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ESTATÍSTICA I

Professor: Narcelio de Araújo Pereira


narcelioap@yahoo.com.br

2019
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 03

UNIDADE 1: A NATUREZA DA ESTATÍSTICA ............................................ 05

UNIDADE 2: POPULAÇÃO E AMOSTRA ....................................................... 12

UNIDADE 3: SÉRIES ESTATÍSTICAS.............................................................. 21

UNIDADE 4: GRÁFICOS .................................................................................... 34

UNIDADE 5: DISTRIBUIÇÃO DE FREQUENCIA ......................................... 58

UNIDADE 6: MEDIDAS DE POSIÇÃO ............................................................. 85

UNIDADE 7: MEDIDAS DE DISPERSÃO OU VARIABILIDADE ............. 118

REFERENCIAS ................................................................................................... 137

ANEXOS ............................................................................................................... 138

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INTRODUÇÃO

Na antiguidade os povos já registravam o número de habitantes, nascimentos,


óbitos. Faziam "estatísticas". Na idade média as informações eram tabuladas com
finalidades tributárias e bélicas.
No século XVI surgem as primeiras análises sistemáticas, as primeiras tabelas e os
números relativos.
No século XVIII a estatística com feição científica é batizada por GODOFREDO
ACHENWALL. As tabelas ficam mais completas, surgem as primeiras
representações gráficas e os cálculos de probabilidades. A estatística deixa de ser
uma simples tabulação de dados numéricos para se tornar "O estudo de como se
chegar a conclusão sobre uma população, partindo da observação de partes dessa
população (amostra)".
Ao longo do século XX, os métodos estatísticos foram desenvolvidos como uma
mistura de ciência, tecnologia e lógica para a solução e investigação de problemas
em várias áreas do conhecimento humano (Stigler, 1986). Ela foi reconhecida como
um campo da ciência neste período, mas sua história tem início bem anterior a 1900.
A estatística moderna é uma tecnologia quantitativa para a ciência experimental e
observacional que permite avaliar e estudar as incertezas e os seus efeitos no
planejamento e interpretação de experiências e de observações de fenômenos da
natureza e da sociedade.
A estatística não é uma caixa-preta, nem bola de cristal, nem mágica. Tampouco é
um conjunto de técnicas úteis para algumas áreas isoladas ou restritas da ciência.
Por exemplo, ao contrário do que alguns imaginam, a estatística não é um ramo da
matemática onde se investigam os processos de obtenção, organização e análise de
dados sobre uma determinada população. A estatística também não se limita a um
conjunto de elementos numéricos relativos a um fato social, nem a números, tabelas
e gráficos usados para o resumo, à organização e apresentação dos dados de uma
pesquisa, embora este seja um aspecto da estatística que pode ser facilmente
percebido no cotidiano (basta abrir os jornais e revistas para ver o "bombardeio" de
estatísticas). Ela é uma ciência multidisciplinar: um mesmo programa de
computador que permite a análise estatística de dados de um físico poderia também
ser usado por um economista, agrônomo, químico, geólogo, matemático, biólogo,
sociólogo, psicólogo e cientista político. Mesmo que as interpretações dessas
análises sejam diferentes por causa das diferenças entre as áreas do conhecimento,
os conceitos empregados, as limitações das técnicas e as consequências dessas
interpretações são essencialmente as mesmas.

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Segundo Rao (1999), a estatística é uma ciência que estuda e pesquisa sobre: o
levantamento de dados com a máxima quantidade de informação possível para um
dado custo; o processamento de dados para a quantificação da quantidade de
incerteza existente na resposta para um determinado problema; a tomada de decisões
sob condições de incerteza, sob o menor risco possível. Finalmente, a estatística tem
sido utilizada na pesquisa científica, para a otimização de recursos econômicos, para
o aumento da qualidade e produtividade, na otimização em análise de decisões, em
questões judiciais, previsões e em muitas outras áreas.

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I - A NATUREZA DA ESTATÍSTICA

A palavra estatística formou-se da mesma raiz latina da palavra Estado


(Organização Política): status; porque, originalmente, as estatísticas eram
colhidas para as finalidades relacionadas com o Estado (com objetivos militares,
tributários, recenseamentos, entre outros).

PANORAMA HISTÓRICO

Todas as ciências têm suas raízes na história do homem.


A Matemática, que é considerada “a ciência que une à clareza do raciocínio a síntese
da linguagem”, originou-se do convívio social, das trocas, da contagem, com caráter
prático, utilitário, empírico.
A estatística, ramo da matemática aplicada, teve origem semelhante.
Desde a antiguidade, vários povos já registravam o número de habitantes, de
nascimentos, de óbitos, faziam estimativas das riquezas individual e social,
distribuíram equitativamente terras ao povo, cobravam impostos e realizavam
inquéritos quantitativos por processos que, hoje, chamaríamos de "estatísticas".
Na idade média colhiam-se informações, geralmente com finalidades tributárias ou
bélicas.
A partir do século XVI começaram a surgir as primeiras análises sistemáticas de
fatos sociais, como batizados, casamentos, funerais, originando as primeiras tábuas
e tabelas e os primeiros números relativos.
No século XVIII o estudo de tais fatos foi adquirindo, aos poucos, feição
verdadeiramente científica. Godofredo Achenwall batizou a nova ciência (ou
método) com o nome de Estatística, determinando o seu objetivo com as ciências.
As tabelas tornam-se mais completas, surgiram as representações gráficas e o
cálculo das probabilidades, e a estatística deixa de ser uma simples catalogação de
dados numéricos para se tornar o estudo de como se chegar a conclusão sobre uma
população, partindo da observação de partes dessa população (amostra).
Atualmente, o público leigo (leitor de jornais e revistas) posiciona-se em dois
extremos divergentes e igualmente errôneos quanto a validade das conclusões
estatísticas: ou crê em sua infalibilidade ou afirma que elas nada provam. Os que
assim pensam ignoram os objetivos, o campo e o rigor do método estatístico;
ignoram a Estatística, quer teórica quer prática, ou a conhecem muito
superficialmente.
Na era da energia nuclear, os estudos estatísticos têm avançado rapidamente e, com
seus processos e técnicas, têm contribuído para a organização dos negócios e
recursos do mundo moderno.

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MÉTODO ESTATÍSTICO

O Método Científico

Muitos dos conhecimentos que temos foram obtidos na antiguidade por acaso e,
outros, por necessidades práticas, sem aplicação de um método.
Atualmente, quase todo acréscimo de conhecimento resulta da observação e do
estudo. Se bem que muito desse conhecimento possa ter sido observado inicialmente
por acaso, a verdade é que desenvolvemos processos científicos para seu estudo e
para adquirirmos tais conhecimentos. Podemos então dizer que:

• Método: é um conjunto de meios dispostos convenientemente para se chegar


a um fim que se deseja, ou seja, é um meio mais eficaz para atingir
determinada meta.

Dos métodos científicos, vamos destacar o Método experimental e o Método


estatístico. O Método Experimental - É o método preferido pela física, Química, etc.

• Método experimental: consiste em manter constantes todas as causas


(fatores), menos uma, e variar esta causa de modo que o pesquisador possa
descobrir seus efeitos, caso existam.

O Método Estatístico

Muitas vezes temos necessidade de descobrir fatos em um campo em que o método


experimental não se aplica (nas ciências sociais), já que os vários fatores que afetam
o fenômeno em estudo não podem permanecer constantes enquanto fazemos variar a
causa que, naquele momento, nos interessa.
Como exemplo, podemos citar a determinação das causas que definem o preço de
uma mercadoria. Para aplicarmos o método experimental, teríamos de fazer variar a
quantidade da mercadoria e verificar se tal fato iria influenciar seu preço.
Contudo, seria necessário que não houvesse alteração nos outros fatores. Assim,
deveria existir, no momento da pesquisa, uma uniformidade dos salários, o gosto
dos consumidores deveria permanecer constante, seria necessária a fixação do nível
geral dos preços das outras necessidades etc. Mas isso tudo é impossível.
Nesses casos, lançamos mão de outro método, embora mais difícil e menos preciso,
denominado método estatístico.

• Método estatístico: diante da impossibilidade de manter as causas constantes,


admitem todas essas causas presentes variando-as, registrando essas variações
e procurando determinar, no resultado final, que influências cabem a cada
uma delas.

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A ESTATÍSTICA

Exprimindo por meio de números as observações que se fazem de elementos com,


pelo menos, uma característica comum (por exemplo: os alunos do sexo masculino
de uma comunidade), obtemos os chamados dados referentes a esses elementos.
Podemos dizer, então, que:
A Estatística é uma parte da matemática aplicada que fornece métodos para a coleta,
organização, descrição, análise e interpretação de dados e para a utilização dos
mesmos na tomada de decisões.

• A Estatística Descritiva se encarrega de fazer a coleta, organização e


descrição dos dados.

• A Estatística Indutiva ou Inferencial se encarrega de fazer a análise e


interpretação dos dados.

Em geral, as pessoas, quando se referem ao termo estatística, o fazem no sentido da


organização e descrição dos dados (estatística do Ministério da educação,
estatísticas dos acidentes de tráfego etc.), desconhecendo que o aspecto essencial
da Estatística é o de proporcionar métodos inferenciais, que permitam
conclusões que transcendam os dados obtidos inicialmente.
Assim, a análise e a interpretação dos dados estatísticos tornam possível o
diagnóstico de uma empresa (por exemplo, de uma escola), o conhecimento de seus
problemas (condições de funcionamento, produtividade), a formulação de soluções
apropriadas e um planejamento objetivo de ação.

Fases do Método estatístico:

Podemos distinguir no método estatístico as seguintes fases:

1 – Coleta de Dados

Após cuidadoso planejamento e a devida determinação das características


mensuráveis do fenômeno coletivamente típico que se quer pesquisar, damos início
à coleta dos dados numéricos necessários à sua descrição.

A coleta de dados pode ser direta ou indireta.

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1.1 – Direta:

Quando ela é feita sobre elementos informativos de registro obrigatório


(nascimentos, casamentos e óbitos, importação e exportação de mercadorias),
elementos pertinentes aos prontuários dos alunos de uma escola ou, ainda, quando
os dados são coletados pelo próprio pesquisador através de inquéritos e
questionários, como é o caso das notas de verificação e de exames, do censo
demográfico, etc.

A coleta direta de dados pode ser classificada relativamente ao fator tempo em:

• Contínua (registro): quando feita continuamente, tal como a de nascimentos,


óbitos e a frequência dos alunos às aulas;
• Periódica: quando feita em intervalos constantes de tempo, como os censos
(de 10 em 10 anos) e as avaliações periódicas; recenseamento demográfico,
censo industrial;
• Ocasional: quando feita extemporaneamente, a fim de atender a uma
conjuntura ou a uma emergência, como no caso de epidemias que assolam ou
dizimam rebanhos inteiros.

1.2 – Indireta:

Quando é inferida de elementos conhecidos (coleta direta) e/ou conhecimento de


outros fenômenos relacionados com o fenômeno estudado. Como por exemplo,
podemos citar a pesquisa sobre mortalidade infantil, que é feita através de dados
colhidos por uma coleta direta.

2 – Crítica dos Dados

Obtidos os dados, eles devem ser cuidadosamente criticados, à procura de possíveis


falhas e imperfeições, a fim de não incorrermos em erros grosseiros ou de certo
vulto, que possam influir sensivelmente nos resultados.

A crítica dos dados se divide em: externa e interna

• Crítica externa – quando visa às causas dos erros por parte do informante, por
distração ou má interpretação das perguntas que lhe foram feitas.

• Crítica interna – quando visa observar os elementos originais dos dados da


coleta.

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3 – Apuração dos Dados

Nada mais é do que a soma e o processamento dos dados obtidos e a disposição


mediante critérios de classificação. Resumo dos dados através de sua contagem e
agrupamento. É a condensação e tabulação de dados. Pode ser manual,
eletromecânica ou eletrônica.

4 – Exposição ou Apresentação dos Dados

Por mais diversa que seja a finalidade que se tenha em vista, os dados devem ser
apresentados sob forma de tabelas (unidade 3) e gráficos (unidade 4), pois tornam
mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento estatístico e ulterior
obtenção de medidas de posição (unidade 6) e medidas de dispersão (unidade 7).

5 – Análise dos Resultados

Como já dissemos, o objetivo último da estatística é tirar conclusões sobre o todo


(população) a partir de informações fornecidas por parte representativa do todo
(amostra). Assim, realizadas as etapas anteriores (estatística descritiva), fazemos
uma análise dos resultados obtidos, através dos métodos da Estatística Indutiva ou
Inferencial, que tem por base a indução ou inferência, e tiramos desses resultados
conclusões e previsões.

A ESTATÍSTICA NAS EMPRESAS

No mundo atual, a empresa é uma das vigas-mestras da economia dos povos.


A direção de uma empresa, de qualquer tipo, incluindo as estatais e governamentais,
exige de seu administrador a importante tarefa de tomar decisões, e o conhecimento
e o uso da estatística facilitarão seu tríplice trabalho de organizar, dirigir e controlar
a empresa.

Por meio de sondagem, de coleta de dados e de recenseamento de opiniões,


podemos conhecer a realidade geográfica e social, os recursos naturais, humanos e
financeiros disponíveis, as expectativas da comunidade sobre a empresa, e
estabelecer suas metas, seus objetivos com maior possibilidade de serem alcançados
a curto, médio ou longo prazo.

A estatística ajudará em tal trabalho, como também na seleção e organização da


estratégia a ser adotada no empreendimento e, ainda, na escolha das técnicas de
verificação e avaliação da quantidade e da qualidade do produto e mesmo dos
possíveis lucros e/ou perdas.

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Tudo isso que se pensou, se planejou, precisa ficar registrado, documentado para
evitar esquecimentos, a fim de garantir o bom uso do tempo, da energia e do
material e, ainda, para controle eficiente do trabalho.

O esquema do planejamento é o plano, que pode ser resumido, com auxílio da


estatística, em tabelas e gráficos, que facilitarão a compreensão visual dos cálculos
matemático-estatísticos que lhes deram origens.

O homem de hoje, em suas múltiplas atividades, lança mão de processos e técnicas


estatísticas, e só estudando-os evitaremos o erro das generalizações apressadas a
respeito de tabelas e gráficos apresentados em jornais, revistas e televisão,
frequentemente cometido quando se conhece apenas “por cima” um pouco de
Estatística.

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EXERCÍCIOS

1. Complete:
O método experimental é o mais usado por ciências como: ____________________.

2. As ciências humanas e sociais, para obter os dados que buscam, lançam mão de
que método?

3. O que é Estatística?

4. Cite as fases do método estatístico.

5. Para você, o que é coletar dados?

6. Para que serve a crítica dos dados?

7. O que é apurar dados?

8. Como podem ser apresentados ou expostos os dados?

9. As conclusões, as inferências pertencem a que parte da Estatística?

10. Cite três ou mais atividades do planejamento empresarial em que a Estatística se


faz necessária.

11. O método estatístico tem como um de seus fins:

a) Estudar os fenômenos estatísticos.


b) Estudar qualidades concretas dos indivíduos que formam grupos.
c) Determinar qualidades abstratas dos indivíduos que formam grupos.
d) Determinar qualidades abstratas de grupos de indivíduos.
e) Estudar fenômenos numéricos.

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II – POPULAÇÃO E AMOSTRA

1 – VARIÁVEL

A cada fenômeno corresponde um número de resultados possíveis. Assim, por


exemplo:
- para um fenômeno “sexo” são dois os resultados possíveis: masculino
e feminino;
- para o fenômeno “número de filhos” há um número de resultados
possíveis expressos através dos números naturais: 0,1,2,3,....,n;
- para o fenômeno “estatura” temos uma situação diferente, pois os
resultados podem tomar um número infinito de valores numéricos dentro de um
determinado intervalo.

• Variável: é, convencionalmente, o conjunto de resultados possíveis de um


fenômeno. Uma variável é qualquer característica de um elemento observado
(pessoa, objeto ou animal).

Algumas variáveis, como sexo e designação de emprego, simplesmente enquadram


os indivíduos em categorias. Outras, como altura e renda anual, tomam valores
numéricos com os quais podemos fazer cálculos.

Uma variável pode ser: qualitativa ou quantitativa

• Qualitativa: quando seus valores são expressos por atributos; ex.: sexo
(masculino ou feminino), cor da pele (branca, preta, amarela, vermelha,
parda) etc. Divide-se em Nominal e Ordinal:

• Nominal: é uma variável que assume como possíveis valores, atributos


ou qualidades e estes não apresentam uma ordem natural de ocorrência. Ex.:
Sexo, cor dos olhos, grupo sanguíneo.

• Ordinal: é uma variável que assume como possíveis valores atributos


ou qualidades e estes apresentam uma ordem natural de ocorrência. Ex.:
Classe social, grau de instrução.

• Quantitativa: quando seus valores são expressos em números; ex.: salários


dos operários, idade, altura, etc. Divide-se em discreta e contínua:

• Discreta ou descontínua: seus valores são expressos geralmente através


de números inteiros não negativos. Resulta normalmente de contagens.

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Ex.: número de alunos de uma escola que pode assumir qualquer um
dos valores do conjunto N = {1, 2, 3, ..., 58,...}, mas nunca valores
como 2,5 ou 3,78 ou 4,325 etc.

• Contínua: resulta normalmente de uma mensuração, e a escala


numérica de seus possíveis valores corresponde ao conjunto R dos números
reais, ou seja, podem assumir, teoricamente, qualquer valor entre dois limites.
Ex.: peso dos alunos de uma escola, pois um aluno tanto pode pesar 72 kg,
como 72,5 kg, como 72,54 kg, dependendo da precisão da medida.

De modo geral, as medições dão origem a variáveis contínuas e as contagens ou


enumerações, a variáveis discretas.

Designamos as variáveis por letras latinas, em geral, as últimas: x, y, z.

Por exemplo, sejam 2, 3, 5 e 8 todos os resultados possíveis de um dado fenômeno.


Fazendo uso da letra x para indicar a variável relativa ao fenômeno considerado,
temos:
x ϵ {2, 3, 5, 8}

Exercício resolvido:

1. Classifique as variáveis em qualitativas e quantitativas (contínuas ou discretas):


a) Cor dos olhos – Qualitativa
b) Índice de liquidez nas indústrias Cearenses – Quantitativa contínua
c) Produção de café no Brasil – Quantitativa contínua
d) Número de defeitos em aparelhos de TV – Quantitativa discreta
e) Comprimento dos pregos produzidos por uma empresa – Quantitativa contínua
f) O ponto obtido em cada jogada de um dado – quantitativa discreta

Resolva:

1. Classifique as variáveis em qualitativas e quantitativas (contínuas ou discretas):


a) Cor dos cabelos
b) Número de filhos
c) Número de peças produzidas por hora
d) Diâmetro de uma peça
e) Número de volumes de uma biblioteca
f) produção de algodão em um ano

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2 – POPULAÇÃO E AMOSTRA

Dois conceitos devem estar bem claros: o de população e o de amostra, pois é deles
que são extraídos os dados que dão origem às diversas relações estatísticas, como a
média, o desvio-padrão, etc., e que, em última análise, possibilitam descreve-las sob
os mais diversos aspectos.

População: coleção completa de todos os elementos que são objeto de um estudo;


conjunto de entes portadores de, pelo menos, uma característica comum. A
população estatística também é conhecida como universo estatístico.
Exemplo: pessoas que possuem automóvel.

Amostras: são subconjuntos finitos representativos de uma dada população.


Exemplo: pessoas que possuem automóvel da marca Fiat.

Censo: É a contagem geral de todos os integrantes da mesma espécie, (população)


de determinada área geográfica, seja uma cidade, uma região ou um país.

A amostra deve ser representativa da população da qual foi extraída, ser parecida
com ela (qualitativa e quantitativamente), devendo obedecer a dois princípios
básicos:

• Deve ser suficientemente grande;


• Seus constituintes devem ter sido selecionados ao acaso.

3 – AMOSTRAGEM

• Conceito: é uma técnica especial para recolher amostras que garante, tanto
quanto possível, o acaso na escolha. É o processo criterioso de escolha da
amostra, constituindo a parte inicial de qualquer estudo estatístico.

Dessa forma, cada elemento da população passa a ter a mesma chance de ser
escolhido, o que garante à amostra o caráter de representatividade, e isto é muito
importante, pois, como vimos, nossas conclusões relativas à população vão estar
baseadas nos resultados obtidos nas amostras dessa população.

Veremos, a seguir, três das principais técnicas de amostragem.

3.1 – Amostragem casual ou aleatória simples

Esta técnica de amostragem é equivalente a um sorteio lotérico:

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Na prática, a amostragem casual ou aleatória simples pode ser realizada numerando-
se a população de 1 a n e sorteando-se, a seguir, por meio de um dispositivo
aleatório qualquer, K números dessa sequência, os quais corresponderão aos
elementos pertencentes à amostra.

Exemplo: Vamos obter uma amostra representativa para a pesquisa da estatura de


noventa alunos de uma escola:

• Numeramos os alunos de 01 a 90 (população);


• Colocamos os noventa números, em pedaços iguais de um mesmo papel,
dentro de uma caixa. Agitamos sempre a caixa para misturar bem os pedaços
de papel e retiramos, um a um, nove números que representarão a amostra.
Neste caso, 10% desta população.

Quando o número de elementos da amostra é grande, esse tipo de sorteio torna-se


muito trabalhoso. A fim de facilitá-lo, foi elaborada uma tabela – Tabela de
Números Aleatórios -, construída de modo que os dez algarismos (de 0 a 9) são
distribuídos ao acaso nas linhas e colunas (ver anexo).
Para obtermos os elementos da amostra usando a tabela, sorteamos um algarismo
qualquer da mesma, a partir do qual iremos considerar números de dois, três ou mais
algarismos, conforme nossa necessidade. Os números assim obtidos irão indicar os
elementos da amostra.
A leitura da tabela pode ser feita horizontalmente (da direita para esquerda ou vice
versa), verticalmente (de cima para baixo ou vice versa), diagonalmente (no sentido
ascendente ou descendente) ou formando o desenho de uma letra qualquer. A opção,
porém, deve ser feita antes de iniciado o processo.
Assim, para o nosso exemplo, considerando a 18ª linha, tomamos os números de
dois algarismos (tantos algarismos quantos formam o maior número da população),
obtendo:
63 08 66 01 46 22 33 01 54 51 13 47 81

Evidentemente, será abandonado um numeral que já tenha aparecido. Temos, então:


63 08 66 01 46 22 33 54 51

Medindo as alturas dos alunos correspondentes aos nove números sorteados,


obtemos uma amostra de 10% das estaturas dos noventa alunos.

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3.2 – Amostragem proporcional estratificada

Muitas vezes a população se divide em subpopulações – estratos

Como é provável, que a variável em estudo apresente, de estrato em estrato, um


comportamento heterogêneo e, dentro de cada estrato, um comportamento
homogêneo, convém que o sorteio dos elementos da amostra leve em consideração
tais estratos.

É exatamente isso que fazemos quando empregamos a amostragem proporcional


estratificada, que, além de considerar a existência de estratos, obtém elementos da
amostra proporcional ao número de elementos desses estratos.

Exemplo: Vamos obter uma amostra proporcional estratificada, de 10 % do exemplo


anterior, supondo que dos 90 alunos, temos 54 meninos e 36 meninas.
São, portanto, dois estratos, (sexo masculino e sexo feminino). Temos:

SEXO POPULAÇÃO 10 % AMOSTRA


10 x 54 = 5,4
MASCULINO 54 5
100
10 x 36 = 3,6
FEMININO 36 4
100
10 x 90 = 9
TOTAL 90 9
100

Resolva:

1. Pesquise o peso de seus colegas de classe (incluindo o seu) e retire uma amostra
de 30% da população.
Sugestão: Use a tabela de Tabela de Números Aleatórios (5ª e 6ª colunas, de baixo
para cima).

2. Pesquise a estatura de seus colegas de classe (incluindo o seu) e retire uma


amostra de 15% da população.
Sugestão: Use a tabela de Tabela de Números Aleatórios (25ª linha, da esquerda
para a direita).

3 – Em uma escola existem 250 alunos, sendo 35 na 1ª série, 32 na 2ª, 30 na 3ª, 28


na 4ª, 35 na 5ª, 32 na 6ª, 31 na 7ª e 27 na 8ª. Obtenha uma amostra de 40 alunos e
preencha o quadro a seguir.

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3.3 – Amostragem sistemática

Quando os elementos da população já se acham ordenados, não há necessidade de


construir o sistema de referência. São exemplos os prontuários médicos de um
hospital, os números de uma rua, uma linha de produção, etc.
Nestes casos, a seleção dos elementos que constituirão a amostra pode ser feita por
um sistema imposto pelo pesquisador. A esse tipo de amostragem denominamos
sistemática.

Assim, no caso de uma linha de produção, podemos, a cada dez itens produzidos,
retirar um para pertencer a uma amostra da produção diária. Neste caso, estaríamos
fixando o tamanho da amostra em 10% da população.

Exemplo: Supomos uma rua com 500 casas, das quais desejamos obter uma amostra
formada por 20 casas para uma pesquisa de opinião.
Neste caso, podemos usar o seguinte procedimento:
• Como 500/20 = 25, escolhemos por sorteio casual um número de 01 a 25;
• Este número indicará a primeira casa da amostra, vamos supor a casa de
número 6;
• Os demais elementos da amostra seriam considerados de 25 em 25;
• Assim, as demais casas da amostra seriam as casas de números 31 (6+25), 56
(31+25), 81 (56+25), etc.

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EXERCÍCIOS

1 – Em uma escola há oitenta alunos. Obtenha uma amostra de doze alunos.


Sugestão: Use a Tabela de Números Aleatórios (escolha a linha e a coluna).

2 – Identifique o tipo de amostragem utilizada em cada situação: simples ao acaso,


sistemática ou proporcional estratificada.
a) Dentre 240 pessoas escaladas para um sorteio de júri, 120 são brancas, 80
são negras e 40 são morenas.
b) Um administrador hospitalar faz uma pesquisa com as pessoas que estão na
fila de espera para serem atendidas pelo sistema SUS, entrevistando uma a cada 10
pessoas da fila.
c) O sorteio de um livro dentre os 40 alunos de Estatística de uma turma do
IFCE.

3 – Uma empresa tem 3.414 colaboradores repartidos nos seguintes departamentos:


Administração (914), Transporte (348), Produção (1401) e Outros (751). Deseja-se
extrair uma amostra entre os colaboradores para verificar o grau de satisfação em
relação à qualidade da refeição servida no refeitório. Retire uma amostra de:
a) 10% colaboradores?
b) 854 colaboradores desta empresa.

4 – Uma amostra de 32 elementos foi retirada de uma população de 2432 elementos.


Na ordenação geral, qual dos elementos abaixo pertence à amostra, sabendo-se que
o elemento de ordem 1420 a ela pertence?

72º; 290º; 725º; 2025º; 1648º; 1120º.

5 – Uma população tem 195 indivíduos, calcule todos os elementos da amostra


sabendo que ela (a amostra) é formada por 15 indivíduos e o indivíduo de ordem 74
pertence à amostra.

6 – Uma população tem 240 indivíduos, calcule o segundo e o décimo primeiro


elementos da amostra sabendo que ela (a amostra) é formada por 16 indivíduos e o
indivíduo de ordem 73 pertence à amostra.

7 - Uma população se encontra dividida em quatro estratos, com tamanhos N1 = 90 ,


N 2 = 120 , N 3 = 60 e N 4 = 480 . Ao se realizar uma amostragem proporcional
estratificada, doze elementos foram selecionados para compor a amostra do primeiro
estrato. Qual o número de elementos desta amostra para os outros estratos?

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8 – Uma cidade X apresenta o seguinte quadro relativo às suas escolas de ensino
fundamental:

Nº DE ESTUDANTES
ESCOLAS
MASCULINO FEMININO
A 80 95
B 102 120
C 110 92
D 134 228
E 150 130
F 300 290
Total 876 955

Obtenha uma amostra proporcional estratificada de 120 estudantes.

9 – Uma Grande Faculdade coletou as seguintes informações sobre seus estudantes


de graduação:

HOMENS MULHERES
CURSO 18 a 25 anos > 26 anos 18 a 25 anos > 26 anos
Contabilidade 55 75 38 41
Finanças 35 39 60 39
Marketing 69 50 51 52
Administração 40 46 28 68
Estatística 50 53 56 28
Computação 60 77 48 42
Total 309 340 281 270

Retire uma amostra proporcional estratificada de 20% dos alunos.

10 – O IFCE apresenta a seguinte tabela relativa à distribuição de alunos por ano de


nascimento e curso:
ANO ENGª. AMB TÉC. MEIO QUÍMICA COMPUTAÇÃO
AMBIENTE
1993 30 36 32 37
1994 45 34 40 32
1995 50 38 26 44
1996 35 43 25 30
Total 160 151 123 143
Dados fictícios

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I - Retire uma amostra proporcional estratificada de:
a) 150 dos alunos;
b) 30% dos alunos;
II - Classifique a série estatística;
III – Esboce um gráfico de colunas que represente a série.

11 – Uma escola apresenta a seguinte distribuição de alunos para o ensino


fundamental (EF) e ensino médio (EM):

Nº de Estudantes
Série
Masculino Feminino
EF – 5ª 65 50
EF – 6ª 58 48
EF – 7ª 86 78
EF – 8ª 95 78
EM – 1ª 150 100
EM – 2ª 140 90
EM – 3ª 106 56

a) Classifique a variável em estudo;


b) Classifique a série estatística;
c) Retire uma amostra proporcional estratificada de 130 alunos;
d) Esboce um gráfico de colunas para representar esta série.

20
III - SÉRIES ESTATÍSTICAS

TABELAS

Um dos objetivos da estatística é sintetizar os valores que uma ou mais variáveis


podem assumir, para que tenhamos uma visão global da variação dessa ou dessas
variáveis. Depois dos dados organizados, faz-se necessário que essas informações
sejam apresentadas em formato de tabelas, pois irão nos fornecer rápidas e seguras
informações a respeito das variáveis em estudo, permitindo-nos determinações
administrativas e pedagógicas mais coerentes e científicas.
• TABELA: é a forma não discursiva de apresentação de informações,
representadas por dados numéricos e codificações, dispostos em uma ordem
determinada, segundo as variáveis analisadas de um fenômeno. Ou seja, resume um
conjunto de dados dispostos segundo linhas e colunas de maneira sistemática.
Recomenda-se que a tabela:
seja suficientemente completa para ser entendida, dispensando consulta ao
texto;
contenha somente os dados necessários ao seu entendimento;
seja estruturada da forma mais simples e objetiva;
inclua os dados logicamente ordenados e
apresente dados, unidades e símbolos consistentes com o texto.
Uma tabela compõe-se de: corpo, cabeçalho, coluna indicadora, linhas, casa ou
célula e título. Deste modo, uma tabela deve apresentar o seguinte esquema de
representação:
1. Corpo: conjunto de linhas e colunas que contém informações sobre a
variável em estudo;
2. Cabeçalho: parte superior da tabela que especifica o conteúdo das
colunas;
3. Coluna indicadora: parte vertical da tabela que especifica o conteúdo
das linhas;
4. Linhas: retas imaginárias que facilitam a leitura, no sentido horizontal,
de dados que se inscrevem nos seus cruzamentos com as colunas;
5. Casa ou célula: cruzamento de uma coluna com uma linha, destinado a
um só número (nunca deve ficar em branco);
6. Título: designação do fato observado, local e época, localizado no topo
da tabela.

21
Há ainda que se considerar os elementos complementares, que são a fonte, as notas
e as chamadas, colocadas, de preferência, no seu rodapé.
Rodapé: espaço reservado, em seguida ao fecho da tabela, para inserção de notas de
natureza informativa;
Fonte: entidade responsável pelo levantamento dos dados ou pela elaboração da
tabela ou a referência ao documento de onde foram extraídos. Deve ser posicionada
no rodapé da tabela;
Notas: são informações de natureza geral, destinada a conceituar ou esclarecer o
conteúdo das tabelas, ou indicar a metodologia adotada;
Chamadas: informações de natureza específica sobre determinada parte da tabela,
destinada a conceituar ou esclarecer dados.

De acordo com as normas da Fundação IBGE, nas casas ou células da tabela


devemos colocar:
➢ Um traço horizontal (-) quando o valor é zero, não só quanto à natureza das
coisas, como quanto ao resultado do inquérito;
➢ Zero (0) quando o valor é muito pequeno para ser expresso pela unidade
utilizada. Se os valores são expressos em numerais decimais, precisamos
acrescentar à parte decimal um número correspondente de zeros (0,0; 0,00;
0,000; .....);
Obs.: Os lados direito e esquerdo de uma tabela oficial devem ser abertos.

22
• QUADRO: Os quadros são definidos como arranjo predominante de palavras
dispostas em linhas e colunas, com ou sem indicação de dados numéricos.
Diferenciam-se das tabelas por apresentarem um teor esquemático e descritivo, e
não estatístico. A apresentação dos quadros é semelhante à das tabelas, exceto pela
colocação dos traços verticais em suas laterais e na separação das casas.
Quadro – Líquidos Classe I, II e IIIA

SÉRIES ESTATÍSTICAS
Denominamos séries estatísticas toda tabela que apresenta a distribuição de um
conjunto de dados estatísticos em função da época, do local ou da espécie.
Daí, podemos inferir que numa série estatística observamos a existência de três
elementos ou fatores: o tempo, o espaço e a espécie.
Dividem-se em séries homógradas e conjugadas.
• Séries Homógradas: são aquelas em que a variável descrita apresenta variação
discreta ou descontínua. Podem ser do tipo temporal, geográfica ou
específica.

23
a) Série Temporal: Identifica-se pelo caráter variável do fator cronológico. O local
e a espécie (fenômeno) são elementos fixos. Esta série também é chamada de
histórica, cronológica, marcha ou evolutiva.
Preços Médios do Frango em São Paulo – 2003 a 2008
ANOS PREÇO (R$)
2003 2,56
2004 2,64
2005 2,67
2006 2,53
2007 3,20
2008 3,64

b) Série Geográfica: Apresenta como elemento variável o fator geográfico. A época


e o fato (espécie) são elementos fixos. Também é chamada de espacial, territorial
ou de localização.
Duração Média dos Estudos Superiores - 1994
PAÍSES Nº DE ANOS
Itália 7,5
Alemanha 7,0
França 7,0
Holanda 5,9
Inglaterra Menos de 4
Fonte: Revista Veja.

c) Série Específica: O caráter variável é apenas o fato ou espécie. Também é


chamada de série categórica.
Rebanhos Brasileiros - 2006
ESPÉCIES QUANTIDADE
Bovinos 205.886.244
Bubalinos 1.156.870
Aves 821.541.630
Suínos 35.173.824
Ovinos 16.019.170
Caprinos 10.401.449
Fonte: IBGE.

24
Muitas vezes temos necessidade de apresentar, em uma única tabela, a variação de
valores de mais de uma variável, isto é, fazer uma conjugação de duas ou mais
séries.
• Séries conjugadas: Também chamadas de tabelas de dupla entrada. São
apropriadas à apresentação de duas ou mais séries de maneira conjugada,
havendo duas ordens de classificação: uma horizontal e outra vertical. O
exemplo abaixo é de uma série geográfico-temporal.
Terminais Telefônicos em Serviço
1991 - 93
FILIAIS 1991 1992 1993
Norte 342.938 375.658 403.494
Nordeste 1.287.813 1.379.101 1.486.649
Sudeste 6.234.501 6.729.467 7.231.634
Sul 1.497.315 1.608.989 1.746.232
Centro-Oeste 713.357 778.925 884.822
Fonte: Ministério das Comunicações.

25
Resolva:

1 – Classifique as séries

26
2 – Procure exemplos de séries estatísticas em jornais e revistas e copie-os,
classificando essas séries.

3 - Considere a série abaixo:


Vendas de Automóveis no 1º bimestre de 2017 em São Paulo
VENDAS
MARCA
(mil und.)
FIAT 17
VW 23
GM 12
TOTAL 52
a) Classifique a série;
b) Represente esta série através de gráfico de setores.
4 – Considere a série abaixo:
Vendas no Ano de 2016 (em mil unidades)
FILIAIS JAN FEV MAR
SÃO PAULO 10 15 7
FORTALEZA 8 5 4
RIO DE JANEIRO 12 13 10
TOTAL 30 33 21
a) Classifique a série;
b) Represente esta série através de gráfico de colunas;
c) Represente esta série através de gráfico de barras;

5 – Verificou-se, em 2016, o seguinte movimento de importação de mercadorias:


14.839.804 t, oriundas da Arábia Saudita; 10.547.889 t, dos Estados Unidos; e
561.024 t, do Japão. Confeccione a série correspondente e classifique-a, sabendo
que os dados acima foram fornecidos pelo Ministério da Fazenda.

27
6-

Complete-a com uma coluna de percentagens com uma casa decimal e faça a
compensação, se necessário.

DADOS ABSOLUTOS E DADOS RELATIVOS

• Dados absolutos: são dados resultantes da coleta direta da fonte, sem outra
manipulação senão a contagem ou medida.

A leitura dos dados absolutos é sempre enfadonha e inexpressiva; embora esses


dados traduzam um resultado exato e fiel, não têm a virtude de ressaltar de imediato
as suas conclusões numéricas. Daí o uso imprescindível que faz a Estatística dos
dados relativos.

• Dados relativos: são os resultados de comparações por quocientes (razões)


que se estabelecem entre dados absolutos e têm por finalidade realçar ou
facilitar as comparações entre quantidades.

Traduzem-se os dados relativos, em geral, por meio de percentagens, índices,


coeficientes e taxas.

28
1 – Percentagens

Considere a série:

MATRÍCULAS NAS ESCOLAS DA CIDADE A – 2017


NÍVEL Nº. DE ALUNOS
Fundamental 19286
Ensino médio 1681
Superior 234
TOTAL 21201
Dados fictícios.

Calculemos as percentagens dos alunos de cada nível:

Fundamental – 19286 x 100 = 90,96 = 91,0


21201

Ensino médio – 1681 x 100 = 7,92 = 7,9


21201

Superior – 234 x 100 = 1,10 = 1,1


21201
Com esses dados, podemos formar uma nova coluna na série em estudo:

MATRÍCULAS NAS ESCOLAS DA CIDADE A – 2017


NÍVEL Nº. DE ALUNOS %
Fundamental 19286 91,0
Ensino médio 1681 7,9
Superior 234 1,1
TOTAL 21201 100
Dados fictícios.

Os valores dessa nova coluna nos dizem que, de cada 100 alunos da cidade A, 91
estão no ensino fundamental, 8 aproximadamente estão no ensino médio e 1
aproximadamente está matriculado no ensino superior.

O emprego da porcentagem é de grande valia quando é nosso intuito destacar a


participação da parte no todo.

29
Resolva:

1 - Complete a tabela abaixo

DADOS RELATIVOS
ESCOLAS Nº. DE ALUNOS
POR 1 POR 100
A 175 0,098 9,8
B 222
C 202
D 362
E 280
F 540
TOTAL 1781 1,000 100,0

2 – Índices

Os índices são razões entre duas grandezas tais que uma não inclui a outra.

São exemplos de índices:

Índice cefálico = diâmetro transversal do crânio x 100


diâmetro longitudinal do crânio

Quociente intelectual = idade mental x 100


idade cronológica

Densidade demográfica = população total


Superfície (área)

Índice econômicos:

Produção per capta = valor total da produção


população

Consumo per capta = consumo do bem


população
Renda per capta = renda____
população

Receita per capta = receita__


população
30
3 – Coeficientes

Os coeficientes são razões entre o número de ocorrências e o número total (número


de ocorrências e número de não-ocorrências).

São exemplos de coeficientes:

Coeficiente de natalidade = número de nascimentos


população total
Coeficiente de mortalidade = número de óbitos__
população total

Coeficiente educacionais:

Coeficiente de evasão escolar = nº. de alunos evadidos__


nº. inicial de matrículas

Coeficiente de aproveitamento escolar = nº. de alunos aprovados


nº. final de matrículas

Coeficiente de recuperação escolar = nº. de alunos recuperados_


nº. de alunos em recuperação

4 – Taxas
As taxas são os coeficientes multiplicados por uma potência de 10 (10, 100, 1000
etc.) para tornar o resultado mais inteligível.

São exemplos de taxas:

Taxa de natalidade = Coeficiente de natalidade X 1000


Taxa de mortalidade = Coeficiente de mortalidade X 1000
Taxa de evasão escolar = Coeficiente de evasão escolar X 100

31
Exercício Resolvido:
1 – O estado A apresentou 733.986 matriculados na 1ª série, no início do ano de
2012, e 683.816 no fim do ano. O Estado B apresentou, respectivamente, 436.127 e
412.457 matriculados. Qual o Estado que apresentou maior evasão escolar?
A: TEE = (733.986 – 683.816) x 100 = 6,8%
733.986

B: TEE = (436.127 – 412.457) x 100 = 5,4%


436.127

O Estado que apresentou maior evasão escolar foi A.

EXERCÍCIOS
1 – Considere a série estatística:

SÉRIES ALUNOS MATRIC. %


1º 546
2º 328
3º 280
4º 120
TOTAL 1274
Complete-a, determinando as percentagens com uma casa decimal e fazendo a
compensação, se necessário.

2 – Uma escola apresentava, no final do ano, o seguinte quadro:

MATRICULAS
SÉRIES
JANEIRO DEZEMBRO
1º 480 475
2º 458 456
3º 436 430
4º 420 420
TOTAL 1794 1781

a) Calcule a taxa de evasão por série


b) Calcule a taxa de evasão da escola

32
3 – Considerando que Minas Gerais, em 1992, apresentou (dados fornecidos pelo
IBGE):
• População: 15.957,6 mil habitantes;
• Superfície: 586.624 Km2;
• Nascimentos: 292.036;
• Óbitos: 99.281.

Calcule:
a) O índice da densidade demográfica;
b) A taxa de natalidade;
c) A taxa de mortalidade.

33
IV - GRÁFICOS ESTATÍSTICOS

1- Conceito:
O gráfico é um método de representação de dados estatísticos em forma visual, por
meio de figuras geométricas. Devem corresponder, mas nunca substituir as tabelas
estatísticas.
É uma forma de apresentação dos dados estatísticos, cujo objetivo é o de produzir,
no investigador ou no público em geral, uma impressão mais rápida e viva do
fenômeno em estudo, já que os gráficos falam mais à compreensão que as séries.
A escolha entre o uso de tabela ou gráfico está associada às características dos dados
e ao objetivo a que se propõe, sendo recomendável priorizar o uso de tabelas, pois
estas apresentam valores precisos.
Para tornarmos possível uma representação gráfica, estabelecemos uma
correspondência entre os termos da série e determinada figura geométrica, de tal
modo que cada elemento da série seja representado por uma figura proporcional.
A representação gráfica deve obedecer a certos requisitos fundamentais como:
➢ Simplicidade – o gráfico deve ser destituído de detalhes de importância
secundária, assim como traços desnecessários que possam levar o observador
a uma análise morosa ou com erros. Deve proporcionar que o observador
analise rapidamente o fenômeno apresentado;
➢ Clareza – deve proporcionar que o observador tenha uma correta leitura dos
valores representativos do fenômeno;
➢ Veracidade – deve expressar a verdade sobre o fenômeno em estudo.

Uso indevido de Gráficos: Podem trazer uma ideia falsa dos dados que estão sendo
analisados, chegando mesmo a confundir o leitor. Trata-se, na realidade, de um
problema de construção de escalas.
2 - Classificação dos gráficos:
Os principais gráficos são os Diagramas, Estereogramas, Pictogramas e
Cartogramas.
2.1 - Diagramas:
São gráficos geométricos dispostos, no máximo, em duas dimensões; para sua
construção, em geral, fazemos uso do sistema cartesiano. São os mais usados na
representação de séries estatísticas. Eles podem ser em linhas, em barras horizontais,
em barras verticais (colunas), em setores (pizza), e polar.

34
➢ Gráficos em linhas ou lineares
O gráfico em linha constitui uma aplicação do processo de representação das
funções num sistema de coordenadas cartesianas.
Como sabemos, nesse sistema fazemos uso de duas retas perpendiculares; as retas
são os eixos coordenados e o ponto de intersecção, a origem. O eixo horizontal é
denominado eixo das abscissas (ou eixo dos x) e o vertical, eixo das ordenadas (ou
eixo dos y). Para exemplificar considere a série:

Determinamos, graficamente, todos os pontos da série, usando as coordenadas,


ligamos todos esses pontos, dois a dois, por segmentos de reta, o que irá nos dar
uma poligonal, que é o gráfico em linha ou em curva correspondente a série do
exemplo.

35
São frequentemente usados para representação de séries cronológicas com um
grande número de períodos de tempo. As linhas são mais eficientes do que as
colunas, quando existem intensas flutuações nas séries ou quando há necessidade de
se representarem várias séries em um mesmo gráfico.
Quando representamos, em um mesmo sistema de coordenadas, a variação de dois
fenômenos, a parte interna da figura formada pelos gráficos desses fenômenos é
denominada de área de excesso.
➢ Gráficos em colunas ou barras
É a representação de uma série por meio de retângulos, dispostos verticalmente (em
colunas) ou horizontalmente (em barras).
Quando em colunas, os retângulos têm a mesma base e as alturas são proporcionais
aos respectivos dados.
Quando em barras, os retângulos têm a mesma altura e os comprimentos são
proporcionais aos respectivos dados.
Exemplo: Gráfico em colunas

36
Exemplo: Gráfico em barras

NOTAS:
• Quando as legendas não são breves usa-se de preferência os gráficos em
barras horizontais;
• A ordem a ser observada é a cronológica, se a série for histórica, e a
decrescente, se for geográfica ou categórica;
• A distância entre as colunas (ou barras), por questões estéticas, não deverá ser
menor que a metade nem maior que os dois terços da largura (ou da altura)
dos retângulos.

37
➢ Gráficos em barras ou colunas múltiplas

Eles diferem dos gráficos em barras ou colunas convencionais apenas pelo fato de
apresentar cada barra ou coluna segmentada em partes componentes. Servem para
representar comparativamente dois ou mais atributos.

➢ Gráficos em setores
Este gráfico é construído com base em um círculo, e é empregado sempre que
desejamos ressaltar a participação do dado no total.
O total é representado pelo círculo, que fica dividido em tantos setores quantas são
as partes. Os setores são tais que suas áreas são respectivamente proporcionais aos
dados da série. Obtemos cada setor por meio de uma regra de três simples e direta,
lembrando que o total da série corresponde a 360º.

38
O gráfico em setores só deve ser empregado quando há, no máximo, sete dados.
Obs.: As séries temporais geralmente não são representadas por este tipo de gráfico.

➢ Gráfico Polar:

É o gráfico ideal para representar séries temporais cíclicas, isto é, séries


temporais que apresentam em seu desenvolvimento determinada periodicidade,
como, por exemplo, a variação da precipitação pluviométrica ao longo do ano ou da
temperatura ao longo do dia, a arrecadação da Zona Azul durante a semana, o
consumo de energia elétrica durante o mês ou o ano, o número de passageiros de
uma linha de ônibus ao longo da semana, etc.

39
O gráfico polar faz uso do sistema de coordenadas polares.

Exemplo: Dada a série:

PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA
MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE – 1995
MESES PRECIPITAÇÃO
(mm)
Janeiro 174,8
Fevereiro 36,9
Março 83,9
Abril 462,7
Maio 418,1
Junho 418,4
Julho 538,7
Agosto 323,8
Setembro 39,7
Outubro 66,1
Novembro 83,3
Dezembro 201,2
FONTE: IBGE

• Traçamos uma circunferência de raio arbitrário (damos preferência ao raio


de comprimento proporcional à média dos valores da série. Neste caso,
Média = 237,3);
• Construímos uma semirreta partindo de 0 (polo) e com uma escala (eixo
polar);
• Dividimos a circunferência em tantos arcos quantas forem as unidades
temporais;
• Traçamos, a partir do centro 0 (polo), semirretas passando pelos pontos da
divisão;
• Marcamos os valores correspondentes da variável, iniciando pela semirreta
horizontal (eixo polar);
• Ligamos os pontos encontrados com segmentos de reta;
• Se pretendemos fechar a poligonal obtida, empregamos uma linha
interrompida.

40
Assim, para nosso exemplo, temos:

PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO
MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE -
1995

Janeiro
Dezembro 600 Fevereiro
400
Novembro Março
200
Outubro 0 Abril

Setembro Maio
Agosto Junho
Julho

FONTE: IBGE

2.2 - Estereogramas:
São gráficos geométricos dispostos em três dimensões, pois representam volume.
São usados nas representações gráficas das tabelas de dupla entrada. Em alguns
casos este tipo de gráfico fica difícil de ser interpretado dada a pequena precisão que
oferecem.
2.3 - Pictogramas:
São construídos a partir de figuras representativas da intensidade do fenômeno. Este
tipo de gráfico tem a vantagem de despertar a atenção do público leigo, pois sua
forma é atraente e sugestiva. Os símbolos devem ser autoexplicativos. A
desvantagem dos pictogramas é que apenas mostram uma visão geral do fenômeno,
e não de detalhes minuciosos. Veja o exemplo abaixo:

41
POPULAÇÃO DO BRASIL
1950 - 1980
ANOS HABITANTES
(milhares)
1950 51.944
1960 70.191
1970 93.139
1980 119.071
FONTE: IBGE

POPULAÇÃO DO BRASIL
1950 – 1980

1950

1960

1970

1980

Cada símbolo representa 10.000.000 de habitantes


FONTE: IBGE

42
Na verdade, o gráfico referente à tabela acima é essencialmente um gráfico em
barras; porém, as figuras o tornam mais atrativo, o que, provavelmente, despertará a
atenção do leitor para o seu exame.
Na confecção de gráficos pictóricos temos que utilizar muita criatividade,
procurando obter uma otimização na união da arte com a técnica.
2.4 - Cartogramas: São ilustrações relativas a cartas geográficas (mapas). O
objetivo desse gráfico é o de figurar os dados estatísticos diretamente relacionados
com áreas geográficas ou políticas.
Distinguimos duas aplicações:
a. representar os dados absolutos (população) – neste caso, lançamos
mão, em geral, dos pontos, em número proporcional aos dados.
b. representar dados relativos (densidade) - neste caso, lançamos mão,
em geral, de hachuras ou cores.

43
EXERCÍCIOS
1 – Represente a série abaixo usando o gráfico em linha:
COMÉRCIO EXTERIOR
BRASIL – 2004 - 2013
QUANTIDADE (1000t)
ANOS
EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO
04 141.737 53.988
05 146.351 48.870
06 133.832 60.597
07 142.378 61.975
08 169.666 58.095
09 177.033 57.293
10 168.095 57.184
11 165.974 63.278
12 167.295 68.059
13 182.561 77.813
Fonte: Min. Indústria, Comércio e Turismo.

2 – Represente as tabelas usando o gráfico em colunas:


a) ENTREGA DE GASOLINA PARA CONSUMO BRASIL
2013 - 16
ANOS VOLUME (1000m3)
13 9.267,7
14 9.723,1
15 10.121,3
16 12.345,4
Fonte: IBGE.

b) PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PETRÓLEO


2014 - 16
ANOS QUANT. (1000m3)
14 36.180,4
15 36.410,5
16 37.164,3
Fonte: Petrobrás.

44
3 – Represente as tabelas usando o gráfico em barras:
a) PRODUÇÃO DE OVOS NO BRASIL - 2016
QUANT.
REGIÕES
(1000dúzias)
Norte 57.297
Nordeste 414.804
Sudeste 984.659
Sul 615.978
Centro-Oeste 126.345
Fonte: IBGE.

b) PRODUÇÃO DE VEÍCULOS DE AUTOPROPUSÃO


BRASIL 2016
TIPOS QUANTIDADE
Automóveis 1.100.278
Comerciais leves 224.387
Comerciais pesados 66.771
Fonte: ANFAVEA.

4 – Represente as tabelas usando o gráfico de setores:


a) ÁREA TERRESTRE BRASIL – 2016
REGIÕES RELATIVA (%)
Norte 45,25
Nordeste 18,28
Sudeste 10,85
Sul 6,76
Centro-Oeste 18,86
Fonte: IBGE.

b) PRODUÇÃO BRASILEIRA DE FERRO-GUSA -2015


ESTADO PRODUÇÃO (1000t)
Minas Gerais 12.888
Espírito Santo 3.174
Rio de Janeiro 5.008
São Paulo 2.912
Fonte: Instituo Brasileiro de Siderurgia.

45
5 – Represente as tabelas usando o gráfico em colunas múltiplas:
PROPORÇÃO DOS DOMICÍLIOS POR CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO
BRASIL 2015 - 16
NATUREZA
ANOS
PRÓPRIOS (%) ALUGADOS (%) CEDIDOS (%)
15 62,7 22,9 14,4
16 70,3 16,5 13,2
Fonte: IBGE.

6 – Segundo o IBGE, no censo realizado no ano de 2000 tínhamos as seguintes


populações para os Municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza
(região metropolitana), em milhões de habitantes: São Paulo – 10,4; Rio de Janeiro
– 5,8; Salvador – 3,0 e Fortaleza – 2,7. Já no censo de 2010 a população desses
Municípios era de: São Paulo – 19,6; Rio de Janeiro – 6,4; Salvador – 3,7 e
Fortaleza – 3,3. Baseado nestes dados elabore uma série estatística que contemple os
censos populacionais de 2000 e 2010 desses quatro municípios e responda:
a) Qual a classificação desta série;
b) Represente esta série através de um gráfico de colunas.

7 – O índice de confiabilidade na economia é um número entre 0 e 100 que mede a


confiança dos empresários na economia brasileira. Os gráficos ilustram os valores
desses índices para grandes e médios empresários, de outubro de 2002 a outubro de
2003, em dados trimestrais:

46
Analise a veracidade das afirmações seguintes, escrevendo V para verdadeiro e F
para falso, acerca dos índices de confiabilidade na economia brasileira dos grandes e
médios empresários, representados no gráfico anterior. O crescimento e
decrescimento citados nas afirmações são relativos ao trimestre anterior.

a) ( ) O índice dos médios empresários sempre cresceu, de janeiro a outubro de


2003.
b) ( ) Quando o índice dos médios empresários cresceu, ocorreu o mesmo com
o índice dos grandes empresários.
c) ( ) Quando o índice dos grandes empresários cresceu, o índice dos médios
empresários decresceu.
d) ( ) O índice dos grandes empresários sempre foi superior ao índice dos
médios empresários.
e) ( ) Em outubro, o crescimento percentual do índice dos grandes empresários
foi igual ao dos médios empresários.

8 – O gráfico indica o resultado de uma pesquisa sobre o número de acidentes


ocorridos com motoristas de taxi em uma determinada cidade, no período de um
ano.

Com base nos dados apresentados no gráfico, e considerando que quaisquer dois
motoristas não estão envolvidos num mesmo acidente, dê o somatório das opções
corretas:
(1) Cinco motoristas sofreram pelo menos quatro acidentes.
(2) 30% dos motoristas sofreram exatamente dois acidentes.
(4) A média de acidentes por motorista foi igual a três.
(8) número total de acidentes ocorridos foi igual a 72.
(16) O número total de acidentes ocorridos foi igual a 100.
(32) Dezoito motoristas sofreram entre dois e cinco acidentes.
(64) Trinta e um motoristas sofreram no máximo dois acidentes.
(128) 50% dos motoristas sofreram pelo menos dois acidentes.

47
9 - Considerando os conhecimentos sobre o espaço agrário brasileiro e os dados
apresentados no gráfico, o somatório das opções corretas, no período indicado é:

01 - Ocorreu um aumento da produtividade agrícola devido à significativa


mecanização de algumas lavouras, como a da soja.
02 - Verificou-se um incremento na produção de grãos proporcionalmente à
incorporação de novas terras produtivas.
04 - No período de 90 a 96 a produção teve um aumento absoluto maior do que no
período de 96 a 02.
08 - Registrou-se elevada produção de grãos em virtude do uso intensivo de mão-de-
obra pelas empresas rurais.
16 - No período de 90 a 96 a produção teve um aumento relativo menor do que no
período de 96 a 02.
32 - Houve um salto na produção de grãos, a partir de 91, em decorrência do total de
exportações feitas por pequenos agricultores.
64 - Constataram-se ganhos tanto na produção quanto na produtividade agrícola
resultante da efetiva reforma agrária executada.

48
10 - Um novo "boom" desponta nas estatísticas dos últimos vestibulares. Desde o
surgimento de Dolly, a polêmica ovelha clonada a partir da célula de um animal
adulto, a carreira de ciências biológicas recebe cada vez mais candidatos e esta área
firma-se como a ciência do próximo milênio.
O gráfico a seguir ilustra o número de inscritos nos últimos quatro vestibulares que
disputaram as vagas oferecidas pela Universidade de São Paulo (USP) e pelas
Universidades Federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de Minas Gerais (UFMG) e do
Rio Grande do Sul (UFRGS).

Com base nessas informações, julgue os itens e dê o somatório das opções


corretas:
01 - De 1997 a 1998, o crescimento percentual do número de inscritos na USP foi
maior que o da UFRGS.
02 - Todos os segmentos de reta apresentados no gráfico têm inclinação positiva.
04 - Durante todo período analisado, a UFMG foi a universidade que apresentou o
maior crescimento percentual, mas não o maior crescimento absoluto.
08 - Em números absolutos a UFMG foi a que apresentou maior crescimento de
1996 a 1999.
16 - Os crescimentos percentuais anuais na UFRJ diminuíram a cada ano.
32 - Os crescimentos percentuais anuais na USP aumentaram a cada ano.
64 - Considerando a série numérica formada pelos números de inscritos em ciências
biológicas nestas Universidades nos últimos quatro vestibulares, constatamos que se
trata de uma série conjugada geográfica-temporal.

49
11 - Um estudo caracterizou cinco ambientes aquáticos, nomeados de A a E, em
uma região, medindo parâmetros físico-químicos de cada um deles, incluindo o pH
nos ambientes. O Gráfico I representa os valores de pH dos 5 ambientes. Utilizando
o gráfico II, que representa a distribuição estatística de espécies em diferentes faixas
de pH, pode-se esperar um maior número de espécies no ambiente:

a) A b) B c) C d) D e) E

12 - Em um estudo feito pelo Instituto Florestal, foi possível acompanhar a evolução


de ecossistemas paulistas desde 1962. Desse estudo publicou-se o Inventário
Florestal de São Paulo, que mostrou resultados de décadas de transformações da
Mata Atlântica.

Examinando o gráfico da área de vegetação natural remanescente (em mil km2),


coloque V ou F nas sentenças abaixo:
a) ( ) A Mata Atlântica teve sua área devastada em 50% entre 1963 e 1973.
b) ( ) A vegetação natural da Mata Atlântica aumentou antes da década de 60,
mas reduziu nas décadas posteriores.
c) ( ) A devastação da Mata Atlântica remanescente vem sendo contida desde
a década de 60.
d) ( ) Em 2000-2001, a área de Mata Atlântica preservada em relação ao
período de 1990-1992 foi de 34,6%.
e) ( ) A área preservada da Mata Atlântica nos anos 2000 e 2001 é maior do
que a registrada no período de 1990-1992.

50
13 - A escolaridade dos jogadores de futebol nos grandes centros é maior do que se
imagina, como mostra a pesquisa abaixo, realizada com os jogadores profissionais
dos quatro principais clubes de futebol do Rio de Janeiro.

I) De acordo com esses dados, o percentual dos jogadores dos quatro clubes
que somente concluíram o Ensino Médio é de aproximadamente? (use uma casa
decimal)
II) Elabore a série estatística que originou o gráfico;
III) Classifique a série estatística.
IV) Elabore um gráfico de setores.

14 - A qualificação dos professores é de grande importância para a qualidade da


formação dos estudantes. Considerando que a figura abaixo apresenta a distribuição
do número de professores em uma faculdade, segundo a formação acadêmica
(curso), julgue os itens e dê o somatório correto.

01 - A distribuição do número de professores segundo a sua formação acadêmica


poderia ser adequadamente representada por um gráfico de pizza ou por um
histograma.
02 – A figura apresenta um gráfico de barras horizontais.
04 – A série estatística geradora do gráfico é do tipo homógrada categórica.

51
08 – A representação dos dados mostrados na figura em um gráfico de pizza permite
apresentar apenas o percentual de professores em cada nível da variável.
16 – Caso a distribuição mostrada na figura fosse apresentada em um gráfico de
setores, o ângulo do setor correspondente à categoria especialização seria superior a
100º.
32 – A porcentagem dos professores dessa faculdade que possui o título de mestre
ou doutor é maior que 10%.
64 – É correto afirmar que o percentual de professores que possui graduação ou
especialização é superior a 85%.
128 – O total de professores dessa faculdade é igual a 330.

15 – Os Britânicos decidiram sair da União Europeia (UE). A decisão do referendo


abalou os mercados financeiros em meio às incertezas sobre os possíveis impactos
dessa saída. Os gráficos a seguir apresentam, respectivamente, as contribuições dos
países integrantes do bloco para a UE, em 2014, que somam 144,9 bilhões de euros,
e a comparação entre a contribuição do Reino Unido para a UE e a contrapartida dos
gastos da UE com o Reino Unido. (Adaptado do ENADE 2017)

52
Considerando o texto e as informações apresentadas nos gráficos acima, assinale a
opção correta.
a) A contribuição dos quatro maiores países do bloco somou 41,13%.
b) O grupo “outros países” contribuiu para esse bloco econômico com 42,1%.
c) A diferença da contribuição do Reino Unido em relação ao recebido do bloco
econômico foi de 38,94%.
d) A soma das participações dos três países com maior contribuição para o bloco
econômico supera 50%.
e) O percentual de participação do Reino Unido com o Bloco econômico em
2014 foi de 17,8%, o que o colocou entre os quatro maiores participantes.

16 - (Enem - 2005) – Adaptado. Foram publicados recentemente, trabalhos


relatando o uso de fungos como controle biológico de mosquitos transmissores da
malária. Observou-se o percentual de sobrevivência dos mosquitos Anopheles sp.
após exposição ou não a superfícies cobertas com fungos sabidamente pesticidas, ao
longo de duas semanas. Os dados obtidos estão presentes no gráfico abaixo.

No grupo exposto aos fungos, o período em que houve 50% de sobrevivência


ocorreu entre os dias:

a) 2 e 4 b) 4 e 6 c) 6 e 8 d) 8 e 10 e) 10 e 12

17 - (ENEM 2013) A cidade de Guarulhos (SP) tem o 8° PIB municipal do Brasil,


além do maior aeroporto da América do Sul. Em proporção, possui a economia que
mais cresce em indústrias, conforme mostra o gráfico.

53
I - Analisando os dados percentuais do gráfico, qual a diferença (em %) entre o
maior e o menor centro em crescimento no polo das indústrias?

a) 75,28 b) 64,09 c) 56,95 d) 45,76 e) 30,07

II – Elabore a série estatística que originou o gráfico.

18 - Nos últimos anos, ocorreu redução gradativa da taxa de crescimento


populacional em quase todos os continentes. A seguir, são apresentados dados
relativos aos países mais populosos em 2000 e também as projeções para 2050.
(Adaptado do ENEN 2005/2006)

I - Com base nas informações acima, e correto afirmar que, no período de 2000 a
2050,

a) a taxa de crescimento populacional da China será negativa.


b) a população do Brasil duplicará.
c) a taxa de crescimento da população da Indonésia será menor que a dos EUA.
d) a população do Paquistão crescerá mais de 100%.
e) a China será o país com a maior taxa de crescimento populacional do mundo.
54
II - Com base nas informações dos gráficos mostrados, suponha que, no período
2050-2100, a taxa de crescimento populacional da Índia seja a mesma projetada para
o período 2000-2050. Sendo assim, no início do século XXII, a população da Índia,
em bilhões de habitantes, será:

a) Inferior a 2,0
b) Superior a 2,0 e inferior a 2,1
c) Superior a 2,1 e inferior a 2,2
d) Superior a 2,2 e inferior a 2,3
e) Superior a 2,3

19 – Segundo o site UOL, para o Brasil temos, no momento, anunciadas 170.000


vagas de empregos nos diversos setores. Os sete setores que apresentam o maior
número de vagas são: Comercial e Vendas (19.866), Marketing (16.964), Industrial
(16.893), Administrativa (13.181), Informática (T.I.) (8.275), Contabilidade (5.977)
e Engenharias (5.000). Baseado nestes dados elabore uma série estatística que
contemple estes setores que oferecem mais vagas de emprego e responda:
a) Qual a classificação desta série;
b) Represente esta série através de um gráfico de setores.

20 – Observe o gráfico a seguir e responda os itens abaixo.

a) A variação percentual total do número de bolsas de mestrado concedidas pela


Capes nesse período de oito anos foi?
b) Qual tipo de bolsa apresentou maior variação percentual e absoluta no período
aprovado?

55
21 – Considere os seguintes dados, obtidos em 1996 pelo censo do IBGE, relativo a
pessoas maiores de 18 anos filiadas a sindicatos, órgãos comunitários e órgãos de
classe (o gráfico indica a porcentagem de pessoas filiadas):

Sabe-se que o número total de pessoas maiores de 18 anos, nesse censo, era de
73.644.508 pessoas. A partir dos dados acima:
a) Calcule o número de pessoas, maiores de 18 anos, filiadas a cada setor;
b) Elabore a série estatística que originou o gráfico;
c) Classifique a série.

22 – A raiva é uma doença viral e infecciosa, transmitida por mamíferos. A


campanha nacional de vacinação antirrábica tem o objetivo de controlar a circulação
do vírus da raiva canina e felina, prevenindo a raiva humana. O gráfico mostra a
cobertura (porcentagem de vacinados) da campanha, em cães, nos anos de 2013,
2015 e 2017, no município de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Os valores das
coberturas dos anos de 2014 e 2016 não estão informados no gráfico. A variação na
cobertura de vacinação da campanha antirrábica, nos períodos de 2013 a 2015 e de
2015 a 2017, deu-se de forma linear. (Adaptado do ENEN 2018)

56
Dê a somatória das opções corretas.

01- A série que originou o gráfico é uma série Homógrada Histórica.


02 - Houve um decréscimo percentual de 8% na cobertura vacinal entre os anos de
2013 a 2015.
04 - Supondo que a população de cachorros no ano de 2016 no município de Belo
Horizonte, Minas Gerais seja de 100.000, a quantidade de cachorros vacinados
contra a raiva em 2016 foi de 61.000.
08- A cobertura vacinal dessa campanha no ano de 2014 foi de 63%.
16 - Não há como obter, a partir do gráfico, a cobertura desta campanha para o ano
de 2016.
32 - Houve um acréscimo porcentual anual de 1% entre os anos de 2015 a 2017 na
cobertura vacinal.
64 - A partir do gráfico podemos estimar a população de cães no munícipio de Belo
Horizonte no ano de 2015.

23 – O gráfico em forma de pizza a seguir representa as notas obtidas em uma


questão pelos 32000 candidatos presentes à primeira fase de uma prova de um
concurso público. Ele mostra, por exemplo, que 32% desses candidatos tiveram nota
2 nessa questão.

a) Construa uma tabela de frequências absolutas e relativas para essa


distribuição;
b) Classifique a variável;
c) Retire uma amostra proporcional estratificada de 15% dos candidatos.

57
V - DISTRIBUIÇÃO DE FREQUENCIA

Vamos considerar, neste capítulo, em particular, a forma pela qual podemos


descrever os dados estatísticos resultantes de variáveis quantitativas, como é o caso
de notas obtidas pelos alunos de uma classe, estaturas de um conjunto de pessoas,
salários recebidos pelos operários de uma fábrica, etc.
1 – Tabela Primitiva e Rol
Considere a estatura de quarenta alunos, que compõem uma amostra dos alunos do
IFCE, resultando a seguinte tabela de valores:
ESTATURAS DE 40 ALUNOS DO IFCE
166 160 161 150 162 160 165 167 164 160
162 161 168 163 156 173 160 155 164 168
155 152 163 160 155 155 169 151 170 164
154 161 156 172 153 157 156 158 158 161

A esse tipo de tabela, onde os elementos não foram numericamente organizados,


denominamos de tabela primitiva, ou seja, Tabela primitiva ou dados brutos é
uma tabela ou relação de elementos que não foram numericamente organizados.
Assim, conhecidos os valores de uma variável, é difícil formarmos uma ideia exata
do comportamento do grupo como um todo, a partir de dados não ordenados. Em
razão disso, pouca informação se consegue obter inspecionando os dados anotados.
Mesmo uma informação tão simples como a de saber o valor máximo e mínimo
requer certo exame dos dados da tabela.
ROL: é a tabela ou relação obtida após a ordenação dos dados, em ordem crescente
ou decrescente.
Para o exemplo acima temos:
ESTATURAS DE 40 ALUNOS DO IFCE
150 151 152 153 154 155 155 155 155 156
156 156 157 158 158 160 160 160 160 160
161 161 161 161 162 162 163 163 164 164
164 165 166 167 168 168 169 170 172 173

58
Essa classificação dos dados proporciona algumas vantagens concretas com relação
à sua forma original:
- É possível visualizar de forma ampla as variações de altura;
- Os valores extremos são percebidos de imediato;
- É possível observar a tendência de concentração dos valores.

Agora, podemos saber, com relativa facilidade, qual a menor estatura (150 cm) e
qual a maior (173 cm); que a amplitude de variação foi de 173 – 150 = 23 cm; e,
ainda, a ordem que um valor particular ocupa no grupo. Com um exame mais
acurado, vemos que há uma concentração das estaturas em algum valor entre 160
cm e 165 cm e, mais ainda, que há poucos valores abaixo de 155 cm e acima de 170
cm.

Apesar de o rol propiciar ao analista mais informações e com menor esforço de


concentração do que os dados brutos, ainda assim persiste o problema de a análise
ter que se basear nas 40 observações. O problema se agravará quando o número de
dados for muito grande.

2 – Distribuição de Frequência
É um tipo de tabela que condensa uma coleção de dados conforme as frequências
(repetições de seus valores).
No exemplo que trabalhamos, a variável em questão, estatura, será observada e
estudada muito mais facilmente quando dispusermos valores ordenados em uma
coluna e colocarmos, ao lado de cada valor, o número de vezes que aparece
repetido. Logo podemos definir o termo frequência.
Frequência: é a quantidade que fica relacionada a um determinado valor da
variável.
Distribuição de frequência sem intervalos de classe: é a simples condensação dos
dados conforme as repetições de seus valores.

59
Veja para o nosso exemplo:

VARIÁVEL FREQUENCIA
150 1
151 1
152 1
153 1
154 1
155 4
156 3
157 1
158 2
160 5
161 4
162 2
163 2
164 3
165 1
166 1
167 1
168 2
169 1
170 1
172 1
173 1
TOTAL 40

Para um ROL de tamanho razoável esta distribuição de frequência é inconveniente,


já que exige muito espaço.
Assim, se um dos intervalos for, por exemplo, 154 |---- 158, em vez de dizermos que
a estatura de um aluno é de 154 cm; de quatro alunos, 155 cm; de três alunos, 156
cm; e de um aluno, 157 cm, diremos que nove alunos têm estaturas entre 154 cm,
inclusive, e 158 cm.
Deste modo, estaremos agrupando os valores da variável em intervalos, sendo que,
em Estatística, preferimos chamar de intervalos de classes.
Distribuição de frequência com intervalos de classe: Quando o tamanho da
amostra é elevado é mais racional efetuar o agrupamento dos valores em vários
intervalos de classe.

60
ESTATURAS DE 40 ALUNOS DO IFCE
CLASSES FREQUENCIAS
150 |---- 154 4
154 |---- 158 9
158 |---- 162 11
162 |---- 166 8
166 |---- 170 5
170 |---- 174 3
Total 40

Ao agruparmos os valores da variável em classes, ganhamos em simplicidade, mas


perdemos em pormenores. Assim, na tabela de distribuição de frequência sem
classes, podemos verificar, facilmente, que quatro alunos têm 161 cm de altura e
que não existe nenhum aluno com 171 cm de altura. Já na distribuição de frequência
com classes não podemos ver se algum aluno tem a estatura de 159 cm. No entanto,
sabemos, com segurança, que onze alunos têm estatura compreendida entre 158 e
162 cm.
Nota: Quando os dados estão organizados em uma distribuição de frequência, são
comumente denominados dados agrupados.

Foram vistas as seguintes formas de apresentação dos dados:

• ROL (dados isolados);


• Agrupamento simples (sem classes);
• Agrupamentos em classes.

Mas há ainda outra técnica alternativa de apresentação e organização de dados: o


Diagrama de Ramos e Folhas. A obtenção do diagrama é rápida e fácil. No
diagrama de ramos e folhas, cada dado é separado em duas partes: Ramo: é a parte
da esquerda e Folhas: é a parte da direita. Em seguida as folhas são colocadas em
seus respectivos ramos.
Veja o exemplo: Vamos considerar o número de alunos presentes em 20 palestras.
68 82 75 43 59 80 69 60 73 54
51 93 70 32 63 61 76 87 65 71

Como todos os dados possuem dois algarismos, podemos dividir cada dado em
algarismo da dezena e da unidade. Portanto, o algarismo da dezena será o ramo e a
unidade será a folha. Vamos usar o dado 68 como exemplo:
6 8
ramo folha

61
Colocamos todos os ramos distintos em uma coluna, ou seja, verticalmente um
abaixo do outro, em ordem crescente, e traçamos uma linha vertical, como
representado abaixo nas etapas (a, b, c, d) da construção do diagrama de ramos e
folhas. Em (a) colocamos apenas os ramos distintos; em (b) colocamos a primeira
folha (8) do dado 68; em (c) colocamos a folha correspondente ao dado 82 e,
finalmente em (d) apresentamos o resultado final do diagrama com todos os dados.

3 3 3 3 2
4 4 4 4 3
5 5 5 5 9 4 1
6 6 8 6 8 6 8 9 0 3 1 5
7 7 7 7 5 3 0 6 1
8 8 8 2 8 2 0 7
9 9 9 9 3
(a) (b) (c) (d)

Observe que o número de folhas deve ser igual ao número de dados.

3 – Elementos de uma Distribuição de Frequência com Intervalos de Classe:


Os valores exemplificados a seguir são referentes a Distribuição de frequências com
das estaturas de 40 alunos do IFCE.

3.1 – Classe

Classe de frequência ou, simplesmente, classes são os intervalos de variação da


variável.

As classes são representadas simbolicamente por i, sendo i = 1, 2, 3, ..., k. (onde K é


o número total de classes da distribuição).
No exemplo, a distribuição é formada por seis classes, então temos k = 6 e o
intervalo de classe 154 |---- 158 define a 2ª classe, ou seja, i = 2.
3.2 – Limites de classe

Limites de classe são os extremos de cada classe.

O menor número é o limite inferior da classe (li) e o maior número, limite


superior da classe (Li).

62
Na terceira classe, por exemplo, temos: 158 |---- 162, l3 = 158 e L3 = 162.
Nota: Os intervalos de classe devem ser escritos, de acordo com a Resolução 886/66
do IBGE, em termos de desta quantidade até menos aquela, empregando, para
isso, o símbolo |---- (inclusão de li e exclusão de Li). Assim, o indivíduo com uma
estatura de 158 cm está incluso na terceira classe (i = 3) e não na segunda.
O quarto intervalo 162 |---- 166, por exemplo, pode ser também ser representado
desta maneira: [162,166[.

3.3 – Amplitude do intervalo de classe

Amplitude do intervalo de classe ou, simplesmente, intervalo de classe é a


medida do intervalo que define a classe.

Ela é obtida através da diferença entre o limite superior e inferior da classe e é


simbolizada por hi. Assim:
hi = Li - li

Na distribuição de frequência com classes o hi será igual em todas as classes, como


mostrado a seguir:
h1 = 154 - 150 = 4

h2 = 158 - 154 = 4
.......
h6 = 174 - 170 = 4
3.4 – Amplitude total da distribuição

Amplitude total da distribuição (AT) é a diferença entre o limite superior da


última classe (limite superior máximo) e o limite inferior da primeira classe
(limite inferior mínimo).
AT = Lmax - lmin.

No exemplo, temos AT = 174 – 150 = 24 cm

63
Nota: É evidente que, se as classes possuem o mesmo intervalo, verificamos a
relação:
AT = k Temos: 24 = 6
h 4

3.5 – Amplitude amostral

Amplitude amostral (AA) é a diferença entre o valor máximo e o valor mínimo


da amostra (obtidos através do ROL).
AA = Xmax - Xmin

Em nosso exemplo AA = 173 - 150 = 23 cm.


Obs.: AT sempre será maior que AA.
3.6 – Ponto médio da classe

Ponto médio da classe (xi) é, como o próprio nome indica, o ponto que divide o
intervalo de classe em duas partes iguais.

Para obtermos o ponto médio de uma classe, calculamos a média aritmética dos
limites da classe:
x i = l i + Li
2

No intervalo da 2ª classe 154 |---- 158 o ponto médio x2 é calculado:


x2 = (l2 + L2)/2 = (154 + 158)/2 = 156 cm
Obs.: O ponto médio da classe é o valor que a representa para efeito de cálculos de
medidas de posição e dispersão ou variabilidade.
3.7 – Frequência simples ou absoluta

Frequência simples ou frequência absoluta ou simplesmente, frequência de uma


classe ou de um valor individual é o número de observações correspondentes a
essa classe ou a esse valor.

A frequência simples é simbolizada por fi (lemos f índice i ou frequência da classe


i).
64
Assim, considerando o exemplo abaixo, temos:
ESTATURAS DE 40 ALUNOS DO IFCE
ESTATURA (cm) FREQUÊNCIA
150 |---- 154 4
154 |---- 158 9
158 |---- 162 11
162 |---- 166 8
166 |---- 170 5
170 |---- 174 3
TOTAL 40

f1 = 4; f2 = 9; f3 = 11; f4 = 8; f5 = 5 e f6 = 3.
A soma das frequências é sempre igual ao total de elementos da amostra.
Atividade 1: As notas obtidas por 50 alunos de uma classe foram:
1; 2; 3; 4; 5; 0; 6; 7; 7; 8; 2; 3; 3; 4; 5; 6; 6; 7; 8; 8; 2; 3; 4; 4; 5; 6; 6; 7; 8; 9; 2; 3; 4;
5; 5; 6; 6; 7; 8; 9; 2; 3; 4; 5; 5; 6; 7; 7; 8; 9.
a) Complete a distribuição de frequência abaixo:

i Notas xi fi
1 0 |---- 2
2 2 |---- 4
3 4 |---- 6
4 6 |---- 8
5 8 |---- 10
Total 50

b) Agora, responda:

1. Qual a amplitude amostral?


2. Qual a amplitude da distribuição?
3. Qual o número de classes da distribuição?
4. Qual o limite inferior da quarta classe?
5. Qual o limite superior da classe de ordem 2?
6. Qual a amplitude do segundo intervalo de classe?
7. Qual a frequência da terceira classe?

65
c) Complete:
1. h3 = .......
2. n = ........
3. l1 = ........
4. L3 = ........
5. x2 = ........
6. f5 = ........

4 – Tipos de Frequências

Frequência simples ou absolutas (fi) são os valores que realmente representam


o número de dados de cada classe.

A soma das frequências simples é igual ao número total de dados da distribuição.


Σ fi = n
Frequências relativas (fri) ou fi (%) são os valores das razões entre as
frequências absolutas de cada classe e a frequência total da distribuição.

A soma das frequências relativas é igual a 1 ou 100 %.


Logo, para o exemplo da página 36 a frequência da terceira classe é:
fr3 = f3/n ; fr3 = 11/40 = 0,275 ou 27,5%
Nota: O propósito das frequências relativas é o de permitir a análise ou facilitar as
comparações.

Frequência acumulada de uma classe (Fi) é o total das frequências de todos os


valores inferiores ao limite superior do intervalo de uma determinada classe:
Fk = f1 + f2 + f3 + ...... + fK

Assim, no exemplo, a frequência acumulada correspondente à terceira classe é:


F3 = f1 + f2 + f3 = 4 + 9 + 11 = 24
O que significa existirem 24 alunos com estatura inferior a 162 cm (limite superior
do intervalo da terceira classe).

66
Frequência acumulada relativa (Fri) ou Fi (%) de uma classe é a frequência
acumulada da classe, dividida pela frequência total da distribuição.
Fri = Fi / Σ fi

Assim, no exemplo, para a terceira classe, temos:


Fr3 = F3 / Σ fi = 24/40 = 0,600 ou 60,0%

Atividade 2: Complete o quadro com as frequências que se pede.

CLASSE xi fi Fi fi (%) Fi (%)


50 |---- 54 52 7
54 |---- 58 56 10
58 |---- 62 60 13
62 |---- 66 64 11
66 |---- 70 68 9
70 |---- 74 72 6
Total -- 56 -- 100,0 --

Sendo xi = ponto médio de classe; fi = frequência simples; Fi = frequência


Acumulada; fi (%) = frequência percentual e Fi (%) = frequência percentual
acumulada.

67
5 - Método Prático para Construção de uma Distribuição de Frequências com
Classes:
1º - Organize os dados brutos através do ROL.
2º - Calcule a amplitude amostral AA. Para o exemplo da página 45, temos: AA =
173 - 150 = 23
3º - Calcule o número de classes através da:
a) Regra de Sturges: i = 1 + 3,3.log n
n i = nº de classes
3 ---- 5 3
6 ---- 11 4
12 ---- 22 5
23 ---- 46 6
47 ---- 90 7
91 ---- 181 8
182---- 362 9
b) Raiz quadrada de n. (usa-se somente a parte inteira do número quando a raiz
não for exata).
Obs.: Qualquer regra para determinação do nº de classes da tabela não nos leva a
uma decisão final; esta vai depender na realidade de um julgamento pessoal, que
deve estar ligado à natureza dos dados.
No nosso exemplo: n = 40 dados, então, a regra de Sturges sugere a adoção de 6
classes e pela regra da raiz quadrada também o uso de 6 classes.
Dependendo do n, o número de classes pode ser diferente quando usamos os dois
métodos. Por exemplo, para n igual a 100 teremos 8 classes pela regra de Sturges e
10 classes para a regra da raiz de n.
4º - Decidido o nº de classes, calcule então a amplitude do intervalo de classe h >
AA / i.
No nosso exemplo: AA / i = 23/6 = 3,83. Obs.: Como h > AA / i é um valor
ligeiramente superior para haver folga na última classe. Utilizaremos então h = 4
(mesmo número de casas decimais dos dados originais).
5º - Temos então o menor nº da amostra, o nº de classes e a amplitude do intervalo.
Podemos montar a tabela, com o cuidado para não aparecer classes com frequência
= 0 (zero).

68
No nosso exemplo: o menor nº da amostra = 150 + h = 154, logo a primeira classe
será representada por 150 |---- 154. As classes seguintes respeitarão o mesmo
procedimento.
O primeiro elemento da classe seguinte sempre será formado pelo último elemento
da classe anterior.
Resolva:
1. Complete a distribuição abaixo, determinando as frequências simples:

xi fi Fi
2 2
3 9
4 21
5 29
6 34
Total 34 --

EXERCÍCIOS
1 - Suponha que o ponto médio das classes de uma distribuição de frequência de
umidade relativa em um posto seja: 28%, 37%, 46%, 55%, 64%, 73% e 82%.
a) Encontre a amplitude da classe;
b) Os limites (inferior e superior) de cada classe.

2 - Imagine que em uma região durante um dia de inverno foram medidas 150
temperaturas mínimas (em oC) em pontos próximos. Suponha que estas
temperaturas variaram entre 5,18 ºC a 7,44 ºC. Determine um conjunto de intervalos
de classe que seja razoável para esse conjunto de dados.

3 – Conhecidas as notas de 50 alunos, obtenha uma distribuição de frequência tendo


30 para limite inferior da primeira classe e 10 para intervalo de classe.
84 - 68 - 33 - 52 - 47 - 73 - 68 - 61 - 73 - 77 - 74 - 71 - 81 - 91 - 65 - 55 - 57 - 35 -
85 - 88 - 59 - 80 - 41 - 50 - 53 - 65 - 76 - 85 - 73 - 60 - 67 - 41 - 78 - 56 - 94 - 35 -
45 - 55 - 64 - 74 - 65 - 94 - 66 - 48 - 39 - 69 - 89 - 98 - 42 - 54.

4 – Os resultados do lançamento de um dado 50 vezes foram os seguintes:


6, 5, 2, 6, 4, 3, 6, 2, 6, 5, 1, 6, 3, 3, 5, 1, 3, 6, 3, 4, 5, 4, 3, 1, 3, 5, 4, 4, 2, 6, 2, 2, 5, 2,
5, 1, 3, 6, 5, 1, 5, 6, 2, 4, 6, 1, 5, 2, 4, 3.
Forme uma distribuição de frequência sem intervalos de classes.

69
5 – Considere os dados da quantidade de gordura no leite (em %), n = 49
3,66 - 3,66 - 3,72 - 3,74 - 3,74 - 3,77 - 3,81 - 3,88 - 3,89 - 3,91 - 3,96 - 3,96 - 3,97 -
3,97 - 4,00 - 4,00 - 4,02 - 4,03 - 4,05 - 4,06 - 4,08 - 4,10 - 4,10 - 4,15 - 4,16 - 4,20 -
4,20 - 4,23 4,24 - 4,25 - 4,27 - 4,28 - 4,29 - 4,32 - 4,32 - 4,33 - 4,38 - 4,38 - 4,38 -
4,40 - 4,41 - 4,42 - 4,49 - 4,60 - 4,67 - 4,70 - 4,71 - 4,81 - 4,82.
Use os dados da amostra para fazer uma Distribuição de frequências com classes,
calculando as frequências simples e acumuladas, absolutas e relativas.

6 - Na Tabela, identifique a amplitude dos intervalos de classe e os pontos médios


de cada classe.
Classes Frequência (fi)
[0 – 6[ 39
[6 – 12[ 41
[12 – 18[ 38
[18 – 24[ 40
[24 – 30[ 42
Total 200
Construa a tabela de frequências relativas, simples e acumulada.

7 - A tabela abaixo apresenta a distribuição de frequência dos salários mensais em


reais, de 65 empregados da companhia P & R.
Nº. de
Salários (R$)
Empregados
5.000 |--- 6.000 8
6.000 |--- 7.000 10
7.000 |--- 8.000 16
8.000 |--- 9.000 14
9.000 |--- 10.000 10
10.000 |--- 11.000 5
11.000 |--- 12.000 2
Total 65
Determinar:
a) O limite inferior da 6ª classe;
b) O limite superior da 4ª classe;
c) O ponto médio da 3ª classe;
d) A amplitude do 5º intervalo de classe;
e) A frequência da 3ª classe;
f) A frequência relativa da 3ª classe;

70
g) O intervalo de classe que tem a maior frequência;
h) A percentagem de empregados que ganham menos de R$ 8.000,00 por mês;
i) A percentagem de empregados que ganham menos de R$ 10.000,00 e pelo menos
R$ 6.000,00 por mês;

8 - A distribuição abaixo indica o número de acidentes ocorridos com 70 motoristas


de uma empresa de ônibus:
Nº ACIDENTES 0 1 2 3 4 5 6 7
Nº MOTORISTAS 20 10 16 9 6 5 3 1
Determine:
a) O número de motoristas que não sofreram acidentes;
b) O número de motoristas que sofreram pelo menos quatro acidentes;
c) O número de motoristas que sofreram menos de três acidentes;
d) O número de motoristas que sofreram no mínimo três e no máximo cinco
acidentes;
e) A percentagem dos motoristas que sofreram no máximo dois acidentes.

9 – A tabela abaixo apresenta a distribuição de frequência das áreas de 400 lotes:


ÁREAS (m2) 300 |-- 400 |-- 500 |-- 600 |-- 700 |-- 800 |-- 900 |-- 1000 |-- 1100 |-- 1200

Nº DE LOTES 14 46 58 76 68 62 48 22 6

Com referência a esta tabela, determine:


a) A amplitude total;
b) O limite superior da quinta classe;
c) O limite inferior da oitava classe;
d) O ponto médio da sétima classe;
e) A amplitude do intervalo da segunda classe;
f) A frequência da quarta classe;
g) A frequência relativa da sexta classe;
h) A frequência acumulada da quinta classe;
i) O número de lotes cuja área não atinge 700 m2;
j) O número de lotes cuja área atinge e ultrapassa 800 m2;
k) A percentagem dos lotes cuja área não atinge 600 m2;
l) A percentagem dos lotes cuja área seja maior ou igual a 900 m2;
m) A percentagem dos lotes cuja área é de 500 m2, no mínimo, mas inferior a
1000 m2;
n) A classe do 72º lote;
o) Até que classe estão incluídos 60% dos lotes.

71
10 - Os valores contidos na tabela abaixo se referem à massa em Kg de 55 pessoas
adultas.
84 68 55 49 48 56 79 58 59 74 60
89 67 57 55 54 79 74 59 73 75 62
84 57 55 54 75 59 56 48 49 68 65
67 88 74 79 67 89 84 73 75 79 61
68 74 73 75 79 74 84 87 84 68 64
Faça a distribuição de frequência com classes (use uma casa decimal para
porcentagens) e baseado nela responda as perguntas abaixo:

a) O limite inferior da 7ª classe;


b) O limite superior da 1ª classe;
c) O ponto médio da 5ª classe;
d) A amplitude da 2ª classe;
e) A frequência simples da 6ª classe;
f) A frequência percentual da 3ª classe;
g) A frequência acumulada da 4ª classe;
h) A percentagem de pessoas que tem menos de 72 kg;
i) A percentagem de pessoas que tem menos de 84 kg e igual ou mais de 60
kg;
j) O número de pessoas que tem peso maior ou igual 54 e menor do que 78
kg;
k) O número de pessoas que tem peso maior ou igual 66 kg.

11 - Em uma faculdade, uma amostra de 120 alunos foi coletada, tendo-se verificado
a idade e o sexo desses alunos, sendo 2/5 do sexo masculino. Na amostra, apurou-se
que 45 alunos têm de 16 a 20 anos completos, 60 alunos têm de 21 a 25 anos
completos, e 15 alunos têm de 26 a 30 anos completos. Alguns resultados
encontram-se na Tabela abaixo. (use uma casa decimal para as porcentagens)

Idade Alunas Alunos


(anos) fi fi (%) fi fi (%)
16 |--- 21 10
21 |--- 26
26 |--- 31 16,7
Total

Complete os dados que estão faltando na distribuição de frequência.

72
12 – Complete a tabela a seguir:
CLASSE xi fi Fi fi (%) Fi (%)
|---- 2,0
|---- 12
62 |---- 65 6,0
|---- 66,5 84
|---- 126
|---- 36
|---- 225
|---- 15,0
|---- 300
Total -- -- --

13 – Considerando os dados da tabela a seguir, que mostra a quantidade e situação


de processos, nos anos 2010, 2011 e 2012, em um tribunal, julgue os itens
subsequentes como verdadeiro (V) ou falso (F).

a) ( ) Menos de 5% dos processos aguardam parecer.


b) ( ) Com relação a 2010, em 2012 ocorreu um acréscimo de mais de 200
processos.
c) ( ) A tabela representa uma distribuição de frequência com classes.

73
14 – Conhecidas as notas obtidas na disciplina de Estatística por 67 alunos do Curso
de Engenharia Ambiental e Sanitária do IFCE.

6,8 8,5 3,2 5,2 6,5 7,7 8,4 5,8 3,3


4,3 3,6 8,1 5,0 3,5 6,4 7,4 4,7 5,4
8,0 6,1 2,5 9,1 8,3 7,3 5,9 9,5 3,1
4,1 5,5 7,8 5,7 6,9 9,7 6,7 3,9 --
9,4 9,2 6,6 7,0 4,2 3,0 6,2 8,9 --
1,9 2,0 2,8 4,5 2,2 6,3 2,3 5,3 --
8,8 4,0 6,0 7,1 2,1 4,9 9,8 7,6 --
2,4 2,9 4,4 2,7 4,8 7,5 2,6 9,3 --

Faça a distribuição de frequência com classes (use duas casas decimais para
porcentagens) e baseado nela responda as perguntas abaixo:
a) O limite inferior da 2ª classe;
b) O limite superior da 7ª classe;
c) O ponto médio da 4ª classe;
d) A amplitude da 3ª classe;
e) A frequência simples da 8ª classe;
f) A frequência percentual da 1ª classe;
g) A frequência acumulada da 6ª classe;
h) A percentagem de alunos que tem nota inferior a 6,9;
i) A percentagem de alunos que tem nota inferior a 8,9 e igual ou superior a 3,9;
j) O número de alunos que tem nota maior ou igual a 4,9 e menor do que 7,9;
k) O número de alunos que tem nota maior ou igual 6,9;
l) A percentagem de alunos que tem nota inferior a 8,4 e igual ou superior a 3,1.

15 – Um dos principais indicadores da poluição do ar nas grandes cidades é a


concentração de ozônio na atmosfera em dezenas de partes por bilhão (ppbv). O
nível de concentração de ozônio na atmosfera foi medido em São Paulo durante um
certo ano e os resultados são apresentados a seguir:

3,5 1,4 6,6 11,2 4,2 4,4 5,3 9,6


6,8 2,5 5,4 4,4 5,4 4,7 3,5 4,0
2,4 3,0 5,6 4,7 6,5 3,0 4,1 3,4
6,8 1,7 5,3 4,7 7,4 6,0 6,7 10,9
5,5 1,1 5,1 5,6 5,5 1,0 3,9 6,6
6,2 7,5 6,2 6,0 5,8 2,8 6,1 4,1
5,7 5,8 3,1 5,8 1,6 2,5 8,1 6,6
9,4 3,4 10,8 7,6 1,4 3,7 2,0 3,7
8,8 3,1 4,7 3,8 5,9 3,3 6,2 7,6
8,6 4,4 5,7 4,5 3,7 9,4 -- --

74
Faça a distribuição de frequência com classes (use duas casas decimais para
porcentagens) e baseado nela responda as perguntas abaixo:
a) O limite inferior da 3ª classe;
b) O limite superior da 7ª classe;
c) O ponto médio da 5ª classe;
d) A amplitude da 2ª classe;
e) A frequência simples da 8ª classe;
f) A frequência percentual da 3ª classe;
g) A frequência acumulada da 7ª classe;
h) A percentagem de ozônio que tem menos de 8,8 ppbv;
i) A percentagem de ozônio que tem menos de 10,1 ppbv e igual ou mais de 3,6
ppbv;
j) O número de medições que tem concentração de ozônio maior ou igual 2,3 e
menor do que 7,5 ppbv;
k) O número de medições que tem concentração de ozônio maior ou igual 4,9
ppbv;
l) O número de medições que tem concentração de ozônio 2,6 |--- 8,3 ppbv;
m) O Histograma da distribuição.

6 - Representação Gráfica de uma Distribuição


Uma distribuição de frequência pode ser representada graficamente pelo
Histograma, pelo Polígono de frequência e pelo Polígono de frequência
acumulada (alguns autores denominam de ogiva de Galton).
Em todos os gráficos acima utilizamos o primeiro quadrante do sistema de eixos
coordenados cartesianos ortogonais. Na linha horizontal (eixo das abscissas)
colocamos os valores da variável e na linha vertical (eixo das ordenadas), as
frequências.
6.1 - Histograma

O Histograma é formado por um conjunto de retângulos justapostos, cujas bases


se localizam sobre o eixo horizontal, de tal modo que seus pontos médios
coincidam com os pontos médios dos intervalos de classe.

As larguras dos retângulos são iguais às amplitudes dos intervalos de classe.


As alturas dos retângulos devem ser proporcionais às frequências das classes, sendo
a amplitude dos intervalos igual. Isso nos permite tomar as alturas numericamente
iguais às frequências.

A área de um histograma é proporcional à soma das frequências simples ou


absolutas.
75
No caso de usarmos as frequências relativas, obtemos um gráfico de área unitária.
Para o exemplo a seguir, temos o seguinte histograma:

ESTATURAS DE 40 ALUNOS NA ESCOLA A

ESTATURA (cm) FREQUÊNCIA


150 |---- 154 4
154 |---- 158 9
158 |---- 162 11
162 |---- 166 8
166 |---- 170 5
170 |---- 174 3
TOTAL 40

6.2 – Polígono de Frequência

O Polígono de frequência é um gráfico em linha, sendo as frequências marcadas


sobre perpendiculares ao eixo horizontal, levantadas pelos pontos médios dos
intervalos de classe.

Para realmente obtermos um polígono (linha fechada), devemos completar a figura,


ligando os extremos da linha obtida aos pontos médios da classe anterior à primeira
e da posterior à última, da distribuição.
Para o exemplo anterior temos o seguinte Polígono de frequência:

76
6.3 – Polígono de Frequência Acumulada

O Polígono de frequência acumulada é traçado marcando-se as frequências


acumuladas sobre perpendiculares ao eixo horizontal, levantadas nos pontos
correspondentes aos limites superiores dos intervalos de classe.

Para o exemplo em estudo temos o seguinte Polígono de frequência acumulada:

Uma distribuição de frequência sem intervalos de classe é representada


graficamente por um diagrama onde cada valor da variável é representado por um
segmento de reta variável e de comprimento proporcional à respectiva frequência.

77
Atividade 3: Complete a tabela com as frequências que se pede e com base nela
construa o histograma, polígono de frequência e polígono de frequência acumulada.

CLASSE xi fi Fi fi (%) Fi (%)


50 |--- 55 52,5 5
55 |--- 60 57,5 10
60 |--- 65 62,5 12
65 |--- 70 67,5 9
70 |--- 75 72,5 6
75 |--- 80 77,5 4
Total -- 46 -- 100 --

Sendo xi = ponto médio de classe; fi = frequência simples; Fi = frequência


Acumulada; fi (%) = frequência percentual; Fi (%) = frequência percentual
acumulada.
EXERCÍCIOS
1 – Considerando a distribuição de frequência seguinte, confeccione, o Histograma,
o Polígono de frequência simples e o Polígono de frequência acumulada.
SALÁRIOS
i fi
(R$)
1 500 |--- 700 8
2 700 |--- 900 20
3 900 |--- 1100 7
4 1100 |--- 1300 5
5 1300 |--- 1500 2
6 1500 |--- 1700 1
7 1700 |--- 1900 1
Total 44

2 – Considere o diagrama de ramo e folhas a seguir:


Ramo Folha
3 2 4 6 8
4 3 2 7 9 5 4
5 9 4 1 6 2 0
6 8 9 0 3 1 5
7 5 3 0 6 1 0
8 2 0 7 4 5
9 3 0 1 7
A partir do diagrama elabore o Histograma, o Polígono de frequencias simples e
acumulada da distribuição.

78
3 – Examinando o histograma abaixo, que corresponde às notas relativas à aplicação
de um teste de inteligência a um grupo de alunos, responda:

a) Qual o intervalo de classe que tem maior frequência?


b) Qual a amplitude total da distribuição?
c) Qual o número total de alunos?
d) Qual a frequência do intervalo de classe 110 |---120?
e) Quais são os intervalos de classes tais que a frequência de um é o dobro da
frequência do outro?
f) Quantos alunos receberam notas de teste entre 90 (inclusive) e 110?
g) Qual o percentual de alunos que estão no intervalo 100 |---130?
h) Quantos alunos receberam nota não-inferior a 100?

4 - A distribuição dos salários dos 200 funcionários de determinada carreira


profissional em um órgão público está representada pelo histograma abaixo. Define-
se densidade de frequência de um intervalo de classe como sendo o quociente da
divisão da respectiva frequência relativa pela correspondente amplitude do
intervalo. Elabore o Polígono de frequência Acumulada.

79
5 - O Histograma seguinte representa o tempo, em minutos, que levaram os alunos
de uma turma para fazer um trabalho de Estatística.

Baseado no gráfico dê o somatório das opções corretas:

01 - A Distribuição de frequência do professor tem 5 classes.


02 - A turma deste professor possui 24 alunos.
04 - 5 alunos demoraram menos de um quarto de hora para realizarem o trabalho.
08 - 4,2% dos alunos demoraram, pelo menos, 25 minutos para realizarem o
trabalho.
16 - Na turma existe pelo menos um aluno que demorou mais de meia hora para
realizar o trabalho.
32 - No máximo 21 alunos estão no intervalo 10 |--- 30.
64 - Não mais de 70% dos alunos demoraram pelo menos 15 minutos para
realizarem o trabalho.

80
6 – Um professor fez um levantamento sobre a altura dos alunos de um curso.
Obteve o seguinte gráfico:
Polígono de Frequência Acumulado
95 100
100 86
90
80
69
70
60
52
Fi
50
40
30
8
20
0 4
10 19
0
151 156 161 166 171 176 181 186 191
Classes

Baseado no gráfico dê o somatório das opções corretas:

(1) A Distribuição de frequência do professor tem 9 classes.


(2) O curso deste professor possui 100 alunos.
(4) Menos de 50 alunos possuem menos de 171 cm de altura.
(8) A soma dos pontos médios dos intervalos de classe é inferior ao total de alunos
do curso.
(16) 80,0% das observações estão no intervalo 166 |--- 191.
(32) Não mais de trinta alunos possuem pelo menos 176 cm de altura.
(64) No máximo 91 alunos estão no intervalo 156 |--- 186.
(128) Não mais de 77,0% dos alunos estão no intervalo 161 |--- 181.
(256) 33 alunos estão no quarto intervalo de classes.

7 - A partir do polígono de frequências simples a seguir, elabore o polígono de


frequências acumulada da distribuição.
12

10

6
f

0
148 152 156 160 164 168 172 176
Estaturas [cm]

81
8 – Considere que a distribuição dos salários dos funcionários em um setor público
está representada por um histograma abaixo, em que no eixo vertical constam as
densidades de frequências, em (R$) -1. Densidade de frequência de um intervalo de
classe é o resultado da divisão da respectiva frequência relativa pela correspondente
amplitude do intervalo.

Considerando que todos os intervalos classe são fechados à esquerda e abertos à


direita, a porcentagem P dos funcionários que ganham no mínimo R$ 2.000,00 e
menos que R$ 6.000,00 é tal que: (Justifique sua resposta)
a) P ≤ 65%.
b) 65% < P ≤ 70%.
c) 70% < P ≤ 75%.
d) 75% < P ≤ 80%.
e) P > 80%.

9 – O histograma abaixo mostra a altura de atletas de uma equipe de natação,


responda os itens a seguir:

a) Quantas classes tem a distribuição de frequência?


b) O número de atletas dessa equipe é?
c) A porcentagem de atletas com altura de pelo menos 1,80 m é?
d) Quantos atletas tem menos de 1,90 m de altura?
82
10 - Um professor fez um levantamento sobre a altura dos alunos de suas turmas.
Obteve o seguinte gráfico:

Dê o somatório das opções corretas:

(1) A Distribuição de frequência do professor tem 7 classes.


(2) As turmas deste professor possuem ao todo 65 alunos.
(4) Menos de 50 alunos possuem menos de 99,5 cm de altura.
(8) Os valores representados no eixo x do gráfico correspondem aos limites das
classes da distribuição.
(16) 69,2% das observações estão no intervalo 69,5 |--- 109,5.
(32) Não mais de quinze alunos possuem pelo menos 89,5 cm de altura.
(64) No máximo 47 alunos estão no intervalo 49,5 |--- 89,5.
(128) Não menos de 60,0% dos alunos estão no intervalo 59,5 |--- 79,5.
(256) 50 alunos estão entre o segundo e quinto intervalos de classes.

83
11 – Um gerente estava interessado em estudar o percentual de recursos alocados
em aplicações de risco de um conjunto de clientes com recursos acima de R$
100.000,00. Para tanto, foi selecionada uma amostra de clientes com esse perfil e
fez-se o histograma da variável percentual de recursos alocados em aplicações de
risco.

a) Quantos clientes foram pesquisados?


b) Qual a porcentagem de clientes que alocaram um percentual de recursos igual ou
superior a 18 em aplicações de risco?
c) Elabore o polígono de frequências acumuladas.

84
VI - MEDIDAS DE POSIÇÃO

1 – Introdução
O estudo que fizemos sobre distribuições de frequência, até agora, permite-nos
descrever, de modo geral, os grupos dos valores que uma variável pode assumir.
Dessa forma, podemos localizar a maior concentração de valores de uma dada
distribuição, isto é, se ela se localiza no início, no meio ou no final, ou ainda, se há
uma distribuição por igual.
Porém, para ressaltar as tendências características de cada distribuição,
isoladamente, ou em confronto com outras, necessitamos introduzir conceitos que se
expressam através de números, que nos permitam traduzir essas tendências. Esses
conceitos são denominados elementos típicos da distribuição e são as:
a. Medidas de posição;
b. Medidas de variabilidade ou dispersão;
c. Medidas de assimetria;
d. Medidas de curtose.
Dentre os elementos típicos, destacamos, neste capítulo, as medidas de posição -
estatísticas que representam uma série de dados orientando-nos quanto à posição da
distribuição em relação ao eixo horizontal do gráfico da curva de frequência.
As medidas de posições mais importantes são as medidas de tendência central ou
promédias, que recebem tal denominação pelo fato de os dados observados
tenderem, em geral, a se agruparem em torno dos valores centrais. Dentre as
medidas de tendência central, destacamos:
a. A média aritmética;
b. A moda;
c. A mediana.
Outras promédias menos usadas são as médias: geométrica, harmônica, quadrática,
cúbica e biquadrática.
As outras medidas de posição são as separatrizes, que englobam: a própria
mediana, os decis, os quartis e os percentis.

85
2 – Média Aritmética ( )
Em um conjunto de dados, podemos definir vários tipos de médias. Porém, em
nossos estudos iremos nos limitar a mais importante: a média aritmética.

Média Aritmética é o quociente entre a soma dos valores da variável pelo número
deles.

onde xi são os valores da variável e n o número de valores.


2.1 – Dados não - agrupados
Quando desejamos conhecer a média dos dados não-agrupados em tabelas de
frequências, determinamos a média aritmética simples.
Exemplo: Sabendo-se que a venda diária de arroz tipo A, durante uma semana, foi
de 10, 14, 13, 15, 16, 18 e 12 kg, temos, para venda média diária na semana de:

.= (10+14+13+15+16+18+12) / 7 = 14 kg

Logo: .= 14 Kg
Às vezes, a média pode ser um número diferente de todos os da série de dados que
ela representa. É o que acontece quando temos os valores 2, 4, 6 e 8, para os quais a
média é 5. Esse será o número representativo dessa série de valores, embora não
esteja representado nos dados originais. Neste caso, costumamos dizer que a média
não tem existência concreta.
2.2 – Desvio em relação à média

Denominamos Desvio em relação à média a diferença entre cada elemento de


um conjunto de valores e a média aritmética.
Designando o desvio por di, temos:.di = Xi - . No exemplo anterior temos sete
desvios:
d1 = 10 - 14 = -4;
d2 = 14 - 14 = 0;
d3 = 13 - 14 = -1;
d4 = 15 - 14 = 1;
d5 = 16 - 14 = 2;
d6 = 18 - 14 = 4;
d7 = 12 - 14 = -2.

86
2.3 -.Propriedades da média
1ª propriedade: A soma algébrica dos desvios em relação à média é nula. Ou
seja:

No exemplo anterior: d1 + d2 + d3 + d4 + d5 + d6 + d7 = 0
2ª propriedade: Somando-se (ou subtraindo-se) uma constante (c) a todos os
valores de uma variável, a média do conjunto fica aumentada (ou diminuída)
dessa constante.

Se no exemplo anterior, somarmos a constante 2 a cada um dos valores da variável


temos:
Y = (12+16+15+17+18+20+14) / 7 = 112/7 = 16 kg

Ou seja, Y = .+ 2 = 14 +2 = 16 kg

3ª propriedade: Multiplicando-se (ou dividindo-se) todos os valores de uma


variável por uma constante (c), a média do conjunto fica multiplicada (ou
dividida) por essa constante.

Se no exemplo anterior multiplicarmos a constante 3 a cada um dos valores da


variável temos:
Y = (30+42+39+45+48+54+36) / 7 = 294/7 = 42 kg

Ou seja, Y = x 3 = 14 x 3 = 42 kg.

87
2.4 – Dados Agrupados
• A média aritmética sem intervalos de classe
Consideremos a distribuição relativa a 34 famílias de quatro filhos, tomando para
variável o número de filhos do sexo masculino. Calcularemos a quantidade média de
meninos por família:
Nº de meninos Frequência (fi)
0 2
1 6
2 10
3 12
4 4
Total 34

Neste caso, como as frequências são números indicadores da intensidade de cada


valor da variável, elas funcionam como fatores de ponderação, o que nos leva a
calcular a média aritmética ponderada, dada pela fórmula:

O modo mais prático de obtenção da média ponderada é abrir, na tabela, uma coluna
correspondente aos produtos xifi:

xi fi x i . fi
0 2 0
1 6 6
2 10 20
3 12 36
4 4 16
Σ 34 78
Temos, Σ xifi = 78 e Σf i = 34
Logo Σ xifi / Σf i = 78 / 34 = 2,3
Portanto a média é de 2,3 meninos por família.

88
Nota:
- Sendo x uma variável discreta, como interpretar o resultado obtido, 2 meninos e 3
décimos de menino?
O valor médio de 2,3 meninos sugere, neste caso, que o maior número de famílias
tem 2 meninos e 2 meninas, sendo, porém, a tendência geral de uma leve
superioridade numérica em relação ao número de meninos.
Resolva:
1 – Calcule a média aritmética da distribuição:
xi 1 2 3 4 5 6
fi 2 4 6 8 3 1

• A média aritmética com intervalos de classe


Neste caso, convencionamos que todos os valores incluídos em um determinado
intervalo de classe coincidem com o seu ponto médio, e determinamos a média
aritmética ponderada por meio da fórmula:

Onde xi é o ponto médio da classe.


Exemplo: Considere a distribuição de frequência relativo a estaturas, em cm, de 40
bebês. Calcular a estatura média dos bebês conforme a tabela abaixo.

i Estaturas (cm) fi
1 50 |---- 54 4
2 54 |---- 58 9
3 58 |---- 62 11
4 62 |---- 66 8
5 66 |---- 70 5
6 70 |---- 74 3
Σ 40

89
Pela mesma razão do caso anterior, vamos, inicialmente, abrir uma coluna para os
pontos médios (xi) e outra para os produtos xifi:

i Estaturas (cm) fi xi xi.fi


1 50 |---- 54 4 52 208
2 54 |---- 58 9 56 504
3 58 |---- 62 11 60 660
4 62 |---- 66 8 64 512
5 66 |---- 70 5 68 340
6 70 |---- 74 3 72 216
Σ 40 2.440

Temos, Σ xifi = 2440 e Σf i = 40; Logo Σ xifi / Σf i = 2440 / 40 = 61


Portanto, a estatura média dos bebês é de 61 cm.

2.5 – Emprego da média


A média é utilizada quando:
a. desejamos obter a medida de posição que possui a maior estabilidade;
b. houver necessidade de um tratamento algébrico ulterior.

Resolva:
1 – Calcule a media da distribuição de frequência:
CUSTO (R$) 450 |-- 550 |-- 650 |-- 750 |-- 850 |-- 950 |-- 1050 |-- 1150

fi 8 10 11 16 13 5 1

3 – Moda

Denominamos Moda o valor que ocorre com maior frequência em uma série de
valores.

Mo é o símbolo da moda.
Desse modo, o salário modal dos empregados de uma fábrica é o salário mais
comum, isto é, o salário recebido pelo maior número de empregados dessa fábrica.

90
3.1 – Dados não - agrupados
Quando lidamos com dados não-agrupados, a moda é facilmente reconhecida: basta,
de acordo com definição, procurar o valor que mais se repete.
Exemplo: Na série de dados {7, 8, 9, 10, 10, 10, 11, 12} a moda é igual a 10.
Há séries nas quais não exista valor modal, isto é, nas quais nenhum valor apareça
mais vezes que outros.
Exemplo: {3 , 5 , 8 , 10 , 12 } não apresenta moda. A série é amodal.
Em outros casos, pode haver dois ou mais valores de concentração. Dizemos, então,
que a série tem dois ou mais valores modais.
Exemplo: {2 , 3 , 4 , 4 , 4 , 5 , 6 , 7 , 7 , 7 , 8 , 9 } apresenta duas modas: 4 e 7. A
série é bimodal.
3.2 – Dados agrupados
• Sem intervalos de classe
Uma vez agrupados os dados, é possível determinar imediatamente a moda: basta
fixar o valor da variável de maior frequência.
Exemplo: Qual a temperatura mais comum medida no mês abaixo:
Temperaturas (º C) Frequência
0 3
1 9
2 12
3 6
Resp.: 2º C é a temperatura modal, pois é a de maior frequência (12 vezes).
• Com intervalos de classe
A classe que apresenta a maior frequência é denominada classe modal. Pela
definição, podemos afirmar que a moda, neste caso, é o valor dominante que está
compreendido entre os limites da classe modal.
O método mais simples para o cálculo da moda consiste em tomar o ponto médio da
classe modal. Damos a esse valor a denominação de moda bruta.

91
Onde: l* = limite inferior da classe modal;
L*= limite superior da classe modal.
Exemplo: Calcule a estatura modal conforme a tabela abaixo.
Classes (cm) Frequência
54 |---- 58 9
58 |---- 62 11
62 |---- 66 8
66 |---- 70 5
Resposta: A classe modal é 58 |---- 62, pois é a de maior frequência.
l* = 58 e L* = 62
Mo = (58+62) / 2 = 60 cm (este valor é estimado, pois não conhecemos o valor real
da moda).

Há, para o cálculo da moda, outros métodos mais elaborados, como, por exemplo, o
que faz uso da fórmula de Czuber:

l* é o limite inferior da classe modal;


h* é a amplitude da classe modal;
D1 = f* - f (ant.);
D2 = f* - f (post.);
Sendo:
f* a frequência simples da classe modal;
f (ant.) a frequência simples da classe anterior à classe modal;
f (post.) a frequência simples da classe posterior à classe modal.

92
Exemplo: Considere a distribuição a seguir
Classes fi
150 |---- 154 4
154 |---- 158 9
158 |---- 162 11
162 |---- 166 8
166 |---- 170 5
170 |---- 174 3
Total 40
Temos:
D1 = 11 – 9 = 2 e D2 = 11 – 8 = 3;
Mo = 158 + 2 x 4 = 159,6 cm
2+3

3.3 – Emprego da moda


A moda é utilizada quando:
a. desejamos obter uma medida rápida e aproximada de posição;
b. quando a medida de posição deva ser o valor mais típico da distribuição.
Resolva:
1 – Calcule a moda da distribuição de frequência:
Classes fi
450 |---- 550 8
550 |---- 650 10
650 |---- 750 11
750 |---- 850 16
850 |---- 950 13
950 |---- 1050 5
1050 |---- 1150 1
Total 64

93
4 – Mediana

A Mediana de um conjunto de valores, dispostos segundo uma ordem (crescente


ou decrescente), é o valor situado de tal forma no conjunto que o separa em dois
subconjuntos de mesmo número de elementos.

Símbolo da mediana: Md
4.1 – Dados não-agrupados
Dada uma série de valores como, por exemplo:
{5, 2, 6, 13, 9, 15, 10}
De acordo com a definição de mediana, o primeiro passo a ser dado é o da
ordenação (crescente ou decrescente) dos valores:
{2, 5, 6, 9, 10, 13, 15}
Em seguida, tomamos aquele valor central que apresenta o mesmo número de
elementos à direita e à esquerda. Neste caso o valor que divide a série acima em
duas partes iguais é o 9, logo a Md = 9.
Se, porém, a série dada tiver um número par de termos, a mediana será, por
definição, qualquer dos números compreendidos entre os dois valores centrais da
série. Convencionou-se utilizar o ponto médio.
• .Método prático para o cálculo da Mediana
a) Se a série dada tiver número ímpar de termos:
O valor mediano será o termo de ordem dado pela fórmula:
(n+1)/2

Exemplo: Calcule a mediana da série {1, 3, 0, 0, 2, 4, 1, 2, 5}


1º - ordenar a série {0, 0, 1, 1, 2, 2, 3, 4, 5}
n = 9, logo (n + 1)/2 é dado por (9 + 1) / 2 = 5, ou seja, o 5º elemento da série
ordenada será a mediana.
A mediana será o 5º elemento = 2

94
b) Se a série dada tiver número par de termos:
O valor mediano será dado pela fórmula:
. [( n/2 ) +( n/2+ 1 )] / 2
Obs.: n/2 e (n/2 + 1) serão termos de ordem e devem ser substituídos pelo valor
correspondente.

Exemplo: Calcule a mediana da série {1, 3, 0, 0, 2, 4, 1, 3, 5, 6}


1º - ordenar a série {0, 0, 1, 1, 2, 3, 3, 4, 5, 6}
n = 10, logo a fórmula ficará: [(10/2) + (10/2 + 1)] / 2
[(5 + 6)] / 2, será na realidade (5º termo + 6º termo) / 2
Temos: 5º termo = 2 e 6º termo = 3
A mediana será = (2 + 3) / 2, ou seja, Md = 2,5. A mediana no exemplo será a
média aritmética do 5º e 6º termos da série.
Notas:
• Quando o número de elementos da série estatística for ímpar, haverá
coincidência da mediana com um dos elementos da série.
• Quando o número de elementos da série estatística for par, haverá ou não
coincidência da mediana com um dos elementos da série. A mediana será
sempre a média aritmética dos 2 elementos centrais da série.
• Em uma série a mediana, a média e a moda não têm, necessariamente, o
mesmo valor.
• A mediana depende da posição e não dos valores dos elementos na série
ordenada. Essa é uma das diferenças marcantes entre mediana e média (que
se deixa influenciar, e muito, pelos valores extremos). Vejamos:
Em {5, 7, 10, 13, 15}; a média = 10 e a mediana = 10
Em {5, 7, 10, 13, 65}; a média = 20 e a mediana = 10
Isto é, a média do segundo conjunto de valores é maior do que a do primeiro, por
influência dos valores extremos, ao passo que a mediana permanece a mesma.

95
4.2 – Dados agrupados
Se os dados se agrupam em uma distribuição de frequência, o cálculo da mediana se
processa de modo muito semelhante àquele dos dados não-agrupados, implicando,
porém, a determinação prévia das frequências acumuladas. Ainda aqui, temos que
determinar um valor tal que divida a distribuição em dois grupos que contenham o
mesmo número de elementos.
• Sem intervalos de classe
Neste caso, é o bastante identificar a frequência acumulada imediatamente superior
à metade da soma das frequências. A mediana será aquele valor da variável que
corresponde a tal frequência acumulada.
- Quando o somatório das frequências for ímpar o valor mediano será o termo de
ordem dado pela fórmula:

Exemplo – considere a distribuição abaixo:


Variável (xi) fi Fi
0 2 2
1 6 8
2 9 17
3 13 30
4 5 35
Total 35 --

Como o somatório das frequências Σfi = 35, a fórmula para calcular a mediana será:
(35+1) / 2 = 18º termo.
Pela distribuição temos a mediana igual ao valor da variável correspondente ao 18º
termo, ou seja, igual a 3.
- Quando o somatório das frequências for par o valor mediano será o termo de
ordem dado pela fórmula:

96
Exemplo - Calcule Mediana da tabela abaixo:

xi fi Fi
12 1 1
14 2 3
15 1 4
16 2 6
17 1 7
20 1 8
Total 8 --
Aplicando fórmula acima teremos:
[(8/2)+ (8/2+1)]/2 = (4º termo + 5º termo) / 2 = (15 + 16) / 2 = 15,5
Logo, o valor da mediana para esta distribuição será igual a 15,5.

Resolva:
1 – Calcule a mediana da distribuição:
xi 2 4 6 8 10
fi 3 7 12 8 4

• Com intervalos de classe


Neste caso, o problema consiste em determinar o ponto do intervalo em que está
compreendida a mediana.
Para tanto, temos inicialmente que determinar a classe na qual se acha a mediana –
classe mediana.

97
Devemos seguir os seguintes passos:

Exemplo: Considere a distribuição a seguir


Classes fi Fi
50 |---- 54 4 4
54 |---- 58 9 13
58 |---- 62 11 24
62 |---- 66 8 32
66 |---- 70 5 37
70 |---- 74 3 40
Total 40 --

Temos: = 40 / 2 =.20
Logo,.a classe mediana será a terceira classe, ou seja, 58 |---- 62 e com base nesta
classe temos ainda:
l* = 58........... F(ant) = 13........... f* = 11........... h* = 4
Substituindo esses valores na fórmula acima, obtemos:
Md = 58 + [(20 - 13) x 4] / 11 = 58 + (28/11) = 58 + 2,54 = 60,54
Obs.: Este valor (Md = 60,54) é estimado, pois não temos os 40 valores da
distribuição.
NOTA: No caso de existir uma frequência acumulada exatamente igual a Σfi/2, a
mediana será o limite superior da classe correspondente.

98
Exemplo: Considere a distribuição a seguir

i Classes fi Fi
1 0 |---- 10 1 1
2 10 |---- 20 3 4
3 20 |---- 30 9 13
4 30 |---- 40 7 20
5 40 |---- 50 4 24
6 50 |---- 60 2 26
Total 26 --

Temos: = 26 / 2 =.13
Logo,.Md = L* = 30

4.3 - Emprego da Mediana


A mediana é usada quando:
a. desejamos obter o ponto que divide a distribuição em duas partes iguais;
b. há valores extremos que afetam de maneira acentuada a média aritmética;
c. a variável em estudo é salário.

Resolva:
1 – Calcule a mediana da distribuição de frequência:
CUSTO (R$) 450 |-- 550 |-- 650 |-- 750 |-- 850 |-- 950 |-- 1050 |-- 1150

fi 8 10 11 16 13 5 1

5 – Posição Relativa da Média, Moda e Mediana


Quando uma distribuição é simétrica, as três medidas coincidem. Porém, a
assimetria torna-as diferentes e essa diferença é tanto maior quanto maior é a
assimetria. Assim, em uma distribuição em forma de sino, temos:
Media = Mediana = Moda, no caso da curva simétrica;
Moda < Mediana < Media, no caso da curva assimétrica positiva;
Media < Mediana < Moda, no caso da curva assimétrica negativa;

99
6 – As Separatrizes
Como vimos, a mediana caracteriza uma série de valores devido à sua posição
central. No entanto, ela apresenta uma característica, tão importante quanto a
primeira: ela separa a série em dois grupos que apresentam o mesmo número de
valores.
Assim, além das medidas de posição que estudamos, há outras que, consideradas
individualmente, não são medidas de tendência central, mas estão ligadas à mediana
relativamente à sua segunda característica, já que se baseiam em posição na série.
Essas medidas – os quartis, os percentis e os decis – são, juntamente com a
mediana, conhecidas pelo nome genérico de separatrizes.
6.1 – Os quartis

Denominamos quartis os valores de uma série que a divide em quatro partes


iguais.

100
Há, portanto, três quartis (Q1, Q2 e Q3 ) para dividir a série em quatro partes iguais:
a. O primeiro quartil (Q1) – valor situado de tal modo na série que uma quarta
parte (25%) dos dados é menor que ele e as três quartas partes restantes (75%)
são maiores.
b. O segundo quartil (Q2) – evidentemente, valor que coincide com a mediana
(Q2 = Md).
c. O terceiro quartil (Q3) – valor situado de tal modo na série que as três
quartas partes (75%) dos termos são menores que ele e uma quarta parte
restante (25%) é maior.
Quando os dados não estão agrupados, o método mais prático é utilizar o princípio
do cálculo da mediana para os 3 quartis. Na realidade serão calculadas "3 medianas"
em uma mesma série.
Exemplo1: Calcule os quartis da série: { 5, 2, 6, 9, 10, 13, 15 }
O primeiro passo a ser dado é o da ordenação (crescente ou decrescente) dos
valores:
{ 2, 5, 6, 9, 10, 13, 15 }
O valor que divide a série acima em duas partes iguais é igual a 9, logo a Md = 9
que será igual a Q2.
Temos agora {2, 5, 6 } e {10, 13, 15 } como sendo os dois grupos de valores iguais
proporcionados pela mediana (quartil 2). Para o cálculo do quartil 1 e 3 basta
calcular as medianas das partes iguais provenientes da verdadeira Mediana da série
(quartil 2).
Logo em { 2, 5, 6 } a mediana é = 5 . Ou seja: será o quartil 1
em {10, 13, 15 } a mediana é =13 . Ou seja: será o quartil 3

Exemplo2: Calcule os quartis da série: { 1, 1, 2, 3, 5, 5, 6, 7, 9, 9, 10, 13 }


A série já está ordenada, então calcularemos o Quartil 2 = Md = (5+6)/2 = 5,5
O quartil 1 será a mediana da série à esquerda de Md: { 1, 1, 2, 3, 5, 5 }
Q1 = (2+3)/2 = 2,5
O quartil 3 será a mediana da série à direita de Md: {6, 7, 9, 9, 10, 13 }
Q3 = (9+9)/2 = 9

101
Quando os dados são agrupados, para determinar os quartis usamos a mesma
técnica do cálculo da mediana, bastando substituir, na fórmula da mediana,
por:

• Sem Classes:

Calcular os valores do Q1, Q2 e Q3 da tabela seguinte:

Números de faltas de acadêmicos do primeiro semestre.


N° de faltas fi Fi
1 6 6
3 8 14
4 13 27
6 7 34
7 4 38
Total 38 --

a) Cálculo do Q1

1° Passo: Determinar a posição do 1° quartil (25%)


1  38
PQ1 = = 9,5  posição do 1 quartil
4
2° Passo: Procurar na coluna da Fi a posição do 9,5° elemento
3° Passo: A variável que corresponde à posição do 9,5° elemento é 3 (na segunda
classe).
25% dos acadêmicos tiveram 3 faltas

b) Cálculo do Q2

1° Passo: Determinar a posição do 2° quartil (50%)


2  38
PQ 2 = = 19  posição do 2 quartil
4
2° Passo: Procurar na coluna da Fi a posição do 19° elemento
3° Passo: A variável que corresponde à posição do 19° elemento é 4 (na terceira
classe).
50% dos acadêmicos tiveram 4 faltas.

102
c) Cálculo do Q3

1° Passo: Determinar a posição do 3° quartil (50%)


3  38
PQ 3 = = 28,5  posição do 3 quartil
4
2° Passo: Procurar na coluna da Fi a posição do 28,5° elemento
3° Passo: A variável que corresponde à posição do 28,5° elemento é 6 (na quarta
classe).
75% dos acadêmicos tiveram 6 faltas.

• Com Classes:
Sendo K o número de ordem do quartil. Assim temos:

Exemplo:
Classes fi Fi
150 |---- 154 4 4
154 |---- 158 9 13 (Q1)
158 |---- 162 11 24
162 |---- 166 8 32 (Q3)
166 |---- 170 5 37
170 |---- 174 3 40
Total 40 --

103
Resolva:

1. Complete os esquemas para o cálculo do primeiro e do terceiro quartis da


distribuição de frequência:

104
6.2 – Os Decis

Denominamos decis os nove valores que separam uma série em dez partes iguais.

Indicamos:
D1, D2, D3, ............, D9
É evidente que:
D5= Q2 = Md

105
O cálculo de um decil segue a mesma técnica do cálculo da mediana, porém, a
fórmula será substituída por:

10

Sendo K o número de ordem do decil. Assim temos:

10
D1

10
D3

Exemplo: Calcule o sétimo decil

Classes fi Fi
150 |---- 154 4 4
154 |---- 158 9 13
158 |---- 162 11 24
162 |---- 166 8 32 (D7)
166 |---- 170 5 37
170 |---- 174 3 40
Total 40 --

Sétimo Decil:
7 x ∑ fi/10 = 7 x 40/10 = 28 (28º termo)

D7 = 162 + (28 -24).4


8
D7 = 162 + 2 = 164

106
6.3 – Os Percentis

Denominamos percentis ou centis os noventa e nove valores que separam uma


série em cem partes iguais.

Indicamos:
P1, P2, P3, ............, P99
É evidente que:
P50= D5= Q2 = Md, P25= Q1, P75= Q3
O cálculo de um percentil segue a mesma técnica do cálculo da mediana, porém, a
fórmula será substituída por:

Sendo K o número de ordem do percentil. Assim para o 27º percentil, temos:

Exemplo:
Considerando a distribuição de frequência, temos para o oitavo percentil:

Classes fi Fi
150 |---- 154 4 4 (P8)
154 |---- 158 9 13
158 |---- 162 11 24
162 |---- 166 8 32
166 |---- 170 5 37
170 |---- 174 3 40
Total 40 --

107
108
Resolva:

1. Complete o esquema para o cálculo do vigésimo percentil da distribuição:

109
EXERCÍCIOS
1 – Com relação às propriedades da média aritmética, moda e mediana, marque V
ou F nas sentenças abaixo.
( ) Multiplicando-se todos os elementos de uma série por 5, sua média permanece
inalterada.
( ) A mediana de uma série disposta em ordem crescente é o termo que a divide em
três partes iguais.
( ) A moda é o valor da variável que possui maior frequência.
( ) A mediana de uma série de 46 elementos é a média dos valores do 23º e do 24º
termos desta série, quando ela estiver disposta em ordem crescente.
( ) A mediana de uma série de 33 elementos é o valor do 17º termo desta série,
quando ela estiver disposta em ordem decrescente.
( ) Dividindo-se todos os números de uma série com cinco elementos por 2, sua
mediana ficará multiplicada por 2.

2 - A média da série {21, 13, 8, 15, 27, 12, 16, 12, 17, 3, 26, 10} é igual a:
( ) 15 ( ) 12 ( ) 15,5 ( ) 14 ( ) 16

3 - A mediana da série {21, 13, 8, 15, 30, 12, 17, 3, 26, 10, 25, 16} é igual a:
( ) 15 ( ) 12 ( ) 16 ( ) 14 ( ) 15,5

4 - A moda da série {21, 13, 8, 15, 27, 12, 16, 12, 17, 3, 26, 10} é igual a:
( ) 15 ( ) 12 ( ) 15,5 ( ) 14 ( ) 16

5 – Um supermercado tem 200 empegados, sendo 150 mulheres e 50 homens. A


media salarial das mulheres é de 3 salários mínimos e dos homens é de 5 salários
mínimos. A média salarial dos empregados deste supermercado, em salários
mínimos, é:
a) 3,1 b) 3,2 c) 3,3 d) 3,4 e) 3,5

6 – Sabe-se que a média aritmética de 5 números inteiros distintos, estritamente


positivos, é 16. O maior valor que um desses números pode assumir é:
a) 16 b) 20 c) 50 d) 70 e) 100

7 – A média aritmética dos elementos de um conjunto de 28 números é 27. Se


retirarmos desse conjunto três números, de valores 25, 28 e 30, a média aritmética
dos elementos do novo conjunto é:
a) 25,48 b) 26,38 c) 28,04 d) 26,62 e) 26,92
110
8 – A distribuição de idades dos alunos de uma sala é dada pelo gráfico abaixo.

Qual das alternativas representa melhor a média aritmética das idades dos alunos:
a) 16 anos e 10 meses b) 17 anos e 1 mês c) 17 anos e 5 meses
d) 17 anos e 4 meses e) 18 anos e 2 meses

9 - Considere a distribuição de frequências:

Classes Frequências
02 |- 04 3
04 |- 06 k
06 |- 08 1001
08 |- 10 3k-12
10 |- 12 3
Total

Determine o valor de k para que a média, a moda e a mediana possuam valores


iguais.

10 - Considere a tabela de distribuição de frequência a seguir, calcule a média, a


moda e a mediana das encomendas devolvidas em 35 correios de Fortaleza no mês
de abril de 2015:
Nº. DE
(fi)
CHEQUES
36 |---- 40 6
40 |---- 44 9
44 |---- 48 4
48 |---- 52 8
52 |---- 56 5
56 |---- 60 3
Total 35

111
11 – Seja a tabela a seguir:

IDADE Fi
11 10
12 15
13 25
14 40
15 50

A média aritmética vale:


a) 13,2 b) 14,2 c) 14,0 d) 14,5 e) 13,6
A moda e a mediana valem?

12 – A produção diária de parafusos da Indústria Asterx Ltda. é de 20 lotes, cada um


contendo 100.000 unidades. Ao escolher uma amostra de oito lotes, o controle de
qualidade verificou o número seguinte de parafusos com defeitos em cada lote:

Amostra 1 2 3 4 5 6 7 8
Defeitos 300 550 480 980 1050 350 450 870
Pede-se:
a) Calcular a média diária de parafusos com defeitos;
b) Projetar o número total de parafusos com defeitos em um dia de trabalho.

13 – O Centro Acadêmico de Engenharia Ambiental pretende iniciar uma campanha


junto à direção do IFCE com vistas a melhoria das salas de informática. Para tal, fez
uma enquete com todos os alunos do curso e perguntou sobre o número de
computadores que cada um tinha em sua residência e obteve a tabela:

Computadores 0 1 2 3 4
Frequência 156 135 47 25 8

a) Calcule a média e o desvio padrão do conjunto de dados.


b) O centro acadêmico argumenta que o ideal é ter uma média de 1 computador por
aluno, juntando os 20 da sala de informática do IFCE com os que os alunos têm em
casa. Quantos computadores precisariam ser acrescentados à sala de informática
para atender o Centro Acadêmico?

112
14 - A média aritmética dos salários de cinco funcionários de uma empresa é R$
2.500,00. A média aritmética dos salários dos três primeiros é R$ 3.000,00, o quinto
ganha R$ 500,00 a mais que o quarto. Nesse caso, o salário do quinto empregado é
igual a?

15 – Certa competição tem 6 etapas eliminatórias. Sabe-se que a média aritmética


do número de pessoas que participaram da primeira e da segunda etapa é igual ao
quádruplo da média aritmética do número de pessoas que participaram de cada uma
das quatro etapas seguintes.
Desse modo, a razão entre o número de pessoas que participaram da primeira e da
segunda etapa e o número total de pessoas que participaram dessa competição é de?

16 - Usando a seguinte tabela, calcular:

Quantidade de filhos dos funcionários de uma pequena empresa.

Filhos f Fi
0 18 18
1 35 53
2 46 99
3 28 127
4 25 152
5 10 162
6 5 167
7 3 170
Total 170 --

a) Q1 e Q3;
b) D1 a D9; (escolha três)
c) P1 a P99. (escolha três)

113
17 - Calcule a média, moda e a mediana das distribuições de frequência abaixo:

18 - Para cada uma das distribuições de frequência do exercício anterior calcule:


a) Q1 e Q3;
b) D4 e D9;
c) P1; P10; P15; P23 e P92.

19 - O gráfico apresenta o comportamento de emprego formal surgido, segundo o


CAGED, no período de janeiro a outubro de 2010.

Com base no gráfico, o valor da média e da mediana dos empregos formais surgidos
no período vale?

114
20 - Para testar o raciocínio lógico dos estudantes. Um professor do IF aplicou uma
mesma prova para os alunos do 1° e do 2° semestres. A nota média da prova,
considerando o total dos 150 alunos, foi de 7,80. A nota média dos alunos do S1 foi
7,4 e a nota média dos alunos do S2 foi 8,4. O número de alunos do S1 é?

21 - A tabela a seguir apresenta a distribuição de frequências do consumo mensal de


gás natural, em m³, dos domicílios residenciais de determinado município.

Consumo de gás
Nº de Domicílios
(m3)
0 |---- 6 X
6 |---- 12 0,5X
12 |---- 18 0,25X
18 |---- 24 0,25X
Sejam:

I. Q1 e Q3, respectivamente, o primeiro e o terceiro quartis do consumo de gás


desses domicílios, calculados por meio dessa tabela pelo método da interpolação
linear.
II. o consumo médio de gás desses domicílios, obtido por meio dessa tabela,
calculado como se todos os valores de cada classe de consumo coincidissem com o
ponto médio da referida classe.
Calcule o valor de (Q3 - Q1 + ), em m³.

22 - Em 2010, uma loja de carros vendeu 270 carros a mais que em 2009. O gráfico
abaixo ilustra as vendas nesses dois anos. Nessas condições, pode-se concluir que a
média aritmética das vendas efetuadas por essa loja durante os dois anos foi de?

23 - A média aritmética dos elementos do conjunto {17, 8, 30, 21, 7, x} supera em


uma unidade a mediana dos elementos desse conjunto. Se x é um número real tal
que 8 < x < 21 e x ≠ 17, então a média aritmética dos elementos desse conjunto é
igual a?

24 - Considere o conjunto A = {x  N* | x  51}. Retirando-se um número desse


conjunto, a média aritmética entre seus elementos não se altera. Esse número é:
a) ímpar b) primo c) quadrado perfeito d) maior que 30 e) múltiplo de 13

115
25 - Na revisão da prova de Estatística de uma turma de quinze alunos do IFCE,
apenas uma nota foi alterada, passando a ser 7,5. Considerando-se que a média da
turma aumentou em 0,1 calcule a nota do aluno antes da revisão.

26 – O supervisor de uma agência bancária obteve dois gráficos que mostravam o


número de atendimentos realizados por funcionários. O Gráfico I mostra o número
de atendimentos realizados pelos funcionários A e B, durante 2 horas e meia, e
o Gráfico II mostra o número de atendimentos realizados pelos funcionários C, D e
E, durante 3 horas e meia.

Observando os dois gráficos, o supervisor desses funcionários calculou o número de


atendimentos por hora, que cada um deles executou. O número de atendimentos, por
hora, que o funcionário B realizou a mais que o funcionário C é?

116
27 - Ao final de uma competição de ciências em uma escola, restaram apenas três
candidatos. De acordo com as regras, o vencedor será o candidato que obtiver a
maior média ponderada entre as notas das provas finais de química e física,
considerando, respectivamente, os pesos 4 e 6 para elas. As notas são sempre
números inteiros. Por questões médicas, o candidato II ainda não fez a prova final
de química. No dia em que sua avaliação for aplicada, as notas dos outros dois
candidatos, em ambas as disciplinas, já terão sido divulgadas. O quadro apresenta as
notas obtidas pelos finalistas nas provas finais.

A menor nota que o candidato II deverá obter na prova final de química para vencer
a competição é?

28 - Uma pesquisa contemplando uma amostra de 54 estagiários da Empresa


“Produtos Bons” Ltda., revelou os salários apresentados na tabela seguinte. Faça a
distribuição de frequência com classes e baseado nela calcule:

497 497 499 500 498 502 501 504 537


505 506 508 508 507 503 508 508 520
510 511 511 511 517 519 511 512 534
512 513 513 513 521 527 514 516 526
518 520 520 523 531 530 524 524 535
525 526 528 529 501 528 530 532 536

a) O salário médio;
b) O salário modal;
c) O salário mediano;
d) Q3; D8; P73.

117
VII – MEDIDAS DE DISPERSÃO OU VARIABILIDADE

1 – Dispersão ou variabilidade
Vimos anteriormente que um conjunto de valores pode ser convenientemente
sintetizado, por meio de procedimentos matemáticos, em poucos valores
representativos – média aritmética, moda e mediana. Tais valores podem servir de
comparação para dar a posição de qualquer elemento do conjunto.
No entanto, quando se trata de interpretar dados estatísticos, mesmo aqueles já
convenientemente simplificados, é necessário ter-se uma ideia retrospectiva de
como se apresentavam esses mesmos dados nas tabelas.
Assim, não é o bastante dar uma das medidas de posição para caracterizar
perfeitamente um conjunto de valores. Vemos, então, que a média – ainda que
considerada como um número que tem a faculdade de representar uma série de
valores – não pode, por si mesma, destacar o grau de homogeneidade que existe
entre os valores que compõem o conjunto.
Consideremos os seguintes conjuntos de valores das variáveis x, y e z:
X: 70, 70, 70, 70, 70
Y: 68, 69, 70, 71, 72
Z: 5, 15, 50, 120, 160
Calculando a média aritmética de cada um desses conjuntos, obtemos:
média da variável x = 70;
média da variável y = 70;
média da variável z = 70;
Vemos então que os três conjuntos apresentam a mesma média aritmética: 70.
Entretanto, é fácil notar que o conjunto X é mais homogêneo que os conjuntos Y e
Z, já que todos os valores são iguais à média. O conjunto Y, por sua vez, é mais
homogêneo que o conjunto Z, pois há menor diversificação entre cada um de seus
valores e a média representativa.
Chamando de dispersão ou variabilidade a maior ou menor diversificação dos
valores de uma variável em torno de um valor de tendência central tomado como
ponto de comparação, podemos dizer que o conjunto X apresenta dispersão ou
variabilidade nula e que o conjunto Y apresenta uma dispersão ou variabilidade
menor que o conjunto Z.

118
Portanto, para qualificar os valores de uma dada variável, ressaltando a maior ou
menor dispersão ou variabilidade entre esses valores e a sua medida de posição, a
Estatística recorre às medidas de dispersão ou de variabilidade.
Dessas medidas, estudaremos a amplitude total, o Desvio-padrão, a Variância e o
Coeficiente de variação.

2 – Amplitude Total
2.1 – Dados não-agrupados

A Amplitude total é a diferença entre o maior e o menor valor observado:


AT = X (max) - X (min)

Exemplo: para os valores: 40, 45, 48, 52, 54, 62 e 70


Temos: AT = 70 – 40 = 30, logo AT = 30.
Quando dizemos que a amplitude total dos valores é 30, estamos afirmando alguma
coisa do grau de sua concentração. É evidente que, quanto maior a amplitude total,
maior a dispersão ou variabilidade dos valores da variável.
Relativamente aos três conjuntos de valores (X, Y e Z) mencionados no início deste
capítulo, temos:
ATX = 70 – 70 = 0, (dispersão nula)
ATY = 72 – 68 = 4
ATZ = 160 – 5 = 155
2.2 – Dados agrupados
2.2.1 – Sem intervalos de classe
Neste caso, ainda temos:

AT = X (max) - X (min)

119
Exemplo:
Considerando a tabela abaixo:

Xi fi
0 2
1 6
2 12
3 7
4 3
Total 30
Temos: AT = 4 – 0 = 4, logo AT = 4.

2.2.2 – Com intervalos de classe


Neste caso, a amplitude total é a diferença entre o limite superior da última classe e
o limite inferior da primeira classe:

AT = L (max) - l (min)

Exemplo:
Considerando a distribuição de frequência abaixo:

Classes fi
150 |---- 154 4
154 |---- 158 9
158 |---- 162 11
162 |---- 166 8
166 |---- 170 5
170 |---- 174 3
Total 40
Temos:
AT = 174 – 150 = 24, logo: AT = 24 cm.
A amplitude total tem o inconveniente de só levar em conta os dois valores
extremos da série, descuidando do conjunto de valores intermediários, o que quase
sempre invalida a idoneidade do resultado. Ela é apenas uma indicação aproximada
da dispersão ou variabilidade.

120
3 – Variância e Desvio-padrão
3.1 – Introdução:
A variância e o desvio-padrão levam em consideração a totalidade dos valores da
variável em estudo, o que faz delas índices de variabilidade bastante estáveis e, por
isso mesmo, os mais geralmente empregados.
A variância é uma medida que tem pouca utilidade como estatística descritiva,
porém é extremamente importante na inferência estatística e em combinações de
amostras.

A variância baseia-se nos desvios em torno da média aritmética, porém


determinando média aritmética dos quadrados dos desvios. Assim,
representando a variância por s2, temos:

Quando se tratar de uma amostra devemos usar no denominador n – 1.


Sendo a variância calculada a partir dos quadrados dos desvios, ela é um número em
unidade quadrada em relação à variável em questão, o que, sob o ponto de vista
prático é inconveniente.

Por isso mesmo, imaginou-se uma nova medida que tem utilidade e
interpretações práticas, denominada desvio-padrão, definida como a raiz
quadrada da variância e representada por S.

Quando se tratar de uma amostra devemos usar no denominador n – 1.


O desvio padrão é uma das mais utilizadas medidas de variação de um grupo de
dados. A vantagem que apresenta sobre a variância é de permitir uma interpretação
direta da variação do conjunto de dados, pois o desvio padrão é expresso na mesma
unidade que a variável (Kg, cm, atm.).

121
Podemos entender o desvio padrão como uma média dos valores absolutos dos
desvios, ou seja, dos desvios considerados todos com sinal positivo, média essa
obtida, porém, por um processo bastante elaborado: calculamos o quadrado de cada
desvio, obtemos a média desses quadrados e, depois obtemos a raiz quadrada da
média dos quadrados dos desvios.
Outra fórmula bastante utilizada para calcular o desvio-padrão de uma população é:

3.2 – Propriedades do desvio-padrão


O desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não negativos e
quanto maior for o seu valor, maior será a dispersão dos dados.
Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam imediatamente da definição,
são:
• Somando-se (ou subtraindo-se) uma constante a todos os valores de uma
variável, o desvio padrão não se altera.
yi = xi ± c → sy = sx
• Multiplicando-se (ou dividindo-se) todos os valores de uma variável por uma
constante (diferente de zero), o desvio padrão fica multiplicado (ou
dividido) por essa constante.
yi = xi . c → sy = sx . c
• O desvio padrão é sempre não negativo e será tanto maior, quanto mais
variabilidade houver entre os dados.
• Se s = 0, então não existe variabilidade, isto é, os dados são todos iguais.
Para o cálculo do desvio-padrão, consideremos os seguintes casos:
3.3 – Dados não-agrupados
Devemos empregar uma das duas fórmulas mostradas para cálculo do desvio-
padrão.

122
Exemplo: Calcular o desvio padrão da população representada por:
População = {10, 6, 1, 3, 5}
xi
10 5 5 25
6 5 1 1
1 5 -4 16
3 5 -2 4
5 5 0 0
Total -- -- 46
Usando a fórmula:

Sabemos que n = 5 e que ∑ / n = 46 / 5 = 9,2.


Logo, a raiz quadrada de 9,2 é o desvio padrão, S = 3,03
Obs.: Podemos também calcular utilizando a outra fórmula possível.
Quando nosso interesse não se restringe à descrição dos dados, mas, partindo da
amostra, visamos tirar inferências válidas para a respectiva população, convém
efetuar uma modificação, que consiste em usar o divisor (n – 1) em lugar de n. A
fórmula ficará então:

Se os dados {10, 6, 1, 3, 5} representassem uma amostra o desvio padrão amostral


seria a raiz quadrada de 46 / (5 -1) = 3,39
Resolva:
1 - Calcule o desvio padrão, dados os valores de uma amostra da variável: 8, 10, 11,
15, 16, 18.
2 - Comprove a primeira propriedade do desvio padrão somando 5 a cada valor da
variável do exercício 1.

123
3 – Comprove a segunda propriedade do desvio padrão multiplicando por 2 cada
valor da variável do exercício 1.
3.4 – Dados agrupados
Quando os dados estão agrupados (temos a presença de frequências) a fórmula do
cálculo do desvio padrão para uma população ficará:

Quando se trata de uma amostra devemos usar a seguinte fórmula:

Podemos também calcular o desvio-padrão populacional pela seguinte fórmula:

Exemplo: Calcule o desvio padrão populacional da tabela abaixo:


xi fi x i . fi . fi
0 2 0 2,1 -2,1 4,41 8,82
1 6 6 2,1 -1,1 1,21 7,26
2 12 24 2,1 -0,1 0,01 0,12
3 7 21 2,1 0,9 0,81 5,67
4 3 12 2,1 1,9 3,61 10,83
Total 30 63 -- Somatório 32,70

Sabemos que ∑ fi = 30 e ∑ . f i / n = 32,7 / 30 = 1,09.


A raiz quadrada de 1,09 é o desvio padrão, ou seja, s = 1,044.
Se considerarmos os dados como sendo de uma amostra o desvio padrão seria:
A raiz quadrada de 32,7 / (30 -1) = 1,062.
Obs.: Nas tabelas de frequências com intervalos de classe a fórmula a ser utilizada
é a mesma do exemplo anterior.
124
No exemplo anterior a variância é igual a:
a) Para a população
S2 = (1,044)2 = 1,09
b) Para a amostra:
S2 = (1,062)2 = 1,13

3.5 – Entendendo o significado do desvio-padrão:


Em termos simples, desvio-padrão é um modo de representar a dispersão dos dados
ao redor da média. Se os dados obedecerem a uma distribuição normal, todos
estarão compreendidos por uma curva em forma de sino; eles se distribuirão
simetricamente ao redor da média.
O quadro a seguir mostra os dados contidos entre desvio-padrão para ambos os
lados da média.

Média + ou – ( ) desvio- % da população incluída Grosseiramente


padrão
1 68,3 2/3 da população
1,96 95,0
2 95,5 95 % da população
2,58 99,0
3 99,7 100 % da população

125
1 - Aproximadamente 68% dos dados estão no intervalo

2 - Aproximadamente 95% dos dados estão no intervalo

126
3. 6 - Variância e graus de liberdade.

Tecnicamente, a variância vem a ser a soma de todos os desvios dos dados


amostrais, em relação à média, elevados ao quadrado, soma essa que depois é
dividida por (n-1), ou seja, pelo número de graus de liberdade da amostra. Graus de
liberdade, por sua vez, não é mais que o número total de dados da amostra, menos 1.
Por que esses desvios são elevados ao quadrado? E por que se divide por (n-1), e
não simplesmente por n? As respostas a essas duas perguntas parecem-me simples:
1. Elevam-se os desvios ao quadrado porque, em relação à média, muitos deles
são negativos e outros positivos, de modo que se fossem simplesmente
somados, o resultado seria zero, tal como ocorre com a média desses mesmos
desvios. Elevando-se cada um deles ao quadrado, porém, todos se tornam
positivos, inclusive os negativos.
2. Os graus de liberdade indicam os espaços entre os dados; e são iguais a (n-1)
porque os espaços entre eles estão sempre uma unidade abaixo do número dos
próprios dados. Para comprovar essa afirmativa, basta contar os dedos de uma
das mãos e depois os espaços existentes entre eles. O mesmo ocorre em
qualquer conjunto de dados amostrais.

Isso compreendido, percebe-se que dividir pelo número de graus de liberdade


significa dividir pelo número de espaços entre os dados, e não pelo número de
dados. A razão de se fazer isso em Estatística é que os estudiosos da Ciência
Estatística descobriram que essa operação conduzia a resultados mais coerentes do
que a divisão por n, pura e simplesmente.

Finalmente, torna-se compreensível também a razão da expressão desvio-padrão: é


que a extração da raiz quadrada da variância — que, por ser um quadrado,
representa uma grandeza em duas dimensões — transforma o quadrado dos desvios
em uma grandeza unidimensional, ou seja, em um comprimento, uma espécie de
média geométrica dos desvios, a qual pode ser encarada como um desvio realmente
padrão. Ou, em outras palavras, um desvio médio em relação à média do conjunto
de dados. Quanto a própria variância da amostra, antes da divisão por (n-1) seria
uma grandeza representativa da variabilidade total dos dados amostrais em relação a
essa mesma média amostral. Após a divisão, seria uma variância média.

127
4 – Coeficiente de Variação

O desvio padrão por si só não nos diz muita coisa. Assim, um desvio padrão de duas
unidades pode ser considerado pequeno para uma série de valores cujo valor médio
é 200; no entanto, se a média for igual a 20, o mesmo não pode ser dito. Além disso,
o fato de o desvio padrão ser expresso na mesma unidade dos dados limita o seu
emprego quando desejamos comparar duas ou mais séries de valores, relativamente
à sua dispersão ou variabilidade, quando expressas em unidades diferentes.
Para contornar essas dificuldades e limitações, podemos caracterizar a dispersão ou
variabilidade dos dados em termos relativos a seu valor médio, medida essa
denominada coeficiente de variação (CV):

Exemplo:
Tomemos os resultados das medidas das estaturas e dos pesos de um mesmo grupo
de indivíduos:
Variável S

Estatura 175 cm 5,0 cm


Peso 68 Kg 2,0 Kg
Temos:
CVE = (5/175) x 100 = 2,85%
CVP = (2/68) x 100 = 2,94%
Logo, nesse grupo de indivíduos, os pesos apresentam maior grau de dispersão que
as estaturas.

128
EXERCÍCIOS
1 – Com relação às propriedades do desvio-padrão, coloque V ou F nas sentenças
abaixo:
( ) O desvio – padrão pode assumir qualquer valor numérico.
( ) O desvio - padrão representa o grau de variabilidade de um conjunto de dados,
ou seja, quanto maior o valor do desvio-padrão mais compactos são seus dados.
( ) Quando o valor do desvio-padrão é zero, todos os valores do conjunto de dados
são iguais, não há variação entre eles.
( ) Quando multiplicarmos uma constante a um conjunto de dados, podemos
afirmar que seu desvio-padrão fica multiplicado por essa constante, assim como sua
média.
( ) Quando somamos uma constante K a um conjunto de dados, podemos afirmar
que seu desvio-padrão e sua média permanecem inalterados.
( ) Para calcularmos o desvio-padrão e a variância para uma população e para uma
amostra, devemos proceder da mesma maneira.
2 – Considere o conjunto de A = {3, 5, 6, 8}, que tem média igual a 5,5 e desvio-
padrão igual a 2,08. Sobre o conjunto B = {9, 15, 18, 24} podemos afirmar que:
( ) Sua média e seu desvio-padrão não se alteram.
( ) A média permanece a mesma e seu desvio-padrão fica multiplicado por 3.
( ) Seu desvio-padrão é o mesmo e a média fica multiplicada por 3.
( ) Tanto a média como o desvio-padrão ficam multiplicados por 3.
( ) Nada podemos afirmar em relação a média e seu desvio-padrão.
3 - Considere os seguintes conjuntos de números:
A = {10, 20, 30, 40, 50} B = {100, 200, 300, 400, 500}
Que relação existe entre os desvios padrões dos dois conjuntos de números?
4 - Dados os conjuntos de números:
A = {220, 230, 240, 250, 260} B = {20, 30, 40, 50, 60}
Que relação existe entre os desvios padrões dos dois conjuntos de números?
5- Dados os conjuntos de números:
A = {-2, -1, 0, 1, 2 } B = {220, 225, 230, 235, 240}
Podemos afirmar, de acordo com as propriedades do desvio padrão, que o desvio
padrão de B é igual:
a) ao desvio padrão de A;
b) ao desvio padrão de A, multiplicado pela constante 5;
c) ao desvio padrão de A, multiplicado pela constante 5, e esse resultado somado a
230;
d) ao desvio padrão de A mais a constante 230.

129
6 – Considere a população A = {1, 3, 7, 9, 6} calcule o desvio-padrão e a variância.

7 – Considere a amostra B = {2, 5, 6, 13, 7, 8} calcule a média, o desvio-padrão e a


variância.

8 - Considere a distribuição de frequência transcrita a seguir como de uma


população. Calcule o desvio-padrão e sua variância.

PESO (kg) fi
41 13
43 12
50 20
54 11
57 15
60 16
TOTAL 87

9 - O gráfico a seguir indica a massa de uma população de objetos. Acrescentando-


se ao grupo n objetos de massa igual a 4 kg cada, sabe-se que a media não se altera,
mas o desvio padrão se reduz à metade do que era. Nessas condições, calcule o valor
de n.

10 - Uma cerâmica fabrica tijolos de acordo com a norma de um grande cliente. A


norma estabelece que os tijolos devem suportar, no mínimo, uma força de
compressão média de 10 kg/cm2 e que o desvio padrão não deve ser superior a 5%
da média. Num ensaio realizado em um lote de tijolos pelo Engenheiro da
Qualidade do cliente, foram registrados os seguintes dados de uma amostra de 6
tijolos, para sua resistência à compressão em kg/cm2: 12; 11; 10; 9; 8,5 e 11,5.
Nestas condições, o Engenheiro da Qualidade aprovará ou reprovará o lote de
tijolos?

130
11 – Os dados abaixo mostram o número de vezes que 35 indivíduos com lombalgia
procuram o serviço de fisioterapia. Calcule a média, a moda, a mediana e o desvio
padrão desta amostra.
Nº de vezes: 0 1 2 3 4 5
Nº de pessoas: 18 10 3 2 1 1
12 – Os desvios tomados em relação à media arbitrária X = 10, de um conjunto de
dados de números, são (-4; -2; 1; -1; 3; -3; 4; 0). Qual é o desvio padrão real desta
amostra de números?
13 – Um levantamento dos preços, em reais, à vista de gasolina e de álcool, em alguns
postos de uma cidade, está mostrado na tabela abaixo.
Gasolina 3,91 4,04 3,86 3,91 3,90 3,88
Álcool 3,20 3,09 3,18 3,11 3,18 3,14
a) Qual é a moda, a média, a mediana, o desvio padrão e o coeficiente de
variação dos preços de cada combustível?
b) Qual é o combustível que tem seus preços mais homogêneos?
c) Se todos os postos reajustarem os preços dos combustíveis em R$ 0,40, qual
será o valor da moda, da média, da mediana e do desvio padrão dos preços de
cada combustível?

14 – A tabela apresenta as estaturas, em centímetros, de uma amostra de 72 atletas.


Faça a distribuição de frequência com classes e baseado nela calcule o desvio-
padrão e a variância.
176 170 171 160 173 171 175 176 161
185 186 188 190 193 195 196 198 170
172 171 178 172 167 183 170 165 180
165 163 173 175 165 166 179 199 190
174 170 174 178 173 174 164 177 195
176 178 180 161 163 165 167 169 206
215 212 208 206 207 204 202 200 210
166 182 163 167 181 167 168 171 213

15 – Uma distribuição simétrica unimodal apresenta mediana igual a 42 dm e


coeficiente de variação igual a 25%. Determine a variância dessa distribuição.

16 - Medidas as estaturas de 1017 indivíduos, obtivemos media igual a 162,2 cm e


desvio padrão de 8,01 cm. O peso médio desses indivíduos é 52 kg, com um desvio
padrão de 2,3 kg. Esses indivíduos apresentam maior variabilidade em estatura ou
peso?
131
17 - Um grupo de cem estudantes tem uma estatura média de 163,8 cm, com um
coeficiente de variação de 3,3%. Qual o desvio padrão desse grupo?

18 – Uma distribuição apresenta as seguintes estatísticas: s = 1,5 e CV = 2,9%.


Determinar a média da distribuição.

19 - Um departamento de produção usa um procedimento de amostragem para testar


a qualidade de itens recém produzidos. O departamento utiliza a seguinte regra de
decisão: se uma amostra de 10 itens tem uma variância maior do que “0,04” a
linha de produção deve ser paralisada para reparos. Os valores da amostra
coletada são:

5,43 5,45 5,43 5,48 5,52 5,50 5,39 5,50 5,38 5,41

A linha de produção deve ser paralisada? Por quê?

20 – Um censo realizado em duas empresas Alfa e Beta revelou que os


coeficientes de variação (CV) correspondentes dos salários de seus empregados
foram 10% e 5%, respectivamente. Sabe-se que a soma das médias aritméticas
dos salários das duas empresas é igual a R$ 3.400,00 e o desvio padrão da
empresa Beta é igual a 9/16 do desvio padrão da empresa Alfa. A soma dos
respectivos valores das variâncias das duas empresas, é igual a?

21 - Em uma empresa pública há 150 funcionários do sexo masculino e 100 do sexo


feminino. As médias aritméticas dos salários dos funcionários do sexo masculino e
feminino são iguais. Os coeficientes de variação dos salários dos funcionários do
sexo masculino e feminino são dados, respectivamente, por 0,15 e 0,10. O desvio
padrão dos salários dos funcionários do sexo masculino supera em 40 reais o desvio
padrão dos salários dos funcionários do sexo feminino. Nessas condições, calcule o
quadrado do coeficiente de variação de todos os funcionários da empresa.

22 - Em uma empresa, 55% dos empregados são do sexo masculino e a média


aritmética dos salários de todos os empregados da empresa é igual a R$ 3.000,00.
Sabe-se que a média aritmética dos salários dos empregados do sexo masculino é
igual a média aritmética dos salários dos empregados do sexo feminino, sendo que
os coeficientes de variação são iguais a 10% e 15%, respectivamente. O desvio
padrão dos salários de todos os empregados da empresa é, em R$, de?

132
23 – Com relação às propriedades das medidas de posição e de dispersão, dê o
somatório das opções corretas:

01 - Dobrando todos os valores dos salários dos funcionários de uma empresa, tem-
se que o salário médio destes funcionários e a respectiva variância também ficam
dobrados.
02 - A diferença entre a variância e o desvio padrão de uma sequência de números é
nula somente no caso em que a variância e o desvio padrão são iguais a zero.
04 - Em qualquer distribuição de valores, a diferença entre a média e a moda é
sempre maior ou igual a zero.
08 - Multiplicando todos os valores de uma sequência de números positivos por um
número positivo tem-se que o respectivo coeficiente de variação não se altera.
16 - O coeficiente de variação correspondente a uma série de números positivos é
igual à divisão do quadrado da respectiva média aritmética pela variância.
32 - Inserindo um número que não altere a média de conjunto de dados, sempre o
desvio padrão será alterado para um valor menor.
64 – Somando uma constante a todos os valores de uma sequência de números
positivos tem-se que o respectivo coeficiente de variação não se altera.

24 - A tabela mostra a distribuição de frequências de uma população de elementos


uma variável X:

X Frequência
-2 6a
1 1a
2 3a

Sabendo que “a” é um número real, então a média e a variância de X são,


respectivamente?

25 – Considerando que o diagrama de ramos-e-folhas a seguir mostra a distribuição


das idades (em anos) de todos os servidores de um Campus do IFCE, calcule a
média, a mediana e o desvio padrão.

133
26 - Foi realizado um levantamento nos 200 hotéis existentes em uma cidade, no
qual foram anotados os valores, em reais, das diárias para um quarto padrão de casal
e a quantidade de hotéis para cada valor da diária. Os valores das diárias foram: A =
R$ 200,00; B = R$ 300,00; C = R$ 400,00 e D = R$ 600,00. No gráfico, as áreas
representam as quantidades de hotéis pesquisados, em porcentagem, para cada valor
da diária.

O valor médio, modal, mediano e do desvio padrão do valor da diária, em reais, para
o quarto padrão de casal nessa cidade, são?

27 – Considere os Histogramas a seguir, correspondentes às distribuições das


variáveis X e Y e analise as afirmações abaixo.

Diga se são Verdadeiras ou Falsas, justificando cada resposta.


a) ( ) A variância de Y é menor que a variância de X.
b) ( ) A mediana de Y é maior que a de X.
c) ( ) Considerando um único valor para a moda, a moda de Y é igual a de X.
d) ( ) As duas variáveis (X e Y) têm o mesmo desvio padrão.
e) ( ) A média da variável X é maior do que a média da variável Y.

28 - No dia do aniversário de sua fundação, uma empresa premiou todos os cinco


clientes que aniversariavam nesse mesmo dia, todos nascidos no século XX.
Observou-se que as idades dos premiados, expressas em anos, eram todas distintas e
que a diferença entre as idades consecutivas era a mesma. Se a diferença entre as
idades consecutivas é igual a 2, então o desvio padrão é igual a:
a) √2 b) 2 c) 2√2 d) 4 e) 4√2
134
29 - De posse dos resultados de produtividade alcançados por todos os funcionários
da empresa em que trabalha, o Gerente de Recursos Humanos decidiu empregar a
seguinte estratégia: aqueles funcionários com rendimento inferior a dois desvios
padrões abaixo da média (Limite Inferior - LI) deverão passar por treinamento
específico para melhorar seus desempenhos; aqueles funcionários com rendimento
superior a dois desvios padrões acima da média (Limite Superior - LS) serão
promovidos a líderes de equipe.
Indicador Frequência
0 |---- 2 10
2 |---- 4 20
4 |---- 6 240
6 |---- 8 410
8 |---- 10 120
Total 800
Calcule os limites LI e LS a serem utilizados pelo Gerente de Recursos Humanos.

30 - Em um almoxarifado há, em estoque, uma amostra de 50 caixas na forma de


paralelepípedos retângulos. Na tabela a seguir são mostrados alguns valores da
frequência absoluta, da frequência relativa e da porcentagem da variável volume
interno da caixa, em litros (L).

Volume da Frequência Frequência Porcentagem


caixa (L) Absoluta relativa (%)
10 5
20
45 0,2
60 40
Total 50 100

Considerando essas informações, julgue os seguintes itens como Verdadeiras (V) ou


Falsas (F).
a) ( ) A média aritmética dos volumes dessas caixas é igual a 40 L.
b) ( ) O Desvio padrão dos volumes dessas caixas é exatamente igual a 19,36 L.
c) ( ) O Coeficiente de variação dos volumes dessas caixas é igual a 48,90 %.

135
31 – Uma pesquisa contemplando uma amostra de 56 estagiários da Empresa
“Mundo Sustentável” Ltda., revelou os salários apresentados na tabela seguinte.
Faça a distribuição de frequência com classes e baseado nela calcule:

497 514 499 513 498 534 501 535


505 524 508 519 507 503 522 508
510 511 511 511 517 519 511 512
512 504 513 536 521 527 530 516
518 520 520 523 502 530 523 524
525 526 528 529 501 528 538 532
537 531 508 513 500 536 497 506

a) O salário médio, o salário modal e o salário mediano;


b) O primeiro (Q1) e o terceiro (Q3) Quartis;
c) O terceiro (D3) e o nono (D9) Decis;
d) O trigésimo sétimo (P37) e octogésimo nono (P89) Percentis;
e) O desvio-padrão e a variância.

32 – A tabela apresenta as estaturas, em centímetros, de uma amostra de 76 atletas.


Faça a distribuição de frequência com classes e baseado nela calcule:

176 170 171 160 173 171 175 176 161 207
185 186 188 190 193 195 196 198 170 200
172 171 178 172 167 183 170 165 180 213
165 163 173 175 165 166 179 199 190 196
174 170 174 178 173 174 164 177 195 --
176 178 180 161 163 165 167 169 206 --
215 212 208 206 207 204 202 200 210 --
166 182 163 167 181 167 168 171 213 --

a) A estatura média, a estatura modal e a estatura mediana;


b) O primeiro (Q1) e terceiro (Q3) Quartis;
c) O quarto (D4) e o nono (D9) Decis;
d) O quadragésimo terceiro (P43) e septuagésimo sétimo (P77) Percentis;
e) O desvio-padrão e a variância.

136
REFERENCIAS

Bonafini, Fernanda César. Estatística. São Paulo: Pearson Education do Brasil,


2012.

Bruni, Adriano Leal. Estatística aplicada à gestão empresarial. 1.ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2007.

Crespo, Antônio Arnot. Estatística fácil. 17.ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

Hoffmann, Ronaldo; Ovalle, Vieira Sonia. Elementos de estatística. 4.ed. São


Paulo: Editora Atlas, 2003.

Morettin, Pedro A. Estatística básica. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

Pinheiro, João Ismael D. Estatística básica: a arte de trabalhar com dados. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2009.

Ronald, E. Walpole. Probabilidade & estatística para engenharia e ciências. São


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

Silva, Ermes Medeiro da; Silva, Elio Medeiro da; Gonçalves; Valter; Murolo,
Afrânio Carlos. Estatística: Para os cursos de economia, Administração e
Ciências Contábeis - 1. 3.ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999.

Toledo, Geraldo Luciano; Ovalle, Ivo Izidoro. Estatística básica. 2.ed. São Paulo:
Editora Atlas, 1985.

137
ANEXO:
➢ Tabela de Números Aleatórios;

138
TABELA DE NÚMEROS ALEATÓRIOS

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 C15 C16 C17 C18 C19 C20 C21 C22 C23 C24 C25 C26 C27 C28 C29
L1 4 1 6 1 6 1 0 2 3 5 7 6 2 0 9 9 8 1 0 3 4 7 2 1 0 8 7 8 4
L2 3 0 7 2 6 3 9 5 5 3 4 8 8 0 9 3 0 1 7 0 4 0 8 3 1 2 0 1 2
L3 2 2 5 3 7 5 0 1 9 8 7 6 3 0 0 1 2 1 4 3 2 4 5 6 7 7 4 3 0
L4 1 9 8 4 7 7 8 6 5 2 7 8 1 0 0 7 5 3 2 2 5 8 1 9 0 3 2 3 4
L5 0 3 4 5 8 9 0 2 0 3 1 0 1 1 2 4 3 1 9 5 6 8 5 0 2 3 4 9 0
L6 0 8 9 6 8 1 7 2 2 2 2 8 6 1 9 4 5 2 0 0 1 3 1 0 9 2 3 4 1
L7 8 3 3 7 9 0 6 3 7 6 4 0 7 1 2 1 0 1 2 8 9 7 5 3 2 1 1 8 2
L8 8 8 0 8 9 2 3 6 3 7 3 7 8 9 4 3 9 2 3 2 3 0 0 4 4 2 3 1 3
L9 5 4 1 9 0 0 2 0 3 7 5 0 9 7 6 5 7 8 0 8 4 5 2 3 0 7 4 3 6
L10 6 7 2 0 0 3 1 1 1 2 6 0 2 0 8 0 9 7 7 7 3 6 7 2 9 0 3 1 0
L11 4 4 0 5 1 9 1 9 4 1 8 4 2 1 3 3 2 7 6 4 4 3 8 9 0 7 2 2 9
L12 3 5 1 4 3 3 0 3 2 3 7 0 3 4 5 8 9 3 5 2 4 0 1 7 9 1 8 1 3
L13 2 6 9 3 5 8 2 3 6 5 0 2 6 3 6 7 0 1 7 9 6 8 3 5 3 3 5 7 2
L14 0 1 2 2 7 4 0 7 0 7 9 0 0 6 5 2 7 8 1 0 0 7 5 3 0 9 1 1 3
L15 9 0 8 1 9 8 3 8 3 9 4 0 1 9 5 2 2 0 0 2 1 2 4 7 6 3 2 1 5
L16 7 2 2 0 2 5 0 5 3 2 1 3 5 8 9 1 2 3 9 6 5 2 7 8 1 0 0 7 0
L17 8 9 3 9 4 7 4 1 1 4 2 4 6 7 0 2 3 7 8 5 3 1 2 5 6 9 0 7 9
L18 6 3 0 8 6 6 0 1 4 6 2 2 3 3 0 1 5 4 5 1 1 3 4 7 8 1 2 8 8
L19 5 8 1 7 8 7 5 9 4 8 0 0 2 3 6 9 6 4 3 6 7 2 1 9 7 0 1 8 5
L20 3 4 0 6 0 1 9 8 4 0 2 9 2 3 2 5 3 5 7 2 7 8 2 5 6 2 2 9 4
L21 8 7 2 1 1 3 5 2 4 1 7 5 7 3 0 0 9 1 2 0 3 4 9 3 0 4 4 9 1
L22 1 4 9 1 3 2 8 6 1 2 0 2 0 1 3 5 4 6 4 3 2 0 0 3 9 6 6 0 2
L23 2 7 3 2 5 4 6 5 8 4 0 8 0 1 9 6 9 5 0 8 0 2 4 9 8 8 8 0 3
L24 4 3 8 2 7 3 7 8 0 3 0 9 2 2 6 7 6 4 9 8 9 4 7 7 7 0 0 2 4
L25 5 0 3 3 9 5 7 0 4 5 8 7 4 2 2 3 8 2 1 2 2 0 7 0 6 1 1 2 5
L26 2 5 7 3 0 4 2 2 6 6 1 1 0 3 9 9 1 0 3 4 3 9 6 3 5 3 3 4 8
L27 1 1 4 4 2 6 3 2 0 8 9 2 3 3 7 7 4 0 5 6 8 8 5 2 4 5 5 4 0
L28 0 2 7 4 3 6 4 3 1 7 1 0 2 0 9 6 4 3 7 9 0 7 6 1 3 7 5 5 8
L29 9 1 5 5 6 8 5 6 9 8 2 0 2 3 0 1 4 3 3 7 7 5 6 7 4 3 4 0 1

139

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