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APOSTILA DE ANATOMIA E FISIOLOGIA

Autoria:

Iara dos Santos Silva Flávio.

Enfermeira Licenciada
ESCOLA DE ENFERMAGEM SAÚDE BRASIL

ANATOMIA.
DEFINIÇÃO.

A anatomia humana é o campo da Biologia responsável por estudar a forma e a estrutura do


organismo humano. Essa área foi e é, sem dúvidas, extremamente importante para a compreensão do
funcionamento do corpo humano. Atualmente, podemos dividi-la em várias partes, mas duas merecem
destaque:

 Anatomia Sistêmica: Essa parte da anatomia estuda os sistemas do corpo humano, tais como
o sistema digestório e o circulatório. Ela não se preocupa com o todo, realizando uma
descrição mais aprofundada das partes que compõem um sistema.
 Anatomia Regional ou Topográfica: Essa parte da anatomia estuda o corpo humano por
regiões, e não por sistemas. Esse estudo facilita a orientação correta ao analisar um corpo.

SISTEMAS DA ANATOMIA HUMANA.

Normalmente, ao estudar anatomia humana no Ensino Fundamental e Médio, o foco maior é dado à
anatomia sistêmica. Os sistemas estudados normalmente são o tegumentar, esquelético, muscular,
nervoso, cardiovascular, respiratório, digestório, urinário, endócrino e reprodutor. Veja um pouco
mais sobre eles a seguir:

 Sistema tegumentar: É formado pela pele, que é responsável por isolar nosso corpo, protegê-
lo contra a entrada de patógenos e regular a temperatura;
 Sistema esquelético: Formado por ossos e cartilagens, esse sistema fornece sustentação e
garante movimento ao nosso corpo;
 Sistema muscular: Formado pelos músculos estriados cardíacos, estriados esqueléticos e não
estriados, esse sistema atua, por exemplo, na locomoção, nos movimentos do coração e no
transporte de alimento por meio do tubo digestório;
 Sistema nervoso: Formado por encéfalo, medula espinhal e nervos, esse sistema ajuda na
percepção de mudanças no meio externo e interno do nosso corpo;
 Sistema cardiovascular: Formado pelo coração e vasos sanguíneos, esse sistema atua na
distribuição de substâncias para todas as células do corpo;
 Sistema respiratório: Formado pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos,
alvéolos e pulmões, esse sistema garante a entrada do oxigênio no nosso corpo e a eliminação
de gás carbônico;
 Sistema digestório: Formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado,
intestino grosso e glândulas acessórias, a principal função do sistema digestório é retirar e
absorver os nutrientes dos alimentos que ingerimos;
 Sistema urinário: Formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra, esse sistema é responsável
por eliminar substâncias tóxicas ao corpo;
 Sistema endócrino: É formado por todas as glândulas endócrinas do corpo e está envolvido
com a produção de hormônios, que regulam as mais variadas funções do nosso organismo.
 Sistema reprodutor: Na mulher, são formados por ovários, tuba uterina, útero, vagina e
vulva; no homem, é formado por testículo, epidídimo, ductos deferentes, uretra, pênis e
algumas glândulas. A função desse sistema é garantir a reprodução da espécie.

 Sistema articulação: O sistema articular permite que o corpo humano realize todos os
movimentos de forma natural. Sem esse sistema, o esqueleto ficaria imóvel e rígido. A
articulação é um local no qual um osso se une ao outro. Ou seja, os ossos se articulam.
Basicamente, as articulações são classificadas como: móveis, semimóveis e imóveis, sendo
que a grande maioria é móvel.

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 Sistema Imunológico: O sistema imunológico consiste em um conjunto de elementos


responsáveis por proteger o organismo de diversos agentes perigosos para a saúde, tais como
vírus, bactérias, fungos;
 Sistema Linfáticos: anatomia humana revela que o sistema linfático se trata de uma rede
complexa de vasos que transportam a linfa pelo corpo, atuando juntamente com o sistema
imunológico. Esse sistema age na proteção das células imunes e atua na “reciclagem” dos
líquidos corporais.
 Sistema sensorial: Esse sistema abrange os cinco sentidos do corpo humano que são: visão,
audição, tato, olfato e paladar. A missão desse sistema é enviar as informações sensoriais
recebidas para o sistema nervoso que, por sua vez, irá decodificar essas informações e enviar
as respostas para o corpo.
 Sistema sanguíneo: Os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou
circulatório. A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de nutrientes, gás
oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. O sangue também transporta resíduos
do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo.

CITOLOGIA.
DEFINIÇÃO.

É a parte da Biologia que se dedica ao estudo das células e suas estruturas. É uma área bastante
importante, uma vez que a célula é a menor unidade viva de um organismo e é utilizada para
diferenciar um ser vivo daquele que não apresenta vida.
As células começaram a ser estudadas a partir dos trabalhos com cortiça realizados por Robert Hooke
em 1665.
A Teoria Celular apresenta postulados importantes para o estudo da Citologia:

 Todos os seres vivos são constituídos por células;


 As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células;
 Novas células se formam pela divisão de células preexistentes através da divisão celular;
 A célula é a menor unidade da vida.

CLASSIFICAÇÃO.

A principal diferença dessas células estaria em seus tamanhos, como podemos observar:

Célula Microscópica: São células super minúsculas que só podem ser observadas por meio de um
aparelho chamado microscópio. Isto é, ela não pode ser vista a olho nu.
Célula Macroscópica: Já essas células possuem uma dimensão de tamanho maior, facilitando assim
sua análise sem a necessidade do uso do aparelho microscópico. Ou seja, podemos vê-las a olho nu,
como é o exemplo dos gomos da laranja e da gema do ovo.

TIPO DE CÉLULAS.
DEFINIÇÃO.

As células podem ser divididas em dois tipos: as procariontes e eucariontes.

Procariontes.
A principal característica da célula procarionte é a ausência de carioteca delimitando o núcleo celular.
O núcleo da célula procarionte não é individualizado. As células procariontes são as mais primitivas e
possuem estruturas celulares mais simples. Esse tipo celular pode ser encontrado nas bactérias.

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Eucariontes
As células eucariontes são mais complexas. Essas possuem carioteca individualizando o núcleo, além
de vários tipos de organelas. Como exemplos de células eucariontes estão as células animais e as
células vegetais.

DIVISÃO DAS CÉLULAS.

As células eucariontes apresentam partes morfológicas diferenciadas. As partes principais da célula


são: membrana plasmática, citoplasma e núcleo celular.

CÉLULAS.

CELULAS.

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CLASSIFICAÇÃO.

Membrana Plasmática.
A membrana plasmática ou membrana celular é uma estrutura celular fina e porosa. Ela possui a
função de proteger as estruturas celulares ao servir de envoltório para todas as células. A membrana
plasmática atua como um filtro, permitindo a passagem de substâncias pequenas e impedindo ou
dificultando a passagem de substâncias de grande porte. A essa condição damos o nome de
Permeabilidade Seletiva.

Citoplasma.

O citoplasma é a porção mais volumosa da célula, onde são encontradas as organelas celulares. O
citoplasma das células eucariontes e procariontes é preenchido por uma matriz viscosa e
semitransparente, o hialoplasma ou ciosos. As organelas são pequenos órgãos da célula. Cada
organela desempenha uma função diferente que são:

 Mitocôndrias: Sua função é realizar a respiração celular, que produz a maior parte da energia
utilizada nas funções celulares.
 Retículo Endoplasmático: Existem 2 tipos de retículo endoplasmático, o liso e o rugoso. O
retículo endoplasmático liso é responsável pela produção de lipídios que irão compor as
membranas celulares. O retículo endoplasmático rugoso tem como função realizar a síntese
proteica.
 Complexo de Golgi: As principais funções do complexo de goiti são codificar, armazenar e
exportar proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso. Ele também origina os
lisossomos e os cromossomos dos espermatozoides.
 Lisossomos: São responsáveis pela digestão intracelular. Essas organelas atuam como sacos
de enzimas digestivas, ingerindo nutrientes e destruindo substâncias não desejadas.
 Ribossomos: A função dos ribossomos é auxiliar a síntese de proteínas nas células.

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 Peroxissomos: A função dos peroxissomos é a oxidação de ácidos graxos para a síntese de


colesterol e respiração celular.

Núcleo Celular.

O núcleo é a região da célula onde se encontra o material genético (DNA) dos organismos tanto
unicelulares como multicelulares. O núcleo é o que caracteriza os organismos eucariontes e os
diferencia dos procariontes que não possuem núcleo. O núcleo é como o "cérebro" da célula, pois é a
partir dele que partem as "decisões". É onde se localizam os cromossomos compostos de moléculas de
ácido desoxirribonucleico, DNA, que carrega toda a informação sobre as características da espécie e
participa dos mecanismos hereditários. Cada região do DNA é composto por genes que codificam as
informações para a síntese de proteínas, que ocorre nos ribossomos. De acordo com o gene
codificado, será sintetizada um tipo de proteína, que será usada para fins específicos.

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HISTOLOGIA.
DEFINIÇÃO.

Histologia é uma área biomédica que estuda os tecidos biológicos. Na área da saúde, a histologia
humana permite realizar diagnósticos de diversas doenças a partir de estudos comparativos entre
tecidos saudáveis e doentes. Os tecidos do corpo humano são formados por tipos celulares
semelhantes que possuem funções específicas. Pôr exemplo, na pele a camada mais externa
(epiderme) é constituída de tecido epitelial. As células são achatadas na superfície e cúbicas mais
internamente, protegem de ressecamento e entrada de invasores. Abaixo da epiderme, a derme é
formada de tecido conjuntivo denso, rico em fibras de colágeno que dão flexibilidade.

TIPO DE TECIDO.

O corpo humano é formado por 4 tipos de tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular, nervoso. Vale
lembrar que os tecidos são formados pelo agrupamento de diferentes células, cada qual com sua
função.

Tecido Epitelial.
É um tecido de revestimento formado por células bem próximas e unidas, que funcionam como
barreira contra agentes infecciosos e evitam a perda d’água e ressecamento. Em algumas estruturas
sua função é de secreção de substâncias. O tecido epitelial cobre as as áreas externas do corpo e
internamente órgãos e cavidades. O epitélio pode ser composto por uma única camada de células ou
por várias, que podem ser cúbicas ou achatadas.

Tecido Conjuntivo.
É um tecido de ligação que atua na sustentação e preenchimento das estruturas do corpo, além do
transporte de substâncias. Pode ser classificado de acordo com o material e o tipo de células que o
compõem, cujas funções são determinadas. São eles:

 Tecido Conjuntivo propriamente dito (frouxo ou denso): sua matriz extracelular é


abundante e rica em fibras colágenas, reticulares e elásticas, além de moléculas que atuam no
papel de nutrir outros tecidos. Estão presentes diversos tipos de células, tais como:
fibroblastos, macrófagos, linfócitos, adipócitos, entre outras.
 Tecido Hematopoiético: também denominado hemocitopoiético, é responsável pela
formação das células sanguíneas e componentes do sangue. Está presente na medula óssea, no
interior de alguns ossos.
 Tecido Cartilaginoso: composto especialmente por fibras colágenas, esse é o tecido que
compõe as cartilagens. Ajuda a dar sustentação e absorve impactos nos ossos.
 Tecido Adiposo: constituído de adipócitos, esse tecido atua como isolante térmico e como
reserva de energia.
 Tecido Ósseo: tecido rico em fibras colágenas e minerais que o tornam rígido, atuando na
sustentação do corpo.

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Tecido Nervoso.
É o tecido responsável pela comunicação entre as diversas partes do corpo, através da transmissão de
impulsos elétricos. As células que fazem a condução dos impulsos nervosos são os neurônios. Os
neurônios possuem ramificações chamadas dendritos que saem do corpo celular (onde ficam o núcleo
e as organelas). Alongam-se através dos axônios e se comunicam com outros neurônios ou células de
outros tecidos.

Tecido Muscular.
É um tecido especializado na contração, graças à presença das proteínas miosina e actina. Suas células
são alongadas formando fibras.
De acordo com a forma e função das células que o compõem, o tecido muscular pode ser dividido em:
Liso, Estriado Esquelético e Estriado Cardíaco.

CORPO HUMANO.
DEFINIÇÃO.

O corpo humano é constituído por diferentes partes, entre elas, a pele, os músculos, os nervos, os
órgãos, os ossos, etc. Cada parte do corpo humano é formada por inúmeras células que apresentam
formas e funções definidas. Além disso, existem os tecidos, órgãos e sistemas, os quais funcionam de
modo integrado. Podemos comparar nosso corpo a uma máquina complexa e perfeita com todas as
suas partes funcionando em sincronia.
O corpo humano é dividido em três partes básicas: cabeça, tronco e membros superiores e inferiores.
A descrição anatômica considera que o corpo deve estar em posição ereta, em pé, com o rosto voltado
para frente, membros superiores esticados e paralelos ao tronco, com as palmas voltadas para frente,
os membros inferiores devem ficar unidos. Essa é a chamada posição anatômica. O corpo humano é
formado por estruturas simples como as células, até as mais complexas como os órgãos.
O nível de organização do corpo humano é a seguinte: células, tecidos, órgãos, sistemas e organismo.
Cada uma dessas estruturas consiste em um nível hierárquico até a formação de todo o organismo.
Conheça melhor cada uma das estruturas que fazem parte da organização do corpo humano:

ÓRGÃO.
DEFINIÇÃO.

Os órgãos do corpo humano são formados pelo agrupamento dos tecidos, que por sua vez são
formados pelo agrupamento de células. Para nosso organismo funcionar de modo integrado, os órgãos
do corpo humano constituem um sistema, onde cada um atua de forma específica para desempenhar
uma determinada função. É o conjunto de sistemas que forma o organismo, vamos conhecer os órgãos
dos sistemas do corpo humano e com eles atuam no nosso organismo.

O ÓRGÃO DO SISTEMA DIGESTÓRIO.

Os órgãos do sistema digestivo são responsáveis pela absorção dos nutrientes que consumimos,
auxiliando em todo processo de digestão de modo que o que não é aproveitado possa ser descartado
pelo organismo. Os principais órgãos deste sistema são:

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BOCA.
A boca é a porta de entrada dos alimentos e a primeira parte do processo digestivo. Ao ingerir
alimentos, estes chegam à boca, onde serão mastigados pelos dentes e movimentados pela língua.
Acontece a digestão química dos carboidratos, onde o amido é decomposto em moléculas
de glicose e maltose.

GLANDULAS SALIVAIS.
A saliva é composta por um líquido viscoso contendo 99% de água e mucina, que dá a saliva sua
viscosidade. É constituída também pela ptialina ou amilase, que é uma enzima que inicia o processo
da digestão do glicogênio.

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FARINGE.
A faringe é um órgão tubular com paredes musculosas que conecta a garganta ao esôfago. Ela é
responsável por realizar a passagem do ar inalado e dos alimentos ingeridos até os outros órgãos dos
sistemas respiratórios e digestório, respectivamente. Por isso, a faringe é um órgão comum do sistema
digestivo e respiratório.

ESÔFAGO.
O esôfago é um órgão tubular de paredes musculosas, responsável por conduzir o alimento até o
estômago depois de transportado pela faringe.

PÂNCREAS.
O pâncreas é uma glândula mista responsável pela produção de hormônios (sistema endócrino) e do
suco pancreático (sistema digestivo). Ele está localizado atrás do estômago, entre o duodeno e o baço.

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ESTÔMAGO.
O estômago possui o formato de uma bolsa e está localizado no abdômen, entre o esôfago e o
intestino delgado. Ele é responsável pela digestão parcial dos alimentos, transformando o bolo
alimentar em quimo.

FÍGADO.

O fígado localiza-se na região do abdômen, abaixo do diafragma. Ele é a maior glândula do corpo
humano e desenvolve atividade endócrina e exócrina. É responsável por armazenar e filtrar
substâncias, além de sintetizar gordura e produzir a bile.

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INTESTINO.
No corpo humano, é nos intestinos que ocorre a absorção de água e nutrientes durante o processo
digestivo. Eles são divididos em dois tipos.

 O intestino delgado é um órgão tubular localizado entre o estômago e o intestino grosso. Ele
é responsável pela absorção de nutrientes e divide-se em três partes: duodeno, jejuno e íleo.

 O intestino grosso é um órgão tubular responsável pela absorção de água, armazenamento e


eliminação dos resíduos sólidos e divide-se em três partes: ceco, cólon e reto.

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O ÓRGÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO.

Os órgãos do sistema respiratório são responsáveis pelo processo de respiração, ou seja, na absorção
do oxigênio e na eliminação do gás carbônico que é retirado das células. Os principais órgãos deste
sistema são:

CAVIDADE NASAIS.

As cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa e separados por um septo
cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe. No interior das cavidades nasais,
existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue
limpo aos pulmões. A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco
que umidificam o ar. Ela é rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.

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LARINGE.

Responsável pela produção do som (fala), recebendo também o ar oriundo da faringe. Nela localiza-se
a epiglote, que através de movimentos de abertura e fechamento, impede a passagem de alimentos
para a traqueia durante a deglutição.

FARINGE.
A faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz
parte do sistema respiratório e do sistema digestório. Sua extremidade superior se comunica com as
cavidades nasais e com a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas
paredes são musculosas e revestidas de mucosa.

TRAQUEIA.
A traqueia é um órgão tubular oco composto por anéis cartilaginosos. Está localizado entre a laringe e
os brônquios. A sua função é aquecer, umidificar, filtrar o ar e, assim, conduzi-lo até os pulmões.

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PULMÃO.
O corpo humano é composto por dois pulmões, que apresentam formato piramidal, consistência
esponjosa e estão localizados na caixa torácica. Ele é responsável pela troca de gases de forma que o
sangue seja oxigenado e elimine o gás carbônico (CO2) do corpo.

BRÔNQUIOS.

Os brônquios são dois órgãos tubulares que ligam a traqueia aos pulmões. Eles se ramificam em tubos
cada vez menores chamados de bronquíolos. A função dos brônquios é levar o ar para os pulmões.

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O ÓRGÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO.

Os órgãos do sistema endócrino são responsáveis pela produção dos hormônios, que por sua vez, são
lançados no sangue para atingir os órgãos-alvo. Os principais órgãos deste sistema são:

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HIPÓFISE.

A hipófise, glândula pituitária ou glândula mestre, é uma pequena glândula localizada no cérebro. Ela
é responsável pela produção de hormônios, regulação dos ciclos sexuais e o controle das atividades de
outras glândulas.

TIREOIDE.

A tireoide é uma glândula em forma de borboleta, situada na região do pescoço. É uma das maiores
glândulas do corpo humano. Ela apresenta importantes funções no organismo, como a regulação do
crescimento, desenvolvimento, fertilidade, ciclos menstruais e controle emocional.

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PARATIREÓIDES.
As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas ao redor da tireoide. As suas funções são:
regular a quantidade de cálcio no sangue e a produção de hormônios.

SUPRARRENAIS.

As glândulas suprarrenais ou adrenais são formadas pelo córtex e a medula. Elas estão localizadas
acima dos rins e sua principal função é a produção e liberação de hormônios.

PÂNCREAS.
O pâncreas é uma glândula mista responsável pela produção de hormônios (sistema endócrino) e do
suco pancreático (sistema digestivo). Ele está localizado atrás do estômago, entre o duodeno e o baço.

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TIMO.

O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do organismo do
recém-nascido contra infecções. Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente
até a adolescência, quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas
funções reduzidas.

GLÂNDULAS SEXUIAS.

As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino e
do sistema reprodutor masculino respectivamente. Os ovários e os testículos são estimulados por
hormônios produzidos pela hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e
a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona, responsável pelo

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aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos
etc.

O ÓRGÃO CIRCULATÓRIO.

Os órgãos do sistema circulatório ou cardiovascular são responsáveis pelo transporte dos nutrientes,
oxigênio, dióxido de carbono e hormônios pelo sangue. Os principais órgãos que compõem esse
sistema são:

CORAÇÃO.

O coração, órgão central do sistema circulatório, é um órgão muscular oco responsável pelo
bombeamento de sangue mediado por dois movimentos: sístole (contração) e diástole (relaxamento).

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Assim, enquanto o lado direito bombeia o sangue venoso para os pulmões, o lado esquerdo bombeia o
sangue arterial para as diversas partes do corpo.

VASOS SANGUÍNEOS.
Os vasos sanguíneos, locais por onde circulam o sangue pelo corpo, são órgãos tubulares distribuídos
por todo o organismo. Eles são formados por veias e artérias, que por sua vez, formam os vasos
capilares.

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Pequena circulação
Nessa circulação, o sangue é bombeado do coração para os pulmões e retorna para o coração com uma
grande quantidade de oxigênio. Em resumo, é um movimento circulatório de coração-pulmão-
coração.
A pequena circulação começa no ventrículo direito do coração, de onde sai sangue venoso por meio
da artéria pulmonar. A artéria pulmonar apresenta uma bifurcação, gerando um ramo para cada
pulmão, no qual ocorre a capitalização dos vasos sanguíneos. Após espalharem-se pelos pulmões, os
capilares, em contato direto com as paredes alveolares, vão se reunindo aos poucos, formando vasos
cada vez maiores, terminando por quatro veias pulmonares que irão desembocar na aurícula esquerda
do coração.

Grande circulação
No sistema circulatório, a grande circulação tem dois objetivos:

 Conduzir sangue arterial aos diversos órgãos do corpo;


 Recolher o sangue venoso e levá-lo ao coração.

Esse processo se inicia no ventrículo esquerdo do coração, pelo qual o sangue sai pela artéria aorta e é
distribuído por todo o organismo (órgão por órgão) por meio dos inúmeros ramos do tronco aórtico.
Dessa forma, depois de banhar todos os tecidos do corpo, o sangue volta ao coração por meio das
veias que desembocam na aurícula direita. Com relação à pequena e grande circulação sanguínea é
importante lembrar que, na circulação do sangue entre o coração e os pulmões (pequena circulação),
as artérias conduzem o sangue venoso e as veias levam o sangue arterial. Já na grande circulação, que
acontece entre o coração e os órgãos, as artérias transportam o sangue arterial e as veias levam o
sangue venoso.

O ÓRGÃO DO SISTEMA NERVOSO.

Os órgãos do sistema nervoso são responsáveis pela comunicação do organismos, ou seja, eles
exercem o controle dos movimentos voluntários e involuntários do corpo, emitindo e captando
estímulos e mensagens. Para desempenhar essa função, os principais órgãos deste sistema são:

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CÉREBRO.
O cérebro é dividido em hemisfério direito e hemisfério esquerdo. Ele é o órgão mais importante do
sistema nervoso, responsável pela produção de hormônios, bem como o transporte, organização e
armazenamento de informações. É considerada a central de comando do organismo.

 Sistema Nervoso Simpático


O sistema nervoso autônomo simpático tem como função preparar o corpo humano para lidar
com situações de stress ou perigo. Para isso, estimula o aumento da pressão arterial, libera
adrenalina no corpo e acelera os batimentos cardíacos. Os neurônios pré ganglionares do
sistema nervoso autônomo simpático situam-se nas colunas laterais da substancia cinzenta da
medula, ao longo das porções torácicas e lombar superior. Suas fibras saem pelas raízes
anteriores dos nervos raquidianos correspondentes a estes mesmos níveis e passam pelos
ramos comunicantes brancos aos gânglios das cadeias simpáticas que se estendem em ambos
os lados da coluna vertebral.
 Sistema Nervoso Parassimpático
O sistema nervoso autônomo parassimpático, por sua vez, atua no reestabelecimento do
funcionamento normal do corpo após este ter passado por uma situação de stress, nervos ou
liberação de adrenalina. Ou seja, os batimentos cardíacos, pressão arterial e níveis de
adrenalina voltar ao normal. No sistema nervoso autônomo parassimpático, as fibras
procedem do mesencéfalo, do bulbo e da região sacra da medula espinhal e fazem parte
dos nervos cranianos III, VII, IX e X, d dos pélvicos provenientes da parte inferior da medula.
As fibras parassimpáticas do 3° par fazem sinapse no gânglio ciliar, e as pós-ganglionares
chegam ao músculo construtor da pupila e ao músculo ciliar. Das que saem com o 7°par,
umas se dirigem ao gânglio esfenopalatino, e daí às glândulas lacrimais, e outras ao gânglio
submaxilar, donde partem fibras pós-sinápticas, às glândulas submaxilares e sublinguais. Ao

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gânglio óptico chegam fibras parassimpáticas do 9° par, as quais, depois de fazerem sinapse,
alcançam as glândulas parótidas. O 10° par é, sem dúvida, o mais importante constituinte do
sistema parassimpático, indo ao coração, aos pulmões e a quase todos os órgãos abdominais.
Os nervos pélvicos presentes no sistema nervoso autônomo inervam a porção final do
aparelho digestivo, a bexiga urinária e os órgãos sexuais. Nestas estruturas, os neurônios pós-
sinápticos estão incluídos na massa dos tecidos, formando plexos ou gânglios difusos.

CEREBELO.
O cerebelo é um órgão localizado abaixo do cérebro. Ele possui funções muito importantes como o
movimento, o reflexo, a contração dos músculos e o equilíbrio do organismo.

TRONCO ENCEFALICO.
Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro
para a medula espinhal e vice-versa. Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as
atividades vitais como os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a
tosse, o espirro e a deglutição.

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MEDULA ESPINHAL.

A medula espinhal é cordão cilíndrico localizado na coluna vertebral, no canal interno das vértebras.
Ela é responsável pela produção e condução de impulsos nervosos do organismo para o cérebro, ou
seja, faz a comunicação entre o corpo e sistema nervoso.

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O ÓRGÃO DO SISTEMA URINÁRIO E EXCRETOR.

Os órgãos do sistema urinário e excretor têm como principal função filtrar as impurezas do sangue e,
para que isso ocorra, esses órgãos realizam a produção e eliminação da urina. Os principais órgãos
deste sistema são:

URETER.
São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins para a
bexiga.

URETRA.
Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cerca de 5
cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e
transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma.

RINS.

O corpo humano é composto por dois rins, órgãos em formato de feijão que podem medir até 12 cm.
Eles possuem coloração marrom-avermelhada e estão localizados na parte posterior do abdômen. Suas
principais funções são: filtragem de substâncias, eliminação de substâncias tóxicas, produção de
hormônios e de urina.

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BEXIGA.

A bexiga é o órgão muscular oco em forma de bolsa, localizado na parte inferior do abdômen. Ela é
responsável pelo armazenamento de urina, que pode chegar a 800 ml.

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O ÓRGÃO DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO.

O sistema reprodutor apresenta características e órgãos diferentes para homens e mulheres que são:

OVÁRIO.

Os ovários são dois órgãos em forma oval localizados na cavidade pélvica das mulheres. Sua função
baseia-se na produção do hormônio feminino, o estrógeno, bem como na produção dos óvulos, os
gametas sexuais femininos.

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ÚTERO.

Localizado no interior da cavidade pélvica o útero é um órgão muscular, oco e elástico. Ele é
responsável pela menstruação, gravidez e parto. Sua principal função é abrigar o feto depois de
fecundado.

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CLITÓRIS.

O clitóris é o órgão sexual erétil feminino e está localizado na parte superior da vulva. A sua função
principal é proporcionar o prazer feminino (orgasmo), visto que sua estrutura é formada por inúmeras
terminações nervosas.

OS ÓRGÃOS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO.

O Sistema Reprodutor Masculino é formado por órgãos internos e externos. Eles passam por um lento
amadurecimento concluindo-se na puberdade, ou seja, quando as células sexuais ficam disponíveis
para originar outro ser.

PÊNIS.

O pênis é o órgão sexual masculino, externo e cilíndrico, que também faz parte do sistema urinário.
Por ele, ocorre a eliminação da urina e do sêmen, através do canal da uretra. Ainda é responsável pelo
prazer sexual masculino.

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PRÓSTATA.

A próstata é uma glândula exócrina de forma arredondada localizada abaixo da bexiga. Ela é
responsável pela produção de uma substância que serve de proteção aos espermatozoides.

TESTÍCULO.

Os testículos são duas glândulas sexuais masculinas, de forma ovalada e localizadas na bolsa escrotal.
Suas funções correspondem à produção de hormônios e dos gametas sexuais masculinos, os
espermatozoides.

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OUTROS ÓRGÃOS DO CORPO HUMANO.

Outros importantes órgãos compõem o corpo humano e contribuem para que o organismo funcione
em perfeita harmonia. Esses órgãos são:

BAÇO.
O baço, localizado na região superior esquerda da cavidade abdominal, é um órgão sólido que faz
parte do sistema linfático. Suas funções são: produção e destruição de hemácias.

PELE.
A pele é o revestimento externo do corpo, considerado o maior e mais pesado órgão do organismo.
Ela faz parte do sistema tegumentar e suas principais funções são: proteção, reserva de nutrientes e
equilíbrio da temperatura.

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APÊNDICE.

O apêndice é um pequeno órgão oco em formato de bolsa, localizado no início do intestino grosso.
Sua função é abrigar bactérias que auxiliam na digestão e linfócitos que contribuem para a defesa do
organismo. Ele possui relação com o sistema imunológico.

OBS:

 O maior osso do corpo humano é o fêmur, o osso da coxa da perna. Já o menor osso é o estribo,
localizado no ouvido interno.

 O coração de um adulto bate cerca de 100 mil vezes por dia.

 Em média, 2 kg do peso corporal são representados por bactérias que habitam nosso organismo.

 Os rins filtram aproximadamente 1,3 litros de sangue por minuto.

 Um impulso nervoso pode alcançar até 360 km/h.

 O corpo é formado por 70% de água, que corresponde à metade de nosso peso.

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SISTEMA ESQUELÉTICO.
DEFINIÇÃO.

O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos ligamentos e tendões. O esqueleto
é responsável por sustentar e dar forma ao corpo. Ele também protege os órgãos internos e atua em
conjunto com os sistemas muscular e articular para permitir o movimento. Outras funções são a
produção de células sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais minerais, como o cálcio.

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OSSOS.

O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar
quando sofre uma fratura.

ESTRUTURA OSSEA.

A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo, adiposo,
cartilaginoso e sanguíneo), além do tecido nervoso. Os ossos longos são formados por diversas
camadas.

Periósteo
É a mais externa, sendo uma membrana fina e fibrosa (tecido conjuntivo denso) que envolve o osso,
exceto nas regiões de articulação (epífises). É no periósteo que se inserem os músculos e tendões.

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Osso compacto.
O tecido ósseo compacto é composto de cálcio, fósforo e fibras de colágeno que lhe dão resistência. É
a parte mais rígida do osso, formada por pequenos canais que circulam nervos e vasos. Entre estes
canais estão espaços onde se encontram os osteócitos.

Osso esponjoso.
O tecido ósseo esponjoso é uma camada menos densa. Em alguns ossos apenas essa estrutura está
presente e pode conter medula óssea.

Canal medular
É a cavidade onde se encontra a medula óssea, geralmente presente nos ossos longos.

Medula óssea.
A medula vermelha (tecido sanguíneo) produz células sanguíneas, mas em alguns ossos deixa de
existir e há somente medula amarela (tecido adiposo) que armazena gordura.

DIVISÃO DO ESQUELETO.

O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos e formas. Eles podem ser
longos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou irregulares.
Cada um deles apresenta suas funções próprias e para isso, o esqueleto é dividido em axial e
apendicular.

Esqueleto axial destacado em azul

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ESQUELETO AXILAR.
O esqueleto axial é constituído por 80 ossos, formado pelo crânio, a caixa torácica e a coluna
vertebral. Podemos caracterizá-lo como aquele conjunto de ossos que se localizam no eixo ou parte
central do corpo. A sua função é proteger o Sistema Nervoso Central e alguns dos órgãos vitais
localizados na região torácica. Por isso, o seu papel está relacionado com a proteção do organismo,
sendo considerado o pilar central do sistema esquelético.

CABEÇA.

Os ossos da cabeça são responsáveis pela proteção do encéfalo, sendo formados por 22 ossos:

 8 ossos do crânio: 1 frontal, 2 parietal, 2 temporal, 1 occipital, 1 esfenoide, 1 etmoide.


 14 ossos da face: 2 zigomático, 2 maxilar, 2 nasal, 1 mandíbula, 2 palatino, 2 lacrimal, 1
vômer, 2 concha nasal inferior.

De todos os ossos da cabeça, apenas a mandíbula é móvel e auxilia no movimento da boca durante a
mastigação. Ainda na região da cabeça existe o osso hioide, o qual funciona como ponto de apoio para
os músculos da língua e do pescoço.

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TORAX.

A caixa torácica é formada pelas costelas e o osso esterno. As costelas representam um conjunto de 12
ossos encurvados, sendo: 7 verdadeiras, 3 falsas e 2 flutuantes.
As chamadas costelas verdadeiras são as que se ligam ao esterno, as costelas falsas ligam-se entre si e
as costelas flutuantes não estão ligadas a nenhum outro osso.
O esterno é um osso plano que apresenta um formato único e característico, localizado na região
central da caixa torácica.

TORAX.

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COLUNA VERTEBRAL.

A coluna vertebral é formada pelo conjunto de 33 vértebras dispostas umas sobre as outras e
intercaladas por discos intervertebrais:

 Vértebras Cervicais: 7 vértebras;


 Vértebras Dorsais ou torácicas: 12 vértebras;
 Vértebras Lombares: 5 vértebras;
 Vértebras Sacrais: 5 vértebras fundidas;
 Vértebra Coccígea: 4 vértebras fundidas.

As principais funções da coluna vertebral correspondem a sustentação da estrutura corporal e auxílio


na movimentação. Por isso, ela é considerada o eixo de sustentação do corpo. Além disso, a coluna
vertebral representa um importante eixo de comunicação entre o sistema nervoso central e periférico

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OSSOS HIOIDE.

O osso hioide possui forma de U e atua como ponto de apoio para os músculos da língua e do
pescoço.

ESQUELETO APENDICULAR.

O esqueleto apendicular compreende os ossos dos membros superiores e inferiores. Ele é responsável
pela movimentação e sustentação do corpo. O corpo humano é formado ainda pelo esqueleto axial,
constituído pelo crânio, caixa torácica e coluna vertebral. Os esqueletos axial e apendicular se unem
através da cintura pélvica e escapular. No total, o esqueleto apendicular é formado por 126 ossos,
dividido na porção superior e inferior do corpo humano.

Esqueleto apendicular destacado na cor laranja

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CINTURA ESCAPULAR.

A cintura escapular é formada pelas clavículas e escápulas. A clavícula é longa e estreita, se articula
com o esterno e na outra extremidade com a escápula, que é um osso chato e triangular articulado com
o úmero (articulação do ombro).

MEMBROS SUPERIORES.

Os membros superiores correspondem aos braços, onde se tem o úmero, que é o osso mais longo do
braço. Ele se articula com o rádio, que é o mais curto e lateral, e também com a ulna, osso chato e
bem fino. Os ossos da mão são 27, divididos em carpos (8), metacarpos (5) e falanges (14).

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CINTURA PÉLVICA.

A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo ílio, ísquio e
púbis fundidos) e são firmemente ligados ao sacro. As uniões dos ossos ilíacos, do sacro e do cóccix
formam a pelve, que nas mulheres é mais largas, menos profunda e com a cavidade maior. É essa
formação que permite a abertura da pélvis no momento do parto para a passagem do bebê.

MEMBRO INFERIOR.

Os ossos dos membros inferiores são responsáveis pela sustentação do corpo e movimentação. Para
isso, eles têm de suportar o peso e manter o equilíbrio.

 Ossos do quadril: representa a fusão de três ossos - ílio, ísquio e púbis.

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 Fêmur: osso mais longo do corpo, presente entre a extremidade do quadril até o joelho.
 Patela: osso triangular chato, responsável pela proteção da articulação do joelho.
 Tíbia: osso longo localizado entre os pés e joelhos, responsável pela sustentação do peso do
corpo. É o segundo maior osso do corpo.
 Fíbula: osso longo que faz parte da articulação do joelho e não possui função relacionada à
sustentação do corpo.
 Ossos do pé e tornozelo: os ossos do pé são divididos em tarsos, metatarsos e falanges,
somando 26 ossos. O tornozelo é a articulação entre o pé e a perna, sendo formados pela tíbia,
fíbula, e por um osso do pé, o tálus.

OBS:

Os ossos são estruturas formadas por tecido ósseo e cálcio que auxiliam na locomoção, na
sustentação, na proteção e na reserva de minerais do corpo. O corpo humano é formado por 206 ossos
e, de acordo com sua forma, são classificados em: ossos curtos, longos, irregulares, planos,
sesamoides e os supranumerários.

 Tendões.
Os tendões são cordões fibrosos, ou seja, estruturas formadas por tecido conjuntivo composto
de colágenos. Sua principal função a de conectar o músculo aos ossos e, dessa maneira,
auxiliar os movimentos e no equilíbrio do corpo.

 Ligamentos.
Os ligamentos são tecidos fibrosos que tem a função de ligar, conectar um osso ao outro, uma
vez que reforçam a estabilização das articulações e auxiliam nos movimentos. Diferem dos
tendões na medida em que estes conectam os músculos aos ossos e os ligamentos unem os
ossos aos outros ossos.

 Cartilagens.
As cartilagens do corpo humano são tecidos elásticos (tecido conjuntivo cartilaginoso)
compostos de colágeno. São encontradas, por exemplo, no nariz e na orelha, sendo sua
principal função a de proteção. As cartilagens são divididas em cartilagem elástica, fibrosa e
hialina.

OBS:

No total, um homem adulto possui 206 ossos: 80 ossos no esqueleto axial e 126 ossos no esqueleto
apendicular. Há diferenças entre as estruturas ósseas de um homem e de uma mulher, visto que as
mulheres apresentam a pelve e o esterno mais largos, contudo, a maioria dos outros ossos, como do
pulso e do maxilar, são mais estreitos que os do homem. Algumas doenças relacionadas ao sistema
esquelético são: a osteoporose, ou seja, a diminuição da massa óssea caracterizada pela fragilidade e
porosidade dos ossos; e raquitismo, muito comum nas crianças, essa doença está associada à má
formação dos ossos mediante a carência de vitamina D e de cálcio.

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SISTEMA MUSCULAR.
DEFINIÇÃO.

O sistema muscular é composto pelos diversos músculos do corpo humano. Os músculos são tecidos,
cujas células ou fibras musculares possuem a função de permitir a contração e produção de
movimentos. As fibras musculares, por sua vez, são controladas pelo sistema nervoso, que se
encarregam de receber a informação e respondê-la realizando a ação solicitada.

FUNCÕES DO SISTEMA MUSCULAR.

O Sistema Muscular apresenta algumas funções que são fundamentais para o corpo humano.

 Estabilidade corporal.
 Produção de movimentos.
 Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal).
 Preenchimento do corpo (sustentação).
 Auxílio nos fluxos sanguíneos.

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O corpo humano é formado por aproximadamente 600 músculos, que trabalham em conjunto com
ossos, articulações e tendões para permitir que façamos diversos movimentos. Eles são agrupados da
seguinte forma: músculos da cabeça e do pescoço, músculos do tórax e abdômen, músculos dos
membros superiores e músculos dos membros inferiores.

MUSCULO DA CABEÇA E PESCOÇO.

O grupo muscular da cabeça e do pescoço é composto por mais de 30 pequenos músculos que ajudam
a exprimir os sentimentos, mover os maxilares ou manter a cabeça erguida.

 Frontal: Mastigar ou morder.


 Masseter: Movimentam as mandíbulas.
 Esternocleidomastoideo: Permite a cabeça girar ou se inclinar para frente e para trás.

MUSCULO DO TORAX E ABDOMEM.

Os músculos do grupo do tórax e abdômen permitem a respiração, impedem o corpo de se curvar e


ceder ao próprio peso, entre outros movimentos.

 Peitoral e Deltoide: Levantar peso.


 Intercostais: Atuam em conjunto com o diafragma para levarem o ar até os pulmões.
 Oblíquo: Inclina o tórax para frente.

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MUSCULO DOS MEMBROS SUPERIORES.

Os músculos dos membros superiores são capazes de fazer a pressão exata e permitem flexibilidade e
precisão para tarefas delicadas ou que exigem muita força.

 Bíceps: Está ligado aos ossos omoplata e rádio, ao se contrair faz o braço se dobrar.
 Oponente do polegar: Permite o movimento do polegar, pois utiliza músculos do antebraço
e da mão.
 Curto adutor: Movimento para fora do polegar.

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MUSCULO DOS MEMBROS INFERIOR.

Os músculos dos membros inferiores são os mais fortes do corpo. Graças aos músculos das pernas,
podemos ficar de pé e manter o equilíbrio.

 Costureiro (ou sartório): É o mais longo músculo do corpo, ao se contrair dobra a perna e
gira o quadril. Trata-se do músculo das costureiras, por isso o nome.
 Flexores dorsais: Fazem os dedos de o pé levantarem.
 Tendão de Aquiles: É o tendão mais forte do corpo, inserido no osso calcâneo.
 Sóleo, plantar delgado e gastrocnêmico: São músculos flexores plantares responsáveis pelo
movimento das bailarinas de ficar na ponta dos pés.

OBS:

Os músculos apresentam diferentes tamanhos, formas e funções, por isso, são classificados em três
tipos: liso, estriado cardíaco e estriado esquelético.

MUSCULO LISO OU NÃO ESTRIADO.

O músculo liso está presente em diversos órgãos do corpo humano. Os músculos lisos são aqueles que
possuem contração involuntária. Eles estão localizados nas estruturas ocas do corpo, ou seja,
estômago, bexiga, útero, intestino, além da pele e dos vasos sanguíneos. Sua função assegura a
movimentação dos órgãos internos.

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MUSCULO ESTRIADO CARDÍACO.

O músculo cardíaco está presente no coração. São músculos de contração involuntária e estão
presentes no coração (miocárdio).
Esses músculos asseguram os vigorosos batimentos cardíacos.

MUSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO.

Os músculos estriados são contraídos de forma voluntária. São músculos de contração voluntária, ou
seja, os movimentos são controlados pela vontade do ser humano. Eles estão conectados com os ossos
e cartilagens e, através das contrações, permitem os movimentos, as posições corporais, além de
estabilizarem as articulações do organismo.

CLASSIFIÇÃO DOS MUSCULOS.

Quando estudamos o sistema muscular, vemos a classificação dos músculos esqueléticos que formam
nosso corpo. Isso se deve ao fato de que os músculos não estriados fazem parte dos órgãos e
normalmente não recebem denominação própria, assim como o músculo estriado cardíaco, que está
presente no coração. Existe mais de 600 músculos esqueléticos no nosso corpo, o que representa cerca

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de 50% de toda nossa massa corpórea. Eles são classificados com base em diversos critérios, tais
como a sua origem e inserção, ação, função, forma e arranjo das fibras, e número de cabeças.
Entende-se por origem o local em que o músculo está mais fixado e que funciona como a base para a
sua ação. Já a inserção é o ponto móvel no qual é possível observar o efeito do movimento. O glúteo
mínimo, por exemplo, é um músculo responsável pela abdução da coxa e tem sua origem na
superfície lateral do íleo. Sua inserção é na superfície anterior do fêmur, mais precisamente na região
do trocanter maior (proeminência localizada na borda superior do fêmur).

Quando os músculos são classificados de acordo com a sua ação, são denominados de extensores,
flexores, adutores, abdutores, rotadores, supinadores e pronadores.

 Extensores: estiram um membro;


 Flexores: são responsáveis pela flexão;
 Adutores: levam um membro em direção à linha mediana do corpo;

 Abdutores: movem o membro para fora dessa linha;


 Rotadores: giram os membros;
 Supinadores: viram a palma da mão para cima;
 Pronadores: colocam a palma da mão para baixo.

Observando-se a função, os músculos podem ser classificados em agonistas, antagonistas e


sinergistas. Os músculos agonistas são responsáveis diretamente pelo movimento desejado, sendo os
principais agentes na execução de um movimento; os antagonistas são músculos que oferecem
resistência à ação do músculo agonista; e os sinergistas são músculos que auxiliam os antagonistas,
garantindo que não ocorram movimentos em excesso. Em relação à forma e ao arranjo das fibras, os
músculos podem ser classificados em músculos de fibras paralelas ou de fibras oblíquas à direção de
tração exercida por eles. Como exemplo de músculos de fibras paralelas, podemos citar o bíceps e o
peitoral. Já como exemplo de músculo de fibras oblíquas, podemos citar o extensor longo dos dedos
do pé. Por fim, quando o critério utilizado é número de cabeças, leva-se em consideração quantos
tendões de origem o músculo apresenta. O bíceps, por exemplo, apresenta duas cabeças; o tríceps,
três; e o quadríceps, quatro.

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SISTEMA DIGESTORIO.
DEFINIÇÃO.

O Sistema Digestório é também conhecido como Sistema Digestivo ou Aparelho Digestivo. Ele é
formado por um conjunto de órgãos que atuam no corpo humano. A ação desses órgãos está
relacionada ao processo de transformação do alimento, que tem o objetivo de ajudar na absorção dos
nutrientes. Tudo isso acontece por meio de processos mecânicos e químicos. Sistema Digestório (nova
nomenclatura) divide-se em duas partes, uma delas é o tubo digestório (propriamente dito), antes
conhecido como tubo digestivo. Ele se divide em três partes: alto, médio e baixo. A outra parte
corresponde aos órgãos anexos.

 Tubo digestório alto: Boca, faringe e esôfago.


 Tubo digestório médio: Estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
 Tubo digestório baixo: Intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a
curva sigmoide e o reto).
 Órgãos anexos: Glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar.

BOCA.

A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Ela corresponde a uma cavidade forrada
por mucosa, onde os alimentos são umidificados pela saliva, produzida pelas glândulas salivares. Na

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boca ocorre a mastigação, que corresponde ao primeiro momento do processo da digestão mecânica.
Ela acontece com os dentes e a língua. Em um segundo momento entra em ação a atividade
enzimática da ptialina, que é amilase salivar. Ela atua sobre o amido encontrado na batata, farinha de
trigo, arroz e o transformando em moléculas menores de maltose.

FARINGE.

A faringe é um tubo muscular membranoso que se comunica com a boca, através do istmo da
garganta e na outra extremidade com o esôfago. Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de
mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal comum para o sistema digestório e o sistema
respiratório. No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o
alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o esôfago. A
penetração do alimento nas vias respiratórias é impedida pela ação da epiglote, que fecha o orifício de
comunicação com a laringe.

ESÔFAGO

O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso autônomo. É por meio de ondas
de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos peristálticos, o conduto musculoso vai
espremendo os alimentos e levando-os em direção ao estômago.

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ESTOMAGO.

O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, sendo responsável pela digestão das
proteínas. A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque fica muito próxima ao coração,
separada dele somente pelo diafragma. Ele possui uma pequena curvatura superior e uma grande
curvatura inferior. A parte mais dilatada recebe o nome de "região fúndica", enquanto a parte final,
uma região estreita, recebe o nome de "piloro". O simples movimento de mastigação dos alimentos já
ativa a produção do ácido clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do alimento,
de natureza proteica, que se inicia a produção do suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa,
composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico. A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de
muco que a protege de agressões do suco gástrico, uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso,
quando ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o
surgimento de feridas (úlcera gástrica). A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico e é
regulada pela ação de um hormônio, a gastrina. A gastrina é produzida no próprio estômago no
momento em que moléculas de proteínas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão.

Assim, a pepsina quebra as moléculas grandes de proteína e as transformam em moléculas menores.


Estas são as proteoses e peptonas. Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro horas.
Nesse processo, o estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que se abre e
fecha, permitindo que, em pequenas porções, o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao intestino
delgado.

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INTESTINO DELGADO.

O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras projeções. Está
localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de segregar as várias enzimas
digestivas. Isto dá origem a moléculas pequenas e solúveis: a glicose, aminoácidos, glicerol, etc. O
intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo. O duodeno é a primeira
porção do intestino delgado a receber o quimo que vem do estômago, que ainda está muito ácido,
sendo irritante à mucosa duodenal. Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada
pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que
emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas. Além disso, o
quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas. Ele contém enzimas, água e grande
quantidade de bicarbonato de sódio, pois dessa forma favorece a neutralização do quimo. Assim, em
pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno vai se tornando alcalina e gerando condições necessárias
para ocorrer a digestão intraintestinal. Já o jejuno e o íleo são considerados a parte do intestino
delgado onde o trânsito do bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o
processo digestivo.
Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes foram absorvidos, sobra uma
pasta grossa formada por detritos não assimilados e com bactérias. Esta pasta, já fermentada, segue
para o intestino grosso.

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INTESTINO GROSSO.

O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É local de absorção de


água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas), de armazenamento e de eliminação dos
resíduos digestivos.
Ele está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente, transverso,
descendente e a curva sigmoide) e reto.
No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já constituindo o “bolo fecal”,
passam ao cólon ascendente, depois ao transverso e em seguida ao descendente. Nesta porção, o bolo
fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto.
O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por onde são
eliminadas as fezes.
Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco a
fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação.
Note que as fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo
tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa fecal. Sendo, portanto, importante
incluir as fibras na alimentação para auxiliar a formação das fezes.

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SISTEMA RESPIRATORIO.
DEFINIÇÃO.

O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis pela absorção do oxigênio do ar pelo
organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células. Ele é formado pelas vias
respiratórias e pelos pulmões. Os órgãos que compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais,
faringe, laringe, traqueia e brônquios. Cada um dos órgãos do Sistema Respiratório ajuda a manter o
equilíbrio do organismo. Quando inspiramos o ar atmosférico, que contém oxigênio e outros
elementos químicos, ele passa pelas vias respiratórias e chega aos pulmões. É nos pulmões que
acontece a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. E, graças aos músculos respiratórios que este
órgão cria forças para o ar fluir. Tudo isso a partir de estímulos e comandos emitidos pelo Sistema
Nervoso Central. O equilíbrio ácido-base corresponde à remoção do excesso de CO2 do organismo.
Nesta função, novamente temos a atuação do Sistema Nervoso, que é responsável por enviar
informações para os controladores da respiração. Ao respirar, é praticamente impossível eliminar as
impurezas contidas no ambiente atmosférico. A inspiração de microrganismos se torna inevitável.
Para evitar problemas de saúde, o Sistema Respiratório apresenta mecanismos de defesa, que por sua
vez, são realizados a partir da atuação dos diferentes órgãos. A produção e emissão de sons é realizada
pela ação conjunta do Sistema Nervoso e dos músculos que trabalham na respiração. São eles que
permitem o fluxo do ar das cordas vocais e da boca.

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CAVIDADES NASAIS.

As cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa e separados por um septo
cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe.
No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo impurezas e
germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões.
A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que umidificam o ar.
Ela é rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.

FARINGE.

A faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz
parte do sistema respiratório e do sistema digestório. Sua extremidade superior se comunica com as
cavidades nasais e com a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas
paredes são musculosas e revestidas de mucosa.

LARINGE.

A laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe está a epiglote, a válvula
que se fecha durante a deglutição. Este é também o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as
cordas vocais.

TRAQUEIA.

A traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos que a
mantêm aberta. Este órgão é revestido por uma membrana mucosa, e nela o ar é aquecido,
umidificado e filtrado.

BRONQUIOS.

Os brônquios são duas ramificações da traqueia formada também por anéis cartilaginosos. Cada
brônquio penetra em um dos pulmões e divide-se em diversos ramos menores, que se distribuem por
todo o órgão formando os bronquíolos. Os brônquios se ramificam e subdividem-se várias vezes,
formando a árvore brônquica.

PULMÕES.

O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos situados na caixa torácica.
Eles são responsáveis pela troca do oxigênio em gás carbônico, através da respiração. Cada pulmão é
envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura. Internamente, cada pulmão apresenta cerca de
200 milhões de estruturas muito pequenas, em forma de cacho de uva e que se enche de ar, chamados
de alvéolos pulmonares. Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos, realizam-
se as trocas gasosas entre o ambiente, denominada hematose. Tudo isso acontece graças às
membranas muito finas que os revestem e abrigam inúmeros vasos sanguíneos bem finos, os capilares

SISTEMA CIRCULATORIO.
DEFINIÇÃO.

O sistema circulatório ou cardiovascular, formado pelo coração e vasos sanguíneos, é responsável


pelo transporte de nutrientes e oxigênio para as diversas partes do corpo. A circulação sanguínea
corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o sangue realiza no corpo humano, de modo

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que no percurso completo, o sangue passa duas vezes pelo coração. Esses circuitos são chamados de
pequena circulação e grande circulação.

PEQUENA CIRCULAÇÃO.

A pequena circulação ou circulação pulmonar consiste no caminho que o sangue percorre do coração
aos pulmões, e dos pulmões ao coração. Assim, o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito
para a artéria pulmonar, que se ramifica de maneira que uma segue para o pulmão direito e outra para
o pulmão esquerdo. Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás
carbônico e absorve o gás oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é levado dos pulmões ao
coração, através das veias pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo.

GRANDE CIRCULAÇÃO.

A grande circulação ou circulação sistêmica é o caminho do sangue, que sai do coração até as demais
células do corpo e vice-versa. No coração, o sangue arterial vindo dos pulmões, é bombeado do átrio
esquerdo para o ventrículo esquerdo. Do ventrículo passa para a artéria aorta, que é responsável por
transportar esse sangue para os diversos tecidos do corpo. Assim, quando esse sangue oxigenado
chega aos tecidos, os vasos capilares refazem as trocas dos gases: absorvem o gás oxigênio e liberam
o gás carbônico, tornando o sangue venoso. Por fim, o sangue venoso faz o caminho de volta ao
coração e chegam ao átrio direito pelas veias cavas superiores e inferiores, completando o sistema
circulatório.

SANGUE.

O sangue é um tecido líquido e exerce papel fundamental no sistema circulatório. É pela corrente
sanguínea que o oxigênio e nutrientes chegam até as células. Desse modo, ele retira dos tecidos as
sobras das atividades celulares, como o gás carbônico produzido na respiração celular e conduz os
hormônios pelo organismo.

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CORAÇÃO.

O coração de uma pessoa tem o tamanho aproximado de sua mão fechada, e bombeia o sangue para
todo o corpo, sem parar; localizam-se no interior da cavidade torácica, entre os dois pulmões. O ápice
(ponta do coração) está voltado para baixo, para a esquerda e para frente. O peso médio do coração é
de aproximadamente 300 gramas, variando com o tamanho e o sexo da pessoa.
Observe o esquema do coração humano, existem quatro cavidades:

 Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior;


 Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior.

O sangue que entra no átrio direito passa para o ventrículo direito e o sangue que entra no átrio
esquerdo passa para o ventrículo esquerdo. Um átrio não se comunica com o outro átrio, assim como
um ventrículo não se comunica com o outro ventrículo. O sangue passa do átrio direito para o
ventrículo direito através da valva atrioventricular direita; e passa do átrio esquerdo para o ventrículo
esquerdo através da valva atrioventricular esquerda. O coração humano um órgão cavitário (que
apresenta cavidade), basicamente constituído por três camadas:

 Pericárdio – é a membrana que reveste externamente o coração, como um saco. Esta


membrana propicia uma superfície lisa e escorregadia ao coração, facilitando seu
movimento ininterrupto;
 Endocárdio – é uma membrana que reveste a superfície interna das cavidades do
coração;
 Miocárdio – é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e involuntárias do
coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio.

Quando, por algum motivo, as artérias coronárias – ramificações da aorta – não conseguem
irrigar corretamente o miocárdio, pode ocorrer a morte (necrose) de células musculares, o que
caracteriza o infarto do miocárdio.
Existem três tipos básicos de vasos sanguíneos em nosso corpo: artérias, veias e capilares.

ARTÉRIA.

As artérias são vasos do sistema circulatório, que saem do coração e transportam o sangue para as
outras partes do corpo. A parede da artéria é espessa, formada de tecido muscular e elástico, que
suporta a pressão do sangue. O sangue venoso, rico em gás carbônico, é bombeado do coração para os
pulmões através das artérias pulmonares. Enquanto o sangue arterial, rico em gás oxigênio, é
bombeado do coração para os tecidos do corpo através da artéria aorta. As artérias se ramificam pelo
corpo, ficam mais finas, formam as arteríolas, que se ramificam ainda mais, originando os capilares.

VEIA.

As veias são vasos do sistema circulatório, que transportam o sangue de volta dos tecidos do corpo
para o coração. Suas paredes são mais finas que as artérias. A maior parte das veias transporta o
sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. Contudo, as veias pulmonares transportam o sangue
arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.

CAPILARES.

Os capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias do sistema circulatório. Suas paredes
apresentam apenas uma camada de células, que permitem a troca de substâncias entre o sangue e as

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células. Os capilares se ligam às veias, levando o sangue de volta para o coração. Pelo corpo de uma
pessoa adulta circula, em média, seis litros de sangue, numa ampla rede de vasos sanguíneos,
bombeados pelo coração.

O sistema circulatório é classificado em dois tipos:

 Sistema circulatório aberto ou lacunar: O líquido circulante (hemolinfa) percorre cavidades


e lacunas dos tecidos, estando em contato direto com as células. Nesse caso, não há vasos
sanguíneos. Presente em alguns invertebrados.
 Sistema circulatório fechado: O sangue circula dentro de vasos, de onde percorre todo o
corpo. É um processo mais eficiente do que a circulação aberta, por acontecer de forma mais
rápida. Ocorre em anelídeos, cefalópodes e todos os vertebrados.

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SISTEMA LINFATICOS.
DEFINIÇÃO.

O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo. Ele é constituído pelos nódulos
linfáticos (linfonodos), ou seja, uma rede complexa de vasos, responsável por transportar a linfa dos
tecidos para o sistema circulatório. Além disso, ele possui outras funções como a proteção de
células imunes, pois atua junto ao sistema imunológico. Outro importante papel do sistema
linfático está na absorção dos ácidos graxos e no equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos tecidos.

FUNCÃO.

Para desempenhar sua função de eliminar as impurezas do nosso corpo, o sistema linfático trabalha
junto com o sistema imunológico. O sistema linfático atua em conjunto com diversos órgãos e
elementos do organismo. É dessa forma que ele consegue alcançar todas as parte do corpo para filtrar
o líquido tissular que nutriu, oxigenou os capilares sanguíneos e saiu levando gás carbônio e
excreções.
Diferente do sangue que é impulsionado pela força do coração, no sistema linfático a linfa se
movimenta de forma lenta e com baixa pressão. Ela depende da compressão dos movimentos dos
músculos para pressionar o líquido. É a partir da contração realizada pelo movimento dos músculos
que o fluído é transportado para os vasos linfáticos. Como eles são maiores acabam se acumulam no
ducto linfático direito e no ducto torácico, percorrendo assim para o resto do corpo.
O sistema linfático é formado por diferentes componentes e órgãos. Quais são e como cada um deles
atua no organismo.

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LINFODONOS.

Os linfonodos (gânglios linfáticos) são chamados de nódulos linfáticos. Eles são pequenos órgãos
(com até 2 cm) presentes no pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e na virilha. Formados por
tecido linfoide e distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis por filtrarem a linfa antes de
ela retornar ao sangue. Além disso, eles também atuam na defesa do organismo, impedindo a
permanência de partículas estranhas no corpo.

LINFA.

A linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue e que circula pelos vasos linfáticos.
Porém, ele não possui hemácias e, por isso, apresenta um aspecto esbranquiçado e leitoso.
Responsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e fígado. Seu
transporte é feito pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional), filtrada pelos linfonodos e
lançada no sangue.

VASO LINFATICOS.

Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem válvulas que
transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido, impedindo assim o refluxo. Eles atuam
no sistema de defesa do organismo, visto que retiram células mortas e transportam os linfócitos
(glóbulos brancos) que combatem as infecções no organismo.

BAÇO.

Maior dos órgãos linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado abaixo do diafragma e atrás do
estômago. Ele é responsável pela defesa do organismo e exerce as seguintes funções: produção de
anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias (hematopoese), armazenamento de sangue e liberação de
hormônios.

TIMO.

O timo é um órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração. Além de produzir as


substâncias como a timosina e a timina, o timo produz anticorpos (linfócito T), atuando, dessa
maneira, na defesa do organismo. É curioso notar que o timo é um órgão que ao longo da vida diminui
de tamanho.

TONSILAS PALATINAS.

Popularmente, esses dois órgãos localizados na garganta, são conhecidos como amídalas ou amígdalas
palatinas. Elas são responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no corpo,
principalmente pela boca. Nesse caso, auxiliam no processo de defesa do organismo visto que
produzem linfócitos.

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SISTEMA LINFOTICOS.

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SISTEMA SANGUINEO.
DEFINIÇÃO.

O sangue é um tecido líquido formado por diferentes tipos de células suspensas no plasma. Ele circula
por todo nosso corpo, através das veias e artérias. As veias levam o sangue dos órgãos e tecidos para o
coração, enquanto as artérias levam o sangue do coração para os órgãos e tecidos. Já as células,
recebem sangue através de vasos sanguíneos de menor porte denominados de arteríolas, vénulas e
capilares. Uma das funções básicas do sangue é o transporte de substâncias, das quais destacam-se:

 Levar oxigênio e nutrientes para as células;


 Retirar dos tecidos as sobras das atividades celulares (como gás carbônico produzido na
respiração celular);
 Conduzir hormônios pelo organismo.

O sangue desempenha um importante papel de defender o corpo das ações de agentes nocivos. O
sangue parece um líquido homogêneo, no entanto, com a observação por microscópio pode-se
verificar que ele é heterogêneo, sendo composto por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas
e plasma. O plasma, corresponde até 60% do volume do sangue, é a parte líquida onde ficam
suspensos os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. A quantidade de cada componente
pode variar conforme o sexo e idade da pessoa. Algumas doenças, como a anemia, também podem
causar modificações nos valores normais dos componentes do sangue.

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GLOBULOS VEMELHOS.

Os glóbulos vermelhos, também chamado de hemácias, são células em maior quantidade nos
humanos. Possuem a forma de um disco côncavo de ambos os lados e não apresentam possuem
núcleo. Eles são produzidos pela medula óssea, ricos em hemoglobina, uma proteína cujo pigmento
vermelho dá a cor característica ao sangue. Ela tem a propriedade de transportar o oxigênio,
desempenhando papel fundamental na respiração.

GLOBULOS BRANCO.

Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos são produzidos na medula óssea. São células de
defesa do organismo que pertencem ao sistema imunológico. Eles destroem os agentes estranhos,
como bactérias, vírus e as substâncias tóxicas que atacam nosso organismo e causam infecções ou
outras doenças. Além disso, também possuem papel importante na coagulação do sangue. No sangue
há diversos tipos de leucócitos com diferentes formatos, tamanhos e formas de núcleo: neutrófilos,
monócitos, basófilos, eosinófilos e linfócitos. Os leucócitos são maiores que as hemácias, porém, a
quantidade deles no sangue é bem menor. Quando o organismo é atacado por agentes estranhos, o
número de leucócitos aumenta significativamente.

PLAQUETAS.

As plaquetas, também chamadas de trombóticos, não são células, mas fragmentos celulares. A sua
principal função está relacionada ao processo de coagulação sanguínea. Quando há um ferimento,

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com rompimento de vasos sanguíneos, as plaquetas aderem às áreas lesadas e produzem uma rede de
fios extremamente finos que impedem a passagem das hemácias e retém o sangue. As plaquetas estão
presentes em cada gota de sangue e seu número é de aproximadamente 150.000 a 400.000 plaquetas
por milímetro cúbico em condições normais de saúde.

PLASMA.

O plasma é um líquido de cor amarela e corresponde a mais da metade do volume do sangue. Ele é
constituído por grande quantidade de água, mais de 90%, onde encontram-se dissolvidos os nutrientes
(glicose, lipídios, aminoácidos, proteínas, sais minerais e vitaminas), o gás oxigênio e hormônios, e os
resíduos produzidos pelas células, como gás carbônico e outras substâncias que devem ser eliminadas
do corpo.

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TIPO SANGUINEO.

Os tipos de sangue são classificados de acordo com a presença ou ausência de aglutininas, também
chamadas de anticorpos ou proteínas no plasma sanguíneo. Assim, o sangue pode ser classificado em
4 tipos de acordo com o sistema ABO em:

 Sangue A: é um dos tipos mais comuns e contém anticorpos contra o tipo B, também
chamado de anti-B, só podendo receber sangue de pessoas do tipo A ou O;
 Sangue B: é um dos tipos mais raros e contém anticorpos contra o tipo A, também chamado
de anti-A, só podendo receber sangue de pessoas do tipo B ou O;
 Sangue AB: é um dos tipos mais raros e não possui anticorpos contra A ou B, o que significa
que pode receber sangue de todos os tipos sem que haja reação;
 Sangue O: é conhecido como o doador universal e é um dos tipos mais comum, possui
anticorpos anti-A e anti-B, só podendo receber sangue de pessoas do tipo O, caso contrário
pode a aglutinação das hemácias.

As pessoas com sangue do tipo O podem doar sangue para qualquer pessoa mas só podem receber
doações de pessoas com o mesmo tipo de sangue. Por outro lado as pessoas do tipo AB podem
receber sangue de qualquer pessoa mas só podem doar para pessoas com o mesmo tipo sanguíneo. É
importante que a transfusão só seja feita em pessoas que possuem compatibilidade, caso contrário
pode haver reações transfusionais, o que pode gerar complicações.

GRUPO COMPATIVEL E IMCOMPATIVEL.

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SISTEMA NERVOSO.
DEFINIÇÃO.

Sistema nervoso é o conjunto formado por ligações de nervos e órgãos do corpo, com a função de
captar informações, mensagens e demais estímulos externos, assim como também respondê-los, além
de ser o responsável por comandar a execução de todos os movimentos do corpo, sejam eles
voluntários ou involuntários. Entre as principais funções do sistema nervoso está o controle e
comando de todos os outros sistemas fisiológicos do corpo, como o respiratório, o cardíaco, o
digestivo e etc.
Graças ao sistema nervoso as pessoas são capazes de identificar, interpretar e “armazenar” todos os
estímulos externos (cheiros, gostos, sons, toques, imagens e etc) e interno (sensação de fome, por
exemplo) que recebem.

NEURÔNIO.
Neurônios são as células que compõem o sistema nervoso, responsáveis por conduzir, receber e
transmitir os impulsos nervosos através do corpo, fazendo com que este responda aos estímulos do
meio, por exemplo. O sistema nervoso humano é formado por dois grupos de células: neuróglia e
neurônios. Além de ter a função de transmitir os estímulos, os neurônios também transmitem
informações entre si através de sinapses, processos que consistem justamente na troca de informações
entre essas células. Todas as ações dos seres humanos, desde locomoção voluntária, involuntária,
pensamentos, memórias, capacidades cognitivas, sensações, entre outras coisas somente são possíveis
graças aos neurônios. Estima-se que existam aproximadamente 86 bilhões de neurônios no
sistema nervoso dos seres humanos.

O Sistema Nervoso apresenta diversas divisões. Anatomicamente, é dividido em:

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 Sistema Nervoso Central (SNC): encéfalo e medula espinhal;


 Sistema Nervoso Periférico (SNP): nervos e gânglios nervosos que conectam o SNC aos
órgãos do corpo.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC).

O Sistema Nervoso Central é formado pelo encéfalo e medula espinhal. Podemos dizer que ele
localiza-se dentro do esqueleto axial, mesmo que alguns nervos penetrem no crânio ou na coluna
vertebral.
O Sistema Nervoso Central é protegido por partes ósseas. O encéfalo é resguardado pelo crânio e a
medula espinhal pela coluna vertebral.

ENCÉFALO.

O encéfalo está localizado dentro da caixa craniana e apresenta várias partes. Descreveremos
as principais estruturas encefálicas e algumas atividades desempenhadas por elas:

Tronco encefálico: é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. O mesencéfalo está relacionado com
audição, reflexos visuais e movimento de tração. A ponte, como o nome sugere, está relacionada com
a ligação entre várias partes do cérebro. O bulbo está relacionado com o controle de diversas funções,
como batimentos cardíacos, respiração e deglutição.
Cerebelo: está relacionado, principalmente, com a coordenação de movimentos e o equilíbrio do
nosso corpo.

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Diencéfalo: é constituído pelo tálamo, hipotálamo e epitálamo. O tálamo é responsável por garantir
que impulsos sensitivos cheguem ao cérebro. O hipotálamo, por sua vez, está relacionado com várias
funções, como regulação de água, temperatura do corpo, controle da fome, entre outras. Essa porção
do encéfalo também atua produzindo hormônios. O epitálamo inclui a glândula pineal, a qual é
responsável por produzir melatonina.

Cérebro: é a porção mais desenvolvida do nosso encéfalo e é dividida em duas porções:


os hemisférios esquerdos e direito. Esses dois hemisférios estão unidos pelo chamado corpo caloso. O
nosso cérebro é responsável por garantir atividades motoras, memória, inteligência, emoção e razão.

MEDULA ESPINHAL.

A medula espinhal é a parte mais alongada do sistema nervoso central. É caracterizada por um cordão
cilíndrico, composto de células nervosas, localizado no canal interno das vértebras da coluna
vertebral. A função da medula espinhal é estabelecer a comunicação entre o corpo e o sistema
nervoso. Ela também coordena os reflexos, ocasiões em que o corpo necessita de uma resposta rápida.
É a partir da medula espinhal que se originam os 31 pares de nervos espinhais. Eles conectam a
medula espinhal as células sensoriais e diversos músculos pelo corpo.

MENINGES.

Todo o Sistema Nervoso Central é revestido por três membranas que o isolam e protegem, as
meninges.
As meninges são:

 Dura-máter: É a mais externa, sendo espessa e resistente. Formada por tecido conjuntivo rico
em fibras colágenas. A sua porção mais externa fica em contato com os ossos.
 Aracnoide: É a membrana intermediária, entre a dura-máter e a pia-máter. Sua estrutura
parece uma teia de aranha, por isso o seu nome.
 Pia-máter: É a mais interna e delicada, em contato direto com o SNC.

A aracnoide e a pia-máter são separadas pelo líquido cefalorraquidiano ou liquor. Ele confere
proteção mecânica e amortecimento de choques aos órgãos do Sistema Nervoso Central. Ainda
oferece nutrientes ao cérebro.

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO.

O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é formado pelos nervos e gânglios nervosos. Sua função é ligar o
Sistema Nervoso Central aos outros órgãos do corpo e com isso realizar o transporte de informações.
O SNP é constituído por nervos e gânglios. Eles são os responsáveis por interligar o SNC as partes do
corpo.

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NERVOS.

Os nervos correspondem a feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Eles são
responsáveis por fazer a união do SNC a outros órgãos periféricos e pela transmissão dos impulsos
nervosos.

Os nervos apresentam a seguinte divisão:

 Nervos Espinhais: compostos por 31 pares são os que fazem conexão com a medula
espinhal. Estes nervos são responsáveis por inervar o tronco, os membros e algumas regiões
específicas da cabeça.
 Nervos Cranianos: compostos por 12 pares são os que fazem conexão com o encéfalo. São
estes nervos que inervam as estruturas da cabeça e do pescoço.

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 Os nervos apresentam os seguintes tipos:


 Nervos Aferentes (Sensitivos): enviam sinais da periferia do corpo para o sistema nervoso
central. Este tipo de nervo é capaz de captar estímulos como o calor e a luz, por exemplo.
 Nervos Eferentes (Motores): enviam sinais do sistema nervoso central para os músculos ou
glândulas.
 Nervos Mistos: formados por fibras sensoriais e fibras motoras, por exemplo, os nervos
raquidianos.

GÂNGLIOS.

Os gânglios nervosos são aglomerados de neurônios situados fora do sistema nervoso central,
espalhados pelo corpo. É comum eles formarem uma estrutura esférica.

DIVSÃO DO SISTEMA NERVOSO PERIFERICO.

O SNP é dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo, de acordo com sua
atuação.

 Sistema Nervoso Somático: regula as ações que estão sob o controle da nossa vontade, ou
seja, ações voluntárias. Atua sob a musculatura esquelética de contração voluntária.
 Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central.
Geralmente, exerce o controle de atividades de independem da nossa vontade, ou seja, ações
involuntárias como as atividades realizadas pelos órgãos internos. Atua sob a musculatura lisa
e cardíaca

O Sistema Nervoso Autônomo tem como função regular as atividades orgânicas, garantindo a
homeostase do organismo. Ele apresenta duas subdivisões:

 Sistema Nervoso Simpático que estimula o funcionamento dos órgãos; é formado pelos
nervos espinhais da região torácica e lombar da medula. Os principais neurotransmissores
liberados são a noradrenalina e a adrenalina.

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 Sistema Nervoso Parassimpático que inibe o funcionamento dos órgãos; é formado pelos
nervos cranianos e espinhais das extremidades da medula. O principal neurotransmissor
liberado é a acetilcolina.

SISTEMA URINARIO OU EXCRETOR.


DEFINIÇÃO.

O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, possui a
função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo. O Sistema Urinário é composto
por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

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RINS.

Os rins são encontrados em número de dois no nosso corpo, sendo eles os órgãos responsáveis pela
produção da urina. Estão localizados junto à parede posterior do abdômen, abaixo do diafragma.
Possuem cerca de 10 cm de comprimento, peso aproximado de 120 a 280 g e formato que lembra um
feijão, apresentando uma borda convexa e uma borda côncava. Na parte côncava, é possível observar
uma região denominada de hilo, local onde entram e saem vasos sanguíneos, entram nervos e saem os
ureteres. Quando observamos internamente, vemos que os rins possuem duas regiões bem
distintas: um córtex e uma medula. O córtex está localizado mais externamente, enquanto a medula
está localizada mais internamente e é visualizada como umas regiões mais escuras. A porção superior
e expandida do ureter é denominada de pelve renal e comunica-se com a medula renal. A pelve
ramifica-se em direção à medula em cálices maiores, que se ramificam em cálices menores. As
unidades funcionais dos rins são os chamados néfrons, os quais são constituídos pelo corpúsculo renal
e pelos túbulos renais. O corpúsculo renal, também chamado de corpúsculo de Malpighi, é formado
por um glomérulo (enovelado de capilares) envolvido por uma cápsula (cápsula de Bowman). Os
túbulos renais partem da cápsula e apresentam-se como uma sequência de túbulos: túbulo proximal
alça de Henle e túbulo distal. Esse último abre-se no ducto coletor.
Os néfrons são classificados em corticais e justa medulares. Os néfrons corticais são aqueles que
apenas uma porção adentra a medula renal, enquanto os néfrons justa medulares estendem-se mais
profundamente na medula.

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VIAS URINARIAS.

As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra.

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Bexiga Urinária

Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do abdome com a
função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena
temporariamente a urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores nervosos da
parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de
urinar.
Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a
micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra, de
onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na bexiga é de
aproximadamente 1 litro.

Ureteres

São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins para a
bexiga.

Uretra

Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cerca de 5
cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e
transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma.

FORMAÇÃO DA URINA.

A formação da urina ocorre na região dos rins chamadas de néfrons. Inicialmente, ocorre o processo
de filtração no interior do corpúsculo renal. O sangue que chega aos glomérulos está em alta pressão e
o glomérulo atua como uma membrana semipermeável, garantindo que parte do plasma passe para o
interior da cápsula (filtração). O filtrado formado é semelhante ao plasma sanguíneo, porém não
possui proteínas.

O filtrado segue, então, para os túbulos renais, onde passa pelos processos de reabsorção e secreção.
Na reabsorção, algumas substâncias são reabsorvidas para o sangue, enquanto no processo de
secreção, substâncias são adicionadas ao filtrado. A reabsorção é importante, pois garante que água,
íons e glicose, por exemplo, sejam reabsorvidos. A urina é resultado, portanto, dos processos de
filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular. Após passar pelo túbulo renal, a urina
segue para o ducto coletor, que leva o composto até a pelve renal (porção superior do ureter), saindo
do rim, portanto, via ureter. Como dito anteriormente, do ureter, a urina segue até a bexiga, onde é
armazenada e depois eliminada pela uretra.

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SISTEMA REPRODUTOR.

O sistema reprodutor, também chamado de genital, garante a reprodução. Nesse sistema, encontramos
estruturas que produzem os gametas, especializadas em garantir a cópula e, no caso do sistema
reprodutor feminino, o órgão em que é gerado o bebê. Além disso, o sistema reprodutor da mulher é
diferente do sistema reprodutivo do homem.

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO.

No sistema reprodutor masculino, existem órgãos externos e internos. Externamente, há duas


estruturas: o pênis e o saco escrotal.

 Pênis: O pênis é o órgão responsável pela cópula e caracteriza-se por possuir um tecido erétil
que se enche de sangue no momento da excitação sexual.

 Saco escrotal: É a região onde estão localizados os testículos. Sua temperatura é cerca de 2°C
abaixo da temperatura do restante do corpo.

Internamente, os órgãos do sistema reprodutor masculino são: testículo, epidídimo, ducto deferente,
ducto ejaculatório e uretra. Além dessas estruturas, existem as glândulas acessórias.

 Testículo: O testículo é a gônada masculina, onde são formados os espermatozoides. Esses


gametas são produzidos mais precisamente em túbulos enrolados, denominados de túbulos
seminíferos. Os testículos também produzem a testosterona. O homem apresenta dois
testículos.

 Epidídimo: Local logo acima dos testículos onde os espermatozoides completam sua
maturação e adquirem mobilidade.

 Ducto deferente e ejaculatório: É um vaso que parte de cada epidídimo e encontra-se com o
ducto da vesícula seminal, formando os ductos ejaculatórios, os quais se abrem na uretra.

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 Uretra: Percorre o pênis e é comum ao sistema excretor e reprodutor. Isso significa que pela
uretra saem o sêmen e a urina.

Glândulas acessórias:

 Vesículas seminais: Formam cerca de 60% do sêmen. Essa secreção destaca-se pela presença
de frutose que garante energia para os espermatozoides.

 Próstata: Produz uma secreção rica em enzimas anticoagulantes e nitrato que também é
nutriente para os espermatozoides.

 Glândulas bulbouretrais: Produz uma secreção que limpa a uretra antes da ejaculação.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO.

Assim como o sistema reprodutor masculino, o sistema reprodutor feminino apresenta órgãos internos
e externos. Os órgãos externos formam a chamada vulva e são constituídos por lábios maiores, lábios
menores e clitóris.

 Vulva: A vulva é formada pelos lábios menores, que protegem a entrada da vagina e da
uretra, por lábios maiores que circundam os menores e pelo clitóris, que está localizado acima
dos lábios menores. O clitóris é formado por tecido erétil e também recebe sangue no
momento da excitação sexual. É um dos pontos mais sensíveis da mulher.
Os órgãos internos são: ovários, tuba uterina, útero e vagina.

 Ovários: São as gônadas femininas, onde são produzidos os ovócitos. É nos ovários também
que são produzidos os hormônios estrogênio e progesterona. As mulheres apresentam dois
ovários.
 Tuba uterina: A tuba uterina são dois tubos que se estendem dos ovários até o útero.

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 Útero: Um órgão muscular em forma de pera onde o bebê se desenvolve.


 Vagina: Local onde o pênis se insere na hora da cópula e é também o canal por onde o bebê
sai na hora do parto.

SISTEMA DOS ORGÃO DO SENTIDO.


DEFINIÇAO.

O corpo humano é composto de cinco sentidos: a visão, o olfato, o paladar, a audição e o tato. Eles
fazem parte do sistema sensorial, responsável por enviar as informações obtidas para o sistema
nervoso central que, por sua vez, analisa e processa a informação recebida. Essas capacidades estão
relacionadas com órgãos ou partes do corpo humano (olhos, nariz, boca, ouvidos, mãos) e
correspondem às percepções dos homens no mundo. É realizadas por meio do processo de tradução,
análise e processamento das informações sensoriais, o que muitas vezes, determinou a sobrevivência
dos seres humanos, bem como dos animais no planeta terra.

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 Visão.
Os olhos são os órgãos responsáveis pelo sentido da visão, uma vez que eles visualizam o
objeto e mandam a mensagem para o cérebro que faz a decodificação, interpretando-a.

 Olfato.
O nariz é o órgão responsável pelo sentido do olfato, ou seja, a propriedade de sentir o cheiro
ou odor das coisas. Dessa maneira, o nariz capta os odores e envia a mensagem para o
cérebro, que processa as informações.

 Paladar.
A língua é o órgão responsável pelo sentido do paladar, uma vez que capta e distingui o sabor
dos alimentos (salgado, doce, azedo, amargo), além das sensações de quente e frio.
Assim, as papilas gustativas decodificam o sabor e enviam as informações para o cérebro.

 Audição.
Os ouvidos são os órgãos responsáveis pela audição, na medida em que detectam os sons,
ruídos e barulhos do exterior, e enviam essas mensagens para o cérebro, que as interpreta.

 Tato.
O tato é caracterizado pela sensação do toque e, por isso, está relacionado com o contato com
a pele, através dos neurônios sensoriais responsáveis por enviarem as mensagens para o
cérebro.
Embora esteja muitas vezes relacionado com as mãos, esse sentido humano envolve qualquer
tipo de sensação experimentada pela pele, seja pelos pés, barriga, pernas, dentre outros.

SISTEMA TEGUMENTAR.
DEFINIÇÃO.

O sistema tegumentar é composto pela pele e anexos (glândulas, unhas, cabelos, pelos e receptores
sensoriais) e tem importantes funções, sendo a principal agir como barreira, protegendo o corpo da
invasão de microrganismos e evitando o ressecamento e perda de água para o meio externo.
Entre os vertebrados, o tegumento é composto por camadas: a mais externa, a epiderme é formada
por tecido epitelial, a camada subjacente de tecido conjuntivo é a derme, seguida por um tecido
subcutânea, também conhecida como hipoderme. Há também uma cobertura impermeável, a cutícula.
Há uma variedade de anexos, tais como pelos, escamas, chifres, garras e penas.

FUNCÕES.

 Envolve e protege os tecidos e órgãos do corpo;


 Protege contra a entrada de agentes infecciosos;
 Evita que o organismo desidrate;
 Controla a temperatura corporal, protegendo contra mudanças bruscas de temperatura;
 Participa da eliminação de resíduos, agindo como sistema excretor também;
 Atua na relação do corpo com o meio externo através dos sentidos, trabalhando em conjunto
com o sistema nervoso;
 Armazena água e gordura nas suas células.

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EPIDERME.

A epiderme é constituída de tecido epitelial, cujas células apresentam diferentes formatos e funções.
Elas são originadas na camada basal, e se movem para cima, tornando-se mais achatadas à medida que
sobem. Quando chegam na camada mais superficial (camada córnea) as células estão mortas (e sem
núcleo) e são compostas em grande parte por queratina. Entre a camada basal (mais interna) e
a córnea (mais externa), há a camada granulosa, onde as células estão repletas de grânulos de
queratina e a espinhosa, na qual as células possuem prolongamentos que as mantêm juntas, dando-lhe
esse aspecto. Nos vertebrados terrestres, as células da camada córnea são eliminadas periodicamente,
tal como em répteis que trocam a pele, ou continuamente em placas ou escamas, como acontece nos
mamíferos assim como nos humanos.

DERME.

Observe na figura a seguir um corte transversal da pele visto ao microscópio. A parte superior (mais
escura) é a epiderme e a parte mais clara representa a derme, com as papilas dérmicas em contato com
as reentrâncias epidérmicas. A derme é constituída de tecido conjuntivo fibroso, vasos sanguíneos e
linfáticos, terminações nervosas e fibras musculares lisas. É uma camada de espessura variável que
une a epiderme ao tecido subcutâneo. Sua superfície é irregular com saliências, as papilas dérmicas,
que acompanham as reentrâncias da epiderme.

APÊNDICE DA PELE.

As unhas são placas de queratina localizadas nas pontas dos dedos que ajudam a agarrar os objetos.
Os pelos estão espalhados pelo corpo todo, com exceção das palmas das mãos, das solas dos pés e de
certas áreas da região genital. Eles são formados de queratina e restos de células epidérmicas
mortas compactadas e se formam dentro do folículo piloso. Os cabelos, espalhados pela cabeça
crescem graças às células mortas queratinizadas produzidas no fundo do folículo; elas produzem
queratina, morrem e são achatadas formando o cabelo. A cor dos pelos e cabelos é determinada pela
quantidade de melanina produzida, quanto mais pigmento houver mais escuro será o cabelo.

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REFERENCIAS.

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https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/sistema-reprodutor.htm#

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