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CIÊNCIAS DA SAÚDE
MATERIAL DE APOIO
HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA
Lubango, 2023
1. TÉCNICAS HISTOLÓGICAS
A matriz extracelular é composta por muitos tipos de moléculas, algumas das quais
são altamente organizadas formando estruturas complexas como fibrilas de colágeno
e membranas basais. Actualmente, sabe-se que existe uma intensa interacção entre
células e matriz extracelular formando uma entidade contínua que funciona
conjuntamente e responde de modo coordenado às exigências do organismo.
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Os procedimentos utilizados para se obterem amostras de tecido ou preparados
histológicos retirados de um organismo para exame microscópico incluem: recolha
do material, fixação, clivagem, processamento, inclusão, microtomia (corte) e
coloração. No caso de tecidos calcificados, o material é descalcificado após a
fixação.
Líquidos naturais
Líquidos artificiais
Vantagens:
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1.3. FIXAÇÃO
➢ Azul de metileno
➢ Vermelho Neutro
➢ Verde Janus
➢ Carmim Lítico
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1.5. FREZZE - FRACTURE- CRIO - FRACTURA
2. TECIDOS
A palavra tecido deriva do francês arcaico “tecer”, que reflecte a ideia de que os
diferentes tecidos são entrelaçados e formam o “pano” do corpo humano. Os quatro
tipos básicos de tecido são: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Se fosse
atribuído um único termo abrangente a cada tecido básico, os termos seriam
cobertura (tecido epitelial), sustentação (conjuntivo), movimento (muscular) e
controle (nervoso).
Os tecidos são os componentes básicos dos órgãos do corpo e a maioria destes contem
os quatro tipos de tecidos. O aprendizado da estrutura e das funções dos tecidos
confere uma base solida para a compreensão da estrutura e das funções dos órgãos.
Um epitélio (“cobertura”) é uma lamina de células que cobre uma superfície corporal
ou que reveste uma cavidade corporal. O tecido epitelial ocorre em duas formas
diferentes:
Essas funções serão discutidas com mais detalhes a medida que forem descritos os
tipos específicos dos epitélios.
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diferentes, uma característica chamada polaridade. A superfície apical fica ao lado
do espaço aberto de uma cavidade, túbulo, glândula ou órgão oco. A superfície basal
fica em uma fina lamina de apoio, a lâmina basal, que faz parte da membrana basal
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2.1.2. CLASSIFICAÇÃO DOS EPITÉLIOS
Epitélios simples: contem uma única camada de células, com cada uma das células
conectada a membrana basal.
Células pavimentosas: são células planas, com núcleos planos em forma de disco.
Células cúbicas: são células em forma de cubo, com núcleos esféricos centralizados.
Células prismáticas: são mais altas do que largas, assim como as colunas. Os núcleos
das células prismáticas estão situados perto da superfície basal e, mais
frequentemente, são ovais e alongados de cima para baixo.
Os epitélios simples são fáceis de classificar pelo tipo celular porque todas as células
na camada costumam ter o mesmo formato. Entretanto, nos epitélios estratificados,
normalmente os formatos das células são diferentes entre as várias camadas
celulares. Para evitar ambiguidade, os epitélios estratificados são denominados de
acordo com o formato das células na camada apical.
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a) Epitélio Simples Pavimentos
c)
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d) Epitélio Simples prismático
e) Epitélio pseudoestratificado
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f) Epitélio estratificado Pavimentoso
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h) Epitélio estratificado prismático
i) Epitélio de transição
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EPITÉLIOS ESTRATIFICADOS
São tipos de tecido raros e ficam localizados nos ductos grandes de algumas glândulas como,
por exemplo, as sudoríferas, as mamarias e as salivares. O epitélio estratificado prismático
também se encontra em pequenas quantidades na uretra masculina.
EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO
Reveste o interior dos órgãos urinários ocos (a bexiga), que se estica a medida que se enche
de urina. Quando o epitélio de transição estica, sua espessura diminui de aproximadamente
seis para três camadas celulares, e suas células apicais se desdobram e se achatam. Quando
esta relaxado, porções da superfície apical invaginam-se para dentro da célula,
proporcionando a essa superfície uma aparência recortada.
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2.2. TECIDO CONJUNTIVO
2. Tecido cartilagíneo.
3. Tecido ósseo.
4. Sangue.
Os tecidos conjuntivos fazem muito mais do que apenas conectar os tecidos e órgãos
do corpo: eles também formam a base do esqueleto (osso e cartilagem), armazenam
e transportam nutrientes (tecido adiposo e sangue), circundam todos os vasos
sanguíneos e nervos do corpo (tecido conjuntivo propriamente dito) e lideram a luta
do corpo contra infecções.
CÉLULAS
As células encontradas no sangue são uma excepção. Essas células não produzem a
matriz plasmática do sangue, uma vez que os componentes celulares do sangue agem
transportando os gases respiratórios, combatendo infecções e auxiliando a
coagulação sanguínea.
FIBRAS
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL
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incorporados, tornando a matriz dura e contribuindo para a sua função de dar suporte
ao corpo.
Semelhante ao tecido conjuntivo frouxo, porém com fibras de colágeno muito mais
espessas. Essas fibras seguem planos diferentes, permitindo que esse tecido resista
a tensões fortes provenientes de várias direcções. Esse tecido predomina na derme
coriácea da pele, que normalmente e esticada, puxada e golpeada a partir de vários
ângulos.
Formado pelos tecidos adiposo, reticular e elástico, inclui também os tecidos ósseo
e cartilaginoso.
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tarde os libera no sangue, conforme a necessidade. Sem os depósitos de gordura em
nosso tecido adiposo não conseguiríamos sobreviver mais do que poucos dias sem
comer.
Grande parte do tecido adiposo do corpo ocorre na camada abaixo da pele, chamada
hipoderme. O tecido adiposo também é abundante nos mesentérios, que são camadas
de membranas serosas que mantem o estomago e o intestino em seus lugares.
O tecido conjuntivo reticular lembra o tecido frouxo, mas as únicas fibras em sua
matriz são as fibras reticulares. Essas fibras finas formam uma ampla rede
tridimensional, como a estrutura de uma casa. Os espaços da estrutura criam um
labirinto de cavernas que abriga muitas células livres. A medula óssea, o baco e os
linfonodos, que contem muitas células sanguíneas livres fora de seus capilares,
consistem praticamente em tecido conjuntivo reticular.
Como foi visto, o tecido conjuntivo propriamente dito tem capacidade para resistir
a tensão (tracção). A cartilagem e o osso são os tecidos conjuntivos firmes que
resistem a compressão (pressão) e também a tensão.
Assim como todos os tecidos conjuntivos, eles consistem em células separadas por
uma matriz que contêm fibras, substância fundamental e líquido intersticial.
A cartilagem é mais simples do que os demais tecidos conjuntivos: ela não contem
vasos sanguíneos ou nervos e possui apenas um tipo de célula, o condrócito. Cada
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condrócito reside em uma cavidade na matriz, chamada lacuna. Os condrócitos
imaturos chamam-se condroblastos, células que secretam activamente a matriz
durante o crescimento da cartilagem.
Em razão de sua dureza pétrea, o tecido ósseo tem uma tremenda capacidade para
sustentar e proteger as estruturas do corpo. A matriz óssea contem sais de cálcio
inorgânicos que habilitam o osso a resistir a compressão e uma quantidade abundante
de fibras de colágeno, as quais permitem que o osso suporte fortes tensões.
O sangue, que é o fluido existente nos vasos sanguíneos, e o tecido conjuntivo mais
atípico.
Ele não une estruturas e também não fornece suporte mecânico. O sangue e
classificado como um tecido conjuntivo porque ele se desenvolve a partir do
mesenquima e consiste em células sanguíneas circundadas por uma matriz
inanimada, o plasma sanguíneo líquido. Suas células e sua matriz são muito
diferentes das encontradas em outros tecidos conjuntivos. Ele actua como veiculo
de transporte para o sistema cardiovascular, transportando pelo corpo inteiro células
de defesa, nutrientes, resíduos, gases respiratórios e muitas outras substancias.
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