismo
presente para desenvolvê-lo. Tal força é
exercida sobre falhas, onde são geradas
pressões que causam movimentação e
rupturas na crosta.
• TIPOS DE METAMORFISMO:
• METAMORFISMO DE IMPACTO: é
caracterizado pelo impacto de corpos
extraterrestres em alta velocidade em nossa
superfície.

Fonte: Adaptação, studio7designs (2011)


• GRAUS DE METAMORFISMO: Utilizado para descrever as condições relativas de
pressão e temperatura sob as quais as rochas metamórficas se formam.

• Fonte: Adaptação, studio7designs (2011)


Fonte: Adaptação, studio7designs (2011)
• GRAUS DE METAMORFISMO:

• BAIXO(EPIMETAMÓRFICO):
1. Ocorre em temperaturas entre cerca de 200 a 320 ºC .
2. Possui Pressões Relativamente Baixas.
3. Pode manter Feições Originais
4. Exemplo: Ardósia e Filito

• INTERMEDIÁRIO(MESOMETAMORFISMO):
1. Ocorre em temperaturas entre cerca 320 a 450 ºC
2. pressões moderadas
3. cristais se tornam mais visíveis.
4. Exemplo: xisto e gnaisse

• ALTO (CATAMETAMORFISMO):
1. Ocorre em temperaturas superiores a 450 ºC
2. pressões elevadas
3. Exemplo: granulito
• PROPRIEDADES FÍSICAS:

COR: A cor da rocha metamórfica pode se manter idêntica à
da rocha mãe, quando não ocorre modificações químicas no
metamorfismo.

Fonte: Recurso Solo - Propriedades e Usos

➔Quando ocorre a adição de minerais ou a substituição de


minerais já presentes por outros, a cor tende a mudar.
• PROPRIEDADES FÍSICAS:
● TENACIDADE: A maioria das rochas metamórficas são bem
resistentes. Mas em alguns casos elas se quebram com facilidade.

● DUREZA: Possuem dureza de média a elevada.

● TEXTURA: A textura depende do tamanho, forma, distribuição e


orientação dos novos minerais adicionados ou dos minerais
originais que foram modificados. O desenvolvimento das texturas
ocorre por blastese, ou seja, pelo crescimento dos minerais
metamórficos.
As principais texturas são:
• PROPRIEDADES FÍSICAS:
➔ LEPIDOBLÁSTICA: Textura geralmente foliada, com orientação de
minerais placoides, ao longo de planos paralelos e apresenta
foliação. Ex: cloritas e micas.

Fonte: Alex Strekeisen


• PROPRIEDADES FÍSICAS:
➔ NEMATOBLÁSTICA: Apresenta minerais de hábito alongado, prismatico
ou laminar. Geralmente com foliação e orientada de forma paralela. Ex:
Anfibolitos.

Fonte: Geologia e recursos minerais da Folha de Apiaí


• PROPRIEDADES FÍSICAS:
➔ PORFIROBLÁSTICAS: Apresenta cristais que tiveram uma blastese
maior em uma matriz com cristais menores. Podem ser orientadas
ou não.

Fonte: Prof. Renato de Moraes


• PROPRIEDADES FÍSICAS:
➔ GRANOBLÁSTICA: Textura sem foliação que possui um arranjo de
minerais em forma de grãos equidimensionais, sem orientação. Ocorre
normalmente em rochas de estrutura maciça. Ex: Gnaisse.

Fonte: Revista Brasileira de Geologia


• NOMENCLATURA
● É rara a indicação de regras para a nomenclatura das rochas metamórficas,
pois a determinação dessas rochas envolve muitos conceitos, não só da
rocha original, como também os da transformação metamórfica de sua
formação.
● USO DE NOME DE MINERAIS: Muitas rochas necessitam do uso do nome de
um mineral antes do nome da rocha. Isso se da para definir
composicionalmente e metamorficamente a rocha.
A regra é que os nomes dos minerais mais
próximos do nome da rocha correspondem às fases que ocorrem em maior
abundância. Não são usados nomes de minerais em
rochas que já os tem em sua composição.
Exemplo: Cianita-muscovita-biotita possui mais
• NOMENCLATURA

● USO DE ADJETIVOS: O uso desses termos indica teores menores


que devem ser representados pois podem ter implicações
genéticas e são importantes para caracterizações mineralógicas e
químicas das rochas.
Exemplos: Gnaisse granodiorítico, xisto máfico, micaxisto
granatífero.
● USO DO PREFIXO META: É usado para se referir à rocha
metamórfica quando se tem certeza da origem dela.
Exemplos: Metabasalto, metagranito, metapelito.
• NOMENCLATURA

● NOME DO PROTÓLITO COM SUFIXO: Pode-se usar também o


nome da rocha original seguido por um termo que indique a rocha
metamórfica. Isso indica que provavelmente o metamorfismo foi
parcial.
Exemplos: Granito gnaisseficado e gabro anfibolitizado.
● USO DOS PREFIXOS ORTO E PARA: Indicam a identificação genética
da rocha de origem. “Orto” é usado quando a rocha original é
ígnea e “para” quando a rocha original é sedimentar.
Exemplos: Ortoanfibolito e paragnaisse.
• COMPOSIÇÃO QUÍMICA:

Fonte: UFJF
• FOLIAÇÃO:

Fonte: Passchier & Trouw (1996), Microtectonics - Foliação Fonte: Dobras abertas em bandamento gnáissico dado por
diagenética paralela ao acamamento sedimentar, camadas de coloração e mineralogia diferentes (escuras ricas em
desenvolvida pela orientação preferencial de micas detríticas máficos; claras ricas em félsicos). Ortognaisse do embasamento da
elongadas, fig. 4.5, pg. 61. região de Minduri, MG.
• ROCHAS ULTAMÁFICAS: • ROCHAS MÁFICAS:

Fonte: Presidio of San Francisco. National Park Service. Fonte: Anfibolito – MVGP
• ROCHAS PELÍTICAS: • ROCHAS
CARBONÁTICAS:

Fonte: Ardósia – Acervo MVGP


Fonte: Cristais de Curvelo
.
• ROCHAS QUARTZOSAS: • ROCHAS QUARTZO-
FELDSPÁTICAS:

Fonte: Materiais Didáticos - USP


Fonte: Minero Ambiental
Fonte: adaptado de Grotzinger et al., 2010
Fonte: Igeológico.
• UTILIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL:
GNAISSE
• A gnaisse é uma rocha metamórfica de origem magmática,
composta principalmente de quartzo e feldspato.
• Derivam de rochas graníticas e possuem granulometria
média a grossa.
• São rochas de elevada resistência e apropriadas para a
maioria dos propósitos da engenharia. Fonte: Instituto de Geociências – USP, Gnaisse.

• A utilização da brita é feita a partir da trituração do gnaisse


e é posteriormente classificada de 0 a 5 (em ordem
crescente), de acordo com o seu diâmetro, cujas
dimensões variam entre 4,8 e 152mm, para formar o
agregado graúdo.
• UTILIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL:
MÁRMORE
• É uma rocha metamórfica que contém mais de 50% de
minerais carbonáticos (calcita e dolomita), formados a partir do
metamorfismo de rochas sedimentares calcíticas ou
dolomíticas.
• Apresenta granulação variada e cores branca, rosada, cinzenta
e esverdeada.
Fonte: Instituto de Geociências – USP, Mármore.
• São utilizados principalmente como rocha ornamental em
ambientes interiores, podendo ser aplicados em pisos e
paredes, lavatórios, lareiras, mesas, balcões, tampos e outros
detalhes.
• Também é muito utilizado no âmbito artístico para a
construções e criação de monumentos.
• UTILIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL:
QUARTZITO
• Os quartzitos são rochas metamórficas que
resultam do metamorfismo dos arenitos (rocha
sedimentar).
• São rochas duras, com alta resistência à britagem
e ao corte, resistentes a alterações intempéricas e
Fonte: Instituto de Geociências – USP, Quartzito.

hidrotermais, formadas por quartzo recristalizado.


• Apresentam-se nas cores branca, vermelha e com
tons de amarelo.
• São bastante utilizados como material de
construção em pisos e calçamentos.
• UTILIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL:
ARDÓSIA
• A ardósia é uma rocha metamórfica, originada
a partir do metamorfismo do siltito que é uma
rocha sedimentar.
• Possui boa resistência mecânica e as
Fonte: Instituto de Geociências – USP, Ardósia.

propriedades de material isolante térmico.


• Como material de construção é utilizada
como rocha ornamental em coberturas de
casas, pisos, tampos e bancadas.
ROCHAS PRÉ-EXISTENTES ROCHAS METAMÓRFICAS

METAMORFISMO

ARENITO QUARTZITO
sedimentar

CALCÁRIO MÁRMORE
sedimentar

GRANITO GNAISSE
ígnea

ARGILITO ARDÓSIA
sedimentar
• ESTUDO DE CASO

➔Publicado em 2020 pela Revista de Geociências Do Nordeste (Classificação A2)

➔Autores: Marcus Vinicius Costa Almeida Junior, Angela Beatriz de Menezes Leal,
Johildo Salomão Figuerêdo Barbosa, Moacyr Moura Marinho

➔ISSN: 2447-3359
PETROGRAFIA E LITOQUÍMICA DAS ROCHAS MIGMATÍTICAS DA
PORÇÃO NORTE DO CINTURÃO SALVADOR-ESPLANADA-BOQUIM,
CRÁTON DO SÃO FRANCISCO, BRASIL

➔Objetivo:
Contribuir para o conhecimento geológico da região do Cinturão
Salvador-Esplanada-Boquim (CSEB), trazendo novos dados e
informações relevantes para o estudo sobre a origem e evolução
geológica local;

➔ Localização:
Se localiza o limite setentrional do Cráton do São Francisco;
Cráton do São Francisco (CSF)

• Possui terrenos gnáissicos, graníticos de natureza


granulítica e migmatítica com idades variando do
Arqueano ao Paleoproterozoico, sobrepostos por
uma cobertura paraplataformal de idade Meso a
Neoproterozoica;

• Caracterizado como como um dos melhores e mais


completos registros geológicos do Pré Cambriano
Brasileiro;

• A história geológica do ambiente está marcada por


eventos tectônicos, magmáticos e metamórficos,
além de eventos erosivos e de exumação;
• Cinturão Salvador-Esplanada-Boquim (CSEB)

➔Conjunto de rochas metamorfisadas em alto grau, ocorrendo desde a margem leste da bacia
sedimentar do Recôncavo-Tucano-Jatobá;

➔Composto por ortognaisses de composição variada, reequilibrados nas fácies granulito e


anfibolito, além de rochas calciossilicáticas, quartzitos, intrusões de granitoides e corpos
máficos a ultramáficos;

➔Possui 3 Faixas Litológicas:


-Complexo Migmatítico Rio Real-Riachão do Dantas (CMRR);
-Complexo Granulítico Esplanada-Boquim (CGEB);
-Complexo Gnáissico/Migmatítico-Granulítico Costa Atlântica (CGGCA);
➔Complexo Migmatítico Rio Real-Riachão do Dantas (CMRR):
É subdividido em Ortognaisse Migmatítico Granítico Leste (OMGL) e Ortognaisse Migmatítico
Granítico Oeste (OMGO).

• O Ortognaisse
Migmatítico Granítico
Leste (OMGL) faz
fronteira com o
Complexo Granulítico
Esplanada-Boquim
(CGEB);
➔METOLOGIA:

• ANÁLISE PETROGRÁFICA:
Lâminas foram confeccionadas no Laboratório de Petrografia da CPRM – Companhia de
Pesquisa e Recursos Minerais, em Salvador, Bahia, além da adição de lâminas provenientes do
Projeto GEOTERM-NE (2010);

• ANÁLISE LITOQUÍMICA:
Foram selecionadas 49 amostras, sendo 13 provenientes dos trabalhos de campo realizados
durante a pesquisa e 36 provenientes do Projeto GEOTERM-NE (2010); todas analisadas no
laboratório da GEOSOL – Geologia e Sondagens Ltda por meio dos métodos de fusão com
metaborato de lítio:

Método ICP-OES: Espectroscopia de emissão atômica por plasma acoplado indutivamente


-Busca determinar elementos e traços em diversos tipos de amostras

Método ICP-MS: Espectroscopia de massa por plasma acoplado indutivamente


-Detecta metais e não metais
Resultados e discussão:
Aspectos Macro e Microscópicos

➔Ortognaisse Migmatítico Granítico Leste (OMGL)

• Rochas graníticas-gnáissicas;
• Granulometria média a grossa;
• Coloração acinzentada;
• Variações de tons devido a biotita;
• Bandamento composicional;
• Presença de leucossoma no paleossoma;
Resultados e discussão:
Aspectos Macro e Microscópicos

➔Ortognaisse Migmatítico Granítico Oeste (OMGO)

• Migmatitos ortoderivados de composição granítica;


• Feições migmatizadas bem evidenciadas em diversos
estágios de fusão parcial;
• Bandamento bem marcado;
• Bolsões leucossomáticos pegmatoides, compostos
basicamente por quartzo e feldspatos;
➔Diagrama da porcentagem dos constituintes mineralógicos do Ortognaisse Migmatítico
Granítico Leste (OMGL) e do Ortognaisse Migmatítico Granítico Oeste (OMGO).
➔Aspecto Litoquímico

 Elementos maiores:
 Constatou que o comportamento do Al2O3 e do CaO pode estar relacionado com a
cristalização do protólito antes da migmatização.
Envolve a possível cristalização
simultânea de fenocristais de K-feldspato
e plagioclásio, indicando o possível
fracionamento desse último.
 Elementos Traço e Terras Raras:
• OMGL e OMGO possuem enriquecimento em LILE (elementos litófilos de íons grandes) e
empobrecimento em HFSE (elementos de alta resistência em campo);

 Ambiência Tectônica:
• As rochas do (OMGO) ocupam o campo de rochas de ambientes de arco vulcânico;
• As rochas do (OMGL) ocupam a transição entre os ambientes sin-colisionais e de arco
vulcânico;
 CONCLUSÃO:

- As rochas da porção oeste apresentam maior grau de migmatização que as de


unidade leste;

- As rochas foram submetidas a intenso processo de migmatização durante os


processos metamórficos e retrometamórficos, que moldaram suas características
físico-químicas, bem como as assinaturas litoquímicas.
 CONCLUSÃO PETROGRÁFICA:

• Similaridades na composição das duas unidades;

• Pequenas variações nas quantidades de biotita, tipo de plagioclásio existente e a


ocorrência de minerais acessórios;

• A relação envolvendo os raros clinopiroxênios, a hornblenda e a biotita


castanha/vermelha, deve ser um indicativo de abaixamento das condições de
metamorfismo na região, corroborada pela presença pontual da hornblenda
verdeacastanhada e da biotita marrom, que são comuns em áreas de intenso
processo de formacional.
 CONCLUSÃO LITOQUÍMICA:
• Presença de rochas variando de cálcio-alcalina a cálcio-alcalina de alto K;

• As rochas de unidade Ortognaisse Migmatítico Granítico Oeste (OMGO) sofreram


cristalização precoce de fenocristais de feldspato potássio e plagioclásio, sendo estes
preservados durante a fusão parcial dessas rochas, que sugerem, também, o
envolvimento da crosta continental durante a formação dos protólitos;

• As rochas de unidade Ortognaisse Migmatítico Granítico Leste (OMGL) sugerem a


possibilidade de mistura de magmas de fontes distintas, bem como contaminação
crustal.
REFERÊNCIAS
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Seção de Materiais Didáticos Instituto de Geociências IGC – USP: Rochas Metamórficas. Disponível em: https://didatico.igc.usp.br/rochas/metamorficas/
tics.ifsul.edu.br/matriz/conteudo/disciplinas/mcb/ub/5/2.html#:~:text=A ardósia é uma rocha metamórfica%2C originada a,em coberturas de casas%2C pisos%2C
tampos e bancadas
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https://pt.slideshare.net/marciotecsoma/geologia-estrutural-foliaes-em-rochas?from_action=save
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Museu Virtual Geológico do PAMPA (MGVP): Ardósia. Disponível em: https://sites.unipampa.edu.br/mvgp/rochas-museu/rochas-metamorficas/ardosia-cris/
Cristais de Curvelo: Mármore. Disponível em: https://www.cristaisdecurvelo.com.br/pages/MARMORE-%252d-Aprenda-Mais-Sobre-Este-Mineral.html
Minero Ambiental: Geologia e Usos da Rocha de Quartzito. Disponível em: https://www.mineroambiental.com.br/geologia-e-usos-da-rocha-de-quartzito/
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