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Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Universidade Rovuma
Nampula
2022
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ÍNDICE
RELATÓRIO DE PRÁTICA TÉCNICO - PROFISSIONAL DE CARTOGRAFIA
GEOLÓGICA. ............................................................................................................................ 6
1. INTRODUÇÃO. ................................................................................................................. 6
2. OBJECTIVO. ...................................................................................................................... 6
Índice de Figuras
1. INTRODUÇÃO.
2. OBJECTIVO.
2.1.Objectivo Geral.
Observar e discutir hipóteses explicativas dos aspectos estruturais com base nos
indícios e critérios de pesquisa previamente leccionados ao longo das aulas teóricas
referente a Pesquisa e Prospecção Geológica e a partir do mesmo raciocínio, descrever
de forma detalhada os Depósitos;
Compreender eventos geológicos que ocorreram no passado que possibilitaram a
ocorrência de pegmatitos.
3. MATERIAIS USADOS.
Cadernetas de notas: Para anotação de toda informação relevante;
Esferográfica e lápis: Para anotação de toda a informação colhida durante o trabalho de
campo;
EPI’s (Equipamentos de Protecção Individual);
Tendas e Saco-Camas;
GPS: Para a obter as coordenadas geográficas dos pontos visitados;
Bússola: Para a retirada das medições da direcção e mergulho das estruturas;
Martelo de geólogo: para a obtenção das amostras frescas;
Maquina Fotográficas: para a aquisição de imagens do campo para posterior
materialização do relatório;
Mapas Geológicos: Para a confirmação da informação da Região visitada.
Fonte: Autor
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A distância entre Alto Molocuè e Mulevala é de 139 km através do Mercado Central da Pista
Velha.
5. ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO.
5.2.Contexto Evolutivo.
mantos de carreamento, sugere-se que o sentido de transporte dos materiais tenha sido de topo
para E (Pinna et al., 1993) a SE (Marques et al., 1995).
O pico do metamorfismo progressivo foi datado em 1110 - 1080 Ma, no sul do Lúrio,
(Bingen et al., 2009; Macey et al., 2010; Ueda et al., 2012) e cerca de 900 Ma ao norte
(Miller et al., 2013) da Orogenia. Para ambos os casos, são reportados elementos
estruturais de deformação orogénica mais tardia (Miller et al., 2013).
Grupo de Molócuè
Suíte de Mocuba
Gnaisses de Mamala e Rapale
Suite Culicui
Grupos de Mecuburi e Alto Benfica
Suíte Serra Morrumbala.
Complexo de Nampula.
i) Grupo de Molócuè (1800-1000 Ma, Fritz et al., 2013) - representa uma sequência
de camada intermédia de rochas metapelíticas, calcossilicatadas, félsicas, gnaisses
metavulcanitos máficos e ultramáficos supracrustais; esta sequência está,
localmente, cortada pelo Cinturão de Cavalgamento de Namama (em Eberle et al.,
2010). Uma grande heterogeneidade de relações entre estas rochas mostra
interlaminações frequentes que se encontram dobradas e foliadas. Os metabasitos
estão representados por anfibolitos e alguns metagabros, gnaisses anfibólicos
portadoresde epídoto, piroxena e granada, xistos talcosos, cloríticos e antofilíticos,
epidotitos, piroxenitos, metadunitos (Cadoppi et al., 1987) e gnaisses talco-
tremolíticos. A sequência de gnaisses supracrustais migmatizados de Molócue
desenvolveu-se, supostamente, em ambiente de bacia de retro-arco (Fritz et al.,
2013).
ii) Suíte de Mocuba- representa uma sequência polideformada de gnaisses cinzentos
de grau anfibolítico superior e migmatitos associados a tonalito-
trondjemitegranodiorito e ortognaisses graníticos desenvolvidos entre 1148 e
1114 Ma (Bingen et al., 2007; Macey et al., 2010), num sistema de arco de ilhas
juvenil Mesoproteozóico (Macey et al., 2010). O evento deformacional D1,
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A localidade-tipo da Serra Morrumbala (no meio de SDS 1735) é composta por um plug
alcalino arredondado, composto, na sua maior parte, por um granito alcalino, cercado por
sienito. O GTK Consortium identificou as seguintes unidades mapeáveis: (1) Veios de
quartzo (CrMRq), (2) Intrusões alcalinas (plug) e Diabásios (CrMRa), (3) Sienito (CrMRs) e
Tufitos e Brechas Vulcânicas (CrMRv).
Na parte mais à leste da SDS 1634, no pátio da ferrovia em Zemira, um conduto único
de lavas basálticas intrudiu grés da Formação Sena* do Cretáceo Médio a Superior.
Consequentemente, estas rochas foram emplaçadas posteriormente à Formação Sena do
Cretáceo Médio a Superior (<100 – 125 Ma). Deposição Eocênica-A presença de feições de
deformação D1 permite distinguir as rochas Mocuba dos gneisses (MamalaGneisses,
Complexo Molócuè, Gneisses Rapale e Suíte Culiculi) mais jovens (1095 – 1975 Ma),
constituindo a sub-Província Nampula (Macey etal. 2006b).
Complexo de Mugeba.
O Complexo de Mugeba forma um klippe na parte ocidental do Cinturão de Lúrio. É
constituído por uma série de gnaisses granulíticos assentes sobre ortognaisses miloníticos a
flaser que formam a base da estrutura. Condições de metamorfismo de fácies anfibolítica
foram localmente identificadas. O pico de metamorfismo de fácies granulítica foi atingido a
614±8 Ma (Bingen et al., 2007).
B
Imagem 2: A
imagem A representa o processo de Evacuação da água na escavação pela motor bomba e uma magueira e na
imagem B, ilustra a vala de drenagem da água evacuada. Fonte: Autor.
O deposito de Muzua é dado como deposito primário pegmatitico (formado por altas
temperaturas do magma granítico e com minerais individualizados) caracterizado pelo núcleo
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isolado de quatzo com alguns fragmentos de feldspatos e micas ao longo do afloramento com
propriedades Semi-Preciosas. Mas é possível observar também uma outra composição, um
contacto entre quartzo e feldespatos. Mas devido as condições que o afloramento apresenta,
verificou-se a impossibilidade de observação total do depósito. O pegmatito1 do deposito
mostra que toda a rocha foi meteorizada, causando alterações físico-químicas dos minerais
constituintes que mais futuramente pode ocasionar na formação do caulino.
Uma outra característica observada no depósito, foi o zoneamento e a fase hidrotermal que
intruiu sobre as fracturas existentes. O contacto entre o quartzo e feldspato no local apresenta
uma estratificação, um contacto subvertical de Feldspato e quartzo e mais para o NE tem-se o
contacto horizontal entre a encaixante e pegmatito ou seja, basamento e uma intrusão. Este
contacto entre a intrusão e a encaixante forma-se devido ao aquecimento interno causando
linhas inclinadas na formação que possibilitam o escoamento das águas à escavação.
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Rochas ígneas intrusivas de composição basicamente granítica (quartzo, feldspato e mica) e granulação
grosseira igual ou maior que 20 mm exibindo cristais maiores na maioria das vezes.
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Imagem 4. A imagem A1, representa Blocos de Pegmatito em contacto com a encaixante; A2 – Linhas
inclinadas no Pegmatito causadas pelo contacto entre a intrusão e a encaixante; A4 – Ilustração do contacto entre
quartzo e Pegmatito. Fonte: Autor.
8. ENQUADRAMENTO FÍSICO-GEOGRÁFICO.
8.2.Topografia e Drenagem.
Topograficamente a área coberta pela Licença 724 C, é relativamente plana, com altitude
entre 165 (Norte) e 230m (Este) da licença. A drenagem é do tipo dentrítica, sendo os rios
Melela e Lice as principais vias fluviais na área, ambos correndo na direcção NW-SE.
A morfologia é no geral ondulada na parte central e a Este, com cotas compreendidas entre
140 – 768 m, tendo o monte Morrua (768 metros) o ponto mais alto.
A região enquadra-se na zona de transição das planícies costeiras para os planaltos interiores.
O rio Melela corta a área da Licença na parte Sudoeste enquanto o Lice corta na zona
Nordeste.
A vegetação é do tipo floresta galerias ao longo dos principais cursos de águas. Na parte
central, a vegetação é de médio porte e, ocasionalmente é rara dando lugar a vegetação
herbácea (capim) nas zonas semi-povoadas. A floresta assume o carácter fechado perto do
limite Nordeste em correspondência com afloramentos de rochas pertencente aos lito-tipos de
cobertura.
9. INDUÇÃO DE HST.
A indução Geológica for realizada Pelos funcionários, Felex Fahela (Mineração e Geologia);
Dário Fernandes (Geologo); Dossílio Maxava (Geólogo) e Luciano Nanhala – Área de
Processamento.
A zona de contacto (base e topo) entre a rocha encaixante e pegmatitos do depósito de Morrua
está claramente bem definido e, é onde são reportados a ocorrências de alto teor de tântalo.
Não obstante, são também reportados, altos teor de tântalo associados a ocorrência de
espodumena.
As rochas gnáissicas são descritas como: gnaisse anfibolítico e outros máficos (P2Nmam) do
grupo de Molócuè; Gnaisse bandeado e gnaisse biotítico (P2NMgm) da Suíte de Mocuba
(figura 4).
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O pegmatito para além dos seus mineirais essências apresenta os acessórios dentre eles, estão
a lepdolite magnotantalite, lepdolite, microlite, turmalinas negras, polocite (minierio de césio)
Morganite, Moscovite, espodomenas.
A primeira paragem, foi feita na Mina Norte, caracterizada por pegmatito exposto constituído
por lepdolite magnotantalite, lepdolite, microlite, turmalinas negras, polocite (minierio de
césio) Morganite, Moscovite, espodomenas. Com contacto anfibolitico e anfibolitico, em que
toda a coluna mostra um mergulho e inclinação com orientação Norte. Foi possível observar
também estruturas geológicas, como falhas. A exposição do material é obtida através da
perfuração do Anfíbolito e Detonação da rochas superior para posterior realizar-se o
carregamento do material estéril de cerca de 6000mil Toneladas carregadas diariamente e só
1000 Toneladas do minério útil. No mesmo afloramento, observou-se Bancadas que facilitam
a circulação das maquinas que fazem a remoção dos blocos expostos. A detonação é feita
tendo em conta com o Afastamento, espaçamento e Profundidade. Acrescentou-se ainda que
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o material estéril actualmente para a empresa não tem ainda nenhuma utilidade, talvez
futuramente com estudos que podem ser realizados.
B
o Paragem 2. Deposito de Rejeito.
Neste ponto de paragem, observou-se onde o material Rejeito da mina Sudoeste é depositado
desde 2020. A imagem abaixo ilustra o Depósito.
Local onde são armazenados os testemunhos de sondagem dos estudos preliminares que
foram realizados não descoberta de Pegmatito rico em Tântalo associado a espodumena e a
lepdolite. Observou-se também duas maquinas manuais que são operadas para moer as
amostras afim de idêntica os seus constituintes e posteriormente ensaca-se em determinados
lotes selados e codificados para o Laboratório para outras avaliações.
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Fonte. Autor.
Fonte. Autor.
Imagem 10. 1 – Moinho de Trituraççao. Imagem 11.2 – Esteiras de Transporte dos pedaços de rocha.
Imagem 12. 3 – Material tirturado até 15 mm. Imagem 13. 4 - Material totalmente Moido para separação.
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Imagem 14. 5 – Mecanismo de Separaçao por Densidade. Imagem 15. 6 – Manganotantalite fino e
pesado/Tantalo.
No início de 2012, o ciclone Funso causou alguns danos aos edifícios da mina, além de
pequenas inundações. O ciclone também trouxe uma praga de besouros não endémicos e
venenosos que afectaram 30% da força de trabalho da mina.
Em Agosto de 2013, foi noticiado pelo jornal moçambicano Notícias que a mina de
Marropino tinha encerado as suas operações. Noventa explicou que os veios restantes de
tântalo eram muito profundos e com teores mais elevados de metais, tornando as operações
pouco rentáveis. Apesar do seu plano de usar Quelimane como porto de exportação, a
empresa teve que ficar com o porto duas vezes mais distante de Walvis Bay, o único no país
certificado para lidar com produtos da classe 7.
11.2.Fisiologia e Clima.
A vegetação dominante é de arbustos, capim alto, contudo existe áreas florestadas, em certas
zonas a vegetação é mais densa e mais complexa.
precipitação anual oscila aproximadamente nos 1100 – 1200mm por ano, com a maioria da
precipitação ocorrendo no verão.
A temperatura média anual é de 24 – 26º C, com um máximo de 30 - 35ºC nos meses de verão
e baixas temperaturas nos meses secos.
O pegmatito contém uma assembleia mineral complexa incluindo metais raros e outras
espécies minerais tais como a tantalite, lítio, elementos radioactivos, minerais industriais e
gemas.
Nesta mina Observou-se uma mina desactivada, um laboratório de difracção de Raio X, e uma
planta de Processamento.
A mina foi inaugurada no dia 10 de Abril 2000 por sua Excia Joaquim Alberto Chissano
Antigo Presidente da República de Moçambique.
Estudo mais recente, de 2015 mostraram que o rejeito podia ser restaurado a fim de recuperar
a morganite. Os pegmatitos da mina de Marropino estão inclinados a 20º SE e podem ser
homogéneos e heterogéneos. Os heterogéneos são zonados, com minerais escuros na zona
norte é o caso das micas.
Imagem 16. Ilustração do sistema de análise das amostras em torno do teor. Fonte. Autor
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13. CONCLUSÃO.
Após a realização do relatório que partiu de uma observação de afloramentos e colecta de
dados, análise de e interpretação dos eventos decorrentes nas formações Geológicas que
originaram as mineralizações dos três pontos visitados (Mina de Muzua, de Murrua e de
Marropino), conclui-se que todos os depósitos pertencem a província pigmatitica de Alto
Ligonha situada ao longo do cinturão móvel de Moçambique (Mozambique Belt). Todas as
formações, são o resultado da última fase o ciclo orogénico pan-Africano que compreende
rochas de alto grau metamórfico (gnaisses e granulítos), associados geralmente a intrusões
ácidas. Duas das três minas (Mina de Murrua e Mina de Marropino), são exploradas pela
mesma empresa (HAMC), com o principal foco actualmente na produção de Tântalo. E a
outra mina, é uma mina artesanal ainda inoperante, como possível extracção do quartzo de
qualidade pelos mineiros locais. Referente às duas minas, a empresa HAMC opera em três
áreas activas, designadas de pit, pit norte, pit Sudeste e pit sudoeste. Actualmente a mina de
Marropino Foi Desactivada, apenas é usada a instalação para Processamento do material que é
concentrado na mina de Murrua a morganite e pentoxito de tântalo (tantalite). Isso significa
que, apenas a mina de murua é tem produzido Tântalo em teores consideráveis para o
mercado internacional.
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14. REFERÊNCIAS.
Lehto, L., & Gonçalves, R. (2008). Mineral resources potential in Mozambique. Geological
Survey of Finland, 48, 307-321. Recuperado em 2015, junho 12, de
http://tupa.gtk.fi/julkaisu/specialpaper/sp_048_pag es_307_321.pdf.
PINNA, P., JOURD, G., GALVEZ, J. Y., MROZ, J. P. & MARQUES, J. M., (1993) - The
Mozambique belt in northern Mozambique: Neoproterozoic (1100-850 M.a.) crusta growth
and tectonogenesis, and superimposed Pan-African (800-550) tectonism. Precambrian
Research 62, pp 1-59. Great Britain, Elsevier Science.