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INSTITUTO DE GEOGRAFIA
Monte Carmelo - MG
2024
HEITOR YAN OLIVEIRA VELOSO
Monte Carmelo - MG
2024
Resumo
Este trabalho apresenta uma análise geológica detalhada Stock Emborcação da Suíte Granítica
Estrela do Sul, fornecendo dados valiosos sobre a complexidade mineralógica e litológica da
região estudo, por meio do mapeamento sistemático, identificação de contatos litológicos e
caracterização faciológica preliminar. Nesta primeira parte do trabalho foram coletadas e
analisadas 52 amostras, das quais 10 representativas foram selecionadas para uma
caracterização petrográfica mais detalhada. Os resultados parciais destacam a diversidade nas
litologias identificadas, com ênfase nas amostras HV-03A, HV-03B, HV-03C e HV-18, todas
associadas à Suíte Granítica Estrela do Sul. Essas rochas graníticas exibem variações na
granulação, composição mineralógica e textura, sendo classificadas como Biotita
monzogranito médio. A presença de textura porfirítica em algumas amostras sugere condições
de resfriamento mais lentas, indicando eventos magmáticos complexos. Além disso, a
importância dos contatos litológicos é evidenciada, especialmente entre a o Stock Emborcação
com o Complexo Monte Carmelo, em contraste com outras suítes graníticas encontradas nos
metassedimentos do Grupo Araxá. Essa compreensão geológica preliminar destaca a
necessidade de investigações mais aprofundadas nas fases subsequentes da pesquisa como
análises microscópicas, geoquímicas e isotópicas são sugeridas para uma interpretação mais
robusta da evolução geológica da área, proporcionando resultados fundamentais para uma
análise mais aprofundada dos processos magmáticos e metamórficos que influenciaram na
formação da Suíte Granítica Estrela do Sul.
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Diversos estudos em escala de mapeamento de detalhe, realizados
próximos à região de estudo foram abordados nas monografias de Silva (2022),
Aquino (2023) e Ferraz (2023). o último trabalho na Suíte Estrela do Sul foi
realizado por Ferraz et al (2023) (Figura 1), onde apesar do trabalho ser focado
em apenas um dos stocks dessa suíte, para melhor entendimento foram
denominados os sete stocks mapeados pela CODEMIG, recebendo os nomes de
1- Estrela (Silva, 2022); 2- Itambé (Ferraz, 2023); 3- Limeira (Aquino, 2023); 4,
5 e 6- Grupiara; 7 - Imperial. Onde o 6 nomeado de Grupiara corresponde ao
stock Emborcação foco de estudo neste trabalho
Figura 01: Mapa litológico com os principais stocks da Suíte Granítica Estrela do Sul.
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Autor: Ferraz et al. 2023.
Fonte: O autor.
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2. OBJETIVOS
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Essas etapas proporcionam uma compreensão detalhada do Stock
Emborcação, contribuindo para a interpretação da evolução geológica da Suíte
Granítica Estrela do Sul na região noroeste de Grupiara, Minas Gerais.
3. METODOLOGIA
1ª Etapa
2ª Etapa
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Streckeisen (1976), incluindo a contagem modal e a elaboração do diagrama
QAP. As descrições petrográfica foram armazenadas em fichas catalográficas e
tabelas detalhadas.
3ª Etapa
4ª Etapa
4. GEOLOGIA REGIONAL
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do São Francisco, interfere-se ao sul com a Faixa Alto Rio Grande, é recoberta por rochas
sedimentares da Bacia do Paraná a sudoeste e limita-se a oeste com o Maciço de Goiás.
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Faixa Brasília
A Faixa Brasília (Figura 2), também conhecida como Orógeno Brasília, é uma
extensa estrutura de dobramentos que se formou durante o Neoproterozoico na porção
ocidental da Província Tocantins, abrangendo os estados de Tocantins, Goiás e Minas
Gerais.Com uma extensão de mais de 1.100 km e uma largura de aproximadamente 300
km, essa faixa representa um proeminente cinturão de dobramentos que se desenvolveu
na borda ocidental e meridional do Cráton São Francisco durante o Ciclo Brasiliano
(Uhlein et al., 2012).
A sedimentação inicial na Faixa Brasília foi caracterizada por características
miogeossinclinais, com deposição inicial de detritos finos, seguida por psamitos e pelitos
intercalados com calcários e dolomitos. Os dobramentos na região, classificados como
holomórficos, convergem em direção ao cráton e foram metamorfizados na fácies xisto
verde. A atividade magmática associada foi restrita ao vulcanismo andesítico ao norte da
faixa e à intrusão de poucos plutões graníticos ao sul (Almeida et al., 1981).
A Faixa Brasília é caracterizada por uma interação complexa entre arcos
magmáticos, crosta oceânica e margem continental passiva, ocorrendo no contexto de
uma bacia de retroarco. Esse processo, iniciado com processos de acreção de arco nas
fases iniciais, culminou com a colisão de diferentes blocos crustais, contribuindo para a
colagem final dos continentes Amazônico, São Francisco e Paraná entre 630 e 580
milhões de anos atrás, durante a Orogenia Brasiliana (Dardenne, 2000). A interação
crustal específica envolveu eventos como a colisão entre os continentes Paraná e São
Francisco, seguida pela formação da Sinforma de Araxá, destacando-se a presença de
falhas de cisalhamento sinistrais que cortam todas as unidades estratigráficas (Dardenne,
2000).
Grupo Araxá
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rochas metamórficas, principalmente constituídas por mica xistos e quartzitos,
intercalados com anfibolitos.
Diversos estudos, como os de Dardenne et al. (1981) e Simões (1995),
contribuíram para a detalhada compreensão da estratigrafia do Grupo Araxá em diferentes
localidades. A vasta distribuição geográfica do grupo foi destacada por Trouw et al.
(1984), que correlacionaram suas rochas com as do Grupo Andrelândia no sul de Minas
Gerais.
Seer (1999) e Seer et al. (2001, 2005) caracterizaram a área-tipo (Nappe de Araxá)
por rochas metamáficas com assinatura geoquímica do tipo MORB, além de
metassedimentos como xistos e quartzitos, intrudidos por granitos sin-colisionais. Estudos
em diferentes regiões, incluindo Abadia dos Dourados, Chapada dos Perdizes, Santa Cruz
e Passos, revelaram rochas metabásicas de natureza vulcânica, evidenciando o caráter
vulcano-sedimentar do Grupo Araxá (FERRARI, 1989; Leonardos et al., 1990; Brod et
al., 1992; VALERIANO e SIMÕES, 1997).
A ocorrência de lentes de serpentinitos, talco xistos e anfibolitos na região de
Abadiânia em Goiás, destacada por Strieder e Nilson (1992), é considerada uma melange
ofiolítica. Idades obtidas em zircão detrítico em metassedimentos do Grupo Araxá
indicam uma sedimentação com idades entre 1.0 e 0.9 Ga na Nappe de Passos,
compatíveis com o magmatismo máfico datado em rochas metamáficas na mesma região
(Valeriano et al., 2004).
Essas sequências metassedimentares, que incluem os Grupos Paranoá, Canastra,
Ibiá, Araxá e Bambuí, desempenham um papel crucial na geologia regional, formando
uma extensa pilha de unidades sedimentares ao longo da margem oeste do Cráton São
Francisco. Limites tectônicos indicam um transporte tectônico em direção ao leste,
sugerindo uma interpretação tradicional como parte de uma sequência de margem passiva
na plataforma continental do paleocontinente São Francisco (Marini et al., 1984).
Ortognaisse Goiandira
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(2008) indicam uma idade de aproximadamente 640 Ma, associando-se a eventos
colisionais na Faixa Brasília Meridional nesse período (Seer e Moraes, 2013).
Delimitada como parte da zona interna da Faixa de Dobramentos Brasília por
Uhlein et al. (2012), a região de Estrela do Sul é mapeada com destaque para o
Ortognaisse Goiandira por Chaves e Dias (2017). Santos (2019) classifica a unidade em
duas partes, representando 13% da área da Folha Estrela do Sul, com notáveis contatos
com o Grupo Araxá e o Complexo Monte Carmelo, mediados por uma zona de falha de
empurrão com cisalhamento para o nordeste, ou inferido com o Grupo Araxá. Santos
(2019) identificou cinco conjuntos litológicos no Domínio Interno da região, cada um
com características mineralógicas distintas. O Ortognaisse Goiandira W é constituído por
ortognaisses graníticos, eventualmente granodioríticos e tonalíticos, associados a
anfibolitos, destacando uma mineralogia que abrange quartzo, microclínio, plagioclásio,
biotita, muscovita, zircão, epidoto e titanita. Apresentando litotipos inequigranulares e,
em alguns casos, porfiroclásticos. O Ortognaisse Goiandira E engloba litotipos variando
de granito a quartzo-diorito, acompanhados por corpos de anfibolito.
A petrografia revela características distintas, como biotita e muscovita-biotita
gnaisses, porfiroblásticos, com foliação proeminente e feições migmatíticas locais. Os
afloramentos se apresentam como blocos esféricos, com um espesso manto de
intemperismo. Análises petrográficas detalhadas indicam a presença de intrusões
ácidas/intermediárias na forma de metadacitos, acrescentando complexidade à evolução
magmática da região. Idades U-Pb das rochas granitoides associadas variam de 642 ± 1
Ma até 634 ± 9 Ma, correlacionando-se com os granitos intrusivos no Grupo Araxá. No
entanto, os contatos com o Grupo Araxá e a posição estratigráfica precisam de
investigações mais aprofundadas (Klein, 2008; Batista, 2023).
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Um destaque dentro do Complexo Monte Carmelo é o Complexo Granítico Monte
Carmelo, uma intrusão granítica abrangendo uma diversidade de rochas, desde granitos
porfiríticos a equigranulares até gnaisses graníticos milonitizados e anfibolitos frescos.
Essas rochas, frequentemente deformadas, são extensamente expostas em calhas de
drenagem e morrotes aplainados no topo (MOURA E BOA, 2017; Seer e Moraes, 2013).
O estudo geocronológico desse complexo revelou uma idade média de
cristalização em torno de 790 Ma, conforme indicado por datações U-Pb em zircão de um
biotita granito porfirítico (Seer e Moraes, 2013). Essa unidade é interpretada como a raiz
de um arco magmático, sugerindo uma possível correlação com a "Sequência Abadia dos
Dourados", que representa sua contrapartida vulcano-sedimentar (Seer e Moraes, 2013).
Além disso, eventos tectônicos significativos são associados a essa região, incluindo um
episódio pré-colisional por volta de 790 Ma e uma fase colisional ocorrida em torno de
630 Ma, resultando na remobilização parcial do complexo (Seer e Moraes, 2013).
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microclínio, plagioclásio, e minerais máficos como biotita e muscovita. Estudos
geoquímicos indicam rochas leucograníticas associadas a eventos sin-colisionais a tardi-
orogênicos.
Conforme detalhado no relatório da Folha Catalão (MOURA e BOA, 2017), o
granito Estrela do Sul é caracterizado por leucogranitos de duas micas, apresentando uma
granulação inequigranular fina a média e uma tonalidade cinza clara. Esta formação
compreende dois corpos graníticos elípticos localizados centralmente na Folha Catalão.
Esses corpos graníticos intrudem os granitos do Complexo Monte Carmelo e são
frequentemente encontrados na forma de veios ou em depósitos cascalheiros, o que
adiciona complexidade à sua identificação individual.
5. RESULTADOS PARCIAIS
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Apesar do grau de intemperismo formar uma capa de alteração, sua granulação
varia de média e subordinadamente grossa, coloração rósea a cinza clara, mostrando
orientação dada pela foliação marcada pelo alinhamento dos cristais de máficos
representado principalmente por cristais de biotita com cerca de 0,5 mm a 4 mm de
dimensões em matriz média de 0,8 a 2 mm quartzo feldspatica. Petrograficamente trata-se
de rocha ígnea de composição monzogranitica definido como Biotita Monzogranito
médio, apresentando foliação milonitica e composição macroscópica conforme mostrado
na caracterizado mineralogicamente por alinhamento de minerais placoides de biotita
associado pequenas granadas e opacas, envoltas em matriz quartzo-feldspatica. Sua
composição inclui K.feldspatos (28%), plagioclásio (31%), quartzo (28%), biotita (5%),
granada (2%) e opacos (1% ).
A B
Fonte: o Autor.
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principais constituintes minerais identificados na rocha são: Feldspato alcalino (24%),
Quartzo (29%), Plagioclásio (23%), Muscovita (4%), Biotita (20%). A textura da rocha é
fanerítica, sem nenhuma estrutura evidente, é uma rocha leucocrática, a rocha é um
Biotita monzogranito médio.
HV-03B (Figura 05 C): Essa rocha ígnea é inequigranular e apresenta uma
granulação grossa, com fenocristais de feldspato potássico notáveis, variando de 1 a 3
mm de tamanho. A coloração marrom média, associada a um brilho moderado e uma
superfície irregular, contribui para a sua aparência distintiva. A textura é evidente, com os
fenocristais contrastando vividamente com a matriz de grãos finos. A composição
mineralógica é caracterizada pela presença dominante de feldspato potássico (28%) e
quartzo (31%), seguidos por plagioclásio (24%). Os minerais acessórios muscovita (4%)
e biotita (12%). Essas características são consistentes com os atributos típicos de um
monzogranito.
HV-03C (Figura 05 D): A amostra de rocha é um monzogranito de granulação
média a grossa. A cor da rocha é cinza claro, com algumas manchas rosadas. A textura da
rocha é porfirítica, com fenocristais de feldspato alcalino e quartzo de 1 a 3 mm em uma
matriz de plagioclásio, muscovita e biotita de 2 a 5 mm. A sua mineralogia é composta
de: Feldspato alcalino: 25%, Quartzo: 32%, Plagioclásio: 22%, Muscovita: 3% e Biotita:
17%. Com base na composição mineralógica e textura, a amostra é classificada como um
monzogranito. Os monzogranitos são rochas intrusivas ígneas de granulação média a
grossa que contêm feldspato alcalino, quartzo e plagioclásio. A presença de fenocristais
de feldspato alcalino e quartzo indica que a rocha se solidificou lentamente, dando tempo
aos minerais maiores de crescer. A presença de muscovita e biotita indica que a rocha se
solidificou em condições de baixa temperatura.
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Figura 05: Fotografias apresentando os aspectos macroscópico da Suíte Estrela
do Sul, (A) Afloramento na forma de blocos e matacões e (B) Biotita
monzogranito médio. B
A
C D
Fonte: O autor.
A amostra de rocha HV-14 (Figura 06) possui coloração cinza escura e granulação
fina a média. Os principais minerais são quartzo (55%), plagioclásio alcalino (23%),
feldspato (14%), e biotita (8%). O quartzo, predominantemente branco a incolor, é o
mineral mais abundante, apresentando grãos de tamanho fino. A granulometria varia de 1
a 2 mm para quartzo e feldspato, 1 a 2 mm para plagioclásio, e 1 mm para biotita. A
textura é fanerítica, e a granulometria fina a média, com grãos fina a média. Com base nas
porcentagens aproximadas de quartzo (55%), plagioclásio alcalino (23%), e feldspato
(14%) no diagrama QAPF, a amostra é classificada como um Biotita Monzogranito fino.
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Figura 06: Fotografias apresentando os aspectos macroscópico do Complexo
Monte Carmelo, (A) Afloramento na forma de blocos e matacões e (B) Biotita
A B
Monzogranito fino.
Fonte: O autor.
A B
Fonte: O autor.
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A amostra HV-23 (Figura 08) é uma rocha ígnea, classificada como Biotita
Monzogranito Fino. Sua coloração cinza escura revela um teor significativo de minerais
ferromagnesianos, notadamente a presença de biotita. Possui textura porfirítica, destaca-
se fenocristais de quartzo, feldspato potássico e plagioclásio. A granulação é média com
os minerais de Quartzo com aproximadamente 1 mm, K-feldspato com cerca de 2 mm,
Plagioclásio com 3 mm de diâmetro e a Biotita: com 1 mm. A amostra apresenta um veio
de quartzo, que pode indicar infiltração de fluidos hidrotermais. O índice de cor é
mesocrático. A composição mineralógica é dominada por quartzo (50%), feldspato
potássico (25%), plagioclásio (15%) e biotita (10%).
A B
Monzogranito fino.
Fonte: O autor.
A amostra HV-18 (Figura 09) é uma rocha de coloração cinza claro, com
brilho vítreo. A composição mineralógica da amostra é: Quartzo: 50%,
Feldspato potássico: 30%, Plagioclásio: 20%, Biotita: 10%. A textura da amostra
é porfirítica, com fenocristais de quartzo, feldspato potássico e plagioclásio de
até 1 mm, e matriz cristalina composta por quartzo, biotita, anfibólio e óxidos de
ferro. A granulação fina a média da amostra indica que ela se solidificou a uma
profundidade relativamente rasa, onde as condições de resfriamento eram mais
rápidas. A amostra tem Grau de Cristalinidade e Grau de Visibilidade,
respectivamente, holocristalina e fanerítica. Com base na composição
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mineralógica e nas características texturais, a amostra é classificada como
monzogranito, uma rocha ígnea plutônica intrusiva, de composição intermediária
Figura 09: Fotografias apresentando os aspectos macroscópico do Complexo
Monte Carmelo, (A) Afloramento na forma de blocos e matacões e (B) Biotita
monzogranito medio.
A B
Fonte: O autor.
A B
Monzogranito fino.
Fonte: O autor.
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A amostra HV-19 (Figura 11) apresenta estrutura com foliação xistosa. A foliação
é causada pela orientação preferencial dos minerais na amostra, que ocorre em resposta às
forças de pressão e temperatura durante o metamorfismo. A composição mineralógica da
amostra é: Muscovita: 50%, Quartzo: 30%, Biotita: 20%. A amostra é um Muscovita
xisto de grau médio a alto.
A B
Fonte: O autor.
A amostra HV-32 (Figura 12) possui tamanho dos grãos de médio a grosso, com
diâmetros entre 0,5 e 2 mm. Os grãos são inequigranulares, ou seja, têm tamanhos
semelhantes. A cor da rocha é cinza clara, devido ao alto teor de feldspatos. A rocha é
composta de: K-feldspato: 29%, Plagioclásio: 25%, Biotita: 15%, quartzo: 25%,
Muscovita: 6%. A presença de porfiroclastos deformados e rotacionados indica que a
rocha sofreu processos deformacionais. Os porfiroclastos são grãos maiores e mais
resistentes que os grãos circundantes. Eles são frequentemente deformados e rotacionados
quando a rocha é submetida a forças compressivas. A partir desta descrição, podemos
concluir que a amostra HV-32 é um Monzogranito médio a grosso, inequigranular, cinza
claro e leucocrática. A rocha sofreu processos deformacionais, possivelmente associados
a uma zona de cisalhamento.
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Figura 12: Fotografias apresentando os aspectos macroscópico do Complexo
Monte Carmelo, (A) Afloramento na forma de blocos e matacões e (B)
A B
monzogranito.
Fonte: O autor.
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geoquímicas e isotópicas. Estas etapas permitirão uma interpretação mais robusta da
evolução geológica da área de estudo, bem como insights valiosos sobre os processos
magmáticos e metamórficos que influenciaram a formação das rochas na Suíte Granítica
Estrela do Sul.
Cronograma
Jan Fev Mar Abr
Revisão da literatura x x
Bibliográfica
Atividade em campo x x x
para identificação
das litologias e
coleta de amostras
Análise petrográfica x x x
e sistematização
dos dados
Análise De x x x
Resultados
Discussão dos x x x
resultados e
elaboração da
monografia
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7. REFERÊNCIAS
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