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Conceitos de teledetecção

Sensoriamento remote ou teledetecção é o conjunto de técnicas e procedimentos tecnológicos que


visa à representação e coleta de dados da superfície terrestre sem a necessidade de um contato
direto. Assim sendo, toda a informação é obtida por meio de sensores e instrumentos em geral.
Tal processo vincula-se ao tratamento, armazenamento e análise de tais dados para que se
conheça melhor os fenômenos que se apresentam na superfície.

A utilização desse tipo de técnica é de fundamental importância no contexto atual das sociedades,
pois ela é capaz de revelar muitos dados geográficos e até históricos concernentes aos espaços
naturais e também sociais, como a distribuição das áreas florestais, o avanço do desmatamento, o
crescimento das áreas urbanas, etc.

Pode-se dizer que o sensoriamento remoto surgiu logo após a invenção da máquina fotográfica,
quando se tornou possível o registro de imagens a partir do céu. Inicialmente, utilizavam-se
pombos ou balões a fim de captar imagens da superfície vistas de cima, geralmente para o
reconhecimento de lugares ou produção de mapas. Em tempos de guerra, essa foi também uma
importante estratégia para o reconhecimento do território inimigo, o que auxiliava na elaboração
de planos de ataque e contra-ataque.

Funcionamento teledetecção
O funcionamento do teledetecção depende de três elementos básicos:

 Objeto/área observada;

 Radiação eletromagnética (rem): ondas ou partículas que se movem na velocidade da luz;

 Sensor: que mede a intensidade da radiação.

Para coletar as informações, o satélite usa a radiação solar refletida pela superfície da Terra, que é
captada pelo sensor remoto.

Os sensores detectam as radiações em diferentes comprimentos de onda, muitas delas invisíveis a


olho nu. Depois de detectadas, elas são convertidas em cores visíveis.
A seguir, os dados recolhidos pelo sensor são transmitidos para uma central que coleta, organiza
e guarda as informações, como o SIG, o Sistema de Informações Geográficas (ou GIS -
Geographic Information System).

Breve historial de teledetecção


A tecnologia do sensoriamento remote ou seja de teledetecção surgiu durante a Primeira Guerra
Mundial (1914-1918) que esse sistema começou a aperfeiçoar-se por meio da utilização de aviões
então recentemente inventados. O conjunto de técnicas de registro da superfície por meio da
fotografia foi chamado de aerofotogrametria, que, além do registro da imagem, consistia também
no tratamento dessa e de suas adaptações para a produção de visualizações de áreas inteiras. Esse
procedimento é até hoje amplamente realizado.

Além da aerofotogrametria, outro recurso de sensoriamento remoto bastante utilizado são os


satélites. Com eles, tornou-se possível o registro de imagens em pequena escala, ou seja, de
amplas áreas; ou, até mesmo, de mapas com escalas variadas e flexíveis, possibilitando o manejo
para diferentes mapas de localização e temáticos.

Entre os satélites mais importantes e utilizados por nós para a observação e registro de
informações da superfície estão o Landsat e o CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos
Terrestres). O primeiro foi pela primeira vez lançado pela Agência Espacial Norte-Americana
(NASA) em 1972, tendo outras versões mais modernas construídas posteriormente, de modo que
a mais recente é a Landsat 7. Já o CBERS é resultado de uma parceria entre o Brasil e a China,
cujo primeiro lançamento ocorreu em 1999, enquanto o mais recente, o CBERS 3, foi lançado em
2011.

Hoje em dia, o scanner é um instrumento muito importante na detecção remota. É utilizado em


terra, nos aviões ou a bordo dos satélites. Os detectores de cada scanner foram concebidos para
receber radiações em canais específicos. O número de canais, a sua largura e posicionamento no
espectro electromagnético variam de sensor para sensor, dando origem a características de
resolução espectral diferentes. Estas combinações de factores determinam as utilizações para as
quais as imgens dos sensores são mais adequadas.
Satélites
As primeiras ideias sobre satélites surgiram no século XVIII com as teorias sobre gravitação de
Isaac Newton. No século seguinte diversos escritores de ficção científica propunham novos
conceitos sobre satélites, até que os cientistas perceberam a real possibilidade e utilidade de tais
corpos em órbita. Com base em diversos estudos e testes, foi lançado pelos soviéticos em 1957 o
primeiro satélite artificial da história, o Sputnik 1, o que, em tempos de Guerra Fria, marcou o
início da corrida espacial. Desde então foram lançados milhares de satélites de diversos tipos:
satélites de comunicações, astronômicos, militares, meteorológicos, entre outros.

Tipos de satélites e suas funcoes


 Satélites de comunicação

 Satélites meteorológicos

 Satélites astronômicos

 Estação Espacial

 Satélites militares

Satélites de comunicação são utilizados para a transmissão do sinal de rádio, televisão e


telefone, além da comunicação entre aviões e navios por todo o mundo. Como as ondas
eletromagnéticas viajam em linha reta, a curvatura da Terra não permite que duas regiões
distantes do globo se comuniquem diretamente. Por isso, o sinal é transmitido para o satélite que
o redireciona para outras regiões, permitindo, assim, a comunicação global. Geralmente esse tipo
de satélite se encontra em órbita geoestacionária, a uma altitude de 35 700 quilômetros, o que
permite que um mesmo satélite fique sobre uma mesma região durante o dia todo. Para fazer a
cobertura por satélite simultânea de praticamente todos os pontos do globo foi criado o conceito
de "constelação de satélites", que formam uma espécie de rede que envolve todo o mundo.
Existem basicamente dos tipos de constelação que fazem a transmissão da comunicação por voz
(um exemplo é a empresa Iridium, que tem 66 satélites em órbita) e de dados (como a Teledesic,
que possui 840 satélites operacionais).

Satélites meteorológicos têm como função principal fornecer dados e imagens que permitem
monitorar e prever as condições meteorológicas do planeta. Existem basicamente dois tipos de
satélites meteorológicos: os que se encontram em órbita geoestacionária e os que estão em órbita
polar. Como estão muito distantes da Terra, os satélites geoestacionários|satélites
geoestacionários são mais utilizados para tirar fotografias da movimentação das nuvens, o que
permite prever a direção e velocidades de tempestades, frentes frias e furacões, por exemplo. Os
satélites em órbitas polares passam sobre os polos norte e sul a cada revolução e se encontram
bem mais perto da Terra em relação aos geoestacionários. Como estão mais próximos da
superfície, podem monitorar sistemas de nuvens e tempestades (como supercélulas) com mais
detalhes. Existem também os satélites para estudo atmosférico que coletam dados da atmosfera
superior e sua interação com o Sol. O primeiro satélite canadense, o Alouette também foi o
primeiro satélite para estudo atmosférico. Desde então foram lançados vários satélites desse tipo,
como o UARS pela NASA em 1991.

Satélites astronômicos, criados para observar os objetos celestes sem a interferência da


atmosfera terrestre, são basicamente telescópios colocados no espaço e que permitem a
observação dos fenômenos do Universo em diversos comprimentos de onda (como luz visível,
raios X, infravermelho e raios gama). Isso permite que eles sejam usados para fotografar os
planetas do sistema solar, descobrir a composição das estrelas e estudar fenômenos que
acontecem muito distante de nós, como buracos negros e quasares, dentre outras aplicações. A
NASA mantém diversos desses telescópios em órbita. O telescópio espacial Hubble, que é
certamente o mais conhecido, orbita a 600 quilômetros de altitude e observa o Universo no
espectro visível e ultravioleta. Alguns outros satélites são notáveis, como observatório de raios
Gama Compton, o Observatório de raios-X Chandra e o Telescópio espacial Spitzer, que observa
em infravermelho. (esses quatro telescópios citados fazem parte da série de grandes observatórios
astronômicos da NASA).

Estações espaciais (ou estações orbitais) são espaçonaves capazes de suportar uma tripulação no
espaço durante um período estendido de tempo, onde outras espaçonaves podem ancorar. As
estações não possuem sistema de pouso e decolagem, por isso a carga e os tripulantes são
transportados por outros veículos. As estações espaciais são utilizadas para estudar os efeitos
causados pela longa permanência de seres humanos no espaço e servem como plataforma para
diversos estudos que não seriam possíveis em outras naves ou na Terra.

Satélites militares são utilizados para captar e retransmitir a comunicação entre as forças bélicas
(como aviões, navios e submarinos). Os satélites de reconhecimento são tipos de satélites
militares utilizados para fornecer informação de inteligência sobre outros países. Basicamente
existem quatro tipos de satélites de reconhecimento. O primeiro utiliza imagens do território
inimigo para detectar eventuais áreas de lançamentos de mísseis e movimentação de armas. O
segundo tipo é o satélite que funciona como radar, detectando movimentação mesmo através das
nuvens. O terceiro são satélites super sofisticados que permitem capturar o sinal de rádio e
microondas emitido em qualquer parte do mundo. E por fim os satélite militares de comunicação
que fazem a comunicação muito mais rápido transmitindo dados de satélites espiões para estações
de recepção na Terra.

Alguns países possuem, ainda, armas antissatélites (ver: Arma espacial), que são projetadas para
atingir alvos que estão em órbita da Terra. Atualmente somente Estados Unidos e China possuem
meios de destruir satélites no espaço, mas Índia e Rússia possuem planos para desenvolver esse
tipo de arma.

Aplicação da teledetecção no ensino da geografia.


Contextualização

É do conhecimento dos educadores, a existência de programas educativos direcionados para o


ensino de Geografia, como enciclopédias, Atlas, softwares que apresenta informações sobre a
formação do planeta, além de imagens sobre clima, urbanização, áreas devastadas pelo homem,
sem contar a imensa quantidade de informações contidas na internet que interferem diretamente
na vida das pessoas, disponibilizando uma grande variação de temas e conteúdos, de discussão
cotidiana.

Acredita-se que o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação e mais especificamente, o


uso de softwares como recurso no processo de ensino aprendizagem é um desafio para os
educadores nas salas de aula e particularmente nos laboratório de informática. Segundo Parreira
Júnior e Franco Neto (2009, p.2) “as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) estão
cada vez mais disponíveis para os docentes nas escolas e a necessidade de utilizar estes recursos
em sala de aula é uma realidade”. Especificamente nas aulas de geografia, disciplina essa que
conta com um grande número de livros eletrônicos, jogos, enciclopédias geográficas e Atlas
digitais.
Considera-se a importância de entender o espaço geográfico para obter uma compreensão das
formas de organização da sociedade. A escola proporciona essa aprendizagem, e a Geografia é
um mecanismo para tal processo, por ser uma ciência voltada tanto para a análise da realidade
social, quanto para sua configuração espacial. É nesse contexto que se considera a importância da
informática no ensino de geografia, pois por meio da internet e de variados softwares, é possível
que se desenvolva uma aprendizagem colaborativa e significativa para os alunos. Diante da
importância da tecnologia no processo educacional nos dias de hoje, a questão que norteia este
trabalho verifica como os professores de geografia da rede municipal de ensino de Uberlândia
têm trabalhado com a informática aliada à geografia, na mesma linha de análise, verificam quais
são os recursos do ambiente virtual que esses professores têm utilizado nas aulas de laboratório
de informática e as possibilidades de utilização dos softwares educacionais nas aulas de
geografia.

A informática no ensino de Geografia


A informação na era digital possibilita a ampliação de meios para a aprendizagem compartilhada
e o conhecimento colaborativo potencializando o espaço da sala de aula em ambientes virtuais
capazes de estabelecer o processo ensino-aprendizagem de forma mais satisfatória e atraente. E,
ensino de Geografia, sendo indispensável em todas as etapas do ensino básico, contribui também
para estimular o pensamento crítico/reflexivo sobre o meio em que o aluno vive. Conforme os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (BRASIL, 1999) a disciplina de geografia possibilita
desenvolver a decodificação da realidade sob o olhar espacial, quando o aluno contrapõe o seu
conhecimento com conceitos cientificamente elaborados, o que leva à produção de novos
conhecimentos.

A Geografia trabalha com imagens, recorre a diferentes linguagens na busca de informações e


como forma de expressar suas interpretações, hipóteses e conceitos. Pede uma cartografia
conceitual, apoiada em fusão de múltiplos tempos e em linguagem específica, que faça da
localização e da espacialização uma referência da leitura das paisagens e seus movimentos
(BRASIL, 1999).

Os softwares educacionais Em trabalho desenvolvido no Centro Federal de Educação


Tecnológica de Campo (CEFET), Batista e outros (2000) discorreram sobre a importância de
uma análise minuciosa sobre o software a ser utilizado na aprendizagem. Conforme estes autores,
os softwares afetam, atualmente, quase todos os aspectos da vida diária, uma vez que estão
presentes nos negócios, na cultura e nas atividades diárias. Qualidade de software é a totalidade
das características de um produto de software, que lhe confere a capacidade de satisfazer às
necessidades explícitas e implícitas. Promover esta qualidade requer atenção para o processo de
produção e, também, para o produto em si. A qualidade de processo contribui para a melhoria da
qualidade do produto e a qualidade do produto contribui para a melhoria da qualidade em uso.
Esta análise envolve não só os defeitos de funcionamento, mas principalmente, o
desenvolvimento das atividades pedagógicas, como despertar o interesse do aluno pela atividade
e como ajudá-lo a resolver as situações problemas. Porém, dependendo do tipo de software e de
seu grupo de usuários, diferentes fatores podem ser menos importantes, por isso, os softwares
necessitam de avaliação quanto à sua qualidade, uma vez que, nem sempre possuem
características adequadas, tanto no que se refere aos aspectos técnicos, quanto a aspectos
pedagógicos, (BATISTA et al., 2000).

Assim, os softwares educacionais devem ser construídos especificamente para serem usados no
âmbito educacional e seguirem uma concepção educacional. Segundo Campos e Campos (2001,
p.3), na avaliação de um software educacional devem ser levados em consideração os seguintes
aspectos:

a) Características pedagógicas: atributos que evidenciam a conveniência e a viabilidade; de


uso do software em situações educacionais; b) facilidade de uso: atributos que evidenciam
a facilidade de uso do software; c) características da interface: atributos que evidenciam a
presença de recursos e meios que facilitam a interação do usuário com o software; d)
adaptabilidade: atributo que evidenciam a capacidade do software adaptar-se às
necessidades e preferências do usuário e ao ambiente educacional selecionado; e)
documentação: atributos que evidenciam que a documentação para instalação e utilização
do software está completa, são consistente, legível, e organizada; f) portabilidade:
atributos que evidenciam a adequação do software aos equipamentos onde serão
instalados; g) retorno do investimento: atributos que evidenciam a adequação do
investimento na aquisição do software (CAMPOS; CAMPOS, 2001, p.3).

Aplicações e características de softwares de apoio ao processo de ensino, Aprendizagem e


pesquisa para a Geografia
O ArcGIS agrupa uma variedade de aplicações através das quais se podem executar as diferentes
tarefas de análise, edição, visualização e gestão de bases de dados, de acordo com os objetivos
particulares de cada projeto SIG. Como aplicações mais relevantes destacam-se o ArcMap,
ArcCatalog, ArcToolbox e ArcScene, cujas principais funcionalidades se descrevem
seguidamente.

3.2 ArcMap

O ArcMap é a aplicação principal do ArcGIS. É nesta aplicação que se reúnem a maior parte das
funções, incluindo as relacionadas com a visualização, edição, análise espacial e criação de
mapas. Nesta aplicação são também efetuadas as operações fundamentais para a compatibilização
de dados de diferentes origens como a transformação de coordenadas, até funções mais
específicas como a álgebra de mapas e outras ferramentas de processamento geoespacial.

3.4 ArcCatalog

O ArcCatalog é uma aplicação orientada para a organização e gestão dos dados envolvidos num
projeto SIG. O ArcCatalog funciona como um explorador de pastas e ficheiros que está
vocacionado para a sua gestão. As operações efetuadas aos ficheiros ArcGIS (p. ex. copiar,
cortar, colar) através desta aplicação aplicam-se a todos os ficheiros de dados com o mesmo
nome (ficheiros principais e respetivos ficheiros auxiliares, ver caixa informativa).

Arctoolbox

ArcToolbox, como o próprio nome sugere, é a caixa de ferramentas do ArcGIS. Esta aplicação
reúne as ferramentas/ funcionalidades de geoprocessamento do ArcGIS. Todas as ações que se
efetuem diretamente nas aplicações ArcMap e ArcCatalog correspond.

ArcScene

ArcScene é uma aplicação para visualizar em 3D os dados espaciais. Através desta aplicação é
possível atribuir relevo aos dados, seja este quantificado por um atributo altimétrico, por
exemplo, para descrever a superfície terrestre (modelos digitais de terreno) ou quantificado por
qualquer outro atributo de natureza numérica (contido nos dados). As diferentes opções de
visualização desta aplicação permitem gerar diferentes perspetivas, navegar interativamente por
toda a extensão do mapa ou projeto e ainda gerar animações.
Modelos de dados geográficos

Modelo de Dados Vectorial


O modelo de dados vetorial associa-se a dados de natureza discreta, onde os dados são
caracterizados por fronteiras geográficas bem definidas, e por informação ausente na sua
vizinhança, i.e. apenas existe informação onde os dados desta natureza se localizam (Longley et
al., 2005). Nesta categoria inclui-se a representação em pontos (dados discretos caracterizados
geograficamente por um espaço demasiadamente pequeno para ser representado de outra forma
que não um ponto), linhas (representações lineares representadas por conjuntos de pontos
interligados que, por si só, não constituem áreas) e áreas ou polígonos (conjunto de pontos
interligados fechados que representam a forma, área e localização de uma entidade homogénea)
(Liu & Mason, 2009).

imagem : Dados Vectoriais

Fonte: Google Imagem 2020

Modelo de dados Matriciais

No modelo de dados matricial o espaço é dividido numa matriz de células ou píxeis


(normalmente quadradas) às quais se atribuem propriedades ou atributos. Esta matriz representa,
assim, a variação das propriedades ao longo de todo o espaço representado (Longley et al., 2005)

Imagem : Modelo Matricial/Raster


Um aspeto importante nos dados matriciais é que apenas contêm informação acerca de um único
atributo, não sendo capazes de armazenar atributos adicionais a cada célula para além do que
representa (Liu & Mason, 2009).

uanto maior for a área representada menor é a resolução dos dados, e quanto menos área estiver
representada em cada píxel, maior é a resolução do raster e melhor estão representados os dados
(Liu & Mason, 2009). O modelo matricial também é capaz de representar pontos, linhas e
polígonos, embora nestes casos esta representação esteja condicionada à forma de representação
matricial, i.e. em forma de células retangulares ou píxeis. É nestes casos que a resolução da
matriz (ou tamanho dos píxeis) e as escalas de trabalho assumem particular importância.

Conclusão

Os produtos provenientes de sensores remotos orbitais são mais for-temente utilizados nas
diferentes áreas temáticas voltadas aos estudos ambientais, em aplicações que não necessitem de
grande definição de escala. Apesar do recente lançamento de sensores de resolução de até 1m
(IKONOS), a grande utilização de imagens de sensoriamento remoto ain-da é com resoluções
espaciais em torno de 10m a 20m, uma vez que estas imagens são mais econômicas e existem
disponíveis para praticamente todo o território nacional.
As imagens de satélite oferecem uma rica fonte de dados ambientais, que tende a ser cada vez
mais importante e solicitada pela crescente co-munidade de usuários da tecnologia de
geoprocessamento. O nível de in-formação, possível de ser obtido nestas imagens, é variável e
dependente de uma série de situações relacionadas diretamente com o tipo de sensor utilizado,
embora a principal delas seja vinculada às resoluções inerentes à captura do dado. Do ponto de
vista técnico-científico, imagens de sensoriamento remoto provenientes de bases orbitais, vêm
servindo de fonte de dados para diversos estudos e levantamentos. Acima de tudo, estas imagens
passaram a representar uma das formas mais viáveis de monitoramento ambiental em escalas
locais e globais, devido à rapidez, eficiência e periodicidade que as caracterizam.

As imagens de satélite, quando devidamente processadas, podem ser usadas como um mapa
(carta-imagem) ou como um atributo de uma feição de uma mapa. É muito comum o
armazenamento de produtos derivados des-tas imagens em bases de dados de SIG e a sua
integração com dados vetoriais da mesma área.

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