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BIOESTATÍSTICA E EPIDEMIOLOGIA

AUTO APRESENTAÇÃO
CAPITULO 1 - A BIOESTATISTICA DESCRITIVA

• Conceitos preliminares
• Estatística
• Conceito e objectivo
• Divisão
• População e amostra
• Dados primários e dados secundários
• Censo
II. TIPOLOGIAS DE ESTUDO EM CIÊNCIAS HUMANAS

1. Estudos observacionais:
• Estudo retrospectivo ou de casos controles
• Estudo de coorte
• Estudo de prevalência ou transversal
• Estudo ecológico

2. Estudo experimental – ensaio clinico aleatório


INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA ESTATISTICA

O desenvolvimento histórico da estatística remota dos


primórdios da antiguidade, onde a preocupação em
controlar as coisas, objectos e até mesmo pessoas, era
já uma constante comportamental do homem.
Registos há em como os Egípcios e Assírios, dedicavam
grande atenção ao processo de controlo das colheitas,
o que realça a necessidade permanente que o homem
tem para perspectivar o futuro com base em
informação sólida e fiável do presente.
INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA ESTATISTICA

A palavra estatística vem de “status”, palavra latina que


significa “estado”. Esta designação aproxima-se
muito mais daquela usada pelos espanhões
“Estadística”. Consta que na china já 2.238 anos a.c.,
foram realizados os primeiros censos populacionais,
tendo sido determinada na altura, a proporção de
nascimentos de crianças do género masculino em
relação ao género feminino, como sendo de 0,55 ou
seja de 1 rapaz para 1,8 (2) raparigas.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA ESTATISTICA

Também na antiguidade clássica há relatos sobre a


relevante contribuição dos Romanos ao
desenvolvimento da estatística, quando o imperador
Augusto, decretou a necessidade de efectuar o censo
de toda população Romana e mesmo dos seus aliados,
com o objectivo de controlar a capacidade real e
efectiva para realizar a guerra de alargamento e
manutenção do enorme império. Em resumo muitos
antigamente deram a contribuições para o
desenvolvimento da estatística.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA ESTATISTICA
É na idade media que a estatística começa a
destacar-se e desenvolver-se como ramo da
matemática.

Referências sobre primeiros Censos


Populacionais datam de: 1º censo em Portugal
no reinado de D. João III em 1527, 1º censo nos
Estados Unidos das Américas em 1790 e 1º
censo na França em 1801.
Cronologia das maiores contribuições para o
desenvolvimento da estatística

• Pascal (1623-1662), Fermat (1608-1665) e


Huygens(1629-1695), criação da teoria das
Probabilidades.
• William Petty (1623-1687) na Inglaterra, desenvolve a
escola Inglesa de Estatística Inferencial.
• Edmond Helley (1662-1724) publica as primeiras Tabelas
de Mortalidade.
• John Grauunt(1620-1674) publica o livro Bills of
Mortality (dados sobre nascimentos, casamentos e
moretes)
Cronologia das maiores contribuições para o
desenvolvimento da estatística

• Bernoulli(1654-1705), cria a Lei dos grandes


números.
• Thomas Bayes(1702-1761) apresenta a teoria dos
fenómenos condicionados(Hipótese a prior ou nula).
• Achenwall(1719-1772)e Sussmilch na Alemanha,
criam a Escola Descritiva de Estatísticas Económicas.
• Kolmogorov Andrey(1903-1987), estabeleceu os
fundamentos sobre a teoria moderna das
probabilidades.
Cronologia das maiores contribuições para o desenvolvimento
da estatística

• George Snedecor(1937-1974) e William Cochran (1937-1980),


Yates, Yule e Sheppard, desenvolvem o Método Estatístico
aplicado aos estudos experimentais.
• Austin Bradford Hill em (1937-2000), publica o livro “Principios
de Estatística Médica” e fixa a terminologia da estatística
aplicada a medicina: “Estatística Médica”.
• Armitage P., Berry G., Matthews S. (1971-2002), contribuem
decisivamente para o desenvolvimento e aplicação do método
estatístico na pesquisa em Medicina.
• Actualmente, autores como Susan Shot, Colton, Kirkwood,
Campbell, Dale, e Bland, vêm dedicando-se a aplicação do
método estatístico às ciências humanas.
ESTATÍSTICA
Entende-se, a área de conhecimento que se
encarrega especificamente da colecção ou
reunião de dados, ou seja, é um conjunto de
técnicas desenvolvidas com a finalidade de
auxiliar a responder de forma objectiva e
segura, as situações complexas ou não.

Ciência que se ocupa da obtenção de informação,


seu tratamento inicial, com a finalidade de,
através de resultados probabilísticos
adequados, inferir de uma amostra para a
população, e eventualmente mesmo prever a
evolução futura de um fenómeno.
ESTATÍSTICA

O objectivo de reunir dados é o de fornecer


informações sobre as características de
grupos pessoas.
Estatística
• As informações têm por objectivo conhecer
algum aspecto relacionado a esses grupos, e
desta forma, servir de base para a escolha
dos procedimentos mais adequados para
resolve-los.
• Ex. Motivo do elevado numero de uma febre
tiphoide num determinado bairro. Deve-se a
falta de água potável? Não utilização de
latrinas? etc
METOLOGIA DA ESTATÍSTICA DESCRITIVA

Universo Dados Estatística Informação


ESTATÍSTICA

Objectivo:
Define-se como primeiro (porém não o mais
importante) objectivo tornar a informação
clara e precisa ao receptor, valendo-se da
ferramenta disponível.
Actualmente os recursos automáticos e gráficos
da micro computação são ferramenta
indispensável para o tratamento da
informação e por extensão da estatística.
CONT
• Permitir, de uma forma sistemática, organizar,
descrever, analisar e interpretar dados
oriundos de estudo ou experimentos
realizados em qualquer área do
conhecimento.
ESTATÍSTICA
Divisão

• Descritiva: encarrega-se do levantamento,


organização, classificação e descrição dos dados em
tabelas, gráficos ou outros recursos visuais, além do
cálculo de parâmetros representativos desses dados.

• Analítica: trabalha com os dados de forma a


estabelecer hipóteses (refutadas ou confirmadas), em
função desses dados, procede a sua comprovação e
posteriormente elabora conclusões cientificas.
ESTATÍSTICA
Divisão

Uma terceira parte que será aqui denominada


estatística de planeamento, poderia ser
acrescentada, e refere-se basicamente à
optimização estatística das acções postuladas
em função das conclusões obtidas na fase
analítica. Esta parte é denominada teoria de
decisão estatística ou estatística bayesiana.
BIOESTATISTICA:

É a estatística aplicada a ciências que estudam


aspectos vitais como medicina, biologia,
nutrição, fisioterapia, odontologia, farmácia,
Psicologia, Enfermagem, veterinária,
agronomia, engenharia ambiental e outros.
BIOESTATISTICA:

Na saúde pode ser entendida em dois


ambientes. O primeiro referente ao
levantamento de informações como registo
de doenças, surtos, endemias, epidemias, e de
registos de qualidade de vida, como condições
alimentares, sanitárias, habitacionais, de
prevenção de doença, de educação, etc.
Denomina-se esse ambiente de ambiente
macro.
BIOESTATISTICA:
Ambiente macro: tem a ver com a identificação,
planificação e a execução de acções de saúde
pública.

O segundo ambiente refere-se a elaboração de


experiencias e pesquisa cientifica tais como
testes de vacina, avaliação de terapêuticas,
tratamentos, testes de medicamentos etc.
Denomina-se esse ambiente de ambiente
micro, e tem a ver com a pesquisa laboratorial
e cientifica.
POPULAÇÃO E AMOSTRA

Entende-se por população a totalidade dos


elementos ou de um atributo dos elementos
referentes a um conjunto determinado.
 População do Lubango, cujos elementos são
pessoas que residem nessa cidade.
 População de pacientes internados no HAB
 População de seringas descartáveis do PS do
bairro do cruzeiro.
POPULAÇÃO E AMOSTRA
População (population) N – conjunto de indivíduos
ou objectos que apresentam uma ou mais
características em comum, que descrevem um
fenómeno que interessa estudar.
- Exemplo: A população do município da Huíla, a
hemoglobina no sangue dos Angolanos.

Amostra (sample) n – subconjunto de elementos


(unidades amostrais) extraídos com uma
metodologia estatística apropriada da população.
DADOS PRIMÁRIOS E DADOS SECUNDÁRIOS

Ao reunir informações sobre um estudo, o


pesquisador trabalha com dados resultantes
de medidas, contagens ou experimentos
realizados por ele ou sua equipa. Denomina-
se esses dados como dados primários.

Considera-se dados secundários, aqueles


obtidos de diversas fontes, como artigos,
periódicos e outros similares.
CENSO

Entende-se como o levantamento ou registo


estatístico de uma certa população de acordo
com alguns critérios tais como sexo, idade,
religião, estado civil, profissão.
II. TIPOLOGIAS DE ESTUDO EM CIÊNCIAS HUMANAS

1. Estudos observacionais:
• Estudo retrospectivo ou de casos controles
• Estudo de coortes
• Estudo de prevalência ou transversal
• Estudo ecológico

2. Estudo exerimental – ensaio ico aleatório


II. TIPOLOGIAS DE ESTUDO EM CIÊNCIAS HUMANAS

Toda a abordagem à metodologia estatística está


dependente do tipo de estudo a desenvolver e
vice-versa, o que é por via de regra feito durante
o chamado desenho do estudo(Study design).

Um mau desenho do estudo inviabiliza os


procedimentos correctos para a aplicação, da
metodologia estatística, conduzindo a resultados
verdadeiramente absurdos.
II. TIPOLOGIAS DE ESTUDO EM CIÊNCIAS HUMANAS

Os estudos obedecem a uma classificação geral,


desenvolvida por sociólogos e epidemiologistas.
Digamos que a estatística aparece como a ciência
que “inevitavelmente”realiza a mensuração dos
fenómenos sociológicos, epidemiológicos e de
outras ciências, e por tal facto tem uma correta
utilização que resulta da precisão do
delineamento de qualquer colecção de dados,
independentemente da sua finalidade. Pensar ao
contrário é meramente uma utopia científica.
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUDOS

Existem dois grandes tipos de estudos a saber:


• Estudos observacionais
• Estudos experimentais
Estudos observacionais: tem por base a mera
observação do fenómeno biomédico ou social,
não existindo por conseguinte qualquer
intervenção experimental sobre o homem são
ou doente.
Estudos Observacionais

• Estudo retrospectivo ou de casos controles: têm como


caracteristica regridir no tempo para determinar as
caracteristicas que os individuos apresentavam antes do
inicio da condição. Os “casos” são os individuos que
desenvolveram a condição, enquanto os que não
desenvolveram são os “controles”.

• Estudos de coorte: é um grupo de indivíduos que


compartem uma experiência. Nesses estudos, são
formados dois coortes, um que possui as caracteristicas
estudadas e um outro coorte que não as possui.
Estudos Observacionais

• Estudo de prevalência ou transversal: estuda


determinada população, ou amostra, em
função de apresentar características que
possibilitem a investigação exposição –
doença.
• Fornece um retrato de como as variáveis
estavam relacionadas no momento da
pesquisa.
Estudos Observacionais

• Estudo ecológico: a unidade de análise não é


constituida de individuos, mas de grupos de
individuos. Não se sabe se um determinado
individuo da população investigada é exposto
ou doente; apenas as informações globais
estão disponiveis, como a proporção ou
frequência da doença na população e a
proporção ou frequência da exposição na
ppulação.
Estudos Experimental – Ensaio clínico aleatório

Também chamado de controlado, é um experimento


no qual os individuos ou elementos são alocados
aleatoriamnete para grupos de estudo(experimental)
e controle (testemunha) de modo a serem
submetidos ou não a uma vacina, um procedimento,
um medicamento, e terem seus efeitos avaliados em
condições controladas de observação. Os individuos
são escolhidos ao acaso e às cegas em ambos
grupos.
Teste Diagnóstico
• Num determinado Hospital com a capacidade
de internamento para 1000 pacientes,
registava-se um número elevado de morte
cerca de 10% pelas seguintes doenças:
1.Malária
2.Febre tiphoide
3.DRA
Calcule a o numero de cada, se para a 1 for
65%; 2 for 15% e 3 for 20%

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