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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA E GEOQUÍMICA

EXAME DE QUALIFICAÇÃO

PETROLOGIA DOS GRANITOIDES NEOARQUEANOS E ROCHAS MÁFICAS


ASSOCIADAS DE OURILÂNDIA DO NORTE (PA), PROVÍNCIA CARAJÁS.

DOUTORANDO: Williamy Queiroz Felix


ORIENTADOR: Dr. Davis Carvalho de Oliveira

BELÉM
Junho/2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
2. GEOLOGIA REGIONAL ...................................................................................... 4
2.1. DOMÍNIO RIO MARIA ....................................................................................... 5
2.2. DOMÍNIO CARAJÁS ........................................................................................... 8
3. PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA ............................................................ 14
4. OBJETIVOS .......................................................................................................... 15
5. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 15
5.1. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 15
5.2. AEROGEOFÍSICA .............................................................................................. 16
5.3. MAPEAMENTO GEOLÓGICO ......................................................................... 16
5.4. PETROGRAFIA E MICROESTRUTURAL ...................................................... 17
5.5. GEOQUÍMICA E MODELAGEM ..................................................................... 17
5.6. GEOCRONOLOGIA E GEOLOGIA ISOTÓPICA ............................................ 18
6. GEOLOGIA DAS ROCHAS NEOARQUEANAS DE TUCUMÃ E
OURILÂNDIA DO NORTE ........................................................................................ 21
6.1. SÉRIE CHARNOQUÍTICA DE OURILÂNDIA DO NORTE .......................... 21
6.2. SUÍTE CATETÉ .................................................................................................. 24
6.3. GRANITOIDES................................................................................................... 24
6.4. ASPECTOS ESTRUTURAIS ............................................................................. 34
7. COMPARAÇÕES COM ROCHAS ANÁLOGAS DA ÁREA DE VILA OURO
VERDE .......................................................................................................................... 37
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS ............................. 42
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 46
1. INTRODUÇÃO
A área de Ourilândia do Norte está inserida no contexto geológico da porção
centro-oeste da Província Carajás, próximo ao limite entre os domínios mesoarqueano de
Rio Maria e meso-neoarqueano de Carajás (Fig. 1). Na área estudada o embasamento é
formado pelos granitoides indiferenciados do Complexo Xingu, além de sanukitoides e
leucogranitos de alto-K de idade mesoarqueana, onde ambos são cortados por diversos
corpos graníticos neoarqueanos relacionados à Suítes Plaquê e rochas máfico-
ultramáficas da Suíte Cateté (Macambira & Vale 1997, Avelar et al. 1999, Silva et al.
2018, Silva-Silva et al. 2020). Felix et al. (2020) descreveram rochas da série
charnoquítica na porção leste da área do município de Ourilandia do Norte, onde foram
anteriormente cartografadas como rochas máficas relacionadas à Suíte Cateté (Vasquez
et al. 2008). As rochas que constituem esta série formam um plúton alongado segundo a
direção NW-SE e corpos subordinados seguindo o trend E-W, cuja evolução é controlada
por processo de cristalização fracionada a partir de um magma de composição gabróica
(gabronorito), passando por granitoides com piroxênios, até granitos com anfibólio.
Trabalhos de mapeamento geológico desenvolvidos recentemente por pesquisadores da
Faculdade Geologia da UFPA na área de Ourilândia, identificaram ocorrências análogas
aquelas da série charnoquítica descrita por Felix et al. (2020), além de rochas afins do
Gabronorito Pium da área de Ouro verde (Canaã dos Carajás).
Esta tese está vinculada ao Programa de Pós-graduação em Geologia e
Geoquímica do Instituto de Geociências da UFPA, cujo desenvolvimento está sendo dado
em cooperação com a dissertação de Yury Harrison da Costa Reis que apresenta como
tema a caracterização do embasamento mesoarqueano da área de Ourilândia do Norte. O
trabalho foi iniciado em março de 2020, tendo como objetivo inicial a individualização e
caraterização dos corpos da Suíte Plaquê e rochas máficas associadas da área estudada,
além de um estudo comparativo entre as rochas da série charnoquítica de Ourilândia e
rochas análogas da Província Carajás (Gabronorito Pium e granitoides da Suíte Vila
União). Tais informações, aliado aquelas que serão obtidas a partir de dados isotópicos
(idades de cristalização U-Pb em zircão e assinatura isotópica Sm/Nd e Lu/Hf) e de
cálculos de modelagem geoquímica, permitirão que seja proposto um modelo evolutivo
integrado que contribua para o entendimento sobre a origem das suítes graníticas
neoarqueanas e suas relações com as rochas da série charnoquítica de Carajás.
Figura 1. Mapa de localização da área de estudo, os municípios de Ourilândia do Norte e Tucumã estão
dentro da área, sendo a sede dos trabalhos de campo o município de Tucumã.

2. GEOLOGIA REGIONAL
A Província Carajás (PC - Fig. 2) é o principal núcleo arqueano do Cráton
Amazônico e faz parte do contexto geológico da Província Amazônia Central (Fig. 2a -
Almeida et al. 1981, Tassinari e Macambira 1999, 2004). Diversos modelos de
compartimentação tectônica para a PC vêm sendo propostos (Ex: Dall’Agnol et al. 1997,
Souza et al. 1996, Santos 2003, Dall’Agnol et al. 2006). A atual proposta do Serviço
Geológico do Brasil (CPRM) é dividir a PC em dois Domínios tectônicos distintos,
Carajás, a norte, e Rio Maria, a sul (Vasquez et al. 2008). A proposta mais recente divide
a porção norte da PC em (i) Domínio Sapucaia, (ii) Domínio Canaã dos Carajás e Bacia
Carajás, mantendo o Domínio Rio Maria a sul (Dall’Agnol et al. 2013 – Fig. 2b). Neste
contexto, rochas neoarqueanas são usadas como parâmetros para definir os limites entre
a porção sul e a porção norte da Província Carajás, uma vez que o Domínio Rio Maria
não é afetado por eventos neoarqueanos (Dall’Agnol et al. 2006, Vasquez et al. 2008).
Neste trabalho será adotado como base o modelo de compartimentação tectônica do
Serviço Geológico do Brasil (Fig. 2c - Vasquez et al. 2008).
Figura 2. a) Cráton Amazônico e sua posição em relação a plataforma Sul-Americanas, em destaque
(retângulo amarelo preenchido) encontra-se a Província Carajás; b) divisão da PC segundo Dall’Agnol et
al. (2013); c) Mapa geológico da PC destacando à área de estudo, mapa modificado de Oliviera et al.
(2014), Feio et al. (2012, 2013), Santos et al. (2013), Vasquez et al. (2008), Felix et al. (2020).

2.1. DOMÍNIO RIO MARIA


O Domínio Rio Maria (3,0-2,85 Ga – Tab. 1) é um terreno Granito-Greenstone
formado por rochas máficas e três principias associações de granitoides. Sendo a porção
máfica representada por greenstones belts e complexos máficos-ultramáficos, enquanto
os granitoides são representados por suítes TTG’s, sanukitoides, leucogranodioritos
sódicos e leucogranitos potássicos (Leite et al. 2004, Dall’Agnol et al. 2006, Almeida et
al. 2011, Vasquez et al. 2008, Machado et al. 2021). Os greenstones presentes no
Domínio Rio Maria são agrupados nos grupo Babaçu, Logoa Seca, Serra do Inajá,
Gradaús, Sapucaia e Tucumã (Vasquez et al. 2008). Estes são greenstones stricto sensu,
com predominância de rochas meta-máficas na base, meta-ácidas-intermediárias e
metassedimentares no topo. Os Complexos Serra Azul e Guara-Pará perfazem os
complexos máficos-ultramáficos que não são agrupados em nenhum grupo pertence aos
greenstones belts (DOCEGEO 1988, Araújo e Maia 1991, Souza et al. 2001, Vasquez et
al. 2008).
Os granitoides mais antigos (2,98-29,2 Ga) são representados pelo Tonalito Arco
Verde, Trondhjemito Mogno e Tonalito Mariazinha (Macambira e Lafon 1995, Rolando
e Macambira 2003, Almeida et al. 2008, Almeida et al. 2011). Sendo estes divididos em
dois episódios de formação, o primeiro representado pelo Tonalito Arco verde e
Throndhjemito Mogno; o segundo representado pelo Tonalito Mariazinha e rochas mais
jovens inclusas no Tonalito Arco Verde (Leite et al. 2004, Almeida et al. 2011). As rochas
da Suíte Guarantã (leucogranodioritos/granitos sódicos) apresentam composições
variando de granodiorito a trondhjemito datados com idade de ~2,86 Ga, possuem
afinidades geoquímicas similares aos TTG’s, porém com maior enriquecimento em K2O,
Ba,eSr (Althoff et al. 2000, Almeida et al. 2013). Além disso, apresentam forte
empobrecimento em TiO2, Fe2O3, MgO, CaO e Ni e elementos HFSE (ex: Nb e Y) e
apresentam um expressivo enriquecimento em Na2O (Almeida et al. 2013, Machado et
al. 2021). As rochas sanukitoides do Domínio Rio Maria (2,89-285 Ga) são representadas
pelo Granodiorito Rio Maria e rochas associadas (Oliveira et al. 2009, 2011, Santos et al.
2013, Santos e Oliveira 2016). Os granitoides leucogranitos de alto potássico encontrados
são denominados: Mata Surrão, Rancho de Deus, Xinguara e rochas afins, esses com
idade de cristalização de ~2,88-2,87 Ga (Rolando e Macambira 2003, Almeida et al.
2013).
Tabela 1. Síntese geocronológica do Domínio Rio Maria

(1) Lafon et al. 1994, (2) Rolando e Macambira (2003), (3) Almeida et al. 2013, (4) Almeida et al. 2008,
(5) Althoff et al. (2000), (6) Macambira e Lancelot (1991), (7) Pimentel e Machado (1994), (8) Dall'Agnol
et al. (1999), (9) Guimarães (2009), (10) Almeida et al. (2011), (11) Avelar et al. 1999, (12) Macambira
e Lancelot 1996, (13) Tassinari et al. 2005.
2.2. DOMÍNIO CARAJÁS
O Domínio Carajás (DC) é interpretado como uma continuação do Domínio Rio
Maria afetado por eventos tectono-termais durante o neoarqueano (Vasquez et al. 2008,
Dall’Agnol et al. 2006, Feio et al. 2012). Este domínio não é uniforme, e a porção leste
(Domínio Canaã dos Carajás) é composta majoritariamente por greenstone belts,
associações TTG’s e sanukitoides, enquanto na porção oeste (Sapucaia) ocorre
predominantemente rochas graníticas (Dall’Agnol et al. 2013).

2.2.1. Mesoarqueano

O embasamento mesoarqueano (Tab. 2) do DC é composto essencialmente por


associações metamórficas e granitoides de afinidade TTG, além de sanukitoides e
granitos com alto K (Dall’Agnol et al. 2013, Feio et al. 2013, Maragoanha et al. 2019b).
O Granulito Chicrim-Cateté e o Granulito Ouro Verde representam o embasamento
metamórfico do DC (Hirata et al. 1982, Pidgeon et al. 2000, Machado et al. 1991
Marangoanha et al. 2019b). Possuem idade de cristalização entre 3,06-2,93 Ga, e de
metamorfismo entre 2,89-2,84 (Pidgeon et al. 2000, Machado et al. 1991, Maragoanha et
al. 2019b). Os granulitos félsicos do Granulito Ouro Verde têm composição
tonalitica/throndhjemítica e caráter sódico (Marangoanha et al. 2019b). Os greenstones
belts do Domínio Carajás são agrupados no Grupo Sapucaia e caraterizado por rochas
metamáficas-ultramáficas, metassedimentares, todas na fácies xisto verde a anfibolito;
são considerados como tendo a mesma idade dos greenstones presentes no Domínio Rio
Maria (DOCEGEO 1988, Costa et al. 1994, Sousa et al. 2013). Na região de Nova Canadá
e Água Azul do Norte ocorrem corpos de anfibolitos, que embora interpretados como
mesoarqueanos e formados em condições de fácies xisto verde alto a anfibolito baixo,
assim como os greenstones, ainda não estão formalmente inclusos em nenhum grupo
estratigráfico (Marangoanha e Oliveira 2014, Souza et al. 2017).
As suítes TTG stricto sensu e rochas afins (TTG lato sensu) do Domínio Carajás
são constituídas essencialmente por tonalitos e trondhjemitos com teores variados de
biotita e anfibólio. O Tonalito Caracol, o batólito mais antigo é constituído por biotita
tonalitos e trondhjemitos deformados (2,94-2,93 Ga - Leite et al. 2004, Almeida et al.
2011). Os trondhjemitos Água Fria (2,86-2,84 Ga) e Colorado (2,87 Ga) representam a
geração mais jovem de TTG’s stricto sensu (Silva et al. 2010, Leite et al. 2004). O
trondhjemito Água Fria é similar geoquimicamente ao Tonalito Caracol, embora mais
enriquecido em K (Leite 2001), enquanto o segundo (trondhjemito Colorado) assemelha-
se ao Trondhjemito Mogno e Tonalito Mariazinha – Domínio Rio Maria – (Silva et al.
2014). As associações TTG’s lato sensu são representadas pelo Trondhjemito Rio Verde
(2,92-2,86 Ga), Tonalito Bacaba (~3,0 Ga) e Complexo Tonalítico Campina Verde (2,87-
2,85 Ga) (Moreto et al. 2011, Feio et al. 2013). Embora apresentem similaridades com os
TTG stricto sensu, essas associações são geoquimicamente distintas dos TTG arqueanos
por serem mais enriquecidas em K (Feio et al. 2013). O Tonalito São Carlos (~2,93 Ga;
Silva et al. 2014) difere das suítes TTG’s pelo seu comportamento geoquímico particular
e afins das rochas do Complexo Tonalítico Campina Verde (Feio et al. 2013).
Adicionalmente, Santos et al. (2018) identificaram na região de Água Azul do Norte uma
unidade trondhjemítica de afinidade TTG (~2,93 Ga), este encontra-se fortemente
deformando e localmente migmatizado, ainda não possui denominação formal. Os
sanukitoides e rochas associadas são representados pelos granodioritos Água Azul e Água
Limpa (Gabriel 2012), estes são formados predominantemente por biotita-anfibólio
granodiorito porfirítico, com ocorrência subordinada de biotita granodiorito e biotita-
anfibólio tonalito. Formam dois plútons de afinidade sanukitoide, alongados na direção
E-W e deformados heterogeneamente, com idade de cristalização de 2,88-2,87 Ga (Sousa
et al. 2010, Gabriel et al. 2010, Santos et al. 2013, Gabriel e Oliveira 2014). Na região
de Ourilândia do Norte ocorrem rochas associadas ao Granodiorito Rio Maria (Santos e
Oliveira 2016).
As suítes graníticas mesoarqueanas do Domínio Carajás são, no geral,
caracterizadas por leucogranitos de alto K, em sua maioria interpretados como produto
de anatexia crustal de fonte com afinidade TTG (Feio et al. 2013, Silva et al. 2018, Silva-
Silva et al. 2020). O Granito Canaã dos Carajás é o mais antigo com idade de cristalização
de 2,95 Ga (Feio et al. 2013). Na região de Ourilândia-Tucumã (limite entre os Domínios
RM e DC), ocorrem leucogranitos de alto-K (2,88 Ga), correlacionados ao granito
Xinguara (Silva et al. 2018, Silva-Silva et al. 2020). Os Granitos Bom Jesus e Cruzadão
são geoquimicamente similares, possuem idade de cristalização em torno de 2,83 Ga e
apresentam idade herdadas de 3,01-3,00 Ga (Feio et al. 2013, Rodrigues et al. 2014). Os
Granito Xinguara, Nova Canadá, Pantanal, Granito Boa Sorte e Granito Serra Dourada
fazem parte do grupo dos leucogranitos de 2,86 Ga formados no pico metamórfico do
Domínio Carajás (Leite-Santos e Oliveira 2016, Teixeira et al. 2013, Leite et al. 2004).

2.2.2. Neoarqueano
As suítes neoarqueanas da Província Carajás possuem uma ampla variação
composicional e foram formadas, em sua maioria, entre 2,76 e 2,73 Ga (Tab. 3). A porção
máfico-ultramáfica é representada pela Suíte intrusiva Cateté e pelo Complexo Luanga
(Vasquez et al. 2008, Teixeira et al. 2015), ambas consituidos por um conjunto de corpos
alongados segundo o trend W-E que formam complexos acamadados com idade de
cristalização de ~2,76 (Macambira & Vale 1997, Macambira e Ferreira 2002, Rosa 2014,
Teixeira et al. 2015). O Norito Pium e Gabro Santa Inês representam o magmatismo
máfico neoarqueano presente na porção norte da PC (DOCEGEO 1988, Santos et al.
2013). O Norito Pium foi inicialmente interpretado como sendo formados por rochas
granulíticas de idade mesoarqueana (3,0 Ga – Pidgeon et al. 2000). Entretanto, estudos
subsequentes mostraram que o Norito Pium é formado predominantemente por rochas
máficas sem evidência de metamorfismo e com idade de cristalização de 2,74 Ga (Ricci
e Carvalho 2006, Feio et al. 2012, R. D. Santos et al. 2013). E a idade mesoarqueana
obtida por Pidgeon et al. foi reinterpretada como sendo um xenólito de granulítico
(Vasquez et al. 2008, Feio et al. 2012, Santos et al. 2013). Juntamente com o Norito Pium
afloram as suítes sintectônicas Vila Planalto e Vila União (Huhn et al. 1999, Gomes 2003,
Feio et al. 2012, Oliveira et al. 2018, Marangoanha et al. 2019a,). Ambas possuem caráter
ferroso com alto conteúdo de elementos HFSE, caracterizando uma afinidade geoquímica
com Granitos Tipo A e apresentam idade de cristalização entorno de 2,74 Ga e (Feio et
al. 2012, Marangoanha et al. 2019a). A diferença entre essas suites é que a Suite Planalto
é essencialmenete granitica, enquanto na Suite Vila União ocorrem desde rochas quartzo
dioriticas a leucograniticas. As rochas que compõem o Complexo Estrela (Barros et al.
1997, 2001, 2009), Granito Serra do Rabo de 2,74 Ga (Barros et al. 2009) e Igarapé
Gelado (Barbosa et al. 2004, Barros et al. 2009) são geoquimicamente similar a Suíte
Vila Planalto. A Suíte Vila Jussara (Dall’Agnol et al. 2017, Silva et al. 2020) é
semelhante a Suíte Vila união, embora não possua rochas dioríticas. As rochas
charnoquíticas são representadas pela Série Charnoquítica de Ourilândia do Norte (Felix
et al. 2020) e Enderbito Café (Marangoanha et al. 2019b). O Enderbito Café (2,73 Ga) é
composto por tonalitos sódicos gerados a partir da fusão de um granulito máfico
(Marangonha et al. 2019b). Enquanto na região de Ourilândia as rochas charnoquitcas
são produto da cristalização fracionada de um magma máfico empobrecido (Felix et al.
2020). De forma localizada e associada a Suite Planalto, ocorrem granitoides sódicos de
assinatura toleítica representados pela Suíte Pedra Branca (Gomes & Dall’Agnol 2007,
Feio et al. 2013). Localizados na porção oriental da Província Carajás, ocorrem os
granitos meta- a peraluminosos da Suíte Plaquê (Araújo et al. 1988, Avelar et al. 1999).
Sobrepostas ao embasamento arqueano do Domínio Carajás, ocorrem as rochas
sedimentares da Bacia Carajás (Nogueira et al. 1995, Araújo Filho et al. 2020). A Bacia
é controlada por um feixe de estruturas E-W que compõem um conjunto de cavalgamento
oblíquos dúcteis dos sistemas transcorrentes Carajás Cinzento (Araújo e Maia 1991,
Pinheiro e Holdsworth 2000). Durante o Paleoproterozoico, em torno de 1,88 Ga, a
Província Carajás foi palco de um extenso magmatismo granítico anorogênico de
assinatura tipo-A (Dall’Agnol e Oliveira 2007, Oliveira et al. 2008, 2010, Teixeira et al.
2017). Este magmatismo é relacionado a ruptura de um supercontinente no fim do
paleoproterozoico (Silva et al. 2016).
Tabela 2. Síntese geocronológica das rochas mesoarqueanas do Domínio Carajás.

*são consideradas como idade de metamorfismo. (1) Leite et al. (2004); (2) Almeida et al. (2011); (3)
Silva A.C et al. (2010); (4) Sousa et al. (2010); (5) Gabriel et al. (2010b); (6) Dall'Agnol et al. (1999);
(7) Feio et al. (2013); (8) Moreto et al. (2010); (9) Sardinha et al. 2004; (10) Machado et al. (1991);
(11) Silva (2018); (12) Delinardo Silva (2014); (13) Avelar et al. (1999); (14) Marangoanha et al.
(2019b); (15) Pigdeon et al. (2000).
Tabela 3. Síntese geocronológica das rochas neoarqueanas do Domínio Carajás.

(1) Avelar et al. (1999); (2) Feio et al. 2012; (3) Feio et al. 2013; (4) Silva et al. 2020; (5)
Marangoanha et al. 2019a; (6) Marangoanha et al. 2020; (7) Marangoanha et al. 2019b;
(8) Santos et al. 2010; (9) Souza et al. 2010; (10) Sardinha et al. 2004; (11) Huhn et al.
(1999); (12) Justo et al. 2019; (13) Trendall et al. 1998; (14) Martins et al. 2017; (15)
Wirth et al. (1986); (16) Tallarico et al. (2005); (17) Galarza et al. (2008); (18) Toledo et
al. 2019; (19) Fernandes et al. 2021; (20) Galarza et al. 2017; (21) Oliveira et al. 2010b;
(22) Lafon et al. (2000); (23) Rosa (2014); (24) Machado 1991 (25) Teixeira et al. 2015.
3. PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

A área de Ourilândia do Norte, porção centro-oeste da Província Carajás, está


situada próximo ao limite dos domínios Carajás e Rio Maria. Os mapas geológicos
regionais disponíveis para a região foram realizados em escala regional (1:250.000), onde
as principais unidades individualizas são as rochas do Complexo Xingu e os granitoides
neoarqueanos da Suíte Plaquê e rochas máfico-ultramáficas da Suíte Cateté (Macambira
e Vale 1997, Vasquez et al. 2008). Trabalhos recentes mostram que esta região apresenta
um quadro geológico mais complexo, onde foi individualizado diversos granitoides
mesoarqueanos e rochas neoarqueanas da série charnoquítica que variam de noritos a
monzogranitos (Santos 2015, Silva et al. 2018, Silva-Silva 2019, Felix et al. 2020). O
novo quadro geológico que está se desenhando para a área de Ourilândia do Norte é, em
geral, semelhante aquele atribuído à porção leste do Domínio Carajás, onde corpos
neoarqueanos foram individualizados a partir de rochas pertencentes ao Complexo Xingu
e daqueles reavaliados da Suíte Plaquê. Estes foram agrupados dentro de suítes graníticas
cuja origem está relacionada por diferentes processos à rochas charnoquíticas e tipos
máficos, tais como: mistura de magmas (Vila União) e hidratação (Vila Planalto e Vila
Jussara) (Feio et al. 2012, Dall’Agnol et al. 2017, Marangoanha et al. 2019a).
Adicionamente, processo de cristalização fracionada é atribuído à gênese dos
charnoquitos de Ourilândia (Felix et al. 2020). Dessa forma, para contribuir para uma
melhor compreensão sobre a evolução do magmatismo neoarqueano de Província
Carajás, bem como definir o papel das rochas charnoquíticas no processo de formação
destes granitoides, é necessário estabelecer parâmetros de comparação entre as rochas da
área de Ourilândia do Norte com aquelas de suítes já estudadas. Para isso, é necessário
preencher as seguintes lacunas sobre o conhecimento da geologia de Ourilândia do Norte:
i. Os mapas geológicos disponíveis foram realizados em escala regional (1:250.000 e
1:1.000.000) e não permitem uma caracterização detalhada e tampouco uma
individualização adequada dos granitoides neoarqueanas da área de pesquisa;
ii. Falta de uma caracterização estrutural e microestrutural dos granitoides e rochas
máficas associadas;
iii. Dados geocronológicos escassos e inexistência de dados isotópicos (Sm-Nd e Lu-
Hf) que subsidiem a discussão sobre as possíveis fontes das diferentes rochas
magmáticas da região e que possam responder questões relacionadas ao período
extração mantélica das mesmas;
iv. Os corpos graníticos individualizados em trabalhos anteriores como do tipo Plaquê
podem ser correlacionados com aqueles afins de granitos subalcalinos do tipo-A
(suítes Planalto, Vila Jussara, Vila União) ou são grupos de granitoides com
características geoquímicas e evolução distintas?
v. Indefinições sobre o(s) ambiente(s) de formação dos principais granitoides da área,
e suas implicações para a evolução do Domínio Carajás;
vi. Ausência de um modelo integrado que discuta a relação petrogenética entre as rochas
charnoquíticas e os granitos neoarqueanos.

4. OBJETIVOS
Levando em consideração as lacunas e questionamentos levantados acima, o
objetivo geral desta tese é contribuir para o avanço do conhecimento sobre a natureza do
magmatismo neoarqueano da área de Ourilândia, sobretudo, no que diz respeito ao papel
das rochas charnoquíticas dentro de um quadro evolutivo de suítes graníticas
neoarqueanas da Província Carajás. Para tanto, pretende-se alcançar os seguintes
objetivos específicos:

i. Individualizar as rochas neoarqueanas inseridas indiscriminadamente no contexto


geológico do Complexo Xingu, e avaliação da existência de granitoides da Suíte
Plaquê na área estuda;
ii. Estabelecer as relações de contato entre as rochas neoarqueanas estudadas e suas
rochas encaixantes;
iii. Caracterizar petrográfica e geoquimicamente as rochas neoarqueanas da área
estudada;
iv. Elucidar a história deformacional dos granitoides;
v. Determinar a idade de cristalização U-Pb da série charnoquítica de Ourilândia, e
dos principais corpos neoarqueanos mapeados;
vi. Determinar a assinatura isotópicas (Sm/Nd e Lu/Hf) das rochas estudas;
vii. Propor um modelo petrogenético para os granitoides estudados e integrar com
aqueles discutidos para suítes análogas da Província Carajás;

5. MATERIAL E MÉTODOS

5.1. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA


O levantamento bibliográfico consiste em artigos, livros, teses e dissertações
sobre temas relacionados à geologia e evolução de terrenos arqueanos, com ênfase no
magmatismo neoarqueano da Província Carajás, seus aspectos petrográficos, estruturais,
além de sua petrogênese. Igualmente estão sendo usados artigos e teses que tenham
relação com as metodologias que estão sendo e/ou serão aplicadas nesta pesquisa, como
mapeamento, geologia estrutural, geoquímica, e sistemas isotópicos U-Pb, Lu-Hf e Sm-
Nd.

5.2.AEROGEOFÍSICA
Com o intuito de mapear e definir a área de ocorrência das rochas estudas, foram
utilizadas imagens de magnetometria e aerogamaespectrometria processadas em
ambiente SIG. Essas imagens foram obtidas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e
estão disponíveis no site https://geosgb.cprm.gov.br/. A magnetometria é útil para definir
grandes lineamentos e anomalias magnéticas que geralmente correspondem a rochas de
composição máficas a ultramáficas. Já a aerogamaespectrometria ajuda a identificar e
definir os corpos ígneos de composição félsica aflorantes, através das radiações gama
detectadas na superfície provenientes da desintegração natural do potássio (40K), uranio
(238U) e tório (232Th). Imagens de radar SRTM com resolução de 30m e imagens de
satélite (Landsat TM, Google Earth) foram usadas para auxiliar mapeamento de unidades
litológicas, identificação e definição de feições estruturais.

5.3.MAPEAMENTO GEOLÓGICO
Devido às complicações por conta da COVID-19, o planejamento inicial das
etapas de campo foi comprometido, fazendo com que as amostras coletadas em etapas de
campo anteriores fossem utilizadas para o desenvolvimento desta pesquisa (Fig. 3). Entre
os dias 13 de maio 03 de junho de 2022, houve uma nova etapa de campo realizada
durante o desenvolvimento da disciplina Mapeamento geológico II da Faculdade de
Geologia da UFPA. Foram coletadas informações sobre os aspectos mineralógicos das
diferentes unidades, feições estruturais e relações de contato entre os granitoides
estudados e suas rochas encaixantes. A coleta sistemática de amostras foi realizada para
estudos de análise microestrutural e petrográfica, e obtenção de dados geoquímicos e
isotópicos.
Figura 3. Mapa de pontos mostrando os 112 pontos realizados na região de estudo.

5.4. PETROGRAFIA E MICROESTRUTURAL


Lâminas polidas foram confeccionadas na Oficina de Laminação do Instituto de
Geociência da Universidade Federal do Pará. Quando possível, os cortes para preparação
das lâminas foram realizados perpendicularmente a foliação da rocha e na direção da
lineação mineral. O exame macroscópico possibilitou a identificação e descrição
sistemática dos minerais, e em termos de microestruturas foi realizado um
reconhecimento detalhado da mineralogia e das diversas microestruturas magmáticas e
deformacionais (Hibbard 1995, Passchier e Trouw 2005, Deer et al. 2013, Blenkinsop
2002, Vernon 2004). As análises modais foram realizadas com auxílio de um contador de
pontos automático e do Software Endeeper Hardledge, em que foram contados 2000
pontos por seção em uma malha de 0,4 mm. A classificação das rochas foi realizada
conforme estabelecido por Le Maitre (2002).

5.5. GEOQUÍMICA E MODELAGEM


Amostras foram trituradas, pulverizadas e homogeneizadas na Oficina de
Preparação de Amostras (OPA) da Faculdade de Geologia. Após essa preparação, as
análises em rocha total foram realizadas no Laboratório da ALS Geoquímica Ltda. Os
elementos maiores e menores foram anisados por ICP-ES, enquanto os elementos traços
e terras raras, por ICP-MS. Alguns dados de rocha total foram obtidos nas dissertações
de Santos (2015), Felix (2019) e Silva-Silva (2019). A caracterização geoquímica será
realizada com base nos procedimentos indicados por Ragland (1989) e Rollinson (1993).
A avaliação do comportamento dos elementos maiores, menores e traços será feita por
meio de diagramas de variação, classificação, séries magmáticas, padrões ETR e padrões
multielementos (Debon & Le Fort 1983, Harker 1965, Peccerillo & Taylor 1976, Percival
& Mortensen 2002). Diagramas multielementares e de ETR serão usados para definir a
assinatura geoquímica e discernir os aspectos petrogenéticos, tais como: fusão parcial de
fontes crustais ou mantélicas; cristalização fracionada e / ou misturas de magmas; e o
grau de fracionamento elementos em elementos rocha ou mineral (Rollinson 1993). Os
testes de modelagem geoquímica, tais como cristalização fracionada, assimilação +
cristalização fracionada (AFC), fusão parcial e mistura serão realizados por meio de
tabelas de EXCEL® e o software GENESIS, além de outros softwares específicos.

5.6. GEOCRONOLOGIA E GEOLOGIA ISOTÓPICA


5.6.1. U-Pb em zircão

Os cristais de zircão são concentrados por meio de microbateamento com água,


separação magnética (com imã de mão e separador isodinâmico Frantz) e
microbateamento com álcool 98%. Ao final do processo, os grãos são selecionados
manualmente com o auxílio de uma lupa binocular, colados em fita adesiva dupla-face e
enviados à Oficina de Laminação da UFPA, onde são confeccionadas pastilhas de resina
epóxi. A superfície das pastilhas é então polida com a finalidade de revelar a seção
longitudinal dos cristais, metalizada com ouro e imageada por catodoluminescência e/ou
elétron retro espalhado no laboratório de Microanálises (IG-UFPA). A obtenção dessas
imagens permite avaliar as estruturas internas e padrões de zoneamento dos cristais,
facilitando a escolha de domínios para realização das análises. As datações U-Pb em
zircão serão realizadas no Laboratório de Geologia Isotópica da UFPA (Pará-Iso) através
de espectrômetro de massa multicoletor de alta resosolução e plasma acoplado por
ablação a laser (LA-ICP-MS). Os procedimentos analíticos utilizados serão aqueles
descritos por Milhomem Neto et al. (2017a). As composições isotópicas de U-Th-Pb
serão medidas com um espectrômetro de massa multicoletor de alta resolução modelo
Neptune da Thermo Finnigan. Esse equipamento tem acoplado uma microssonda de
ablação a laser Nd:YAG 213 em modelo LSX-213 G2 da CETAC. Os parâmetros
adotados para análise são: diâmetro do spot de 25 µm, frequência de 10 Hz, potência de
50-60% e tempo de contagem de 40s. O fracionamento elementar induzido pelo laser e a
discriminação instrumental de massa são corrigidos usando as razões isotópicas do zircão
de referência GJ-1 (608,5 ± 1,5 Ma; Jackson et al. 2004). A confiabilidade e
reprodutibilidade do método são monitoradas por meio da leitura de zircões de referência
secundários, como o Mud Tank (732 ± 1 Ma; Horstwood et al. 2016) e o 91500 (1.065 ±
0,3 Ma; Wiedenbeck et al. 1995). A contribuição de chumbo comum é avaliada e
corrigida a partir do modelo de evolução do Pb terrestre de Stacey e Kramers (1975). O
processo de redução dos dados isotópicos brutos é executado em macro Microsoft Excel
adaptado de Chemale Jr et al. (2012).

5.6.2. Lu/Hf

As análises Lu-Hf serão realizadas em cristais de zircão, com o mesmo


equipamento utilizado para as análises U-Pb. O protocolo experimental desse método é
descrito por Milhomem Neto et al. (2017b). As condições analíticas adotadas serão:
diâmetro do spot 50 µm, frequência de 10 Hz, potência de 50% e tempo de contagem de
60s. Durante a rotina de análise in situ, os isótopos de Lu, Hf e Yb foram medidos
concomitantemente. As razões isotópicas de Yb e Hf foram normalizadas assumindo os
valores de 1,12346 para a razão 173Yb/171Yb (Thirlwall e Anczkiewicz 2004) e de 0,7325
179
para a razão Hf/177Hf (Patchett e Tatsumoto 1980), de acordo com a lei exponencial.
175
As abundâncias dos isótopos Lu (176Lu/175Lu = 0,02659; Chu et al. 2002) e 173
Yb
(176Yb/173Yb = 0,786956; Thirlwall e Anczkiewicz 2004) foram adotadas para a adequada
correção das interferências isobáricas. As razões 176Hf/177Hf medidas nos grãos de zircão
desconhecidos foram normalizadas com base na comparação entre a média das razões
176
Hf/177Hf obtidas durante a análise do zircão de referência Mud Tank e as
correspondentes razões certificadas (Morel et al. 2008). O zircão GJ-1 (Woodhead e
Hergt 2005) foi utilizado como padrão secundário para monitorar a reprodutibilidade do
método. Os dados isotópicos brutos foram corrigidos e reduzidos em macro Microsoft
Excel adaptado de Bertotti (2012). Os grãos de zircão utilizados para análise Lu-Hf foram
aqueles previamente analisados pelo método U-Pb, no mesmo domínio em que a idade
foi obtida. Sempre que possível, as composições isotópicas de Hf serão medidas apenas
em cristais com idade U-Pb concordantes (>95%). As razões isotópicas serã recalculadas
para as idades de cristalização das amostras considerando a constante de decaimento
1,867 × 10-11 anos-1 (Söderlund et al. 2004). Para o cálculo do parâmetro petrogenético
εHf e da idade modelo em dois estágios os valores do reservatório condrítico uniforme
(CHUR) de Bouvier et al. (2008) e do manto empobrecido (DM) de Andersen et al.
(2009) serão usados. Para as idades modelo crustais (Hf-TDMC) assume-se uma razão
176
Lu/177Hf igual a 0,015 para a média da crosta continental (Griffin et al. 2002, 2004).

5.6.3. Sm/Nd

As análises isotópicas de Sm-Nd foram realizadas no Laboratório de


Geocronologia da Universidade de Brasília, empregando os procedimentos analíticos
descritos por Gioia e Pimentel (2000). Inicialmente, cerca de 50 mg de pó de rocha total
são misturados a solução padrão de 149Sm-150Nd e dissolvidos em cápsulas Savillex. Em
seguida, realizou-se a separação dos elementos químicos pelas técnicas convencionais de
permuta iônica convencional, usando colunas de teflon contendo resina LN-Spec (ácido
fosfórico HDEHP-diethylhexil suportado em pó PTFE). As amostras foram carregadas
em filamentos de evaporação de Re e as medições isotópicas foram colhidas pelo
espectrômetro de massa multicoletor Finnigan TRITON em modo estático. As incertezas
do método para as razões Sm/Nd e 143Nd/144Nd obtidas são melhores do que ± 0,5% (2 )
e ± 0,005% (2 ), respectivamente, tomando como base repetidas análises dos padrões
143
internacionais BHVO-1 e BCR-1. As razões Nd/144Nd foram normalizadas para
146
Nd/144Nd de 0,7219 e a constante de decaimento empregada foi 6,54 × 10-12 a-1. Os
valores TDM serão calculados com base no modelo desenvolvido por DePaolo (1981).
6. GEOLOGIA DAS ROCHAS NEOARQUEANAS DE TUCUMÃ E
OURILÂNDIA DO NORTE
Na área de Ourilandia-Tucumã, os corpos estudados formam uma série de plutons
intrusivos no embasamento mesoarqueano, cuja forma sigmoidal está alinhada segundo
o trend regional E-W (com inflexões para NE-SW), que é coincidente com a disposição
das principais zonas de deformação dúctil do cinturão de cisalhamento Itacaiúnas como
destacado em imagens aerogeofísicas (Fig. 4a-b). Os tipos identificados na área de estudo
são aqueles relacionados à Suíte Intrusiva Cateté e à série charnoquítica de Ourilândia do
Norte definida por Felix et al. (2020). Dentro os corpos granitoides individualizados neste
trabalho, os mesmos podem ser divididos em quatro unidades: biotita tonalito milonítico,
anfibólio biotita granodiorito, biotita granito e muscovita biotita granito. Pequenas
ocorrências de rochas máficas relacionadas à Suíte Cateté são encontradas de forma
disseminada na área.

Figura 4. (a) Mapa geológico mostrando os corpos neoarqueanos mapeados (b) imagem aerogeofísica
mostrando o ternário dos canais do urânio (eU), tório (eTh) e potássio (K), nas cores vermelho, verde e azul
respectivamente.

6.1. SÉRIE CHARNOQUÍTICA DE OURILÂNDIA DO NORTE

A série charnoquítica de Ourilândia forma uma série magmática que evolui de


gabros até granitoides com anfibólio (Felix et al. 2020). As rochas máficas e os
granitoides com piroxênio formam o corpo principal disposto na direção NW-SE,
enquanto que monzogranitos com anfibólio e biotita ocorrem como corpos orientados na
direção E-W (Fig. 4). Os gabros e granodioritos mostram feições ígneas bem preservadas;
textura intergranular nas rochas máficas (Fig. 5a-b) e granular hipidiomórfica nos
granodioritos (Fig. 5c-f). Os cristais de piroxênio comumente apresentam borda de
anfibólio (textura corona) e lamelas de exsolução (Fig. 5d,f). Os anfibólio monzogranitos
são rochas de coloração cinza-avermelhadas e de granulação média (1-5 mm) (Fig. 5g-
h). Os cristais feldspato presentes nessas rochas são idiomórficos a hipidiomórficos, de
granulação média (1,8 – 4 mm) e contatos regulares a serrilhados. O plagioclásio é
labradorita nos tipos máficos e andesina nos granitoides. O quartzo, por sua vez, possui
granulação média (1-3mm) e localmente formam agregados policristalinos de granulação
fina e extinção ondulante. Os minerais máficos são o anfibólio e a biotita, ambos com
granulação fina a média (0,2 – 4 mm). Quando deformados, estes minerais se orientam
segundo o trend de deformação desenvolvendo a foliação presente nestas rochas.
Figura 5. Prancha representativa da série charnoquítica de Ourilândia do Norte; a-b) gabronorito; b) textura
intergranular presente nos gabronoritos, clinopiroxênio com exsolução de ortopiroxênio; c-d) granodiorito;
d) clinopiroxênio com borda de anfibólio; e-g) monzogranitos; f) clinopiroxênio completamente bordejado
por anfibólio; h) clinopiroxênio completamente substituído por anfibólio. Note que o aumento da
transformação do piroxênio para anfibólio aumenta do gabronorito para o anfibólio monzogranito (g-h).
6.2. SUÍTE CATETÉ

As rochas máficas associadas à Suíte Cateté são compostas por dunitos,


gabronoritos, olivina gabros, gabros e quartzo-gabros, e formam serras alongadas na
direção E-W com mergulho 45° para sul, com destaque para a Serra do Onça. No mapa
geológico simplificado da área é possível observar que essas rochas são intrusivas em
rochas mesoarqueanas do Complexo Xingu. As pequenas intrusões identificadas neste
trabalho são caracterizadas como rochas faneríticas de granulação média, leuco a
mesocráticas com índice de cor (M’ = 31-60%) e mostram-se incipientemente
deformadas. São compostas principalmente por plagioclásio, piroxênios, e mais
restritamente olivina (Tabela 4). Tipos com feições cumuláticas são raros. Nota-se ao
longo dos planos de fratura dos cristais de olivina alteração para serpentina. Os cristais
de clino e ortopixenio são idiomórficos e destacam-se pela frequente ocorrência de textura
de exsolução, além da transformação para anfibólio.

6.3.GRANITOIDES
A variedade biotita tonalito milonítico aflora na porção noroeste da área estudada,
nas proximidades da Serra Arqueada (Fig. 4). Encontra-se disposta segundo o trend E-W
com inflexões para NW. Possui textura equigranular média, onde é frequente a ocorrência
de cristais de quartzo de coloração cinza-azulado (Fig. 6a-b). Quando afetadas por zonas
de cisalhamento desenvolvem uma matriz quartzo-feldspática fina com pórfiroclastos de
feldspatos e quartzo (Fig. 6b). Os cristais de plagioclásio eventualmente encontram-se
fortemente saussuritizados e o quartzo forma finas faixas alongadas nas amostras mais
deformadas. As unidades anfibólio-biotita granodiorito e biotita granito são formadas por
corpos isolados, alongados na direção E-W e limitados por zonas de cisalhamento (Fig.
4). Os granodioritos têm coloração cinza (Fig. 6c-d), enquanto os granitos apresentam
coloração cinza rosado (Fig. 6e-f). Em ambas, é comum a presença de enclaves máficos
alongados orientados conforme a a foliação da rocha (Fig. 6f). São compostos por biotita
e anfibólio, além de pórfiros de plagioclásio. Quando afetados pelas zonas de
cisalhamento, essas rochas desenvolvem foliação penetrativa marcada pela orientação
dos cristais de biotita e pórfiros de plagioclásio orientados e rotacionados. Bandas de
cisalhamento centimétricas com mesma orientação da foliação são comuns nesta unidade.
Já as rochas da variedade muscovita-biotita granito sustentam uma serra isolada na
direção E-W (Fig. 4). São granitos anisotrópicos, hololeucocráticos (M’<5%) e de
coloração cinza-rosada. Apresentam granulação variando de fina a média e textura
milonítica com porfiroclastos de feldspatos (Fig. 6g). A deformação é marcada pela
foliação penetrativa, forte orientação de cristais de biotita e muscovita e pela presença de
porfiroclastos de feldspatos estirados e rotacionados e bandas estiradas de quartzo (Fig.
6h).
Figura 6. Aspectos gerais das rochas estudadas; a) biotita tonalito isotrópico mostrando textura
fanerítica preservada; b) tonalito anisotrópico com pórfiros de plagioclásio e quartzo com tom
azulado; c) e d) Anfibólio Biotita Granodiorito com minerais máficos orientados formando foliação
penetrativa, na foto d é possível observar a formação de uma banda de cisalhamento; e) Biotita Granito
mostrando textura fanerítica preservada; f) Biotita Granito com enclave máfico levemente
arredondado, e com presença de plagioclásio formando pórfiros; g) aspectos mesoscópico da unidade
Muscovita Granito; h) plagioclásios rotacionados presentes no biotita ± muscovita Granito.
6.3.1. Classificação e aspectos texturais / deformacionais
O estudo petrográfico dos granitoides da área de Ourilândia-Tucumã foi realizado
com base em análises meso- e microscópicas, aliado à contagem modal de lâminas
delgadas (Tab. 4). Todas as amostras foram plotadas e classificadas em diagramas QAP
(Fig. 7) de Le Maitre (2002), permitindo dessa forma, ressaltar o constraste no conteúdo
mineralógico entre os litotipos estudados. Seus aspectos microestruturais e mineralógicos
são descritos a seguir:

Figura 7. Classificação modal das rochas estudas. Q-A-P e P-Opx-Cpx (Le Maitre 2002).
Tabela 4. Composição modal representativa das rochas Neoarqueanas da Região de Ourilândia-Tucumã.
Série Charnoquítica Ourilânida Rochas Máficas
Gabros Granodiorito Monzogranito Gabros Gabronoritos Ultramáficas
WDL WDL WDL WDL WDL NDP LMG PTU19 PTU19 PTU19 LMG PTU19 PTU19 PTU19 PTU19
Minerais 06 08A 01B 02 10 123 19 II-04 VIII-25A II-22 14 IX-14 II-28 IX-60 II-31
Quartzo 2.1 11.2 15.8 20.9 20.9 30.0 1.3 3.2
Microclina - 1.5 10.5 12.3 22.5 14.6 1.1 3.1
Plagioclásio 66.6 54.5 51.7 46.4 31.4 25.6 58.6 39.4 67.9 54.3 54.7 55.6 1.1 9.8
Anfibólio 7.6 6.9 9.5 9.5 3.3 26.5 0.2
Biotita 1.0 1.3 1.9 1.5 3.3 1.0 0.4
Titanita 1.1
Apatita 0.2 1.0 0.1
Allanita
Epidoto 0.3 0.7
Muscovita
Ortopiroxênio 4.0 10.9 3.9 9.2 0.7 4.4 0.4 Tr 15.9 11.1 9.5 14.5 0.6 5.6
Clinopiroxênio 12.9 11.0 5.4 10.4 16.4 0.5 29.3 58.4 18.2 23.2 32.3 31.6 69.4 88.1
Olivina 5.8 Tr - Tr 4.6 Tr 1.5 2.0 14.7 0.4 94.2
Zircão
Opacos 0.2 0.8 1.4 1.2 1.0 5.1 1.8 8.3 0.4 0.5 0.9 0.3 1.1 0.3
ΣMáficos 31.4 30.8 22.0 31.7 25.0 29.8 38.9 60.6 31.1 39.5 45.3 44.4 98.9 90.2 100.0

Granitoides Neoarqueanos da Região Ourilândia-Tucumã


Biotita Tonalito Anf-Bit Granodiorito Bt Monzogranito Biotita±Muscovita Granito
LMG PTU19 LDW LDW PTU19 LDW PTU19 PTU19 DJS PTU19 PTU19 PTU19 BRM BRM BRM BRM
Minerais 20 II-13B 53 54 VIII-53 58 VI-28 VII-14 01A VI-34 X-22B IX-25A 29A 29B 35 28
Quartzo 27.5 29.3 23.9 26.0 29.9 27.2 30.4 31.0 32.4 32.6 33.4 36.6 46.7 44.7 44.8 39.6
Microclina 1.8 0.6 14.7 14.6 17.6 23.9 33.8 34.4 21.5 34.3 25.9 19.6 22.5 26.7 23.0 34.8
Plagioclásio 49.1 47.2 33.6 37.1 36.6 38.5 23.4 22.1 37.6 24.4 33.4 22.9 27.1 24.3 20.4 19.6
Anfibólio 0.0 Tr 1.6 1.0 Tr - - - - - - - - - - -
Biotita 17.6 16.3 20.4 17.3 8.0 6.7 6.8 8.0 7.8 6.1 9.1 17.5 2.8 1.0 5.0 3.1
Titanita 0.4 0.0 1.4 0.3 0.4 0.7 2.3 1.1 0.2 Tr 0.3 0.2 Tr Tr 0.5 0.1
Apatita 0.1 0.4 0.2 Tr 0.3 0.1 Tr 0.2 Tr 0.1 0.2 Tr Tr Tr Tr Tr
Allanita 0.3 0.5 0.1 Tr Tr 0.0 0.7 Tr Tr 0.1 0.1 Tr Tr 0.1 0.1 0.1
Epidoto 1.7 0.6 3.0 3.5 3.5 2.4 1.5 2.1 0.2 1.6 0.5 2.5 0.3 2.7 1.8 0.8
Muscovita - - - - - - - - - - - - Tr Tr 4.0 1.0
Ortopiroxênio - - - - - - - - - - - - - - -
Clinopiroxênio - - - - - - - - - - - - - - -
Olivina - - - - - - - - - - - - - - -
Zircão 0.3 0.1 0.1 0.3 0.0 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1
Opacos 0.1 5.0 1.0 0.2 0.2 0.7 1.0 0.8 0.6 0.9 0.5 0.6 0.5 0.5 0.3 0.8
ΣMáficos 20.2 20.9 27.6 22.3 12.2 10.4 12.4 12.1 8.6 8.7 10.3 20.8 3.7 4.3 7.8 5.0
6.3.1.1. Biotita tonalito
Esta unidade é composta essencialmente por rochas tonalíticas com variáveis graus de
deformação. São rochas leucocráticas (M’~22%) de coloração cinza escuro com tons azulados,
e textura granular hipidiomórfica e granulação variando de média a grossa (Fig. 8a-b).
Mineralogicamente, esta unidade é composta por plagioclásio (47,1-49%), quartzo (Qtz1 - 27,4-
29,3%), álcali-feldspato (0,1-1,8%), biotita (16,3-17,5%) e epídoto (Ep1 - 0,6-1,65%), e
subordinadamente ocorrem titanita, allanita, apatita, zircão, magnetita e ilmenita (Tab. 4). Os
minerais secundários são titanita, gerada a partir da alteração da ilmenita, clorita proveniente
da biotita, epídoto (Ep2) e argilominerais oriundos da alteração do plagioclásio. Agregado de
minerais máficos são frequentes e são formados por biotita e minerais acessórios. Nos tipos
milonitizados a textura porfirítica é frequente e é caracterizada por uma matriz félsica fina (<1
mm) e porfiroclastos de plagioclásio e quartzo de granulação média a grossa (~4 mm) (Fig. 8c-
d). Os cristais de plagioclásios são hipidiomórficos, por vezes apresentam-se zonados e
saussuritizados, enquanto os pórfiros de quartzo são arredondados e fraturados. Localmente é
possível observar os plagioclásios fraturados e preenchidos por minerais finos de quartzo,
biotita e minerais opacos. As fraturas preenchidas ocorrem tanto nas rochas não deformadas
(Fig. 8b) quando nas porções milonilitizadas (Fig. 8c). Nas porções mais deformadas desta
variedade, a orientação preferencial da matriz é marcada pela formação de bandas de agregados
de quartzo recristalizados (Qtz2) por recristalização dinâmica (Fig. 8d), enquanto nas porções
menos deformadas as bandas recristalizadas são ausentes e a textura manto-núcleo é a principal
feição deformacional identificada nos cristais de quartzo.
Figura 8. Aspectos micrográficos da Unidade Tonalito; a) textura granular hipidiomórfica presente nos tonalitos
não deformados; b) plagioclásio hipidiomórfico em contato com cristais de quartzo (Qtz1) e biotita, é possível
observar uma fratura cortando o plagioclásio e sendo preenchida por minerais de quartzo, biotita e opacos; c)
pórfiro de plagioclásio com microfratura preenchida, neste estágio é possível observar a formação de matriz (b);
d) pórfiros de quartzo arredondados e a formação de bandas de quartzo recristalizados (Qtz2).

6.3.1.2. Anfibólio-biotita granodiorito


Esta variedade é formada dominantemente por rochas com alta razão plagioclásio/K-
feldspato permitindo que as mesmas sejam classificadas como de composição granodiorítica
(Fig. 7). São formadas por plagioclásio (33,6-37,1%), quartzo (23,9-29,9%), álcali-feldspato
(14,7-17,6%), e como minerais máficos varietais ocorrem biotita (8-20%) e anfibólio (<0,1-
1,6%). Os minerais acessórios primários são titanita (0,3-1,4%), epídoto (3-3,5%), além de
zircão, allanita e apatita (<1%). Os minerais opacos são magnetita e ilmenita. Os feldspatos
ocorrem como cristais hipidiomórficos de granulação média a grossa (Fig. 9a-b) sendo que
aqueles de plagioclásio apresentam maclamento albita e albita Carlsbad, apresentando leve
alteração para sericita, e por vezes, extinção ondulante e maclas deformadas. Por sua vez, os
cristais de álcalis-feldspato são caracterizados pelo maclamento xadrez, por vezes difuso, e no
geral possuem granulação mais fina do que aqueles de plagioclásio. Exibem extinção ondulante
e fraturas, e estão associados ao quartzo formando agregados policristalino recristalizado (Fig.
9d). O quartzo ocorre como cristais alotriomórficos de granulação média, com extinção
ondulante moderada, e contato interlobado entre si (Fig. 9c-d). Biotita e anfibólio, juntamente
com epídotos e titanita, formam os agregados máficos que ressaltam a foliação penetrativa
presente nessas rochas.

Figura 9. Aspectos microscópicos da variedade anfibólio-biotita granodiorito; a) textura granular hipidiomórfica


levemente transposta, feldspatos e biotitas orientados marcando a foliação tectônica; b) textura granular
alotriomórfica representante das porções mais cominuídas desta unidade; c) foliação formada por pelas biotitas e
anfibólios orientados, além de cristais de quartzo policristalinos com leve orientação seguindo o mesmo trend dos
minerais máficos; d) cristais de quartzo policristalinos com contatos serrilhados formando agregados
policristalinos de quartzo recristalizado.

6.3.1.3. Biotita ± muscovita granito


Os monzogranitos da área estudada variam de holo a leucocráticos (M’ = 8,7-20,9%), e
apresentam textura granular hipidiomórfica (Fig. 10a-b). São formados por álcali-feldspato
(19,6-34,4%), quartzo (30,4-36,6%) e plagioclásio (22,15-24,35%), biotita (6,1-17,5%), titanita
(1,1-2,3%) e epídoto (1,5-2,5%); além de zircão, allanita, apatita, muscovita e fluorita.
Magnetita é a única fase opaca. Texturalmente apresenta afinidades com a variedade
granodiorítica descrita acima, no entanto, nota-se nos monzograntios que os cristais de álcali-
feldspato apresentam maclamento albita-periclina e pertitas. Além disso é marcante nestes
cristais as feições deformacionais como a extinção ondulante e formação de subgrãos (alta
temperatura) (Fig. 10c). Os cristais de quartzo, diferentemente daqueles das demais variedades,
além de contatos serrilhados, apresentam textura poligonal (Fig. 10d). Além disso, os cristais
de quartzo desta variedade apresentam frequentemente intercrescimentos vermiforme (textura
mimerquítica) e granofírico com feldspatos. Os granitos portadores de muscovita apresentam
variações sienograníticas holoeucocráticas (M' < 5%) com domínio da textura milonítica com
porfiroclastos de quartzo e alcali-feldspato rotacionados e orientados seguindo um trend
preferencial (Fig. 10e). Biotita e muscovita mostram contatos retos entre si e epidoto e titanita
ocorrem como minerais mais desenvolvidos que aqueles que formam a matriz da rocha; allanita
apresenta fortemente metamitizada e comumente bordejados por epídoto.
Figura 10. Aspectos microscópicos da unidade biotita-muscovita granito; a) e b) textura granular hipidiomórfica
característica do Biotita Granito formada por cristais de plagioclásio, álcali-feldspato (Af1), quartzo (Qtz1) e
agregados máficos; c) borda recristalizada do álcali-feldspato formando Af2, é possível que os cristais de
plagioclásio preservam sua forma magmática e não possuem bordas recristalizadas; d) feições locais de Qtz2
formando contatos poligonais (seta vermelha) e ao lado ainda preserva seus contatos serrilhados e interlobados
(seta verde), sendo ambos caraterizados pela recristalização de migração da área de contanto (GBM, sigla em
ingles), mas na seta vermelha essa migração foi acompanhada de um ajustamento dos grãos (GBAR, sigla em
inglês), que durante a recristalização dinâmica são alinhados para formação da forma poligonal; e) é possível
observa textura milonítica transpondo as magmáticas, formando bandas recristalizadas de quartzo e pórfiros de
feldspatos, titanita e quartzo.
6.4. ASPECTOS ESTRUTURAIS

A integração entre dados geológicos e informações provenientes de interpretação de


imagens aerogeofísicas permitiram identificar extensas zonas de deformação que desenham
formas sigmoidais na área. As feições dúcteis desenvolvidas nas rochas estudadas são
identificadas como foliações milonítica, lineação de estiramento mineral e mudança da textura
fanerítica original para textura milonítica. A foliação espaçada causada pelo feixe de zonas de
cisalhamento são de alto angulo (~80º) com direção E-W e inflexões para WNW-ESSE e NE-
SW. No neoarqueano, as zonas de cisalhamento funcionaram como um importante conduto
para colocação de magmas (cf. Silva et al. 2020), as quais são responsáveis pela estruturação
dos diferentes plútons do Domínio Carajás. Como consequência direta da atuação das zonas de
cisalhamento, a intensidade de deformação pode ser dividida em três domínios estruturais:
baixo (I), médio (II) e alto (III) strain.
O domínio I é marcado por rochas isotrópicas e/ou incipientemente deformadas (Fig.
11a-b), onde localmente, ainda é possível observar feldspatos orientados por fluxo magmático
durante a colocação do plúton. As rochas deste domínio ocorrem na porção central dos corpos
estudados, e é dominante nas variedades biotita monzogranito, granodiorito granofírico e
corpos máficos. Em lâmina a textura predominante nos granitoides é a granular hipidiomórfica
(Fig. 11b), caracterizada pelos cristais idiomórficos a hipidiomórficos de feldspato e quartzo,
onde a principal feição deformacional nestas rochas é presença de extinção ondulante nos
cristais de quartzos. Fraturas preenchidas nos cristais de plagioclásios indicam que estas rochas
sofreram efeitos deformacional rúptel-dúctil, enquanto o magma ainda cristalizava (Fig. 8b). O
domínio II compreende rochas de médio grau milonítico (Fig. 11c-f), além de bandas de
cisalhamento (Fig. 6d). Neste domínio ainda é possível observar texturas e estruturas
magmáticas, embora algumas destas possam estar transpostas pela foliação milonítica (Fig.
11d). A milonitização varia de fraca (protomilonitos – Fig. 11c-d) à moderada (Fig. 11e-f),
onde os milonitos são do tipo L e L-S com foliações de alto angulo (>75°) de direção E-W e
lineações com mergulho de 40° para NE. A extinção ondulante e microfraturas preenchidas
ainda são notadas, porém já são observadas outras feições microdeformacionais como a textura
manto-núcleo bem desenvolvida, aliado à formação de porfiroclastos (Fig. 11c). O domínio III
é caracterizado por rochas que sofreram intenso processo de milonitização, as quais foram
identificadas como ultramilonitos (Fig. 11g-h). A milonitização mais intensa está associadas às
bordas dos corpos, e estão presentes sobretudo, nas variedades biotita tonalito e biotita ±
muscovita granito. Estas rochas apresentam textura marcada pela presença de porfiroclastos de
feldspatos e quartzo, e mais raramente biotita e titanita, os quais estão isolados em uma matriz
microcristalina de composição quartzo feldspáticas. Nestes, o zoneamento composicional do
plagioclásio ainda pode ser observado e o quartzo forma bandas milimétricas dispostas segundo
a foliação da rocha (Fig. 10e, 11h). Embora as faixas de milonitização sigam o trend regional
(E-W), existem inflexões para NW e NE.
Figura 11. Domínios estruturais das rochas estudadas; a) amostra de mão com aspecto isotrópico e textura fanerítica
preservada, característica do domínio I; b) textura granular hipidiomórfica onde é possível observar a rocha sem efeitos
significativos da deformação (domínio I); c-f) domínio II composto por milonitos com textura porfirítica; d) porções
ígneas pouco afetadas (porção direita da foto) e banda de cisalhamento cominuindo os cristais; f) milonito onde
destacam-se os pórfiros de plagioclásio e uma matriz fina quartzo feldspática; g-h) ultramilonito (domínio III), textura
fina e pórfiros de quartzo; g) ultramilonito com pórfiros de plagioclásio e quartzo, matriz fina quartzo feldspática e
minerais máficos orientados.
7. COMPARAÇÕES COM ROCHAS ANÁLOGAS DA ÁREA DE VILA OURO
VERDE
A área da Vila Ouro Verde, localizada na porção oeste do município de Canaã dos
Carajás, é marcada pela ocorrência de uma ampla variedade de rochas máficas associadas ao
Norito Pium e de granitoides que variam de tonalitos a monzogranitos da Suite Vila União
(Santos et al. 2013, Oliveira et al. 2018, Marangoanha et al. 2019a, 2020). O Norito Pium forma
um stock alongado na direção E-W com aproximadamente 35 km de extensão. É composto por
noritos, gabronoritos, gabros e quartzo gabros. Tais rochas não apresentam evidências de
metamorfismo e a deformação é limitada às bordas do corpo. Em geral, sua assembléia
mineralógica é formada por plagioclásio (andesina com An33), orto- e clinopiroxênio com
transformação para anfibólio (corona); biotita que ocorre associada aos minerais acessórios
(zircão, apatia, magnetita e ilmenita); e quartzo e feldspato potássico são menos frequentes e
intersticiais, por vezes, formando intercrescimento granofírico.
Os granitoides da Suíte Vila União ocorrem associados ao Norito Pium, onde formam
plutons amalgamados e alongados na direção geral E-W. São classificados como tonalitos,
granodioritos e granitos, tendo anfibólio e biotita como minerais varietais (Fig. 12). As rochas
dessta suíte apresentam raros cristais de piroxênio. De modo geral, essas rochas apresentam
trama milonítica, com padrão estrutural similar ao que foi observado nas rochas da área de
Ourilândia-Tucumã. Suas principais feições deformacionais são extinção ondulante, textura
manto-núcleo, e localmente kink bands. Tais microestruturas sugerem que estes minerais foram
recristalizados em altas temperaturas por rotação de subgrão e migração do limite do grão.
Figura 12. Amostras representativas das rochas do região de Vila Feitosa (a-f) (Fonte: Marangoanha et al. 2020).
Há um enriquecimento em minerais félsicos do diorito (a), passando por tonalitos (c), granodioritos (d),
monzogranito rico em minerais máficos (e) até chegar no Leucogranito (f).
A gênese das suítes neoarqueanas da Província Carajás está relacionada à evolução de
charnoquitos e rochas máficas associadas por diferentes processos. Tais processos podem
evolver mistura de magmas (Marangoanha et al. 2019, 2020), cristalização fracionada (Felix et
al. 2020) ou hidratação (Feio et al. 2012, Dall’Agnol et al. 2017, Felix et al. 2020). Nas figuras
13a-h e 14a-d são apresentados os dados geoquímicos das rochas da área de Vila Ouro Verde
(Norito Pium e Suíte Vila União) e da série charnoquítica de Ourilândia do Norte, as quais
mostram uma ampla variação no conteúdo de SiO2 e variam de rochas máficas a granitoides
(50,92-73,19% - Fig. 14a). Em ambas, os noritos e gabronoritos representam o magmatismo
máfico, e são geoquimicamente caracterizado pelos seus teores de SiO2 entre 50,92% e 63,70%
com maior enriquecimento em CaO, MgO e Al2O3 e empobrecimento em LILE (K2O e Ba) e
Zr. Estes apresentam, em geral, um caráter magnesiano sendo que o Norito Pium apresenta um
maior enriquecimento na razão FeO/(FeO+MgO) em relação às rochas de Ourilândia (Fig. 14b).
Hornbelnda gabros e dioritos associados ao Norito Pium apresentam comportamento similar,
porém com caráter levemente mais evouluído que os noritos e gabronoritos. Já a Suíte Vila
União é essencialmente félsica e o conteúdo de SiO2 varia de 55,3 a 73,19%. Suas rochas são
ferrosas com leve tendência magnesiana, e mais enriquecidas em LILE e Zr e empobrecidas em
elementos compatíveis (FeO, MgO, CaO e Al2O3). Em comparação aos granitoides da Suíte
Vila União, aqueles da série charnoquítica de Ourilândia do Norte apresentam, além do
intervalo de SiO2 mais restirto (59,9-64,6%), um carater menos envoluído e são essencialmente
magnesianos.
Os dados geoquímicos mostram que as rochas da área de Ouro Verde (Norito Pium e
Suíte Vila União) e a série charnoquítica de Ourilândia possuem, em geral, comportamento
similares para elementos maiores, menores e traços (Fig. 13a-h), cuja distribuição de suas
amostras formam trends lineares e paralelos entre si na maioria dos diagramas. No diagrama
AFM tais rochas formam trends coincidentes com aquele definido para série toleítica (Fig. 14d),
e a disposição das mesmas nos digramas de variação de óxidos sugerem que tais trends possam
representar duas séries magmáticas independentes e que evoluíram por processos de
cristalização fracionada a partir da cristalização precoce de fases ferromagnesianas e
plagioclásio. Para os óxidos TiO2 e P2O3, o trend definido pelas rochas da área de Ouro Verde
sugere que ambos não são fracionados nos membros máficos e passam a empobrecer nos
granitoides, enquanto que nas rochas de Ourilandia seus conteúdos aumentam em direção
aquelas de carater mais evouído. Em geral, o trend definido pelas rochas da série charnoquítica
de Ourilândia diferem daquele das rochas da área de Ouro Verde pelo conteúdo mais restrito
de SiO2 de suas amostras, carater francamente magnesiano, e por serem claramente mais
empobrecidas em HFSE (Ti, P e Zr) e LILE (ex: Ba) (Fig. 13). Além disso, no diagrama MALI
versus SiO2 (Frost et al. 2001) as rochas de Ouro Verde formam um trend cálcio alcalino,
enquanto as de Ourilândia são dominantemente cálcicas (Fig. 14c).
Figura 13. Diagrama de Harker para a série charnoquítica de Ourilânida do Norte e rochas de
Vila Ouro Verde; as setas (vermelha rochas de Ourilândia e pretas rochas de Vila Ouro Verde)
mostram um trend evolutivo semelhante e paralelo para as amostras plotadas.
Figura 14. Digramas de classificação geoquímica: a) P-Q (Debon & Le Fort 1983); b) FeOt/(FeOt+MgO)
vs. SiO2 dividindo as rochas magnesianas das ferrosas (Frost et al. 2001); c) Na2O+K2O-CaO (MALI) vs.
SiO2 (Frost et al. 2001); d) diagrama AFM mostrando as séries toleíticas e cálcio alcalinas (Irvine e Baragar
1971).

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS


O quadro geológico das rochas neoarqueanas da área de Ourilândia-Tucumã mostra que
os granitoides apresentam uma ampla variação composicional, os quais variam de tonalitos a
leucogranitos, e que as rochas da série charnoquítica evoluem a partir das rochas máficas
relacionadas a Suíte Cateté. Os padrões estruturais impressos nessa rochas registram uma trama
heterogênea, com foliações miloníticas de direção E-W e mergulhos moderados a altos (60 a
85º). A foliação presente nos granitoides pode ser organizada em domínios baseado em seus
graus de milonitização, onde são observadas rochas com textura ígnea preservada a partir de
um grau incipiente de deformação até aquelas onde as feições deformacionais obliteram
completamente textura ígnea original.
As rochas da série charnoquítica de Ourilândia e aquelas da área de Ouro Verde (Norito
Pium e Suíte Vila União) mostram afinidades petrográficas e geoquímicos e parecem pertencer
à série de rochas toleíticas. Isto sugere que as mesmas possam ter fontes análogas e/ou evoluído
por processos magmáticos semehantes. Os dados geoquímicos mostram que a fonte (magma
parental) das rochas série charnoquítica de Ourilândia foi mais empobrecida em relação aquelas
de Ouro Verde, como evideciado pelas variações nos conteúdos das razões FeOt/(FeOt+MgO)
e LILE/HFSE (Fig. 15a-b). Tais aspectos indicam que a raiz das rochas charnoquíticas de
Carajás não teviram uma fonte única. No entanto, a afinidade composicional entre as rochas de
Ourilândia e de Ouro Verde pode ser explicada por processos evolução semelhantes. Na série
charnoquítica de Ourilândia de Norte, a cristalização fracionada da porção máfica (gabronorito)
gerando os granodioritos com ortopiroxênio é utilizada para explicar a variação geoquímica e
petrográfica desta série. Nos diagramas de vetores usando os elementos Zr, Y, Ba sugerem o
fracionamento de minerais como olivina, ortopiroxênio, clinopiroxênio e plagioclásio pode
explicar o espalhamento geoquímico tanto da série charnoquítica de Ourilândia, quanto do
Norito Pium e Suíte Vila União (Fig. 15c-d). Testes de modelamento geoquímico, e estudo de
isótopos (U-Pb, Lu-Hf e Sm-Nd) serão utilizados para discutir a provável fonte do magma
gerador das rochas supracitadas, bem como, aprofundar a discussão sobre os processos
responsáveis pela evolução deste magmatismo e estabelecer a relação entre os noritos e granitos
dentro do contexto evolutivo de séries charnoquíticas na Província Carajás. Outras ocorrências
de rochas de afinidade charnoquítica recentemente mapeadas em áreas adjacentes (Tucumã)
também serão inseridas neste estudo.
Figura 15. Diagramas geoquímicos binários; a) FeO* = FeOt/(FeOt+MgO) versus Rb/(Zr+Nb+Ce+Y); b)
Rb/(Zr+Nb+Ce+Y) versus Zr. Ambos mostrando o empobrecimento relativo em HFSE da Série Charnoquítica
de Ourilândia em relação ao Norito Pium e Suíte Vila União; c-d) diagramas binários de elemento traço Y vs Zr
e Ba vs Zr mostrando os vetores de cristalização fracionada. Os coeficientes de partição usados foram tirados do
site https://earthref.org/KDD/.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

RECURSOS FINANCEIROS
- CNPq/Universal (Edital 28/2018) e taxa de bancada do orientador (CNPq/311647/2019-7).
- CAPES (Concessão de bolsa: 03/2020-02/2024);
- Colaboração científica com pesquisadores dos Laboratórios.
REFERÊNCIAS
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