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INTRODUÇÃO
A extracção de bens minerais resulta em uma quantidade expressiva de materiais de pouco ou
nenhum valor económico, como o minério futuro e o estéril. A remoção de estéril da área de
lavra e a sua deposição final representam apenas custos no desenvolvimento de uma mina
com implicações, não só de ordem económico, mas também, no que diz respeito à segurança e
ao meio ambiente.
Na Mina Clean Tech Mining em Manica-Penhlonga o manuseio deste estéril é feito com base
nas máquinas seguintes: Tractor de esteira (bulldozer) e pá escavadeira. Este estéril é
depositado ou armazenado duma forma desordenada nas frentes ou laterais das cavas (pit),
sem considerar as condições de estabilidade dos taludes, segurança das cavas e progressão das
novas frentes de desmonte.
Neste trabalho, através de observação directa na deposição do material estéril nas laterais das
cavas, ruptura das paredes das cavas e poluição ao meio ambiente, é proposta uma solução
para o melhoramento do sistema de deposição do material estéril, com vista a minimizar os
acidentes de ruptura da cava (pit), perda de vidas humanas e equipamentos. E também haja
monitoramento na deposição do estéril e controlo no impacto negativo ao meio ambiente e o
não abandono das cavas exauridas cheias de águas subterrâneas.
Dentre os objectivos descrito neste trabalho, propõe-se a tornar uma empresa eficiente, segura
e produtiva como é definida na escolha do método de extracção e a sua técnica de deposição
do material estéril nesta empresa mineradora.
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1.1. Formulação do Problema
Na mina da Clean Tech Mining Lda, o estéril é removido nos trabalhos de lavra e é descartado
nos terrenos ao redor da cava (pit) formando pilha de maneira desordenadas, em condições
precárias de estabilidade, segurança, e o meio ambiente.
Este material depositado nas lateriais da cava (pit) em forma de uma pilha, criam ruptura das
paredes da cava, obstrui a progressão das novas frentes de desmonte e provoca o impacto
negativo ao meio ambiente.
Diante desta abordagem, surge a seguinte pergunta de pesquisa: Como melhorar o sistema de
deposição de material estéril na mina Clean Tech Mining Lda?
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1.2. Justificativa
A actividade de exploracção do ouro aluvionar na Empresa Clean Tech Mining Lda, é feita
através de máquinas e equipamentos. O processo de remoção do solo vegetal e o capeamento
traz consigo a produção de uma quantidade variável de material estéril.
A remoção do material estéril nas frentes de lavra é feita por escavadeira de balde único com
capacidade de 2,3m3, esse material é depositado na superfície de forma desordenada nas
laterais ou atrás da cava, formando um entulho ou pilha de estéril, em condições precárias de
estabilidade e com uma altura de 18m, sem primeiro ter estudado a geotecnia do solo, o que
resulta em ruptura das cavas. Para além disso, o material estéril depositado na superfície de
forma desordenada, também obstrui a progressão das novas frentes de desmonte.
Para garantir uma boa gestão do estéril é necessário a implementação de método de lavra por
tira (Strip Mining) que é a técnica ou forma adequada de deposição de estéril em cava, para a
exploração deste tipo de minério, que consiste em remover o estéril na frente de desmonte e
depositar na área adjacente ou já lavrada.
1.3. OBJECTIVOS
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Analisar o sistema de deposição do estéril nas laterais da cava, tomando em conta o
método em uso na empresa;
Avaliar condições de estabilidade da cava durante o tempo em que o estéril é depositado
nas laterais;
Propor uma técnica adequada de movimentação e deposição do estéril visando uma
operação de lavra ambientalmente sustentável.
1.4. Hipóteses
Diante da pergunta de pesquisa para este trabalho, pode-se identificar as seguintes hipóteses
básicas:
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Fig. 1 Mapa de Localização da área de estudo
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Tabela 1: Coordenadas da Concessão Mineira da área de estudo
Fig. 2: Mina da Clean Tech Mining Lda e Mapa de localização da Concessão Mineira
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1.5.3. Relevo
Segundo Napido (2006), o relevo da região de Manica é formada basicamente por cadeias
montanhosas ocorrendo de Sul a Norte da província, numa faixa fronteiriça com o Zimbabwe
constituindo o denominado “Cratão de Zimbabwe”, que as suas cotas chegm a atingirem 1200
m. É nesta região que se situam as serras Vumba, Vengo, Mangota, Isitaca, Moriangane e
Penhalonga.
Geralmente, quando altitude for maior, maior é a precipitação anual e com o período chuvoso
longo. Os solos deste distrito, mostram uma estreita relação com a geologia e o clima da
região e são localmente modificados pela topografia e o regime hídrico. Em geral, os solos
são desenvolvidos sobre materiais do Soco do Pré-câmbrico, rochas ácidas como granito e
gnaisse e de fácil criação de erosão, (MAE, 2014).
1.5.4. Hidrografia
A região é percorrida pelo rio Revue, que conta como principal afluente na encosta da serra
Penhalonga do lado moçambicano os rios Munene, Chua e Mutambarico.
Existem numerosos cursos de água que escorrem da serra Penhalonga dentro da concessão
mineira alimentando os rios atrás citados junto aos aluviões existentes, possibilitando ainda a
existência de aquíferos bastante produtivos, o que confere a esta zona um verde na maior
parte do ano. (NAPIDO,2006).
O rio Revué é a principal bacia hidrográfica da região de Manica, observa-se nela que é
alimentado pelos vários afluentes vindo das cadeias montanhosas do Greenston Belt.
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por planícies entre montanhas, formando um sistema físico capaz de recolher águas que por
esta convergem para um rio que corta.
A bacia hidrográfica do rio Revué ocupa uma área de total de 8350 km2, tem uma extensão de
cerca de 234 Km, onde é limitada no norte pela bacia hidrográfica do rio Pungue e a sul pela
bacia hidrográfica do rio Lucite.
Os principais afluentes do rio Revué, na área de Manica são: rio Chua, rio Chimedza, rio
Munene e o rio Mussambudzi, conforme ilustra a mapa hidrográfica, (SEFANE,2006).
Na área de estudo predomina um clima tropical de altitude, caracterizdado por duas estações
do ano. Uma quente e húmida, que varia de 18 a 24 oC entre os meses de Outubro à Abril. A
precipitação neste período ultrapassa por vezes os 1000 mm por mês, com a máxima a ser
registada no mês de Fevereiro. A outra estação do ano é fria e seca, registando-se
temperaturas entre 8 a 16oC nos meses de Maio à Setembro, com o registo de fraca
precipitação pluviométrica. (NAPIDO,2006).
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A área de Penhalonga é caracterizada por uma vegetação verde até as montanhas, parte dela
como intervenção humana, através do projecto de mineração e reflorestamento da empresa,
em Penhalonga, e, da empresa IFLOMA, cujo efeitos são claramente visíveis pelas inúmeras
plantações de eucaliptos e pinheiros, no sentido de reflorestar as áreas exploradas assim como
em défice, os quais em determinadas partes foram seriamente comprometidas, que, segundo
informações colhidas, é devido:
O distrito de Manica é servido pelo corredor da Beira, Estrada Beira – Manica e pela via-
férrea ligando Beira à Republica de Zimbabwe, na fronteira de Machipanda e existe ainda
uma via terraplanada que liga a EN6 no distrito de Manica à localidade de Penhalonga.
As vias de acesso que ligam a cidade de Manica (sede do distrito) às diversas localidades são
boas, sendo constituídas por estradas de terra batida (SUMBURANE, 2004).
A relação de dependência económica aproximda de 1:1, isto é por cada 10 crianças ou anciões
existem 10 pessoas activas.
O distrito possui 95 escolas( dos quais 78 do ensino primrio nivel 1, 14 do nivel 2 e duas do
ensino secundario geral I e uma do ESG II).
Tem 17 unidades sanitarias, apesar de estar a evoluir a bom ritmo, é insuficinte, evidenciando
os seguintes índices de cobertura média:
Uma unidade sanitaria por cada 12 mil pessoas;
Uma cama por 1. 500 habitantes; e
Um profissional técnico para cada 2.700 residentes.
É notório a prática de garrimpo pelos exploradores artesanais locais em Penhalonga, explora-
se ouro aluvional para venda.
Existe também em Penhalonga actividades de caça artesanal, colheita de plantas medicinais e
lenha para consumo doméstico, (MAE, 2014).
Os solos aluvionares encontrados nos locais da serra são ricos para a prática da agricultura,
havendo actualmente grande produção de hortícolas, cereais e frutas típicas da época.
A população local tem uma técnica eficaz de construção de infra-estruturas de irrigação,
aproveitando a água que escorre de algumas nascentes na serra Penhalonga, com eficácia,
chegando até a desviar parte do curso de água para consumo doméstico à 500 m das suas
residências, em tubos convencionais, (MAE, 2014).
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com Welsh, 1985 apud Aragão, 2008, O planeamento para uma pilha de estéril
consiste em uma série de estudos que são realizados nas seguintes fases: exploração, pré-
viabilidade, viabilidade e projeto preliminar.
A fase de exploração de uma mina contempla, entre outras actividades, a etapa em que as
informações necessárias para o planeamento de um depósito de estéril são coletadas. Na fase
de pré-viabilidade, são levantadas todas as informações a respeito dos possíveis locais para a
deposição do material, tais como, geologia, topografia, hidrologia, clima e vegetação e são
também, determinados os dados de quantidade, origem, tipo de material e os métodos para
deposição do estéril.
Aragão (2008), afirma que é necessário o conhecimento prévio dos possíveis locais para a
deposição de estéril e construção da pilha de estéril para verificar se esses são destinados a
parques ou constituem uma nascente de uma bacia hidrográfica. A identificação dessas áreas é
feita devido ao facto de que as mesmas necessitam da liberação de órgãos técnicos
competentes para serem ocupadas.
Deve ser considerada também os possíveis impactos ambientais causados pelo depósito de
estéril, dos quais pode-se citar o desmatamento, a modificação física e estética do meio
ambiente, a poluição das águas superficiais, a evasão forçada de animais existentes na área,
entre outros. Assim sendo, permite analisar o potencial de instabilidade, projeto e construção
e o tipo de monitoramento mais adequado.
Deste modo, realizar estudos e controlar a deposição de estéril pode significar uma medida
importante, evitando problemas técnicos e económicos no empreendimento mineiro como um
todo (COUZENS,1985).
Após as etapas anteriormente descritas, segue-se para a etapa de viabilidade, na qual são
realizados estudos acerca das condições do local e de sua exequibilidade, e são determinadas
também as características do material de fundação (como a resistência ao cisalhamento,
durabilidade, composição química, etc.), bem como as características dos materiais que irão
compor a pilha, para verificar o comportamento geotécnico dos mesmos sob empilhamento.
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Para Drucker (1975), planear ou planificar é tomar decisões hoje, as quais terão influência no
curto e no longo prazo. Há necessidade de analisar a organização, determinando as condições
actuais e as desejadas no futuro.
O planeamento é um factor importante em toda actividade, com vista a atingir uma certa
finalidade actual ou futura. Seleccionar um local adequado para o depósito de material estéril,
deve ser um assunto prioritário, para desenvolver as suas actividades com segurança, e
estando isento de acidentes de rupturas das cavas.
Silva (2008), salienta que o planeamento deve ser estratégico e operacional para determinar o
melhor projecto da deposição de estéril, segundo uma estratégia previamente estabelecida na
redução dos riscos e o impacto ambiental.
Para Carvalho (2009), a deposição de estéril também pode ser realizada “in pit” ou dentro da
cava, sempre que o contexto operacional o permita, ou seja, quando o método em uso forneça
essas condições de lavra.
A deposição dentro da cava reduz o impacto das áreas degradadas, e diminui distâncias de
transporte e o tamanho da frota.
A figura 5 ilustra uma parede da cava a sofrer ruptura, por ter estéril ao seu redor.
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Fig. 4 Ruptura ou desabamento duma parede da cava
Os riscos de ruptura na área de circulação dos equipamentos e deposição são cada vez maior e
difícil de controlar, até chegar a criar danos materiais como mostra a figura 6.
Nela é possível observar aspectos relacionados a ruptura, por depositar o estéril em áreas não
planificadas.
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A A
Segundo as informações prestada pelos gestores e técnicos da Clean Tech Mining, dizem que
não fazem planos preliminares, convista a prever todas esses impactos e medidas mitigadoras,
como regem a lei ambiental e de minas, é por falta dos instrumentos de trabalho do pessoal
técnico profissional da área ambiental e de mina. Sendo assim encontram vários problemas no
acto da execução do projecto da deposição do estéril.
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2.2. Local de Implantação de Depósitos de Estéril
Santos et al, (2015) citando Silva, (2011) afirma que o sistema de deposição de estéreis deve
funcionar como uma estrutura projectada e implantada para acumular materiais, em carácter
temporário ou definitivo, dispostos de modo planificado e controlado em condições de
estabilidade geotécnica e protegido de acções erosivas, de modo a mitigar a geração de
resíduos e movimentos de massa.
De acordo com Eaton et al, (2005) citado por Petronilho, (2010), geralmente investigações
específicas para sistemas de deposição de estéreis não são realizadas durante a fase de
viabilidade da mina, mas informações básicas coletadas na fase de exploração, como
topografia, hidrologia, clima, etc podem ser avaliadas na fase de planeamento.
O mesmo autor afirma ainda que características básicas como o local para deposição,
distâncias de transporte, capacidade de armazenamento da área, condições de acesso,
geomorfologia da área (relevo, condição de fundação, declividades, etc), condições hídricas
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locais, necessidade de desmatamento ou preparos prévios e impactos com áreas à jusante,
serão decisivas para a elaboração do projecto de uma pilha de estéril.
Freitas afirma também, que este processo é aparentemente mais económico, porém não atende
as condições mínimas de segurança, podendo causar escorregamento e erosão. Causando
danos ao meio ambiente que não são aceites pelas normas técnicas e padrões legais.
O sistema de deposição de estéril na mina da Clean Tech Mining Lda, deve ser planeado,
controlado e usando o método ou forma adequada de modo a não criarem os acidentes de
ruptura ou desmoronamento das paredes da cava, erosão, poluição das águas, e minimização
da área de deposição.
Com a crescente dificuldade de liberação, por parte dos órgãos ambientais, de novas áreas
para a deposição final dos resíduos de mineração, uma alternativa bastante viável seria
integrar estes sistemas de deposição em um mesmo depósito através da deposição de rejeitos e
estéril num mesmo espaço físico.
Este método é o mais indicado para construção de uma pilha de estéril, em virtude de
proporcionar maior segurança e estabilidade à mesma.
De acordo com Petronilho (2010), a deposição do estéril é realizada de jusante para montante,
isto é, de baixo (base) para cima. O estéril é basculado por camiões, gerando pilhas com altura
de 2,0 a 3,0 metros. Em seguida, o material das pilhas é nivelado com o auxílio de um trator
de esteira, formando camadas de 1,0 e 1,5 metros de espessura, as quais são compactadas pelo
próprio tráfego dos equipamentos, o que é suficiente para estabilizar a pilha.
2.4.2.Método descendente
Neste método, as pilhas são construídas sem nenhum controle geotécnico, ou o estéril é
simplesmente basculado a partir do ponto mais elevado da pilha e não é feita a sua
compactação e a preparação da base para a deposição do material.
A pilha construída por este método não apresenta um sistema de drenagem adequado e não
possui proteção superficial dos taludes contra a erosão, o que a torna uma estrutura bastante
instável e altamente susceptível a rupturas.
Segundo Carvalho (2009), apesar do método ser mais econômico, por reduzir a distância de
transporte, o mesmo não atende às condições mínimas de segurança. Devido a isto, este tipo
de depósito somente deve ser construído onde o terreno de fundação apresenta alta resistência
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e o material a ser disposto é bastante granulado, pois se o estéril for constituído de grande
quantidade de finos, estes por estarem soltos, podem ser carregados para os cursos de água
situados próximos à pilha.
Este método de deposição compartilhada refere-se ao rejeito e estéril, que geralmente se torna
opção desejável quando se tem disponível uma área única para deposição de resíduos como
cavas exauridas ou outras áreas mineradas. Quando existem outras áreas livres para a
deposição dos resíduos, torna-se mais económico a deposição dos mesmos em separado,
evitando-se a complexidade técnica e operacional (LEDUC, 2003).
Estudos específicos para a mistura dos materiais podem ser necessários na hipótese de
análises de percolação ou da estabilidade de estruturas compostas. Assim, por exemplo, no
caso de sistemas de co-deposição envolvendo estéril e rejeitos, a relação em peso da mistura
entre os dois resíduos (LEDUC, 2003).
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Vantagens
Desvantagens
A deposição de estéril e rejeitos por meio do processo de mistura, realizada durante as actividades
de processamento, transporte ou no próprio depósito de estéril, constitui um método simples e
bastante flexível, permitindo o controlo durante o processo de mistura e homogeneização do
material. Sua desvantagem é a necessidade de equipamentos para terraplenagem, mistura e
transporte dos materiais, que elevam significativamente o custo de implantação e operação desta
técnica, restringindo o seu uso (LEDUC, 2003).
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Assim, o método de mistura estéril-rejeito envolve algum tipo de deposição sem prévia
mistura.
A figura 9 ilustra a deposição de estéril e rejeito no mesmo espaço, quando há insuficiência de
locais para o depósito destes resíduos.
De acordo com Ritchey (1989), esse método de deposição, dispõe o material estéril dentro de
uma cava exaurida de uma mina e dispensa a construção de diques e drenos de fundo. O seu
capeamento não é transportado para um bota-fora ou pilha de estéril, mas ser depositado
diretamente nas áreas adjacentes já lavradas. Assim, o manuseio de material consiste na
escavação e transporte, geralmente combinados em uma única operação e executados por um
único equipamento.
O facto de permitir depositar o material estéril em áreas previamente mineradas significa que
a operação de capeamento propriamente dita, fica concentrada em uma área restrita. Além
disso, a deposição de material estéril em seu destino final permite que seja feita a
recomposição do terreno imediatamente após a lavra, como o corte fica aberto por pouco
tempo, têm-se ângulos de taludes maiores (HARTMAN e MUTMANSKY, 2002).
Para Lage (2001), a deposição de estéril dentro da cava apresenta vantagens como:
estabilização das paredes da cava, controle de geração de drenagem ácida, redução na
lixiviação de metais pesados, prevenção de acidentes com barragens, e redução de custos com
manutenção da estrutura de contenção do resíduo, uma vez que a cava é mais estável do que
uma pilha. Para além disso, também é necessário estudar a geotecnia da cava e caracterização
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geoquímica e hidrogeológica do resíduo, para ser analisado em conjunto a possibilidade deste
método de descarte.
Afirma também Kuyucak, (1999) que o uso de cavas exauridas para fins de deposição de
resíduos é uma prática bem aceita em diversos países do mundo, além da acomodação de
estéreis e rejeitos da mineração, refugos de outras actividades como resíduos de processos
industriais e lixos municipais.
Embora a utilização de cavas exauridas para depósitos de estéril seja uma prática comum em
alguns métodos de lavra, como por exemplo, a lavra em tiras conforme (Kennedy, 1990), o
método é adequado para qualquer sequenciamento de lavra e propicia exaustão ou
esgotamento de áreas estratégicas da mina para dispor estéril enquanto a lavra continua em
outras áreas.
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2.5. Breve Historial da Mina
A Clean Tech Mining Lda, é uma empresa que produz ouro aluvionar em Penhalonga, distrito
de Manica, na Província do mesmo nome. A empresa começou a sua produção do ouro
primário em 1985 no modo subterrâneo com equipamentos de pequena escala e artesanais,
feito a parceria em 2013 com a Omnia Mining Lda uma empresa Libanesa, com vasta
experiência na área de mineração, passou a minerar o ouro aluvionar, em modo a céu aberto.
Ouro é encontrado associado a minerais diversos, como o quartzo, a pirita etc. A forma de
ocorrência mais frequente é a metálica, geralmente em liga com a prata e ou metais do grupo
da platina.
O ouro é um metal com muitas características importantes como: ser nobres, é raro, maléavel,
dúctil, brilhante, conductor de calor e electricidade, dura, entre outros. E ainda o seu ponto de
fusão é 1064ºC e de ebulição é 2856ºC. O peso específico do ouro puro é 19,3g.cm3.
Comercialmente o ouro é mais procurado por varios paises por ser metal denso, dúctil, não-
corrosível, bom condutor de calor e eletricidade, e ainda reduz a resistência nos contactos
elétricos, o que o torna de grande utilidade na fabricação de peças susceptíveis a pequenas
correntes e que necessitam de alta confiabilidade, (DNPM,2009).
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tempos Pré-câmbricos até ao Fanerozoico (orogenias arcaicas: 3600-2500 Ma (mil ano) ano,
grenvilliana: 1200-1000 Ma e pan-africana domina: 650-500 Ma). O continente africano pode
ser subdividido nos seguintes grandes domínios, com base na idade da deformação orogénica
mais tardia que os afectou. Durante a orogenia grenvilliana, os processos de acreção
continental culminaram na formação, há cerca de 1.0 Ga (giga ano), de um supercontinente
neoproterozóico conhecido por Rodinia.
Segundo Moores e Hoffman, (1991) citados por Sumburane, (2004), a fragmentação terá
ocorrido há aproximadamente 700 Ma e a subsequente amalgamação do continente
Gondwana estará associado à orogenia pan-africana (500 Ma).
A figura 4 ilustra a mapa da áfrica Austral com cinturões e cratões móveis na área de estudo.
Fig.9 Mapa simplificado da áfrica austral, mostrando a distribuição dos principais cratões e cinturões móveis
Cratão do Zimbabwe
O cratão do Zimbabwe localiza-se na África Austral onde ocupa uma área de
aproximadamente 2680 km2. É limitado por cinturões móveis com diferentes idades e foi
afectado, em diversos sectores, pela deformação associada a cada uma destas orogenias.
As rochas de idade arqueana na parte norte do cratão são atribuídas ao complexo metamórfico
de Mudzi, em conformidade com terrenos de gnaisses e migmatitos alóctones do Zimbabwe.
Mais para o sul, a margem do cratão de terreno granite –greenston, que inclui a parte oriental
do Greenstone Belt de Mutare-Odzi-Manica (CHAÚQUE, 2012).
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As litologias desse cinturão de rochas verdes são atribuídas ao grupo de Manica, o qual foi
subdividido nas formações de Macequece e Vengo. Por outro lado, rochas granitoides félsicas
associadas ao cinturão de rochas verdes foram atribuídas ao complexo de Mavonde e por fim,
intrusões básicas do paleoproterozoico foram recentemente identificada por Mantari (2008) e
Sumburane (2001), citado por (CHAÚQUE, 2012).
2.7. Estratigrafia
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conglomerático, filitos, siltitos, quartzitos ferruginosos, quartzitos sericitosos, calcários, xistos
negros, xistos argilosos e xistos glandulares (SUMBURANE, 2004).
Nesta região predomina cadeias montanhosas ocorrendo de Sul a Norte do distrito numa faixa
fronteiriça com o vizinho Zimbabwe onde o mesmo recebe o nome de Cratão Zimbabweano.
As unidades orogénicas fundamentais constituem cadeias montanhosas chegando a atingir
perto 2000 m de altitude, sendo as elevações mais importantes. A tabela 2 ilustra as unidades
orogénicas da cadeia montanhosa e suas altitudes.
2.7.2. Tectónica
Uma vez que é na região de Manica que se localiza o Sistema de Manica, este é caracterizado
pela vasta influência dos mais variados fenómenos tectónicos. Assim, no caso da fracturação,
a que é mais evidente, no seu relatório sobre os jazigos de bauxite, de 1943, é a falha da
direcção-geral de NE-SW que rejeita todas as formações da mancha de Manica nas zonas da
parte oriental da serra Isitaca e do vale do Zambúzi, na parte central do vale de Revuè e a W
da serra Vengo (CARVALHO, 2009).
E a outra falha que merece também importância é “Thrust fault” que ocasiona o
cavalgamento da Série do Vengo por cima dos greenstones e do granito na parte central do
Chimedzi e a Sul do rio Chua. Vestígios daquele tipo de falha são evidenciados na outra parte
da mancha, assinalados por falhas cizalhadas e granitos milonitizados.
No que diz respeito ao dobramento, além do sinclinal, constituído por sedimentos da Série do
M’Beza e pelos sedimentos da Série do Vengo, encontram-se na mancha de Manica dobras e
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plicaturas á escala média e microscópica devido aos movimentos tectónicos de compressão
que reduzem a mancha de Manica a uma faixa relativamente extreita como hoje se apresenta
(SUMBURANE, 2004).
O talco ocorre nas serpentinas da serra Mangote, nas faldas de vertente Norte dessa serra, que
segundo Afonso, 1978, perto das “pedras douradas”, o talco ocorre em grandes massas verde-
pálidas.
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Moriangane, no distrito de Manica. A rocha mãe é um plagioclasolito que ocorre na zona de
contácto de granitos e gabros, contácto esse que se orienta E-W, à altitude de 1700 m.
Neesa serra de Manica encontra-se varias empresas a operar nesse ramo como: a Companhia
mineira de Gilé, Two full,Clean Tech Mining, Africa Ouro, Mina Alumina e Explorator
Mining. E ainda, existe associações registadas na DPRME, como forma de o governo
moçambicano controlar o garimpo, através de determinadas regras que minimizem os
impactos negativos aliviando a pobreza absoluta no país (GEÓIDE CONSULTORIA LDA,
2006).
Robertson, et al (1985) citado por Aragão, (2008), define o estéril como sendo um agregado
natural de um ou mais minerais, retirado da mina para liberar o minério e desprovido de valor
económico. É o produto minerado, mas que não é processado antes do destino em pilhas de
estéril.
Para Freitas, (2004), o estéril é definido como qualquer material não aproveitável como
minério e descartado pela operação de lavra antes do beneficiamento, em caráter definitivo ou
temporário, acondicionado em depósitos de estéreis.
Sistema de deposição de estéril é definida como uma estrutura projetada e implantada para
acumular materiais dispostos de modo planejado e controlado em condições de estabilidade
geotécnica e protegidos de acções erosivas.
A partir da década de 70, a protecção ambiental passou a ter maior importância na tomada de
decisões de sequenciamento de lavra, o que passou a ter sérias transformações na indústria
mineral. Essa evolução gerou uma mudança de visão em relação ao papel da mineração na
sociedade: actividade mineral passou a ser entendida como uma forma de uso temporário do
solo, e não de uso final, como era no passado (OLIVEIRA, 2001).
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gerenciamento ambiental padrão pode representar uma peça chave na determinação de todo o
sucesso de uma operação para accionistas, empregados, comunidade local e o público em
geral.
Mas de maneira oposta, segundo o Higgins (1988), a gestão ambiental pouco eficiente, ou
total ausência dele, pode ser responsável por péssimo desempenho da empresa, ou em algum
momento pode decretar a sua falência financeira quando um trabalho dispendioso de
recuperação for requerido para satisfazer as obrigações ambientais.
Por causa desse potente impacto sobre o sucesso de um novo risco de mineração, problemas
ambientais devem ser incorporados dentro do planeamento do projecto. A incorporação
destes, dentro do planeamento de uma nova mineração deve levar em consideração dois
preconceitos:
O ambiente natural tem muitos usos reais para o homem, um dos quais é a assimilação da
mineração e do estéril industrial. A tarefa da gestão ambiental é fazer o uso sensato da
capacidade ambiental em completa consideração de outras demandas dos recursos ambientais
(HIGGINS, 1988).
Para Sánchez (2008), a actividade tem causado grande impacto ambiental nas áreas ja
lavradas, e a solução pode advir do correcto planeamento das actividades baseado em
profissionalismo e agregação tecnológica para além do comprometimento com a execução do
projectado.
A solubilização de diversos metais pesados, como Fe, Cu, pela água subterrânea,
contém um elevado teor de acidez que correm directamente para riachos, rios e campos
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de cultivo, localizados nas imediações, ocasionam danos ambientais e danos à saúde da
população;
Para Aguiar, (2008), uma forma mitigadora dos danos que afectam a paisagem é a
recomposição topográfica e revegetação realizadas concomitante com a lavra podem reduzir
os impactos visuais, expondo assim uma área menor do terreno sem cobertura vegetal. A sua
remoção, armazenamento do solo e a recolocação no terreno após a lavra, pode facilitar a
recomposição da camada vegetal após a mineração, já que sementes de espécies vegetais
presentes no solo armazenado podem estar disponíveis para germinação após a recolocação.
É certo que a mineração degrada o terreno, porém, é verdade também, que o ambiente natural
degradado pode ser reestruturado de forma aceitável, limitando o impacto ambiental negativo
a um curto período de tempo, conhecendo previamente, controlando a actividade de
extracção, monitorando-as tecnicamente, e implantando medidas mitigadoras destes impactos.
Vantagens
Redução de riscos;
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Desvantagens
Pouco volume disponível para deposição de rejeito dado o grande volume ocupado pela
estrutura de contenção (elevado desnível da cava);
Segundo Santos (2004), o planeamento ambiental tem como estratégia estabelecer acções
dentro de contextos e não isoladamente, para assim apresentar um melhor aproveitamento do
espaço físico e dos recursos naturais com economia de energia, alocação e priorização de
recursos para as necessidades mais identificadas. Uma avaliação de impacto ambiental de uma
actividade visa identificar, prever, interpretar e comunicar informações sobre as
consequências de uma determinada acção sobre a saúde e o bem-estar humanos.
A avaliação dos impactos ambientais é importante no projecto de pilhas de estéril, para que
depois dos impactos identificados, os mesmos sejam listados e classificados pela sua
magnitude, e pelo tempo em que eles ocorrerão a curto, médio ou longo prazo apesar da
degradação provocada no meio ambiente ser menor nesse segmento que algumas outras áreas
como a agricultura ou exploração de madeira, por exemplo, novos procedimentos vêm sendo
estudados procurando harmonizar mineração e ecossistema (SÁNCHEZ E MUNN, 1975).
Para o processo de extração de ouro aluvionar na Clean Tech Mining, Lda tem consequências
negativas para o meio abiótico da área minerada isto é, originam danos ambientais que
afectam drasticamente no uso e aproveitamento de terra para a prática de agricultura bem
30
como para o reflorestamento, mudanças profundas das condições hidrogeologica da região,
alterações geotécnicas das rochas e solo, e alterações paisagísticas da região.
Os impactos negativos originados pela extração de ouro aluvionar na mina Clean Tech
Mining, Lda afectam: o solo, o relevo, a paisagem e a Água. Descrevendo esses aspectos
mencionados da seguinte forma:
O relevo é originado durante o processo de extracção. Esta mudança de relevo está associado
com a presença de cavas abandonadas que existem nas áreas mineradas e por sua vez,
facilitam o processo de erosão, alteração da morfologia do terreno, redução da estética da
paisagem e redução das áreas disponíveis para a prática de agricultura na comunidade de
Ndirire e Penhalonga.
Os aspectos que alteram essas mudanças paisagísticas são: Presença de cavas abandonadas,
Desvio da Estrada Manica-Penhalonga, desvio do percurso natural do rio Revué.
31
3. METODOLOGIA
Esse tipo de metodologia está classificada em: Quanto á natureza, quanto aos objectivos,
quanto á abordagem e quanto aos procedimentos técnicos.
3.2.1.Quanto à natureza
Trata-se de pesquisa explicativa porque o estudo foi mais complexo, pois o autor, registou,
analisou, interpretou os factos e identificou as suas causas. A maioria das pesquisas
explicativas é experimental, em que se manipula e controla as variáveis (THIOLLENT, 1998).
3.2.3.Quanto à abordagem
Segundo Mendonça, Rocha e Nunes (2008), é pesquisa qualitativa por apresentar uma
prioridade de ideias, coisas e pessoas que permite que sejam diferenciadas entre si de acordo
com as suas naturezas. Com este procedimento, o pesquisador conheceu as razões que
levaram a empresa mineradora Clean Tech Mining Lda - Penhalonga, a ter pouco cuidado
32
com o destino do estéril, e posteriormente fez uma análise crítica das ideias patentes em busca
de soluções conforme a sua natureza e origem do problema.
Pesquisa bibliográfica, sendo assim, a revisão da literatura uma parte essencial do processo de
investigação, visto que, por meio dela foi possível localizar, analisar, sintetizar e interpretar a
investigação prévia referente ao segmento da pesquisa. Tratou-se, então, de uma análise
bibliográfica pormenorizada sobre os trabalhos já publicados em relação ao tema.
33
4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
O processo de extração do ouro aluvionar na Mina Clean Tech Mining Lda, em Manica-
Penhalonga é feito com base nas máquinas [Trator de esteira (bulldozer), pá escavadeira e
Camião Basculante]. Esse processo envolve basicamente desmatamento, remoção de solo
vegetal, decapeamento, armazenamento ou deposição de estéril, desmonte, carregamento e
transporte do material útil até a planta de beneficiamento.
O processo inicia com a fase de desmatamento que consiste em preparar o terreno para
abertura de uma nova frente de desmonte, primeiramente identifica-se a área que pretende
abrir a frente de trabalho, após a identificação e respectiva delimitação, usa-se o tractor de
esteira (bulldozer) para dar o início da remoção do solo vegetal.
A figura 10, ilustra o tractor de esteira a remover ou arrastar o solo vegetal, para permitir boa
facilidade da delimitação do bloco de 100x50m, para ser minerado.
A remoção desse estéril nas frentes de desmonte é feita por escavadeiras de balde único, o
mesmo é depositado na superfície de forma desordenada nas laterais ou atrás da cava,
formando um entulho ou pilha de estéril, em condições precárias de estabilidade, e com uma
altura de 18m, sem primeiro ter estudado a geotecnia do solo, o que resulta em ruptura ou
desabamento das cavas. Para além disso, o material estéril depositado na superfície de forma
desordenada, obstrui a progressão das novas frentes de desmonte.
Na figura 11, pode-se observar duas escavadeiras a fazer a remoção e deposição do material
estéril nas laterais e a frente da cava, em forma desordenada e obstruindo as novas frentes
desmonte. A letra A refere o local onde que o estéril está sendo depositado.
35
A selecção do método de escavação requer estudos prévios sobre a natureza, qualidade e
quantidade do material a remover, seu arranjo espacial, seu comportamento quando removido, o
que por sua vez é função de factores geotécnicos. Depende ainda dos propósitos da escavação, dos
prazos previstos, da presença de água, da distância aos locais de deposição de estéril, bem como
dos equipamentos de lavra, transporte e apoio disponíveis.
O mineral ouro (Au) é explorado no modo à céu aberto, e o método escolhido pela empresa é
em tira, mas durante o estágio verificou-se que a técnica usada foi o desmonte mecânico e o
sistema de deposição foi em encosta, que consiste na acumulação de estéril ao redor ou nas
laterais da cava sem nenhuma técnica e propiciando eventuais deformações e mesmo ruptura
da frente do banco.
A figura 12 ilustra a cava em operação e a cava abandonada, na figura 12A ilustra a cava em
operação e ao seu redor está depositado o material estéril, obstruindo a progressão da mesma,
e na figura 12B ilustra a cava exaurida e abandonada com cheio de água subterrânea e o
estéril disposto em forma desordenada.
B
A
36
Segundo os geólogos da empresa, dizem que na falta dos instrumentos para os estudos
geotécnicos, hidrológicos e as outras características no local da deposição do material estéril,
provocam frequentes acidentes de rupturas das cavas. A tabela 4 ilustra o número de acidentes
e perda de vidas humanas no decurso das actividades de extracção de ouro aluvionar na mina.
Para a progressão da cava, é necessário remover todo o estéril que está em frente ou nas
laterais da mesma, com vista a seguir o filão do mineral. O material removido é depositado
ainda no seu redor da progressão, ou onde que o material útil está sedimentado. Para tal, o
gasto de combustível nos equipamentos de remoção e deposição é maior em relação ao
previsto da empresa. Sabe-se que o custo de remoção do estéril na mineração a céu aberto é
um factor primordial para a liberação do minério a ser extraído.
37
Tabela 4: Comparação de Consumo diário de Combustível dos equipamentos, na remoção de estéril
Hora Consumo
Dia Equipamentos trabalhado planificado Consumo
gasto
1 Escavadeira336L 350 520
Escavadeira365D 400 450
Tractor de esteira 400 550
2 Escavadeira336L 350 500
Escavadeira365D 400 420
Tractor de esteira 400 530
3 Escavadeira336L 350 500
Escavadeira365D 400 540
Tractor de esteira 400 560
4 Escavadeira336L 350 540
Escavadeira365D 400 380
Tractor de esteira 400 550
5 Escavadeira336L 350 500
Escavadeira365D 400 480
Tractor de esteira 400 555
6 Escavadeira336L 350 460
Escavadeira365D 400 480
Tractor de esteira 400 520
7 Escavadeira336L 12 350 400
Escavadeira365D 400 460
Tractor de esteira 400 520
8 Escavadeira336L 350 480
Escavadeira365D 400 500
Tractor de esteira 400 560
9 Escavadeira336L 350 620
Escavadeira365D 400 450
Tractor de esteira 400 520
10 Escavadeira336L 350 530
Escavadeira365D 400 520
Tractor de esteira 400 580
11 Escavadeira336L 350 550
Escavadeira365D 400 430
Tractor de esteira - -
12 Escavadeira336L 350 600
Escavadeira365D 400 540
Tractor de esteira - -
13 Escavadeira336L 350 620
Escavadeira365D 400 520
Tractor de esteira - -
14 Escavadeira336L 350 580
Escavadeira365D 400 500
Tractor de esteira - -
38
15 Escavadeira336L 350 580
Escavadeira365D 400 480
Tractor de esteira - -
16 Escavadeira336L 350 600
Escavadeira365D 400 540
Tractor de esteira - -
17 Escavadeira336L 350 600
Escavadeira365D 400 520
Tractor de esteira - -
18 Escavadeira336L 350 560
Escavadeira365D 400 500
Tractor de esteira 400 520
19 Escavadeira336L 350 580
Escavadeira365D 400 480
Tractor de esteira 400 500
20 Escavadeira336L 350 600
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira 400 540
21 Escavadeira336L 350 640
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira 400 500
22 Escavadeira336L 12 350 650
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira 400 560
23 Escavadeira336L 350 640
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira 400 520
24 Escavadeira336L 350 600
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira 400 480
25 Escavadeira336L 350 600
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira 400 580
26 Escavadeira336L 350 650
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira - -
27 Escavadeira336L 350 810
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira - -
28 Escavadeira336L 350 800
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira - -
29 Escavadeira336L 350 820
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira - -
30 Escavadeira336L 350 840
39
Escavadeira365D - -
Tractor de esteira - -
Total 28.745 36.805
Fonte: autor (2018)
De acordo com muitos autores referenciados na revisão bibliográfica sobre o tema abordado,
tem analisado diversas técnicas ou sistema de deposição de estéril que interferem na
segurança, na economia e na redução dos impactos ao meio ambiente, com vista o aumento da
produtividade de forma eficiente e de baixo custo de remoção e deposição de estéril.
Para tal, deve existir um planeamento de curto e longo prazo dessa actividade com vista a
melhorar os aspectos referenciados acima, segui-lo de forma eficiente e segura. Para que seja
eficiente e seguro, o planeamento deve ser estratégico e operacional, de modo que todas as
fases sejam obedecidas os seus critérios, evitando ruptura e o impacto ambiental.
Esta é a primeira fase para a extracção do ouro aluvional na mina Clean Tech Mining Lda, em
que o tractor de esteira (Bulldozer) efectua o processo de desmatamento ou remoção da
vegetação que cobre a camada superficial da área que vai ser minerada. Neste processo
consiste na mata de arbusto e remoção do solo superficial e vegetal, para permitir o início da
fase capeante.
40
O material removido é arrastado com o mesmo equipamento, até uma distância de
aproximadamente de 200m, onde que é armazenado e posteriormente seja aproveitado para a
reposição da área já lavrada, sendo assim neste local o material armazenado é ainda
aproveitado com a população o seu arbusto para o uso de lenha e fabrico de carvão.
Usa-se uma máquina escavadeira para remover o material estéril e por sua vez este estéril é
depositado nas laterais da cava, e servindo do processo de cobertura das trincheiras abertas ou
é usado na reabilitação da mina. O material estéril que cobre a camada mineralizada apresenta
uma diferenciação geológica, isto é, não corresponde ao mesmo tipo do material geológico,
dependendo do local de extracção, visto que tem zonas que são caracterizadas por argila
arenosa acastanhada a escuro e outras zonas caracterizadas por argila arenosa avermelhada.
Muitas zonas da mina Clean Tech Mining Lda, apresenta argila arenosa avermelhada com
difícil permeabilidade da água, e de menor resistividade.
A camada capeante de estéril chega a atingir uma profundidade media que varia 3m-7m de
espessura, existindo áreas em que a profundidade da camada estéril atinge 18m, isto é, os
solos com estas características são susceptível a ruptura, e com essa profundidade máxima
referida acima devia-se remover o estéril em forma de bancadas, mas por ser material
sedimentada e de baixa resistência, sempre aconteceria a ruptura dessas bancadas.
4.2.3. Deposição
O estéril removido no bloco onde se pretende minerar é depositado nas laterais da cava ou é
basculado em pontas de aterro, nas encostas circundantes às minerações daquela zona. Estes
depósitos são simplesmente feitos sem quaisquer preocupações quanto às características
físicas dos materiais do aterro, não se tem o cuidado com a resistência do material, bem como,
a estabilidade da estrutura.
O gráfico1 mostra a frequência dos acidentes por ruptura das cavas, pela má deposição de
estéril nos locais ou laterais das cavas em operação, ilustrado na tabela 4, desde que iniciaram
as actividades de extracção do ouro aluvionar sempre houve acidentes deste tipo, provocando
danos aos equipamentos e a perca de vidas humanas. Ainda ilustra a variabilidade dos
acidentes em cada ano durante essa actividade de extracção do mineral.
A remoção do estéril de uma área de lavra e a sua deposição final são responsáveis por grande
parte dos custos de desenvolvimento de uma mina, com implicações não só económicas, mas
também no que se refere ao meio ambiente envolvendo impactos significativos, tornando-se
fundamental a prior analisar a relação estéril-minério no planeamento de lavra a longo prazo
para garantir o dimensionamento adequado dos equipamentos e o sequenciamento das
operações de lavra.
A remoção do estéril depositado nas laterais ou em frente da cava para a progressão das novas
frentes de desmonte, gera maior gasto de combustível nessa actividade, como ilustra a tabela
42
5, em comparação com o planificado diário em cada equipamento que realiza esse tipo de
trabalho.
Para o caso em estudo, a técnica escolhida na mina Clean Tech Mining é em tira, mais
verificado no local viu-se que o material estéril era removida e depositada (acumulado) nas
encosta das cavas em quantidade maior, mas não especificada o seu volume, o que torna uma
estrutura bastante instável e altamente susceptível a rupturas.
Sabendo que todo material estéril acumulado de forma inadequada, sem obedecer as devidas
técnicas escolhidas, provoca danos ao meio ambiente e torna um perigo para os trabalhadores
e os seus equipamentos.
43
Naquela mina, usando a técnica escolhida por eles, terá um ganho significativo porque o
material constituinte daquela zona é de baixa resistência e de fácil fracturação, atendendo que
são materiais transportado de outro lugar e sedimentados naquela zona baixa.
Segundo muitos autores citados na revisão bibliográfica revelam que a má escolha da técnica
ou método para a deposição de estéril resulta em rupturas das pilhas ou cava, perda de
equipamentos e vidas humanas, na criação do impacto negativo ao meio ambiente, obstrução
da progressão das novas frentes de desmonte e o gasto de combustível no seu remanejamento,
visto que, com a implementação do sistema de deposição do estéril na cava ira minimizar
esses acidentes.
É sabido que o planeamento de um depósito de estéril não é, geralmente tão detalhado como
um projecto de lavra. Isto é natural, visto que o objectivo primeiro da mineração é a produção
do melhor minério possível para ser processado.
As fases analisadas nesse processo, devem ser bem planificadas de modo que o sistema seja
seguido com todo detalhe, evitando acidentes, prejuízo, baixa produção, gasto desnecessário
de combustível (acima do planificado) e o impacto ambiental. A forma de deposição de estéril
feita na mineradora Clean Tech Mining Lda, é inadequada, visto que provoca vários
44
problemas tais como: ruptura, assoreamento dos rios pelo material fino transportado com
agentes da geodinâmica externa, perda de equipamentos e vidas humanas no desabamento das
cavas e obstrução das novas frentes de desmonte.
Foi possível observar pelo gráfico 1 o número de acidentes por ruptura de estéril e perda de
vidas humanas, acontecidos em cada ano, durante a execução dessa actividade de deposição
de estéril no processo de extracção do ouro aluvionar. No mesmo gráfico observa-se a
frequência dos acidentes em todos anos, pela não observância das boas técnicas para
minimizar esses aspectos.
E ainda revela-nos que a área onde está depositado o estéril, é de maior risco devido a
insaturação pelas águas subterrâneas do material constituinte daquela zona. Em termo de
ordem económica, um depósito de estéril deve ser localizado o mais próximo, possível do
centro de massa do estéril a ser lavrado, respeitando-se os limites da cava final e procurando
compatibilizar a forma do depósito a ser formada com o relevo do terreno disponível de modo
que este depósito seja permanentemente estável.
Para este trabalho, a interpretação das técnicas usadas na mina Clean Tech Mining Lda, indica
que:
A medida que aumenta a taxa de deposição de estéril e a pilha se torna maior, aumenta a
possibilidade de rupturas, devido ao aumento das tensões ali impostas. Quando essas
tensões superam a resistência do material constituinte da pilha, inicia-se o processo de
ruptura no maciço;
45
planificado de vinte e oito mil setecentos e cinquenta litros (28.750), durante um mês de
trabalho;
O estéril é abandonado sem que haja o devido tratamento, para futuramente esses locais
trazerem benefícios a comunidade daquela zona mineira como a prática de agricultura.
A quantidade de estéril gerada pode ser estimada durante o planeamento de longo prazo, a
partir da cava operacional, e também deve considerar possíveis impactos ambientais e
estratégias para mitigação destes impactos, para que possa então ser avaliado pelos órgãos
ambientais competentes, responsáveis pela concessão da licença. Para isso deve existir uma
forma ou técnica eficiente que consiste em depositar o estéril sem criar maior danos ao meio
ambiente da empresa e assim como populacional.
Algumas formas de deposição como as pilhas de estéreis são mais utilizadas para a contenção de
estéril, sendo assim, não apresenta melhores condições topográficas naquela região em estudo.
46
Apesar de esta técnica apresentar método convencional (ascendente e descendente), que consiste
em colocar o estéril em aterro controlado e fazendo a sua terraplanagem.
O método ideal para a empresa Clean Tech Mining Lda, é o método em tira que já tem usado
e a sua forma de deposição seja em cava exauridas, porque as condições geológicas da região
permite e não em ponta de aterro o que tem feito.
Este método consiste em depositar o estéril na área já lavrada. Essa técnica de recomposição
da topografia de áreas mineradas é fácil e sem maior consumo de combustível devido a
unificação das operações como, remoção, deposição e reabilitação. Assim, o que acontece
normalmente é o preenchimento das cavas com estéril, facilitando logo o processo de
reabilitação.
47
A B
Em mineração de argilas aluvionares, o material estéril extraído é usado para preencher cavas
inutilizadas, como poderia acontecer na Clean Tech Mining Lda. Este procedimento dá luz à
uma técnica adequada naquela zona mineira. Dessa maneira, duas questões são solucionadas:
o preenchimento da cava e o depósito de resíduos. E também não haveria desmatamento da
área para a deposição do estéril.
Para o estéril da mina em estudo, pode ser depositado em cava, sabendo que a cava pode ser
conceituada como o efeito da exploração da mina, a qual não apresenta nenhum tipo de vegetação
e, geralmente, não tem um destino definido. Trata-se portanto, de um local que requer ser
reutilizado para que não cause futuros problemas ambientais. Segundo a natureza da mineração e
as condições topográficas daquela zona mineira é ideal o uso deste método escolhido.
No entanto, das várias razões que estão por de trás desse problema, segue-se a falta de um
instrumento adequado que os técnicos possam fazer um estudo detalhado das condições
topográficas do terreno antes e depois da exploração mineira.
A mina de ouro aluvionar da Clean Tech Mining Lda, explorou em grande escala de produção
em subsolo e a céu aberto por aproximadamente 25 anos, que resultaram em muitos quilos
(kg) de ouro e também grandes quantidades de estéril amontoado em pilhas de volumes
distintos, o que têm representado grande risco à saúde humana e fortes impactos ambientais e,
portanto, exigem acção correctiva.
49
Reduzir significativamente abandono de cavas com cheio de água subterrânea;
Não degradação de uma área virgem com colocação de estéril, quase em vales com
densa vegetação e nascentes;
Com o material estéril depositado ficará confinado entre as paredes da mina não há
risco de ruptura dos taludes.
50
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
O sistema de deposição efectuado naquela mina não é tecnicamente viável, visto que
não atende as condições topográficas do terreno e o método de lavra escolhida pela
empresa;
51
5.2. Recomendações
Pela proposição do sistema de deposição de estéril em cava exaurida, exige uma reavaliação
continuada e sistemática de sua operação, ao longo da vida útil do empreendimento. Uma vez
que a adequabilidade da proposta implantada na Clean Tech Mining Lda é fortemente
condicionada pela integração do tipo de resíduos gerados em operações de lavra, recomenda-
se o seguinte:
Fazer uma reavaliação contínua das técnicas de deposição do estéril a partir das áreas já
recuperadas em simultâneo com a lavra, devido à diversidade mineralógica dos
depósitos aluvionares;
52
6. BIBLIOGRAFIA
9. Corti, Gold Bulletin, Mining Engineering Handbook (Volume 2), 2nd Edition,
10. Couzens, T.R. Planning Models: Operating and environmental Implications and Mine
Waste Dump, New York.1985.
11. Cunha, Análise do estado da arte do fechamento de mina em Minas Gerais. Dissertação
(Mestrado) - Escola de Minas da Universidade de Ouro Preto, Ouro Preto, 2007.
13. Eaton, T.; Broughton, S.; Berger, K. C. Course Introduction Design and Operation of
Large Waste Dumps, Under Licence from the British Columbia Ministry of Energy and
Mines – Mine Dump Committee, 2005.
53
14. Freitas, Maria Angela, Deposição e Controle de Pilhas de Estéril. Apostila sobre
Formação de Pilhas de Estéril e Rejeito. Belo Horizonte: Editora Ietec, 2004.
15. GTK. Consortium. Notícia explicativa, Volume 2. Ministério dos Recursos Minerais,
Direção Nacional de Geologia, Maputo,2006.
17. Higgins, R. Environmental management of new mining operations in: Salomon’s W &
Forstner, U. Environmental management of solid waste, USA, ed., (1988).
18. Kennedy, B. A. Surface Mining, 2nd Edition. Society of Mining, Metallurgy and
Exploration, Inc. Littleton, CO, USA, 1990.
19. KUYUCAK, N. Acid Mine Drainage Prevention and Control Options. Mine, Water and
Environment, IMWA Congress, Sevilla, Espanha, 1999.
54
27. Oliveira, J. B. Desactivação de empreendimentos mineiros: estratégia para diminuir o
passivo ambiental, São Paulo, (2001).
29. POLZ, Manual de Procedimentos Ambientais, Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte,
2008.
30. Sánchez, Livro avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. ed. Oficina De
textos, São Paulo, (2008).
33. Santos, R.F. Livro planeamento ambiental: teoria e prática. São Paulo, (2004).
34. Sefane. The Geology of Mozambique Belt and Zimbabwe Craton around Manica, Western
Mozambique. Tese de Mestrado, Universidade de Pretória, 2006
38. Ritcey, G.M, Tailings Management, Problems and Solutions in the Mining industry,
Elsovier Sc. Pub.B.V, NY, USA, 1989.
55
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... i
DEDICATÓRIA ........................................................................................................................ ii
RESUMO………………………………………………………………………..……………vi
ABSTRACT……………………………………………………………………………….....vii
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
1.2. Justificativa....................................................................................................................... 3
1.3. Objectivos......................................................................................................................... 3
1.5.3. Relevo............................................................................................................................ 7
3. METODOLOGIA ................................................................................................................. 32
3.2.3.Quanto à abordagem..................................................................................................... 32
6. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 53
58
ÍNDICE DE FIGURAS
Fig. 2: Mina da Clean Tech Mining Lda e Mapa de localização da Concessão Mineira ........... 6
FIG.9 Mapa simplificado da áfrica austral, mostrando a distribuição dos principais cratões e
cinturões móveis ....................................................................................................................... 23
Fig 12: A- Material estéril ao redor da cava B - Cava exaurida e abandonada ............. 36
Gráfico 1: Número de acidentes acontecido por ano e as vidas humanas perdidas ................. 42
ÍNDICES DE TABELAS
59