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Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
Estrutura da Aula
1 Introdução à Aula
3 Tecidos: Generalidades
4 Tecido Epitelial
5 Tecido Conjuntivo
6 Tecido Muscular
7 Tecido Nervoso
8 Pontos-chave
Trabalhos para casa (TPC), Exercícios e textos para leitura – incluir data a ser entregue:
Jacob SW. Anatomia e fisiologia humana. 5ª edição. Brasil: Guanabara Koogan; 1990.
1. Tecido epitelial. Grupos celulares compactos, sem quase matriz extracelular e sem
vascularização, que formam lençóis que recobrem o corpo, cavidades e órgãos
ocos (como o epitélio da pele, do interior do estômago ou da bexiga) ou se
agrupam em órgãos sólidos que sintetizam e secretam diferentes produtos
necessários para as funções do organismo (como o fígado e o pâncreas para a
digestão).
2. Tecido conjuntivo ou conectivo. Inclui uma variedade de tecidos diferentes, com
abundante matriz extracelular (na qual se realizam grande parte das suas funções).
No geral, dão suporte, recheio e estrutura aos outros tecidos (como as fáscias,
tendões e ligamentos que facilitam a função móvel dos músculos e articulações)
ou a todo o organismo (como o tecido ósseo que forma o esqueleto). As células do
sangue, muito especializadas, também são consideradas neste grupo.
3. Tecido muscular. Células altamente especializadas, com propriedades contrácteis, que
produzem o movimento geral do organismo (músculos ligados ao esqueleto) e a
mobilidade de certos órgãos que facilita a sua função (contractilidade do intestino,
para a digestão e absorção dos alimentos, ou da bexiga, para o esvaziamento de
urina).
4. Tecido nervoso. O mais altamente especializado do organismo, capaz de gerar e
transmitir impulsos eléctricos pelo corpo com função de transmissão de
informação entre outros tecidos, órgãos e sistemas.
2. Não tem vasos sanguíneos, pelo que recebe o oxigénio e nutrientes desde os capilares
do tecido conjuntivo que o sustêm, através da membrana basal.
3. “Membrana basal” é um manto proteico que ancora a face interna da camada epitelial
com o tecido conjuntivo subjacente. Composta pela “lâmina basal” (em contacto
com o epitélio e secretado por este) e a “lâmina reticular” (em baixo da anterior,
em contacto com o conjuntivo e secretado por este). Tem várias funções:
Sustêm o epitélio e ancoragem ao conjuntivo que dá a estrutura.
Guia nos processos de cicatrização e de regeneração do epitélio (agressões
mecânicas ou químicas levam à morte as células, pelo que se precisa a
reposição com outras novas).
Filtragem molecular passiva entre os capilares e o epitélio (deixa passar
algumas moléculas e outras não).
Filtragem celular (deixa passar células de defesa desde o sangue para proteger
de microrganismos invasores).
4. A superfície livre (em contacto com o exterior ou com as cavidades) pode ser plana ou
ter estruturas especializadas:
Microvilosidades e Cílios
5. O epitélio é compacto graças aos diferentes tipos de “junções ou comunicações
intercelulares”.
Figura 4. Célula epitelial.
4. Tecido linfóide. Matriz reticular, que suporta células linfóides (“linfócitos”) que
desempenham um papel principal na defesa do organismo (sistema imune). Forma
órgãos completos (gânglios linfóides, baço, timo, tonsilas) ou está presente em
outros tecidos (mucosas respiratórias e digestivas).
5. Sangue e Medula óssea. Considera-se o sangue como um tecido conjuntivo líquido (o
plasma é a matriz extracelular) com três estirpes celulares sanguíneas:
6. “Eritrócitos” ou células vermelhas (glóbulos vermelhos), com função de
transporte de oxigénio;
7. “Leucócitos” ou células brancas (glóbulos brancos), com função de defesa
(sistema imune);
8. “Plaquetas”, com função na coagulação do sangue.
A medula óssea contém as células precursoras dos tipos sanguíneos, sendo uma
autêntica fábrica de sangue (“tecido hematopoiético”).
9. Sistema retículo-endotelial (SER). Tecido conjuntivo dispersado em todos os tecidos do
corpo, com função de limpeza de restos celulares e corpos estranhos, mediante
fagocitose.
São os “macrófagos”, presentes no tecido conjuntivo frouxo (cavidades e
aparelhos digestivo e respiratório), nos alvéolos pulmonares, no sangue
(“monócitos”), no fígado (“células de Kupfer”), na medula óssea, no baço e
gânglios, e no sistema nervosos (“microglia”).
Figura 9. Neurónio
Figura 10. Células da Neuróglia
BLOCO 8: PONTOS-CHAVE
1. A Diferenciação Celular é o processo pelo que se estabelecem diferenças morfológicas e
funcionais entre células para dar origem aos diferentes tecidos do organismo.
2. Quanto mais diferenciada estiver uma célula, têm menor capacidade de originar outros
tipos celulares (“potencialidade”) e menor capacidade de dividir-se para dar outras
células iguais.
3. A diferenciação celular se faz através da expressão génica selectiva controlada por
factores intrínsecos (genéticos e citoplasmáticos) e extrínsecos (locais e ambientais).
4. Tecidos são grupos organizados de células iguais, comunicadas, com função conjunta, que
depois se combinam para formar órgãos e sistemas. Podem ser classificados em quatro
grupos: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.
5. O tecido epitelial está organizado em membranas ou ácinos de células comunicadas e
apoiadas numa membrana basal. Tem funções de protecção, de secreção de muco, de
secreção de moléculas activas, e de cobertura.
6. O tecido conjuntivo inclui uma grande variedade de tecidos, com matriz extracelular rica
em fibras colágenas, elásticas ou reticulares. Tem funções básicas de sustentar e
preencher os outros tecidos, e de protecção e mobilidade.
7. Existe tecido conjuntivo muito especializado: de estrutura corporal (osso e cartilagem), de
defesa imune (tecido linfóide e células do sangue), de circulação, limpeza e remodelação
(sangue e medula óssea).
8. O tecido muscular está formado por fibras, células muito alongadas com capacidade
contráctil, que forma tecidos que movimentam voluntariamente a estrutura do corpo
(músculo estriado) ou involuntariamente vísceras móveis como coração (músculo
cardíaco) e como vasos, tubo digestivo,… (músculo liso).
9. O tecido nervoso é o mais especializado do organismo, capaz de dirigir acções de
adaptação ao meio ambiente, mediante actividade electroquímica transmitida numa rede
celular excitável (neurónios).