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A utilização desse tipo de técnica é de fundamental importância no contexto atual das sociedades,
pois ela é capaz de revelar muitos dados geográficos e até históricos concernentes aos espaços
naturais e também sociais, como a distribuição das áreas florestais, o avanço do desmatamento, o
crescimento das áreas urbanas, etc.
Pode-se dizer que o sensoriamento remoto surgiu logo após a invenção da máquina fotográfica,
quando se tornou possível o registro de imagens a partir do céu. Inicialmente, utilizavam-se
pombos ou balões a fim de captar imagens da superfície vistas de cima, geralmente para o
reconhecimento de lugares ou produção de mapas. Em tempos de guerra, essa foi também uma
importante estratégia para o reconhecimento do território inimigo, o que auxiliava na elaboração
de planos de ataque e contra-ataque.
Funcionamento teledetecção
O funcionamento do teledetecção depende de três elementos básicos:
Objeto/área observada;
Para coletar as informações, o satélite usa a radiação solar refletida pela superfície da Terra, que é
captada pelo sensor remoto.
Entre os satélites mais importantes e utilizados por nós para a observação e registro de
informações da superfície estão o Landsat e o CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos
Terrestres). O primeiro foi pela primeira vez lançado pela Agência Espacial Norte-Americana
(NASA) em 1972, tendo outras versões mais modernas construídas posteriormente, de modo que
a mais recente é a Landsat 7. Já o CBERS é resultado de uma parceria entre o Brasil e a China,
cujo primeiro lançamento ocorreu em 1999, enquanto o mais recente, o CBERS 3, foi lançado em
2011.
Satélites meteorológicos
Satélites astronômicos
Estação Espacial
Satélites militares
Satélites meteorológicos têm como função principal fornecer dados e imagens que permitem
monitorar e prever as condições meteorológicas do planeta. Existem basicamente dois tipos de
satélites meteorológicos: os que se encontram em órbita geoestacionária e os que estão em órbita
polar. Como estão muito distantes da Terra, os satélites geoestacionários|satélites
geoestacionários são mais utilizados para tirar fotografias da movimentação das nuvens, o que
permite prever a direção e velocidades de tempestades, frentes frias e furacões, por exemplo. Os
satélites em órbitas polares passam sobre os polos norte e sul a cada revolução e se encontram
bem mais perto da Terra em relação aos geoestacionários. Como estão mais próximos da
superfície, podem monitorar sistemas de nuvens e tempestades (como supercélulas) com mais
detalhes. Existem também os satélites para estudo atmosférico que coletam dados da atmosfera
superior e sua interação com o Sol. O primeiro satélite canadense, o Alouette também foi o
primeiro satélite para estudo atmosférico. Desde então foram lançados vários satélites desse tipo,
como o UARS pela NASA em 1991.
Estações espaciais (ou estações orbitais) são espaçonaves capazes de suportar uma tripulação no
espaço durante um período estendido de tempo, onde outras espaçonaves podem ancorar. As
estações não possuem sistema de pouso e decolagem, por isso a carga e os tripulantes são
transportados por outros veículos. As estações espaciais são utilizadas para estudar os efeitos
causados pela longa permanência de seres humanos no espaço e servem como plataforma para
diversos estudos que não seriam possíveis em outras naves ou na Terra.
Satélites militares são utilizados para captar e retransmitir a comunicação entre as forças bélicas
(como aviões, navios e submarinos). Os satélites de reconhecimento são tipos de satélites
militares utilizados para fornecer informação de inteligência sobre outros países. Basicamente
existem quatro tipos de satélites de reconhecimento. O primeiro utiliza imagens do território
inimigo para detectar eventuais áreas de lançamentos de mísseis e movimentação de armas. O
segundo tipo é o satélite que funciona como radar, detectando movimentação mesmo através das
nuvens. O terceiro são satélites super sofisticados que permitem capturar o sinal de rádio e
microondas emitido em qualquer parte do mundo. E por fim os satélite militares de comunicação
que fazem a comunicação muito mais rápido transmitindo dados de satélites espiões para estações
de recepção na Terra.
Alguns países possuem, ainda, armas antissatélites (ver: Arma espacial), que são projetadas para
atingir alvos que estão em órbita da Terra. Atualmente somente Estados Unidos e China possuem
meios de destruir satélites no espaço, mas Índia e Rússia possuem planos para desenvolver esse
tipo de arma.
Assim, os softwares educacionais devem ser construídos especificamente para serem usados no
âmbito educacional e seguirem uma concepção educacional. Segundo Campos e Campos (2001,
p.3), na avaliação de um software educacional devem ser levados em consideração os seguintes
aspectos:
3.2 ArcMap
O ArcMap é a aplicação principal do ArcGIS. É nesta aplicação que se reúnem a maior parte das
funções, incluindo as relacionadas com a visualização, edição, análise espacial e criação de
mapas. Nesta aplicação são também efetuadas as operações fundamentais para a compatibilização
de dados de diferentes origens como a transformação de coordenadas, até funções mais
específicas como a álgebra de mapas e outras ferramentas de processamento geoespacial.
3.4 ArcCatalog
O ArcCatalog é uma aplicação orientada para a organização e gestão dos dados envolvidos num
projeto SIG. O ArcCatalog funciona como um explorador de pastas e ficheiros que está
vocacionado para a sua gestão. As operações efetuadas aos ficheiros ArcGIS (p. ex. copiar,
cortar, colar) através desta aplicação aplicam-se a todos os ficheiros de dados com o mesmo
nome (ficheiros principais e respetivos ficheiros auxiliares, ver caixa informativa).
Arctoolbox
ArcToolbox, como o próprio nome sugere, é a caixa de ferramentas do ArcGIS. Esta aplicação
reúne as ferramentas/ funcionalidades de geoprocessamento do ArcGIS. Todas as ações que se
efetuem diretamente nas aplicações ArcMap e ArcCatalog correspond.
ArcScene
ArcScene é uma aplicação para visualizar em 3D os dados espaciais. Através desta aplicação é
possível atribuir relevo aos dados, seja este quantificado por um atributo altimétrico, por
exemplo, para descrever a superfície terrestre (modelos digitais de terreno) ou quantificado por
qualquer outro atributo de natureza numérica (contido nos dados). As diferentes opções de
visualização desta aplicação permitem gerar diferentes perspetivas, navegar interativamente por
toda a extensão do mapa ou projeto e ainda gerar animações.
Modelos de dados geográficos
uanto maior for a área representada menor é a resolução dos dados, e quanto menos área estiver
representada em cada píxel, maior é a resolução do raster e melhor estão representados os dados
(Liu & Mason, 2009). O modelo matricial também é capaz de representar pontos, linhas e
polígonos, embora nestes casos esta representação esteja condicionada à forma de representação
matricial, i.e. em forma de células retangulares ou píxeis. É nestes casos que a resolução da
matriz (ou tamanho dos píxeis) e as escalas de trabalho assumem particular importância.
Conclusão
Os produtos provenientes de sensores remotos orbitais são mais for-temente utilizados nas
diferentes áreas temáticas voltadas aos estudos ambientais, em aplicações que não necessitem de
grande definição de escala. Apesar do recente lançamento de sensores de resolução de até 1m
(IKONOS), a grande utilização de imagens de sensoriamento remoto ain-da é com resoluções
espaciais em torno de 10m a 20m, uma vez que estas imagens são mais econômicas e existem
disponíveis para praticamente todo o território nacional.
As imagens de satélite oferecem uma rica fonte de dados ambientais, que tende a ser cada vez
mais importante e solicitada pela crescente co-munidade de usuários da tecnologia de
geoprocessamento. O nível de in-formação, possível de ser obtido nestas imagens, é variável e
dependente de uma série de situações relacionadas diretamente com o tipo de sensor utilizado,
embora a principal delas seja vinculada às resoluções inerentes à captura do dado. Do ponto de
vista técnico-científico, imagens de sensoriamento remoto provenientes de bases orbitais, vêm
servindo de fonte de dados para diversos estudos e levantamentos. Acima de tudo, estas imagens
passaram a representar uma das formas mais viáveis de monitoramento ambiental em escalas
locais e globais, devido à rapidez, eficiência e periodicidade que as caracterizam.
As imagens de satélite, quando devidamente processadas, podem ser usadas como um mapa
(carta-imagem) ou como um atributo de uma feição de uma mapa. É muito comum o
armazenamento de produtos derivados des-tas imagens em bases de dados de SIG e a sua
integração com dados vetoriais da mesma área.
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