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Licenciatura em geologia
Universidade Licungo
Extensão Beira
2021
Amélia Arone Massanganique
Elton jerónimo Ernesto
Rita Amenosse Banze
Licenciatura em geologia
Docente:
Dr. Ernesto D. Victorino
Universidade Licungo
Extensão Beira
2021
Índice
1. Introdução ...................................................................................................................................... 4
2. Objectivos ...................................................................................................................................... 5
2.1. Objectivo geral ....................................................................................................................... 5
2.2. Específicos .............................................................................................................................. 5
3. Metodologias .................................................................................................................................. 5
Capitulo1. Jazigos minerais ..................................................................................................................... 6
1. Conceito de Jazigo mineral ............................................................................................................ 6
1.1. Jazigos minerais tipomórfos .................................................................................................. 6
1.1.1. Descrição e caracterização de alguns minerais ligados a jazigos tipomórfos ............... 6
1.1.2. Gênese de Jazigos de Minerais tipomórfos .................................................................... 8
1.1.3. Minerais tipomórfos ....................................................................................................... 9
1.1.4. Minerais tipomorfos mais abundantes ......................................................................... 10
1.1.5. Caracteristicas de jazigos minerais tipomórficos ........................................................ 11
1.1.6. Ocorrência de jazigos de Minerais Índice/Tipomorfos ............................................................ 11
1.1.7. Modelos de jazigos de minerais tipomórfos ................................................................. 12
1.1.8. Exemplos de rochas associadas a minerais tipomorfos ............................................... 12
Capitulo2: depósitos minerais ............................................................................................................... 13
2. Depósito mineral........................................................................................................................... 13
2.1. Processos de formação dos depósitos minerais .................................................................... 13
2.2. Classificação genética dos depósitos minerais ..................................................................... 14
2.3. Depósitos magmáticos .......................................................................................................... 14
2.4. Tipos de Depósitos Magmáticos ............................................................................................ 15
2.5. Depósitos de Segregação Magmática ................................................................................... 16
2.6. Depósitos encontrados na segregação magmática ............................................................... 17
2.7. Depósitos de cromita ............................................................................................................ 17
2.8. Depósitos sulfetados de Ni-Cu.............................................................................................. 19
Capituolo3: Depósitos de diamantes em kimberlitos .............................................................................. 20
3. Descrição do kimberlito ............................................................................................................... 20
3.1. Modo de ocorrência dos kimberlitos ..................................................................................... 21
3.2. Processo de formação de diamantes .................................................................................... 22
3.3. Factores que intervêm na formação do diamante ............................................................... 23
Prospeção de Diamantes ...................................................................................................................... 24
3.4. Técnicas de exploração de diamantes .................................................................................. 24
3.5. Maiores produtores mundiais de diamantes ....................................................................... 26
4. Conclusão ..................................................................................................................................... 27
5. Bibliografia .................................................................................................................................... 28
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1. Introdução
Durante vários anos o Homem como um ser racional sempre tentou arranjar objectos usando
alguns recursos minerais retirados em alguns depósitos minerais, desde então o Homem vêm
dedicando-se aos estudos dos depósitos minerais, adotando algumas técnicas geológicas para a
localização, levantamento, prospeção e exploração desses depósitos. A Metalogénese, sendo uma
das áreas da geologia, e tendo como o auxílio da Geoquímica, Petrologia, Estratigrafia,
Petrografia, Mineralogia e Sedimentologia, vai dar a conhecer as técnicas e como utiliza-las na
prospeção e exploração das jazidas minerais desde da sua génese de uma forma mais detalhada .
Com isso a proposta deste trabalho é a de destacar termos relacionados com depósitos minerais,
com especial atenção virada aos depósitos de minerais tipomorfos, depósitos de segregação
magmática e, depósitos de diamantes em kimberlitos, visando uma melhor compreensão
geológica em diferentes etapas de uma campanha exploratória.
2. Objectivos
2.1.Objectivo geral
Dar a conhecer, entender e tornar mais clara e objectiva a génese dos jazigos minerais
abordados, visto que esses jazigos são de estrema importância socio-ecónomica
2.2.Específicos
Dar a conhecer e detalhar de uma forma precisa os jazigos minerais tipomorfos;
Dar a conhecer e detalhar de uma forma precisa os depósitos de segregação
magmática desde a sua génese;
E fazer compreender a forma de ocorrência dos diamantes em depósitos de
kimberlitos.
3. Metodologias
A definição mais divulgada diz ser jazigo mineral toda a massa mineral cuja exploração é
Outros factores aleatórios que são introduzidos, na definição clássica, pela condição de ser
Economicamente explorável. Isto é, pode considerar jazigo mineral qualquer massa mineral
bastante rara e bastante anormal para que a sua pesquisa necessite de métodos especiais.
a) Silimanite
Fig1. Silimanite
b) Cianite
A cianite é um mineral com alta percentagem de alumina, com cerca de 60% de Al2O3, sendo
por isso um dos mais importantes minerais usados na produção de alumina de alto teor (50-55%
Al2O3). Ele ocorre como porfiroblastos ou agregados cristalinos em xistos aluminosos,
paragnaisses e quartzitos localizados em terrenos metamorfizados em fácies anfibolito a
granulito e em zonas de deformação de alta pressão, como zonas de cisalhamento (Miyashiro,
1973; Simandl et al., 1999).
As rochas com concentrações elevadas de cianita são derivadas de protolitos com alta
concentração de alumina, tais como rochas sedimentares finas, paleoregolito ou zonas de
alteração hidrotermal. Ele é um mineral fortemente anisotrópico e na escala de Mohs, a sua
dureza vária dependendo da direcção cristalográfica.
Fig2. Cianite
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c) Andaluzite
A andaluzite é um mineral de qualidade gemológica caracterizado por possuir forte
Pleocroísmo em tons verdes e vermelhos. É um aluminossilicato que juntamente com seus
polimorfos sillimanita e cianita, são importantes minerais no estudo das condições de pressão e
temperatura do metamorfismo.
Ele é comum em zonas de metamorfismo regional e, é transparente, de cor variável, prismática,
fortemente pleocroica e usada como gema, embora raramente tenha mais de 2 quilates. Com
dureza 7, 0 a 7, 5 e densidade 3, 16 a 3, 20.
Fig3. Andaluzite
Minerais tipomórfos ou indicadores, são minerais das rochas metamórficas cuja presença permite
identificar as condições de pressão e temperatura que a rocha se formou. Por exemplo, A distena
que só se encontra quando verificado pressões elevadas dentro de condições de temperatura
variáveis; a silimanite forma-se a pressões moderadas mas temperaturas elevadas (mínimo de
650°c).
Os minerais tipomorfos foram determinados pela primeira vez por George Barrow (1893-1912),
e destacam-se:
Clorite;
Moscovite;
Biotite;
Granada;
Estaurolite;
Silimanite;
Andaluzite:
Cianite.
Os três polimorfos de alumineosilicatos, que fazem parte dos minerais tipomorfos mais
destacados (Cianite, Andaluzie e Silimanite- Al2SiO5.), são minerais gemas. O que nos submete
a ideia de que os jazigos de minerais tipomorfos são importantes economicamente.
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Segundo Rios et al. (1995), identificam-se três tipos de veios que são:
Os jazigos de minerais índice ou tipomorfos obedecem certos modelos de ocorrência, que são:
Ocorrem também em forma de agulhas, que preenchem os poros ou fracturas presentes na rocha
sujeito aos processos metamórficos.
Xisto Verde
Rocha macrocristalina;
Indicativo de facies “Xisto Verde” sobre basaltos;
Minerais: Clorite, Plagioclasse, Epidoto e Calcite.
Anfibolito
Rocha macrocristalina;
Indicativo de grau metamórfico médio;
Mineralogia: Anfibolio (hornblenda) e Plagioclasse.
Granulito
Rocha macrocristalina;
Indica o metamórfismo de alto grau;
Mineralogia: Piroxênios, anfibolios, plagioclasio, granada, feldspato-K e hiperstênio.
Serpentinito
Rocha macrocristalina;
Indica o grau de metamorfismo alto;
Mineralogia: Serpentina.
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Eclogito
Rocha macrocristalina;
Indicativo do grau de metamorfismo muito alto.
Entre outras rochas da mesma natureza, sao vàrios minerios que hospedam a mineralização
(mineral-minerio tipomorfo).
2. Depósito mineral
É uma massa ou volume rochoso no qual substâncias minerais ou químicas estão concentradas de
modo anômalo, quando comparadas com sua distribuição média na crosta terrestre, e em
quantidade suficiente para indicar um potencial econômico. E é constituído de Minério,
Encaixante, Estéril, Mineral-Minério, ganga e Sub-produto.
Deposito mineral
Magma Solução aquosa
Fig8. Ciclo de geração de um depósito mineral a partir de uma fonte, de onde são mobilizados os metais
que são transportados pelo fluido mineralizante até o local de deposição.
Os fluidos mineralizantes exercem um papel muito importante na gênese dos depósitos minerais.
Existem dois tipos principais de fluidos mineralizantes:
Com base em sua génese os depósitos minerais podem ser classificados em três classes a saber:
Depósitos magmáticos;
Depósitos hidrotermais;
Depósitos sedimentares;
Depósitos metamórficos;
Depósitos residuais (intempéricos.
2.3.Depósitos magmáticos
Estes depósitos de segregação magmática estão relacionados com a orogénese, sendo portanto de
carácter Endógeno, estando estes ligados a rochas básicas granulares e ultrabásicas.
Dois tipos de magmas podem gerar depósitos minerais de segregações magmáticas, que são:
2.7.Depósitos de cromita
I. Depósitos de cromita estratiformes
A Cromita (FeCr2O40): (Fe,Mg)(Cr,Al)2O4, com substituição do Fe+2 por Mg+2 e do Cr+3 por
Al+3, é o principal minério de cromo. As cromitas estratiformes são as principais fontes de
cromo, com 45% da produção e 95% das reservas mundiais.
Associados à cromita pode ocorrer platinoides (Pt, Pd, Ru, Rd) nativos, como sulfeto PtS,
(Pt,Pd)S, ou em pirrotita e pirita. Um dos principais depósitos de cromita estratiforme e PGE do
mundo é o Complexo de Bushveld, um corpo intrusivo lopolítico de idade rhyaciana (~2,0Ga) do
Paleoproterozoico que ocorre em região estável (craton Kaapvaal, na África do Sul). Este
minério é maciço, hospedado em rochas máfica-ultramáficas (norito, piroxenito, anortosito), com
6 bilhões Ton de minério de reserve a 38% de Cr e 6ppm de Pt.
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Fig10: Minério estratiforme de cromita (níveis escuros, cromitito) do depósito de Cr-Pt de Bushveld, África do Sul (a).
Merennky reef (b), mostrando um nível inferior de anortosito, em contato brusco com uma fina camada de cromitito com PGE. A
porção central é um norito pegmatoide, com plagioclásio branco, e a porção superior um cromitito mais espesso com PGE.
Depósitos de cromita podiforme são depósitos que ocorrem em Peridotitos do tipo Alpino
originalmente depositados como corpos estratiformes em camaras magmáticas, que são porções
do manto superior que podem ocorrer sob sequências ofiolíticas.
Os ofiolitos são porções de crosta oceânica obductada sobre crosta continental em zonas de
convergência de placas, tanto em zonas de subducção assim como em zonas de colisão.
Fig11: Sequencia ofiolítica constituída por 3 camadas: 1-sedimentos marinhos; 2-lavas basálticas
almofadadas e 3-gabro. Sob a sequência ofiolítica pode ocorrer peridotito mantélico (tipo Alpino).
A obdução pode alcançar uma porção do manto superior (peridotito) alojando-o sob a sequência
ofiolítica e colocando todo o conjunto sobre a crosta. As cromitas (Fe,Mg)(Cr,Al) 2O4 dos peridotitos
tipo Alpino são deformadas pela tectônica e por isso exibem forma lenticular podiforme, diferente
das cromitas estratiformes (não deformadas).
3. Descrição do kimberlito
Os Kimberlitos são rochas ígneas intrusivas de composição similar as do peridotito, em geral
com textura porfiritica, com grandes cristais frequentemente arredondados cercados por uma
matriz mais fina, é formado em geral por fragmentos de rochas e minerais do manto terrestre
profundo, o que lhe confere um aspecto de brecha, e apresentam uma coloração
ultramelanocratica. Essa rocha forma tubos verticais parecidos com cones.
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O diamante é um mineral eventual que foi arrancado de rochas do manto pelos kimberlitos,
sendo mais antigo que o kimberlito (xenocristal).
Sendo o kimberlito um corpo intrusivo raso (subvulcânico) pequeno, com pipe em forma de cenoura,
com 80 a 150m em planta e 300 a 2.000m em profundidade o seu pipe é constituído por três fácies:
cratera, diatrema (onde normalmente se encontram os diamantes) e hipabissal (raiz).
Fig12: Pipe kimberlítico, com suas três fácies, cratera, diatrema e hipabissal. Diamante(xenocristal)
Prospeção de Diamantes
Prospeção litoral, com:
Prospeção costeira, que consiste em pesquisar os depósitos que se encontram na orla do litoral e
das praias.
Prospeção marinha, que é feita por barcos equipados com bombas para amostragem do cascalho
diamantífero.
Método Sul-africano: onde a pesquisa de diamantes e feita a partir de elementos
acompanhantes e formados nas mesmas condições. Ou seja, este método que é
muito utilizado não segrega o diamante em si, mas sim materiais pesados que o
acompanham e que estão em maior numero.
Método tradicional: onde temos a pesquisa aluvial, que é um método direto de
procura de diamante. A maior desvantagem e que apenas dispomos de cinco
meses para fazer os poços regionais e começar com malha apertada em áreas
enormes.
Técnica Geofísica
A magnometria aérea ou terrestre pode ser considerada como a segunda técnica mundialmente
mais usada na deteção direta de kimberlitos. A deteção de um kimberlito é portanto facilitada
quando a rocha encaixante é pouco condutiva fornecendo o contraste entre a intrusão e ou o
encaixante. E esta técnica deve ser utilizada com cautela em áreas magneticamente muito
agitadas ou quando os kimberlitos conhecidos na região são poucos magnéticos.
Os dados aeromagnéticos são integrados com imagens de satélites e fotografia aérea, e possuem
como o objetivo, estabelecer as propriedades de anomalias ou facilitar a navegação no campo.
Um dos aspetos mais importantes no uso da geofísica na prospeção de kimberlitos tem sido a sua
capacidade de delinear blocos crostais ou do manto por meio de dados sísmicos gravimétricos e
magnéticos, que associados a geocronologia e a geoquímica dos minerais kimberliticos podem
definir ambientes da litosfera favoráveis a preservação de diamantes.
4. Conclusão
Chegado ao fim do presente trabalho, observou-se que é impossível empreender o estudo dos
jazigos minerais sem o conhecimento prévio dos princípios e dos métodos de trabalho da
Geologia Geral. De contrário, os resultados obtidos serão sempre incertos senão francamente
erróneos, facto que, dado o volume de capitais indispensáveis ao desenvolvimento de qualquer
indústria mineira, pode conduzir a resultados catastróficos.
E que A gênese dos depósitos minerais cujo minério são os próprios minerais ou a própria rocha
(minerais e rochas industriais), é mais simples, pois confunde-se com o próprio processo que
gerou as rochas, nas quais houve uma concentração dos minerais industriais. Por outo lado, a
Gênese dos depósitos minerais, nos quais o interesse econômico reside em elementos químicos,
como os elementos metálicos, é mais complexa, pois requer condições especiais para que o
elemento seja concentrado em centenas e até milhares de vezes em relação aos seus teores
médios nas rochas da crosta terrestre.
5. Bibliografia
Biondi J.C. 2002. Processos metagenéticos e os depósitos minerais brasileiro. Oficina de Textos,
528p.
Bittencourt, J.S.; Moreschi, J.B.; Toledo, M.C.M. Recursos Minerais da Terra. In: Teixeira, W.
et al. Decifrando a Terra. Companhia Editora Nacional. Capítulo 19, p. 508-535. 2009.
Https://googleweblight.com/i?=htt%3A%2Fwww.ofitexto.com.br%2Fcomunitexto%2Fcomo-se-
formam-os-diamantes%2F&geid=NSTNR.
https://www.preparaenem.com/amp/geografia/formacao-diamantes.htm
Engenharia Geológica e de Minas / IST.0440100 Geologia Geral Sistema Terra, Profa. Denise de
La Corte Bacci.